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José Francisco dos Santos Auriculoterapia 1] "@ Cinco Elementos “verda- os aqui smente, Santos 0, 2002 1. Introducao LL. Yin-Yang os Cinco Elementos Na China antiga toda a natureza podia ser expressa pelas teorias do vyin-yang ¢ 08 cinco elementos. Com as palavras yin-yang podemos definir as duas forgas fandamen- tais do universo, antagénicas e complementares. Na terapéutica chinesa tudo esti em volta de yin-yang, forgas opostas € complementares, atuando uma sobre a outta ¢ em perpétuo movimento. Joga-se uma moeda para cima; enquanto sobe seu movimento é yang. ‘A determinada altura, ao parar e comegar a descer, seu movimento € yin. A polaridade yin-yangé a forma através da qual se manifesta a energia que 0 chinés chamou de chi, energia esta existente em todos os seres vivos e em todas as coisas. Toda teraptutica chinesa est baseada ma energia csmica no cor po; essa energia flui no nosso corpo por canais chamados meridianos (trajetos energéticos). Cada um deles transporta parte do outro em seu fluxo. Nada @ totalmente yin, nada é totalmente yang, um contém o germe do outro. 17 1.2. Diagrama do T20 surge O tao é tudo, ¢ em seu diagrama podemos observar 0 yin no yang e Bi vice-versa. d do prin esses de I vagio e em Yin —2—____» @ forman: cinco ¢! 13. 6 Jovem Yang ‘ duzind cinzas, aquecid entio a E ment ASPECTOS DE YIN-YANG derr hi Agua cc YIN metal c Lua macha¢ Escuro ‘orca Fraqueza Sistema Nervoso Simpitico ema Nervoso Parassimpitico Costas Abdémen Clima Tropica Clima Frio Animal Vegetal 18 0 yang Yang pitico Nossa saiide depende da perfeita captacio dessa energia, na propor- gio exata de seus componentes yin-yang. Quando o equilibrio se desfaz, surge a doenga Na terapéutica chinesa toda a fisiologia e patologia nunca se afastam do principio yin-yang, sendo que a satide é 0 estado de equilibrio entre esses dois princfpios. Doenga é 0 predominio de um deles sobre 0 outro. Através da obser- vagio ¢ compreensio além dos movimentos yin-yang, ow seja, um se trans- formando no outro e sempre em movimento, crion-se também a teoria dos cinco elementos, cinco fases, cinco movimentos... 1.3. Cinco Elementos Se pegarmos dois pedacos de madeira e os atritamos, acabamos pro- duzindo o fogo. Mas a madeira nao vai ficar queimando eternamente, vira cinzas, sedimenta-se e vita terra... Na terra encontramos © metal, que se for aquecido vira liquido que chamamos de dgua, sem gua nio temos plantas, entio a agua cria a madeira, Este movimento é chamado de geragio, mas temos também 0 movi- mento controlador — a madeira controla a terra, suas raizes podem até derrubar uma casa; a terra controla a agua, circunda-a, absorvera e a retém; a fqua controla 0 fogo; 0 fogo controla o metal (porque pode fundi-lo); metal controla a madeira (porque pode corté-la), simbolizado aqui pelo machado. Cada elemento tem seus caracteres ig 1.4. Quadro de Cinco Elementos 1.5. Q MENTOS] MADEIRA | FOGO | TERRA | METAL | AGUA A made! Grzio Yin [_HGADO | GORAGAO | BAGO | PULMAO RIM © fogo Graio Yong | VESICULA | INTESTINO | ESTOMAGO | INTESTINO | BEXIGA BiliaR__| DELGADO GROSSO A terra Exagio [PRIMAVERA | VERAO | FINAL | OUTONO | INVERNO OnE ESTACAQ_ Clima YENTO cALOR | UMIDADE [| SECURA FRIO A agua Sabor | AzEDO | AMARGO | Doce | PICANTE | SALGADO Acipo Gmio | ounos | Lincua | Boca NaniZ | OUvIDOS aie Sentido | VISAO TALS} PALADAR | OLFATO. | AUDIGAO © fogo i Comando Alimenta | TENDAO | VASOS | MUSCULOS |PELEEPELOS| CABLLOs nea ‘SANGUINEOS| © metal ypandese | UNHAS |COMPLEICAO| _LABIOS PALO | CABELOS Avigast |_ em CORPORAL, Lesdes de Usol CAMINHAR | MARGHAR | SENTARSE |RECLINARSE| POSIGAO Excestivo DEPE Liquide | LAGRIMAS | SUOR sauva | Muco ‘URINA Emitido ‘Odor | RANGOSO | QUEIMADO [PERFUMADO| PODRE | PUTRIDO Corporal Emogio/ | RANA | ALEGRIA | PREOCU- ) TRISTEZA | APREENSAO Psiquismo macho |Mrtancoua] —MEDO | OBSESSAO ANSIEDADE Cor VERDE | VERMELHO | AMareto | BRANCO | PRETO ~ Som GRITO RISO canto |" cHono | GEMIDo Gereais | TRIGO | Mato | ceNTEIO | ARRoz | _FEVAO ‘Animais | FRANGO_| CARNEIRO | VACA | CAVALO_| _PORCO Planeta {JUPITER Marre | saTurno | vENUS | MERCURIO Direcio | LESTE sur [CENTRO | OESTE NORTE N 20 INVERNO FRIO SALGADO. ‘OuvIDOs AUDIGAO. CABELOS CABELOS POSIGAO DE URINA PUTRIDO REENSAO MEDO ANSIEDADE, NORTE 1.5. Qualidades Psiquicas dos Cinco Elementos A madeira Figado Representa a célera ¢ a irritabilidade. © fogo Coragio Representa a alegria ¢ a excitagao Aterra Bago Representa a preocupacio ¢ a obsessio. O metal Pulmio Representa a tristeza ¢ © choro, A agua Rim Representa 0 medo e a ansiedade. A madeira favorece 0 fogo. A cdlera conduz a excitagio. O fogo favorece a terra, A excitagio conduz 4 preocupagio. A terra favorece 0 metal. ‘A preocupagio conduz tristeza. O metal favorece a agua. A tristeza conduz 4 ansiedade. ‘A agua favorece a madeira. O medo conduz 4 célera Madeira Figado Vesicula Biliar Célera Irritabilidade Rime Coragio € Bexiga Intest. Delgado Medo Alegria Ansiedade Excitagio Pulmioe Intestino Grosso ‘Tristeza Choro ‘Baco-Pancreas ¢ Estémago Preocupacio Obsessio Metal Terra 21 Célera Irritabilidade Alegria Excitagdo Medo Ansiedade Obsessio Preocupacio Tristeza Choro combate o doce, O acido/az O amargo combate o picante. © doce ameniza o salgado. O picante combate 0 acido/azedo. Acido Azedo Amargo Picante 22 O vent Oaalo A umi O frio O foge Aterra O met, A agua O vento converte a umidade em perigosa calor agrava a secura, A umidade converte 0 frio em perigoso. A secura converte 0 vento em perigoso. Alegria © frio combate o calor Excitagio > Frio Calor agio Umidade A madeira controla a terra. A c6lera combate a preocup © fogo funde 0 metal. A excitagio e a alegtia combatem a tristeza \margo Avterarabsorvera gan A preocupagio combate 0 medo © metal corta a madeira. A tristeza combate a c6lera A Agua apaga o fogo. O medo combate a excita 23 .6. Fisiologia Energética + FIGADO — a energia do figado se abre nos olhos. Cuida do armazenamento ¢ volume de sangue em circulacéo, Esti relacionado 4s atividades emoci- onais, ao controle dos tenddes ¢ manifesta-se nas unhas. + CORACAO — a energia do coracio se abre na lingua. Abriga a mente controla 0 sangue ¢ os vasos sangitineos + BACO — a energia do bago se abre na boca, controla os misculos; a sede da meméria esta na terra + PULMAO — a energia do pulmio se abre no nariz, controla a pele € os pélos. + RIM — a energia do rim se abre nos ouvidos, cuida dos ossos ¢ cabelos. 1.7. Os Fatores Emocionais Hii uma estreita relagdo entre as atividades emocionais ¢ 0 funcionamen- to omanico. Vamos citar um exemplo bem conhecido: voc’ esti bem emocio- nalmente € participa de um almogo, uma feijoada, que & considerada uma comida “pesada” e tudo corre bem, inclusive a sua digestio... Numa outra situacio, se durante 0 almogo, voce tem uma contrariedade, irritabilidade, a comida, por mais leve que seja, se transforma num “boi”. Quando estamos irados, o sangue aio circula, ee goteja.. sso é uma amostra de como o fator emocional esti estreitamente ligado ao funcionamento dos drgios internos. Quando crianga ja ouvia: “Quando a cabega nfo pensa, 0 corpo padece”, S6 muito mais tarde vim a compreender o ditado. Sabemos que cada cultura gera enfermidades proprias. Somos educa- dos (em muitos casos) para ser aquilo que nfo somos, ou seja, pata repri- mir os instintos, A chamada repressio de instintos faz. com que varias disfung&es orgi- nicas se instalem gradativamente, e af faz-se necessiria uma faxina, livrarse daquilo que incomoda... Os fatores emocionais sio chamados na medicina chinesa de os sete fatores emocionais, a raiva, a alegria, a preocupacio, a tristeza, a melancolia, 4 apreensio e 0 medo, mas nao devemos interpreti-los restritivamente. 2A c os Orga meia-n¢ l tem seu energet : bexiga | ( sexual filmes ¢ idade ¢ com ex que de; dos an do pas memés na pel relacio a0 out pelos MAD) FOGC TERR META AGUS enamento les emoci- a mente € los; a sede aa pele e ¢ cabelos, cionamen- m emocio- rada uma ima outra pilidade, a o estamos no o fator atemos. , © corpo 210s educa- ara repri- goes orgi- , livrarse de os sete \elancolia, ente, © relogio césmico representa a circulagio superficial de energia, € 0s érgios que se colocam em horas opostas representam a lei meio-dia/ meia-noite. Uma pessoa que tenha nascido 4s 18:00h, no dpice energético do rim, tem seu ponto fraco = agua, e pela lei meio-dia/meia-noite, 06:00h é o apice energético do intestino grosso, ponto fraco = metal. Podemos comegar a anamnese fazendo perguntas sobre dgua/rim/ bexiga ¢ metal/pulmio/intestino grosso. O rim alimenta © titero, cuida dos ossos, € a sede da nossa cnergia sexual, cuida dos cabelos, esta relacionado 4 carne de porco, cor preta, filmes de suspense, a meméria do dia-sdia, motivo pelo qual as pessoas de idade cronologica avangada muitas vezes nos contam coisas do pasado com extrema clareza, mas se esquecem facilmente das coisas do dia-adia que dependem do rim, por este falhar na nutrigio cerebral com 0 pasar dos anos, O coragio abriga a mente ¢ contribui para a meméria sobre fatos do passado. © bago abriga o pensamento, a terra, ¢ como jf foi dito, é a sede da meméria e também da concentragio, ‘Assim como 0 figado € 0 pai das alergias, aquelas que se manifestam na pele esto relacionadas ao pulméo, pois ele é 0 mestre da pele e esti relacionado aos pélos corporais, a0 choro, 4 melancolia, ao sabor picante, 20 outono... verificamos se a pessoa tem preferéncia, indiferenca ou aversio pelos caracteres proprios de cada elemento, lembrando de aliar a historia do paciente 20s cinco elementos, ou cinco movimentos, tanto faz, pois cada elemento simboliza um movimento: clinica MADEIRA - movimento expansivo ¢ exterior em todas as diregdes. FOGO ~ movimento ascendente. TERRA movimento de estabilidade, neutralidade. METAL _—_- movimento contraido ¢ interior. AGUA = movimento descendente. 25 1.8. Causas Internas ¢ Externas dos Desequilibrios Os sete fatores emocionais tém relaco direta com as doencas de origem interna. Os fatores patogénicos — vento, frio, calor de verio, umida- de, secura, fogo (calor moderado) — tém relacio direta com as doengas de origem externa Para que esses fatores se tornem agressivos depende-se da proporsio, persisténcia e/ou combinagio dos mesmos, assim como ocorre também com os fatores emocionais. 1.9, O Reldgio Césmico Os chineses observaram que a cada duas horas um canal de energia esti no seu apice energético: 24 horas 2 horas 22 horas 4 horas 20 horas 6 horas 18 horas 8 horas 16 horas 10 horas 14 horas 12 horas 26 1.10.5 MAD) FOGC TERR META AGU; no é: © pre loengas de do, umida- loengas de >roporcio, e também de energia ras 6 horas 8 horas oras 1.10.Sabores Fazendo uso dos sabores para gerar 0 equilibrio MADEIRA — - sabor Acido/azedo - produz fluidos e é adstringente. FOGO ~ sabor amargo ~ elimina o calor, a umidade quente. TERRA ~ sabor doce ~ tonifica, equilibra e acalma. METAL ~ sabor picante ~ dispersa fatores patogénicos. AGUA ~ sabor salgado ~ amacia a rigidez. Observando que em muitos casos a diferenca entre remédio e vene- no é s6 a dosage, nada de excessos. Se um determinado elemento esti em desequilibrio, vamos evitar 0 sabor referente 20 elemento que © controla: MADEIRA __~ evitar o sabor picante. FOGO ~ evitar o sabor salgado. TERRA - evitar 0 sabor dcido/azedo. METAL ~ evitar 0 sabor amargo. AGUA ~ evitar o sabor doce. O sabor correspondente a cada elemento, na medida certa, equilibra © proprio elemento. | j I 2. Auriculoterapia ‘A auriculoterapia @ um método terapéutico que utiliza a orelha para avaliagio ¢ tratamento das disfungdes orginicas, emocionais ¢ dores em geral. ‘A terapia auricular é praticada hi milénios pelos chineses ¢ também por outras culturas antigas, particularmente pelos egipcios Hipocrates (sée. V a.C.) fez uso da orelha para fins contraceptivos, 0 portugués Zacutus Lusitanus (sée. XVII d.C,) fez uso da orelha para fins terapéuticos, mas foi recentemente, na década de 50, que 0 médico francés Paul Nogier codificou a auriculoterapia; ele viu que a orelha representava um feto de cabeca para baixo, dai foi sendo construido o hominculo, 0 homem aa orelha, localizando os rgios, visceras ¢ membros... Em 1958, um trabalho de Paul Nogier chegou 4 China ¢ foi muito bem acolhido pelo povo, resultando dai duas linhas de terapéutica auri- cular; a francesa, também chamada de ocidental, ¢ a chinesa, também chamada de oriental. Na auriculoterapia francesa existem pontos fisioldgicos ¢ patoldgicos © 0 sistema nervoso, que sustenta a auriculoterapia; é um sistema flutuante, ‘ou seja, as pontos nio sio fixos ¢ s6 se projetam, se refletem na orelha quando hi um distitbio corsespondente, Sendo assim, 0 ponto do figado (como qualquer outro ponte) s6 estari presente na orelha se houver um distixbio ligado a ele. 29 Na auriculoterapia chinesa leva-se em conta a influéncia dos meri- dianos que passam préximos 4 oelha, praticase rotineiramente a tonificacdo, ¢ sedagio — fazendo uso das agullias sistémicas, usam-se também implantes, mas dificilmente se fala em pontos mudando de lugar. Na realidade a cartografia auricular € mais em fungio da parte fisio- logica do que anatomia em si. praticante deve conhecer as duas linhas/escolas para poder atuar com mais proptiedade, Na pratica didria, dedicar-se mais a uma escola do que a outra é uma questio de sintonia. 30 dos meri- nificacio, mplantes, arte fisio- der atuar escola do 3. A Anatomia da Orelha Esta disposi¢ao anatémica corresponde 4 linha oriental: 1) Lébulo ~ porgio inferior da orelha, corresponde a regiso facials 2). Antitrago ~ elevagio acima do lébulo, corresponde a regiso da cabeca; 3). Raiz da hiélice - porgio transversa da hélice que se separa dentro da con- cha, corresponde ao diafragma; 4) Antichélice ~ crista curva em frente da hélice, corresponde ao tronco; 5) Ramo superior da antichélice - ramo ascendente da anti-hélice, cor- responde as extremidades inferiores; 6) Ramo inferior da anti-hélice - ramo descendente da anti-hélice, cor responde as nadegas; 7) Fossa triangular ~ depressio triangular entre os ramos inferior e superior da anti-hélice, cortesponde aos Orgios genitals; 8) Escafa - suleo em forma de arco entre a hélice ¢ a anti-hélice, corres- ponde as extremidades superiores; 9) Trago - projegio cartilaginosa na frente do meato externo; 10) Chanfradura supratrigica - depressio entre a parte superior do trago ¢ a raiz da hiélice; 11) Chanfradura intertrigica - depressio entre a parte inferior do trago € 0 antitrago, corresponde & secrecio interna; 12) Concha cimba - porcio da concha acima da raiz da hélice, corresponde a regio abdominal, 13) Concha cava = porcio da concha abaixo da raiz da hélice, corresponde 4 regido do torax; 14) Borda da concha da antichélice - borda curva da antichélice com a concha, corresponde a coluna vertebral; 15) Hélice - bordo curvo externo da orelha 32 I grande ( orelha | xo), loc facial; 0 da cabega; entro da con- a0 tronco; ichélice, cor- ichélice, cor or ¢ superior \élice, corres- or do trago € do tragoeo corresponde corresponde iélice com a 4.0 Trago Este pequeno tubérculo a entrada do conduto auditivo € uma area de grande importincia na terapia auricular. O trago representa a linha média do corpo; num individuo dest1o na orelha direita temos a frente do hominculo (também de cabega para bai- x0), local para serem abordadas as disfungbes de érgios ¢ visceras. a3 Na orelha esquerda temos as costas do homiinculo, local para serem abordadas as disfiangées do sistema nervoso, mitsculos, ossos ¢ pele. Busca- mos aqui pontos analgésicos, antiinflamatérios, relaxantes ¢ tranqiiilizan- tes. Num individuo canhoto as posigdes se invertem ¢ tudo isto também, tratando-se de uma pessoa bem lateralizada, Isto faz com que se possa tratar uma pessoa por inteiro com a terapia auricular, mesmo quando por acidente ou cirurgia a orelha apresente uma sensibilidade exagerada. 34 s mento orelhas, I em que : pele na brgio ¢ nervos. bém co deste si 5.1. D 4 seus pay outro, destro, um dis | para serem pele. Busca- angiiilizan- 310 também, om a terapia vesente uma 5, Lateralidade Sabemos que qualquer distizbio no organismo provoca o apateci- mento de pontos na orelha, A informagio rotineiramente vai para as duas orelhas, mas nem sempre. Hi os casos em que a informacio nao chega ¢ ha também os casos em que ela chega perturbada. Existe uma estreita relagio entre a pele ¢ o sistema nervoso; a pele nio & uma barteira, e sim um centro de informagées, e ¢ 0 maior Srgio que temos. Um estimulo na pele provoca uma resposta no sistema nervoso que é captada através do sinal auténomo vascular, 0 VAS (tam- hém conhecide como sinal arterial de Nogier). Mais adiante trataremos deste sinal. 5.1, Disturbios da Lateralidade ‘Temos dlois hemisférios cerebrais; cada um tem fungio determinada seus papéis siio complementares, num trabalho diferente, porém harménico. A lateralidade ¢ a predominancia de um hemisfério cerebral sobre 0 outro, Na pritica da terapia auricular é util sabermos se individuo destro, canhoto, ambidestro ou canhoto contrariado. © que pode provocar um distirbio de lateralidade? 35 A pessoa é obrigada, quando crianca, a escrever com a mio direita; um hemisfério cerebral & obrigado a realizar uma tarefa para qual ele néo foi moldado; resultado: canhoto contrariado. ‘Traumas ¢ perdas podem também perturbar a lateralidade. Cicatrizes resultantes de acidentes ¢/ou cirurgias podem perturbar a comunicagio entre a pele eo sistema nervoso, interferindo na lateralidade. Nem sempre temos respostas completas sobre a relagio orelha - compo, relagio nervosa, relagdo meridianos, Sabemos ao certo do resulta- do pritico. ‘A terapia auricular deve ser praticada apés uma avaliagio do pacien- te ¢ nio através de receitas préfabricadas Qualquer desequilibrio orginico gera no pavilhfo auricular uma rea- cio de sensibilidade ¢/ou alteragio elétrica no tecido, e foi através destes pontos sensiveis que surgit. a cartografia auricular, ¢ sendo esta mais em fungio da parte funcional do que da anatomia em si hé acentuadas diferen- gas entre linhas/escolas. terapeuta auricular ao ver uma orelha vé algo mais - a condi¢ao onginica tefletida nela mesma, Sabemos que cada érgio esta ligado a uma emogio, ¢ is vezes no sabemos se a causa primaria é orgénica ou emocio- nal. Vemos 0 corpo ¢ a mente como corpomente, ‘A histéria clinica do paciente aliada aos cinco elementos nos conduz a0s pontos auriculares especificos para gerar 0 equilibrio, Eagamos uso da auriculogeometria; iniciamos 0 tratamento ~ exceto em caso de dores, pois é dever do terapeuta sedar a dor ~ pesquisando os pontos no bordo da hélice e no bordo do Iébulo, buscando ali o reflexo las perturbagées fisicas e emocionais; essas duas areas da orelha, mais a area do trago, sio indicadas (além de varias outras indicagdes) especifica- mente para tratar de problemas de /ateralidlade. Fazemos a primeira aplicagio com agulhas sistémicas, permanéncia de vinte minutos e tratamos as duas orelhas na mesma sessio. Da segunda sessio em diante tratamento rotineiro, fazendo uso dos implantes. Ao usar agulhas sistémicas, coloque-as na profundidade necessiria para que fiquem bem firmes. 36 nio direita; yual ele no ie. perturbar a ateralidade, io orelha - do resulta- » do pacien- lar uma rea- rrayés destes sta mais em adas diferen- a condigio gado a uma “ou emocio- ‘nos conduz nto - exeeto isando os ali o reflexo elha, mais a 5) especifica- bermanéncia Da segunda sees. Ao usar "que fiquem 6, Estudo das Localizacées Temos na orelha dois tipes de pontos: pontos de agio local e pontos de agio mais vasta. Abaixo temos 0 segundo tipo: 37 7, Fisiologia dos Pontos de Acio Ampla + PONTO ZERO - centro geométrico ¢ fisiolégico da orelha, Localizado num entalhe ou chanfradura, na raiz da hélice, no ramo ascendente, facil- mente sentido com a unha. £ doloroso em quase todas as enfermidades. Deve ser usado quando inexistem pontos ou, inversamente, quando exis- tem muitos pontos. SHEN-MEN - possui agio trangiilizante, sedativa, hipndtica e um gran- de efeito sobre o prurido, Forte analgésico, qualquer que seja a origem da dor. Pode se dizer que é 0 ponto mais utilizado para analgesia. Reduz febres, neutraliza intoxicagdes, trata enfermidades inflamatérias, acio no figado ¢ por extensio nos processos alérgicos, ¢ um dos pontos com mais indicagao terapéutica. + SUPRA-RENAIS - ponto do atleta, um estimulo nesse ponto ¢ a conse- qiiéncia é o aumento da energia geral. Trata a pressio arterial, trata hemor- ragias (sangramento e coagulagio) sendo por conseguinte vasodilatador ¢ vasoconstritor. Indicado nas perturbagGes inflamatorias, alérgicas, reumd- ticas, trata os problemas de pele, acio no medo, na apreenséo ¢ no cho- que, age bem como analgésico sobre dores articulares. E um ponto im- portante nos distirbios da sexualidade. SECRECAO INTERNA - ponto da sintese hormonal. Todos os distiir bios do sistema endécrino. Nas disfungdes ginecolégicas, na tensio pré- menstrual, nos processos circulatérios ¢ alérgicos. 39 + SISTEMA NERVOSO VEGETATIVO - SNV - utilizado em todos os disttitbios gastrointestinais, principalmente quando de origem nervosa, analgésico também, utilizado na tensio pré-menstrual, A tam alér S a pesqui estar ali P rava en de agio A 40 8. Regides de Acdo Ampla Além dos pontos, temos também determinadas regides que apresen- tam além da agéo local uma atuagio no terreno orginico. Sao as chamadas regides mestras. Uma avaliagZo certa leva o terapeuta a pesquisar areas especificas, mas nao encontra os pontos que “deveriam” estar ali refletidos. Por outro lado aparecem varios pontos que inicialmente nao se espe- rava encontrar, ¢ ai percebemos que esses pontos coincidem com as areas de acio semelhante aos pontos que inicialmente procurivamos. A raiz da hélice tem ago em todos os érgaos e visceras. Nessa regio do Iébulo temos atuago em todos os distirbios psiquicos. ( em algy Uma d mos ps aria, hilice, d ono o que s dermo: hélice | neste Ic mento para qu 42 s psiquicos. 9, Auriculogeometria recolhimento de informagées nos orienta na busca dos pontos, mas, em alguns casos, temos dificuldades - lembrando que os pontos no slo fixos. Uma das diferengas capitais entre auriculoterapia e acupuntura sistémica (va- mos procurilos em determinados alinhamentos): tragamos uma linha imagi- naria, partindo do ponto Zero, passando pela Area de referéncia até o bordo da hilice, 0 ponto refletido neste local teri o efeito do ponto referente Em muitos casos podemos até escolher trabalhar 0 ponto referente ‘ou o seu reflexo através do alinhamento. Ao pesquisar e encontrar 0 ponto de seferéncia (ponto de referéncia fo que se refere 3 queixa do paciente), podemos marci-lo ¢ em seguida proce- dermos ao alinhamento; se 0 ponto estiver presente também no bordo da hélice vamos estimulévlo ¢ voltar 4 marca que fizemos, constataremos que neste local nie hi mais © ponto projetado, motivo pelo qual adoto o procedi- mento de ao encontrar 0 ponto que estou buscando j colocar o implante, para que o(s) ponto(s) a ele(s) relacionado(s) desaparecam do pavilhao auricular. A seguir um exemplo de alinhamentos: 43 44 I ‘os métc pontos 10.1. E des ou I desequi : na resis « 10. Métodos para Deteccao de Pontos Patologicos Lidando com o homem na orelha, precisamos por em pritica todos os métodos que possam contribuir para sobressair no pavilhio auricular os pontos correspondentes aos desequilibrios. 10.1. Exame da Orelha ¢ Tratamento dos Pontos Tenros Deteccio visual - pontos roxos ou papulas roxas com ou sem esca- mas ao redor = enfermidades ow inflamagées agudas. Pontos esbranquicados = disfungio. Pontos esbranquigados mais protuberancia sebacea fixa = enfermida- des ou inflamagées crénicas. Em muitos casos, a deteccio visual nos mostra a parte do corpo em desequilibrio; surgem também elevacdes, depressées ¢ cordées. Exploragio com o detector elétrico - este aparelho funciona baseado na resisténcia elétrica da pele, neste caso especifico, a orelha. Quando surge um desequilibrio orginico (esta terminologia se aplica tanto na parte orginica quanto na parte emocional) o ponto correspondente 45 (seu reflexo) na orelha, apresenta uma resisténcia elétrica mais baixa com relagio 4 pele vizinha. Isso nos fornece uma forma de avaliacao. Exploragio com 0 palpador de pressio - esta ferramenta de traba- Iho permite uma exploracio uniforme, permite captar pontos dolorosos, observando o sinal de careta ¢/ou 0 movimento do trago - método em parte subjetivo por depender da colaboragio do examinado; sempre que houver qualquer desequilibrio orginico, na orelha encontraremos © pon- to correspondente. Em muitos casos este ponto déi espontaneamente ou quando pressionado. Em se tratando de condicdes dolorosas, 0 palpador de pressio normalmente a ferramenta mais adequada para se achar os pontos que precisam de tratamento, TODOS OS PONTOS DOLOROSOS NA ORE- LHA DEVEM SER TRATADOS 46 baixa com a de traba- dolorosos, nétodo em empre que 10s © pon- u quando . pressio ¢ jontos que NA ORE- 11. Regulagem do Aparelho Esta regido da orelha (cscafa) apresenta a sensibilidade ideal para regulagem do detector elétrico, salvo quando esta é uma Area de referéncia, uma drea de queixa, e dai a sensibilidade ser muito baixa e poder nio servir de parimetro para pesquisar o restante da orelha. Entio usamos 0 ponto Zero para regular 0 aparelho. E porque nao usar 0 ponto Zero sempre? Em geral a regulagem por este ponto faz com que aparega na orelha um excesso de pontos. 47 E 0 que seria um excesso? Mais de seis pontos € um excesso. ‘Ao fazer uso de muitos pontos, tratam-se os sintomas € nfo as causas. Apés a deteccio visual, procede- se a assepsia da orelha com Alcool ou éter, regula-se 0 aparelho (para pesquisar a orelha daquele paciente, naquela hora), inicia-se a exploragio tomando cuidado para nio ctiar pontos artificiais pela eventual transpiracio e principalmente pelo atrito excessivo Como 0 organismo trabalha no sentido de satide, tenho preferéncia a usar estimulo neutro nos pontos tratados. Nao faco uso da tonificagio, nem de sedacio, apenas coloco no pont um implante neutro. 48 uma p¢ © cobe: estimul por ur inconv Gio ser poral) por ag mais ¢ sendo mo lar do tab 50. as causas. om alcool -paciente, nfo criar selo atrito oreferéncia coloco no 12. Material a Ser Utilizado Agulhas semipermanentes ¢ sementes de mostarda - Trata-se de uma pequena agulha de ago, que deve ser colocada no ponto a ser tratado e coberta com fita adesiva antialérgica. Este tipo de agulha permite um cstimulo continuo (assim como as sementes de mostarda) ¢ pode ficar por um petiodo de sete dias ou mais, quando nfo se notar nenhum inconveniente; entio retiram-se as agulhas e/ou as sementes ¢ nova aplica- io sera feita. “Agulhas sistémicas ~ as agulhas usadas na acupuntura sistémica (cor- poral) podem ser usadas na orelha, Rotineiramente no vejo vantagem na substituico dos implantes por agulhas sistémicas, a regra é implante ter mais funcionabilidade, mais comodo ¢ menos doloroso ¢ o paciente tem a sensacio de que esta sendo tratado, pois, tem implantes 4 mao, quer dizer, na orelha. Costu- mo langar mio das agulhas sistémicas no tratamento da lateralidade do tabagismo. Agulhas semipermancntes, sementes de mostarda ¢ agulhas sistémicas ~ esse @ 0 material do dia-adia para estimulo dos pontos auriculares. Desnecessirio dizer que este material deve ser descartavel e de uso tinico. 49 13, Freqiiéncia do Tratamento A freqiiéncia das aplicagdes e a duragio do tratamento dependem sempre (entre outros fatores) do quadro que se tem § frente. Trata-se uma orelha em cad. ando has, iniciando o tratamento pela orelha sessio (sempre que estiver implantes); alternam-se as 0 dircita numa pessoa destra ¢ pela orelha esquerda numa pessoa canhota, no ambidestro tanto faz, € nos casos de lateralidade 0 enfoque é outro, como ji foi mostrado. Deixar as agulhas semipermanentes ou as sementes por um periodo zet nenhuma vantagem terapéutica, a0 superior a sete dias parece nio tr coniririo, alguns quadros necessitam um espago menor entre as aplicagécs. em na orelha como uma tradugio de dese- Como 0s pontos s quilibrio se instalando ou j4 instalado, nio se pode falar em auriculoterapia preventiva. 14. Tratamento de Dores Faremos agora uma ressalva na terapia da dor. Sabemos que a dor é tum sinal de alarme, ela nos avisa que algo nfo vai bem, portanto se nao dermos atengio a ela ¢ a tratarmos simplesmente como dor, sem sabermos a causa da mesma, estaremos fazendo a chamada supressio de sintomas € corremos um grande risco de prejuclicar o paciente. Para tratar a dor, alias, como qualquer outro quadro, precisamos saber a sua causa, Uma avaliagio completa, correta, faz-se necessiria, sem- pre. Também nao se dé seqiiéncia a um tratamento se ap6s trés sessées os resultados nio se mostrarem positivos. eB 15, Indicacées e/ou Contra-Indicacdes Por mi auricular, pois varios pontos podem interferir negati Levando-se em conta que 0s pontos auriculares nao sio fixos, nem sempre Jida preventiva, prefiro no tratar as gravidas com terapia mente neste caso, sabemos em que terreno estamos pisando Nio se pratica a terapia auricular com o estomago cheio e na embri- aguez, A gravidade da doenca, cardiacos, diabéticos, anémicos sio quadros em que se exige mais do terapeuta Vista turva ~ passa em torno de dois ou trés minutos -, sensagao de profundo relaxamento, sio rotina logo apés a sessio ¢ isto representa sinal positive. Uma dieta inadequada pode anular o valor da terapia — Existe uma idade para ser tratado com auriculoterapia? Nao, a crianga responde rapidamente 4 terapia ¢ normalmente usamos as sementinhas de mostarda ¢ também muitos adultos respondem melhor as sementes do que as agulhas — Quando termina um tratamento? — Quando o paciente nfo tem mais sintomas ¢ também nio cem mais pontos na orelha Medicamentos (para os nervos) podem constituir obstaculos 4 tera- wvar as infor- péutica auricular, o sistema nervoso pode estar inibido ¢ nio k mages 3 orelha Naturalmente com a pritica 0 trabalho “simp! 55 tea 16, Tabagismo Para acabar com um vicio, primeiro faz-se necessario comprar a idéia de deixtlo. Ninguém sai de casa ¢ dali a pouco chega com o carro novo, Inicial- mente compra-se a idéia do carro, 0 modelo, a cor, 0 tamanho, esporte ou mais estilo “familia”, se vai comprar & vista ou financiado, ¢ dai por diante... viciado normalmente avalia os beneficios resultantes de deixar 0 vicio para tris. Rotineiramente, quando os pais é que procuram 0 terapeuta para um tratamento de tabagismo no filho, o tratamento nio funciona. Quem precisa tomar a iniciativa de parar de fumar (estamos falando aqui do vicio de cigarros) é 0 fumante. Vamos mostrar duas técnicas de tabagismo. A primeira é uma agres- sao onginica, a segunda é um tratamento. 57 A ilustragio anterior representa um tratamento de choque, motivo pelo qual eu o classifico como agressio orginica, mas apresenta um exce- lente resultado pritico. Esta técnica de tabagismo foi criada pela escola francesa e através de uma tnica aplicagio faz com que o organismo produza substincias seme- Ihantes ao fumo e o paciente desenvolve normalmente os seguintes sintomas: + Nio sente vontade de fumar; + Tenta, mas nio consegue fumar; + O cigarro esti sem gosto, parece fraco demais; + Sensacio de aversio ao cigarro; + O cigarro esti forte demais; + Nauseas. Se apés uma semana o paciente diminuiu o cigarro, mas nao parou de furnar, repita a aplicagio. Méximo de duas sessdes com esta técnica. Se a pessoa ainda nfo parou, nao insista com o método. Nesta aplicagio nao buscamos pontos projetados na orelha, trabalhamos as regiGes citadas e o ponto Zero, que nio depende de um detector. Comegamos com a colocagio das agulhas sistémicas na altura do ponto de Darwin; colocam-se as quatro primeiras, dé-se um espago maior, colocamse as outras trés, uma na regio do ponto da agressividade, outra no ponto Zero. Sio nove agulhas na orelha direita de um destro e uma outra agulha na orelha esquerda no ponto Zero. No canhoto invertese. As quatro primeiras agulhas/pontos devem ser tonificadas (girando as agulhas no sentido horario até obter-se uma fisgada ou sensacdo de pele presa), a quinta agulha/ponto é neutro (nio se manipula), sedam-se (girar as agulhas no sentido contririo) as outras quatro agulhas/pontos na ordem de colocagio € tonifica-se 0 ponto Zero da orelha oposta. Aguarda-se cinco minutos, retiram-se as agulhas ¢ esti pronto. 58 pulso conjun sentad dedo uma p e, motivo um exce- de cias seme- atravé sintomas: no parou cnica. Se a cago no itadas € 0 altura do co maior, ade, outra ro € uma erte-se, : (girando io de pele ¢ (girar as ordem de ase cinco 17. O Sinal Arterial de Nogier - VAS sinal arterial de Nogier (VAS) é um sinal fisico, é uma alteragio de pulso e & a base da transicio da auriculoterapia para a auriculomedicina A diferenga entre uma ¢ outra é que a segunda usa a orelha em conjunto com o pulse. Método para a deteccio do VAS ~ 0 paciente deitado, 0 terapeuta sentado atris da cabega do paciente, ou na sua lateral se preferir, coloca 0 dedo em cima da artéria radial do paciente e comega- se a pesquisa, usando uma ponta metalica, dos pontos auriculares. 59 Na pesquisa auricular o terapeuta vai perceber ao tocar em pontos titeis que eles geram uma alteragio no pulso: o pulso se torna mais percep- tivel, mais forte ou o pulso diminui de amplitude, fica mais fraco, tudo isso independente do mimero de batimentos. ‘As variagdes podem ocorrer assim que se toca nos pontos auriculares, ou pode levar alguns segundos para aumentar ou diminuir a amplitude. Todos 0s pontos, quando iiteis, ao serem tocados sio capazes de provocar a alteracio de pulso. ‘Ao colocar 0 dedo na artéria radial do paciente o terapeuta deve inicialmente familiatizar-se com a pulsagio ¢ manter uma pressio unifor- me, para nio criar alteragSes artificiais. Podemos usar uma luz branca (uma lanterna comum) para nos exer- citarmos. Colocamos a luz em cima do antebrago, a0 mesmo tempo to- mando 0 pulso, ¢ vamos constatar que o pulso sempre se altera quando a luz brilha no antebrago, Podemos fazer a mesma experiéncia usando a testa, 0 pulso também vai se alterar sempre que a luz brilhar sobre ela. Rotineiramente vamos observar que a luz no antebraco é igual ao pulso forte, e a luz na testa é igual a pulso fraco, Quando o resultado for diferente disso, ¢ hora de proceder ao tratamento da Jateralidade. 60 I ‘Vamos 86 08 p if prati dessa té ( mos coi preso nj orelha | irko prc de seis c técnica das apl A apés tré E forma ¢ pende ¢ c degrau n pontos is percep- aco, tudo iriculares, litude. spazes de euta deve ‘unifor- nos exer Mpo to- quando a usando a re ela. > igual ao ltado for 18. Tratamento de Tabagismo Esse tratamento de tabagismo tem duragio média de seis sessdes. Vamos usar o proprio cigarro como um detector de pontos; trabalharemos 6 0s pontos projetados, como qualquer outro tratamento. Ja aprendemos ¢ ja praticamos a tomada de pulso, pois sem o VAS nio hi como fazer uso dessa técnica; 0 nosso dedo é o instrumento detector. Colocamos no antebrago do paciente de seis a oito cigarros, prende- mos com uma fita adesiva, pegamos uma amostra ~ um pequeno fio de fumo preso numa pinga - ¢ aproximamos (nfo encostaremos o fumo na orella) da orelha tomando o pulso ac mesmo tempo; os pontos titeis ao tratamento irio provocar um VAS e entio tratamos esses pontos - também um maximo de seis pontos, uma orelha de cada vez, e vamos usar os implantes. © paciente vai/pode desenvolver os mesmo sintomas referentes 4 técnica anterior de tabagismo, normalmente mais brandos no decorrer das aplicagées A recomendagio € a mesma para qualquer tratamento, ou seja, se apés trés sessécs nao tivermos sucesso, adotaremos outta conduta terapéutica, Esse tratamento faz com que a pessoa vA se livrando do vicio de forma gradativa e num determinado momento percebe que nfo mais de- pende do cigarro. Diz um velho ditado que devemos jogar os vicios pelas escadas, degrau a degrau, ¢ nao pela janela, senao ele entra correndo pela porta. 61 Naturalmente com a pritica ficari mais facil decidir qual técnica utilizar. O tratamento do tabagismo aqui descrito constitui uma técnica avan- cada de terapia auricular. Varios experimentos terapéuticos demonstram na pritica uma grande eficicia ~ sabemos que o paciente busca 0 equilibrio, neste caso especifico, livrar-se do vicio - ¢ estamos lidando com métodos j naturais ¢ nio agressivos. . Sempre que fizermos uso do pulso como instrumento detector estamos avancando na terapia auricular e isso nos dé acesso a um grande terreno . terapéutico, Iho posterior, ¢ em todos esses procedimentos a tomada de pulso - VAS - seri sempre necessiria; devemos, entio, praticar bastante 62 © aprofundamento (0 funcionamento, o porqué disso ¢ 0 porque daquilo) de téenicas de terapia auricular avangadas, sera objeto num traba- L a anato escolas tam wr 1 dois si 1 resistén provoc: 1 tambén ; ica utilizar. chica avan- ynstram na equilibrio, n métodos or estamos de terreno 0 porque num traba- 0 - VAS ~ 19. Cartografia Auricular Sabemos que a cartografia auricular obedece mais a fisiologia do que 4 anatomia ¢ se compararmos a localizacao de alguns pontos entre as duas escolas constataremos que alguns coincicem, a0 passe que outros apresen- tam uma acentuada diferenga. Na pritica, qual vamos usar? Aquele que estiver projetado. E se os dois sio detectiveis, © que fazer? Utilize 0 mais desequilibrado, e este € aquele que apresenta uma resisténcia elétrica mais baixa, ou & 0 mais doloroso, ou ainda € 0 que provoca 0 VAS mais perceptivel. Deu para perceber que entre os pontos projetados podemes avaliar também os graus de desequilibrio. 1. Coragao Coragao Rim Rim Joelhe Joelho Auaup * Oriental * Ocidental Nas piginas seguintes, a localizagio dos pontos, tendo como base, como parimetro, a linha oriental. Pontos da Fossa Triangular Orelha Diseita 1. Shen-Men 2, Colo uterino 3. Articulagdes coxofemoral 4, Hepatite 5. Asma 6. Utero 7. Hipotensor 8 . Constipagio Pontos da Fossa Triangular Orelha Esquerda 1, Shen-Men 2. Colo uterino 3. Articulagées coxofemoral 4, Hepatite 5, Asma, 6. Utero 7. Hipotensor 8. Constipagio A Ponto Orelh: SPN DY eee x 10. Ag LL In 12, Re Ponte: Orelh: 1. Pr 2. Be 3.U 4. Ri 5. PA 6. Es 7D 8. In 9. Ar 10, In omo base, Pontos da Concha Cimba Orelha Direita 1. Prostata 2. Bexiga 3. Ureter Rim 5. Vesicula biliar 6. Figado 7. Estémago 8. Duodeno 9, Intestino delga 10, Apéndic 11, Intestino grosso hepatica Pontos da Concha Cimba Orelha Esquerda 1. Prostata 2. Bexiga 3. Urete 4. Rim 5. Pancreas 6. Estémaga oF 7. Duodeno 8. Intestino delgado 9, Apéndice 10, Intestino grosso Pontos do Cavo da Concha Orelha Direita 1. Boca 2. Bsdfago 3. Cardia . Estomago Coragio 4 5 6, Pulmao 7. Bronquios 8 . Regido hepatica Pontos do Cavo da Concha Orelha Esquerda 1. Boca 2. Eséfago 3. Cardia 4, Estomago 5. Coragio 6. Pulmao 7. Bronguios 8. Bago 66 1, Ded 2. Reg 3. Pun 4, Cow 5. Om! 6. Arti 7. Clav Pontos Orelha D R Pt Ci fe] Ar cl MAYS wD Ee Pontos da Eseafa Orelha Dircita Dedos da mio Regio da urticaria Punho 1 2. 3 4, Cotovelo 5, Ombro 6. Articulagées de ombro 7. . Clavicula Pontos da Escala Orelha Esquerda Dedos da mio Regido da urticiria Punho Cotovelo Ombro Asticulagdes de ombro Ne eee ye Clavicula Pontos dos Ramos Superior ¢ Inferior da Anti-Hélice Pontos Orelha Direita Orelh. 1. Calcanhar 1. Pon 2, Artelhos 2. Sup 3. Torozelos 3. Olh 4, Joelho 5. Quadril 6, Nervo ciitico 7, Sistema nervoso vegetative - SNV Pontos dos Ramos Superior ¢ Inferior da Anti-Hélice Orelha Esquerda 1. Calcanhar 1. Pon 2. Artelhos 2. Sup 3. Ternozelo 3. Olb 4, Joelho 5. Quadril 6, Nervo ciatico 7, Sistema nervoso vegetativo - SNV Pontos do Trago Orelha Direita 1. Ponto fome 2, Supra-renal 3. Olho 1, olho 2 Pontos do Trago Orelha Esquerda 1, Ponto fome 2. Supra-renal 3. Olho 1, olho 2 69 Pontos do Antitrago Ponto: Orelha Direita Orelhi 1. Occipital 1. May 2. Cérebro 2. Ouv 3. Hipotilamo 3. Ling : 4, Ovarioftesticulo 4, Olly | 5, Secregio interna 5. Ami 6. Pont Pontos do Antitrago Pontos Oretha Esquerda Oretha 1. Occipital 1. Maxi 2. Cérebro 2. Owvi 3. Hipotilamo 3. Ling. 4, Ovirio/testiculo 4. Olho 5, Secregio interna Pontos do Lébulo Orelha Direita 1. Maxilar 2. Ouvido interno 3. Lingua 4, Olho 5, Amigdala 6. Ponto para analgesia dentaria Pontos do Lébulo Orelha Esquerda 1. Maxilar 2, Ouvido interno 3. Lingua 4, Olho 5. Amigdala 6, Ponto para analgesia dentaria 7 Localizagio da Coluna na Anti-Hélice Vi Visio geral da orelha, linha ocidental 1. Zero 2. Membros inferiores 3. Membros superiores 4, Reto 5, Rim 6. Quadril 7, Joelho 8. Pe 9, Alergia 10, Mio 11, Nervo ciatico 12. Vesicula biliar 13. Estomago 14. Pulmio 15. Coragio 16. Fi 18, 1% 20. 2. 22, a 24, 25. 26. 27. 28, 29, Figado Darwin Cotovelo Ombro Hepatite Sono Maxilar Antidepressivo Agressividade Dores de cabega Olho Regido do trigémeo Regio dos distirbios psiquicos Endécrino Obs.: pontos de ne 16 ¢ 20 s6 na orelha direita, 74 2 deve se seguran ‘ou nio, alguma opcions fisica, s mento came p pessoa terror, | 1 cinco € vez ma ( do pac terapen detecea pontos deixar | siquicos 20. A Auriculoterapia Passo a Passo Anamnese, recolher todas as informagées que julgar necessirio, tudo deve ser analisado: a cor da face, 0 tom de voz, mios timidas ou secas, seguranga ow inseguranca ao se expressar, paciente ou impaciente, irritadico ou nio, choro ficil ou nao, vicios, se ja teve alguma enfermidade séria, alguma cirurgia com finalidade estética ou sade, filhos, tipo de parto, opcional ou obrigatorio, o que come, o que bebe, se tem lazer, atividade fisica, sono reparador ou no, alergias, meméria, concentragio, funciona- mento intestinal, vias urinarias, sabor preferido, cor preferida € por que, came preferida, como € a menstruagio, estagio preferida, 0 que trouxe a pessoa ao consultério, preferéncia por filmes de suspense, drama, amor ou terror, queda de cabelos, dores de cabeca, dores osteoarticulares, etc. Isto & s6 para se ter uma idéia de uma anamnese com 0 auxilio dos cinco elementos, naturalmente o terapeuta segue o caminho que o leva cada vez mais a0 aprimoramento. © paciente vai para a maca, o terapeuta se posiciona atris da cabeca do paciente ou na posigio que preferir - 0 que interessa € que paciente ¢ terapeuta estejam confortaveis -, apalpamse as orelhas, fazendo entio a deteccdo visual em busca de informagées. ‘azer a assepsia com dleool de uso hospitalar. Exploragio com o detector elétrico. A medida que vai encontrando pontos, estes jf vao sendo tratados. Mas agindo assim, seri que nio vou deixar de tratar algum ponto importante, uma vez que devo usar no maxi- 75 mo seis pontos? Na orelha, ao decidirmos usar tal ponto ¢ forgarmos a situagdo, 0 ponto aparecerd, teremos criado um artefato. Pela insisténcia da soar, mas © ponto nio pesquisa, a resisténcia elétrica cairé ¢ o aparelho va Util. Na orelha, se decidirmos criar pontos, nds os criaremos; trate-a portanto com carinho e respeito, estamos lidando com o corpo na orelha, nio esquegamos disso, Por outro lado, ao estimularmos um ponto, outros pontos que apa- receriam se nio o fizéssemos nio aparecem mais. Se com 0 detector elétrico nao se encontraram todos 0s pontos pro- curados, dependendo da regio, lang2-se mio do palpador de pressio, mas determinadas regides da orelha no se prestam ao uso do palpador de ‘0. As Areas mais indicadas para seu uso so: a concha cimba, a concha ngular ¢ parte da anti-hélice; sio areas mais firmes, mais press cava, a fossa tr resistentes ao toque. Se ainda nao se acharam os pontos procurados, usamos a tomada de pulso, © VAS. Na grande maioria dos paci ntes, em torno de 95%, no precisamos nos preocupar com o tratamento especifico da lateralidade, E sempre lembrando que, ao tratarmos érgios ¢ visceras, estamos tratando pessoa inteira 76 razoiN nos d. e pela ment neste rmos a ncia da nto no tratea orelha, ue apa- tos pro- fio, mas, ador de concha es, mais nada de cisamos estamos 21. Simulagdo de Quadro De conereto, parece que s6 temos © horirio de nascimento. ‘A paciente esta tio nervosa que nio nos di nenhuma informagio razoivel, Naturalmente que 0 proprio quadro que temos na nossa frente ja nos di uma idéia Horirio de nascimento: 18:00h. Estamos falando do horirio do rim, ¢ pela lei meio-dia/meia-noite, 06:00h, intestino grosso. A anamnese inicial- mente seri em cima de agua ¢ metal. Parte das perguntas seria sobre: + Parte ginecologica; + Ossos e articulagdes; + Pele; + Palos; + Cabelos; + Alergias; + Dores de cabegas + Ansiedade; + Intestino presoy + Vias respiratérias; + Leite ¢ derivados; + Doce. Se estas perguntas aparentemente devem ser feitas em todos os casos, neste especificamente no podem faltar. 7 Abaixo, uma idéia dos pontos a serem pesquisados e 0 porqué de todos eles. Usaremos todos 0s métodos para encontrilos ¢ faremos uso dos mais desequilibrados, em fungio da caracteristica propria de cada mé- todo e dos cinco elementos. + Ponto do rim - o rim alimenta o titero, é a sede da nossa energia sexual, cuida dos cabelos ¢ dos ossos, ligado A ansiedade. + Ponto do joctho- acio no joelho, no rim, nos érgios genitais, aumenta a . energia, um dos pontos mais importantes da orelha. + Shen-Men ~ esse ponto dispensa comentirio, deve ser pesquisado em qualquer situagio, em funcio de sua fisiologia. + Regiio intestinal - intestino funcionando bem, sem retengio de fezes, livre enfim das impurezas + Ponto do figado ~ 0 figado & 0 pai das alergias, das dores de cabesa, desintoxicante ¢ @ 0 filho do elemento agua. + Ponto Zero ~ esse ponto dispensa comentirios em fungio de representar 9 centro equilibrio. + Ponto do pulmiio ~ 0 pulmio & 0 mestre da pele, vias respiratdrias, ligado aos pélos ¢ € a mie do rim. 78 + Ponto + Ponto filho - estar se Q ponto se Va cervical, Abaixo 0 + Ponto rim eq Jombar + Coluni + Colund de actin + Ponto. + Ponto § orqué de mos Uso cada mé- a sexual, menta a sado em de fezes, cabega, resentar s, ligado + Ponto da secregao interna ~ ponto da sintese hormonal, + Ponto da agressividade - em fungio da mae - rim - ser ponto fraco, o filho - figado - estar ligado 4 irritabilidade, faria, “pavio curto” e nio estar sendo devidamente alimentado, a pessoa fica sujeita a agressividade. Quando nao citado, a ilustragio nos mostra, quando for o caso, se 0 linha ocidental ou 4 linha oriental. ponto se refere Vamos a uma outra simulagio: paciente X reclamando de coluna cervical, lombar e bruxismo, 35 anos de idade, magra, rosto esverdeado. Abaixo os pontos a serem pesquisados: » SHENM * Sacro: LOMBAR#a**""COCCIX RIM FIGADo BORDO DO LOBULO + Ponto do joetho - vamos nos lembrar que 0 ponto joelho tem ago no rim € que este esti ligado aos ossos ¢ articulagdes ¢ que comanda a parte lombar. + Coluna lombar ~ sa a area de referéncia, céccix ~ que representa + Coluna cervical ~ que representa a rea de referéncia ¢ é também o local de actimulo de tensio ¢ esta tensio pode se manifestar como bruxismo. + Ponto Zero - ja citado. + Ponto Shen-Men - j citado 79 Ponto do figado- uma das causas do bruxismo é a repressio de instintos, 0 figado 0 drgio mais agredido nesse engolir de coisas e pelas outras citagdes ja feitas. Ponto do maxilar ~ correspond & area de referéncia, relaxa toda a face, & analgtsico, acio no trigémeo. + Ponto no bordo do Iébulo ~ tea de agio nos distiirbios emocionais. Ponto do rim ~ ja citado. Em todos os casos de bruxismo, devemos observar a lateralidade ¢ tratdla se necessario. Sra entra na 1 caixa de | diz: “Ach minutos, buscar as para am: 80 ‘intos, outras face, & ais. idade e 22, Historico de Casos Tratados Sra. A, que ji fizera parte de grupo de estagiarios por mim assistidos, entra na minha sala, senta, abaixa a cabeca € comega a chorar... coloco uma caixa de lencos sobre a mesa... depois de alguns minutos, entre solugos ela diz: “Acho que estou com epressio”, ¢ continua chorando... mais alguns minutos, levanta a cabega e pergunta: “O que o senhor acha?”. Depois de buscar as causas do seu estado emocional ¢ procurar reconforti-la, vamos para a maca... Pontos encontrados ¢ tratados. AGRESSIVIDADE* BORDO DO LOBULO 81 + Shen-Men - dispensa comentarios. + Figado ~ ditetamente relacionado a todos os distiirbios emocionais, princi: palmente itritabilidade e depressio. Coragio - acalmar a mente, 0 espirito, a sua morada, Agressividade ~ muitas vezes 0 depressive alterna momentos de aparente calmaria ¢ firia. + Pulmio - esta diretamente relacionado A tristeza, 4 melancolia ¢ ao choro. + Pontos da bord do Idbulo - rea de acio nos distixbios emocionais, nio s6 pela irea em si, mas também pela auriculogeometria, referente aos pontos cerebrais. Este caso foi tratado em dez sess6es ¢ como em qualquer tratamento em todas as sessdes foi feita a pesquisa auricular; alguns pontos coincidem com as aplicagdes anteriores e outros nio. 22.1, Um Caso de Ciatalgia Uma mocinha em torno de 20 anos, bem magrinha, chega ao meu consultério literalmente carregada pelo tio. Colocada na maca ele diz: “Olha, a menina nfo pode nem andar, sera que tem jeito?”. Comecei a procurar os pontos ¢ os encontrei na seqiiéncia da procura: Shen-Men, Vértebras lomba- res, rim, figado, occipital - este ponto situado na base do crinio tem agio na parte sensitiva ¢ motriz de miisculos ¢ ossos ~ € ponto Zero. A paciente foi tratada com agulhas semipermanentes ¢ fizemos 12 aplicagdes ¢ de quando em quando cla aparecia para fazer manutencio. Ou seja, a0 menor sinal de alarme, ela retornava para evitar 0 pior, Sabemos que grande parte dos problemas da coluna & a mi postura, seja na cama, no carro, no sofii ¢ dai por diante. O individuo acorda ao despertar o reldgio, pula da cama como um. “doido”, se manda para o banheiro, se abaixa para escovar os dentes, nio dé nem tempo de tomar café direito, pois esta realmente atrasado. ‘A pessoa deve acordar, se espreguicar, acordar 0 corpo que esti em repouso hi virias horas, lubrificando-o como se faria com uma maquina 82 ha muite travada 1 Pe cara se € 22.2. Ur Se no mom todos os da mens In agio, no Tive cor eram bo E tratamer levaram- livrou d sados e | is, princi- : aparente a0 choro. onais, no srente aos ratamento incidem a ao meu liz: “Ola, rocurar os 1s lomba- tem agio A paciente gdes e de ao menor 4 postura, como um es, niio da ¢ esta cm. /miquina ha muito em desuso, ¢ ai ela vai ganhando vida e nao corre o risco de ficar travada no banheiro com dores na coluna. Podemos observar os animais: 0 cachorro ¢ © gato estio na nossa cara se espreguigando, vamos imitilos, 22.2. Um Caso de Tensao Pré-menstrual Seguindo a recomendagao de uma pessoa amiga que fazia uatamento no momento, 0 pai chega 20 consultério com a filha de 15 anos, e diz que todos os meses a menina falta 20 colégio e precisa ser medicada em fungio da menstruagio. O pai olhava a menina com muita tristeza. Iniclamos as aplicagées ¢ a0 todo foram dezesseis. A cada menstru- agio, notava-se melhora significativa até que acabou de vez o problema. Tive contato com a paciente de nome T. trés anos depois ¢ as noticias eram boas E interessante/necessario manter contato algum tempo apos o tratamento para saber como esti a pessoa com relago as queixas que levaram-na ao terapeuta, pois sd assim saberemos se ela realmente se livrou daqueles incomodos. Abaixo, os pontos que sempre eram pesqui- sados ¢ por que: f UTERO. SHENMEN * gM q FIGADO # ‘ # SUPRA-RENAL. SECREGAO™ + INTERNA AGRESSIVIDADE * 83 + Shen-Men - jA citado + Rim - o tim esta envolvide em todas as disfungées ginecoldgicas. + Figado ~ conttola 0 volume de sangue em cisculacio, ligado diretamente a todos os transtomos da menstruacio, as alergias na area ginecoldgica nesse periodo ¢ a irritabilidade caracteristica; nesse caso, algumas mulhe- res se declaram realmente fora de si mesmas. + Utero - area referente. + Ovirio ~ rea veferente. + Secrecito interna ~ ponto referente a todos os horménios. + Suprrenal ~ analgésico, ago nos érgios genitais, nas vias urinarias. + Agressividade ~ ponto referente & irritabilidade, a fitria, + Baco ~ 6ryio que controla os miisculos, ligado também 4 afetividade. Assim como 0 figado ¢ a vesicula sio érgios acoplados, coragio Intestino delgado também o so ¢ dai por diante, Sempre que falarmos do dtgi0 sdlido, estamos também falando do érgio oco, ¢ quando sugerirmos buscar na orelha 0 panto do figado se nfo 0 encontramos buscamos entio © ponto da vesicula biliar. 84 d e das 21 C na sexu: @ dirctame que foge as. etamente ecolégica s mulhe- ris 23. Circulacao Sexualidade dade e Triplo Aquecedor soragio ¢ amos do No reldgio césmico eles ocupam o hordrio de 19:00h 4s 21:00h - CS - gerirmos ¢ das 21-00h 4s 23:00h - TR - representam fungdes orginicas OCS, como o préprio nome sugere, esti envolvide na circulagio € na sexualidade, O TR esti relacionado ao sistema geniturindrio-sexual, ¢ so acessados diretamente através dos seus canais de circulagio, os meridianos, materia que foge aos objetivos dessa obra. 85 24, Tratamento de Obesidade A terapia auricular pode contribuir de forma decisiva para o emagre- cimento ¢ para manter-se em forma posteriormente, Sabemos que quando abordagem simples ¢ falamos em terapia auricular no nos referimos j pura da orelha. Lembrando que no existem duas pessoas iguais, o tratamento deve ser sempre personalizado. Mas, conhecendo a fisiologia de cada ponto, nos guiaremos aos mais indicados para cada caso. Falemos de alguns pontos teis para emagrecer So pontos provaveis de projecio ao longo do tratamento. SHENMEN : SNV wasininings REGIAO INTEAINAL FIGADO ESTOMGO" “y CORA@AQ* ROME % AGRESSIVIDADE + NEURASTENIA * 87 + Shen-Men - porta da energia mental, porta de entrada do espirito, portio migico, ponto para ser buscado, com todos os métodos de busca, em todos os casos. + Intestino grosso ~ para promover o bom funcionamento intestinal. + Vias urinérias ~ para evitar a retengio de liquids, lembrando que o rim esti ligado a ansiedade. + Figado ~ metabolismo das gorduras, disttirbios emocionais, 0 que leva muitas pessoas a afogarem as mégoas na comida. + SNV- agio no terreno gastrintestinal, principalmente em fungio de ner- vos. + Coragio ~ para manter a mente calma, serena, tranqiiila. + Estémago ~ para dar aquela sensacio de plenitude, de saciedade, para satisfazer-se com um volume menor de comida, + Agressividade ~ cuidar do emocional. + Neurastenia ~ cuidar do emocional. + Ponto da fome - este ponto tanto serve para diminuir quanto para au- mentar 0 apetite; deve ser pesquisado quando a pessoa esti com fome, para diminuir o apetite. Qual a duragdo do tratamento de obesidade? Depende de varios fatores. Quantos quilos a pessoa quer/precisa emagrecer? Ela est4 contribuindo? Qual a sua idade? © metabolismo torna-se mais lento depois de determinada idade. Ela engordou por que é comilona? Ou por que é sedentaria? Ou as duas coisas? Engordou apés um choque? Apés uma perda? Ha uma disfungio endécrina comprovada? A proposta também é trocar habitos ruins por habitos saudaveis. Algumas pessoas s6 véem a obesidade como um problema estético, ignorando que a obesidade @ uma das grandes preacupacées da atualidade. & interessante/necessirio levar a sério 0s quilos a mais € podemos/devemos observar a tabcla de indice de massa corporal IMC, da Organizagio Mundial da Saide, OMS. Natural- mente a tabela é um parimetro € varios outros fatores podem/devem ser considerados. Cada caso é um caso. M mento, | como ca 10, faga descend. vamos ¢ dia-a-dia proposta to, portio busca, em. al, que o rim > que leva fio de ner- dade, para © para au- ‘om fome, cx/precisa ada idade. ya as duas também & 6 véem al ide é uma io levar a indice de . Natural- devem ser Conclusao Muitas vezes sofremos por excesso de informagio ¢ pouco conheci mento. Sempre digo aos estagiérios que tenham uma técnica terapéutica como carro chefe, esgotem todas as suas possibilidades e depois, se necessé rio, fagam uso de técnicas complementares. Todo conhecimento verdadeiro descende de experiéncia propria. Nossa alimenta¢io € nosso combustivel, vamos conhecer este terreno para nos mantermos sauclaveis e fazer uso no dia-a-dia. A auriculoterapia apresenta um enorme potencial terapéutico, a proposta é usar tudo isso. 89

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