Você está na página 1de 7

GENERALIDADE E EVOLUÇÃO GEOLÓGICA (PONTOS

EXTREMOS E ACIDENTES COSTEIROS)


Os mapas franceses, inglês e holandês começaram a mostrar certa
coincidência com a realidade, referindo-se ao layout de algumas partes das
costas australianas, mas foram os holandeses que fizeram os primeiros
levantamentos directos das costas do continente australiano e a chamaram de
Nova Holanda. A forma exagonal do continente difere das demais que,
portanto, tem uma forma triangular. O gráfico comparativo da extensão dos
continentes mostra que a Austrália é a menor delas. Sua extensão territorial é
de 7 621 500 km2. O cabo York, o ponto mais ao norte, tem 10º 41̕ de latitude
sul, a extremidade sul é Cabo Sudeste, 39º 11̕ de latitude sul. Isso determina
que a extensão do continente de norte a sul é de aproximadamente 3.200 km.
Os pontos de extremidade leste e oeste têm 153º 34̕ e 113º 05̕ de longitude
leste, respectivamente. Eles correspondem às capas de Byron (leste) e
Íngreme ou Íngreme (oeste). A maior largura é de 4 100 km. A Austrália faz
fronteira com o norte com os mares de Timor e Arafura; a leste com o Oceano
Pacífico e a oeste e sul com o Oceano Índico.
No Paleozóico, a Austrália fazia parte do antigo continente de
Gondwana. Foi no Jurássico superior, quando a imensa massa continental foi
fragmentada em vários blocos, dos quais o mais oriental deu origem à
Austrália. Ao norte havia uma plataforma ou escudo antigo, formado por rochas
cristalinas que se estendiam até o que hoje corresponde à parte sul da Nova
Guiné. A porção noroeste foi invadida pelas águas do mar. No leste e sudeste,
havia dobras compostas de formações de diferentes idades, que deram origem
a cadeias de montanhas. Estes foram devastados pela erosão e, no início do
Mesozóico, a região tornou-se uma plataforma, que aderiu solidamente à
antiga plataforma. Naquela época, a leste do continente, estendia-se a região
neoguínica-Nova Zelândia, pertencente ao cinturão de geossinclina do Pacífico,
que o separava da plataforma do Pacífico. No norte e oeste, começaram a se
formar depressões do proterozóico e do baixo, onde o acúmulo de sedimentos
era intenso.

1
ESTRUTURA TECTÓNICA E RELEVO
A predominância de estruturas de plataforma na Austrália determinou a
extensão de um relevo fundamentalmente plano. A porção ocidental é
constituída por uma plataforma antiga. A leste, há uma plataforma mais jovem,
em cuja borda oriental um importante sistema montanhoso se ergue. A zona de
contato entre essas plataformas tem algumas sineclises. A plataforma antiga
que ocupa mais da metade do continente e as bacias epicontinentais
adjacentes ao mar de Arafura, a Great Australian Bay e outras terras, possui
um porão muito antigo, coberto por um manto de rochas sedimentares, que
atinge seu maior poder nas antigas sineclises que estão ao norte e oeste do
continente. O porão emerge no oeste, no centro e no norte do continente. Ao
sul, nas recentes sineclises de Eucla e ao leste, na depressão da Grande
Caverna do Artesão, são encontradas camadas de sedimentos marianos
mesozóicos muito espessos.

  O relevo da parte ocidental da Austrália é caracterizado pela presença


de planícies de Zócalo, que se alternam com as da estratificação; no extremo
oeste e na plataforma, bloqueiam montanhas epiplatáticas: Hamersley para o
noroeste, Stirling e Darling para o sudoeste, Madonell e Musgrave no centro do
continente, que correspondem ao sistema das dobras jovens das plataformas
antigas e epipaleozóicas. As recentes planícies de estratificação e acumulação
são: Nullarbor, Planície Central, Planície Murray-Darling, planície costeira do
Golfo de Carpentaria e planície do sul da Nova Guiné. A porção oriental possui
um sistema de montanhas dobradas que foram elevadas durante o Neo-
Quaternário, em estruturas achatadas da plataforma mais jovem. São
montanhas de blocos dobráveis, médios e baixos. A cordilheira Great Divider é
a característica fundamental do relevo montanhoso da Austrália. Atinge sua
maior largura ao norte de 28º de latitude sul e se estreita em direção à sua
porção sul. Os picos mais altos são encontrados nas Montanhas Azuis.
Formada por calcários e nos Alpes Australianos, com mais de 2.000 m de
altitude, onde aparecem manifestações de relevo glacial, como morenas, vales
suspensos, circos, etc.

Entre as montanhas, no fundo das grandes fraturas, formaram-se


planícies de acumulação recentes e uma estreita planície costeira se estende
em direção à costa. Algumas regiões do continente caracterizam-se por
apresentar um relevo vulcânico de diferentes idades. Entre esses, temos o
platô de Amtring, resultado do vulcanismo paleozóico. As formas vulcânicas de
planaltos e montanhas coincidem principalmente com as estruturas
montanhosas do leste. As estruturas da região Neoguínia-Nova Zelândia são
caracterizadas pela presença de montanhas jovens de dobrar e dobrar blocos,
combinadas com planaltos e vulcões, especialmente na Nova Zelândia, com
planícies cumulativas recentes.

2
RECURSOS MINERAIS E SEU RELACIONAMENTO COM A
EVOLUÇÃO GEOLÓGICA
Menor continente terrestre em extensão territorial, com
aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros quadrados, a Oceânia possui
36,6 milhões de habitantes, que estão distribuídos em 14 países, sendo que a
maioria habita a Austrália. Essa porção do globo possui grandes reservas de
recursos minerais. O solo do território australiano, por exemplo, abriga
expressivas jazidas de ouro, bauxita, minério de ferro, chumbo, cobre e
manganês. Esses minerais são explorados em larga escala e exportados para
o Japão e países da União Europeia. Quanto à fonte energética, o país
apresenta reservas de carvão mineral.

A Nova Zelândia, segundo país mais desenvolvido economicamente da


Oceania, detém jazidas de petróleo, gás natural e carvão. Outro grande
destaque do continente é Nauru, cuja economia baseia-se na produção de
fosfato. No entanto, estima-se que, caso seja mantido o ritmo de exploração,
esse minério se esgotará em menos de 30 anos.

Outros países da Oceania que têm na mineração uma importante


atividade econômica são:

- Ilhas Salomão: abriga jazidas de ouro, prata, cobre, fosfato, asbesto e


bauxita.

- Papua Nova Guiné: possui reservas de ouro, cobre e petróleo.

- Fiji: ouro e cobre.

- Estados Federados da Micronésia: grandes jazidas de fosfato.

3
TIPOS DE CLIMAS

O clima leva em consideração dois principais factores: as temperaturas


médias e a quantidade média de precipitação. A temperatura média faz
referencia as médias de cada mês e sua variação sazonal. O índice
pluviométrico mede a quantidade de precipitação mensal e suas variações
sazonais. Os dois factores são influenciados por diferentes características do
local, como a insolação e humidade. O nível de insolação, ou nível de energia
solar, é dado principalmente pela latitude, controlando em grande medida a
temperatura do local. A altitude do relevo, a proximidade ou não de grandes
corpos de água (maritimidade/continentalidade), a pressão atmosférica e as
correntes marítimas, também influenciam na umidade que uma região recebe e
suas temperaturas.

A Oceania pode ser divida em duas partes. A primeira é a continental


cujo único país é a Austrália. A segunda é a porção insular, que compreende
países como Papua-Nova Guiné, Nova Zelândia, Timor Leste, além de
inúmeros arquipélagos de pequenas ilhas como Fiji, Tonga, Tuvalu, entre
outras. Os climas na região insular, exceto na Nova Zelândia, são considerados
climas quentes e tropicais. O clima que abrange a maioria das ilhas e uma
pequena parte ao norte da Austrália é o de floresta tropical pluvial, com
temperaturas altas e pouca variação. O clima também apresenta umidade alta,
resultante das altas temperaturas e da proximidade com o oceano, o que faz
com que o índice pluviométrico seja alto durante o ano todo. Uma pequena
porção sofre a ação do clima tropical de monções, com uma estação seca (de
um a seis meses) e uma estação úmida (de seis a 11 meses), com
temperaturas altas e com pouca variação. No centro de Papua-Nova Guiné,
encontramos o clima de montanha, menos severo que em regiões subtropicais
ou regiões com maiores altitudes. Na região, esse clima é seco e com
temperaturas mais brandas.

Outro clima tropical é o de savana, encontrado no norte da Austrália.


Esse clima apresenta duas estações, com verões úmidos e invernos secos, e
temperaturas quentes com pouca variação. Os climas mesotérmicos
(subtropicais) são encontrados no litoral da Austrália, exceto a oeste, e Nova
Zelândia. Encontramos no nordeste australiano uma pequena porção de terras
sob influência do clima subtropical úmido de invernos secos, com quatro
estações bem definidas, verão quente com alto índice de precipitação, e
inverno brando e seco. Essa variação provém do efeito das monções, que cria
no inverno uma área de alta pressão, tornando o tempo seco. O litoral centro
leste da Austrália apresenta precipitações bem distribuídas durante o ano, com
quatro estações bem definidas, clima típico subtropical úmido de verões
quentes. O clima marítimo da costa oeste é encontrado no sudeste da Austrália
e em toda a Nova Zelândia, com quatro estações bem definidas, verão e
invernos brandos, e precipitação bem distribuída durante o ano. O litoral sul da
Austrália é dominado pelo lima temperado de verões secos, onde, ao contrário
da média global, a precipitação se concentra no inverno. Isso é decorrente da
corrente marítima fria do leste australiano e da movimentação das zonas de
alta pressão no verão, que impedem que a humidade se acumule no sul
australiano.

4
PRINCIPAIS RIOS E LAGOS DA AUSTRÁLIA E OCEANIA
 
- Rio Murray; Rio Darling; Rio Barcoo; Rio Bell; Rio Blackwood; Rio
Clarence; Rio Peel; Rio Swan; Rio Woronor; Rio Yarra; Rio Wollondilly; Rio
Murrumbidgee; Rio Georgina; Rio Finke; Rio Diamantina; Tio Thomson; Rio
Plenty; Rio Alberga; Rio Todd.
 
Principais lagos da Austrália:
 
- Lago Eyre
 
- Lago Lefroy
 
- Lago Mackay
 
- Lago Frome
 
- Lago Amadeus
 
- Lago Alexandrina
 
- Lago Torrens
 
- Lago Barlee
 
- Lago Macleod
 
- Lago Carnegie

5
CONCLUSÃO

A Austrália está localizada nos hemisférios sul e leste. O trópico de


Capricórnio atravessa-o e divide-o em duas porções desiguais. A maior parte
está localizada ao sul dos trópicos mencionados. A forma exagonal do
continente difere das demais que, portanto tem uma forma triangular. O gráfico
comparativo da extensão dos continentes mostra que a Austrália é a menor
delas. Sua extensão territorial é de 7 621 500 km2.

O cabo York, o ponto mais ao norte, tem 10º 41̕ de latitude sul, a
extremidade sul é Cabo Sudeste, 39º 11̕ de latitude sul. Isso determina que a
extensão do continente de norte a sul é de aproximadamente 3.200 km. Os
pontos de extremidade leste e oeste estão em 153º 34º e 113º 05º longitude
leste, respectivamente. Eles correspondem às capas de Byron (leste) e
Íngreme ou Íngreme (oeste). A maior largura é de 4 100 km. A Austrália faz
fronteira com o norte com os mares de Timor e Arafura; a leste com o Oceano
Pacífico e a oeste e sul com o Oceano Índico, apresenta uma variedade
mineral e climática que influencia no desenvolvimento económico dessa região

6
BIBLIOGRAFIA

CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: Uma introdução a. 7. ed. Porto


Alegre: Bookman, 2012. Francisco Mendonça.

Arquivado em: Clima, Oceania
Atlas geográfico volume 2, o mundo físico p.40; Austrália e Oceânia –
PRODUÇÃO MINERAL p.35; Austrália meio geográfico – p.32 e 33.
Livro de Geografia dos Continentes – P.58 a 98.

Você também pode gostar