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UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
MEMBROS DO GRUPO;
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INDICE
1. Introdução ........................................................................................................................ 4
2. Bacia do kwanza……………………………………………………………………………………………………………………5
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1. Introdução
O nosso trabalho visa abordar sobre a bacia do Kwanza, sua evolução tectónica e
sedimentar, tipos de reservas, blocos operados e campos existentes nesta bacia.
A prospecção em busca de crude nesta região começou no início do século 20;
entre 1952-1974 houve a descoberta de significativas reservas comerciais o que
estabeleceu esta área como um dos principais pontos de exploração de crude em
Angola.
Desde o início da actividade até ao presente foram descobertos um (1) campo de
gás natural e dose (12) campos de petróleo que representam um total de reservas de 400
MMSTBO (reserva de milhões de barris de crude) das quais já foram explorados 82
milhões de barris.
Apesar de nos últimos 20 anos não se terem efectuado mais trabalhos de
prospeção nesta região, estima-se que haja reservas que possam vir a dar resultados tão
bem sucedidos como os das descobertas em águas profundas.
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2. Bacia do kwanza
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Estes movimentos estiveram, então, na base da separação dos continentes
Africano e Sul-americano (Figura 2) e que ainda se reconhecem nos dias de hoje,
devido ao aumento progressivo do afastamento dessas placas continentais. Assim sendo,
a abertura do Oceano Atlântico teve início no Jurássico tardio / Cretácico inferior,
período em que a placa africana foi submetida a esforços distensíveis que levaram à
abertura do Rift, ao longo das zonas crustais estruturalmente mais frágeis. A evolução
desta bacia ocorreu segundo vários episódios tectónicos distintos, cada um deles
evidenciando uma estratigrafia e um estilo estrutural próprio. Esses movimentos
tectónicos são divididos em cinco episódios, nomeadamente:
Pré-Rift, que é caracterizado por um tectonismo suave;
Sin-Rift I e II, caracterizados por um forte tectonismo;
Pós-Rift, caracterizado por um tectonismo moderado;
Subsidência regional, que é caracterizada pelo forte basculamento da bacia
(tectonismo activo).
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2.1.1. Estratigrafias
Figura 3 - Estratigrafia da bacia do Kwanza (GeoLuanda 2000 Int. Conf., Guide Book
Luanda – Benguela - Dombe Grande, 2000).
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a) Tipos de Rochas e Formações
IV – Formação Tuenza: Representada por dolomias muito anidritizadas por vezes com
intercalações de evaporítos. Esta formação depositada num ambiente lagunar foi
definida como sendo de idade Albiana;
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V – Formação Catumbela: Composta por calcarenitos e calcários marinhos com algas
e corais, bioclásticos, pisoolitos, fragmentos arredondados e calcarenitos conquiféros.
De idade Albiana Superior e depositada num ambiente marinho pouco profundo
(plataforma);
VII – Formação Cabo Ledo: Caracteriza-se pela dominância das margas sobre os
calcários conquiféros. Depositada num ambiente marinho de grande profundidade
(Batial-Nerítico), e é de idade Cenomaniana;
XIV – Formação Luanda: Composta por margas castanhas com foraminíferos, areias
litorais e grés com conchas. De idade Pliocénica e depositada num ambiente litoral;
XVI – Formação Quelo: Constituída por areias ferruginosas e grés de cor vermelha.
Depositou-se num ambiente continental, é de idade Plio-Quaternária.
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2.2. Blocos da bacia do kwanza
Existem 17 blocos na bacia do kwanza, que são: 5, 6, 7, 8, 9, 18/6, 19, 20, 21, 22, 23, 34, 35, 36,
37, 38 e 39.
2.3.1. Bloco 5
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Reservatório Mucanzo
Fácies – Arenitos quartzosos e friáveis de cor avermelhada, com intercalações de
argilas, selecção pobre, os grãos variam de grosso a fino.
Ambiente de Deposição: Marinho pouco profundo numa zona de transição
marinha a costeira dominada por um ambiente fluvial e deltáico.
Porosidade: 20 a 26%
Qualidade de reservatório: Varia entre pobre, moderada a bom.
Espessura: Aumenta de espessura de SW a SE como se pode ver nos poços
Lonzo-1, Mubafu-1 e Kibaba-1. Diminui de espessura na direcção norte, a partir do alto
de Ambriz (Lukunga-1).
O reservatório Mucanzo fluiu entre 700 a 1100 BOPD nos poços Mubafu-1 e
Pakubalu-1.
Selo:
As formações pós-salíferas, Quissonde e Cabo Ledo constituídas por argilas e
margas formam um selo efectivo para as formações Catumbela e Mucanzo.
c) Principais Riscos:
Os principais riscos no Bloco 5 São:
- Imaturidade ou ausência de gerador
- Incerteza da qualidade do reservatório
- Ineficácia do selo em algumas áreas dos prospectos (por vezes de espessura
reduzida).
- Ausência de fecho das Estruturas
- Migração
2.3.2. Bloco 6
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As operadoras deste bloco foram a Total e Conoco. Dos oito poços perfurados no
Bloco pelas operadoras, cinco se encontram ao Norte, e três na região Sul do Bloco. O
poço Águia-1 foi o primeiro a ser perfurado a 23 de Setembro de 1981.
O Bloco possui levantamentos sísmicos datados dos anos 1974/75, 1979, 1980 e
1986, num total de cerca de 10390 km de sísmica 2D.
Com Excepção das descobertas de óleo pesado do Albiano no poço Cegonha-1 e
Pardal-1, nenhuns dos restantes poços foram bem sucedidos.
O poço Falcão-1 foi o último poço furado no Bloco, e foi o único poço que
penetrou uma larga porção da secção synrift. O poço encontrou óleo nas shakers,
calcários fracturados na rocha-mãe e algum óleo pobre nas areias da secção superior do
synrift. O net pay total foi estimado em 34 m.
a) Potencial petrolífero.
Poço: Cegonha-1
Reservatório: Catumbela
Idade: Albiano
Reserva estimada: 135 MMBOIIP, com uma densidade de 17.8º API.
Net-pay: 106m.
Poço: Pardal-1
Reservatório: Catumbela
Idade: Albiano
Reserva estimada: 9 a 12 MMBOIIP
b) Sistema petrolífero
Rocha-mãe: A maior parte do óleo visto até a data parece ser derivada da secção
synrift equivalente à Bucomazi, que contém predominantemente argilas de origem
lacustre, calcários e algumas vezes intercaladas de arenitos nos grabens mais próximos
ou em cima dos altos do embalamento.
Selo: O Sal Loeme, forma um topo regional para a secção synrift e geralmente
previne a migração vertical dos hidrocarbonetos gerados na secção synrift de atingir a
secção pós salífera quando se encontra bem desenvolvida.
Reservatórios: Catumbela, Mucanzo e Tuenza.
Catumbela
Fácies litológicas: Calcário
Ambiente de deposição: Lagunar
Porosidade: 10 a 19%
Qualidade: Varia entre pobre a boa
Espessura: 135m
Mucanzo
Fáceis litológicas: Arenitos com intercalações de argila e calcário
Ambiente de deposição:
Porosidade: 17 a 28%
Qualidade: Varia entre pobre a boa
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Tuenza
Fáceis litológicas: Calcário dolomítico
Ambiente de deposição: Lagunar
Porosidade: 11 a 16%
Qualidade: pobre
c) Principais Riscos:
Os principais riscos no Bloco 6 foram relacionados à migração do sub-sal e, a
presença de suficientes janelas de sal adjacentes que permitiram que as regiões de óleo
geradas no sub-sal remigrassem através dessas janelas até às grandes armadilhasdo
Albiano.
Benfica
Bengo
Cacuaco
Galinda
Legua
Quenguela do Norte
Tobias
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3. Conclusão
A bacia do Kwanza é uma área terrestre de 25,000 Km2 situada ao redor da foz do
rio Kwanza que é propícia à exploração de hidrocarbonetos.
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4. Bíbliografia
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5. AGRADECIMENTOS
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