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Iniciação a Proteção

Petrobras
© SENAI-SP, 2.006
Trabalho editorado pela Escola Antonio Souza Noschese, especificamente para o Curso de Eletricistas, Turma
PETROBRAS

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SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Escola Antonio Souza Noschese
Av. Almirante Saldanha da Gama, 145
Santos – SP
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Telefax (0XX13) 3261-2394
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Desenvolvimento Antonio Carlos S. Pontes da Costa –Técnico de Ensino
Aprovação Aurélio Ribeiro – Instrutor Orientador
E-mail Senai@sp.senai.br
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Sumário

Proteção de Sistemas Elétricos - 5


Introdução - 5
Filosofia de Proteção de um sistema de Energia Elétrica - 5
Aspectos considerados na Proteção - 6
Analise da Proteção - 7
Características gerais dos equipamentos de proteção - 7
Características funcionais do releamento - 8
Características dos Relês - 8
Quanto a Forma Construtiva - 9
Quanto ao Desempenho - 9
Quanto as Grandezas Elétricas - 9
Quanto a Temporização
Quanto a Forma de Acionamento - 9
Atuação do relé de proteção - 10
Relés conforme sua construção – 10
Eletromecânico - 10
Estático - 10
Microprocessados - 10
Ação Direta - 10
Subcorrente Primária - 11
Fluidodinâmico - 11
Numeração dos Relés - 11
relé de sobrecorrente - 12
relés eletro-mecânicos - 12
indução eletromagnética - 13
relé de disco de indução por bobina de sombra - 14
ajuste de tempo do relé de sobrecorrente de tempo inverso - 16
ajuste da corrente de atuação do relé de sobrecorrente de tempo inverso - 19
relé de sobrecorrente temporizado com elemento instantâneo - 20
Tipos de Proteção - Aplicação
Reles de Proteção de Sobrecorrente - 22
Relê Primário - 22
Reles Secundários - 23
Funções de Proteção dos Reles de Sobrecorrente - 24
Relê de Proteção Diferencial - 26
Relê Direcional (67) - 28
Relês de Distância - 30
Relé de Subtensão – Relé de Sobretensão – Relé Multifunção - 32

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Disparador Capacitivo - 37
Redes de Relés -
Fontes e Sites Consultados -

Este material foi desenvolvido para o Curso de Eletricistas, atendendo


especificamente a PETROBRAS, conforme solicitação da Empresa, referente a
atividades que serão desenvolvidas pelos profissionais em suas Unidades.
Por se tratar de conteúdos específicos os módulos descritos no Sumário foram
extraídos da Intranet entre outras fontes pesquisadas na Internet adequando-os
conforme a seqüência de conteúdos.

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Proteção de Sistemas
Elétricos

Introdução
Todo e qualquer sistema elétrico está sujeito a um defeito transitório ou
permanente, apesar das precauções e dos cuidados tomados durante a elaboração do
projeto e a execução das instalações, mesmo seguindo as normas mais severas e as
recomendações existentes. Esses defeitos poderão ser desastrosos ou não
dependendo do sistema de proteção.
Em resumo, os sistemas de proteção podem ser definidos como os sistemas aos quais
estão associados todos os dispositivos necessários para detectar, localizar e comandar
a eliminação de uma condição anormal de operação de um sistema elétrico.
A eficácia de um esquema de proteção é tanto maior quanto melhor forem atendidos os
seguintes princípios:
Filosofia de Proteção de um sistema de Energia Elétrica
Exploração de um sistema de energia elétrica
Em proteção ao intento de garantir economicamente a qualidade do serviço e
assegurar uma vida razoável as instalações, os concessionários dos Sistemas de
Energia Elétrica defrontam-se com as perturbações e anomalias de funcionamento que
afetam as redes elétricas e seus órgãos de controle.
Se admitirmos que, na fixação do equipamento global, já foi considerada a
previsão de crescimento do consumo, três outras preocupações persistem para o
concessionário.
a.) elaboração de programas ótimos de geração
b.) constituição de esquemas de interconexão apropriados;
c.) utilização de um conjunto coerente de proteções
Estes três aspectos devem ser considerados na análise da proteção

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Aspectos considerados na Proteção
Na proteção de um sistema elétrico devem ser examinados três aspectos:
1.) operação normal;
2.) prevenção contra falhas elétricas;
3.) e a limitação dos defeitos devido as falhas

A operação normal presume:


- inexistência de falhas do equipamento
- inexistência contra falhas elétricas
- e inexistência de incidentes ditos “segundo a vontade de Deus”
Sendo pois fútil – se não antieconômico – pensar-se em eliminar por
completo as falhas, segundo as estatísticas que apresentamos,
providências devem ser tomadas no sentido de prevenção e õu limitação
dos efeitos das falhas .
Algumas providências na prevenção contra as faltas são;
- previsão de isolamento adequado
- coordenação de isolamento
- uso de cabos para-raios e baixa resistência de pé de torre
- apropriadas instruções de operação e manutenção, etc.
A limitação dos efeitos das falhas inclui:
- limitação da magnitude da corrente de curto-circuito(reatores);
projeto capaz de suportar os efeitos mecânicos e térmicos das correntes de
defeito
- existência de circuitos múltiplos(duplicata) e geradores de reserva;
existência de releamento e outros dispositivos, bem como disjuntores com
suficiente capacidade de interrrupção;
meios para observar a efetividade da medidas acima (oscilógrafos e
observação humana);
- finalmente freqüentes análises sobre as mudanças no sistema
(crescimento e desdobramento das cargas) com os conseqüentes reajustes
dos relés, reorganização do sistema operativo, etc.
Verifica-se pois que o releamento é apenas uma das várias providências no
sentido de minimizar danos aos equipamentos e interrupções nos serviços,
quando ocorrem falhas elétricas no sistema, justifica-se a ênfase do
presente estudo.

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Analise da Proteção
Basicamente em um sistema de proteção encontram-se os seguintes
tipos de proteção.
- proteção contra incêndio
- proteção pelos relés ou releamento e por fusíveis
- proteção contra descargas atmosféricas e surtos de manobra

Características gerais dos equipamentos de proteção


Há dois princípios gerais a serem obedecidos, em seqüência:
1. Em nenhum caso a proteção deve dar ordens, se não existe defeito na
sua zona de controle (desligamentos intempestivos podem ser piores
que a falha de atuação)
2. Se existe defeito nessa zona, as ordens devem corresponder
exatamente aquilo que se espera, considerada que seja a forma,
intensidade e localização do defeito
Disso resulta que a proteção por meio de relés, ou o releamento tem duas
funções:
a. função principal – que é a de promover uma rápida retirada de
serviço de um elemento do sistema, quando esse sofre um curto
circuito, ou quando ele começa a operar de modo anormal que
possa causar danos ou de outro modo interferir com a correta
operação do resto do sistema.
Nessa função um relé(elemento detector- comparador e analizador)
é auxiliado pelo disjuntor(interruptor) ou então um fusível engloba as
duas funções
b. função secundária – promovendo a indicação de localização e
do tipo do defeito, visando mais rápida reparação e possibilidade
de análise da eficiência e características de mitigação da
proteção adotada.
Dentro dessa idéia geral, os chamados princípios fundamentais do
releamento compreendem
- releamento primário ou de primeira linha
- releamento de retaguarda ou de socorro
- releamento auxiliar

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Características funcionais do releamento
Sensibilidade, seletividade, velocidade e confiabilidade são termos comumente
utilizados para descrever as características funcionais do releamento. Por vezes há
certas contradições na aplicação conjunta desses termos: assim, por exemplo a
velocidade de operação dos relés pode ter que ser controlada devido as razões de
coordenação com a velocidade de operação de outros reles em cascata, etc
 Rapidez de operação- menor dano ao equipamento defeituoso com conseqüente
diminuição do tempo de indisponibilidade e menor custo de reparo;
 Seletividade e coordenação – a área de interrupção deve ficar restrita ao mínimo
necessário para isolar completamente o elemento defeituoso, ou seja, um curto-
circuito em um ponto do sistema não deve afetar outras partes;
 Segurança – a pronta atuação dos esquemas de proteção diminui os efeitos
destrutivos dos curto-circuitos, aumentando a segurança pessoal.
Os sistemas elétricos, de um modo geral, estão freqüentemente sujeitos a
pertubações que podem ser resumidamente agrupadas em:
 Curto-circuitos;
 Sobrecargas;
 Variação do nível de tensão
 Variação do nível de freqüência.

Características dos Relês


Os relês apresentam diversas características que particularizam a sua aplicação
num determinado sistema, de acordo com os requisitos exigidos, essas características
podem ser agrupadas como mostrado a seguir

Quanto a Forma Construtiva


Os reles podem ser fabricados de diversas formas, cada uma delas utilizando
princípios básicos peculiares.
Construtivamente, podem ser classificados como:
 Relês fluidodinâmicos;
 Relês eletromagnéticos;
 Relês eletrodinâmicos
 Relês de indução;
 Relês térmicos;
 Relês eletrônicos ( estado sólido)
 Relês digitais (microprocessados)

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Quanto ao Desempenho
Todo e qualquer elemento de proteção deve merecer garantia de eficiência do
desempenho de suas funções.
Os relês devem apresentar os seguintes requisitos básicos quanto ao seu
desempenho:
 Sensibilidade;
 Rapidez;
 Confiabilidade.

Quanto as Grandezas Elétricas


Basicamente, um relê é sensibilizado pelas grandezas da freqüência, da tensão e
da corrente a que está submetido. Tomando estas referências podemos construir relês
que sejam ajustados para outros parâmetros elétricos da rede, assim sendo, podemos
classificar os relês como:
 Relês de tensão;
 Relês de corrente;
 Relês de freqüência;
 Reles direcionais de potência e corrente;
 Relês de impedância.

Quanto a Temporização
Apesar de se esperar a maior rapidez possível na atuação de um relê, normalmente
pôr questões de seletividade entre os vários elementos de proteção, é necessário
permitir aos relês uma certa temporização para o comando de trip, logo podemos
classificar os reles pelo tempo de atuação:
 Relês instantâneos;
 Relês temporizados com retardo dependente ( tempo inverso);
 Relês temporizados com retardo independente ( tempo definido).

Quanto a Forma de Acionamento


Os relês podem acionar os equipamentos de interrupção de dois diferentes modos,
pelos quais são comumente conhecidos:
 Relês de ação direta;
 Relês de ação indireta ( TC´s , TP´s).

9
Atuação do Relê de Proteção
A finalidade principal do relê é detectar uma anomalia (defeitos) e comandar os
dispositivos de proteção, desligando e isolando a área protegida. Os relês são
ajustados para valores nominais de tensão e corrente, sempre ligado a um
transformador de corrente (TC) ou de tensão (TP). Sua identificação é por numero que
vai de 1 a 100. Os componentes internos do relê são: Elementos sensíveis, que
percebe a grandeza a ser controlada. Elemento de comparação, que compara a
grandeza controlada, com o valor de ajuste. Elemento de comando, que executa os
comandos, ex. desarme do disjuntor, sinalização, etc.

Relés conforme sua construção:

Eletromecânico

 Robustez;
 Simplicidade construtiva para funções simples;
 Durabilidade (40 a 50 anos);
 Baixo custo de aquisição;
 Impossibilidade de autodiagnóstico;
 Alto custo de manutenção;
 Dificuldade construtiva para funções mais complexas.

Estático

 Bons recursos para funções mais complexas;


 Baixo tempo de operação e rearme;
 Baixo custo de manutenção;
 Maior fragilidade ao meio ambiente;
 Ausência de autodiagnóstico;
 Maior custo de aquisição.

Microprocessados

 Baixo custo de manutenção;


 Autodiagnóstico;
 Bom desempenho global;
 Recursos para otimização, interface e serial/paralelo;
 Menor dimensão;
 Maior fragilidade.

Ação direta

 Robustez;
 Simplicidade construtiva para funções simples;
 Baixo custo de aquisição;
 Impossibilidade de autodiagnóstico;
 Alto custo de manutenção.

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a.) Subcorrente Primária

Seu principio de funcionamento acontece em função de um campo eletromagnético


criado pela corrente que circula na bobina localizada no pólo do disjuntor.
Quando circula uma corrente alta pela bobina haverá atração do núcleo com
intensidade suficiente para movimentar o mecanismo de desligar o disjuntor

b.) Fluidodinâmico (Relé de ação direta com retardo a liquida)

 Robustez;
 Simplicidade construtiva para funções simples;
 Baixo custo de aquisição;
 Impossibilidade de autodiagnóstico;
 Alto custo de manutenção;
 Dificuldade construtiva para funções mais complexas;
 Baixa exatidão.

Sua atuação é idêntica ao rele ao lado,


(Sobrecorrente Primário)
usando fluido ou liquido para retardo
em função do pico de corrente no
momento de ligar o disjuntor

Quanto à classificação e tempo de atuação, são instantâneos quando circula uma


corrente suficiente na bobina, e seus contatos fecham rapidamente e automaticamente.
Temporizado, neste o fechamento dos contatos é feito através do sistema indutivo que
aciona um relógio ou um disco, fazendo girar e fechando os contatos (quando
eletromecânico). Nos relés microprocessados a contagem do tempo é feita por meio de
um timer.

Numeração dos Relés

 50 - Relé de sobrecorrente instantâneo. Opera instantaneamente para uma


corrente acima de um valor predeterminado;
 51 - Relé de sobrecorrente temporizado em circuito de CA. Opera com uma
característica de tempo definida ou uma característica de tempo inverso,
quando a corrente ultrapassa o pré-fixado em circuito de corrente alternada;
 27 - Relé de Subtensão. Opera para um dado valor de tensão abaixo daquele
predeterminado;
 59 - Rele de sobre tensão. Opera para um dado valor de tensão acima
daquela predeterminada.

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 49 - Relé térmico para máquina ou transformador. Opera quando a
temperatura excede um valor pré-determinado;
 26 - Relé térmico. Opera para um dado valor de temperatura acima daquele
predeterminado.
 63 - Relé de pressão de líquido, gás ou vácuo. Opera para um dado valor de
pressão de liquido ou gás, ou para uma dada taxa de variação destes valores.
Exemplo Relé Buchholz.
 71 - Relé de nível de gás ou líquido. Opera para determinados valores de
nível de gás ou liquido ou para taxa de variação destes valores.
 86 - Relé de bloqueio de religamento. Opera eletricamente, com rearme
manual ou elétrico, de modo a desligar e bloquear um equipamento no caso de
ocorrência de condições anormais.
 87 - Relé diferencial. Opera em função das diferenças provenientes do
desequilíbrio existente entre duas ou mais corrente ou outras grandezas
elétricas quaisquer, medidas nos pontos extremos da área protegida.
 83 - Relé de controle seletivo / transferência automática. Opera para
selecionar automaticamente certas fontes e condições de em um equipamento
ou ainda para realizar automaticamente uma operação de transferência.
 59 - Relê de Sobre Tensão Opera para um dado valor de tensão acima
daquele Predeterminado
79 - Rele de religamento automático. Opera para religar automaticamente um
circuito

Relé de Sobrecorrente
Como o próprio nome já indica, são todos os relés que atuam para uma
corrente maiorque a do seu ajuste.
Relés são dispositivos que vigiam o sistema, comparando sempre os parâmetros do
sistema com o seu pré-ajuste.
Ocorrendo uma anomalia no sistema, de modo que o parâmetro sensível do relé
ultrapasse o seu ajuste, o mesmo atua.
Por exemplo, no caso de re1é de sobrecorrente, quando a corrente de curto-circuito
ultrapassa a corrente de ajuste do sensor do relé, o mesmo atua instantaneamente ou
temporizado, conforme a necessidade.

Relés Eletromecânicos
Os relés eletro-mecânicos são os relés tradicionais, os pioneiros da proteção,
elaborados, projetados, projetados e construídos com predominância dos movimentos
mecânicos provenientes dos acoplamentos elétricos e magnéticos.
Os movimentos mecânicos acionam o relé, fechando os contatos correspondentes. Em
relação ao princípio básico do funcionamento, atua de dois modos:
• Atração eletromagnética
• Indução eletromagnética
A analise será realizada apenas no relé de Indução eletromagnética.

12
Indução Eletromagnética
Relés de indução eletromagnética ou relé motorizado, funciona utilizando o
mesmo principio de um motor elétrico, onde um rotor (tambor ou disco) gira. O giro do
rotor produz o fechamento do contato NA do relé, que ativa o circuito ou mecanismo
que provoca a abertura do disjuntor. Ou seja, é baseado sobre a ação exercidas por
campos magnéticos alternativos (circuito indutor fixo) sobre as correntes induzidas por
esses campos em um condutor móvel constituído por um disco. Ver Fig. 4.1.
Há vários tipos de relés que utilizam a interação eletromagnética dos dois fluxos,
produzindo um torque que provoca o giro do rotor. Estes relés são:
• Relé de disco de indução por bobina de sombra;
• Relé tipo medidor de kWh;
• Relé tipo cilindro de indução;
• Relé tipo duplo laço de indução;
• etc...
Internamente os relés deste tipo têm o mesmo principio de funcionamento. Por este
motivo, apenas o primeiro relé da relação anterior será analisado com mais
profundidade no item a seguir.

Relé de Disco de Indução e Bobina de Sombra


A ligação deste relé está apresentado na Fig. 4.1 e Fig. 4.2.

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O desenho da Fig. 4.1 foi colocado nesta posição para melhorar a distribuição dos
fluxos na região dentada, exatamente onde está a bobina de sombra (anel curto-
circuitado), mas na realidade o núcleo magnético do relé esta a 90° em relação ao
desenho. A Fig. 4.2 mostra claramente a posição do núcleo magnético em relação ao
disco (rotor).
Cada corrente de curto-circuito produz um torque, e como, a distância entre o
contato fixo e móvel para uma regulagem é fixa, pode-se traduzir uma equação
simbólica do relé, que pode ser dada por:

Onde:
K = Constante que depende da cada posição da alavanca entre os contatos
fixo e móvel do relé.

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A alavanca de tempo é mostrada na Fig. 4.5(a).

Para uma posição da alavanca de tempo, a expressão (4.13) produz no gráfico tempo x
corrente, uma curva com característica inversa. Veja Fig. 4.5(b).
A cada posição da alavanca de tempo, corresponde uma expressão (4.13), onde
apenas muda o valor de K.
O traçado de diversas curvas de tempo x corrente do re1é, pode ser visto na Fig. 4.6.
Na abscissa é colocado o múltiplo(M) em vez da própria corrente de curto-circuito.
Note que o re1é de indução apresentado na Fig. 4.1 e Fig. 4.2 é energizado através de
uma só bobina magnetizante e por isso ele tem uma só grandeza de atuação. Neste
caso ele não é direcional. Isto, também pode ser visto pela expressão (4.12), onde o
torque motor (τ) depende do modulo da corrente, de curto-circuito, e, portanto não é
adequado para proteger um sistema e1étrico em anel.
Este relé ICM2 é largamente usado em sistema radial, ou em tronco radial proveniente
de um sistema radial.
Mesmo assim, ele pode ser utilizado para proteger um sistema em anel, desde que
seja aplicado e monitorado por um relé direcional.

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CURVA - CORRENTE X TEMPO Relé ICM2

Ajuste de corrente de atuação do relé de sobrecorrente de tempo inverso


Neste tipo de relé, não se escolhe o tempo de atuação, mas sim a sua curva de
atuação.
Esta curva fisicamente é escolhida, dependendo das características e condições da
coordenação dos re1és presentes na proteção na qual estão inter-relacionados.
A coordenação depende de uma cadeia (escada) de tempos diferentes para a mesma

16
corrente de curto-circuito. Isto garante urna seqüência de seletividade na abertura dos
disjuntores, sempre objetivando a eliminar o defeito, deixando sem energia o menor
número de consumidores.
Por exemplo, no relé eletromecânico, as diferentes curvas apresentada na Fig. 4.6, são
relativas a diferentes posições que dão os distanciamentos dos contatos fixos e móvel,
conforme mostra a Fig. 4.5.
Os fabricantes demarcam as curvas de atuação dos relés em percentagem ou na base
10.
Assim as curvas podem ser:
Curva: 0,5 - 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 ou
Curva: 5%, 10%, 20%, 30%, 40%, 50%, 60%, 70%, 80%, 90%, 100%.

Note que todas as curvas são referenciadas a curva de 100%, sendo que as outras
curvas
tem o seu tempo referido ao da curva de 100%. Ou seja, para um respectivo curto-
circuito, o tempo de atuação, do re1é corresponde a percentagem em relação ao
tempo da curva 100%.
Para melhor compreensão, para um curto-circuito cujo múltiplo é 3,1, no relé da Fig.
4.6, teremos os seguintes tempos de atuação:

Múltiplo 3,1 tempo curva 100% = 6s


Mú1tiplo 3,1 tempo curva 50% = 3s
Mú1tiplo 3,1 tempo curva 10% = 0,6s

O tempo de atuação do re1é na curva 10%, é de 0,6s que corresponde a 10% do


tempo da curva 100%.
As curvas inversas da Fig. 4.5 e Fig. 4.9 dos relés são dadas a partir de
Múltiplos de 1,5 que corresponde a um torque do relé 50% superior ao torque
para o do limiar de operação.
A Fig. 4.7, mostra as zonas especificas de operação do re1é, correspondente a sua
corrente elétrica.

17
Múltiplo igual a 1 (M=1):
Corresponde a uma corrente de operação exatamente igual a corrente do seu Tap.
Portanto, nesta situação, o relé está no seu limiar de operação.
Múltiplo entre 1 e 1,5 (1<M<1,5):
O relé opera com um pequeno torque, não produzindo um bom desempenho no
fechamento do seu contato e não garantindo eficiência na atuação da proteção.
Portanto, não se tem repetitividade na curva de tempo de atuação, impossibilitando a
sua confiança na coordenação. Estes problemas são decorrentes dos efeitos de:

 Atrito nos mancais da rotação do disco;


 Elasticidade não repetitiva e não perfeita da ação da mola de retenção;
 Efeito da temperatura, que produz dilatação diferenciada nos diversos
componentes
do relé;
 Pressão atmosférica, que muda a densidade do ar que envolve o relé;
 Umidade do ar, provocando, maior aceleração na corrosão dos metais usados no
relé;
 Corrosão nos elementos metálicos do relé;
 Envelhecimento dos elementos.

Múltiplo maior que 1,5 (M>1,5):


O fabricante garante que o tempo de atuação ocorre sobre a curva ajustada. Para
evitar que o relé atue entre os múltiplos 1 e 1,5, deve-se ajustar o relé para que atue
satisfazendo a inequação:

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O re1é de sobrecorrente de tempo inverso pode ter diferentes inclinações nas suas
curvas. As inclinações mais conhecidas estão na Fig. 4.8.

AJUSTE DA CORRENTE DE ATUAÇÃO DO RELÉ DE SOBRECORRENTE DE


TEMPO INVERSO
O ajuste da corrente de atuação é feito escolhendo o Tap sobre a bobina
magnetizante do relé. No Tap correspondente, o relé fica no seu limiar de
operação, desta forma a corrente de atuação do relé corresponde ao seu Tap.
O ajuste da corrente de atuação do relé corresponde ao seu TAP é novamente
mostrado na Fig. 4.10.

19
RELÉ DE SOBRECORRENTE TEMPORIZADO COM ELEMENTO INSTANTÂNEO
É um relé de sobrecorrente temporizado que incorpora no seu circuito uma unidade
instantânea.
Este relé é conhecido pelo numero 50/51.
No caso do relé eletromecânico, no circuito magnético, por exemplo, é incorporada
uma alavanca (charneira, armadura, braço) para a atuação do elemento instantâneo.
Ver Fig. 4.11.

Na Fig. 4.11 é apresentado um relé de sobrecorrente eletromecânico de disco de


indução, cuja unidade instantânea é constituída pela alavanca.
No eixo do disco de indução do relé há um contato móvel (Fig. 4.5), cujo contato fixo
20
está em paralelo com o contato fixo da unidade instantânea.
Qualquer fechamento destes contatos corresponde a atuação do relé, que provoca a
ativação do dispositivo de abertura do disjuntor.
O ajuste da corrente de atuação é exatamente como está explicado anteriormente.
Já o ajuste de corrente da unidade instantânea é feito para uma corrente maior.
Em relação ao esquema apresentado na Fig. 4.11, o ajuste do instantâneo é feito em
relação ao Tap escolhido do relé correspondente a sua unidade temporizada.

Portanto o desempenho da atuação do relé 50/51, em função do Tempo x Múltiplo é


mostrado na Fig. 4.12.

Dependendo do fabricante, muitos relés tem o ajuste do elemento instantâneo de modo


contínuo.
Note que dependendo da corrente de curto-circuito, atuará a unidade 50 ou 51 do relé.
Isto é:
Atuará a unidade temporizada 51 relativo a sua curva de tempo se:

Neste caso, a corrente de curto (ICC) produz um campo magnético dentro do circuito
magnético que se bifurca parte pelo braço magnético contendo o disco de indução e
parte através do entreferro, da alavanca da unidade instantânea. Este fluxo produz um
torque suficiente para fazer o disco girar, enquanto que a força eletromagnética de
atração é insuficiente para atrair a alavanca, não operando assim a unidade
instantânea.

b) Atuará a unidade instantânea 50 se:


21
Quando a corrente de curto circuito for maior que a corrente do ajuste instantâneo,
fluxo magnético dentro do circuito magnético é suficiente para atrair a alavanca,
fechando o contato da unidade instantânea antes do fechamento do contato da
unidade temporizada.
Como a unidade instantânea não é temporizada, e para evitar atuações de outros
relés, o seu ajuste deve ser de tal maneira que não alcance os outros relés a jusante.

22
Tipos de Proteção
Reles de Proteção de Sobrecorrente
Os Reles de Proteção de Sobrecorrente aplicáveis em cabinas primárias podem ser
divididos em dois grupos: Os do tipo Primário (utilização dos TC´s incorporados no
próprio relê) e os do tipo secundário ou indiretos ( utilização dos TC´s montados
independentes dos Reles).

Relê Primário
Este tipo de relê é normalmente utilizado em subestações de consumidor de pequeno
e médio portes ( 3.000KVA), Nesses relês, a corrente de carga age diretamente sobre
a bobina de acionamento, cujo deslocamento do embolo, imerso no campo maqnético
formado pôr essa corrente, faz movimentar o mecanismo de acionamento do disjuntor.

Os reles primários utilizados são divididos em dois grupos dependentes de suas


características construtivas, os do tipo fluidodinâmicos e os estáticos( eletrônicos).

Reles Secundários
São os reles cuja informação de corrente e envianda via TC´s de proteção montados
independentemente dos mesmos, e na maioria das vezes utilizam de uma fonte
auxiliar de tensão para o acionamento do sistema de desligamento do disjuntor e
alimentação do mesmo.

23
São utilizados em instalações onde necessitem de maior confiabilidade do sistema de
proteção, pois apresentam um excelente desempenho funcional e de operações,
comparando-os aos reles de ação direta ( primários).
São empregados basicamente, quanto aos aspectos construtivos dois tipos de reles
secundários: os eletromecânicos e os microprocessados, conforme as figuras a seguir:

24
Funções de Proteção dos Reles de Sobrecorrente
Os Reles de Proteção de Sobrecorrente tem basicamente as seguintes funções de
proteção.

Temporizada( 51): tem como função o desligamento do disjuntor dependente da


intensidade de corrente de sobrecarga e do tempo de duração da mesma, conforme podemos
verificar na curva característica mostrada a seguir .

Instantânea (50) tem como função o desligamento do disjuntor instantaneamente


sendo, sensibilizado pela intensidade de corrente de curto-circuito do circuito. O tempo
de atuação bem como o valor de sensibilização de corrente podem ser ajustados,
dependendentemente do circuito a ser protegido e características do sistema de
proteção.

25
Características de Tempo x Corrente de Reles Microprocessados

26
Relê de Proteção Diferencial
Usualmente utilizamos reles diferenciais percentuais de corrente na proteção de
transformadores de capacidade igual ou superior a 2,5MVA, sendo utilizada também
este tipo de proteção em barramentos, geradores e motores.
Podemos observar conforme diagrama acima que a zona de proteção é compreendida
entre os transformadores de corrente.

Condição de Disparo:
I1 - I2 > I ajuste
Característica do relê diferencial percentual
Esquema de um transformador monofásico, com conexão de relê de proteção
diferencial.
O esquema mostra também a conexão de transformadores de corrente (Cs) acoplados
aos ramos primário e secundário. N1:N2 é a relação de transformação entre o primário
e o secundário do transformador, e 1:n1 e 1:n2 são as relações de transformação
entre os ramos e os TC's.

Proteção Diferencial - ANSI 87:

27
O relé diferencial 87 pode ser de diversas maneiras:
87 T - diferencial de transformador (pode ter 2 ou 3 enrolamentos)
87G - diferencial de geradores;
87GT - proteção diferencial do grupo gerador-transformador
87 B - diferencial de barras. Pode ser de alta, média ou baixa impedância.
Pode-se encontrar em circuitos industriais elementos de sobrecorrente ligados
num esquema diferencial, onde os TC´s de fases são somados e ligados ao
relé de sobrecorrente.
Também encontra-se um esquema de seletividade lógica para realizar a função
diferencial de barras.
87M - diferencial de motores - Neste caso pode ser do tipo percentual ou do
tipo autobalanceado.
O percentual utiliza um circuito diferencial através de 3 TC´s de fases e 3
TC´s no neutro do motor.
O tipo autobalanceado utiliza um jogo de 3 TC´s nos terminais do motor,
conectados de forma à obter a somatória das correntes de cada fase e neutro.
Na realidade, trata-se de um elemento de sobrecorrente, onde o esquema é
diferencial e não o relé.

28
Relê Direcional (67)
As redes de distribuição e as linhas de transmissão radiais são normalmente
protegidas pôr relês de sobrecorrente temporizados. Porém, quando esses
sistemas são alimentados pelas duas extremidades, ou apresentam
configuração em anel , há necessidade de implementar relês de sobrecorrente
temporizados incorporados e elementos direcionais, isto é, que são
sensibilizados ou não pelo sentido em que flui a corrente ( relês direcionais de
corrente) ou a potência( relês direcionais de potência).
Podemos observar para que haja a direcionalidade que devemos ter informação
de tensão e de corrente.

Na proteção direcional existem praticamente três tipos de ligações


convencional quando são utilizados relês direcionais polarizados pôr tensão
– corrente. Cada uma dessas ligações corresponde a um relê direcional
específico, com ângulo máximo de torque diferente. Nos relês digitais,
pode-se ajustar o ângulo conforme a necessidade do projeto.

29
a) Conexão 30º
A corrente de operação Ia está adiantada da tensão de polarização Vac de
um ângulo de 30º elétricos.

b) Conexão 60º
A corrente de operação Ia está adiantada da tensão de polarização Vbc +
Vac de um ângulo de 60º elétricos.

30
c) Conexão 90º
A corrente de operação Ia está adiantada da tensão de polarização Vbc de
um ângulo de 90º elétricos.

Relês de Distância
O valor da corrente de curto-circuito em linhas de transmissão, varia de
acordo com a impedância medida desde a fonte até o ponto de defeito.
Observamos assim a dificuldade do emprego da proteção pôr sobrecorrente
temporizada, pois uma falta ocorrida no final da linha provocaria uma corrente
de falta no começo da linha bem menor do que se ocorresse no começo da
linha, havendo assim no primeiro caso um tempo de atuação bem maior que
no segundo caso, tempo o qual pode ocasionar graves conseqüências aos
sistema.
Em função disto, devemos empregar reles de distância, cuja atuação é
proporcional à distância entre o ponto de instalação do relê e o ponto de defeito.
Outra forma de entendermos o funcionamento do relê é que o mesmo relaciona
a tensão de entrada com a corrente de entrada, resultando na expressão V/I.
Sabe-se também, que numa linha de transmissão a impedância Z é diretamente
proporcional à distância entre o ponto de falta e o ponto de instalação do relê,
origem do nome do relê.
Existem na realidade, vários relês baseados neste princípio, a saber:
 Relê de impedância (OHM);
 Relê de reatância;
 Relê de admitância (MHO).
A aplicação de um ou outro relê está condicionado à característica do sistema
no qual irá operar, ou seja:
 Relê de impedância: indicado à proteção de linhas de transmissão de
comprimento médio para o seu nível de tensão. No caso de uma linha de
transmissão de 230KV, pode-se considerar como média aquela de comprimento
próximo a 200 Km.

31
 Relê de reatância: indicado à proteção de linhas curtas para o seu nível de tensão,
foi desenvolvido para reduzir o efeito do arco, durante a ocorrência de um defeito.
 Relê de admitância: indicado à proteção de linhas longas para o seu nível de
tensão.

O entendimento do funcionamento do relê de distância será mais bem


entendido a partir do exemplo a seguir:
O sistema elétrico é constituído de duas linhas de transmissão (L1 e L3),
protegidas por relês de distância R1,R2,R3 e R4 associados aos seus
respectivos disjuntores. Para defeito no ponto P da Linha L3 temos as seguintes
considerações:
 No momento do defeito a tensão no ponto P é nula.
 As correntes I1 e I2 em L1 e L3 podem ser consideradas constantes ao
longo das linhas.
 A tensão cresce a partir do ponto P na direção das fontes G1 e G2.

. A impedância cresce a partir do ponto P na direção das fontes G1 e G2

A seqüência da atuação da proteção ocorrido defeito em P deverá ser a


seguinte:
 O relê R3 deverá operar primeiramente, pois a impedância vista por ele é
menor que a vista por outros relês.
 Em seguida opera o relê R4, obedecendo o valor da impedância.

32
 O relê R1 é considerado relê de Segunda contingência, pois na
inoperabilidade do Conjunto relê R3 + disjuntor, o mesmo operaria.
 Os relês R2 e R3 vêem a impedância de defeito com praticamente o
mesmo valor, assim sendo para os mesmos sejam coordenados eles
devem ser providos de unidades direcionais.

Relé de Subtensão – Relé de Sobretensão – Relé Multifunção –


Redes de Relés
Atualmente os relés incorporam inumeras funções em um mesmo invólucro.
Desta forma apresentamos relés multifunção da PEXTRON que apresentam
estas funções. Normalmente a especificação para ajuste de subtensão é de –
7% do valor da tensão nominal e + 5% para ajuste de sobretensão. Os relés
multifunção tendem a proteção a se tornar monitorada. No passado os relés
eram volumosos, limitados na atuação de apenas uma função, e de difíceis
ajustes. Os relés multifunção, podem ser conectados a Redes através de
conexões RS 232 e RS485 (ModBus). As vantagens são inúmeras
- facil parametrização, através de software e envio de
informações ao relé
- dimensões reduzidas
- varias proteções incorporadas no mesmo invólucro
- monitoramento de dados constantemente, acompanhamento de
falhas
- conexão em rede
- fácil aferição
- envio de dados em forma de relatório
- acessível através de terminais
- outras funções
A proteção de sistemas elétricos em Concessionárias de Energia Elétrica,
atualmente é monitorada através de redes, isto quer dizer que Sistema de
Potência, Proteção incorporam tecnologias que tornam os sistemas mais
eficientes, seguros. O mundo se modernizou e Sistemas de Potência devem
acompanhar a velocidade destas mudanças, caso isto não ocorresse
viveríamos hoje em dia o caos. Alguns sistemas de proteção em antigas
unidades, ainda utilizam os sistemas tradicionais, que apesar de confiáveis
são limitados, mas atendem as exigências de consumidores que não
necessitam ainda incorporar ao seu sistema elétrico sofisticação.
A seguir apresentamos uma série de relés com múltiplas funções que podem
ser integrados aos sistemas de proteção.

33
RELÉS MULTIFUNÇÃO
URP 1439 Funções ANSI:
Multifunção 50/50N instantânea de fase e neutro
de 51/51N temporizado de fase e neutro
sobrecorrente 51GS temporizado de "GS"
e sub/ 27 subtensão de fases
sobretensão 59 sobretensão de fases
com fonte 47 seqüência de fases
capacitiva 48 seqüência incompleta
27-0 subtensão alimentação auxiliar

Características Técnicas:
- Fonte capacitiva incorporada
- Sobrecorrente trifásica de N ou GS
Solicitar
Dimensões:
- Sub e sobretensão trifásica
Manual de Largura: 75mm
- Falta e inversão de fases
Operação Altura: 144mm
- Programação simples
Profundidade: 230mm
- Curvas padrão pré-ajustadas: NI - MI -
EI - LONG - IT - I2T
- Amperímetro + voltímetro com
multiplicador
- Registro de Imax, Vmin e Vmax
- Funções lógicas e de bloqueio
- Auto-check
- Comunicação serial RS 485 -
"modbus®"
- Comunicação serial RS 232 frontal

Faixa
Padrão de
nominal da Auto-
comunicação Código de Encomenda
alimentação check
nos bornes
auxiliar

72…250Vca/Vcc RS 485 NA URP 1439 72…250Vca/Vcc RS 485 NA

72…250Vca/Vcc RS 485 NF URP 1439 72…250Vca/Vcc RS 485 NF

20…80Vca/Vcc RS 485 NA URP 1439 20…80Vca/Vcc RS 485 NA

20…80Vca/Vcc RS 485 NF URP 1439 20…80Vca/Vcc RS 485 NF

72…250Vca/Vcc RS 232 NA URP 1439 72…250Vca/Vcc RS 232 NA

72…250Vca/Vcc RS 232 NF URP 1439 72…250Vca/Vcc RS 232 NF

20…80Vca/Vcc RS 232 NA URP 1439 20…80Vca/Vcc RS 232 NA

20…80Vca/Vcc RS 232 NF URP 1439 20…80Vca/Vcc RS 232 NF

34
URP 1439T Funções ANSI:
Relé de 27 relé de subtensão .
proteção 27-0 relé de subtensão para supervisão
multifunção da alimentação auxiliar.
de 47 relé de sequência de fase de tensão.
sobrecorrente 50 relé de sobrecorrente instantâneo de
e sub/ fase.
sobretensão 50 relé de sobrecorrente instantâneo de
com fonte neutro.
capacitiva e 51 relé de sobrecorrente temporizado de
trip fase.
capacitivo 51N_GS relé de sobrecorrente
incorporado temporizado de neutro ou sensor de
Solicitar terra ( GS ). Dimensões:
Manual de 59 Relé de sobretensão.
Operação
Largura: 75mm
86 Relé de bloqueio. Altura: 144mm
Características Técnicas: Profundidade: 230mm
-
relé de sobrecorrente trifásico + relé
de sobrecorrente de neutro ou GS (50
/ 50N / 51 / 51N-GS).
- relé de sobretensão trifásico (59 e
subtensão trifásico (27).
- relé de subtensão para supervisão da
alimentação auxiliar (27-0).
- relé de bloqueio (86).
- curvas padronizadas pré-ajustadas :
NI–MI–EI–LONG–IT–I2T.
- fonte capacitiva incorporada para
atuação direta na bobina de abertura
(BA) do disjuntor com rotina de teste
do banco capacitivo e proteção contra
curto circuito com termistor do tipo
PTC (coeficiente positivo de
temperatura).
Rotina de teste e proteção com
indicação frontal.
-
lógica de partida de carga fria (cold
load pick-up) para coordenação com
inrush de transformadores à seco.
- bloqueio 50 através de entrada lógica.
-
bloqueio da função 27 através da
entrada lógica e estado do disjuntor.
- indicação do estado do disjuntor :
fechado (led vermelho) e aberto (led
verde).
- memória não volátil das bandeirolas.
-
tecla de reset com dupla função:
1 - verificação de registros e
programação.
2 – rearme da função 86.

tecla de teste para acionamento da


rotina de teste da saída de trip
capacitivo para disjuntor.
programação simples.
comunicação serial RS485 com
protocolo MODBUSâRTU nos bornes
traseiros para conexão em rede de
comunicação.
comunicação serial RS232 com
protocolo MODBUSâRTU com conector
mini-din frontal para conexão direta

35
com computador , laptop ou notebook.
1 saída relé de contato reversíveis para
comando de TRIP.
1 saída com fonte capacitiva para
conexão direta com a bobina de
abertura do disjuntor ( BA ) ,
proporcionando redução sensível de
fiação da instalação elétrica do
esquema de proteção e aumento de
confiabilidade.
direcionamento dos eventos de
comando de TRIP das unidades de
tensão para a saída RELÉ ou a saída
com fonte capacitiva BA .
saída de auto-check.

Faixa
Padrão de
nominal da Auto-
comunicação Código de Encomenda
alimentação check
nos bornes
auxiliar

72...250 Vca/Vcc RS 485 NA URP 1439T 72…250Vca/Vcc RS 485 NA

72…250Vca/Vcc RS 485 NF URP 1439T 72…250Vca/Vcc RS 485 NF

20…80Vca/Vcc RS 485 NA URP 1439T 20…80Vca/Vcc RS 485 NA

20…80Vca/Vcc RS 485 NF URP 1439T 20…80Vca/Vcc RS 485 NF

URP 1439T 72…250Vca/Vcc RS 232


72…250Vca/Vcc RS 232 NA
NA

72…250Vca/Vcc RS 232 NF URP 1439T 72…250Vca/Vcc RS 232 NF

20…80Vca/Vcc RS 232 NA URP 1439T 20…80Vca/Vcc RS 232 NA

20…80Vca/Vcc RS 232 NF URP 1439T 20…80Vca/Vcc RS 232 NF

URPE 7104 Funções ANSI:


Multifunção 50 instantânea de fase
de 50N instantânea de neutro
sobrecorrente 51 temporizado de fase
com fonte 51N temporizado de neutro
capacitiva 51GS temporizado de "GS"

Características Técnicas:
- Fonte capacitiva incorporada
- Sobrecorrente trifásica
- Sobrecorrente de neutro + GS
- Programação simples Dimensões:
- Curvas padrão pré-ajustadas: NI - MI - Largura:
Solicitar EI - LONG - IT - I2T Altura:
Manual de - Amperímetro com multiplicador Profundidade:
Operação - Registro de corrente máxima
- Funções lógicas e de bloqueio
- Auto-check
- Comunicação serial RS 485 -
"modbus®"

Alimentação
Entrada de Medição
Auxiliar
Código de Encomenda
Corrente
Faixa Freqüência
Nominal

36
72…250
5A 60Hz URPE 7104 - 5A - 60Hz - 72…250Vca/Vcc
Vca/Vcc
72…250
5A 50Hz URPE 7104 - 5A - 50Hz - 72…250Vca/Vcc
Vca/Vcc
20…80
5A 60Hz URPE 7104 - 5A - 60Hz - 20…80Vca/Vcc
Vca/Vcc
20…80
5A 50Hz URPE 7104 - 5A - 50Hz - 20…80Vca/Vcc
Vca/Vcc

URPE 6104 Funções ANSI:


Multifunção 50 instantânea de fase
de 50N instantânea de neutro
sobrecorrente 51 temporizado de fase
com fonte 51N temporizado de neutro
capacitiva 51GS temporizado de "GS"

Características Técnicas:
- Sobrecorrente trifásica
- Sobrecorrente de neutro + GS
- Programação simples
- Fonte capacitiva incorporada (para
alimentação auxiliar
- Curvas padrão pré-ajustadas: NI - MI -
Solicitar
Manual de EI - LONG - IT - I2T
Operação - Amperímetro com multiplicador Dimensões:
- Registro de corrente máxima Largura: 75mm
- Funções lógicas e de bloqueio Altura: 144mm
- Auto-check Profundidade: 230mm
- Comunicação serial RS 485 -
"modbus®"

Alimentação
Entrada de Medição
Auxiliar
Código de Encomenda
Corrente
Faixa Freqüência
Nominal
72…250
5A 60Hz URPE 6104 - 5A - 60Hz - 72…250Vca/Vcc
Vca/Vcc
72…250
5A 50Hz URPE 6104 - 5A - 50Hz - 72…250Vca/Vcc
Vca/Vcc
20…80
5A 60Hz URPE 6104 - 5A - 60Hz - 20…80Vca/Vcc
Vca/Vcc
20…80
5A 50Hz URPE 6104 - 5A - 50Hz - 20…80Vca/Vcc
Vca/Vcc

37
Disparador Capacitivo
TCC Características Técnicas:
Disparador - Saída para trip de disjuntor com proteção
capacitivo contra curto-circuito
para trip de - Tensão auxiliar de operação: 110Vca ou
disjuntores 220Vca (250Vca max. possibilita uma saída
de 360Vcc)
- Capacitores profissionais capacitância total
660µF Fixação
- Compacto - montado em caixa "T" (DIN 45 por trilho
x 75 x 108mm) DIN-35mm
- Sinalização de teste e curto-circuito Dimensões:
Solicitar Largura: 45mm
Manual de Altura: 75mm
Operação Profundidade: 120mm

Redes de Relés
Com a abrangência dos sistemas de comunicação, a necessidade de melhoria,
velocidade de informações, segurança entre outras necessidades os Relés foram se
adequando, migrando de eletromecânicos, para eletrônicos e microprocessados,
comunicando-se em redes. Os relés microprocessados são parametrizáveis , cujos
ajustes podem ser modificados através se software próprio. A vantagem
evidentemente é imensurável, exigindo um novo perfil profissional dos técnicos
envolvidos com estas atividades. Além de protegerem os sistemas elétricos de
potência, estão integrados a computadores e acessíveis através de um terminal.
Apresentamos abaixo um plano de Inspeção e Teste em Relé em relé SEL, instalados
em Subestações da CPFL.

PIT - PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES DE RELÉS SEL

1- OBJETIVO DESTE DOCUMENTO:


Definir quais os tipos de ensaios a serem aplicados aos equipamentos durante a fase de inspeção
e recebimento.

2- ABRANGÊNCIA:
a) Relés de proteção em geral;
b) Todos equipamentos SEL como processadores de comunicação, módulos de I/O, processadores de
I/O's, processadores de lógicas, transceivers, conversores, medidores e equipamentos de comunicação e
integração em geral;
c) Para fornecimento de painéis, cabines, cubículos, etc os relés devem ser ensaiados em bancada de
forma avulsa ou então inclusos no teste dos painel sem serem removidos.

38
OBS: De forma a realizar ensaio o mais rigoroso possível, os relés e outros dispositivos
digitais não devem ter partes internas removidas para a realização destes ensaios e em caso
de fornecimento de painéis ou cubículos vale a observação acima.

3- ROTEIRO DE INSPEÇÃO:
VERIFICA
ITEM AÇÃO DESCRIÇÃO
ÇÃO
1. Reunião de - Discussão sobre os ensaios, cronograma e duração
Esclarecimentos prevista;
- Apresentação da documentação a ser utilizada nos
ensaios (manuais, roteiro de testes, certificados de
ensaios, certificados de calibração das ferramentas e
modelo de ata final);
- Apresentação do laboratório e ferramentas;
- Apresentação do lote com suas unidades já
previamente
identificadas e preparadas para os ensaios.
2. Verificação Geral - Inspeção visual, dimensional e tolerâncias nominais
que constam
nos catálogos;
- Todo o lote
3. Rigidez Dielétrica - Todo o lote

4. Resistência de - Todo o lote antes e após o teste 3 acima;


Isolação
5. Energização / - Teste de inicialização do relé ou IED;
Autosupervisão - Durante a energização do equipamento,
acompanhando os
passos do autoteste, conforme catálogo
- Todo o lote
6. Portas de - Todo o lote e para todas as portas de comunicação
Comunicação
7. Protocolos de - Uma (1) unidade de cada tipo do lote
Comunicação
8. Funcional - Ensaio completo para uma (1) unidade de cada tipo
do lote;
- Ensaio simplificado para as demais unidades. A
garantia é
assegurada para as demais funções não testadas
9. Reunião de - Elaboração da ata final de inspeção
Encerramento

39
4- LISTA DE EQUIPAMENTOS PARA ENSAIOS DOS RELÉS:

- Fonte de alimentação CC e CA
- Fonte de tensão para teste de rigidez (High-Pot)
- Fonte de tensão para teste de isolamento (Megôhmetro)
- Multímetro
- Caixa de testes trifásica (SEL-AMS, OMICRON C256-6,DOBLE F2100 ou DOBLE F 6150 com
amplificador F 6300)
- Calculadora
- Microcomputador com portas de comunicação em número suficiente para os testes;
- Cabos para comunicação entre PC e relé ou rede Ethernet
- Softwares necessários testes de comunicação (SEL-5010, SEL-5020, SEL AcSELerator®,
Analisador de protocolo ASE e HyperTerminal)

Obs.:
a) Para o ensaio dos Protocolos de Comunicação deve-se utilizar um analisador de
protocolos (ASE);
b) Todos os equipamentos e instrumentos de ensaios devem ter certificados de calibração
dentro do prazo de validade.

5- OBSERVAÇÕES:

1. Deverá ser apresentada cópia dos certificados de ensaios de tipo para cada produto a ser
testado. Estes certificados devem apresentar ensaios de acordo com as normas IEC e/ou
ANSI/IEEE. Deve constar em ata.
2. Será apresentado certificado de ensaio de rotina efetuado para cada unidade do lote, na
fábrica da SEL em Pullman. Este certificado deve apresentar o modelo do relé, número de série,
data e hora de realização do teste, revisão de firmware do
relé e resultados dos testes de calibração dos relés. Deve constar em ata. Estes certificados são
enviados para o cliente dentro da embalagem de cada produto;
3. Os ensaios funcionais serão realizados de acordo com o manual de instrução dos relés SEL;
4. O teste de comunicação deve ser executado para todas as portas de comunicação do
equipamento;
5. O teste de protocolo de comunicação deve utilizar simulador SCADA ou similar, desde que seja
verificado seu desempenho pelo analisador de protocolos;
6. Para ensaios de modelo deverá haver acordo prévio entre as partes para a realização do
mesmo;
7. O local de inspeção será realizado na sede da SEL, em Campinas.
8. A inspeção à priori será realizada entre um inspetor do cliente e funcionário da SEL. O relatório
final será entregue apenas para o cliente e cópia com a SEL;

40
Características das Redes

As redes elétricas de potência tem sido interligadas, visando ganhos de


confiabilidade e economia, dando origem a malhas de dimensões
nacionais. A operação de sistemas dessa ordem de grandeza necessita,
para manter os benefícios da interligação, de sofisticados sistemas de
proteção e de controle. Nos últimos anos, o setor elétrico tem passado por
um processo de desregulamentação que tem alterado profundamente a
forma verticalizada na qual o sistema era operado. Essas mudanças estão
originando problemas completamente novos nas áreas de proteção e
controle. Paralelamente a essas alterações na estrutura do setor elétrico, o
desenvolvimento tecnológico, principalmente em sistemas digitais, redes
de comunicação e sensores e fibras ópticas, tem disponibilizados aos
técnicos da área de proteção poderosas ferramentas para enfrentar esses
novos desafios. É neste cenário de mudanças, tanto na estrutura de
operação o setor elétricos quanto da tecnologia utilizada, que se justifica
através da atualização dos profissionais envolvidos com o Setor de
Proteção de Sistemas, entretanto, neste curso a abordagem simplificada
não é um indicador de que o assunto esteja esgotado, mas sim uma
forma de mostrar a necessidade de envolvimento de profissionais que
atuem com esta atividade.

Para se ter uma idéia das mudanças, expansões que ocorrem a cada momento,
segue adiante um texto atual (Fevereiro de 2007), editado pelo Governo
Federal. A ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica) é o Órgão
responsável por todo o crescimento, baseando-se em estatísticas, informações
de concessionárias conforme as demandas dos estados. Desta forma os
sistemas elétricos exigem constantemente alterações.
PAC vai expandir setor energético do País

Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em infra-


estrutura energética vão assegurar ao País o suprimento de energia elétrica e o
abastecimento de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis. São projetos
que têm como meta recuperar a infra-estrutura existente, concluir os projetos
em andamento e viabilizar novos empreendimentos, igualmente expressivos
para o Brasil.

Outro ponto de grande importância é que as medidas adotadas pelo Programa


deverão reduzir o preço das tarifas para o consumidor. Segundo o ministro de
Minas e Energia, Silas Rondeau, o preço das novas energias contratadas deve
ter um custo 20% mais barato. "Se não tivesse o PAC, o investimento e o
resultado prático seriam menores. O que estamos fazendo é estabelecer quais

41
são as obras com melhor e maior impacto que darão para sustentar o
crescimento do Brasil", afirma o ministro.

Na área de geração de energia elétrica é previsto o início de novas usinas,


que acrescentarão 12.386 MW de potência ao Sistema Interligado
Nacional, de modo que os R$ 65,9 bilhões investidos garantam o
atendimento dos requisitos do mercado interno de energia elétrica até
2010 e de parte da expansão prevista até 2015.

Na transmissão de energia elétrica, serão acrescentados 13.826 km de linhas


de transmissão e subestações associadas, avançando na integração eletro-
energética do País e reforçando os sistemas já existentes. As instalações de
linhas e as subestações previstas e em construção atingem R$ 12,5 bilhões.

Para garantir a manutenção da auto-suficiência em petróleo, serão necessários


investimentos de R$ 69,9 bilhões para a produção desse combustível, que em
2010 deverá alcançar 2,6 milhões de barris-dia. Até lá, serão aplicados R$ 23,5
bilhões.

Gás natural

Os investimentos em gás natural têm por meta reduzir a dependência externa,


com ações concentradas na ampliação da produção doméstica. O Plano de
Antecipação na Produção de Gás Natural (Plangás) prevê R$ 25 bilhões em
projetos de produção de gás associado e R$ 12,5 bilhões na construção de
4.526 quilômetros de novos dutos de transporte que permitirão adicionar mais
55 milhões de m3/dia à oferta atual de gás natural.

A implantação de duas estações de regaseificação de Gás Natural Liquefeito


(GNL) dará mais segurança ao suprimento do mercado brasileiro: uma no
Ceará, com 6 milhões m3/dia; e outra no Rio de Janeiro, com 14 milhões de
m3/dia.

No parque de refino, serão destinados R$ 22,6 bilhões em 10 refinarias


existentes, que permitirão melhorar a qualidade do combustível, com
conseqüentes ganhos ambientais, e elevar a parcela de participação do
processamento de petróleo nacional pesado em substituição ao importado.

O desenvolvimento e o incremento do álcool e do diesel reafirmarão a posição


de vanguarda do Brasil no cenário mundial. Até 2010, a produção deve alcançar
23,3 bilhões de litros e a de biodiesel, 3,34 bilhões de litros, com um total de R$
13,3 bilhões em investimentos. No que diz respeito à matriz energética, as
ações que serão implementadas pelo PAC para o setor vão permitir a expansão
da oferta de energia e garantir a infra-estrutura necessária para sustentar o
crescimento econômico.

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Fontes e Sites consultados:
- ABB
- PEXTRON – CONTROLES ELÉTRICOS
- POWER WORKS SOLUÇÕES EM SISTEMAS DE PROTEÇÃO
- GENERAL ELECTRIC
- CENTRO DE TREINAMENTO SENAI COMENDADOR SANTORO
MIRONE
- INTRANET SENAI SP
- MANUAIS DE AFERIÇÃO DE RELÉS DE PROTEÇÃO
- EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PELO DOCENTE DESTE MODULO
- SEL
- Livro – Introdução a Proteção dos Sistemas Elétricos
Autor – Amadeu C. Caminha
Editora – Edgard Blucher Ltda.

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