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biogénica.
Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................2
2. Problematização.............................................................................................................................3
3. Justificativa................................................................................................................................3
4. Objectivos...................................................................................................................................4
4.1. Geral:......................................................................................................................................4
4.2. Específicos:.............................................................................................................................4
5. Metodologia................................................................................................................................5
5.1. Área de estudo........................................................................................................................5
5.2. Materiais e Metodos...............................................................................................................6
5.3. Materiais.................................................................................................................................6
5.4. Métodos..................................................................................................................................6
5.4.1. Amostragem.......................................................................................................................6
Preparação das amostras..................................................................................................................6
Análise das amostras.........................................................................................................................7
5.4.2. Determinação da concentração da sílica..........................................................................7
6. Resultados esperados.................................................................................................................8
7. Cronograma de actividades......................................................................................................8
8. Orçamento..................................................................................................................................9
Bibliografia.......................................................................................................................................10
1. Introdução
A estrutura da Terra permite reconstruir os ambientes antigos em locais onde os fosseis são
preservados e inferir a cerca das características das condições passadas, o tipo de organismo que
predominava (Magalhães, 2016). Em locais onde há ausência ou há má preservação dos
microfósseis, é habitual usar matéria orgânica, vistos como um método alternativo para inferir a
cerca de tais condições passadas (Leng & Lewis, 2017).
O silício (Si) é o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre, possuindo cerca de 27,7%
e massa e nos solos encontra-se com uma média de 32%. Apesar disso, ele tem uma contribuição
relativamente baixa na composição química dos organismos, quando comparada com o carbono,
que possui uma composição semelhante (Costa, Moreau, & Moreau, 2010). Porém, quando
combinado com oxigénio forma-se o dióxido de silício (SiO 2). A designação sílica é utilizada por
conveniência para SiO2, quando este é encontrado na forma cristalina, amorfa, e hidratada, ou na
forma hidroxilada, também designada como silanol, siloxanol ou silicol (Gomes, Furtado, &
Souza, 2018).
A sílica biogénica (BSi) é um proxy quimicamente determinado que mede o teor de silício
amorfo contido nos sedimento, denotado por ser é um bom substituto para determinação da
abundância de diatomáceas e para outros microfósseis silicosos, incluindo esponjas. Portanto, a
BSi pode fornecer um índice de abundância de diatomáceas e em outros sistemas, sua
produtividade (Conley & Schelske, 2006), pós a produção de diatomáceas depende da
disponibilidade de ácido silícico dissolvido (Si(OH)4), usado para construir conchas de
microorganismos (Krause, et al., 2018).
Geologia Marinha Página 2
Variações da paleoprodutividade no Estuário dos Bons Sinais usando sílica 2020
biogénica.
Quando a BSi é usada como proxy de paleoprodutividade, por vezes tem sido confundido como
indicador de depleção da produtividade em alguns sistemas com baixo nível de nutrientes, de tal
forma que usar-se-á os silicatos como um elemento que contribui para maior produtividade das
diatomáceas (Conley & Schelske, Biogenic Silica, 2006).
2. Problematização
3. Justificativa
4. Objectivos
4.1. Geral:
4.2. Específicos:
Determinar o teor da sílica biogénica (Bsi) e suas variações em amostras dos
testemunhos sedimentares;
Quantificar as concentrações de sílica biogénica (BSi) nos sedimentos tendo em
conta a disponibilidade de nutrientes;
Relacionar as variações da paleoprodutividade encontradas com as características
oceanográficas da região.
5. Metodologia
5.1. Área de estudo
O Estuário dos Bons Sinais está localizado na zona centro do país, na província da Zambézia,
com uma largura média de 0.6 Km e cerca de 30 Km de comprimento, limitada pela floresta de
mangal ao longo das margens, constitui limites entre os distritos de Quelimane a norte e a sul de
Inhassunge (Chichava, não publicado). O Estuário dos Bons Sinais é alimentado por dois rios
(Licuar e Cuacua) que se encontram na região denominada confluência, sendo alimentado pelas
descargas de efluentes e pelos mangais que trazem nutrientes abundantes e a sustentam em alta
produtividade primária. O estuário situa-se numa região com clima tropical húmido caracterizado
por estações chuvosa e seca, com um período de Outubro à Março e de Abril à Setembro
respectivamente, a maré é semi-diurna com uma amplitude média de 2,6m e apresenta uma
profundidade média de 12 m; os seus sedimentos são constituídos maioritariamente por argila
(Timba, 2014).
Materiais
Amostrador Espectrofotómetro
Geleira Microscópio óptico
Estufa Béqueres de vidro
Reagentes
5.4. Métodos
5.4.1. Amostragem
Para a realização desta pesquisa serão feitas saídas de campo para a coleta de sedimentos sub-
superficiais, através de um (1) core de aproximadamente 2m de profundidade, num ponto
arbitrário do estuário com a finalidade de extrair os sedimentos, numa fase da maré de sizígia
para permitir o acesso a uma variabilidade espacial do canal e depois serão feitas sub-
amostragens com vista a retirar os sedimentos no core em fracções daí as amostras serão
conservadas em sacos plásticos levadas ao laboratório para efetuar análises químicas e
sedimentológicas.
homogeneização, neste caso, os reagentes químicos possam actuar de forma uniforme na amostra
(Pires, 2014). Para eliminação do teor de carbonatos será usado o método por gravimetria, essa
técnica consiste na diferença entre o peso inicial e o final após o tratamento das amostras com
Ácido Clorídrico (HCl 1M). O processo de adição de HCl deve ser repetido por três vezes para
haver a total retirada de carbonatos das amostras (Leventhal & Taylor, 1990) modificado por
(Pires,2014).
3. Depois de 5 horas, deixar arrefecer a temperatura ambiente e filtraer com o papel filtro.
Para a análise da concentração de silício nos sedimentos, estes serão liofilizados e depois serão
colocados em garrafas de vidro que de seguida serão atacados com uma solução de carbonato de
sódio (Na2CO3). As garrafas serão colocadas em um banho de agitação coberto a 85 ◦C e 100
rpm com tampas minimamente soltas para libertar os gases.
As subamostras são analisadas quanto ao silicato dissolvido por qualquer padrão analítico aceito
para o método de medição do silicato dissolvido. Um mínimo 4 análise devem ser realizados de
forma a si verificar a quantidade de silício extraído em cada intervalo de tempo, tendo em
consideração a quantidade de sedimentos dissolvidos, e será feita uma estimativa para inferir
sobre a concentração de BSi. Caso não haja uma tendência crescente do Si extraída extraído em
cada analise das subamostras que foram submetidas de forma sequenciada aos banhos, devem ser
reduzidas as para um máximo de três banhos (Conley, 1998).
6. Resultados esperados
Referente às análises químicas espera-se nesta pesquisa fazer a classificação dos sedimentos da
área de estudo de acordo com o teor de silica biogenica determinados nos sedimentos.
Registar-se o padrao das mudancas na produtividade biologica e dos fluxos da silica biogenica
em relacao as mudacas climatica relacionando-as a mudancas oceanógrafas.
7. Cronograma de actividades
Meses
Ord. Actividades Mar Abr Mai. Jun. Jul. Ago Set Out Nov
1 Pesquisas Bibliográficas x
2 Trabalhos de campo x
3 Analise das amostras x
4 Analises dos resultados x
5 Submissão da primeira versão x
6 Submissão da versão final x
8. Orçamento
Bibliografia
Conley, D. J. (1998). An interlaboratory comparison for the measurement of biogenic silica in. Northern
Swedish.
Costa, L. M., Moreau, A. M., & Moreau, M. (2010). Estabilidade da sílica biogênca exraída de capim
jaraguá (Hyparrhenia rufa) em solução de NaOH. Brasil.
Duarte, A. A., & Vieira, J. M. (1997). Caracteristicas dos ambientes estuarinos. Misturas em estuarios.
Portugal.
Gomes, L. S., Furtado, A. C., & Souza, M. C. (2018). Sílica e suas particularidades. RJ_Brasil.
Khan, N. S., Vane, C. H., & Horton, B. P. (2010). Stable carbon and C/N geochemistry of coastal wetland
sediments as a sea-level indicator. USA.
Krause, J. W., Duarte, C. M., Marquez, I. A., Assmy, P., Fernandez-Mendez, M., Wiedmann, I. A., et al.
(2018). Biogenic silica production and diatom dynamics in the Svalbard region during spring.
Norway.
Leng, M. J., & Lewis, J. P. (janeiro de 2015). C/N ratios and Carbon Isotope Composition of Organic
Matter in. Britis.
Leng, M. J., & Lewis, J. P. (2017). Applications of Paleoenvironmental Techniques in Estuarine Studies,
Developments in Paleoenvironmental Research 20,. Australia.
Leng, M. J., & Lewis, J. P. (janeiro de 2017). C/N ratios and Carbon Isotope Composition of Organic
Matter. British.
Leng, M. J., & Lewis, J. P. (2017). C/N ratios and caron stable isotopes Composition of Organic Matter.
British.
Middelburg, J. J., & Nieuwenhuize, J. (1997). Carbon and nitrogen stable isotopes in suspended matter
and sediments from Schelde Estuary. Netherlands