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“Amor de

Capitu”, de
Fernando
A obra
 Em Amor de Capitu, ele realiza uma
experiência inédita, ao recriar Dom
Casmurro sem o narrador original. "
!ue sempre me atraiu neste romance
admir#el", a$rma, "%oi descobrir até !ue
ponto a d&#ida sobre a in$delidade de
Capitu teria sido premeditada pelo autor
atra#és de narrador t'o e#asi#o e
casmurro...".
 Ao transpor o romance de (ac)ado de

Assis para a terceira pessoa, Fernando


Sabino consegue enri!uecer o mistério,
abrindo uma no#a possibilidade de leitura
de um dos nossos gênios literrios.
 %amoso caso da suspeita de trai*'o de
Capitu, no clssico Dom Casmurro, de
(ac)ado de Assis, é re#isitado e
apresentado com um no#o ponto de
#ista.
As perturba*+es de entin)o, causadas

pela descon$an*a, gan)am uma no#a


dimens'o.
Fernando Sabino, no seu romance, sai em

busca da solu*'o do mistério de Capitu e


acaba reescre#endo Dom Casmurro de
(ac)ado de Assis. -esde , Amor de
Capitu é indispens#el para a
compreens'o da obra de (ac)ado.
 enredo
 A )ist/ria se passa no 0io de 1aneiro da segunda
metade do século 232, na rua de (ataca#alos 4tudo
come*a em no#embro de 56789. :i#ia;se ent'o o
império e a escra#id'o.
 Bento e Capitu, desde cedo, demonstra#am um

grande a%eto um pelo outro. (as ele, toda#ia, tem


seu destino tra*ado por uma promessa da m'e< ela
perdera um $l)o anteriormente
e urou !ue se l)e nascesse no#amente um $l)o,
sendo menino, iria %azê;lo padre.
 Bentinho parece ser um menino inseguro,

excessi#amente protegido pela m'e, tal#ez até


por!ue
%ora criado sem um pai 4perdera;o aos = anos9 cuo
modelo pudesse seguir.
 Capitu era uma menina determinada, segura de si,

$rme de suas decis+es, !ue sabia muito bem


dis%ar*ar inten*+es com seu "ol)ar de ressaca". 
amor entre eles, toda#ia, cresce dia ap/s dia.
 ento, en$m, #ai para o seminrio, muito a
contragosto, mas contando !ue tudo seria
por um per?odo curto, até !ue ele
conseguisse sair de l. @o seminrio,
con)ece Escobar, um menino calado e
inteligente, !ue logo se torna amigo ?ntimo
seu e de sua %am?lia. Escobar tem grande
carin)o por Capitu.
 ento e Escobar deixam o seminrio. A!uele

#ai estudar -ireito e %orma;se ad#ogado<


este, por sua #ez, torna;se um bom
comerciante.
 ento casa;se com Capitu e Escobar com

Sanc)a.
s dois casais passam a %re!entar e a
manter %ortes la*os de amizade.
 Escobar e Sanc)a logo têm uma $l)a, !ue se
c)ama Capitolina também. ento e Capitu s/
ter'o
um $l)o mais tarde. -eram;l)e o nome de
Eze!uiel, primeiro nome de Escobar.
  tempo #ai passando e ento passa e

perceber semel)an*as %?sicas e psicol/gicas


entre Eze!uiel e Escobar. s casais, numa
noite, planeam uma #iagem B Europa. (as
Escobar morre a%ogado. Em seu #el/rio,
ento se assusta com os ol)ares apaixonados
!ue Capitu lan*a ao cad#er.
 As descon$an*as de ento crescem

#ertiginosamente, a ponto de ele pensar em


suicidar;se ou em matar Eze!uiel por
en#enenamento. @'o %az nen)uma das duas
coisas. (anda a esposa e o menino para a
Su?*a, e passa a #i#er sozin)o, "casmurro",
%ec)ado em sua eterna e amarga d&#ida.
 odos est'o mortos. Capitu morre
na Su?*a. Ent'o, Eze!uiel, um
ar!ue/logo agora, #olta e mora
algum tempo com seu pai, !ue mais
tarde l)e paga uma #iagem para
 1erusalém, onde Eze!uiel #em a
morrer de %ebre ti%/ide.
Agora, sozin)o, ento muda;se para

o Engen)o @o#o, onde mandou


reconstruir sua antiga casa e
resol#e escre#er um li#ro re#i#endo
suas mem/rias.
As personagens
 Capitu: Ao longo dos anos, Capitu tem desa$ado a
cr?tica com seu enigma, sutilmente criado por (ac)ado de
Assis. Até )oe, ainda de#ora !uantos tentam deci%r;la,
pairando a d&#idaD Capitu traiu ou n'o traiu entin)o A
pergunta continua sem resposta, pois a #ers'o !ue temos
para ulg;la nos é dada por um narrador suspeito ; um
marido en#enenado pelo ci&me e de imagina*'o bastante
%értil, como re#elam muitas passagens do li#ro. or outro
lado, re#elando um dos tra*os mais marcantes da
psicologia %eminina ; a capacidade de dissimu5a*'o de
!ue é dotada a mul)er, Capitu, com seus "ol)os de
ressaca" e de "cigana obl?!ua e dissimulada", contribui
ainda mais para %ortalecer a d&#idaD ela sabe sair;se bem
de situa*+es di%?ceis, ela sabe dissimular, como no
epis/dio do penteado e da inscri*'o no muro. 3nteligente,
prtica, com personalidade %orte e marcante 4ela era
muito mais mul)er do !ue entin)o, )omem9. @o $nal,
acusada pelo marido enciumado, re#ela;se nobre e alti#a
ao n'o responder Bs acusa*+es.  seu silêncio con%ere a
ela grandeza e contribui mais ainda para acentuar a
d&#ida !ue paira sobre seu adultério.
 Dom Casmurro:  per$l do protagonista
masculino pode ser acompan)ado em três %ases
distintasD entin)o, -r. ento Fernandes Santiago
e -om Casmurro. entin)o re#ela;se uma
crian*aGadolescente marcado pela timidez, sem
muita iniciati#a e bastante dependente da m'e.
 in)a uma imagina*'o %ertil?ssima, como no
cap?tulo 2232 4 3mperador9. He#ado para o
seminrio para ser padre 4promessa da m'e ; -.
Il/ria9, !uando tra#a amizade com Escobar,
entin)o, com auda de -ias, abandona a carreira
sacerdotal e ingressa na Faculdade de -ireito, em
S'o aulo. Formado aos #inte e um anos, ele é
agora o -r. ento F. Santiago, bem posto na #ida,
$nanceiramente rico 4ri!ueza muito mais de
)eran*a do !ue de trabal)o9. -epois, surge o $l)o
4Eze!uiel9 e come*am a aparecer os problemas. J
a #ez da %ase casmurra, marcada pela solid'o,
pela mgoa e pela amargura.
 D. Glória:  ('e de entin)o, cedo assume as rédeas
da casa com a morte do marido, o !ual deixa a %am?lia
bem amparada. Ao longo do romance, -. Il/ria
re#ela;se religiosa, apegada Bs tradi*+es e ao passado,
con%orme obser#a o narradorD "(in)a m'e exprimia
bem a $delidade aos #el)os )bitos, #el)as maneiras,
#el)as idéias, #el)as modas. in)a o seu museu de
rel?!uias, pentes desusados, um trec)o de mantil)a,
umas moedas de cobre...“. -. Il/ria era, pois, uma boa
sen)ora ; uma santa, sant?ssima como diria o 1osé
-ias. (orando com -. Il/ria destacam;se na narrati#a
 io Cosme, #i&#o como ela, e rima 1ustina, igualmente
#i&#aD "era a casa dos três #i&#os"< além desses, pode
entrar a!ui também o adre Cabral, muito amigo de
 io Cosme, com !uem ia ogar B noite.

 José Dias: Era agregado da %am?lia e gosta#a muito de


entin)o. aulador e de idéias c)oc)as, real*a#a;as


com superlati#o, !ue passa a ser sua marca registradaD
"1osé -ias ama#a os superlati#os" e usa;os com
%re!ência ao longo do romance, inclusi#e na )ora de
morrer, !uando se re%ere ao dia como "lind?ssimo".
 Escobar: (uito amigo de entin)o 4colegas de
seminrio9, Escobar era casado com Sanc)a e re#ela;
se um tanto !uanto misteriosoD teria participado do
"trio" cantado por -om Casmurro, %ormando o
triKngulo amoroso da suspeita do narrador Fica a
d&#ida e a mgoa, como re#ela -om Casmurro no
cap?tulo $nal,  !ue Escobar %oi tragado pela morte
4a%ogamento9, sem possibilidade de de%ender;se da
acusa*'o.

 Ezequiel: J o $l)o de -om Casmurro com Capitu,


peorati#amente c)amado pelo pai do Casmurro de
"$l)o do )omem". Iosta#a de imitar e imita#a muito
bem, sobretudo Escobar. :?tima da suspeita do pai,
acaba sendo a%astado, assim como a m'e, para a
Su?*a, tendo morrido perto de 1erusalém, como
ar!ue/logo. Além desses, destacam;se ainda o dua,
pai de Capitu, o !ual era um modesto %uncionrio
p&blico, e sua mul)er, Fortunata, muito econLmica,
também %orte e c)eia como a $l)a Capitu.

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