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saúde

Londres, 20 nov (EFE).- A África enfrenta a crise de saúde pública mais grave de todo o
mundo, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentado hoje em
Londres, que destaca, no entanto, as medidas tomadas para melhorar a situação.

DOENÇAS CONTAGIOSAS

Na região africana, composta por 46 países habitados, com população total de 738
milhões de pessoas, 72% das mortes se devem a doenças contagiosas, como aids,
tuberculose, malária, infecções respiratórias e complicações durante a gravidez e o parto,
contra 27% das demais causas.

aids

A região africana concentra 60% das pessoas que vivem com o Vírus de Imunodeficiência
Humana (HIV) no mundo todo, embora abrigue apenas 11% da população mundial.

O número de pessoas submetidas a tratamentos com anti-retrovirais se multiplicou por oito


entre os anos de 2003 e 2005. Em dezembro de 2003, eram 100 mil, e dois anos depois,
810 mil.

MALÁRIA

A malária é endêmica em 42 dos 46 países da região, onde são registrados mais de 90%
dos cerca de 400 milhões de casos clínicos que ocorrem anualmente no mundo.

Trinta e três países adotaram uma combinação de tratamentos baseada em Artemisinin,


medicamento mais eficaz contra a malária.

TUBERCULOSE

A cada ano são registrados cerca de 2,4 milhões de casos de tuberculose na região
africana - 24% de todos os casos notificados no mundo - e meio milhão de mortes por
essa doença.

A tuberculose foi declarada uma emergência para a saúde pública na região africana em
2005.

DOENÇAS TROPICAIS

A oncocercose, ou "cegueira de rio", foi erradicada; os esforços para controlar a


dracunculíase, ou "verme da Guiné", tiveram como conseqüência uma redução de 97%
dos casos desde 1986; e a hanseníase está próxima da erradicação.

DOENÇAS INFANTIS EVITÁVEIS

A região está próxima da erradicação da pólio, enquanto as mortes por sarampo


diminuíram em mais de 50% desde 1999.

Em 2005, 75 milhões de crianças receberam vacinas contra sarampo, e 37 dos países da


região vacinavam 60% ou mais de sua população infantil contra essa doença.

TAXAS DE MORTALIDADE MATERNA E DE RECÉM-NASCIDOS


Dos vinte países com maiores taxas de mortalidade materna, dezenove estão na África.
Em 2002, cerca de 231 mil mulheres morreram na região devido a complicações durante a
gravidez ou o parto.

A taxa de mortalidade de recém-nascidos da região africana é a mais alta do mundo.


Estima-se que 43 de cada mil bebês nascidos em 2005 morreram durante seus primeiros
vinte e oito dias de vida.

MORTALIDADE INFANTIL

A mortalidade infantil está aumentando na região. Se em 1960 registrava-se nesses países


14% de todas as mortes de crianças menores de cinco anos ocorridas no mundo todo,
essa porcentagem aumentou para 23% em 1980, e para 43% em 2003.

DOENÇAS NÃO CONTAGIOSAS

As doenças não contagiosas, como a hipertensão, as complicações cardíacas, o diabetes


e as lesões, respondiam por 27% do total de doenças na região em 2001, e estão
aumentando.

ACIDENTES DE TRÂNSITO

Os acidentes de trânsito são um grave problema para os países da região. Anualmente,


esse tipo de ocorrência causa despesas de US$ 101 milhões à economia de Uganda,
equivalentes a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1356837-5602,00-
SITUACAO+DA+SAUDE+NA+AFRICA+EM+NUMEROS.html
Segundo relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde na última terça-feira, 21, a
África continua sendo o continente com mais problemas em saúde pública no mundo, mesmo
com o aumento de investimentos em tratamentos de doenças contagiosas. Com uma população
de 738 milhões de pessoas, a região africana apresenta alto índice de mortalidade por doenças
contagiosas e por complicações decorrentes do parto, que alcança a marca de 72%.
A Aids ainda é a doença mais alarmante, 60% dos casos da doença no mundo concentram-se no
continente. No entanto, nos últimos três anos o número de pessoas submetidas a tratamentos
com anti-retrovirais aumentou de 100 mil para 810 mil.
A malária também teve seu tratamento incrementado nos últimos anos. 33 países adotaram uma
combinação de tratamento baseada em Arteminsinin, medicamento mais eficaz contra a doença,
mas o continente ainda concentra 90% dos casos clínicos registrados no mundo.
O único avanço expressivo apresentado pela região é a erradicação da pólio e a redução de 50%
dos casos de sarampo, desde 1999. Em 2005, 75 milhões de crianças receberam vacinas contra
sarampo e 37 países apresentaram índice de 60% de vacinação de sua população infantil contra
a doença.

Fonte: https://saudebusiness.com/mercado/africa-apresenta-a-maior-crise-de-saude-publica-
do-mundo/

Educação: 

O número de crianças não escolarizadas é bem mais elevado na áfrica subsaariana, se


comparar com o resto do continente. 
“Cerca de uma criança em cada quatro com idade escolar nunca foi escolarizada ou deixou a
escola sem terminar o programa primário. Portanto, a estagnação observada a nível mundial
deve-se largamente à situação na África Subsahariana onde o número de crianças excluídas da
escola aumentou, passando de 29 milhões, em 2008, para 31 milhões em 2010”, segundo o
relatório e um estudo do Instituto de Estatísticas da UNESCO. 
A agência das Nações Unidas encarregada de promover a educação universal advertiu que a
falta de financiamento adequado está minando os esforços dos países africanos para que 32
milhões de crianças, atualmente fora da escola, voltem às salas de aula. 
“A educação é o mais poderoso antídoto para a pobreza na África”, disse a Diretora-Geral da
UNESCO, Irina Bokova. “Os líderes devem aproveitar esta ocasião para fornecer seu apoio
total, proporcionando às crianças da África uma educação de qualidade”. 
Há vários problemas que tornam a educação na África(Em geral) precária, um desses, em
consequência dos problemas económicos, é que em muitas escolas há falta de água e poucos,
ou nenhum, sanitários. Faltam livros didácticos e os professores têm pouco preparo. Além dos
problemas económicos, existe uma grande incidência de gravidez entre as adolescentes, o que
vem a ser a maior causa de evasão escolar. A Aids também causa um impacto negativo na
frequência à escola. “O aumento de casos de Aids entre os adolescentes se deve a uma vida
sexual activa precoce”, diz o Africa News. Por outro lado, há meninas que não contraíram Aids,
mas que precisam ficar em casa para cuidar de parentes com a doença. O Dr. Edward Fiske,
especialista em educação fundamental para a Unesco, disse: “Sem instrução escolar, o futuro
da maioria dos países subsaarianos está ameaçado.”

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