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Fisica Nuclear _- Irving Kaplan Deparment af Nelo Engherng Massuchuses Inte of Tel nolo ‘Tradusido por José Goldenberg Professor Titular do Instituto de Fiseg \ 3. da Universidade de Sao Paula, ‘Com a eotaborigto de Clovis Goldemberg ‘en Tempo Real Prof Verginia Reis Crispi ¢ oe nar PEN Ur COPPE Segunda edicdo GUANABARA bos ARUTH oitmnealess souk. ‘Titus do original em inglés Nuclear Physiei2ey Copyright © 1962 Addison-Wesley Publishing Company, Inc. Reading, Mass:, U: S. A. Direités exclusives para a lingua portuguesa Copyright © by _ Editora Guanabara Dois $. A. Rio de Janeiro — RI 1978 : Reservados todos o direitos. E proibid « duplicagao ou reprodugio deste volume. ou de partes do mesmo, sob quaisquer formas ou por quaisquer meio (cietréni sem permissio expressa da Ealitora. Fotocomposigio da Editora Guanabara Koogan S. A. >, mecinico, gravagao. foloc6pia, 04 Outros). | i | | } | \ Prefacio a Primeira Edigao ‘Tentei escrever um tratado de fisica nuclear elementar, mas coerente, ade- ‘quado a uma introdusdo neste campo. O livro é elementar no sentido da suposicio dde que o leitor nio foi previamente introduzido na fsica atdmien e nuclear, Sepoe- se que ele tenha tido dois anos de curso de Fisica cobrindo aproximadameste 0 material contido nos livros de Sears: Mecdnica, Calor e Som: Eletricidade e Mag nnetismo; e Otica, da Addison-Wesley Physics Series. Considera-se também que © leitorestejafamiliarizado com 0 eéleul diferencia e integral; um curso de um ano ‘de quimica geral seria Gil, se nfo essencial. Este livro ter sua utilidade, portnto, rum curso de fisica nuclear de graduacao avangada, para engenheiros interessados ras aplicagées da fisica nuciear de grande escala, agrupadas sob o nome de “enge- ‘aharia nuclear", ou para qualquer outro com a preparagio indicada que possa estar interessado na matéra. Os conceitos e técnicas da fsica nuclear ni s40 elementares no sentido do que sejam facilmente entendidos. Eles evoluiram através de uma grande quantidade de pesquisa experimental tedrica e no podem ser expressos ou explicados em ter- mos simples, nio-téenicos. Tentei entretanto, mostrar como nosso coahecimento atual dos ndcleos e tomas foi desenvolvido, e como parte desse conhecimento é aplicuda. Ao tratar das experiéncias que fornecem informagées sobre stomos © n= cleos ¢ 05 modos pelos quais estas experigncias so interpretadas em termes de ‘cori. tentei evitar tanto as teriveis complieagdes experimentais, quanto mergu- Ihar no oceano dos detalhes matemiticos. nfase recai sobre os principios subjs- ‘contes as experiéncias e sobre os resultados experimentais, uo inves da uparelhae ‘gem. ¢ sobre as idéias Msicas ao invés dos detalhes dos cflculos. Assim. foram includes dedusdes quando elas envolvem aplicagées diretas dos prineipios fsicas, em termos de matemtica no aquém do eéleulo integral, Quando é necesséric usar resultados de métodos mais avangados, como em mecdnica quiintica, os detalhes das dedugdes sto omitidos: mas as idélas fisieas contidas nos resultados sio ciscv- tidas com algum éetalhe e relacionadas com os dados experimentas, (0 plano do livro esté baseado no conselho do Rei de Copas:* "Comece pelo SHUT Persosge Go Ho “Aliso Pads Marais de Coro comeso”, disse o Rel gravemente, “e siga adiante até cheyar wo flm: entio pare.” ‘A necessidade de um limite razosivel para o vimanho do livre torna necessirio. ‘eniretanto, defini © comeco ¢ o fim arbitrariamente ¢ deixar alums coisas fora do ‘eaminho. A primeira parte do lio, consistindo das sete primeiros capitulos. € Je- dienda aos antecedentes da fisica nuclear e comegs com as bunes quimicas da teoria atémien. A sepuinds parte, Capitulos 8 17. atau fica do nicleo de uma maneiri {que me parece logica e consistente com a natureza elemen-ar do livro, A.terceita Parte, Capitulos 18 a 22, trata de tépicos especisis e aplicasbes. ¢ incl a fisica do néntron ev Fiss20 nuclear. que no se encaixam convenientemente no esquema di Segunda parte, e ao mesino tempo nos conduzem it mais espetacular aplicaeio ds finiea nuclear: a “energia nuclear”. Os temas dos aceleradcres de partculis earre pias © separagio isotdpica. apesir de aio serem realmente fisica nuclear. esto ito relacionados com importantes ramos deste campo; eles sio incuidos por est fazio € porque formam, junto eom a energia muiclear. a parte principal da engenhs fia nuclear, Nie diseuti assuntos come ries e6smicos. misons, € Momentor m= Cleaves porgue acho que cles precin Ue vis Wtumento mais vangado que om terial cobert. Teli, por varias razdes. um grande mimero de referéncias a fiterauura. Para © leitor eéiieo ou curioso, as referéncias vio suprir os deulhes tedricos © experi mentais omitides do texto. assim como a comprovagio de resultados apresentados Sem prova, Uma razio mais importante para inelur estas referencias provém do Tato de gue a fisica atémiea e @ nuclear so campos desenvolvidos recentemente, € {que a literatura original & mais acessivel que a da fisica clssicu. Q estudante pode {er por si mesmo 8 artigos originals e livros dos pioneiros neste campo — Ruther- ford, Bohr. Millikan, Moseley. Aston, Chadwick. Fermi ¢ outros. Os artigos nos quais as descobertas bésicas foram primeiramente publicadas dio. mais do que Gualquer liveo-texto possi dar, o sentimento da imaginacio e beleza inerentes a fisice moderna. A literatura corrente nos leva a0 sentimento da gradual e. as vezes. dolorosa acumulagao de informagdes experimentaise tedricas, e aos problemas que ainda milo foram solucionados. Este livro foi desenvolvido a partir das anotasdes de arm ciclo de conferés {dado no Brookhaven National Laboratory. Estou grato aos colegas que assstiram 2s conferéncias ou usaram as anotagdes para varios comertirios ¢ sugestoes valio- Sas. ea muitos pesquisadores no campo da fisica nuclear pela permissio para citar e usar resultados publicados. Acima de tudo, acho dificil expressar adequadamente minha divida e gratido para com Jean Harless. pela sua inabalavel paciéncia, bom ‘humor e habilidade na preparacio do manuscrito IRVING KAPLAN East Patchogue. New York Junko, 1984 Prefacio @ Segunda Edigao ‘Temte atualizar olivro © melhorar a apresentago do material. A ripida aeum- lag de informagdes durante os dltimos sete anos obrigow a mudar muitos dos ruimeros e algumas das ideas. além de que o uso do ivro eomo texto por amgos ¢ colegis. bem come por mim, resultou em muitas sugestées para melhorias e 2sels Fecimentos. Para iaformagtio dagueles que usaram a primeira edigio, as principals midan- «gas slo as seguintes: A segdo 2.8, sobre a detecgio © medida de radiaeso. fel am Plas, No tratamento da relatividade restrita, no Capitulo 6, foram incluidas a de ‘ducdo das equacées de transformacao de Lorentz e a férmula para a variagio da massa com a velocidade. Acrescentou-se ao Capitulo Turaa nova secdo. a 7.9. na ual & equacio de Schroedinger € aplicada ao problema de uma particula numa caixa unidimensional; espera-se que este acréscimo ajude o estudante a desenvolver tum pauico mais sua visio em algumas idéias elementares de mecinica ondulatoria Duas novas segdes foram acrescentadas a0 Capitulo Id: a segio 14.8. que trta do neutrino € suu deteecio, e a secdo 149, que trata das lis de simeiria © da nao Conservagio da paridade no decaimento beta. As duns tltimas segGes do Capitulo 5. a respeito do decaimento gama, niveis de energia nuclear e isomerismo. “ora completamente reescritas. Uma pequena seco, 16.7, sobre as limitucdes da :eoria Go nucleo composio foi acrescentada ae Capitulo 16. No Capitulo 17, 0 tratanento ke modelos nucleares fo! umpliado: em particular, os modelos de camadas e cole tivo so discutides com um poueo mals de detalhe do que na primeira edicho introduzindo-se © modelo Stico para reagdes nucleares. Nesse cap tulo, ‘erescentou-se ainda uma pequenia Seva, 17.4, sabze o raio nuclear. O Capitulo 19 sobre fissio nuclear. fof modernizado pura incluir material que estava clussiicado ao tempo em que a primeira edigo estava sendo escrita. mas que agora ja € parte da literatura corrents. Mudaneas eorrespondentes foram feitas no Capitulo 20. com © resultado de que slgumas das: propriedades elementares dos reatores podem ser introduzidas de um maneira mais satisfaria: uma pequena sevio sobre Feagdes termonucleares controladas também foi acrescentada.. Pars compensair em arte © novo material. 0 Capitula 22 sobre separagio Isodpica foi eliminade: este ssunto parece atrair pequeno intevesse em cursos de fisiea nvclewt. ¢ aor ¢ th ‘outros livros. Finalmente, tentei melhorur es pro biomes aerescentando novos e subsiuindo alguns dees. de simples upicugao de ‘orm. por problemas de rcioeno. Sitonme em debito pars om muitos amigos. colegase estudantes que upoata fam ens ¢sizervam hodicancn, c laments fo pdr sos nadine 3 faa de eapao, Exerc etretato.w privegio do tater, de ignorar sens Eonselhos eens, pelo que somentet mim devem se cedtidas as omissoes da presente revinio - "Agradego a Rachel Sprinsky por sua inestimavelasisténeia na preparagio do smanvsert. InvinG KaPLan Cambridge, Mass Taner, 1982 Indice PARTE] OS ANTECEDENTES DA FISICA NUCLEAR 1 AS Bases QUIMICAS DA TEORIA ATOMICA, 3 1.1 As leis das combinagses qulmicas, 3 1.2 A hipétese atémica de Dalton, 5 3 A hipotese de Avogadro e a molécula, 6 14 Pesos molecules e atémicos de elementos gasosos, 7 155 0 peso atémico padrfo, 8 116 Pesos atémicos de elementos nfo-gasosos, 9 1.7 Pesos e tamanhos de étomos ¢ moléculas. 10 118 0 sistema periédico dos elementos, 12: 2. AtoMos, ELETRONS & RADIACOES, 16 2.1 As leis da eletrélise de Faraday © 0 elétron, 16 2 A condugio de eletricidade em gases, 17 3 Ralos eatédicas, 17 24 O elétron: a determinagtio de sua carga, 20 2.5 Raios positives, 25 26 Raios X, 26 2.7 Radioatividade: rai alfa, beta e gama, 26 2.8 A detecgao e medidas de radiagio. 29 3 0 Atomo Nucuear. 42 3.1 0 iitomo de Thomson, 42 3:2 A leoria de Rutherford do espathamento de particulas alfa. 44 3.3 O teste experimental da teoria do espalhamento de Rutheriord, 48 3.4 Algumas caractersticas do nicleo atémico. $1 4 Ratos X A ESTRUTURA ATOMICA, 5S 4.1 Algumas propriedades dos raios X. 55 4.2 0 espalhamento dos raios X pelos tomas ¢ 0 numero de eléirons por tomo, $7 4.3 A difragSo dos raios X e a lei de Bragg. $9 4.4 Espectro de raios X caracteristico. A lei de Moseley. 62 5 A Teonia QUANTICA DA RADIACAO, 69 5.1 O fracasso da fisica clissica em deserever os fendmenos atémicos, 69 52. A emissio e ebsorgdo de radiagio térmica, 10 5.3 A tori eldssica da radiagio térmica, 74 54 O fracasso da teoria elisticn da radiacio térmica, 76 5.5 A teoria quimica de Planck da radiagao térmica, 79 516 Teoria quintica e o efeito fotoelétrico, 82 6 A TeORIA DA RELATIVIDADE RESTRITA. 86 6.1 O papel da teoria da rolatividade restrita nafs atomica e nuclear, 1 # 0 problems da vetocidade absoluta, 87 de Michelson Moriey. 88 waridineia da forma das teorias fisieas. 91 65 A teoria da relatividade restrita; 2 variagie da massa com a veloci- dade, 93 6.6 As relagdes entre massa © energit, 102 627 Oefeito Compton, 105, 7 ESPECTROS ATOMICOS E ESTRUTURA ATOMICA, II? 7.1 Espectios atomicos, 112 7 712 Ateoria de Bobr sobre os espectros atémicos ¢ » estrutura atémica, so 6 : £2" 713 Os estados estaciondrios aum itomo, 121 714 Extensio da teoria de Bohr; érbitaselipices, 122 71S 0 fracasso da teoria de Bohr: a mecinica quintica € os mimeros ‘quanticos cortetos, 128 7.6 A teoria aide e a tabela periédica, 129 TT A teoria atémica e 0 espeetro de rains X caracteristico, 131 +» 78 As idéias bésicas da mecdinica quiintica, 135 719 A solusio da equasGo de Schroedinger: alguns exemplos ¢ resultados ep ies, at PARTE Il 0 NUCLEO 8 A ConstrTuigAo Do NucLEO. 153 8.1. A hipétese préton-elétron sobré a constituigto do nicleo, 153, 8.2 O momento angular do nicleo; o fracasso da hipStese prétonrelétron, 15 8.3 A Wansmutagio nuclear e a descoberta do néutron, 158 84 A hipbtese prévon-néutron, 159 8'5 Propriedades eldiicas e magnéticas do cleo. 160 8.6 Propriedades adicionais dos nicleos atbmizos, 162 9 IsoroPOS. 164 9.1 Radioatividade natural os is6topos. 164 ° 9.2 Anilise de raios positivos e & existéncia de istopos 165 9.3. Massas isot6pieas e abundancias: 0 espectrografo de massa © 0 es pectrometro de massa, 169 9.4 Os isdtopos estiveis dos elementos e suas abundaincias percentuas, 9 jbundancias percent 25 Massasstdmicas: trades de empacotamento enerias de HiasSo, 10 RADIOATIVIOADE NATURAL EAS LEIS DA TRANSFORMAGAO RADIOATIVA 1 A taeda triad desnegaso rite 190 2 A conse de dasnepagiors meurvide eva mi, 10.3 Transformagées radioativas sucessivas, 199 = 104 aul edentvo. 203 10S Aus adoavas natura, 208 16 Unidas de rhode S10 }1_DESINTEGRACAO NUCLEAR ARTIFICIAL, 215, Hel THansmutugae por particule al eagbes apron 113 O'balango demas enerpla em reagdesmileues, 28° 15 © neutron: teagbesafenéuron, 21 | 114 & aclerago departs carepdes, 228 } 1153 Teansmutago por protons, 25 114 Transmutecto por deuteron, 226 | 113 ‘Tramsmutago por neutrons, 228 | 118 Transmutago por ronss239- = i 119 Quimica maces: maseas mocleares, 238 12 RADIOATIVIDADE ARTIFICIAL, + 12.1 A deisiberta da radio 2 26 Ades dade artical, 236 + Fadonuelieos arial. Emissao de eltrons © sions. Ca lura de elétrons orbitais, 239° : = 23 On elementos transurancos, 242 4 Os radiomliteos stint slfeminores: 246 | 125 Tablas de sGtopose carts de naldeos, 8 ; | 13, DecarMENTO ALFA, 253 1B A velocidad seg spatula, 253 182 A absorgo de partes alfa neance,toizagdoe poder defen gem. 256 a eee 133 Gives de steance-eneria, 208 134 petro de parcul alfa. Particuls de longo alcance e‘esttra fina, 265, . “ Ia. Nive de energin ncleaes, 268 13% A tends desntcyaga alae 271 ‘ 14 DecaimewTo BETA, 282 14.1 A velocidade ¢ energia de particulas beta, 282 142 A absorgdo de paroles bes. lean ionizas «© perdu de eneraia, 143. Relagées de alcence-nerga para particuls beta. 291 144 Espectros de particuas beta. O espectro continuo. 291 14°5 A teoria do decaimento Beta. Base da teora, 297 18.6 4 teora do decaimento bet, Resultado e ComparagBo com 8 niéncia, 301 ce - 14.7 Niveis de energa ¢ esquemas de desintegragto, 307 148 © neutrino, 309 149 Leis de simetria e a nfo conservacio da pasidade no decimento 315 15 Ratos GAMA E DECAIMENTO GAMA. 327 15.1 A absorgSo de raios guma pela matéria: dados experimentais, 327 15:2 A interago dos raios gama com 2 matéri, 331 153 Absorgao fotoeltrica. 333 154 Espalhamento Compton, 335 15.5 Formacio de pares elétron-pésitron, 340 . 156 A absoreto de raios gama pela matéria. Comparagio dos resultados cexperimentals ¢ te6ricos, 343 15.7 A medida das energias dos raios gama, 346 158 Decaimeno gam converso imem®s 35) ay 15.9 Deeaimento gama ¢ niveis de energia nucleares: teoria, 13.10 Deeaimenta guma e nivels de energia nucleares: resultados exper'- mentais ¢ isomerismo nuclear, 358 16 REAGOES NUCLEARES, 369 16.1 Reagdes nucleares e estados excitados dos nicleos, 369 162 O nicleo composto, 373 = 1633 Segoes de choque para reagies nucleares, 16-4 Resullados experimentais. ConsideragSes gerais, 381, 16.5 ReagSes induzidas por néutrons, 384 16.6 ReagSes induzidas por protons ¢ particuas af, 393 16.7 Limitagées da teorin do micleo composto, 400 . 16.8 Reagdes induzidas por deiiterons: nicleos intermedifrios, alta ener aia, 401 169 Reagéesindizhas por ras gama, AOS 16.10 Reagées em energlas muito altas, 16:11 Reages com micleos leves; niveis de energia de micleos leves, 409 17 Forcas NUCLEARES B ESTRUTURA NUCLEAR, 419 12 Boe igo a sat as los mules 49 17.2 Botablighde mocleare a forgas ent miceons, Bloat 173 Niveis de eregia de nicleos Teves e a hipotese da Sndependéncia das vo FGrgae leas em velagao 8 cares, 422 174 O vaio sles. 26 115 A interagio entre dos nleons, 427 176 O estado do probleme aos forgasmoclares 431 125 Modsios nucleares. © modelo de camadas ou das pariula indepen- dente, 33 : i 178 0 modelo da got Vguida © a férmula semi-emprca de enerpa de Hgacto, 42 179 O modelo niceorctetivo, 447 140-0 modelo dice para reages muclares, 49 PARTE II] TOPICOS ESPECIAIS E APLICAGOES 18 A Fisica Do NEUTRON. 461 18.1 A produglo de néutrons, 461 182 A deteceto de néutrons, 464 18.3 A interagiio dos néutrons com matéria em blocé: ralentamento, 465 18.4 Neutrons térmicos, 473 A difusdo de neutrons térmicos. 479 18.6 SegOes de chogue para reacbes induzidas por néutrons: mevida ds seqio de choque total. 482 18.7 Segdes de chogue de espalhamento. absorgio ¢ ativagio, 488 19 Fissio NucLEAR, $00 19.1 A descoberta da fissio nuclear, 500 19.2 Segbes de chogue e limiares de fissio, 502 193 Os produtos da fissio. $07 19.4 As distribuigdes de massa e energia dos produtos da fisio, $08 19.5 Emissio de néutrons na fissi0, $11 19.6 A distribuigdo de energia dos néutrons emitides na fissio, S14 19,7 A liberagao de cnergia na fissio, 515 19.8 A teoria do processo de fissio, 517 20 Foxtns pe Exenaia Nucuman, $25 20.1 Fissio nuclear como fonte de energia, 525, 20.2 O sistema de reagio em cadeia ou 0 reaior nuclear, 526 203 Reatores muicteares térmicos. O ciclo do néutron, 5: 204 0 celeulo do fator de maltipicagio de um reator nuclear térmico ho smogbneo, $34 20.5°O reator nuclear térmico heterogéneo, 541 20.6 0 tamanho eritico de um reator nuclear térmico, $43 20.7 Poténcia ¢ regeneragio, $47 20.8 Producio de energia nas estrelas. Reagées termonucleares, 8 20.9 Reugées termonucleares controladas, 552 21 A ACELERACAO DE PARTICULAS CARREGADAS, 559 21.1 A méquina Cockerof-Walton, 589 21.2 O gerador eletrostético ou méquina de Van de Graaif. 560 2133 O efelotron, $62 2144 O ciclotron de freqiéncia modulada ou sincrociclotron. $67 21.5 A aceleragio de elatrons. O bstatron ou o sincrotron de eléirons, $70, 21.6 O sinerotron de protons, 574 21.7 Aceleradores lineares, 576 21.8 0 sincrotron de gradiemte alternado, $78 AENDICE |_LISTA ALFABETICA D08 ELEMENTOS. SBS APENDICE TI VALORES DAS CONSTANTES FISICAS, $87 APENDICE II] ABREVIACOES DE Nomes DE REVISTAS USADAS PARA REFERENCIAS. $89 APENDICE TV A FORMULA DE ESPALHAMENTO DE RUTHERFORD, 3% [RESPOSTAS AOS PROBLEMAS, $95, inpice ALeanérico, 624 sc RE Fisica Nuclear | ae Parte I Os Antecedentes da Fisica Nuclear As Bases Quimicas da Teoria Atémica ‘As bases da moderna teoria atémica foram langadas ao final do se. XVIII ¢ vo séc. XIX na tentativa de compreender as propriedades quimicas da metéria, Duas das quantidades fundamentais da fisica atOmiea e nuclear —o peso atémico ¢ © niimero atémico — tiveram suas origens na correlagao dos resultados de expe. neias quimicas e na sistematizagio das propriedades dos elementos quimicos. AS leis das combinagées quimicas foram unificadas no inicio do sce. XIX pela teoria atémica de Dalton, que introduziu o conceito de peso aldmico, O desenvolvimento «de métodos para a determizagio dos pesos atdmicos dos elementos e a investigacao das reagées quimicas foraft as maiores contribuigdes da quimica do séc. XIX. A sistematizagio dos pesos ftémicos e das propriedades dos elements levarart entio & formulagio do sistema periSdico e aos conceitos de nimero atOmico e esirutura atomica, 11 As leis das combinagées quimicas. Os dados experimentais que derem ori ‘em & teoria atémica da matéria podem ser resumidés em algumas leis bisicas. A Drimeira delas foi deduzida de investizagées como as de Lavoisier, que mostra que, quando estanho & posto a reagir com ar num recipiente fechado, o peso deste reek ente € de seu contetido, antes ¢ depois do aquecimento, € o mesmo. Esta cons ia do peso, que provou ser verdadeira para todas as reagbes quimicas, € &x- bressa na lei da conservagdo da massa, que estabelece que a massa de um sistema ‘lo € afetada por nenhuma mudanga quimice no sistema. Descobriu-se que, quando vatios metais sf0 oxidados em contato com o ar, tama parte de oxigénio, em peso, sempre combina com 1,52 parte de magnéso, em eso, ou com 2.50 partes de célcio, 1,12 parte de aluminio, 3,71 partes de esanho, 3.97 partes de eobre e assim por diante. Se tomamos 0 peso do oxigénio como Sendo 8, como se mostrou ser mais conveniente, so obtidos os seguintes pesos para as outras substancias: Oxigénio — Magnésio —Ciilcio.-— Aluminio «Cobre. ——Estanho 8 1216 20,04 8,96 31,76 2968, (Os mesmos pesos so obtcos quando os éxidos so preparados por outros métodos ‘qe rio sejam uma simples oxidagdo. Estes resultados experimentais. ¢ mullos ov- sion NUCLEAR 4 ‘twos parecidos. s4o expressos pela lei das proporgies defalas, Go oe as ne a sso. Também foi descoberto que SS aE opm, i ime combina ar ergatitos cio conbectdos oj proporghes Fela oe retnigrio sto dadas na tel gue SEE yg BO gets fae ee mesma massa de ue podem se combinar com & rps sto resumes Peale 5, Resulaos cementos se combina Para ‘de um que combinam com a neros inteiros © pequends. onigévio As diferentes massas de oxig Eno sto malilosinceirs de as proper iil sstabelece que, S¢ dois sr eporgoesmiliples, que es ‘feitar'mats dem compost, a8 d 8 do as eastes tivas entre os elementos Jevou & mesa mesh fe ae eages aanctavas ete 08 ements Et es uma. dos propa crocs Ses ceric us it ce MN idbntica ‘uma terceira substancia sao também as AA abe Eagan se Eo cbmc ace ina CO pon os quis els @combinam com C, 0 COM Se ee memo a Somon iuosngve oun uaiio: ocr nk Sane ne cipeg arnSe Taree emis op an Pa Ban fron s wn rt ti i a ee gu ane ome enn era SSR i Sitar 8 Ee Sele raat a ean ame eta le oon pao 28,538 = 7147s, ov x = 20,04 para o eficio, —o eager Parentage Perceniager a ee rageme RE SE 3 ‘de hidroginio —-Huroginio 2,78 loro $7.25 {Severe EP ee igs” EG Se 6 Tadeto ae pata ner ai ‘AS BASES QUICAS DA TEORIA ATOMICA 5 onde x & a quantidade do elemento, neste aso 0 eileio, que se combina com 8 partes de oxigénio. Dos dados experimentais para a agua, 88,81: 11,19 ou x = 1,008 para o hidrogénio. No cloreto de hidrogénio, se o peso do hidrogénio ¢ tomado como 1,008, 0 do cloro € 35,45; no cloreto de magnésio, se 0 peso do eloro € 35,45, 0 do magnési0 & 12,16. Quando se prossegue com este procedimento, descobre-se que a cada elemento pode corresponder um niimero que representa o nimero de partes, em peso. que lum dado elemento pode combinar com 8 partes de oxigénio, em peso, ou Com 1,008 partes de hidrogénio, em peso. Osigénio Ciilcio Hidrogénio Clore Magnésio Praia todo 8 2008 1,008 35451216 107,88 126, © valor bie para o magnéso peo processo indireto dado acima € 0 mesmo que 0 obtio pelos dies anteriores sobre a sidasao deta do imgnesio. Os miveros ‘bios’ para os diferentes lementos so chumados de pesos de combinagio, Oe pesos equvalenes dos elementos. ‘As quatco les das combinagées quimicas,conservagio da massa, proporgdes defines, proporgses mila, ¢ proporgesreeprocas,jntamente com a com, celta de’ pesos de combinasao, restmem os fatos experimentais bisiees dos ombinagbes quimicas conhecides em 1800, ¢levaram a hipotese aldmice orm inda no inicio do se. X1X por Dalton. . 1.2 A hipétese atimica de Dalton. A hip6tese at6mica de Daltonfoi proposta (1803) para explicar os fatos expressos pelas leis das combinagdes quimicas e era Daseada nos seguintes postulados:, 1. Os elementos quimicos consistem de particulas discretas de mitétia, éto- ‘mos, que no podem ser subdivididos por nenhum processo quimico e que preser. vam sua individualidade nas reacées guimicas. 2, Todos os étomos de um mesmo elemento sfo idénticos em todos os aspec- ‘os, em particular no peso ou massa; elementos diferentes tém tomas diferirdo no ‘peso. Cada elemento € caracterizado pelo peso do seu stomo, © 0s pesos de comb zagio dos elementos representam as massas dos respectivos étomos. 3. Compostos quimicos sio formados pela unito de étomos de diferentes ele- ‘mentos em proporsdes numéricas simples, por exemplo, 1:1, 1:2, 21, 2:3. E fic mostrar que as leis das combinacées quimicas podem ser dedszidas estes postulados. Desde que os dtomos nio sofiam mudangas durante um pro- {880 quimico, eles preservam suas massas, ¢ a massa de um composto € a soma as massas de seus clementos; 0 resultado é a lei da conservasio da massa, Como {8 tomos do mesmo elemento sio idémticos em peso, e um composto é formado pela unio de étomos de diferentes elementos numa proporgio numérica simp es, as Droporssesfpor peso nas quais dois elementos esto combinados num dado com Posto sio jempre as mesmas, resultando a lei das proporgdes delinidas. Consleremos agora 0 caso no qual dois elementos A e B podem former dois compostos diferentes. Suponha que 0 primeiro composto contém m éiomos de Ae 1 ftomos de B, e que o segundo composto contém p atomos de A e q stomos de B ‘Sea €0 peso de um itomo de A, eb & 0 peso de um Stomo de B, esto 0 primeiro ‘composto contém ma partes de A e nb partes de B, e uma parte de A combint com nbima partes de B. Analogamente, no segundo composto, uma parte de A conbina ‘com gbipa partes de B. Entdo, us massas de B que reagem com uma massa fxa de A estio na proporcio ou p:mg. 6 FSIOA NUCLEAR Se ere eee ae ore tore amie Cae er at Es Robe preety eer ee ee at eee eens ore sear mg. np 'e No composte formade por B ¢ C, a proporehe em peso entre R eC & 2 sbiye, ow Entio, ma ™ Ee eee aay pr os las de Eafe plag ale oe iret ie ingreoa Bate emma Pots eae ins uci Sag ape i et or He oe lea ran mas See oes ne eae ra Ws mdr Wr” mda’ conde A, ¢ A, so 0s pesos atdimicos, e, €, sdo respectivamente 0 niimero total de ftomos de eada elemento gue entram sa combinagao. Quando & razio ys € €o- mhecida, 0 valor da razio W;:Wy pode fixat somente a razio dos pesos atomicos, Para aplicar sua teoria, Dalton foi obrigado a fazer hipéteses arbitriris; ele consi- ‘derou, por exemplo, que, se somente um composto de dois elementos ¢ conhecio, fle contém um atomo de cada elemento, A agua era considerada como um com- posto de um dtomo de hidrogénio ¢ um itomo de oxigénio, sendo a existéncia do perdxido de hidrogénio desconhecida na época. A hipétese de Dalton era simples, nas erradt, e conduziu a muilas dficuldades na aplicagdo de sua teoria at6mic® 30 ‘campo da quimies, que crescia rapidamente. 1.3 A hiptese de Avoadroe- mole, Uma das difuliaes encontads pel pose stmt surbr come remind dos etdos sobre us propredases Shimieus dos gases, Gay-Lusac notrou (1882818 que, quando ocrrem eaes Shima ene mses exit sempre una reagdo amples enue os volumes dos tance reagents bem ou groom ents sh gases, Quando ov ete fgeats e's produos eau so as newman condgge de omperatr © Peso aera AS BASES QUIICAS DA TEDRIA ATOMICA 7 | volume de hidrogénio + 1 volume de claro “> 2 volumes de cloreto de hidrogénio 2 volumes de hidrogénio + 1 volume de oxigénio = 2 volumes de vapor d"égua; 3 volumes de hidrogénio ~ 1 volume de nitrogénio +2 volumes de aménia Conelui-se que, se, os elementos no estado gasoso se combinam em proporeses simples de voluie,’e se 0s elementos também se combinam em simples proporeoes e diomos, entio o mimero de atomos em iguais volumes de gases reagentes cove estar relacionado de mancira simples. Dalton supds que volumes iguais de diferen- tes gases sob as mesmas condigdes fisicas contém uum niimero igual de stomos, sigamos m dtomos. Nesta hipétese, quando 1 volume /n dtomos) de hidrognio eage com 1 volume ( étomos) de’clore, entio 2 volumes (2n “"étomos compos tos") de cloreto de hidrogénio sio formados. ‘Todo tomo de hidrogenio e coro deve entio se dividir a0 meio para formar dois dtomos compostos de cloreto de ‘icrogenio, um resultado que contradiz 0 enuncialo da hipotese de Dalton, que 4izia que os étomos ndo podem ser subdividides em nenhum processo quimico. Avogadro (1811) mostrou que a dificuldade poderia ser resolvida se uma ditin- sho fosse feta entre dtomos elementares e as pequenas particulas de um gis. Ele Supés que estes Jos de um simples tomo elemertar téo, que iguais volumes de todos os gases sob as mesmas condicdes fisicas contém 0 mesmo nimero de moléculas. Esta hipétese tornou possivel inter- pretar a lei das combinagdes volumétricas de Gay-Lussae em termos da hipstese atémics, Considere que cada molécuia de hidrogénio ou cloro consiste de dois sto: ‘mos clementares, e suponha que I volume de hidrogénio ou cloro contém n molecu las, Estas tholéculas reagem para formar 2n moleculas de cloreto de hidrogénio, cada molécula contendo um tomo de hidrogénio e um étomo de cloro. Apesar dos ftomos nao poderem ser divididos de tal maneira que um atomo de hidrogénio ou loro entre na composicio de duas motéculas de cloreto de hidrogénio, uma wole- ula de hidrogénio ¢ uma molécula de cloro podem ser divididas entre duas moléeu- Ins de cloreto de hidrogénio. Desta maneira, a hipStese de Avogadro permitiu que a lei de Gay-Lussac se reconeiliasse com a hipdtese atémica de Dalton. A anilise detalhada de muitas reagies entre gases mostrou que as, moléculas dos elementos ‘gas0508 hidrogénio, oxigénio, cloro e nitrogénio contém dois dtomos; os gases iner- tes hélio, neénio, argnio, criptonio e xendnio tém um ‘tomo por molécula, 1.4 Pesos moleculares ¢ atdmicos de elementos gasosos. Os pesos molecules 4e substancias gasosas podem ser determinados por medidas de densidades reati- vas. A densidade relativa de um gas € definida como a razio entre 0 peso de um Gado volume de gis © 0 peso de um volume igual do um pis padrio medides ‘mesma temperatura e pressio. Pela hipstese de Avogadto, é possivel escrever pars ‘qualquer substincia gasosa Peso molecular do gis eso de qualquer volume de 28s Peso molecular do gis padrio “Peso de um igual volume do gis pac Densidade do eas “Densidade do gs padrio” A escolha do pis.padrao ¢ arbitriria e pode ser, por exemplo, hidrogénio, oxiginio ‘0 ar. Se 0 hidrogénio € escolhido como padirio, e se seu peso atémico € tomado arbitrariamente como sendo u unidade, o peso molecular relative de um. gas € 6 Fision NUCLEAR eso molecular = 2 x densidade do gis relativa & densidade do hidrogénio. Fe En re ga ae Fein a en ae ane Tabela 1.1 Pesos moleculares de elementes gasosos Peso molecular Densidade Peso molecular Flemento em hnas—Mi(@idroginioy Mi (oxigino) - Mazigénio) CNGP. “3 =e Fire anes 0s. East ‘Correia para desvios das lis dos gases pereios, wong «okay ci pt mi te eat ‘1 BASES QUIMICAS OA TEoRIR aTOMICA 8 bina com 8 g de oxigénio. Também se descobriu que dois itomos de hidrogénio se combinam com um étomo de oxjgénio para formar uma molécula de égus. Assim, 1.008 g de hidrogénio contém o dobro de dtomos que 8 g de oxigénio. Uma possivel c’scolhia para o peso atdmico do oxigénio & seu peso de eombinagao ou peso equivs- lente. 8 unidades. Se esta escolha fosse feita, entio 1,008 (das mesmas uniades) setis'0 peso de dois dtomos de hidrogénio, e © peso do tomo de hidrogénio seria 0,504. Porém, 0 hidrogénio € 0 mais leve de todos 0s elementos. Se 0 pairko e3colhido tal que o peso atdmico do hidrogénio ¢ igual ou maior que a unidade, enti no vai haver nenhum elemento com 0 peso atGmico menor que a unidade. A escolha de 16 para o oxigénio torna o peso atémico do hidrogénio igual a 1,008, © também conduz 8 pesos relatives de ‘itomos e moléeulas que no sio excessiva- mente grandes. O peso aidmico do oxigénio entio € igual 20 dobro do peso de combinas20 ou peso equivalente. Em geral, 0 peso at6mico de um elemento é um equeno maltiplo inteiro do seu equivalente quimico, e este inteiro & chamado de valencia do elemento: Peso atdmmico : Peso atomic _svaténcia Equivalente quimico © cquivatente quimico e a valencia sio dteis porque seus valores podem ser deter- minados por métodos quimicos e conduzem & determinagio dos pesos atémicos, 1.6 Pesos atomicos de elementos nio-gasasns. © método das densidades relati- vas pode ser usado para determinar 0 peso atémico aproximado de um elemento ‘io volitil, que tenha compostos gasosos. Os pesos moleculares do maior nimero possivel de compostos voldteis de um elemento sio achados a partir das densidades relativas. Os pesos de um determinado elemento nos pesos moleculares dos vir ‘compostos sio achados através de anilises quimicas. Estes pesos precisam ser miil- tiplos inteiros do peso atémico e, se 0 mlimero de compostos usados & sufciente- mente grande, pelo menos um dos pesos deste elemento, presente nos pesos mole- culares dos seus compostos, vai provavelmente ser 0 préprio peso atémico. O menor peso do elemento presente num dos pesos moleculares de todos seus com- postos voléteis conhecidos é considerado como © peso atémico do elemento tela- tivo ao oxigénio = 16. No caso do carbono, so obtidas os resultados da Tabela 1.2, € 0 peso atdmico do carbone & tomado como 12. Os valores dados na tabela siio aproximados; medidas mais precisas ¢ correcées para desvios das les dos gases perfeitos devem ser feitas para obter-se valores precisos do peso atémico. Geral- ‘mente, valores precisos de pesos atémicos e moleculares so achados a partir de ‘uidadosas andlises quimicas dos compostos, e as medidas de densidades relativas so usadas somente para decidir entre varios pesos atémicos passives, Tabela 1.2 0 peso atdmico do carbono obiido a partir das densidades elativas de composts de earbono Densidad ‘Peso de carbons rela, Peso no peso molecular Composto Hidrogénio'=1 molecular do compasto Metano = 6 2 Etsno. 5 3 Mex Aleoot a %& M=Ox Ber ar BGs Benzeno % RB Bex ID Mengnido de carbone ia BOR ‘Didxido de carbon 2 a 2 0 HASIOR NUCLEAR Tabela 1.3 Pesos atomicos de elementos comuns ‘em relagao ao oxigenia = 16 Tienento Peso atime. Elemento Peso tome ‘minis Chombo ‘ine Mercure . Boro, Nivoénid Cilio Oxigenio Carbone Pousso Gore Scio Cabre Prate or Enxorte Sore Urine Hidrosénio Zinco Fer Valores aproximados dos pesos atbmicos de elementos sélides que possuem Poucos ou ndo possuem compostos voléteis sio achados com a ajuda da regra de Dulong e Petit. De acordo com esta regra, 0 produto de peso aiomico e do calor especitico é aproximadamente © mesmo para muitos elementos sélidos. Quando o calor especifico ¢ expresso em calorias por grama, o velor numérico do produto std usualmente entre 6 ¢ 7, com uma média de cerea de 6.4. Se medimos 0 calor especifico de um elemento sélido, um valor aproximado do pevo atGmico é determi- nado, Este valor pode entéo ser usado para determinar qual dos diferentes valores representados pelas massas reagentes & a melhor escolha para o peso atSmmico. Por exemplo, o calor especifico do cobre € 0.095 cal/g. Pela regra de Dulong ¢ Petit, € 0 peso atémico aproximado do cobre. Anilises quimicas dos compostos de cobre ‘com oxigénio mostram que 63,6 € 127,2 partes deste elemento se combinam com 16 partes de oxigénio. Como 67,3 esti muito mais perto de 63,6 que 127.2, resta powea ‘iivida de que 63,6 seja 0 peso atémico do cobre. Anélises quimicas mais refinadas i 0 valor 63,54. Varios outros métodos foram desenvolvidos para determinar com preciso va- lores de pesos atémicos ¢ moleculares, € uma lista dos pesos atOmicos aceitos stualmente de alguns elementos é dada na Tabela 1.3 1.7 Pesos ¢ tamanhos de stomos e moléculas. Quando o padtio para pesos ‘atémicos € moleculares ¢ escolhido, torna-se possivel calcular © volume ocupado Por uma molécula-grama de um gis & temperatura e pressio padrdes, isto é, pelo ‘nimero de gramas do gis numericamente igual ao do psc molecular: este volume & chamado de volume de uma molécula-grama ou volume molar. Como 0 peso al6- rico do hidrogénio tomado como iendo 1,008, seu peso molecular é 2,016, ¢ 8 ‘massa de uma molécula-grama é 2,016 g. A densidade do hidrogénio (Tabela 1.1) & bem proxima 0,09 giltro nas C.N.T.P., e entao 0 volume oeupado por uma smoléeula-grama & = 22.4 Titros Experiéncias com um grande nimero ue gases mostrarum que @ mesmo volume. 22.4 litros. € ocupado por uma molécula-grama, ou mol denalquer gs & C.N.T-P. De acordo com a hipdtese de Avogadro, este volume coxtem © mesmo niimero dé AS BASES QUIMICAS DA TEORIA ATONICA " ‘moléculas de gis independentemente da natureza quimica do wis. Sezue-se. por tanto, ques moléculu-grama de todos os gases nis C.N.T.P. contem 0 mesmo léculas: este mimero € chamado de nimero de Avagadro ot cons ‘ante de Avogadro. Seu valor foi determinado por varios métados independentes cujos resultados concordam, muito bem: um método vai ser descrito no Capito 2, © valor aceito atualmente & 6,0249 x 105%, Este numero € também 0 nimero de ftomos num tomo-grama ‘de um elemento gasoso, e portanto de_ qualquer ele- mento, © peso em gramas de um Unico atome ou molécula pode scr obtido ividindo-se 0 étomno-grama ou molécula-grama pelo nimero de Avosadro. O peso. 0 atomo mais leve, 0 hidrogénio. ¢ 1,67 x 10™™ g, enquanto que 0 do elemento natural mais pesado, 0 urdnio. 3.95 » 10-* a. Ums estimativa dos tamanhos das moléculas ¢ dos atomos pode ser feita considerando-se a gua, que tem um peso molecular de 18 ¢ densidade de um ‘rama por centimetro cibico. Uma molécula-grama de fgua ocupa 18 em contém 6.0 x 16 moléculas. Se as moléculas de agua fassem cibicas de tal maneire que estivessem empacotadas sem nenhum espaco livre entee elas, 0 volume de uma Sinies molécula seria 3 % 10-* cm. Se as moléculas s4o consideradas como esti as, seu volume € ceren de um tergo menor, ou seja, 2x 10" om!. O raio de uma rmoigcula de égua & entio dado pela relagio 7 10-4em: Valores dos raios de moléculas de gis podem também ser caleulados com a sjuda da teoria cingtica dos gases, a partir dos valores medidos de viscosidade, da Constante de difusio e da condutividade térmica. Os raios das moléculas de hidro- Bénio € oxigénio obtidos desta maneira sig 1,37 % 10-*eme 1,81 x 10 em respec tivamente, e estio bem proximos do valor do raio da molécula de sgua dado pelo Cileulo aproximado acima, Valores semelhantes, entre | x 10-"eme 3 * 10-*em, io obtidos pata os raios moleculares dos elementos € composts yasosos ‘nals ‘comuns. Como o niimero de dtomos por molécula & pequeno, pode ser tomado 10-* ‘em como ordem de grandeza dos raios alomicos. ‘Uma estimativa dos raios at6micos de um elemento sélido pode ser feta a partir do volume molar, isto €, do volume do étomo-grama do elemento, no ponto ‘de fusio. Na fase s6lida no ponto de fusio, os étomos esto bem eompactados e as tancias entre eles nfo sio muito maiores que as dimensdes atdmicas. Chumbo lida. no seu ponto de fuséo, tem densidade de 11 glem e set volume molar €18.9, em*. © volume por dtomo € 3.15 x 10" em, e se 0 stomo é eonsiderado eibico (sem espagos livres) a dimenséo do étomo é cerca de 3.2 » 10-“em, Seo atomo de ‘humo ¢ considerado como sendo esférico e 0 espago entre étomos é levade em Conta, 0 raio é cerca de 1,6 x 10-*em. Com melhores métodos para a determinagag de raios atémicos, os seguintes valores foram obtides para alguns dos elementos solids. Carbone: O77 x 10cm Césior 36% 10 em Aluminio: 145 x 10-*em — Estanbo: 1-4 10°" em Solio: 13% 10" em Bismuto: 15 10-* em Estes valores sio semelhantes aos obtidos pant os raios atémicos dos elementos 2030s. Eles indicam que os diomos tém dimensies da ordem Je 10" cm indepen. dentemente do peso atOmico. uma vex que elementos de pesos atdmicos pequenos. Indios e grandes estio incluidos na lista. O eésio € 0 somo com 0 maior raio 2 rion MULAN | ‘AS BASES QUIMICAS DA TEORIA ATOMIGA . 18 0 sistema periédico dos elementos. A medida que as informagbes sobre 2s propriedades quimicase fsicas dos elementos foram se scumulando,tornous APs | aoe eathavia semelnangas entre as propriedades de certos grupos de elementos, Tene as icles tenttivas de classficar 03 elementos de acordo com estas sem Frade i Mentativa. mais bem-sucedida foi a de Mendeléeff, que propos sua et pret em 1869. Esta lei pode ser resumida nos segintes enunclados fitos por ‘Mendeléeff te Jementos, ordenados segundo seus pesos stémicos, mostram uma pe- riodicidade de propriedades. +o Blementos que so semelhantes segundo s ‘pesos atémicos que sto aproximadamente 0s mesmos (por exemplo, plains. Io, Pose your que aumentam com reguaridade (por exempl, potassio,rubidio, ces). io ae aefo. dos elementos ou grupos de elementos por ordem dos seus pesos atémicos corresponde as suas valéncias. ae Sementos que so mais abundantemente cistribuidos na natureza tEm pesct aipices Peseta © todos os elementos de pesos aibmicos pequencs so Raracterizados por propriedades bem defini. SO valor do pese atémico determina o cariter de um elemento, Fe rae sberta de muitos elementos ainda descenhecidos pode ser esperada, ‘com por exemplo, elementos andlogos 20 aluminio ¢ siici. “PO peso atbmico de um elemento pode &s vezes ser corrigido com 0 conhe- ciménto dos pesos dos elementos adjacentes. a Cotas propriedades caracteristicas dos elementos podem ser previstas & partir de seus pesos at6micos. nae eens Ree perais de Mendeléelf foram verifcadas ¢ estendidas, Entre aes que mostram o tipo de variagfo perisdica notada por Mendclési, Pia rod atbmico (peso atomico/densidade), diltagio térmica, condutividade i Steiddade magnética, ponto de fusio, indice de refrago, =} fanaa crstalina,compressbldade, calores de formagéo de @x- ‘calores atémicos a baixa Tbe 11499 san “6 106, 7R 195,09 70 ¥b 173008 Ma 102'No 103, Ina 169,98 wuas proptiedades quimicas tém vit 26 Fe 260 28N 555 5898 font T2981 60s Tie 902 100 Fm 5s) vii wat 10) 25Me Saad a ipo Te Br Ds; 15 Re 22 Weaoe 167.27 ME oy vw 80 16; 6s wer S01 2 %, 84 Po 210 ‘gct 9} 97 Bk ba 157226. 15893 16231, 24 3s BB: 209,00 96 Cm past 95 Am 3) pponto de ebul Sos e cloretos, dureza, volatilidade, temperatura, valencia ¢ outras. = en PMondcléoiT construiu uma tabela na qual os elementos eram arranjados hori zontalinente por ordem dos seis pesos alOmicos ¢ verticalmente de 2cordo com ablas eram imperfeitas,algumas se fe noe enfos nos pesos atomicos, ov devido a> desconhecimento dos gnses ser "Apesar destas imperfeigdes, Mendeléff fo capaz de prever a descobersa rp como as propriedades destes elementos. Versbes mo- $Eioer da tabela periddica, como a mostrada na Tabela 1.4 retificaram estes erros. Geinbela consiste de um nimero de fileias horizontals chamadas periodes, on Aine S. $a: 18, 18, 32 ¢ 18 Cincompletos) elementos, respectivamente, Em cada ‘Sifouo, existe uma gradagKo caractersticae definids das propriedades de um o> aeistlo sepuinte. As colunas verticals, indicadas pelos nimeros romanos J & VIET Pete cts O, sio chamadas grupos. Os grupos d= I'a VII subdividem-s, cage Spe ein subgrupos; o subgrupo do Tado esquerdo da coluna & geralmente chamado Grsabgrupe “a e,0 do lado direito € o subgrupo “*b”. Em cada subgrupo, os qfomentos tem propriedades semelhantes, apesar de haver uma variagio constante, Semeradual, com 0 aumento do peso aimico, O: metais alcalinos constituem © sstapo fa; os metals alcalinos terros0s 2a, elementos ealcogénios Ga, 08 halogt- sek gases inertes grupo O. Dentro de um grupo, existe semelhangas de aeiter menor entre os membros do subgrupo a e os do subgrupo b ‘pare quatro pares de elementos, a ordem indicada na tabela periddiea contrat ‘a ordem dos pesos atémicos, argdnio e potéssio, cobalto € niquel, eldrio © todo, ative protactinio, Em cada cas0, a ordem, determinada a partir dos pesos atm ore Menda para que estes elementos caiam em lugares que correspondam Ss obs Gropniedades. Isto fol feito para os tes primeios pares pelo préprio Mendelé- 150.38 1520 bay Tabela 1.4 Tabela periddica dos elementos 238.07, 301 Sh ON Gin Gin Gb GG GT GD) @He GE Im 13992 140,13 14092 14427 (147) = 8 H fn 260 63.54 Aw iio WAC 9TH 9LPa S2U SBN 94 Pa 2 ia ace Série 2 3 4 5 ‘ 1 8 8 0s pesos abmicasestio baseados nos v pes esti boseados nos valores mais recentes,adotados peli International Union of Chemistry. (Para elementos produzios at Seciatmente 0 peso nico a E mente pe proximado do i6topo mai exivel € dado entre colcheles Grupo tanideos: erode ‘Série dos serie dos slindeos: “ FisIon NUCLEAR eff, que achava que os valores actitos dos pesos atémicos eram inexatos. Pesquisas posteriores mostraram que os pesos aldmicos no esiavam substancialmente erra- os, ¢ que a verdadeira propriedade que fundamemtava a classificagao periddica cra ‘onnimero atimico, 20 qual 0 peso atomico é aproximadamente proporcional. ‘A base da classificagio dos elementos de Mendeléeff, isto &, a condieao de que (0s elementos deveriam ser ordenados segundo seus pesos atémicos crescentes, no ferecia nenhuma explicagio para as diferentes caracieristicas da tabela periddics. Polo que era conhecido na época de Mendeléef, stcmos de diferentes elementos ‘io tinham nada em comum ¢ nio se relacionavam. Come as propriedades de um ‘clemento eram as propriedades dos seus dtomos, eva difiell saber por que, por texemplo, os dtomos de lito, sédio, e potéssio deviam ier propriedades semelhantes era evidente que vnicamente 0s pesos at6micos nao pediam explicar as caracterist teas da tabela, A periodicidade das propriedades dos elementos estimulava especulagdes sobre as estruturas dos dtomos de diferentes elementos. As mudangas sraduais das propriedades de grupo a grupo sugeria que alguma unidade da estru {ura atémica Seria somada em elementos sucessivos até que uma certa porgio da esirutura fosse completada, uma condigao que ocorreria talvez, nos gases ipertes ‘Comerando com o elemenio seguinte a0 gis inerte, uma nova poreao da estrutura, seria inielada, e assim por diante, Especulagées como estas introduzem uma nova idéia — a da estrutura dos étomos. Mas, antes que esa idéiativesse qualquer signi- ficado fsico real, eram necessérias informagdes experimentais a respeito da possi- ‘el esirutura dos dtomos, Os métodos ¢ téenicas da quimica clissica nfo podiam fommecer estas informagées, mas novas descoberias ¢ técnicas no campo da fisiea abriram o caminho para a compreensio da estrutura aémica e do némero atémico, REFERENCIAS ana : J. W, Matton, Modern Inorganic Chemistry, revised and edited by G. D. Parkes. London: Longmans, Green and Co., 1951, Chapters 8, 4,5, 6, 8. ¥. T. Boxwen and M. Punuisns, Principles of Physieal Science, “Reading, ‘Mass., Addison-Wesley, 1957, Chapters 5,6, 7, 8,9. G, Houzow and D. H. D. Rovunn, Foundations of Modern Physical Science. Réading, Mass., Addison-Wesley, 1958, Chapters 21, 22, 3, 24, 25. -._ E.G Cownino, Molecules in Motion. Longon: Hutchinson and Co. 1950; ‘New York: Harper Torchbooks, 1960. B.D. Pursues, Kinetic Theory of Gases.” New York: McGraw-Hill, 1988. D. ©. Peasuan, Elements of Atomic Physics. New York: Prentice-Hall, 1955, Chapters 1, 2. PROBLEMAS 1. Mose como os cinco éxidos de ntroéniolistadosabaixo ustram a lei das propor es malts. ‘Composgdo percentual Composto eile edit seine Nivogine_—_ Onigénio Frito nivoso Se 36a? ‘Oxide nities 467 5333 ‘Anigido iroso 36.84 aie ‘Teiroxido ce mirogénio ioe B6 ‘Anirido ofrico| 28 cy AS BASES QUIMIGAS DA TEORIR ATOMIGA 6 2. Os pesos molecular dos cinco Sides listadoe no problerna acima si0 4.02. 30,01 46.92. 48.0 € 108.0, tespectivamente;caleule © peso atomico do itrogenio& prt estes dose es dados do Problema . meme 3. Un certo elemento forma vrios composts vaitis cm sara, © 9 menor peso do clemento€ enconirado num composto que sontem 32.5% de Ke 71.80% de Cora, Unt {ese composto 8 CIN-T-P pes 4g. Seo peo alémico do eloro € 38:57 determin (@) 8 ftuvalene grema de X. (60 peso maculae sproximado do compose.) © peso omic tproximado de X. (@) a valénla de X, te 0 peso atomco eto de. (9 paso mo cul ‘exato do compotto, Que elemento €X? Qual Co composte? 4 Analias quimiess most que © clreto de pltna cont 488 partes de patina sombinada com 3346 partes de coo. O clr especiice da pana bu emnperaturssnbente¢ ‘0.0824 qual € peso Semicooplatna® 5 Um meta forma um corto que contém 65,51% de loro. 0 calor especifco do met £0,112. Determine (a) peso alémico spoxinado do metal ©) © equlvalene ams, Ce) 4 valencia (0 pono atimicoexato. Qusl¢ 9 compost? ', © Handbook of Chemistry and Pres, pudicado pela Chemiesl Rubber Corpany, Cleveland, Ohio contém taelts das vrtas propredadee dos slementos. Dat lnformagoes onidas no Honbok,eaeule os volumes atdmicos dos elementos abs, ¢ fsa tm 2 fos valores abn como fans ds pony do eemonto na ui perdion, Fase un san dos pontos de fisto dos elementos salon como fun Ga psig ta tbeia peiddcs. Que ‘optiades periosica slo abservadas mis duns fun? fee Em 190, fl anuneado gue um dos produtos da fio do U de ong vida ea ovo clemento uimica diferente de qusiguer outros elemento enti Conhecios. 6 novo Elemento forma tm Gxido vot cj denstadeeru 9,9 veo a dooxigeio na nem tem ‘eatura e pesso: o ovido cominha 3625 ce oxigtno em peo. Qual €0 peso molecdar do {xido? Ql 0 peso de combinago de novo clementa? One se eneinao ove elemento {abea persdiea? Com qual elemento se expera queso se assemelhe nas propiedad ini cas? Qual € 0 peso atdico aproxinado do nove elemento? 2 Atomos, Elétrons e Radiagées 2.1 As leis da cletrise de Faraday 0 elétron. Foi visto no primeiro capitulo que as propriedades quiinicas dos elementos podem ser interpretadas em termos da teoria atémica da matéria. Do trabalho de Faraday sobre a eletrdlise de solugdes aquosas de compostos quimicos, decorre também que a eletricidade parece ser de natureza at6mica, Faraday descobriu dus leis de fundamental importancia. 1. A agio quimica de uma correnteelétriea € diretamente proporcional tidade absoluta de eletricidade que passa através de uma solugto, 2. As massas das substincias depositadas pela passagem da mesma quantigade e eletricidade sio proporcionais aos seus equivalentes quimicos, Foram feitas me- didas cuidadosas da quantidade de eletricidade necessaria para liberar um equivalente-grama de uma substincia quimica, digamos, 107,88 ¢ de prata, 1,008 g e hidrogénio ou 35,46 g de cloro. Esta quantidade é 96.490 coulomb ou um fara- day, sendo simboiizada por F. ‘i Faraday concluiu dos, seus resultados experimentais que uma mesma quant dade de elericidade esté associada no processo de eleteiise com cada ftomo destas substincias. Ele imaginava esta carga como sendo carregada pelo stomo, ot emt alguns casos por um grupo de stomos, tendo chamade o sitomo, ou grupo de Ato- ‘mos, com sua carga, de on. A corrente num, proceso eletroitico resulta do movi- mento dos fons através da solugio, fons negativos em diregio ao anode © 0s fons positivos em diregio a0 catodo. Os resultados de Faraday implicavam na existéncia e uma unidade elementar, ou diomo, de eletricidade. Esta iia, entretanto, pare- cia ndo combinar com outros fendmenos elétricas como a condugio metilies, © tanto Faraday como Maxwell hesitaram em aceitar a iia da natureza atomica da eletricidade, Em 1874, Stoney aventou a hipétese de que existe uma “"unidade natu ral de eletricidade”, digamos, aquela quantidade de clericidade que precisa passer ‘Por uma solugdo de’ modo a liverar, num dos eletrodos, um sitomo de hidrogénio ou ‘um tomo de qualquer substincia univalente. Ele sugeriu 9 nome de eléiron pare sta quantidade, e tentou calcular a magnitude da carga eletrénica. Os edleulos de ‘Stoney eram baseados no fato de que um Faraday da cerga elétricalibera 0 nimero 4e dtomos num étomo-grama do elemento univalente; este nlimero é exatamente 0 iniimero de Avogadro Ny, e entio F = Ny, onde e representa a carga eletrOnica. Do valor de F € do valor aproximado de Ny disponivel na época, Stoney obieve: ¢ = quan- ATOMOS, ELETRONS RADIAGDES ” 0.3 x 10°” unidades eletrostiticas de carga (esu). Apesar deste valor ser soirente 116 do valor aceito atualmente, ele serviu para indicar a ordem de grandeza da carga eletrénica, ‘AS experiéncias de Faraday sozinhas nio forneciam informagées certas sobre & ‘uantidade de eletricidade representada por um elétron, mas davam informayoes Drecisas sobre a razio entre a carga idnica ea massa do Atomo com a qual clacstd associada numa dada solucao. Para o hidrogénio, esta razio ¢ én 96490 coulomb _ $6190°x 3 x 10° exw fe : S82 5 2.87 10% ecu in 1,008 § 1,008 g . 2.2 A condugio de cletricidade em gases. Em condiges normais, um gés é um ‘mau condutor de eletricidade — mas, se puder ser ionizado, ele se torna um cordu tor; 08 raios X, deseobertos por Roentgen em 1895, fornecian tim meio conve niente de produzir ionizagio. Apds esta descoberia, 0 mecanismo éa condugao ga Sosa ¢ a natureza dos fons gasosos foram investigados numa escala creseente por 5 cientisas. Fizeram se estudas experimentais © teoricos sobre a mobidade ions gasosos e do cocficente de difusio destes fons. Como resultado destes 3 diferenga de potencial entre eles diminuem, e as folhas exem para a posicio B, B A Nelocidade de queda das folhas de ouro é a medida da tazao com que 0 gis ns ‘chmara ionizado e, portanto, da intensidade da radiagao ionizante. ‘Se a substineia radioativa emite-raios a, fe 7, todos eles contribuem para a ionizagio, mas, como os raios « sao de longe os agentes ionizantes mais fortes, 0 instrumento é realmente um eletroscépio de raios a. Um eletroscSpio de raios 3 € feito colocando-se uma limina de aluminio de cerca de 0,01 cm de espessura SoDre © material ativo para absorver todos os raios a, e a ionizagio observada é enia0 ‘ausada pelos raios fe y. Como os raios slo agentes fonizantes muito mais tracos 3 SICA NUCLEAR, Irolante etroda centat Fil] ig, 29 Diagrama esquemitico para operagdo com impulsos de uma clmara de gis. ‘que 05 raios fa queda das folhas ¢ causuda quase que inteiramente pelos raios f. Para medir somente a atividade dos raios y, a amostra radioativa deve ser envolvida por material suficente (2 ou 3 mm de chumbo) para absorver completamente 0s Talos ee 8 Algumas vezes, 0 eletrosc6pio inteiro é construido ob envolto em ‘chombo, e 8 amostra é colocada fora do instrumento. Foram desenvolvidos cletros- ‘cépios que sio muito mais sensiveis que o que foi dzscrto. Por exemplo, 0 eletros- ‘c6pio de Lauritsen tem seu elemento mével de fibra de quartzo coberto com uma fa camada de metal. O movimento da fbra 6 observado através de wm microseé- plo com uma escala na lente. Tstrumentos elétricos: edmara de ionizacdo, contador proporcional e o conta dor Geiger Mueller. Cada um destes wis detectores esta basendo na produgio de fonizacao num gf, © a separagdo e coleta dos fons, por meio de um campo eletros- titico. A diferenga entre os ts sistomas pode ser explicada com a ajuda da Figura 29, que mostra uma cimara condutera cilindrica contendo um eletrodo condutor ‘central jocalizado no eixo da cAmara, e isolado dela. A cimara é enchida com um ‘bis na pressio de uma atmosfera ou menos. Ume voltagem V é aplicada entre @ parede € 6 eletrodo central através da resistencia R em paralelo com o capacitor C; ‘o condutor central esté num potencial elétrico postive em relagdo ao da parede da ‘Supomos que alguma ionizagio ocorra no gis por causa da passagem de uma partfeula earregada. Cada par de fons consiste de um fon positivo ¢ um elétron, ¢ ‘queremos saber, para uma dada ionizacio, quanios pares de fons si0 coletados, ou ‘uantos elétrons aleangam 0 eletrodo central a medida que se varia a voliagem Aplicada, Para tornar a discusso menos abstrata, consideramos primeiramente que TO pares de fons so formados, correspondendo 4 curva a da Figura 2.10, onde ‘curvas do total de fons coletados so colocadas num grfico em fungio da voltagem ‘plicada, Por conveniéncia, o ogaritmo na base 10do ndmero de pares de fons n foi usado como ordenada, A discussio esté baseada na que foi feita por Wilkinson {veja referéncias gerais no final do cepitulo). Se ndo existe voltagem entre os ele- trodes, os fons vio se recombinar, e nenhumna carga vai aparecer no capacitor. A medida que a voltagem aumenta, digamos, a guns vols, aparece uma competicio entre a perda de pares de fons por recombinagdo e a retirada dos fons pelo recothi- ‘mento nos eletrodos. Alguns elétrons, menos de 10, vio aleangar 0 eletrodo central ‘A uma voltage V, de 10 volts talvez, a perda de elétrons por recombinagéo se torma negligenctavel, e 10 elétrons alcancam 0 eletrodo central: log m alcanga © valor unitario, A medida que V eresce, m permanece constante emi 10 até que a ‘oltagem Vs 6 aleangada, podendo ser algumas dezenas ov centenas de volts, de- pendendo das condigées da experiéncia, A regio entre V, e Vz, na qual o mimero ‘AToMos, ELETRONS & RADIAGOES ws ww { ° | i eda] —- : ‘Camara de (ionizacdo primaria | 7 flontzarto | baixa) 4 poe i \ I . contador Geiger Mucle| : : Bs = ~ mm 40000 500002401800 Voltazem (¥) ‘ig, 2.10 Curvas da colts total de ons versus a volagem aplicad para star as reps de peat de fonizape, proporcional,¢ de Geiger-Mucher de insuumentos Ge etecsho Se pontine aoc Se SSeS te oa ey ep te pn pai tecture sata aac Sch S| Fisica NUCLEAR trodo central. Se 100 pares de ions so formados inciaente, resulta a curva bs ela {pula curva na regi da eimara de loniagloe esta spared dela por ume ‘ule na excala de lg n © comportamento dat dns eurvas acima de V:€ie- yessante. Pars uma regito de voltagen at Vy eadaeleon ag independestemente provocs sin propria avelanche, nfo sendo afetada pela presen dos utrs eé= frdae Os 100 ectrons inicas sempre causa 10 vezes mais letons 20 final do be Gs 10 clewons intiis, © #8 curvas¢ © b coninuam paralelas, com a dierengn de tina unidade na scala de lognente eas Ente Vz eV, nme de pares de fons Ecleados 6 entio proporional ionzasio inkl, xa € a relao de operagio de ontagem proporetonel. “Acina de Vo 0 sito de mulipliagio do gis costinua a aumentar mito rap damente 4 medida gue mais eletrons produzam avalanches, os Gtimos comesam § imeragruns com os oro; a carga espacial de fons positives de ume avalanche ine odesenvelvineno Ga pronima avalanche. A descarga de 100 elérons inci 2 afetada antes que de 10 clerons nila, eaumenta menos rapidamente que ext Silimt as cures a ¢ 0 se apronmam sna du outa eevenualient se encontrar tm Ve. A regio etre Vz V, £2 reiso de proporelonalidade liniada. Acima de 170 Gaga cletada se lara dependent oniaean que a inka, ea CuTvas@ © Se tornem inticas. A mulplicagio grsosa sumeni © nimero foal de fons ae tim valor qe € limiado plas caracteracas da cana e do cit extrmo. A Yoyo acina de V; 6a regio de operagdo do contador Gelger-Mueter. Ela trina tims vollagem Vp onde descarga tende ase. propaparindfinidamente por 3 ticomay Vy marca fm da escla ail de wollagem, afepio acimasendo a de des Carga contin. ‘er onieasio iil € grande, dgamos, 10" pars de ons, obtémse a curvac. in & similar as curvas a, paalen elas entre Ve V's regido de contagem ‘ropocional termina mais cedo, ex Vem ver de em Va. Assim, a extensto.Gi- ‘ucla reaio dopende a ioniagio inci : Como resutado do compertamento dos fons do gis no campo eetrosttico, teés instrumentos de deteegdo foram desenvolvidos. Tra camara de ionsagdo, que opera em volages entre Vs € Vs, 6 earacer- zada ‘plo completo recollimento, sem ampifiasao asosa, de todos os eétons itcialmente Hberados pela pasragem da paticula. Eta ceas condigoes, ela vai dar tim into poral nanos ess sans, i296 oi Sharan squemilico de uma ehmars que podria ser usada como uma cimara de jonzasio cake To vote 200 vals apronimatament Os nmerot na Figura 29 seria Spropriados para um costador com tm eilndro exteno de 1em de raio, com th Alero central defo de 001 cx de rao, e celo de gis a uma pressao de alguns Eenimetos de Tg (por exemplo,argonio uma presto de cerca de 6 cm de Hg, om um poues de leon. O conprimenta do contacor seria crea de 10 cn Os cltrogos de umn charade fonizigio também podem ser pacasparelelas. ‘Um dagrama esquematico-de um instramento deste po ¢ mostradona Figura 2.1 2. 9 contador proporcional, que opera a edo de voltagens de Vo a Vs coracieszase pola multipeagiogssocaindependentemente do mimero de elétons inns: Porat, apesar da mukiplcagd gatota sr utlzada, o impulso € sempre propocional #\Snzaqao incl. O uso deste contador permie tanto contagem Eomo a dcterminagao Ga energia dos prtcules que fo produzem fons suficientes para fomecer um impo detetivel na regio de V4 VO contador roporcions, Enrretanto,ofetece vanagers pars medidas de implson do io de fadagoes bela Spliagdo para as ais as chars de fonizaio no sto sufcentementesensves 30 contador Geiger Mucler, também conhecio como contador Geer, CG, que opera ta repo de voltgem enre Vea Vs, caacterizase pelo expaha- trento da Gescara aaves'do comprimenta inti do contador, resoltando um {Emanbo de pulsoindependente da ionizagio nial Ele & especialmente dil para ¢ Eontagem de pardeulas pouco lonieantes como as particuas fou 0s riot. ATOMOS, ELETRONS & PADIAGDES Inve Ee de oe shane aay | Yonge = soletora | | Bletrodo, = pfen = — Isolante de baixa tensio Paro elem Fig, 21 Dsgrm esquemsico de 211 Diagrams exguemilo de un ciara de fanz com pac Beso com paris de W. J, Pie, Maceo Radeon Breton, ie Fig, 2412 Disgrama de um tubo contador de Geiger-Mueller. contador G-M usualmente «i ste de fic pic rete smite tne: ent nw a thee de vidro como na Figura 2.12; uma mistura de 90% de ar ‘io a SRS peri Reel en Sota one ¢ aplicada para tomar o tubo negativo em Telago ao fio. enue re Se Soa emcee ee a 7 inas para serem atravessadas por raios a. O pri contador Geiger is ee es os SE AESSare ey ed pcs ras ge ices STSRAais Sn con CGcsner Chaco ute ae Shenae ees ae wa Sra non Nos instrumentos elétricos discutidos. uma particula causa uma pequena ioni- 35 ee 36 FHSICA NUCLEAR panela fina t Ciligavo metstico Parag amplifcador Os fons, tanto multiplicados em nimero como nio, s40 coletados ¢ produ- zem um impulso de voliagem que pode ser tio pequeno yeante 10 we eeclte a Snplicador de impulsos eletrdnicos recebe estas pequenas voltagens eas amlificn Jerertitelusualmente na faixa de 5a 50 volts, Os impulsos de tensio amplifradee ovem entio ser contados de alguma maneira para que sua fedignen poe i Tats Para freqhéncias muito pequenas (menos de uma por segunda, os nape ‘spa porlem ser usados para operar um registrador que usa relés Pare froaicnens Brandes, dispositivos mecfnicos ou falham completamente ou perdem mune cane cena A Tesposta de uma camara de fonizagéo pode se tornar tho rapids que port. GAS cBegando a intervatos de 10° sou menos podem ser delestadas oa conten Sag SHO Ser muito eficiente. Uma unidade de excels, gu sealer é um diameeten ‘agate abe seleciona precisamente cada nésime impuiso €o envia pars cos reek aii. Uma rézio de escal ¢ geralmente wma potencia de 2 ou 10 ¢ equenting do Sermesem muito altas podem ser conseguidas com a ajuda de um divisor’ O niece & impulsos indicados no contador por unidade de tempo, multipieade relo fee ae ‘scala apropriado, dé o nimero de partculas @ entrando, por tn g7ago entre os eletrodos na camara de lonizaca>. Outros dispesitvos ex ‘io também acessiveis para medit a particula incide A cdimara de musens. Um dos instromentoy mais importantes para pesquisa bisca cm radiagées € a cimara de nuvens, Este hstrumenee aie a im 1912 € baseado na descoberta de CT. R, Wilson CWP ae ee ae Gamo nlcleos para 2 condensagao de vapor d'iaua supersaimsso’ keen een ios de camara de nuvens dferindo no metodo wsado Part se eh oe so. Na cémara de exransio,o gis, saturado con vapor, ¢ ebrando sere a canna ge fai aparece como uma fina trajetéris de neblina. Na maior pare dag sition oe CxPansio, a mistura gis-vapor € de ar com Sgua, ov argonio Can flenat lca, & pressio atmosterica ae atrams simplificado para indiear © principio da cdmara de expansio & ‘mostrado na Figura 2,14. Um cilindro de vidro C ¢ fechado numa des carernnicee ‘ATOMOS, ELETRONS € RADIAGOES a Vig. 2.14 Uma cimara do onpansto de nuvens simples. ttn it et Wem ena ris el Wear ame aes eee amet tana nde yaa, a pao Teo tina na at NS Eales ea sein Sa a ee ay stn sear iene era ar mean eae Sees Sain ha gs arene res ore Sain acer Sea TSAO en ead oenpranen sorting i a tr eat sas nn uso Ne beac lbs Sich Ry Stans aed rset ese Reta slicer pu pe eee cea ec gence insets Sones an A fotografia de cima mosta wna tajt6ria com- se a tai tu ¢ ro port al eu ta owrand a ‘Glesdg came gor clus com tomas do at. (Reiggris com perso de Rus. ford, Chadwick, e Elis, Radiations from Radioacive Substances, Cambridge Univesty Press (Moemilah Co.) 1930) ei SICA NUCLEAR Porvatura da trajetsria da partcula no campo agri, o si carga © 0 val inlet tl GE le as Hendon Data at ihe atin SEN TM eae ie eee mre can noi ae Soe te men ro cate pr eee ai apni. Et pte at, pe conan ties ti eens atte Sse cris sm, hh ato Son Satie meaner Se ee aren con i Sree et ee Se ‘chara Placa de video ‘quente) / (PEE AZZTLEATA iy Recipiente cheio ‘de dleool Cindro de Lue —Y- as ig. 2.16 Dingrama esquemético de uma cimar de ifusio. ATOMOS, ELETRONS € RADIAGOES 2 bbrometo de prata sensibilizados. Foram desenvolvidas emuisdes fotogriticas espe- Ciais chamadas emulsées nucleares. Distinguemse das emulsGes oticas pelo reo Brande conteido de brometo de prata, que pode ser até quatro vezes maior aur nas 1, ¢ 2 formula para a deflexio pode ser deduzida de relacdes geometrias e fsicas © primeito passo na deducio da formula de espalhamento de Rutherford € eserever algumas relagées geomeétricas seis. Na Figura 3.1, a origem do sistema de a” Y Taji panics Fig. 3.1 O espalhamento de uma particla pele stomo nuclear de Rutherford coordenadas tomada no centro da hi " ipo, da qual um ds bragos 6 o cami da particula a. O caminbo inicial da ‘ za partula, quando est Tonge do nico, ¢ 20 longo de AO, ume das assinolas da hiptooi'a distinca Go nicles tends to fbr0 extern 7 = c,& linha OA € chamada de pardmeto de impacto e& malate orp. A parca « aprimando-e 60 mike ¢ devviede de um angle ose aproxima ds assintota OA" O vériee da Srbita esd ems =“ a, eageato aie a segundo ramo da parébola esté em x = a. A equagiio da hipérbole &. da geometria ce equago de hipérbole é, da geomet 3a) onde @ € 0 semieixo maior da hipérbole. Pode também ser visto. a partir da figura, aguep® = & = a onde 60 semi-ixo menor. A excentiidade c€ éefinida como a Fazio ¢ = cla, ¢ 0 fingulo entre 0 eixo x e a directo inicial da particula a ¢indicado or 8. O fngulo de desvio ¢ & ent igual « r ~ 20 radianos, Agora indiguemos por ign €Fovad no Apt 1 one ne septa dead tem conus de ‘ate dis, coeds sre ann depen : 6 FSIOA NUCLEAR +n distincia do niceo ao vérce da bia da pareula a: 0 valor des & saetene(14$) = ot +000 Além disso, ¢ = pisen 8, de modo que p+ cos 8) . wen 6 peots’ 65) © proximo passo & descobrr uma relogio entre 0 parimetro de impacto p € 0 Anguio de espalnamento 4,0 que pode ser feito epicanco-se as leis da conservasao 4a energiae do momento’ angular De acordo com a grimeira, a soma da enetgia ingtea eda energia potencial éconstante. Quando a paticulaw est uma grande distinc do nicleo, Sua ener potencal, que ¢inversamente proporeional a esta Sistincin, € praveeimente zero. Se n veloctiage da parcula a © Y neta grande separag que € suposta como sendo infin, sua enerai foal é igo & energia cingticn ical, MV", onde Mf é x massa, Esta enciga deve ser igual & energia total da parcula @ quando estdjustamente no vérice dx hipérbole. Se a velocidade reste ponto Ve, enléo ay? aorvg +E. 66) © segundo termo da direita representa a energia potencial da particula a no vértice de sua érbita, no campo elétrico do niicleo, Se a ultima equasio & dividida por IMV® ese uma nova quantidade b & introduzida, b = 4Ze4/MV2, 0 resultado é ve 2 eit G2 Quando a expressio paras da Eq. (3.5) inserida na dima equasdo, ~ en b’_ send Boye 8.76 Ve=1— aH cosh ae Segue-se da lei da conservagio do momento angular que MVp = MVos, 68) Vas Be em V ~ 5 "T+ 0088 va ve 69 6.10) O.ATOMG mucLEAA «7 pa deaf . A equagao (3.11) € a relagdo desejada entre o parimetro de impacto ¢ 0 ingulo de espalhamento ossivel agora caleular a frag das particulas a espalhadas num dado angulo 4. Suponha que o feixe de particulas « ineide perpendicularmente numa fina folha de material de espessura ¢, contendo m dtomos por unidade de volume. Supde-se {que a folha € tio fina que as particulas passam através dela sem nenhuma mudanga significativa na velocidade € que, com excegio de algumas pouces particulas que so espalhadas num dngulo muito grande, o feixe passa perpendicularmente através 4a fobs. Enido, a chance de que uma pariula passe a ume distancia p de um nlcleo & a= apn ey Uma particula que se move de modo a passar a uma distincia p do nicleo & des- viada de um angulo maior que $, onde @ € dado pela Eq. (3.11), Portanto, a fragao do nimero total de particulas a desviadas de um Angulo maior que ¢ obtida, inserindo-se o valor de p, da Eq. G11), € = imstiod$. oy ‘Analogamente, « probabilidade de deflexto de um ingulo entre $ e 6 + dé igual & probabilidade de passar entre 0 raio p € p + dp, e € dada por * n= Depa dp Eno, = Pcotet cosec? #, ; dq = trnlb* cores gi ent on cose as = dani engcoeet Bag e19 Nes express tas par estar a ter, «exaust fo deterinado ontando-se 0 mimero de particulas « que incidiam perpendicularmente numa ares onstante de uma tela de sulfeto de zinco, colocada a uma distancia R da falha. A ‘ras de particulas a desviadss que incidem num elemento de area da tela, a ume distincia R, 6 dada por — nto® cosec*(¢/2) TERT sen To TRE ous) Se agora Q € 0 niimero total de paticulas « incidentes na folha, € se ¥ € 0 ndmero de particulas « desviadas numa unidade de drea da tela de sulfeto de zinco, colo- “8 FISica NUCLEAR cada a uma distancia & da folha ¢ num Sngulo ¢ com a diregio original das particu- fas, entio ¥ ax Qrib? vosee!(o/2) B16) 16RF De acordo com a teoria de Rutherford, o niimero de particulas a incidindo numa unidade de aca da tela de sulfeto de 2inco, a uma distincia R do ponto de ‘espalhamento, deveria ser proporcional a 1. cosec* (4/2), onde @ € 0 ingulo de espalhiamento, 2.1, a espessura do material espalhador, 3. IIIMV3}, ou ao reeiproco do quadrado da exergiainicial da particula a, 4. Gey, @ quadrado da carga positiva do nacleo. 3.3.0 teste experimental da teoria do espathamento de Rutherford. A teoria mis leur do espalhamento de particulas a de Rutherford foi testada ponto por ponto em 1913 por Geiger e Marsden.® A dependéncia do espalhamento das quatro quantida- des Hstadas a0 final da tltima seeao vai sor considerada pela ordem, 1. A dependéncia do espalhamento com 0 érgulo de deflerdo, O efeito da variagio do angulo de deflexao ¢ foi estudado na aparelhagem mostrada esquemati- 7 agrama, R representa uma substancia radioativa que & fa fonte de particulas a, F & uma folha de material espalhador muito fina, eS € a tela {de sulfeto de zinco, rigidamente ligada a0 microscépio M. A fonte e'a folha sio rmantidas fixas, enguanto que a tela e 0 microscépic podem ser girados por meio de tuma junta que nfo permite a passagem de ar, vatiando 0 dngulo de defiexio. A ‘aparelhagem inteirfoi fechada numa caixa de metal na qual pode ser feito 0 vacuo. (Oniimero de particulas a chegando por unidade de drea na tela, num dado intervalo de tempo, fol obtido contando-se as cintilagdes. Na experiéncia, o Angulo ¢ foi vvariado, enguanto que todas as outras variveis na Eq. (3.16) foram mantidas cons- tantes. O niimero de cinilagBes contades, N, & proporcional a ¥, ou a cosec* (6/2); portanto, a razio Nfeosec' (6/2) deve ser constante para uma dada folha, nas ondicées da experiéncia. Os resultados de dois grupos de experiéncias, um com uma folha espalhadora de pata, o outro com uma folha de ouro, sic dados 1a Tabela3.1. A primeira coluna 408 valores do Angulo @ entre a diresio do feixe incidente e a diresao na qual as particulas espalhadas foram contadas; a segunda coluna 4 os valores correspon- ‘Sentes de cosec* (6/2). As colunas III e V dio os nimeros N de cintilagées obser- ‘vadas para a prata e o ouro respectivamente; as colunas IV e VI mostram o valor 4a razo N/oosec* (6/2). A variagéo no valor da razfo & muito pequena em compa- agi com a de cosect (6/2), para angulos entre 6 ~ 150°. Para dngulos menores, julgou-se desejavel reduzir 0 mimero de cintilagdes contadas; o valor da ta2io foi praticamente constante entre ¢ = 5° = 30°. Os resultados para os fingulos menores podem ser comparados com os de anguios maiores, notando-se ‘que, no caso da folha de ouro, o numero de cimiiagbes era reduzido de cerca de 2.300. Quando os resultados sio ajustades aos de Angulos maiores, torma-se claro {que 0 valor da razo muda pouco sobre a faixa inteira de valores de ¢, enquanto que 0 valor de cosect (6/2) varia de um fator de 250.000. Os desvivs na constincia dda razio foram considerados como estando dentro do erro experimental © Concluiuese que a teoria prediz corretamente a dependéncia do espalhamento com 0 Angulo de deflexio, 2. dependéncia do espalhamento com a espessura do material espalhador. A denendéncia do espalhamento com a espessura do material espalhador foi testada fixando-se o dngulo de deflexio e usando-se folhas de diferentes espessuras e de ‘liferentes materiis. Os resultados de diversas eaperiéncias sio mostrados na Fi © ATomo NUCLEAR: ® Vig. 32 Aparelhagem de Get Minden par star a depend 0 nee ee ee ee Shs Ses mod eprint, ssp um vide 2, oath Clas Saal Sree cir cone Sri ern lle ama cme ome pra aad estas ea ou 9 amen, compen de ald opamp cone rio i de oar sem nantes chum etn ten 2 See Tabela 3.1* A dependéncia do espalhamento de partculas ‘fe com o nga Ne defesae le Rae 7 7 7 7 v oe, Prata ce Ouro ; = Angulo de marae ‘dferto Cinilegdes SMa 7 oe conerray aca nee) i Tis mi Ba is 138 Ba Bs cy 2 te 39 si3 its 28 os os 8 ae at a 13 a in 6 Be = 188 3s a7 re Sto x 8 Be 0 Bs aise 230 is sus sonata Gtow Pa $3 Bs iss a i 30 wo 8 se 2 ts ho a a De Geigere Marsden a SICA NUCLEAR, S puro /’| Prat 3 . | Cobre 2 5 [aunts |_—— ia | Ca 04 08 16 20 Espessura das folhas em centimetros equivalentes de ar Rg. 33 A variagio do espalhamento de pariculas a com a espessura do material espalhar aor e ainero de prc De scr cota mula de expthameto de Ruther oa Tt ma ue & te onvermerte opana to enna separ arc, ofa poten de woeate Nua te de expen erie Pardee elite ds pus ta da ote, Cie Sec Meet ef aha cpa; dno ma copes “tei OA th can nope seman fa ino ‘velocidades das particulas eram determinadas medindo-se © comprimento de sua ae ea rein chameda de leaner das pata oy Posie St Ata oe at ns nannies dace no Capt 1, Sablese sore cammaosonade com velo ua frm omc. Rao, G7) ‘ ; cidade das pl cue cnde a & wa contate conti. Depo qv avoid das psn «au Pastovam staves dung Gas expan Sepa de mk ee oan dei tum, gaan mm iu conc st edo cone o mmer “Intasbes produto NW devra sr constants guarde¥ vavava, Os eu Se de ue expeencin tes sho mosraon a Tbe 32- Acura cole do neo Wd ete or raat ac cones ras gus putea Som lanes dadosn segunda cana fram sade Os vores relstvos de Be dato na rosa clue 0 produto NV ato ra dina clone ¢pratcament Constante sot nade vlores de eit masta como o expalaren Sars versaente com «quarts atacand velocage come previo pela toi we iueror : i tepenéncla do capaliomento cam cag mula. 0 inl esa nent» especsa do espultagr ea vlog as prln neces Aadades gue poem et medida dvtanene eeu et sabe o explaen Sccmin."s fg nsar ap coma aos primes, so pu india dveamente¢ uma compari die ene 4 tora © a experiencia ©.ATOMO NUCLEAR, 51 Tabeta 3.2* A variacéo do espathamento de particulas ‘alfa com a velocidade Nimero de Aleance das Valores _Nimero N placas de pariulas« —relainas de entiogses ‘mice fem) Gel! “pormintto NV" 10 ay 25 ra 30 a E30 Be 2 ret a B 2B a 2s 432 ol FA 9m 25 Ey Podia ser feita neste caso. E cvidemte da Ey. (3.16), entretanto, que 0 valor de Z Pode ser obtido contando-se o nimero de particulas a, no feixe gue incide na folha spalhadora € no feixe espalhado, sob certas eondigées geométricas, Alguma in- formagio sobre Z também podia ser obtida de experiencias sobre o espalhamesto ‘com folhas de diferentes materiais. Destes dois ipos de experiéncias, descobrinse ‘Que, para elementos mais pesados que 0 aluminio, a carga positiva Ze no niicieo ora aproximadamente Ye, isto é, Z = A/2, onde A & 0 peso atomico ee € a carga 10798 om, “ oraia efetivo 8)" = sox wen as ("ae io Se So pene me an ae ae as Como 4, é independente de.x, ambos os lados desta equasi6 podem ser integrados diretamente dando, para a intensidade f do feixe. apés atravessar uma espessura x do material, Taree, 4 Segue-se da iitima equacio que i an Naa 4. st cuerdn os capes dere: poe sr medidesexperimentalment. por exemple. com ean sao. Foren, © nimero de elutons por siamo. pole ser obido partir dc medid ib expalfarento dr alos X : ae So eeerentas dese tipo foram flay por Barkla« seus colboradrest wl realidade. outros proceso além de espllamentoextavam presentes nests expe Finely nas as Coregbes necessii podiam sc Tels. Barhla descobriu ae RAIOS X EA ESTRUTURA ATOMOA 3 dentro de certos limites de dureza dos raios X, o espathamento pode ser represen ‘ado por No = 2p, as) independentemente da dureza e do material espalhador. Na Eq. (4.8). p € a dens ‘dade em gramas por centimetro eabico, Portanto, com o valor cankecido de de, nN 3.0 x 10%, Mas. 0 numero de diomos por centimetro eibico de um elemento & ‘onde Ny ¢ v niimero de Avogadro = 6,02 x 10 stomos por étomo-grama. €A &o Atomo-grama do elemento, Ent, joe aN = MEO — 3.0.x 10%, 7 a ‘sto €, 0 niimero de elétrons por dtomo é muito préximo da metade do peso até- Este resultado deve ser considerado aproximado por virias razées. Primeiro, considerou-se que as leis do eletromagnetismo elissico sao vilidas. uma hipdtxe {que tem valor somente dentro de certos limites de dureza dos raios X pars mate. Tals espalhadores de pequeno peso atémico, Segundo, a relagio (8.8) ¢ aproai. ‘mada, Por estas razées, 0 resultado de que o nGmero de elétrons metade do peso st6mico & um resultado qualitativo atl, ou no maximo semiquantitativo. Ele estava, entrelanto, em concordiincia com os resultados igualmente semiquanttativos para | nnicleo, ¢ € igual ao niimeto de elétrons no tomo; ele também ¢ 0 mesmo que nimero da ordem do elemento né sistema periédicg, A identidade do ultimo mk ‘mero com o nmero de cargas nucleares e o nimero de elétrons fol sugeride pot van den Broek,* mas no podia ser considerada como provada até o trabalho dz ‘Moseley. 0 fato da posigéo de um clemedto no sistema periddico estar mais dite. mente ligads ao miimero atémico do que com o peso atomico mostra que 28 ro. Priedades quimicas estio diretamente lizadas com a carga muiclear, e nao sao deter: minadas pela magnitude do peso atémico, colo pensava Mendeleeff. on os ror sn omit tne i bain freon oe, re Te psu a, fone a re Cece’ Fen ferent, Eat Seca ants tm Choe 16a) (4.166) [REFERENCIAS (ata) A. Hl. Comprow and 8. K, Atsisox, X-Rays in Theory and Experiment, 2nd ! , ed, New York: Van Nostrand, 1035. M. Sieanamy, The Spectroscopy of X-Rays, Oxford: Oxlord University Press, 1935. ‘M..Strenasn, Spetiroscopie der Ronigenstrahlen, 2nd ed. Bein: Julius Springer, 1981. | G.L. Cuann, Applied X-Roye. rd ed. New York: McGraw-Hill, 1942 i F. K. Rionmeves, E. H. Kewaano, and T, Lavaersex, Introduction Modern Physics, th ed. New York: MeGraw-Hill, 1955, Chapter & 3) me — 20 Gat) # 8 FISICA NUCLEAR 1, AH, Comprow and §, K. Auaisox, op. eit. gon ref, Chapter IIL, 2. C. G, Barkua and C. A. Sapunn, "The Absorption of Roentgen Rays,” Phil, Mag. 17, 739 (1909). 3, C. G. Barcus, “Note on the Energy of Scattered X-Radiation,”” PAit Map, 21, 638 (1911). 7 4, W. L. Buaoc, “The Diffraction of Short Electromagnetic Waves by CCxyatal,” Pros. Canibridge Phil. So., 17, 48 (1912). 5. W. L. Brago, The Cryatalline State: Vol. 1, General Survey. London: . Beui, 1919, Chapter 3 8, W.H. Braga and W. I. Braco, “The Refection of X-Rays by Crystals,” Proc. Rey. Soc. (London), ABS, 428 (1913); AB9, 246 (1914), 7, H.G. J, Mossi, “The High Frequeney Spectra of the Elements,” Phil ‘Map, 26, 1024 (1913); 27, 703 (1914). 8. A. vax BEX Bross, “Die Radioelemente, das periodische System und dic Konstitution der Atome,” Phyeik. Z., 14, 32 (1913). PROBLEMA 1, A intensidade de um fete de raios X se reduz a 90% do seu valor incl quando passa aravés de uma folha de beriio de expessura de 030 em ¢ densiade de 1.84 plem?- Quentos ltrons existem por stomo de berlie (2) calculades dzetameme a pais da atenuoeio, (4) ‘aleulados pela relagdo de Barkls, a Eq, (4.8)? (c) Qual € 0 valor do coeficiene de absoryio? "2, Um fete de rane X incide sobre um crital de cloreto de sadio(espayamento da rege #20 x rte: 1 x 10 em = 1 Angstrom). A refiexio de Brags de primeira ordem € ‘bservada no fngulo de 8 3s". Qual & 0 comprmento de onda do ralo X? Em que ingulos ‘ovorrerio os reflexdes de Bragg de segunda terceira ordem? ‘Os espagamentos das ees de calli, quarizoe mica slo 3.036 A, respectivamente, Em que angulo seria observada a primeareflexdo de Um feixe de ralos X de A numa pedra de sal ealeita, quartzoe miea,respecivamente? 4. Em suas experitncias, Moseley usou Um eis de frrocianeto de potssio tendo un cespasamento da rede de 8408 A. Ache as posigées das primeras reflexes dos rios XK, do ‘rome, manganés, ferro, cobalt, niguel,eobre ¢ zinco,respectivamente. '. Cael 38frequdacas eos ninicros de oada dae inhat Ky lstadas na Tabela 4. 6. 0 teenéeio é Um dos novos elementos descoberios entre oF produios da fstS0 do urtnio. Os comprimentas de onda das linhas de rlos X K, deste elemento orem determing ds obtendo-se 0 dngulo de 70° para s reflexao de Brogg de primelra ordem de uma fice clivada do NaCl. Qual é 0 comprimento de onda do raiv X? Qual € 0 ndinero atOmico do tecnicie? 7 A linha Ky para 0 cobre tem 0 comprimento de enda de 1.5412 A, medida com uma rede pedo. A reflexto de Bragg de primeira order de uma face clivade do NaCl ¢ obtida ‘uma expeidnca, num angulo de 15® 58. Qual & 0 esporamento da rede do NaCl? Ache o ‘mero de Avogadro, uma vez que adensidade do NaCl 2,164 glem® eo seu peso molecular e856 48,0 comprimento de oad das lnhas Le ds raios X da Aye Pt sio 41538 Ae 1.3216 A, respectivamente. Ume substinein desconheciéa emite rilos X L, €0m im comprimento de ‘onda de 0966 A; ConFestes dados,e conhecklos os nbmeras armies 47 € 78 parea Ag © Pt. Fespectivamenie, deermiae 9 nimero aibmico da substarla desconbecida A Teoria Quantica da Radiagado 5.1 0 fracasso da Fisica clissica em descrever 0s fenémenos atimicas. Nos fr rmeiros quatro capitulos, forum discutidas as experigncias fundamentals relaciona- das com o problema da nsiureza dos stomos. Estas experiéncias foram interpre'a- das em termos de certos conceitos que formam a base das atuais idias de estrutira ‘aémica. Em 1913, supunhase um tomo como consistindo de um ncleo positiva- mente carregado de cerca de 10°" cm de rao, cireundado por elétrons distribuidos hum volume de cerca de 10-*cm de raio, Sabia'se que a carga num nlcleo era dada or Ze, onde Z & um inteio positivo e & a magnitude da carga eletrOnica; sabia-se finda que o nimero de elétrons era igual aZ porque o stomo & eletricamente neuro fem condigdes normais. O trabalho de Moseley mostrou que o niimero Z & também {gual ao ndmero atémico, que representa a posiggo do elemento na tabela periddiea. Nesta tabela, os elementos sio ordenados de atordo com suas propriedades, de tal ‘mangira que estas esto diretamente relacionadas com a carga muclear e o imero de elétrons no ‘tomo. Para descrever em detalhe como estas propriedades depen- dem da carga no nicieo, era necessirio um modelo mais detalhado do tomo, ¢ ‘esperava-se que tsl modelo incluisse uma deserigio da maneira pela qual os elétrens esto arranjados no stom. Foram feitas tentativas de construir um modelo atémico teético com base na fisica clissica, mas todas elas falharam, e percebeu-se eventualmente que a fisica clissica (mecdnica newioniana, eletromagnetismo de Maxwell e termodinamica) ro podia explicur ou deserever os fendmenos atbmicos. Este fracasso pode ser ilustrado por meio de dois exemplos simples. primeiro exemplo ¢ 0 de um stomo ‘consistindo de cargas positivas € negativas estacionarias, Considere um itomo con- sistindo de um nucleo com duas cargas positivas elementares e com dois elétrons fora do nicleo. Se os elétrons esido a uma distineia @ do ndcleo. e separados um do ‘outro de 2a. Torea de repulsio eletrostticu entre os elétrons & c/4a": cada elétron € atrafdo para 9 nicleo com uma forea igual a e/a, oito vezes maior que a forga repulsiva. Portanto, os elétrons eairiam no niileo e nio haveria estabilidade meci- nica, Este exemplo & 0 caso especial do teorema que nos diz que uma carga elétrica ‘do pode estar em equilibrio ou em repouso somente sob a acao de forges elétricis ‘20 exemplo pode ser estendido para qualquer stom ‘Suponhs em seguida que os elétrons giram de algums maneira em torno do 0 Fisica NUCLEAR ‘cleo. ¢ considere por simplicidude 0 caso de um tomo de hidrogénio que tem um elétron e um ndcleo com uma carga positiva. Considere que o eletron gira em torno do ndcieo numa érbita circular de raio a, © que @ velocidade do elétron é tal que a forga atrativa entre o elétron e 0 nicleo fomece justamente a forga centripeta ne cessria. O sistema, nicleo ¢ elétron, poderia eniao ser mecanicamente estével. O elétron, entretanto, esta sujeito a uma aceleracio constante em ditecio 20 nicleo, «¢, de acordo com 9 teoria eletromagnética, deveria inadiar energia. A energia do sistema deveria entio decrescer; o elétron deveria espialar gradualmente em dire ‘0 20 niilea, emitindo radiagio de uma frequéncia que eresce constantemente, € eventualmente cair dentro do nicleo. Estas previsoes da fisica clissica estio em {otal desacordo com os fatos experimentais. Subia-se ka muito que, quando os éto- ‘mos de um elemento. no caso do hidrogénio, so exctados através, por exemplo, da passagem de uma desearga eltrica através do gis. se 9 luz resultant (radia ‘gio) emitida pelo elemento & dispersada por um prisms. abserva-se um espectro de linhas caracteristico do elemento. © hidrogénio sempre fornece um conjunto de linhas com os mesmos comprimentes de onda, hélio fornece um outro conjunto, odio ainda outro, © assim por dlante, em contraste com a previsio de emissio d= radiagSo de freqiléncia crescente. Realmente, nfo existe nenhuma catéstrofe a16- ‘mica, € 0s atomos parecem durar um longo tempo. A teoria falhou novamente em explicar a estabilidade dos stomos. Além disso, a despeito de muitas tentativas, 2 {sica cldssica no podia explicar o espectro 6tico carattefstco dos elementos, nem podia explicar o espectro dos raios X. ‘Ap6s muitas tentativas como as citadas, tornou-se evidente que a descricio dos fenémenos aldmicos requeria um novo tipo de teoria fisica, que pudesse escrever os fendmenos atémicas em termos de Conceitos novos, nko classicos. A teoria quantica de Bohr da estrutura at6mica foi a primeira tentativa bem-sucedida em preencher a necéssidade, e, apesar de se descobrir mais tarde que era insstste {éria, ela preparou o caminho para a moderna e mais bem-sucedida teoria da meci: nica quantica. A teoria de Bohr era baseada na teoria quantica da radiacéo térmica introduzida por Planck em 1901 ¢ aplicada & luz por Einstein em 1908. A teoria 4quintica de Pianck situa-se na base das atuaisidéias scbre dtomos e nicleos, e seria {ltl continuar estudando a fisica atémica e nuclear sem antes ter alguma nocio das idéias bisicas desta teoria. A teoria quantica surgiu efetivamente do fracasso da fisica clisica em explicar alguns dos fatos experimentais da radiagio térmica, Em particular, a fsica clissica nio podia explicar a dependéncia da intensidade da energia radiante com 0 comprimento dé onda da radiagéo emitida por um corpo negro. Para explicar este fonémeno, foi necessério desenvolver uma teoria para @ ‘emissio de radiacdo que estava baseada num conceit inteiramente oposto as idéias, da fisica cléssica. O novo conceito dos quanta ou compésculos diseretos de energia eve ser aplicado a todos os problemas envolvendo a emissio e absoredo de radia ‘so eletromagnética; mas estes so os problemas bésios da fisica atOmica e mole cular, e esta € a razio para a importancia da teoria quantica nestes campos. © conceito dos quanta de energia 6 sho diferente das idgias da fsiea cléss {que somente um cuidadoso estudo do problema da raciagSo térmica pode mostrar 2 necessidade de uma teoria quantica, ¢ tornar claro o que significa quanta de ener- ia. O problema da radiacao térmica sera portanto estudado com algum detalhe. 5.2 A emissio e absorgéo de radiayio térmica, Sabe-se muito bem que um corpo quente emite radiagao na forma de calor. A radiagio térmica consiste de ondas eletromagnéticas e difere da lu2 visivel e raios X por ter comprimentos de ‘onda maiores. Assim. radiagdes com comprimentos de onda entre 7.000 x 10°* em {€ 4.000 x 10°* cm so usuzimente consideradas como luz, porque o olho humano pode ver estes comprimentos de-onda. O cemprimento 10-* cm € chamado de &ngs- trom, € € abreviado como A. Ondas maiores que 7.000 Ae menores que 0,01 em silo as ondas de calor ou ingfavermelias. comprimentos de onda entre 4.000 A ATEORIA GUARTICN OA RADIAGAO 1" cera de $0 A constituem a radiacio ultravioleta, ¢ nquelas menores que S01 A mas ‘maiores que cerca de 0,01 A so usualmente clossiticadas como raios X. Raids ‘gama tém comprimentos de onda sina menores. ‘A qualquer temperature. energia ealoritica emitida esta distribufda num es- Pectro continuo de eomprimentos de onda, ¢ esta 10 espectral muda com a emperatura. A baixas temperaturas, a razio de irradiagio € pequena e a enersia basicamente & de comprimento de onda relativamente longo (radiagio iafraver- ‘melha). A temperaturas entre $00 e SS0°C. os corpos comegam i iradiar luz vi vel, 0 que significa que a distribuicdo de energia entre os diferentes compriment2s de onda se deslocou tanto que uma porgio suficientemente grande da energia ta dliante tem comprimentos de onda dentro do espectra visivel. A medida que a tem- Peratura aumenta, a fragao da radiagio visivel aumenta até que a 3.000°C. apro: ‘madamente a temperatura de um filamento de uma limpada incandescente, a radi ‘gio contém uma quantidade suficiente dos comprimentos de onda mais eurtos part ‘ue 0 corpo apareca como ““branco”. A analise de medidas de Tyndall sobre a radiagio de fios de platina querte levou Stefin (1879) a sugerir uma regra empiica que pode ser exerica a form Wet, on) onde W é a razio de emissio de energia radiante por unidade de dea e & expressa ‘em ergs por centimetro quadrado por segundo, e 7 é a temperatura absoluta em °K: W € chamado de poder emissiva total, ou emitdncla total. A quantidade ¢ € cha- rmatla de emissividade da superficie e tem um valor entre zero e tm, dependendo da natureza da superficie; € a constante chamada constante de Stefan-Bolizmam. Em 1884, Boltzmann deduziu a Eg. (5.1) da termodindmiea, e por isso & equagiic 6 conhecida como lei de Stefan-Boltzmann. Se um corpo de emissividade e, na tem peratura 7;, € citeundado por paredes & temperatura T,, menor que 7, Tazo 4e perda de energia palo corpo é dada por Wow = eo Td. 62) ‘A equagto (5.2) familiar por causa de sua aplicacdo 2 problemas priticas de transferéncia de calor. No final do século XIX e comego do século XX, 08 fisioas estavam muito preocupados com 'imaneira pela qual o poder emissivo de um corpo variava com a temperatura e comprimento de onda. Seu interesse se concentrara ‘em “explicar” ou “entender” a variacio em termos dos coneeitos fundamentais ¢ fisica. Por “explicacdo" ou “entendimento™ queremos dizer encaixar ts informagdes experimentais no esquema das tcoras fisicas existentes ou, se isto nio puder ser feito, modificar estas teorias de tal forma que elas icluam os dadas expe- Fimentais. Apesar deste interesse no parecer ter grande importaneia pritica, 28 dificuldades as quais ele conduziu provocaram o nascimento da maior revolugde no pensamento fisico durante o séeulo XX. Os fisicos escolhem como objeto de seus estudos a radiagio térmica de vm corpa negro. Para entender 6 que se quer dizet pelo terme corpo negro, primeira mente definimos a absortancia de um corpo como a fragao da energia Fadiante, incidente sobre « superficie do corpo, que & absorvida. Um corpo negro & por efinigéo, aquele com absortincia igual & unidade, isto €, um corpo que absorve toda & energie radiame que incide sobre ele. Provou-se que existe Una relagio ‘muito simples entre a absortincia de-um corpo ¢ seu poder emissiva total. Exta relagdo, chamada lei de Kirchhoff, estabelece que a razio entre 0 poder emissive e ' absortincia € a mesma para todos os corpos fi mesma temperatura, e € igual 20 poder emissivo do corpo negro nesta temperatura: tal lei ¢ Vilida para cada com- primento de onda, ¢ foi confirmada pela experiencia, Segue'se da fei da Kirchhol? ‘que nenhum corpo pode emitir enersia radiante numa razio maior que © corpo : FISIOA NUCLEAR negro. porque o valor maximo de abyortinci,teoreameate@ 26 5a Tah ea nepro, Por er valor menor da absortancia imi negessareT A ‘valor una; ¢ quae nsw. Portante.o corpo mete, GU € 0 StROrC) Tie eft menor do pode! cmijanc.€ também o emisor mais ecient. te de um crams pepro. a quantidadee na Ea, (5.1) € gual A mideee feo poder emissivo total corpo neo, agua eendecomente da temperature no da natures Ce 22D) ‘ sm oreo nal da engl rain or Corp nEgTO Fem. SULA. ‘um {nteresse especial. HSE ESPEN ago nisi realmente na natura, mas slgumas SETS eo Sor ee peta is uma placa de ac aspera, ou Ue PEC ‘amianto, comme fuze. Wepeuens porcentagemn do radagio ieidente¢ 56 Seer ae rele se, Mostrotise também gue a radiagio Vinge oe ‘aber um corpo nee quosetotsmentefechada, unformemente aquece: ST ‘bom tur mu a8 ne gu Jeu corpo negro. Come font de raagse Oar suet amo elinico pode ser sade. consisting Jew ones Tuo, com pare ego, um for Seferaiin aquecido por ua corenteeltrics paso, 0 fio 2S SS a nermpratur Ga pate cental do interior § Nees nr em rer dag ipo. raz-se Um pequeno Foro Om Pare = AS COR er yp Tuo, A istibuigao espectal da radiacto, pode ‘analisada a radu im espestmeiro tic com um disposi mesiees Te SES 0 Per,r'an chap fotogifin. As radiagdes vindas de corpo negro refratadas por lugar da chaps folie pode eet uma peda de, quatz0 0 Mola: OS sal am a aus owido ubsorve muta radiago infavermelis, © tS 1 Te i Pera pode ser uma temopiia de tipo near ida, & Sr tivo medidor Grande sensibiligade, A radigao insidino numa jungso oe termopilha metro com Brera nuquele juneao se eleve acima da outs GSS, faz com au emesamte causa ume defiexao da aula do gavandret, covrente ceric Jetnargig de raiagto numa dada fina comprimeno ‘onda Aenean emisivo do radidor naguels fina, ortantl; 9 Foes oe denen oe Haj com fungao do comprimento de onda. Outro iit srsr Bode Sr mete Ctoldmeto, que consiste de uma tra de metal muito Te ia Sire ene Bynenbes clerics, Esta tra € a receptoa das radiagOes,¢ 6°) Vigada revi, com cone ponte de Wheatsone balancenda, A raingso mci 2 como um Ore Gepertura, provecando wma mudanga na sua restencs CCS, ti Ged pelo eaivandmetro da ponte. © polbmetro pode Coes mudangas ae ieee tempertura e, portant, dferengas muito pequenss 0 OS ito peauenas de Longe instrument sensivel et para media distnibisao tspectral da radiagio térmica. ral Tat emssivo de um corpo aguesido € medide como (urs eo oe onda a una daa termperatre, obtém- Ura cis PATESS CO compimenta de onde ue o comprimento de onda em microns (I micon > “ aa Fie endns so os valores reatvos do poder emfssivg monocot em As en ace qvamtdnde indicat por Wa, €0 poder emissvo poy Fe) crn ape eda tra, ou a ener rdiante emia por unitate ee re cmpo na faa de comprimentos de onda ene X=. +d Gy poder or milage oe cromtco esti relacionado com o poder emissvo total pela cduase we fine 63) ‘Vee a pate da figura que, para comorimentos de onda mito Uris ¢ Nee Snmentor de ond muito longos,o rode emissvo MOPS TOTS multe ra cpo' Ne funn de comprimenios de onde termediios, <0 oo) valor mic equeno. No Foemento de onda defirido hy. Medides felis a dierenies ese imo Ta om Prngseim (899) condeam a um corgent de corvas com © AATEORIA QURITICA D6 RADIAGAO Wy 8 ner unidaes rel onde o o F 2 Comprinet de onda icons) Fig, 5.1 A disribuigso de energa no de EK. Richimyer © E. H. Kenna spectro de uma limpada eek ae pada de tungsténo. Com permistio rd Introduction troduction fo Modern Physics, 4 ed., New Yor, da Figura 5.2. As curvas sa ~ 2 Baur 5 2 As gums sho parecidas na forma, mas, & medida Ptlige aa teeae 1ores ou freqiléncias maiores. A sradiarte tact Par ume dada temperatura € represeniadn pela dea cua ceomcoeetince, cin cna s tracrie aca cna he : ; ‘a se i Fon 2) j ie Sn i 3 > ae 10} > MEEEERS cmprimest de oa (ros) Fig. 52 A disribivigie de ener ito dé energia no expect de um. corpo negro a diferentes temperstoras, Ey ™ FISICA NUCLEAR om a lei de Stefan-Boltzmann. Os resultados experimentais contidos nas curvas da Figura 5.2 séo tipieos do fendmeno que precisa ser explicado pela teoria 3.3 A teoria clissica da radiagio térmica. Wien (1893) mostrou que era possi- vel predizer algumas caracteristicas da radiagdo térmica a partir das leis da fisica Classica. Seus resultados vao ser discutidos com algim detalhe para se entender as diffculdades que surgiram e que s6 puderam ser reselvidas pela teoria quintia, No tratamento teérico do problema da radiagao é conveniente usar a quanti dade 1, chamada de densidade de energia monocromética, em vez do poder emis. svo monocromético W,. A densidade de energia representa nao a energia incidindo hum centimetro quadrado por segundo, mas a energia contida num centimetro ct bico de volume. A densidade de energia e o poder emissivo estio relacionados ‘beometricamente de maneira simples. Se a radiagio se propags numa direvao defi nda, a quantidade que vai atingir uma secedo transversal Unittia por segundo € @ ‘quantidade contida em um prisma cuja base tem | cm de dea e cuja altura inch nada 20 longo da direglo de propagacao & a velocidade da radiagin c- Esta quanti- dade € 0 volume do prisma (c-c0s 6, se 0 € 0 angulo ene a diregso de propagacao © ‘normal & superficie) mutiplicada pela energia da radiacio por unidade de volume. Fortanto, se a densidade de energia € conhecida, a qvantidade de luz incidindo em i cint/s pode ser achada fazendo-se a integragio para todas as direges de propagn- So, A quantidade de radiagao de um dado comprimento de onda incidindo em 1 Em de um corpo por segundo a uma dada temperatura é igual & quantidade que 1 com da superficie do corpo vai iradiar em um segundo A mesma temperatura (lei de Kirchhof). Como esta quantidade é exatamente o poder emissivo monocromitico, este € proporcional 4 densidade de enerpia; 0 fator de proporcionalidade contem somentefatores geométricos ¢ a velocidade da luz, das quais venhium depende do comprimento de ofda ou temperatura. Nao precisaremos desta relacio e portant ‘io a mostraremos expliciamente; sera suficiente lembrar que a densidade de enet- ia monocromética e 0 poder emissivo monacromético podem ser usados alter damente desde que nao sejam necessirios valores absolutos. A densidade de ener gia pode também ser escrita como 1, em vez de w, para mostrar que ela pode ser expressa em termos da freqiéncia em vez do comprinento de onda. Pela definigio, uly € a energia radiante por unidade de volume na faixa de freqincias de v'a? dd; uydh & a energia radiante por unidade de volume na faixa de comprimentos de onda de da A + dd. Frequéncia e comprimento de onda estéc relacionados pela expressio » donde ¢ é a velocidade da luz. Agora, wndv deve ser igual em magnitude @ wdA, desde que a cada freqiiéncia corresponde um comprmento de onda, © A (S.4a) conde as barras indicam o médulo da quantidade. O médulo deve ser usado poraue 4 ensidade de energia ¢ positiva. A partir de n=, lanfarj Mee (5.40) [A TEDAIA QUANTICA DA RADIAGAG. % De acordo com a teori eletromagnética da luz. de Maxwell, a rodiagdo numa cavidade exerce uma pressio sobre 2 paredes da cavidade que € proporcional densidade de enersia da radiagio. Wien, portanto, tratou a radiagéo como uma ‘maquina termodinamica & qual a primeira e segunda leis da tesmodinamica poxiamn ser aplicadas. Considerou radiagao de um nico comprimento de onda e anaison 0 ‘que aconteveria » esta radiagio numa expansao adiabatica da cavidade que ela 020- ava, Descobriu que o comprimento de onda e a temperatura antes ¢ depois da ttansformagéo adiabatica podiam ser ligados pela seeuinte Telacso: 65) fonde 7) ¢ Ay sio os valores da temperatura e comprimento de onda da radiagio ‘antes da transformagio adiabética, ¢ Te d sio os valores apds a transformagao. A. Eq, (5.5) pode ser eserita numa forma mais geval AT = constante. 66 jag expressa o fato de que, se uma radiagio de um comprimento de orda Particular cuja intensidade corresponde a uma temperatura definida se transforna ‘adiabaticamente em outro comprimento de onda, entéo a temperatura absoluta muda na razio inversa. Wien também obteve outro importante resultado 0 de qu: densidade de energia monocromatica ea temperatura antes e depois da transform ‘io adiabstiea sdo ligadas pela seguinte relagao: ee es (67) oe 7G : conde o subserito zero novamente se refere is condigdes antes da mudanga..A Ea, (6.7) também pode ser escrita numa forma mais geral Te = Constante, (Sta) ‘ou, com a ajuda da Eq. (5.6), wr? constante, 6.) Para que as Eqs. (5.6) e (5.8) sejam validas simoltaneamente, u,A® ou us/T® deve ser uma Fungo do produto AT; wr = OOD), 69) w= fyan, (3.10) ‘onde G ¢ uma constante e a funglo fIAT) €, até agora. indeterminada, As equacées (5.6) ¢ (5.7), ou 5.10). constituem a lei de deslacamento de Wien A razio para ebte nome € a de que, se se supde que a mudanga de uma temperatura para outra maior ocorre por melo de uma compressio adiabitica, entao, pela lel de Wien, a nova curva de distribuigao (veja Fig. 5.2) € obtida da primeira deslocanco. se cada abcissa em diregao a origem na razio das distincias, h\y = Ty/7. e aumen- fando a ordenada na razdo T*7,*. Assim, para um maximo (Wru)y OU ens) Ra 78 FISIOR NUCLEAR Tabela 5.1* Verficagio experimental da lei de deslocamento de Wien Comprimenio para _Densidade te Temperatura ‘densidede de energiarelaiva ‘obrervada,. energia mgzima, ‘maxima Ae, tan 8 Tiaras K Kroon ‘the emveray 10 08a 2199 0.3950 2166 03580 208 02086 Ries 02965, 2164 02959, 216 03079 ies 0.2928 a6 "De Preston, heory of Heat primeira curva, corresponds a méxima ordenada dyn na segunda €, SE Ay € a ab- issa da mixima ordenada, Del —

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