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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO PÚBLICO


(disciplina cobrada nos concursos AFC, APO, Gestor, TCU, Inspetor de
Contas, TCE, etc.)

EXPERIÊNCIA BRASILEIRA DE PLANEJAMENTO DO DESENVOLVIMENTO E


PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
1939 – Plano qüinqüenal de Obras e Reaparelhamento da Defesa Nacional -
Durou 5 anos, não sendo um plano e sim uma lista de investimentos.
1943 – Plano de Obras e Equipamentos – Era para ser de 5 anos, mas foi de
2 com a queda de Vargas. Ênfase na programação de obras públicas de
infra-estrutura e criação de indústrias básicas.
1946-7 Plano Salte – cobria quatro setores – saúde, alimentação,
transporte, energia. Foi aprovado por 5 anos, em 1949, sendo autorizado
em 50. Inúmeros problemas e entraves burocráticos.

PLANO DE METAS E PLANOS TRIENAIS DOS ANOS 60


1956-60 - Programa de metas – mais uma reunião de programas setoriais,
em energia, transportes, alimentação, indústrias e educação do que um
plano global.
1963-65 – Programa Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social - No
Governo Goulart, do Ministro Celso Furtado. Visava à manutenção de uma
taxa elevada de crescimento do produto nacional, redução da inflação,
redução do custo social, melhor distribuição e redução das desigualdades
regionais e níveis de vida. Sobreviveu só em 63.
1964 – Programa de Ação Econômica do Governo – PAEG - Elaborado às
pressas p/ embasar as reformas econômicas do Governo de Castelo Branco
(revolução de 64). Cobriu 3 anos, inclusive 64. São abordados os mesmos
assuntos do Trienal, mas com algumas inovações de interesse como
habitação, bem-estar social, política salarial e tributária.

DO PLANO DECENAL AOS PLANOS NACIONAIS DE DESENVOLVIMENTO


1965 – Plano Decenal de Desenvolvimento Econômico e Social
Grupos de Coordenação formados por representantes de ministérios, órgãos
regionais e setoriais e setor privado. Realização de estudos, diagnósticos e
programas, com vistas a um plano Decenal de 67 a 76.
Não vingou, pois coincidiu com a posse de novo Governo.
1968/70 – Programa Estratégico de Desenvolvimento (PED) – Com três
objetivos: aceleração do desenvolvimento econômico, redução da inflação
p/ 6% ao ano no mínimo; progresso social e aumento das oportunidades de
emprego (taxa de emprego de 2,6% (68) p/ 3,3 e 3,5 % (73)).

Metas e Bases para a Ação de Governo – O Governo Médici continuou o PED


até 74
1972-74 - I Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (I PND)
– Criado no modelo de planejamento idealizado pelo Decreto 200/67, e
trienal.

1975-79 II Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (II PND)


Cobriu 4 anos de Geisel e 1 de Figueiredo. Fixou metas a atingir em 79
como crescimento do PIB, investimentos, produção, emprego, exportações,
mas não conseguiu, ficando bem aquém do esperado, devido a crises
externas.

1980-85 III Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (III


PND) – Foi elaborado só no papel, pois o Governo baixou pacotes de curto
prazo o tempo todo, por instabilidade econômica.

1986-89 – I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República –


Programa de ajustes e reorientação do setor Público, com estímulo para que
o setor privado assuma o papel do desenvolvimento e o setor público
assuma seu papel econômico-social. Dificuldades, trocas de ministros,
pacotes de curtíssimo prazo, aumento de preços, inflação. O planejamento
de longo prazo não prosperou.
Plano Plurianual para o Qüinqüênio 1991-95 (PPA 91-95) - Primeiro plano
orientado pela CF/88
Voltado à programação das ações de governo. Foi revisado duas vezes: em
92 pelo CN, em meio ao impeachment de Collor, e no novo Governo
revendo prioridades, mas não chegou a ser votado. Não devem ser
avaliados seus resultados em vista da conturbação política, das revisões,
mas foi o primeiro esforço de planejamento de longo prazo.

Decreto 200/67 à Planejamento à princípio fundamental da ação


governamental.

Princípios básicos do DL 200/67:


· Plano geral de Governo;
· Programas gerais, setoriais e regionais de duração plurianual;
· Orçamento-programa anual;
· Programação financeira de desembolso.
· Planejamento, coordenação, controle, descentralização, delegação de
competência.

PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA E ENSAIOS DE RETOMADA DO


CRESCIMENTO
· Plano Bresser (86)
· Plano Cruzado I e II (86 e 87)
· Plano Verão (89)
· Plano Collor I e II (90 e 91)
· Plano Real (94)
ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceito
Documento anual elaborado pelo Executivo, aprovado pelo Legislativo, pelo
qual ficam autorizadas as despesas públicas e são previstas as receitas
orçamentárias.
Evolução do Orçamento:
Orçamento tradicional - documento de previsão de receita e autorização de
despesas (ênfase no gasto).
Orçamento de desempenho ou de realizações – Uma evolução do
Orçamento tradicional, buscava saber o que o Governo fazia e não apenas o
que comprava.
Orçamento-Programa - conjunto de ações vinculadas a um processo de
planejamento com objetivos e metas a alcançar durante um limite de tempo
(ênfase no que é realizado)
Princípios Orçamentários
· Anualidade / Periodicidade - período limitado- Exercício financeiro 01/01 a
31/12.
· Legalidade - Orçamento é objeto de lei
· Unidade - apenas um orçamento no exercício para cada ente federativo
(totalidade).
· Universalidade - todas receitas e despesas dos Poderes, fundos, entidades
diretas ou indiretas.
· Exclusividade - somente matéria orçamentária na lei, mas pode conter
autorização para abertura de créditos suplementares e operações de
crédito, ainda que por antecipação da receita.
· Especificação ou discriminação ou especialização - Vedadas autorizações
globais, despesas especificadas Ex. Diárias serviços de pessoas jurídicas,
etc.
· Publicidade - divulgação no DOU
· Equilíbrio – As despesas autorizadas devem ser iguais às Receitas
Previstas (se possível), para limitar os gastos.
· Orçamento-Bruto - receita e despesa, exceto as constitucionais
(transferências constitucionais), pelo valor total ou bruto, sem deduções.
· Não-afetação ou não-vinculação - Vedada a vinculação de impostos a
órgão, fundo ou despesa, exceto as transferências constitucionais
(manutenção e desenvolvimento do ensino, FPE, FPM, FCD, garantias às
operações de crédito por antecipação da receita).
· Programação e tipicidade - por objetivos e metas, adequando o Orçamento
ao planejamento e gerenciando as finanças e ações do governo, com
funções típicas e atípicas. As de governo funções (Ciência e Tecnologia,
Educação, etc) devem se dividir em programas e ações descritos no
Orçamento.
OBJETIVOS DA POLÍTICA ORÇAMENTÁRIA
Finanças Públicas - Ciência que estuda o comportamento e as falhas de
mercado, as medidas de intervenção na economia e o conjunto de
problemas de política econômica, que envolvem o uso de medidas de
tributação e dispêndios públicos.
Objetivos – Corrigir as falhas de mercado e as distorções, visando manter a
estabilidade, melhorar a distribuição de renda, e alocar recursos com mais
eficiência no Orçamento da União.
Metas – Regular o mercado e coibir abusos, reduzir as falhas e as
externalidades negativas (fatores adversos causados pela produção, como
poluição, problemas urbanos, etc), proporcionar o acesso de todos aos
produtos, construir obras públicas mediante cobrança de impostos,
assegurar o cumprimento das funções elementares do Estado (justiça,
segurança, saúde, educação, etc).
Abrangência – União, Estados, DF e Municípios.
Normas gerais de Finanças Públicas – Lei complementar da União.
PROCESSO E ETAPAS DE INTERVENÇÃO DO GOVERNO NA ECONOMIA
BRASILEIRA
· Função alocativa - Oferecer bens e serviços (públicos puros) que não
seriam oferecidos pelo mercado ou seriam em condições ineficientes
(meritórios ou semipúblicos) e. criar condições para que bens privados
sejam oferecidos no mercado (devido ao alto risco, custo, etc) pelos
produtores, por investimentos ou intervenções, corrigir imperfeições no
sistema de mercado (oligopólios, monopólios, etc) e corrigir os efeitos
negativos de externalidades.
· Função distributiva – Tornar a sociedade menos desigual em termos de
renda e riqueza, através da tributação e transferências financeiras,
subsídios, incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas mais pobres
da população, etc.
· Função estabilizadora – ajustar o nível geral de preços, nível de emprego,
estabilizar a moeda, mediante instrumentos de política monetária, cambial e
fiscal, ou outras medidas de intervenção econômica (controles por leis,
limites).
BENS
Públicos – Bens oferecidos somente pelo Estado, de consumo coletivo e
indivisível. São custeados por tributos, não é aplicado o princípio da
exclusão e são bens onde não existe rivalidade no consumo.
Semipúblicos – Bens oferecidos pelo Estado e pelo setor privado, tendo em
vista limites na produção privada, cartéis, monopólios, etc ou limites na
renda da população para alcançar estes bens. Estão sujeitos ao princípio da
exclusão se concedidos pelo setor privado.
Privados – Bens oferecidos pelo mercado, de consumo individual, divisível,
onde se aplica o princípio da exclusão (quem não paga não consome). O
mecanismo de exclusão é o preço e há rivalidade no consumo.
ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL
Características
· Diretrizes Gerais de Governo;
· Análise da série histórica da execução;
· Quantificação dos recursos e limites de dispêndios dos órgãos setoriais;
· Diretrizes gerais e planos dos Ministérios;
· Elaboração dos programas de trabalho pelas Uos (projetos e atividades);
· Compatibilização, revisão, recomendações pela limitação nos gastos ou
prioridades;
· Consolidação em órgão central (SOF).
O CICLO ORÇAMENTÁRIO
Forma-se com a elaboração, aprovação, execução, o controle e avaliação do
Orçamento Público.
Ciclo orçamentário – é maior que o exercício, pois envolve a elaboração (no
ano anterior), a execução e controle (no exercício) e a avaliação (no ano
seguinte).
Exercício financeiro – de 01/01 a 31/12
Processo de elaboração da lei orçamentária
· Iniciativa de elaboração – Executivo
· Competência legal – Legislativo
· Sanção – Presidente
Passos:
1) Elaboração das propostas orçamentárias (com atividades e projetos
novos e os já em execução) das Unidades Orçamentárias.
2) Análise e encaminhamento às coordenações setoriais (COFs) de cada
Ministério.
3)- Secretaria de Orçamento Federal (SOF/MPO) – consolidação das
propostas
A SOF verifica os recursos disponíveis, as necessidades de financiamento do
setor público, as despesas obrigatórias (pessoal, dívida, atividades etc) e os
limites estabelecidos na LDO para cada UO e define os valores.
4) Projeto de lei - encaminhado até 31/08 de cada ano ao Legislativo.
5) É iniciada a discussão e as votações parciais do Orçamento na Comissão
Mista de Orçamentos e votado no Plenário até o final do período legislativo
(15/12).
6) Segue, após, para sanção ou veto do PR em 15 dias úteis. O silêncio
importa em sanção. É publicada a lei em 48 h pelo Presidente do Congresso
ou pelo Vice (48h depois) se PR não fazê-lo.
Vetado (parcial ou integral) - encaminhado o veto em 48 h ao Presidente do
Senado expondo-se os motivos.
Sessão conjunta - delibera sobre o veto em 30 dias, negando o veto por
maioria absoluta.
Derrubado o veto e não promulgada a LOA, cabe ao Presidente do Senado
promulgar em 48 h ou seu vice, em igual prazo.
ORÇAMENTO-PROGRAMA
· Evolução do orçamento nacional, vinculando-o ao planejamento.
· Melhor controle, identificação das funções, da situação, das soluções,
objetivos, recursos, etc - ênfase no que se realiza e não no que se gasta.
PLANEJAMENTO NO ORÇAMENTO-PROGRAMA
Decreto 200/67 - Planejamento - princípio fundamental da ação
governamental.
Princípios básicos do DL 200/67:
· Planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e
controle
· Plano geral de Governo;
· Vinculação do planejamento ao orçamento
· Programas gerais, setoriais e regionais de duração plurianual;
· Orçamento-programa anual;
· Programação financeira de desembolso.
ORÇAMENTO NA CF/88: PPA, LDO, LOA.
Competência concorrente: União, Estados, DF e Municípios: Direito
tributário, financeiro, penitenciário, econômico, urbanístico e orçamento.
Palavra-chave: TRI-FI-PENI-ECON-URB-ORC
União: normas gerais (Se inexistir, Estados exercem a competência
legislativa plena).
Estados: competência suplementar
Lei federal superveniente suspende lei estadual na parte contrária.
Fiscalização do Município:
Controle externo - Poder Legislativo Municipal (Câmara de Vereadores), c/
auxílio dos TCE ou TCM ou Conselhos de Contas do Município.
Controle interno - sistemas de controle municipal
Parecer prévio s/ contas anuais do prefeito - não prevalecem por decisão de
2/3 da Câmara.
Contas do município - à disposição do cidadão por 60 dias.
Vedada a criação de tribunais, conselhos e órgãos municipais após a CF/88.
Os já criados continuam.
Congresso Nacional
Sessão legislativa - de 15.02 a 30.06 e 01.08 a 15.12 (não interrompe sem
aprovação da LDO)
CN - Dispõe, c/ sanção do PR, sobre:
· Sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
· Plano Plurianual (PPA), Diretrizes Orçamentárias, Orçamento Anual,
Operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado.
Câmara dos Deputados - competência privativa - tomar contas do PR, se
não apresentadas ao CN em 60 dias da abertura da sessão legislativa.

Fiscalização Contábil, Financeira E Orçamentária.


Fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional, patrimonial
(COFOP) da União e entidades da administração direta e indireta quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas:

1. Controle Externo - Congresso Nacional, com auxílio do TCU. (atribuição


exclusiva ao Congresso).

2. Controle Interno - sistema de controle interno de cada Poder.(natureza


administrativa)

Conceitos
· Controle financeiro - receita e despesa
· Controle operacional - resultados
· Controle patrimonial - acréscimo e diminuição.
· Legalidade - conformidade com a lei
· Legitimidade - exame do mérito, da oportunidade, conveniência e
conformidade orçamentária.
· Economicidade - se procedeu com economia, na aplicação dos recursos
públicos, na relação custo-benefício.

Prestação de Contas - Qualquer pessoa física ou entidade pública que


utilize, guarde, arrecade, gerencie, administre dinheiro, bens, valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que em nome dessa, assuma
obrigações de natureza pecuniária.

CONTROLE EXTERNO - De natureza política ou político-institucional.


Titular: Congresso Nacional
TCU - órgão auxiliar

Compete ao TCU:
· Apreciar as contas anuais do PR, por parecer prévio, em 60 dias a contar
do recebimento - O TCU aprecia, quem julga é o Congresso. Não prestadas
as contas no prazo, à Câmara cabe tomá-las.
· Julgar as contas dos administradores e responsáveis por dinheiro, bens,
valores públicos da Administração Direta e Indireta, fundações e sociedades
do poder público federal e as contas dos que derem causa à perda, extravio
ou irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. (Não se julgam
pessoas, mas as contas prestadas por ela).
· Apreciar, para registro, na Administração Direta e Indireta, incluídas as
fundações públicas, a legalidade na admissão de pessoal, aposentadorias,
reformas, pensões, ressalvadas melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório e as nomeações em comissão.
· Realizar por iniciativa própria, da Câmara, do Senado, de comissão técnica
ou inquérito, inspeções e auditorias contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas do Poder
Legislativo, Executivo e Judiciário, e fundações e sociedades do Poder
público federal.
· Fiscalizar as contas nacionais de empresas supranacionais cujo capital a
União participe, direta ou indiretamente, conforme Tratado constitutivo.
· Fiscalizar a aplicação de repasses/União, por convênio, acordo, ajuste, etc
à Estado, DF e município.
· Prestar informações solicitadas pelo Congresso, por qualquer Casa ou
Comissão sobre as fiscalizações e sobre resultado de auditorias e inspeções
realizadas.
· Aplicar aos responsáveis, na ilegalidade de despesa ou irregularidade de
contas, sanções da lei que estabelecerá, entre outras, multa proporcional ao
dano causado ao erário.
· Assinar prazo para adoção de providências ao exato cumprimento da lei
pelo órgão ou entidade.
· Sustar, se não atendido, execução de ato impugnado, comunicando à
Câmara e ao Senado (sendo contrato, a sustação será adotada pelo
Congresso diretamente que solicita ao Executivo as medidas cabíveis. Não
tomadas providências em 90 dias, o TCU decide a respeito).
· Representar ao Poder competente as irregularidades e abusos apurados

Decisões do TCU que resulte imputação de débito ou multa - eficácia de


título executivo.

Relatório de atividades do TCU ao Congresso - trimestral e anual.

Indícios de despesas não autorizadas (ainda investimentos não


programados ou subsídios não aprovados) – A Comissão Mista pode solicitar
à autoridade governamental, que no prazo de 5 dias, preste os
esclarecimentos necessários. Se não prestados ou insuficientes, a Comissão
pede ao TCU pronunciamento conclusivo em 30 dias. Entendendo o TCU
irregular a despesa, a comissão, julgando o gasto de dano irreparável ou
grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso a sustação.

TCU
Composto de 9 Ministros, sede no DF, quadro próprio de pessoal, jurisdição
em todo território nacional.

Atribuições previstas
· Eleger órgãos diretivos;
· Regimento Interno;
· Dispor sobre seus órgãos e serviços;
· Prover seus cargos.

Ministros do TCU
· Brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos;
· Idoneidade moral e reputação ilibada;
· Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos, financeiros ou
de Administração Pública;
· Mais de 10 anos de função ou efetiva atividade profissional que exija estes
conhecimentos
· Escolha - 1/3 pelo PR com aprovação do Senado sendo 2, alternadamente,
entre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
indicados em lista tríplice pelo TCU, por antigüidade e merecimento, e 2/3
pelo Congresso.
· Garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos
Ministros do STJ.
· Aposentadoria com vantagens do cargo à somente com 5 anos de
exercício efetivo
O auditor em substituição a Ministro tem a mesma garantia e impedimentos
do titular e quando no exercício da judicatura, de juiz do TRF.
CONTROLE INTERNO - Poder Legislativo, Executivo e Judiciário.
Finalidades:
· Avaliar o cumprimento de metas do PPA, a execução de programas e
orçamentos da União.
· Comprovar legalidade e avaliar resultados (eficácia e eficiência) da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial e aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado.
· Controlar operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da
União.
· Apoiar o controle externo
Irregularidade ou ilegalidade conhecida pelo controle interno - ciência ao
TCU (sob pena de responsabilidade solidária)
Denúncia de irregularidades ao TCU - qualquer cidadão, partido político,
associação, sindicato.
Tribunais de Contas Estaduais - 7 (sete) conselheiros e normas pela
Constituição Estadual. Algumas normas do TCU se aplicam, no que couber,
inclusive aos TCM.
Competência privativa do PR:
· Enviar ao CN, o PPA, o Projeto de LDO e a proposta de LOA.
· Prestar contas do exercício anterior em 60 dias da abertura da sessão ao
CN
Ato contra a CF e lei orçamentária - Crime de responsabilidade do PR:
Poder Judiciário
· Autonomia financeira e administrativa - elaboram sua proposta pelos
limites da LDO.
· Encaminhamento das propostas: na União, o Presidente do STF e os dos
Tribunais Superiores / Nos Estados/DF/territórios – o Presidente dos
Tribunais de Justiça.
Pagamentos de sentenças (salvo alimentícias)- Ordem cronológica de
apresentação dos precatórios à conta dos créditos (vedada designação de
casos/pessoas nas dotações e créditos abertos)
Precatórios apresentados até 01/07 (atualizados nesta data) - Obrigatórios
no Orçamento, pagando-se até o fim do próximo exercício.
Ministério Público - elabora sua proposta, cfe LDO.
Necessidade de Lei complementar (previsão na CF/88):
· Finanças públicas;
· Dívida pública externa e interna (incluídas autarquias e fundações)
· Concessão de garantias
· Emissão e resgate de títulos da dívida
· Fiscalização das Instituições Financeiras
· Operações de câmbio da União, Estados, DF e Municípios.
· Compatibilidade das funções das Instituições de crédito
Banco Central - competência exclusiva da emissão de moeda, compra e
venda de títulos do TN (regular oferta de moeda e taxa de juros).
Vedação ao BC - conceder empréstimos ao TN e órgão não Instituição
Financeira.
Caixa da União - Bacen
Caixa dos Estados, DF, Municípios - Instituições Financeiras Oficiais.
Leis de iniciativa do Executivo: PPA, LDO e LOA (enviados pelo PR).
PPA – é lei ordinária (maioria simples nas duas Casas e regimento comum)
– válido do ano seguinte até o fim do 1 ano do mandato do próximo
governo. Encaminhado ao CN até 31.08 e devolvido para sanção até 15.12.
Estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas para
despesas de capital e outras decorrentes e para os programas de duração
continuada.
LDO - Lei ordinária (maioria simples nas duas Casas - regimento comum) -
Encaminhado até 15.04 e devolvido para sanção até 30.06 - metas e
prioridades, despesas de capital para exercício subsequente, orienta
elaboração da LOA, dispõe s/ alterações na legislação tributária e estabelece
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
LOA - Lei ordinária (maioria simples nas duas Casas regimento comum) -
Encaminhado ao CN até 31.08 e devolvido para sanção até 15.12.
· Orçamento fiscal - Administração direta e indireta dos Poderes da União,
fundos, órgãos, entidades.
· Orçamento de investimento – empresas com maioria do capital social c/
direito a voto da União.
· Orçamento da Seguridade Social –órgãos e entidades, fundos e fundações
(direta e indireta) vinculados a Seguridade.
Não há 3 orçamentos, há apenas um, dividido em 3 esferas (princípio da
universalidade)
Projeto de LOA - demonstrativo regionalizado do efeito sobre receitas e
despesas das isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Orçamento fiscal e de investimentos - função de reduzir desigualdades
inter-regionais, segundo o critério populacional proporcional.
(progressivamente em 10 anos desde 86/87) Excluídas despesas de
projetos prioritários do PPA, segurança e defesa, órgãos federais do DF,
TCU, CN, Poder Judiciário, serviço da dívida da adm direta/indireta da
União.
Execução orçamentária - Poder Executivo publica até 30 dias após cada
bimestre relatório da execução.
Planos e programas nacionais, regionais e setoriais - consonância com PPA
e apreciados pelo CN (ainda não foram elaborados).
LOA - não pode conter dispositivo estranho à previsão de receita e fixação
da despesa, mas pode conter autorização para abertura de créditos
suplementares e para contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação da receita.
Lei Complementar - exercício financeiro, vigência, prazo, dispor s/
elaboração do PPA, LDO, LOA, normas de gestão financeira e patrimonial,
instituição e funcionamento.
Créditos adicionais – duas casas, regimento comum, maioria simples.
Emendas a LOA - compatíveis com PPA, LDO, relacionadas à correção de
erros e omissões ou com o texto, indicados os recursos (somente de
anulação de despesas), excluídos:
· Dotações de pessoal e encargos
· Serviço da dívida
· Transferências tributárias constitucionais a Estados, Municípios DF.
Emendas a LDO - compatíveis com PPA
Modificação no Projeto - se não iniciada votação na CM da parte proposta.
Recursos disponíveis de vetos sem despesas correspondentes - podem ser
usados por créditos especiais ou suplementares com autorização legislativa.

Vedação
· Início de projetos não incluídos na LOA
· Despesas ou obrigações maiores que LOA ou créditos adicionais
· Operações de crédito maiores que despesas de capital
· Vinculações de impostos a fundos, órgão, despesa (menos transferências,
garantias de créditos, etc).
· Abertura de crédito suplementar ou especial sem autorização legislativa e
sem indicação de recursos.
· Transposição, remanejamento, transferência de recursos de uma categoria
de programação a outra (programas de trabalho).
· Concessão ou utilização de créditos ilimitados
· Utilização de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade para suprir
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundos, fundações.
· Criação de fundos sem autorização legislativa
· Início de investimento de mais de um ano sem prévia inclusão no PPA ou
lei que autorize (crime de responsabilidade)
· Transferência voluntária de recursos e concessão de empréstimos
(inclusive por antecipação de receita) pelos Governos Federal e Estadual e
inst. Financeiras para pagar pessoal dos Estados, DF, Município.
· Utilizar recursos de contribuições de seguridade para despesas distintas
· Ação de governo.

TIPOS DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS


CRÉDITOS ADICIONAIS
· Suplementares – reforço da dotação vigente
· Especiais – sem dotação específica
· Extraordinários – Despesas urgentes e imprevistas (comoção interna,
guerra, calamidade pública).
Créditos especiais e extraordinários – vigência no exercício financeiro em
que forem autorizados, salvo se promulgado nos últimos 4 meses, sendo
reabertos no limite de seus saldos no exercício seguinte.
Suplementares e especiais – autorizados por lei e abertos por Decreto do
Executivo, com exposição justificada. Consideram-se recursos:
· Superávit financeiro em balanço patrimonial anterior (diferença positiva
entre ativo financeiro e passivo financeiro, conjugados os créditos adicionais
transferidos e operações de crédito vinculadas).
· Excesso de arrecadação (diferenças positivas mês a mês entre
arrecadação prevista e realizada, considerada tendência do exercício,
deduzido créditos extraordinários abertos no exercício.
· Anulação parcial ou total de dotações ou créditos
· Operações de crédito autorizadas.
Extraordinários – Medida Provisória ou Decreto.
Recursos de créditos orçamentários e adicionais do MP, PJ e PL - entregues
até o dia 20 de cada mês.
Concessão de vantagem, criação de cargos, alteração de carreiras,
admissão de pessoal na administração direta/indireta-dotação orçamentária
suficiente para projeções e autorização na LDO (salvo as empresas públicas
e sociedades de economia mista).
Despesa c/ pessoal ativo e inativo - não pode exceder os limites em LC -
União, Estados, DF, Municípios.
Prazo decorrido de adaptação aos limites - suspensas verbas federais /
estaduais aos Estados, DF, Municípios.
Medidas para cumprimento dos limites:
· Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança
· Exoneração dos servidores não estáveis
Se não bastarem as medidas - Exoneração do servidor estável por ato
motivado com um mês de remuneração por ano e cargo extinto, vedada
criação de novo cargo semelhante em 4 anos (lei federal c/ normas gerais
primeiro).
Seguridade Social - Recursos do Orçamento da União, dos Estados, DF e
Municípios e das seguintes contribuições sociais (exigidas após 90 dias da
publicação da lei):
Empregador, empresa e equiparadas: salário, rendimentos a pessoas
mesmo sem vínculo, receita, faturamento, lucro.
Trabalhador e segurados (salvo aposentadoria e pensão da previdência)
De receita de concursos de prognósticos
Receitas de Estado, DF, Município - integram os respectivos orçamentos
(não no da União).
Proposta de orçamento da Seguridade - elaborada por responsáveis da
saúde, previdência e assistência social, cfe. LDO.
PJ em débito c/ seguridade - não contrata com Poder Público nem recebe
benefícios ou incentivos.
Outras fontes - podem vir por lei
Isenção - Entidades beneficentes de assistência social;
Manutenção e desenvolvimento do ensino
União - nunca menos de 18% da receita de impostos + transferências
(menos as concedidas de impostos) anualmente.
Estados, DF, Municípios não menos que 25%.

CONCEITUAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS


Receitas – ingressos financeiros no patrimônio público
· Originárias – de serviços cobrados, que tem uma origem real de uma
venda (preços públicos).
· Derivadas – derivadas dos contribuintes (tributos)
CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA PÚBLICA POR CATEGORIA
ECONÔMICA NO BRASIL
Classificação por categorias econômicas
· Correntes - tributária, de contribuições, patrimonial, industrial,
agropecuária, de serviços, transferências correntes e outras receitas
correntes.
· Capital – operações de crédito, amortização de empréstimos, alienação de
bens, transferências de capital, outras receitas de capital.
Estágios da receita
· Lançamento – ato na repartição competente (Receita Federal) que
reconhece o crédito fiscal e inscreve o débito, identificando o devedor,
valor, etc.
· Arrecadação – pagamentos dos contribuintes à rede bancária ou repartição
competente
· Recolhimento – entrega da arrecadação pelas repartições ou bancos ao
Tesouro Nacional

CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS SEGUNDO A FINALIDADE,


NATUREZA E AGENTES (CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL E ECONÔMICA).
Classificação funcional - rol de funções e subfunções pré-fixadas, agregando
os gastos públicos por área de ação governamental, nas três esferas.
Por ser de aplicação comum e obrigatória no âmbito dos Municípios, dos
Estados e da União, a classificação funcional permitirá a consolidação
nacional dos gastos do setor público.
As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas a
que estejam vinculadas.
FUNÇÃO
A função representa o maior nível de agregação das diversas áreas de
despesa que competem ao setor público.
A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não
se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo
corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins,
representando, portanto, uma agregação neutra.
SUBFUNÇÃO
A subfunção representa uma partição da função, visando agregar
determinado subconjunto de despesas do setor público.
Na nova classificação a subfunção identifica a natureza básica das ações
que se aglutinam em torno das funções.
As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes.
Assim a classificação funcional será efetuada por intermédio da relação da
ação (projeto, atividade ou operação especial) com a subfunção e a função.
Exemplo 1: uma atividade de pesquisa na FIOCRUZ do Ministério da Saúde
deve ser classificada – de acordo com sua característica – na subfunção n.°
571 “Desenvolvimento Científico” e na função n.° 10 “Saúde”.
Exemplo 2: um projeto de treinamento de servidores no Ministério dos
Transportes será classificado na subfunção n. ° 128 “Formação de Recursos
Humanos” e na função n. ° 26 “Transportes”.
Exemplo 3: uma operação especial de financiamento da produção que
contribui para um determinado programa proposto para o Ministério da
Agricultura será classificada na subfunção n. ° 846 “Outros Encargos
Especiais” e na função n. ° 20 “Agricultura”.
Há convergência entre as estruturas do PPA e do orçamento anual a partir
do programa, “módulo” comum integrador do PPA com o Orçamento. Em
termos de estruturação, o plano termina no programa e o orçamento
começa no programa, o que confere a esses documentos uma integração
desde a origem, sem a necessidade, portanto, de buscar-se uma
compatibilização entre módulos diversificados. O programa age como único
módulo integrador, e os projetos e as atividades, como instrumento de
realização dos programas.
Cada programa contém, no mínimo, objetivo, indicador que quantifica a
situação que o programa tem por fim modificar e os produtos (bens e
serviços) necessários para atingir o objetivo. Os produtos dos programas
dão origem aos projetos e atividades. A cada projeto ou atividade só pode
estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida,
dá origem à meta.
Os programas são compostos por atividades, projetos e uma nova categoria
de programação denominada operações especiais.
PROGRAMAS
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental.
Articula um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum
preestabelecido, mensurado por indicadores estabelecidos no PPA, visando
à solução de um problema ou o atendimento de uma necessidade ou
demanda da sociedade.
Toda a ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em
programas, orientados para consecução dos objetivos estratégicos
definidos, para o período, no PPA. A ação finalística é a que proporciona
bem ou serviço para atendimento direto às demandas da sociedade.
São 4 (quatro) os tipos de programas previstos:
· Programas Finalísticos
São programas que resultam em bens e serviços ofertados diretamente à
sociedade. O indicador quantifica a situação que o programa tenha por fim
modificar, de modo a explicitar o impacto das ações sobre o público alvo.
· Programas de Gestão de Políticas Públicas
Os Programas de Gestão de Políticas Públicas abrangem as ações de gestão
de Governo e serão compostos de atividades de planejamento, orçamento,
controle interno, sistemas de informação e diagnóstico de suporte à
formulação, coordenação, supervisão, avaliação e divulgação de políticas
públicas. As atividades deverão assumir as peculiaridades de cada órgão
gestor setorial.
· Programas de Serviços ao Estado
Programas de Serviços ao Estado são os que resultam em bens e serviços
ofertados diretamente ao Estado, por instituições criadas para esse fim
específico. Seus atributos básicos são: denominação, objetivo,
indicador(es), órgão(s), unidades orçamentárias e unidade responsável pelo
programa.
· Programa de Apoio Administrativo
O programa de Apoio Administrativo corresponde ao conjunto de despesas
de natureza tipicamente administrativa e outras que, embora colaborem
para a consecução dos objetivos dos programas finalísticos e de gestão de
políticas públicas, não são passíveis de apropriação a esses programas.
Seus objetivos são, portanto, os de prover os órgãos da União dos meios
administrativos para a implementação e gestão de seus programas
finalísticos.
AÇÕES
São de três naturezas diferentes as ações de governo que podem ser
classificadas como categorias de programação orçamentária: atividade,
projeto e operação especial.
Os projetos e atividades são os instrumentos orçamentários de viabilização
dos programas. Estão assim conceituados:
Atividade: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de
um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de
modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à
manutenção da ação de governo.
Projeto: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações, que se realizam num
período limitado de tempo, das quais resulta um produto que concorre para
a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
Operação Especial: são ações que não contribuem para a manutenção das
ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Representam,
basicamente, o detalhamento da função “Encargos Especiais”. Porém um
grupo importante de ações com a natureza de operações especiais quando
associadas a programas finalísticos podem apresentar produtos associados.
São despesas passíveis de enquadramento nesta ação (operações
especiais): amortizações e encargos, aquisição de títulos, pagamento de
sentenças judiciais, transferências a qualquer título (não confundir com
descentralização), fundos de participação, operações de financiamento
(concessão de empréstimos), ressarcimentos de toda a ordem,
indenizações, pagamento de inativos, participações acionárias, contribuição
a organismos nacionais e internacionais, compensações financeiras.
Com exceção do pagamento de inativos, que integra uma função específica,
as demais operações serão classificadas na função “encargos especiais”.
LOCALIZAÇÃO DO GASTO
As atividades, projetos e as operações especiais serão desdobradas para
especificar a localização geográfica integral ou parcial das respectivas
atividades, projetos e operações especiais, não podendo haver, por
conseguinte, alteração da finalidade e da denominação do produto.
A localização do gasto é o menor nível de detalhamento na lei, e na fase da
elaboração, é onde o órgão setorial apropria o valor financeiro da sua
proposta orçamentária.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA
Classificação Institucional – é a classificação por Órgão/Unidade
Orçamentária, encontrada no Manual Técnico de Orçamento da Secretaria
de Orçamento Federal. A Unidade Orçamentária vincula-se ao órgão. Cada
Unidade Orçamentária representa uma fatia no bolo do Orçamento.
Exemplo: o MEC é o órgão 26000 na classificação institucional. Entretanto,
ele possui várias unidades orçamentárias, como as Universidades, por
exemplo, algumas fundações, etc.
A estas Unidades Orçamentárias atribui-se o número da classificação
institucional. Por exemplo: 26245 – UFRJ, 26298 – FNDE, etc.
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA QUANTO A SUA NATUREZA
Para classificar uma despesa quanto à natureza deve ser identificada a
categoria econômica, o grupo de despesa e sua modalidade de aplicação
dos recursos. Para esta classificação, é utilizado um conjunto de tabelas,
cada qual associada a um número. A agregação destes números constitui
um código referente à classificação da despesa quanto à natureza.
1o dígito - indica a categoria econômica da despesa;
2º dígito - indica o grupo de despesa;
3o e 4º dígitos - indicam a modalidade de aplicação;
5o/6o dígitos - indicam o elemento de despesa (objeto de gasto).
Ex. 349039 459052
DEFINIÇÃO DE IMPOSTOS, TARIFAS, CONTRIBUIÇÕES FISCAIS E
PARAFISCAIS.
Fiscais
· Imposto – Tributo independente de qualquer atividade estatal específica
relativa ao contribuinte. Competência privativa da União, Estados, DF,
Municípios.
· Taxa – prestação de serviço ou poder de polícia - Competência comum
· Contribuição de melhoria – por acréscimo de valor decorrente de obra
pública – competência comum.
Obs. Alguns impostos apresentam característica de extrafiscalidade, ou
seja, o objetivo não é arrecadar, mas coibir atividade, regular mercado, etc.

Parafiscais
· Empréstimo Compulsório – Investimento relevante (princípio da
anterioridade da lei) e motivo de guerra externa ou iminência ou
calamidade pública (sem anterioridade). Competência exclusiva da União
por LC
· Contribuição – sociais, de interesse de categorias profissionais ou
econômicas, intervenção no domínio econômico ou da seguridade social
(estas 90 dias de prazo para cobrança). Competência exclusiva da União.
Conceito de tarifas – não são tributos, nem são compulsórias como a taxa.
São preços públicos cobrados por vendas, serviços prestados, atividades
industriais, agropecuárias, etc.

O FINANCIAMENTO DOS GASTOS PÚBLICOS, TRIBUTAÇÃO, EQÜIDADE E


OS PRINCÍPIOS TEÓRICOS DA TRIBUTAÇÃO.
Princípio do Benefício – O contribuinte pagaria, segundo este princípio, o
valor correspondente ao seu benefício ou parcela recebida de bens e
serviços públicos que faria uso. Difícil de ser aplicado
Princípio da Capacidade Econômica – as pessoas devem contribuir segundo
sua capacidade de pagamento
· Eqüidade horizontal – igualdade para os em condições iguais
· Eqüidade vertical – desigualdade de tratamento para desiguais.
TIPOS DE IMPOSTOS – PROGRESSIVOS, NEUTROS, REGRESSIVOS,
DIRETOS E INDIRETOS.
· Progressivos – maiores percentuais em classes de renda mais altas
· Regressivos – quanto maior a renda, menor o percentual da alíquota.
· Neutros ou proporcionais – alíquotas iguais em qualquer faixa.
Diretos - aplicados ao contribuinte diretamente, sobre a renda e a riqueza
sem transferências tributárias. Ex. IPTU, IPVA, IR, IOF.
Indiretos – são aqueles cobrados sobre a produção, consumo, vendas ou
circulação e repassados, e quem arca é o consumidor final, não o produtor
ou vendedor, que repassa o imposto. Ex. IPI, ICMS, ISS.
· Impostos indiretos - podem ser repassados. Ex. IPI
· Impostos diretos - não são repassados. Ex. IR.
Pode haver transferência dos impostos para frente ou para trás,
dependendo de uma série de fatores, tais como elasticidade do produto na
oferta e demanda, tempo envolvido.
Para frente - aumentar o preço e onerar o consumidor.
Para trás - pagar menos pelos fatores de produção. Há sempre um impacto
inicial, uma transferência tributária e um impacto final.
Produto elástico - difícil repassar o imposto para frente, sendo absorvido
pelo produtor, que tenderá a baixar seus custos.
Produto inelástico – transferência do imposto ao consumidor.
CARGA FISCAL PROGRESSIVA, REGRESSIVA, NEUTRA E CARGA ÓTIMA.
Carga progressiva – é a que aumenta à medida do consumo, propriedade,
renda, etc.
Carga regressiva – diminui ao aumento de renda, propriedade, consumo.
Carga neutra – seria, por exemplo, um imposto que interferisse o mínimo
nas decisões de produção ou consumo e na alocação de recursos. Melhor
exemplo: poll tax ou imposto per capita
Um imposto geral ou proporcional permite níveis de satisfação mais
elevados do que um imposto seletivo.
Um imposto geral sobre vendas é mais neutro do que um imposto seletivo.
Carga ótima - seria a carga paretiana, ou seja, aquela que não alterasse os
preços relativos do mercado, não influindo nas decisões de produção e
consumo.

CONCEITOS DE DEFICIT PUBLICO E NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO


DO DEFICIT
· Déficit Primário – Diferença negativa entre receitas e despesas, antes do
pagamento de Juros da Dívida, correções monetárias, etc.
· Déficit Nominal – Após o pagamento da parcela de juros.
· Déficit no Orçamento – Receitas orçamentárias menores que despesas
orçamentárias.

Alternativas usadas para cobrir déficits – Empréstimos internacionais,


emissão de moeda, colocação de novos títulos da dívida no mercado. Só
elevam juros e a dívida e fazem o Governo pagar juros à iniciativa privada.
O dinheiro acaba voltando em forma de maiores impostos, maior carga
tributária, etc. É necessário um ajuste econômico e eliminação do déficit
público para a retomada do crescimento.
FEDERALISMO FISCAL

Repartição das Receitas Tributárias

Estados e DF
· IR de rendimentos pagos (inclusive autarquias e fundações mantidas);
· 25% de impostos não previstos (LC da União).
· 20% de impostos residuais criados

Municípios
· IR de rendimentos pagos (inclui autarquias e fundações mantidas);
· 50% ITR nos imóveis no município;
· 50% IPVA (licenciados no município)
· 25% ICMS - ¾ no mínimo por valor adicionado (proporcional ao
arrecadado) e até ¼ cfe. Lei estadual ou federal (nos territórios)

Transferências da União - IR / IPI


· FPE - 21,5% (menos IR rendimentos).
· FPM - 22,5% (menos IR rendimentos).
· N, NE, CO - 3% (menos IR rendimentos pagos) para programas de
financiamento ao setor produtivo (via instituições financeiras oficiais, de
acordo c/ planos regionais de desenvolvimento). Semi-árido fica c/ pelo
menos 1,5 %, cfe. LC.

Outras transferências da União (CF/88)


· Estados, DF - 10% IPI exportação, proporcional ao exportado, não mais
que 20% (excedente distribuído), c/ 25 % do valor repassado aos
municípios ( ¾ por valor adicionado e ¼ por lei estadual ou federal em
território). Cálculo pelo TCU.
Vedação - retenção/restrição à entrega/ emprego de recursos dos Estados,
DF, Municípios (inclui adicionais/acréscimos de impostos), salvo entrega
pela União e Estados condicionada ao pagamento de s/ créditos.

Lei Complementar-Definir valor adicionado (municípios), normas para


entrega de recursos/ critérios de rateio dos fundos (equilíbrio sócio-
econômico entre estados e Municípios) e acompanhamento de cálculos de
cotas e liberações.

Montantes de tributos, recursos recebidos, valores entregues e a entregar /


critérios de rateio - divulgados até último dia do mês subseqüente à
arrecadação pela União (dados por Estado e Município), Estados (dados por
Município), DF e Municípios.

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