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INDICADORES DE GESTÃO DE AVALIAÇÃO NO

PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM


O presente temos diz respeito aos indicadores de gestão de avaliação
no processo de ensino e aprendizagem com os seguintes objectivos:

Objectivo geral: Analisar os indicadores de gestão de avaliação no


processo de ensino e aprendizagem.

Objectivos específicos: Caracterizar os indicadores de gestão de


avaliação no processo de ensino e aprendizagem;

- Destacar o professor e os alunos como elementos de indicadores de


avaliação do processo de ensino e aprendizagem.

Os indicadores são utilizados para medir os resultados de determinada


instituição. Comummente são usados para averiguar se alguma meta da
empresa foi alcançada, como fluxo de entrada e saída de capital, ou mesmo
para comparar dois períodos determinados.

Considerando o sector educacional, esses indicadores devem ser


pensados de forma diferente, indo muito além do fluxo de caixa. Afinal, as
escolas lidam com a formação e o desenvolvimento de crianças e jovens.

Por que as escolas devem usar indicadores para avaliar professores?  

A avaliação dos docentes deve se tornar uma prática frequente no


segmento educacional. É por meio dessas avaliações que o gestor ou
coordenador pedagógico encontrará falhas nos métodos de ensino e até nos
profissionais contratados.

Há diversos casos em que os professores apresentam um currículo


incrível, mas no dia a dia acabam não se adaptando com os métodos
orientados pela escola. Além disso, o próprio sistema utilizado no ensino pode
apresentar falhas que só serão identificadas com uma avaliação.

Após ter as respostas dos indicadores para avaliar professores, os


gestores poderão aplicar soluções para corrigir e adaptar o modelo para
alcançar o nível que se espera.  De acordo com um estudo da Universidade de
Stanford, na Califórnia, existem sete critérios para ter êxito em uma avaliação
de professores. São eles: Padrões profissionais associados com o ensino;
Apresentar evidências da prática de ensino, da aprendizagem do aluno e das
contribuições profissionais; Os avaliadores devem ser treinados para avaliar e
fornecer feedback construtivo e apoiar o processo de aprendizagem dos

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professores; O processo de feedback deve ser acompanhado de oportunidades
para desenvolvimento profissional; A avaliação deve incluir medidas que
incentivem um trabalho colaborativo dos professores; Professores experientes
devem ser parte do sistema de apoio aos novos docentes e também aos que
necessitam ajuda; Professores e administradores devem estar envolvidos na
supervisão do processo de avaliação para garantir que a informação seja útil e
de boa qualidade.

PARTICIPAÇÃO GERAL

O professor é participativo de forma geral? Costuma sugerir ideias,


contribui com o processo pedagógico, está sempre se actualizando? Esses
pontos também devem ser usados em seus indicadores para avaliar
professores. Indicadores objectivos e quantitativos: são aqueles que podem
objectivamente medir um resultado: número de alunos, números de ocorrências
policiais, número de crianças desnutridas, renda anual dos agricultores.
Indicadores subjectivos e qualitativos:  são aqueles que expressam
resultados subjectivos, ou seja, que são sentidos por julgamentos individuais,
que variam de pessoa para pessoa. Exemplos: se estou buscando definir um
indicador de auto-estima nos jovens participantes do projecto, esse indicador
pode ser ‘o número de novas habilidades que cada jovem identifica em si.
Cada um dos tipos de indicadores descritos anteriormente é construído a partir
de documentos diferentes de colecta de dados e da utilização de métodos
quantitativos ou qualitativos. Kisil (2004) aponta alguns sinais que podem-se
observar no processo de construção do projecto que vão direccionar a colecta
de informações para métodos qualitativos ou quantitativos.

Há alguns sinais para o uso de quantificação:


- Resultados numéricos expressos nos objectivos do projecto;

- A possibilidade de haver relações numéricas entre causas dos


problemas e efeitos dos serviços;
- O desempenho financeiro.

Há também sinais que apontam para o uso de medidas qualitativas:


- A necessidade de haver contacto directo com os envolvidos nas ações
para captar os efeitos do projecto: entrevistas, observações de campo, etc.

- A constatação de aspectos intangíveis: a compreensão do público, a


satisfação, as opiniões, o stress, o empenho, a responsabilidade e a iniciativa
individual.

Cada país cria um sistema de indicadores sociais de acordo com as


divisões das políticas públicas existentes. Mas, em um mesmo país, os
municípios e estados contribuem para a colecta de dados geral e assim,

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utilizam os mesmos indicadores estabelecidos pelo Governo Federal.

Cada uma das políticas públicas também identificará, a partir de seus


objectivos, quais serão as características, ou informações, que deverão ser
colectadas para a composição do sistema de indicadores sociais e como elas
serão colectadas, cabendo a cada planeador, gestor social, identificar os meios
mais adequados para a colecta de informações e utilização dos resultados já
definidos em seu país, estado ou município, ou ainda, a definição de novos
indicadores que contemplem o seu objectivo de intervenção social.

Outros autores (OMS, 1996, COHEN; FRANCO, 2000 JANUZZI, 2005)


classificam os indicadores sociais que são mais interessantes para a análise de
políticas públicas, destacando os seguintes indicadores: indicador-insumo,
indicador-processo, indicador-resultado e indicador-impacto.

Os indicadores-insumo correspondem às medidas associadas à


disponibilidade de recursos humanos, financeiros ou de equipamentos
alocados para um processo ou programa que afeta uma das dimensões da
realidade social. São tipicamente indicadores de alocação de recursos para
políticas sociais (...).
Os indicadores-resultado são aqueles mais propriamente vinculados aos
objetivos finais dos programas públicos, que permitem avaliar a eficácia do
cumprimento das metas especificadas, como por exemplo, a taxa de
mortalidade infantil, cuja diminuição espera-se verificar com a implementação
de um programa de saúde materno-infantil.

Os indicadores de impacto referem-se aos efeitos e desdobramentos


mais gerais, antecipados ou não, positivos ou não, que decorrem da
implantação dos programas, como, no exemplo anterior, a redução da
incidência de doenças na infância ou a melhoria do desempenho escolar futura,
efeitos decorrentes de atendimento adequado das gestantes e da criança
recém-nascida

Os indicadores-processo ou fluxo são indicadores intermediários, que


traduzem em medidas quantitativas, o esforço operacional de alocação de
recursos humanos, físicos ou financeiros (indicadores-insumo) para a obtenção
de melhorias efetivas de bem-estar (indicadores-resultado e indicadores-
impacto), como número de consultas pediátricas por mês, merendas escolares
distribuídas diariamente por aluno ou ainda homens-hora dedicados a um
programa social (JANUZZI, 2005)

A escolha dos indicadores que farão parte do seu projeto de intervenção


não acontece ao acaso, deve seguir uma lista de propriedades consideradas
relevantes para identificar se um indicador é bom ou não. Januzzi (2005)
elenca algumas características importantes que devem ser consideradas para
escolha dos indicadores, quais sejam:

- Validade e representação do conceito: É outro critério fundamental na


escolha de indicadores, pois é desejável que se disponha de medidas tão
‘próximas’ quanto possível do conceito abstrato ou da demanda política que

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lhes deram origem. Em um programa de combate à fome, por exemplo,
indicadores antropométricos ou do padrão de consumo familiar de alimentos
certamente gozam de maior validade que uma medida baseada na renda
disponível, como a proporção de indigentes. Afinal, índice de massa corpórea,
baixo peso ao nascer ou quantidade de alimentos efetivamente consumidos
estão mais diretamente relacionados à nutrição adequada e à desnutrição que
à disponibilidade de rendimentos. Por outro lado, é operacionalmente mais
complexo e custoso levantar informações para o cálculo desses indicadores de
maior validade, comprometendo o uso deles para fins de monitoramento
periódico do grau de ‘fome’ na comunidade (daí o uso de indicadores de
rendimento como medida de acompanhamento). Confiabilidade da medida:
É outra propriedade importante para legitimar o uso do indicador. Na avaliação
do nível de violência em uma comunidade, por exemplo, indicadores baseados
nos registros de ocorrências policiais ou mesmo de mortalidade por causas
violentas tendem a ser menos confiáveis – e menos válidos – que aqueles
passíveis de serem obtidos a partir de pesquisas de vitimização, em que se
questionam os indivíduos acerca de agravos sofridos em seu meio em
determinado período. Naturalmente, mesmo nessas pesquisas, as pessoas
podem-se sentir constrangidas a revelar situações de violência pessoal sofrida,
por exemplo, no contexto doméstico, no assédio sexual ou na discriminação
por raça e/ou cor. Cobertura populacional: Sempre que possível, deve-se
procurar empregar indicadores de boa cobertura territorial ou populacional, que
sejam representativos da realidade empírica em análise. Essa é uma das
características interessantes dos indicadores sociais produzidos a partir dos
censos demográficos, o que os tornam tão importantes para o planeamento
público do País. Mas mesmo indicadores de cobertura parcial podem ser úteis.
Os indicadores de mercado de trabalho construídos a partir das bases de
dados administrativos do Ministério do Trabalho, por exemplo, não retratam a
dinâmica conjuntural do mercado de trabalho brasileiro, já que se referem
apenas ao mercado de trabalho formal. Ainda assim, esses indicadores
aportam conhecimento relevante acerca da dinâmica conjuntural da economia
e do emprego, em especial no âmbito municipal.

- Sensibilidade às acções previstas e Especificidade ao programa: São


propriedades que também devem ser avaliadas quando da escolha de
indicadores para a elaboração de um sistema de monitoramento e avaliação de
programas públicos. Afinal, é importante dispor de medidas sensíveis e
específicas às ações previstas nos programas, que possibilitem avaliar
rapidamente os efeitos (ou não-efeitos) de determinada intervenção. Taxa de
evasão escolar ou frequência escolar, por exemplo, são medidas sensíveis e
com certa especificidade para o monitoramento de programas de transferência
de renda, na medida em que se espera verificar, em curto prazo, nas
comunidades atendidas por tais programas, maior engajamento das crianças
na escola, como resultado directo de controlos compulsórios previstos ou
mesmo como consequência indirecta da mudança de comportamento ou da
necessidade familiar.

- Transparência metodológica na sua construção: A boa prática da


pesquisa social recomenda que os procedimentos de construção de
indicadores sejam claros e transparentes, que as decisões metodológicas

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sejam justificadas, que as escolhas subjectivas – invariavelmente frequentes –
sejam explicitadas de forma objectiva. Transparência metodológica é
certamente um atributo fundamental para que o indicador goze de legitimidade
nos meios técnicos e científicos, ingrediente indispensável para a legitimidade
da política social. Comunicabilidade ao público: É outra propriedade importante,
com a finalidade de garantir a transparência das decisões técnicas tomadas
pelos administradores públicos e a compreensão delas por parte da população,
dos jornalistas, dos representantes comunitários e dos demais agentes
públicos. Fatibilidade na sua actualização: A periodicidade com que o indicador
pode ser actualizado e a falibilidade de sua obtenção a custos módicos são
outros aspectos cruciais na construção e selecção de indicadores sociais para
acompanhamento de qualquer programa público. Para que se possa
acompanhar a mudança social, avaliar o efeito de programas sociais
implementados, corrigir eventuais distorções de implementação, é necessário
que se disponha de indicadores levantados com certa regularidade.
- Desagregabilidade populacional e territorial: Também é preciso que os
indicadores se refiram, tanto quanto possível, aos grupos sociais de interesse
ou à população-alvo dos programas, isto é, deve ser possível construir
indicadores sociais referentes a espaços geográficos reduzidos, grupos sócio-
demográficos (crianças, idosos, homens, mulheres, brancos, negros, etc.), ou
grupos vulneráveis específicos (famílias pobres, desempregados analfabetos.
Compatibilidade da série histórica:
A comparabilidade do indicador ao longo do tempo é uma característica
desejável, de modo a permitir a inferência de tendências e a avaliar efeitos de
eventuais programas sociais implementados. O ideal é que as cifras passadas
sejam compatíveis do ponto de vista conceitual e com confiabilidade similar às
das medidas mais recentes, o que nem sempre é possível. Afinal, também é
desejável que a colecta dos dados melhore ao longo do tempo, seja pela
resolução dos problemas de cobertura espacial e organização da logística de
campo, como pelas mudanças conceituais que ajudem a precisar melhor o
fenómeno social em questão. Total de propriedades: Em uma perspectiva
aplicada, dadas as características do sistema de produção de estatísticas
públicas no Brasil, é muito raro dispor-se de indicadores sociais que gozem
plenamente de todas essas propriedades. Na prática, nem sempre o indicador
de maior validade é o mais confiável; nem sempre o mais confiável é o mais
sensível; nem sempre o mais sensível é o mais específico; enfim, nem sempre
o indicador que reúne todas essas qualidades é passível de ser obtido na
escala territorial e na periodicidade requerida. O importante é que a escolha
dos indicadores seja fundamentada na avaliação crítica das propriedades
anteriormente discutidas e não simplesmente na tradição do uso deles
(JANUZZI, 2005).

INDICADORES ESTRATÉGICOS

Número de formados/número de ingressantes: é essencial para avaliar a


eficiência de uma instituição de ensino, pois por meio dele se analisa quantos
dos alunos que ingressaram, de fato,  se formaram naquele curso;

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evasão/trancamentos/transferências/matriculados: esse indicador também é
importante para avaliar a qualidade da organização, uma vez que está
directamente relacionado ao nível de ensino, ao suporte oferecido ao aluno, ou
mesmo em relação aos valores das mensalidades, que também influenciam
esses factores; notas gerais dos alunos da instituição: permite um cálculo mais
geral do desempenho da comunidade académica; alunos
matriculados/docentes: depende da estrutura didáctica do curso, mas se o
numero da razão se apresentar muito abaixo, é sinal de que o curso está
insuficiente; avaliação da satisfação dos discentes: fornece dados sobre as
melhorias académicas a serem feitas tendo como base o ponto de vista dos
alunos; avaliação de satisfação dos docentes: também é importante para que
os professores apontem críticas e ofereçam sugestões de melhorias;
candidatos/vaga no processo selectivo: avalia a concorrência da instituição ou
de determinados cursos; matriculados/aprovados: avalia a necessidade de uma
segunda chamada no processo selectivo.

INDICADORES DE AVALIAÇÃO EM SALA DE AULA

As variáveis de sala de aula são mais específicas e determinam os


problemas essencialmente pedagógicos. Exemplos:

 Frequência dos alunos: permite avaliar em quais matérias os alunos


estão mais ausentes, demonstrando a insatisfação com determinada
disciplina;
 Média das notas em uma disciplina: determina o grau de dificuldade de
uma matéria;
 Avaliação dos alunos em relação ao professor: permite avaliar a
didáctica dos docentes;
 Avaliação dos professores em relação ao aluno: considera o ponto de
vista do corpo docente sobre o comprometimento ou desempenho de
uma turma.

Além disso, a frequência dos alunos é um indicador estratégico muito importante a ser
avaliado, já que, se identificados os motivos com antecedência, pode-se evitar problemas
como evasão e reprovação. Isso porque, quando um aluno se abstém de uma aula
regularmente, entende-se que esta não cumpre com seu objectivo e não está agregando valor,
o que torna possível fazer melhorias na ementa antes que se tenha um alto número de
desistências. Portanto, observa-se que, com o auxílio dos indicadores de desempenho
educacional, é possível identificar os principais problemas que estão impedindo uma
instituição de ensino de crescer.

Os conceitos apresentados por Egg e Aguillar (1994) como medição,


estimação, seguimento, controle, são tidos muitas vezes como avaliação
embora eles próprios apresentem mais tarde algumas diferenças. O termo

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avaliação é bastante elástico, pois tem usos diferentes e pode ser aplicado a
uma gama variada de actividades humanas. Estes autores apresentam uma
grande acepção de conceitos de diferentes autores sobre a avaliação, ora
vejamos:

A diferença nos dizeres de Aguillar e Egg (1994) está no facto de que o


controle seja a verificação de algo e a avaliação o juízo acerca desse algo. Não
obstante, a avaliação, é tida como o processo que pretende determinar até que
ponto os objectivos propostos foram ou não alcançados. Não é por acaso que
no campo educativo (em relação aos resultados dos alunos), a avaliação seja
considerada como a forma de comprovar os objectivos propostos, “a avaliação
refere-se à apreciação qualitativa dos dados recolhidos, pode ser vista como
processo e produto”(Nerici, 1991).

Torna-se necessária então uma incursão sobre a discussão dos autores no campo
pedagógico que apresentam alguns conceitos de avaliação:

 A avaliação pedagógica é o processo sistemático que visa determinar


em que medida certos objectivos educacionais são alcançados pelos
alunos.
A UNESCO (1979) apresenta um glossário de termos de tecnologia de
educação onde oferece três conceitos diferentes de avaliação:

 Termo genérico para designar o conjunto de operações de apreciação,


de controlo e de medição de um resultado, de uma estratégia, de um
sistema, de uma pessoa …;
 Processo tendente a delimitar, obter e reunir a informação útil para julgar
alternativas de decisão, controlar a eficácia da execução de uma
actividade e julgar seu interesse;
 Processo de quantificação ou de qualificação do rendimento de um
indivíduo, grupo, dispositivo ou material.

Assim, avaliação é um processo de colecta e análise da informação


relevante na qual apoiar um juízo de valor sobre a entidade avaliada que sirva
de base para uma eventual tomada de decisões (F. A. Cabrera, 1987, citado
por Aguillar-Ander Egg, 1994). Neste caso, a entidade seria a escola.

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As perguntas que devem ser respondidas pela avaliação de processos
escolares são: O programa é implementado como estava previsto no plano, as
aulas conforme planificadas, as actividades docente-educativas se realizam
segundo a previsão?

Foram postos em prática os esforços de intervenção metodológica na


forma indicada no plano do programa? As actividades e tarefas lectivas e
administrativas são executadas do modo previsto?

Foram cumpridas as tarefas de preparação e motivação necessárias


para criar um clima favorável à implantação do programa (de
ensino/administrativo)?

Qual a disponibilidade real de recursos para a execução e


implementação do programa?

Existe um adequado sistema de controlo operacional sobre o andamento


do programa? Os coordenadores de disciplinas possuem instrumentos de
gestão?

Existe um adequado sistema de informação para o seguimento do


programa? Existe um feedback de informações?

Os recursos estão sendo utilizados adequadamente? Existe preparação


dos professores e técnicos administrativos para a utilização correcta dos meios
disponíveis?

Os procedimentos utilizados são apropriados aos objectivos em vista?


Facilitam a consecução desses objectivos?

Os procedimentos utilizados são oportunos do ponto de vista político,


económico, social, cultural e/ou institucional? O conteúdo chega aos alunos
pela gama de métodos que a panóplia científica já descobriu? Os
procedimentos administrativos se ajustam ao funcionamento da escola?

Existe participação do pessoal que compõe a escola? Que tipo de


participação? De que forma se manifesta a participação dos alunos durante as

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actividades de ensino-aprendizagem? (apenas respondem as perguntas dos
professores ou nasce delas a espontaneidade)?

O programa tem uma coordenação adequada dentro e fora da escola


que o promove?

Sobre a avaliação do rendimento do pessoal

Qual é a aptidão e habilidade do pessoal (docente, administrativo e


auxiliar) na aplicação de técnicas e procedimentos às tarefas e actividades
próprias de seu trabalho? Quais são as atitudes e motivações para fazer
responsavelmente o trabalho? Os professores cumprem as fases didácticas e
orientações metodológicas necessárias para cada tipo de conteúdo de ensino?

Os professores têm em conta a comunicação e a interacção no processo


docente educativo?

O que fazem os responsáveis pela direcção, os quadros médios e os


executores do programa corresponde ao estabelecido na "análise de postos",
"manual de organização" ou "manual de procedimentos"?

A competência profissional do pessoal da escola se ajusta aos padrões


de qualidade exigidos?

Qual a capacidade do pessoal para organizar o trabalho e resolver


problemas?

O pessoal possui os conhecimentos e habilidades necessários para o


correcto desempenho das funções a seu cargo? E as aptidões?

O pessoal desempenha suas funções e actividades no tempo oportuno?


Emprega-se mais tempo que o necessário? Por quê? Qual é o nível de
satisfação do pessoal do programa?

Existem incentivos para o pessoal? De que tipo e com que efeitos?

Dada a importância da avaliação escolar, “o controlo do rendimento


escolar precisa ter maior rigor metodológico e científico. A avaliação não pode
ser reduzida a testes, mas é importante a verificação deste tipo” (Libâneo,

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2000). Embora os testes não ofereçam uma informação fiel, dão pelo menos
uma pista das possíveis falhas na aquisição dos conhecimentos, daí que se
possa pensar numa capacitação metodológica dos professores. Seja como for,
é preciso considerar todos os factores que influenciam nos resultados dos
alunos.

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CONCLUSÃO

Pudemos concluir que indicadores são utilizados para medir os


resultados de determinada instituição. Comummente são usados para
averiguar se alguma meta da empresa foi alcançada, como fluxo de entrada e
saída de capital, ou mesmo para comparar dois períodos determinados.
Considerando o sector educacional, esses indicadores devem ser pensados de
forma diferente, indo muito além do fluxo de caixa. Afinal, as escolas lidam com
a formação e o desenvolvimento de crianças e jovens.

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