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MEDICINA LEGAL.

1. Século XIX  LACASSAGNE – Definição como ARTE DE COLOCAR OS CONHECIMENTOS


MÉDICOS A SERVIÇO DA ADMINISTRAÇÂO DA JUSTIÇA.
2. Século XIX  HOFFMAN – NEGA ARTE – CIÊNCIA que tem por objeto o estudo das
questões no exercício da jurisprudência civil e criminal e cuja solução depende de
certos conhecimentos médicos prévios.

AMBROISE PARÉ  ARTE DE FAZER RELATÓRIOS EM JUÍZO.

FODERÉ  É a ARTE de aplicar conhecimentos e preceitos dos diversos ramos principais e


acessórios da MEDICINA LEGAL à composição das leis e das diversas questões de direito para
interpretá-los e iluminá-los convenientemente.

CONCEITO MEDICINA LEGAL


É um conjunto de conhecimentos médicos destinados a servir ao direito e que cooperam na
elaboração, interpretação e execução de dispositivos legais, no seu campo de ação de
medicina aplicada.

França define perícia médico-legal como um conjunto de procedimentos técnicos e clínicos


que tem como finalidade o esclarecimento de um fato ligado à justiça.

FLAMÍNIO FÁVERO.
CLASSIFICAÇÃO:

1. CORRENTE:
a. RESTRITIVA - a Medicina Legal não constitui ciência autônoma, por não
apresentar objeto e método próprios, podendo ser aplicada por qualquer
médico no interesse da justiça.
b. EXTENSIVA - a Medicina Legal possui objeto e método próprios, podendo ser
c. exercida apenas por uma parcela de especialistas denominados médicos-
legistas.
d. ECLÉTICA ou INTERMEDIÁRIA ( ADOTADA ) - a Medicina Legal é, ao mesmo
tempo, ciência e arte. Ciência porque tem técnicas e métodos sistematizados,
voltados para uma finalidade própria, e arte porque, nas mãos do perito,
aplica esses preceitos com o objetivo de solucionar uma questão real
colocada. Dessa maneira, embora não possua método e objeto exclusivos, tem
algumas particularidades que a diferencia de outras ciências.

FRANÇA  ARTE e CIÊNCIA – NÃO ESPECIALISTA

HÉRCULES  ARTE e CIÊNCIA – É ESPECIALISTA


MEDICINA LEGAL NO BRASIL.
Brasil recebeu INFLUÊNCIA de  FRANÇA, ALEMÃ e ITALIANA.

SUBDIVISÕES DA MEDICINA LEGAL. (AFRÂNIO)

GERAL:

a. Deontologia (estuda os deveres)


b. Diceologia (estuda os direitos)

ESPECIAL:
a. Antropologia – Identificação do homem (idade, sexo, altura, peso, sinais pessoais)
b. Traumatologia – Lesões corporais (queimaduras, servícias, infanticídio, asfixia)
c. Sexologia – normal, anormal e criminoso.
d. Tanatologia – aspectos médico-legais da morte, fenômenos cadavéricos.
e. Toxicologia – venenos, envenenamentos, intoxicações, abuso de droga.
f. Asfixiologia – asfixia de forma violenta.
g. Psicologia – estudo da capacidade civil e responsabilidade penal.
h. Psiquiatria – doenças mentais, psicoses, psicopatias, dissimulação.
i. Criminalística – investiga tecnicamente os indícios materiais do crime.
j. Criminologia – aspectos da natureza do crime, criminoso, vítima e ambiente.
k. Vitimologia – vítima como elemento inseparável na justificação dos delitos.

CORPO de DELITO  Meio de Prova. ( A COISA)

 É todo vestígio que tem relação direta ou indireta com o crime.

PODE SER:

a. DIRETO – surge diretamente do fato.


b. INDIRETO – Por outros meios identifica-se o fato.

O EXAME DE CORPO DE DELITO é a própria perícia. (EXAME NA COISA)

a. DIRETO – exame realizado, em regra, por peritos, diretamente sobre o corpo de delito.
b. INDIRETO – Por intermédio de testemunhas, prontuários, fotografias.
DOCUMENTOS.

NOTICAÇÕES  comunicações compulsórias, sempre que houver necessidades sociais ou


sanitárias.

ATESTADO MÉDICO  Afirmação simples e por escrito de um FATO médico e suas


consequências.

QUANTO A PROCEDÊNCIA OU FINALIDADE:

1. Oficioso  na atividade privada para uma pessoa (menos formal)


2. Administrativo  Médico servidor público ou particular, mas que vai
desempenhar seu papel junto a uma repartição pública, ou seja, servem aos
interesses da administração pública.
3. JUDICIAL  por solicitação do juiz ou que integra os autos judiciários. Atende a
administração da justiça.

QUANTO AO MODUS FACIENDI OU CONTEÚDO.

1. Idôneo – É aquele expedido pelo profissional habilitado na função do cargo e seu


conteúdo expressa a veracidade do ato.
2. Gracioso ou Complacente ou de favor – fornecido sem a prática do ato profissional que
o justifique, não importando de gratuito ou pago.
3. Imprudente – fornecido de modo inconsequente, insensata e intempestiva, quase
sempre em favor de terceiros, via confiança do que o paciente relata.
4. Falso – falta com a verdade, dolosamente. Redigido por médico, com conteúdo de
afirmação errônea, patológica, ou inexistente de um fato médico.

Art. 301 – Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância
que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou
qualquer outra vantagem: Pena – detenção, de dois meses a um ano.

§ 1º – Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de


atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo
público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena –
detenção, de três meses a dois anos.

§ 2º – Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de


liberdade, a de multa.

Art. 304 – Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts.
297 a 302: Pena – a cominada à falsificação ou à alteração.

CUIDADO! Somente o médico comete o crime de Falsidade de Atestado Médico (Art. 302 CP).
Art. 302 – Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena – detenção, de um
mês a um ano. Parágrafo único – Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também
multa.

RELATÓRIO.
É a descrição minuciosa de um fato médico e suas consequências, feita por autoridade
competente (nesse caso seria o perito criminal ou médico legista.)

(GÊNERO) RELATÓRIO:

a. AUTO  quando ditado pelo perito ao escrivão, durante ou logo após a perícia.
b. LAUDO  quando redigido pelo próprio perito, posteriormente ao exame

PARECER.
É a resposta escrita de autoridade médica, de comissão de profissionais ou de sociedade
científica, à consulta formulada.

 Pode reforçar ou contradizer um laudo.

DECLARAÇÃO DE ÓBITO.
A DECLARAÇÃO DE ÓBITO dá início À CERTIDÃO DE ÓBITO que quebra o vínculo jurídico de
vida de uma pessoa e só pode ser feito por um médico.

QUEM EMITE:

S.V.O - Serviço de Verificação de Óbitos

MORTE:

a. Naturais
b. Conhecidas
c. SIATE / atendimento médico

IML.

MORTE:

a. Violenta – decorrente de forças externas.


b. Suspeita – cuja causa precisa ser esclarecida por não se ter certeza de ter sido natural.
c. Natural de pessoa não identificada

PRONTUÁRIO.

 Acervo documental padronizado, organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados


médicos prestados (logo trata-se de um documento histórico)

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