Texto complementar
Inteligência emocional
Síntese dos principais tópicos tratados no livro “Inteligência emocional”, de Daniel Goleman. O
autor é PhD em Psicologia, pela Harvard.
Introdução
O aumento do número de suicídios e do uso de drogas reflete uma cultura que só apostou no
intelecto, relegando o lado emocional, desconsiderando que a razão não é a única responsável
por nosso destino.
nos animais a caça, a procura do parceiro sexual. No Homo Sapiens, o neocórtex é a sede do
pensamento; permite a complexidade emocional, o ter sentimento sobre os sentimentos; a
afeição materna; o compromisso a longo prazo com a criação dos filhos. As espécies sem o
neocórtex não fazem isto.
A preocupação crônica caracteriza-se por ocupar-se com o que tem baixa probabilidade de
ocorrer, pela preocupação com a preocupação. Difere de meditar sobre um problema, como
forma de ensaiar para lidar com o perigo, refletir rumo à solução. Para reduzir a preocupação, a
saída é gerar uma visão diferente, entender o outro lado, eliminando a contestação, que atua
como freio.
A tristeza faz fixar a atenção no que se perdeu, mina a energia para começar coisas novas.
Constatar que o luto é inútil permite meditar sobre a perda, procedendo ajustes psicológicos.
A depressão gera um senso de inutilidade, a ausência de alegria, confusão, falta de memória,
incapacidade de dormir, desalento, apatia. O grande risco é a ocorrência do suicídio. Mostra a
importância do tratamento medicamentoso na depressão e a contribuição da diversão, dos
exercícios aeróbicos e de empenhar-se em atividades de ajuda ao outro.
1980, 67%. Uma das fortes razões para isto é que duas realidades emocionais encontram-se no
casamento: a do homem e a da mulher. As meninas recebem mais informações sobre as emoções
que os meninos, por isto expressam-se mais facilmente pela linguagem emocional e explicam
melhor seus sentimentos. Em geral, os homens gostam de falar de coisas e as mulheres buscam
ligação emocional. Mulheres lêem sinais emocionais, homens minimizam as emoções. Homens
querem fazer as coisas, as mulheres querem falar sobre elas. Além disto, o homem avalia melhor
o casamento.
Não são os problemas que separam o casal: é a forma como são discutidos. Os primeiros sinais
de "fendas emocionais" no casamento são a crítica pesada e o ataque às características do outro;
crises incessantes, nas quais o "inundado" reage ao menor sinal. Isto decorre de suposições não
esclarecidas sobre o outro, do pensamento vitimizado, das lentes negativas, que desconsideram
o que está bom. Neste cenário, o marido emudece, a mulher critica. O autor sugere que o homem
precisa aprender a não contornar o conflito, entender a queixa como insatisfação e não como
ataque pessoal. Enfim, compreender que a mulher precisa sentir-se ouvida. A mulher precisa
aprender a não atacar o caráter do marido, ao reafirmar seu amor. Define a assertividade como
uma resposta da inteligência emocional e mostra como a ponderação alivia: "Ele está sendo
exigente agora, mas já foi atencioso antes". A "boa briga" é aquela onde concentra-se no
problema, fala-se sem defensividade, ouve-se a mensagem principal e não só a fala hostil, e
desculpa-se quando se percebe que está errado. A grande aprendizagem é aprender e treinar
novas respostas fora da crise, assim elas se incorporam ao nosso repertório. Nós reagimos com
o que temos na nossa memória.
ampliar a sua visão sobre as questões emocionais, desenvolvendo: autodisciplina, vida virtuosa,
capacidade de motivar-se, de enfrentar pressões e resolver conflitos.
A aprendizagem emocional decorre também de aptidões cognitivas: falar consigo mesmo, ler e
interpretar as influências sociais, tomar decisões e resolver problemas, compreender a
perspectiva do outro.
Daniel Goleman
Síntese elaborada por Edina Bom Sucesso - Ergon Consultoria e Educação Continuada.