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Planejamento Pessoal
Planejamento Pessoal
Nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro há uma série de despesas extras, para as quais
você precisa se preparar.
Faça as contas, some: de um lado, as despesas estimadas para esses meses - não esqueça
de conferir se você terá outras além das listadas acima - considere-as pelo valor total para
pagamento à vista; do outro lado, as rendas do mesmo período.
Se você não tem idéia dos valores atuais para essas despesas, pegue as do ano passado e
acrescente 10%, que deverá ser o aumento médio desses itens, para este ano.
O que fazer?
Orçamento:
Dica: utilize nosso simulador de Orçamento Familiar, você poderá utilizá-lo online ou fazer o
download para seu equipamento.
Sobrou despesa?
Vamos à próxima etapa
• 1ª - Verifique o que pode ser parcelado, sem pagar juros. Utilize preferencialmente esta
alternativa para adequar seu fluxo de caixa. Considere a utilização do Cartão de Crédito,
apenas para "ganhar" um mês de fôlego.
• 2ª - Verifique se dispõe de reservas - aplicações financeiras que podem ser utilizadas.
• 3ª - Verifique as taxas de juros embutidas nos financiamentos, compare com os juros
que seu banco lhe cobra no Crédito Pessoal, ou no Cheque Especial, evite o
financiamento do Cartão de Crédito.
Orçamento Familiar
Por que fazer um orçamento ? É um erro muito comum a associação que existe entre
orçamento e privação. Não se esqueça que quem administra o seu orçamento é você mesmo
e, portanto, pode fazê-lo do modo que mais lhe agradar. Em suma, fazer um orçamento força-o
a examinar como você realmente gasta o dinheiro.
Uma desculpa muito comum usada pelas pessoas para não fazer um orçamento é: “Tenho de
gastar tudo o que ganho para continuar vivendo; portanto, um orçamento não terá utilidade
nenhuma para mim.”
O benefício principal de aprender a administrar o seu dinheiro com um orçamento é que ele lhe
proporciona uma experiência de como viver dentro das suas reais condições financeiras.
O primeiro passo é você relacionar todos os seus gastos utilizando a nossa planilha para
orçamento. Dessa forma, você vai poder identificar os seus gastos reais. Não se esqueça de
acrescentar todas as despesas do mês, até mesmo as pequenas. A seguir faça uma
comparação com os gastos médios de uma família, fruto de uma pesquisa realizada pela Fipe.
É importante observar que, embora os estudos sejam referência para a cidade de São Paulo,
onde a condição alimentar é uma das melhores do País, é bastante provável que essa
tendência seja semelhante em outras regiões.
• comparar as suas despesas com a média de uma família e avaliar a sua realidade;
Não há fórmula mágica para melhorar de vida. As pessoas de baixa renda devem
buscar serviços extras, aproveitando seu tempo livre ao máximo.
Trocar o automóvel. Adquirir um imóvel. Abrir o próprio negócio. Para atingir tais objetivos, o
melhor é formar uma poupança através de aplicações financeiras, ou partir direto para um
financiamento? Os números comprovam que sempre sai mais em conta optar pela aplicação.
Afinal, os juros de um financiamento crescem em progressão geométrica, enquanto os
rendimentos da maioria dos ativos financeiros evoluem em progressão aritmética. Isso, sem
falar na desproporção dos números. Por mais que a rentabilidade da aplicação seja sempre
multiplicada pela anterior, em progressão geométrica, a taxa é sempre bem menor. Mais que
isso, os analistas deixam claro que as instituições financeiras seguem a lógica de que, para ter
lucro, não se pode emprestar por um custo inferior ao do custo de captação de recursos.
A partir de dados disponibilizados pelas instituições financeiras no site do Banco Central
(www.bcb.gov.br), é possível verificar a evolução galopante dos juros no crédito. Uma taxa mês
de 0,5% ao mês salta para 3,04% em seis meses, 6,17% em um ano, 12,71% em dois anos e
19,67% em três anos. Uma diferença de 19,17 ponto percentual desde a primeira até a última
taxa. Se a taxa mês inicial for de 12%, o custo subiria muito mais em três anos: 5.801.56
pontos percentuais, para uma taxa de 5.813,56%.
Aplicação em um fundo
Mas apesar de saber que o preço do objeto do desejo será mais caro, a resposta à questão
sobre o que mais vale à pena fazer, no fim das contas, acaba sendo tão relativa quanto à
necessidade de cada indivíduo e a sua capacidade de controlar a própria ansiedade para obter
o bem desejado. O maior erro do consumidor, na visão dos analistas, é basear a decisão da
forma de pagamento muito mais na própria capacidade de comprometimento da renda do que
no valor final do bem.
Segundo o diretor da Corretora Ágora Sênior, Álvaro Bandeira, é fácil visualizar a diferença ao
analisar os custos de compra de um carro. Um modelo Golf 1.6, completo, da Volkswagen,
custa R$ 24.300,00 à vista, em uma concessionária de veículos do Rio de Janeiro, que oferece
um parcelamento em 36 prestações de 1.038,00, com entrada de 10%.
Negocie desconto
Álvaro Bandeira lembrou ainda que nessa mesma época era comum as lojas do varejo
comprarem lotes de um determinado produto, que só seriam pagos 90 dias depois, e vendê-los
por um preço menor que o pago na compra. Justamente, porque havia inflação muito alta, o
valor era menor na hora de pagar 90 dias depois. O mais importante ali era obter o capital o
mais rápido e correr para o mercado financeiro, para tentar ganhar uma soma superior que o
pago pelo produto.
- As Lojas Americanas, por exemplo, faziam muito isso. Mas hoje em dia ficou mais difícil
porque a inflação é baixa, os juros são elevados e a remuneração, menor. Não compensa o
risco - disse.
Mas os analistas afirmam que a questão financeira não é a única que deve ser levada em
consideração em uma decisão de compra. A relação custo e benefício, assim como a de risco
e retorno, também deve ser mensurada. Um exemplo claro é o da aquisição de um imóvel
próprio.
A Caixa Econômica Federal informou que R$ 2.509,00 é a prestação mensal de um
apartamento de dois quartos que custe até R$ 150 mil, e que pode ser encontrado em bairros
como Tijuca, Vila Isabel, Grajaú, Centro, Santa Teresa e Ilha do Governador, por exemplo.
Pelos critérios deste modelo de empréstimo, que utiliza recursos do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT), o indivíduo pode financiar até R$ 120 mil - ou seja, precisa ter os R$ 30 mil
restantes - por um prazo máximo de 150 meses. Mas segundo pesquisa do Sindicato da
Habitação no Rio de Janeiro (Secovi-RJ), o aluguel máximo para o um imóvel com estas
características pode chegar a R$ 1.200,00, sem considerar as despesas de condomínio.
Formar poupança
- Depende de vários fatores para identificar se o melhor é financiar ou poupar para comprar à
vista. Em alguns casos, talvez não haja outra saída a não ser financiar. Um imóvel, por
exemplo, é quase impossível de se comprar à vista. Se a opção for por um investimento, o
mais provável é levar quase toda a vida para atingir o objetivo. Daí, acaba sendo normal partir
para um planejamento em que seja possível endividar-se de maneira organizada, sem
prejudicar o orçamento doméstico. A possibilidade de obter um financiamento nada mais é do
que o resultado desse planejamento - declarou Rogério Estevão, diretor de produtos do
Unibanco.
Condições de compra
Para o tesoureiro do Banco Banif Primus, Mauro Paciello, além de avaliar o grau de
necessidade de aquisição do bem material, é importante identificar se a oportunidade surgida
pode ser a única. Ou seja, encontrar o imóvel dos sonhos e em condições que podem ser
custeadas no longo prazo.
- De fato, poupar do zero vai levar muito tempo até que se consiga juntar os recursos para
comprar uma casa própria. Contudo, se for possível gerar uma poupança, esta é sempre a
melhor alternativa. Sobretudo porque deixa de existir o risco de se enrolar financeiramente -
acrescentou.
Paciello recomenda fugir do financiamento para adquirir bens de valor menor ao de uma casa,
mas entende que evitar endividamentos desnecessários depende muito do grau de ansiedade
de cada um. Conforme observou, se o indivíduo tiver disciplina para poupar regularmente o
valor da prestação de um carro ou de uma geladeira em um fundo de renda fixa conservador,
por exemplo, poderá chegar ao objetivo desejado no mesmo prazo do financiamento - ou talvez
antes, dependendo do rendimento do ativo - sem correr o risco de se enrolar financeiramente.
O diretor de investimentos do Banco 1.Net, Gabriel Moura, concorda que formar poupança é
melhor que contrair uma dívida. Moura ressalva apenas que normalmente o indivíduo não quer
esperar 12 meses para adquirir um bem. Mesmo porque, observa o diretor, a aquisição desse
bem pode ser urgente.
- O indivíduo precisa de um automóvel, por exemplo, porque o antigo começou a dar
problemas mecânicos. Aqui não se trata de controlar a ansiedade, e sim de satisfazer uma
necessidade. Sendo assim, a história é outra - disse.
Uma pesquisa do Unibanco apontou que cerca de 30% dos investidores no País têm algum
tipo de crédito ou empréstimo. Na avaliação do diretor Rogério Estevão, isto significa que
muitas pessoas preferem fazer uma compra programada em vez de recorrer à poupança.
Estevão alega que existem pessoas com facilidade para abrir mão de uma poupança formada,
mas a maioria fica insegura na hora de gastar o recurso acumulado. Por isso, completa, se o
indivíduo faz um financiamento não vai ter sentimento de perda ou insegurança.
Orçamento. "Muitas pessoas vivem com o orçamento mensal estruturado de uma determinada
maneira, mas quando contraem uma dívida abrem mão dos supérfluos para redirecionar a
capacidade financeira para o pagamento da dívida. Em outras palavras, procuram se organizar
para atingir este objetivo de livrar-se da dívida o mais rápido possível", acrescentou.
Estevão afirma que ninguém deve ter preconceito ou vergonha de contrair uma dívida através
de uma tomada de crédito. Em países desenvolvidos, alega, se o indivíduo não tem crédito,
não é cidadão. No caso de uma compra com prazo a partir de seis meses, diz o diretor, o
consumidor já pode pensar em pagar através de um financiamento.
- Existe aí também a questão do prazer e do bem estar que o produto proporciona à pessoa, e
isso é muito subjetivo. Se for adquirir um aparelho de som novo, por exemplo, a economia é
verdadeira se a pessoa opta pela poupança. Mas será que vale à pena esperar tanto tempo? O
quanto da saúde o indivíduo consome porque não alivia o stress do dia-a-dia ouvindo música?
- declarou.
Stress. Existe também o outro lado da questão. O stress que a pessoa pode passar a viver só
de saber que tem o orçamento mensal comprometido por uma dívida. Se não tiver estrutura
emocional para suportar esta pressão, os analistas recomendam partir mesmo para a formação
da poupança.
- Depende muito de cada um saber o que é melhor. De qualquer forma, ao avaliar a forma de
realizar uma compra é preciso ter alguns cuidados e não fazer certas confusões. Por exemplo,
o cheque especial é um elemento de proteção, e não uma alternativa de crédito como muitos
imaginam. Se a pessoa opta por um empréstimo pessoal, os juros serão bem menores -
explicou Estevão.
O diretor do Unibanco sugere a quem decidir tomar um crédito seguir três dicas: o recurso será
sempre mais barato na instituição financeira em que o indivíduo já possui tempo de
relacionamento; oferecer uma garantia ou ter investimentos na instituição pode representar
taxas menores, de 4% caindo para até 2,2%, por exemplo; e compare a taxa oferecida pela loja
com a do banco na hora de realizar a compra, porque o lojista costuma cobrar mais caro do
cliente por não o conhecer.
Sem volta. Na hipótese do indivíduo estar pensando que pode ser uma boa idéia tomar um
crédito para saldar uma dívida ou começar uma aplicação, a recomendação dos analistas é
nunca optar por este caminho, porque tem volta. O gestor de renda fixa da área de asset
management do Banco American Express, Ricardo Colin, destacou que é sempre melhor
priorizar o pagamento da dívida com o capital novo que estiver entrando na conta corrente.
Nunca invente estratégias mirabolantes que podem acentuar o problema inicial.
- Toda dívida é sempre muito cara e não existe uma aplicação, sobretudo com baixo grau de
risco, que proporcione ganhos superiores aos da variação da dívida. Por isso, amortizar o
débito é sempre a melhor alternativa - complementou.
O peso da tributação
O que faz o custo de um financiamento ser mais elevado que o do rendimento de uma
aplicação é a lógica de que uma instituição financeira, para ter lucro, não pode emprestar por
um custo inferior ao custo de captação de recursos.
A taxa do crédito também é mais cara em função dos custos operacional e administrativo do
banco, do risco de inadimplência e do spread (o lucro do banco). Mas o componente
considerado mais perverso é o recolhimento compulsório. Para depósitos à vista, 45% do valor
deve ser depositado pela instituição no Banco Central. Nos depósitos a prazo, o recolhimento é
de 10%, remunerado pelo Certificado de Depósito Bancário (CDB).
- Esse mecanismo é usado pelo Governo, atualmente, para manter a taxa básica de juros
(Selic) em níveis elevados e desestimular o consumo. Porém, sempre que a Selic aumenta, a
inadimplência acompanha a alta, porque fica mais difícil para o tomador devolver o recurso
captado. Cria-se aí um círculo vicioso - declarou Prada.
O presidente da ABBC acredita ser possível reduzir o custo do crédito, mas, para isso, o
Governo teria que reduzir a Selic e extinguir o IOF e os compulsórios. "Se isso ocorresse, a
inadimplência cairia, o risco cairia e os bancos poderiam reduzir os custos. Entraríamos aí em
um ciclo virtuoso", completou.
Spread. Por mais que o Governo viesse a oferecer as condições mais favoráveis para redução
dos encargos sobre o crédito, o rendimento de uma aplicação nunca chegaria a ser maior do
que o custo da captação. O economista chefe da Sul America Investimentos, Luiz Carlos Costa
Rego, explicou que o banco ganha dinheiro exatamente na diferença entre o empréstimo e a
aplicação, o que constitui o spread bancário. O único instrumento a favor do tomador, neste
caso, é o da concorrência entre as instituições, que pode fazer a taxa ficar mais acessível em
determinados momentos.
- O tripé de qualquer aplicação é rentabilidade, risco e liquidez. Quanto menor liquidez, maior a
rentabilidade. Assim como, quanto maior o risco, maior a rentabilidade. Da mesma forma, as
taxas para empréstimos são maiores porque os créditos são para várias pessoas e a
inadimplência é muito alta - concluiu.
>> Busque crédito na instituição financeira com que já tem um relacionamento e um histórico.
>> O custo do crédito é proporcional ao risco de inadimplência que o indivíduo representa para
a instituição financeira.
>> Se o crédito é obtido em um banco ou uma financeira que não conhece o tomador, os juros
serão sempre bem mais elevados.
>> Oferecer uma garantia pode ajudar a obter um crédito com mais facilidade e custo menor.
Uma taxa de 4% pode cair para algo até 2%, se houver uma garantia envolvida como um carro
ou uma casa.
>> Ter seguros ou qualquer serviço da instituição financeira também favorece na análise da
tomada de crédito. O cliente não pode ter outro tipo de financiamento no banco, porque vai
exceder o limite de endividamento que a instituição estabeleceu.
>> Compare os juros da instituição financeira em que é cliente com as da loja em que deseja
realizar uma compra. Normalmente o lojista cobra taxas mais elevadas porque não conhece o
tomador.
Em cada fase da vida de seus filhos, os pais devem ensinar conceitos como planejamento,
poupança, noções de valor (como caro e barato) e a importância de ter uma reserva de
recursos para situações inesperadas. Para lhe ajudar nessa tarefa, o ONNEWS conversou
longamente com a psicóloga Lúcia Cristina Zanella que sugeriu os conceitos financeiros que
devem ser ensinados às crianças durante seu crescimento. Aprenda com ela:
• Crianças gostam muito de cofres. Usá-los para dar aos pequenos as primeiras noções
de poupança e planejamento é uma excelente idéia. Aqui dá para ensinar um conceito
importantíssimo: só com poupança pode-se atingir um objetivo. Que nesse caso pode
ser comprar um sorvete ou um brinquedo novo.
• Outra lição a ser tirada da utilização do cofrinho: ter independência para realizar seus
desejos.
• O interessante é notar que muitas crianças até desistem de seu objetivo. Preferem
manter o cofrinho cheio de moedas, a quebrá-lo.
• Lembre-se: o modelo dos pais é fundamental. Não adianta dizer que a criança deve
poupar e agir como um "gastão". Crianças têm grande parte do seu comportamento
influenciado pela imitação. O primeiro e maior exemplo são os pais.
• A idéia de posse e propriedade é complexa para as crianças em idade pré-escolar.
Nessa fase da vida, elas acreditam que tudo é delas. Devolver ao dono um objeto
perdido, por exemplo, é uma atitude louvável dos pais e que deve ser acompanhada
pelas crianças. Elas aprendem que não há valor em ter algo à custa do prejuízo do
outro.
• A partir de cinco anos de idade, é possível ensinar noções de valor aos pequenos, como
caro e barato, além da idéia de preservação dos bens.
• Nessa fase da vida, eles podem compreender que os pais trabalham e, em troca,
recebem dinheiro -- que é usado para adquirir aquilo que a família precisa para viver.
• Por volta dos sete anos, quando a criança aprende a contar já é possível começar a dar
uma mesada semanal.
• Mas atenção às quantidades. Uma criança desta idade sabe fazer contas simples,
envolvendo valores pequenos, como 2+2 ou 2+3.
• O valor da semanada deve ser pequeno, na medida do que a criança consiga contar,
manipular e administrar.
• Nessa idade, eles irão comprar coisas que custam centavos como doces e figurinhas,
por exemplo.
• Para receber o dinheiro, o ideal é estabelecer um dia certo e mantê-lo. Não vale
antecipar ou atrasar o pagamento, para não confundir o planejamento da criança.
• Os pais devem participar e acompanhar a utilização do dinheiro, principalmente
ajudando nas contas. Pedir para a criança mostrar o troco e conferi-lo junto a ela é uma
boa maneira de se aproximar como um ajudante na aventura. Mesmo os mais velhos
precisam da supervisão e da participação dos pais na gestão dos recursos.
• Planos a "longo prazo" podem ser encorajados pelos pais. Juntar duas semanadas para
comprar algo é um bom aprendizado.
• Aos dez anos de idade, a semanada já pode ser reajustada. Pode ser o suficiente para
comprar um lanche na escola, por exemplo. É hora também de ensinar a criança a ter
sempre uma pequena quantia de dinheiro para alguma eventualidade, como comprar
um cartão telefônico para fazer uma ligação necessária ou algo para comer em um
eventual atraso dos pais para buscá-lo na escola.
• Dependendo do poder aquisitivo dos pais, este valor não precisa ser parte da mesada.
Pode ser dado separadamente e guardado no fundo da mochila. Mas não deve ser
gasto em vão: é um fundo destinado apenas para as emergências.
• Crianças gostam de ajudar os outros. Tome-se um exemplo prático. Quase 90% das
ligações feitas para doar dinheiro para o Criança Esperança partiram da iniciativa de
crianças, que pediam aos pais para fazer a doação.
• Nesse caso, os pais também podem estimular aos que recebem mesada a dar
pequenas contribuições mensais para algum fundo ou programa solidário que a família
participe.
• Os pais devem mostrar e explicar aos filhos, o quanto antes, o que é e como funciona
um orçamento familiar. Uma criança de dez anos pode até ajudar a fazer o fluxo de
caixa. Ela irá se sentir muito bem, participando e contribuindo a uma atividade que gera
o bem-estar de todos.
• A partir de uma planilha é possível mostrar às crianças qual é a renda familiar e os
gastos mensais.
• Desta forma, a criança aprende quais são as prioridades, o que são despesas fixas,
gastos variáveis e controle orçamentário. Use explicações simples para as dúvidas que
surgirem.
• O dinheiro deve ser dado para a criança aprender a administrá-lo e suprir algumas
necessidades e não para pagar por tarefas ou dar prêmios. Atividades domésticas são
obrigação de todos da família. Não é aconselhável pagar uma criança que lavou o
quintal, por exemplo. Se a mãe fizesse o mesmo, não receberia nada. Cuidar do bem-
estar de todos, inclusive de si mesmo, é a melhor motivação neste caso.
Além de cortar todas as formas de crédito, como cheques e cartões de crédito, o ideal é que
alguém da família ou um amigo próximo assuma o controle das finanças do paciente. Embora
não exista dados estatísticos sobre a doença no Brasil, ela tem crescido bastante. Já existe até
um grupo de auto-ajuda chamado Devedores Anônimos, que segue a mesma linha de atuação
do Alcoólatras Anônimos.
Assim como todo dependente, os consumidores compulsivos demoram a admitir seu vício. No
caso deles é particularmente difícil porque fazer compras é uma atitude bem vista e até
incentivada pela sociedade. A causa do consumo compulsivo é uma conjunção de fatores
biológicos e psicológicos. Ao mesmo tempo, com as compras, a pessoa tenta preencher "o
buraco" provocado por problemas do dia-a-dia.
Até o início do ano passado, toda vez que Maria José, 60, ia a uma consulta médica, carregava
consigo uma série de pacotinhos. Eram presentes para médicos, enfermeiras e recepcionistas.
Outro hábito dela era reunir sobrinhos e amigos do filho e os levar a lanchonetes e parques de
diversão. Cada um pagava a sua parte? De jeito nenhum. Maria José fazia questão que as
despesas ficassem por sua conta.
De presente em presente, ela gastava mais do que ganhava. Funcionária da área de recursos
humanos e formada em pedagogia e direito, Maria José chegou a perder um apartamento por
causa do desejo incontrolável de gastar. Quando as prestações do imóvel venciam, o dinheiro
já havia ido embora.
"O único bem que me restou foi um outro apartamento, que só consegui terminar de pagar
porque o valor das prestações era descontado do meu salário", diz.
Maria José afirma que sempre teve o mesmo comportamento. "Por anos a fio participei de uma
ciranda de empréstimos com bancos, administradoras de cartão de crédito, financeiras e
parentes para rolar as dívidas."
No início do ano passado, já aposentada e com uma renda menor, as instituições financeiras
fecharam as portas para ela. Seu nome entrou no cadastro de devedores da Serasa
(Centralização de Serviços Bancários). Na época, seus débitos somavam mais de R$ 30 mil.
"Foi quando cheguei ao fundo do poço", diz.
O vendedor Carlos Alberto, 41, também não resistia a agradar à família. "Se eu acompanhava
o meu tio ao supermercado, fazia questão de pagar as suas compras, mesmo sabendo que ele
ganhava três vezes mais do que eu", diz.
Carlos Alberto conta que o fato de ter dinheiro no banco o incomodava. Era preciso gastá-lo.
"Não conseguia deixá-lo na conta. Sou alcoólatra, faço tratamento há sete anos. Na época,
tentava compensar a dívida emocional que tinha com a minha família com presentes que
fugiam do meu real poder aquisitivo", diz ele, que por pouco não perdeu a casa onde mora.
Os nomes dos entrevistados acima são fictícios. Eles pediram à reportagem da Folha que suas
identidades fossem omitidas. Essas pessoas integram o grupo de auto-ajuda Devedores
Anônimos, que segue a mesma linha de atuação do Alcoólatras Anônimos. São consumidores
compulsivos, pessoas capazes de ir à bancarrota devido a gastos desenfreados.
"Essas pessoas são doentes. Elas têm o consumo como vício, da mesma forma que um
dependente químico necessita da droga ou um alcoólatra, da bebida", diz o psiquiatra Dartiu
Xavier da Silveira, diretor do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da
Universidade Federal de São Paulo).
No Brasil, não há estatísticas sobre o assunto. Nos EUA, estudos mostram que 1% da
população sofre de consumo compulsivo, cientificamente chamado de oniomania. No Reino
Unido, as pesquisas indicam que esse percentual é de 3% entre os adultos e 8% entre os
adolescentes.
Ao mesmo tempo, com as compras, a pessoa tenta preencher "o buraco" provocado por
problemas do dia-a-dia. "Conheço mais de um paciente que, ao brigar com a mulher, em vez
de enfrentar o problema, se posta diante da Internet para fazer uma série de aplicações
irracionais em Bolsa", afirma o psiquiatra.
Paralelamente, diz a psicóloga Denise Ramos, a pessoa deve tentar identificar as situações
que desencadeiam o consumo compulsivo. "É uma hora difícil, porque nesse momento ela
acredita que somente as compras podem lhe proporcionar bem estar."
O auditor fiscal Emerson Roberto Baldissera, 27, está passando por um processo de
reeducação financeira. Em agosto, cancelou os três cartões de crédito que possuía. A dívida
dos cartões, somada à do cheque especial, passou de R$ 3.000 para quase R$ 7.000 no último
ano.
Além de ter sido obrigado a mudar de cidade quatro vezes nos últimos três anos, devido ao
trabalho, o que causou grandes despesas, ele afirma que, até pouco tempo atrás, gastava
muito em lazer. "Por final de semana, cerca de R$ 200 iam embora", diz. No mês, esses
gastos, somados, eqüivaliam a 60% do seu salário líquido.
Baldissera também costumava comprar CDs compulsivamente. Eram cerca de 20 por mês.
Mas esse hábito ele foi obrigado a abandonar. "Parei de comprá-los quando, há alguns meses,
tive de vender meu aparelho de som para pagar parte das dívidas."
Em julho, ele renegociou com os credores todos os seus débitos. "Com os acordos, consegui
reduzir os juros cobrados, além de parcelar os pagamentos", diz. No mês passado, afirma que
quase não saiu de casa para evitar a tentação de gastar.
A jornalista Flávia Adalgiza, que com base em sua experiência pessoal escreveu o livro "O
Devedor - A Luta para Vencer a Guerra das Dívidas", recomenda que a pessoa tome a
iniciativa de procurar os credores para renegociar os débitos. "É importante mostrar disposição
para pagar", diz.
Flávia montou uma produtora de vídeo no interior de São Paulo no início dos anos 90. "O
projeto era megalomaníaco. A cidade não comportava um investimento daquele porte", diz. Por
causa disso e de problemas administrativos, quando ela se deu conta, já possuía uma dívida
superior a R$ 300 mil.
"É difícil. Nessas horas, a família se afasta, os amigos te isolam, parece que você é um
leproso. O devedor sente muita vergonha", diz.
De acordo com ela, é fundamental que o devedor tenha coragem de parar para fazer a conta
de tudo o que deve e para quem. "Chamo esse momento de "pânico um"." O "pânico dois",
segundo ela, é quando se toma consciência do tamanho do rombo.
O devedor, diz, tem então três alternativas: fugir, morrer ou vencer. "Geralmente dá para cortar
uma série de gastos, de alimentação a vestuário, sem perder a dignidade."
Flávia afirma que, mesmo que a economia seja pequena, ela nunca é desprezível.
Os devedores devem tomar cuidado para não ampliarem a dívida envolvendo outros membros
da família, sem antes ao menos tentar rever seu planejamento orçamentário.
O presidente da Andif diz, por exemplo, que tem crescido o número de mulheres inadimplentes.
"Mas, em 99% desses casos, há um homem por trás." Segundo ele, é comum que o chefe de
família, ao ter seu nome incluído na lista negra do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) ou da
Serasa (Centralização de Serviços Bancários), passe a fazer as compras com o nome da
mulher. Dessa forma, os dois acabam impedidos de comprar a prazo.
Na educação financeira, segundo Cássia, os pais têm papel fundamental. "Presentear demais
a criança não traz felicidade, só a deixa ansiosa." Ela sugere que os pais estabeleçam datas
para presentear os filhos. "Assim a criança passa a entender que deve esperar para obter o
que quer."
Cássia explica que, entre os seis e dez anos de idade, a criança não possui maturidade para
lidar com prazos longos, por isso "o ideal é dar o dinheiro semanalmente".
A partir dos 11 anos, de modo geral, a criança já possui habilidade para absorver prazos
maiores. "Mas não adianta simplesmente dar o dinheiro sem oferecer nenhuma orientação",
diz.
Segundo Cássia, os pais devem sentar com os filhos para, juntos, calcularem quanto da
mesada deve ser separado para os gastos fixos, como condução e o lanche na escola. Assim,
a criança passará a entender que apenas uma parcela da mesada poderá ser gasta para saciar
seus desejos. Além disso, ficará claro que eles devem ter limites e respeitar o orçamento de
determinado período.
Na última quinta-feira à noite, véspera de feriado, no horário marcado para a reunião do grupo
de Devedores Anônimos, na Igreja Nossa Senhora Perpétua do Socorro, só havia chegado
uma pessoa. Mas, pouco a pouco, depois de desafiarem o congestionamento que imobilizava a
cidade de São Paulo, os participantes do grupo foram chegando. Naquele dia, foram oito.
Geralmente são cerca de 15. "É que tem devedor aqui que está com dinheiro para viajar",
brinca uma das integrantes.
Depois de lerem trechos de textos que falam sobre o que é endividamento compulsivo, cada
um começa a falar sobre si. Não há perguntas. Cada participante usa aquele momento para
fazer um misto de desabafo e reflexão sobre como está se saindo no processo de abstinência.
Comentam, também, sobre a dificuldade de aprender a viver sem dívidas. Uma situação que
para eles é completamente nova e, por isso mesmo, assustadora.
A solidariedade ajuda a evitar recaídas. Quando sentem que uma crise está por vir, eles têm o
hábito de ligar para algum amigo do grupo. Dividindo a agonia, geralmente conseguem resistir
à compulsão.
Os pequenos passos são comemorados. Inclusive o fato de, sem culpa, ficar devendo R$ 10
para o dono da banca de jornal porque ele não tinha troco. "Estava ficando ansiosa com isso,
mas consegui ver que eu não fiz essa dívida porque quis. Depois, então, separei o dinheiro
para dar a ele", conta uma "D.A.", como se definem os participantes do grupo.
Ao fim da reunião, eles fazem uma oração pedindo serenidade para continuar na luta do não-
endividamento. E desejam "24 horas para todos", em referência ao fato de que a batalha pela
abstinência não acaba, mas tem de ser vencida diariamente.
VOCÊ X VOCÊ
Gastadores compulsivos e desorganizados nas contas, um alerta:
seu maior inimigo financeiro pode estar diante do espelho
Marta Barbosa
Atire a primeira pedra quem nunca pagou multa na locadora por ter esquecido de
devolver o filme na data; jamais comprou uma roupa caríssima que até hoje não
usou ou apostou dinheiro numa ação seguindo apenas a orientação dos amigos.
Quase todo mundo já cometeu pelo menos um deslize financeiro na vida. Errar uma
vez não chega a ser um problema. Perigoso é quando esses erros acontecem com
tanta regularidade que deixam de ser percebidos como sinônimos de prejuízo.
Tente calcular quanto já perdeu com eles e se verá diante do seu maior inimigo
financeiro: você mesmo. "Normalmente isso acontece com pessoas que preferem
usar autodenominações do tipo consumista compulsivo ou desorganizado
financeiramente do que encarar o problema", diz Cássia D’Aquino, educadora
financeira de São Paulo. Explicações do tipo "não consigo lidar com o dinheiro" não
convencem a orientadora. "Qualquer pessoa pode lidar com dinheiro", afirma
Cássia. "Por pior que seja nossa herança financeira, não existe segredo."
Mais do que uma questão psicológica, esses comportamentos fazem parte de uma
teoria financeira que começou a ser estudada nos anos 70 mas só ganhou
notoriedade no final dos anos 90, com estudos do americano Myron Scholes, Nobel
de Economia em 1996. Os fundamentos da teoria comportamental, como é
chamada, mostram que também o mercado financeiro sofre os efeitos das atitudes
incoerentes do investidor. Os estudos, acompanhados de perto aqui no Brasil pelo
professor Mauro Halfeld, da Universidade Federal do Paraná, se referem ao grau de
subjetividade que envolve uma decisão de investimento. Tudo pesa na definição de
onde e como gastar dinheiro, menos a razão.
"O problema é que o lado emotivo é muito forte na vida financeira das pessoas",
explica Halfeld. "O que poucos investidores percebem é que na economia tudo
depende da reação dos agentes do mercado e o comportamento do aplicador é
determinante." Um exemplo de até onde a decisão de um investidor pode interferir
no mercado são as chamadas "opções da moda". Quantas vezes você já ouviu de
um amigo ou parente uma indicação de ação com alta rentabilidade ou de um novo
fundo de investimentos cheio de atrativos? E quantas vezes você já aplicou por
indicação? Só que nem sempre o que deu certo com uma pessoa, vai dar com você.
A explicação é muito simples. "Escolher o produto adequado significa considerar o
seu perfil e as suas necessidades", diz Betty Kitner, diretora do Financenter, site de
finanças pessoais. Betty é taxativa na orientação: nunca se deve adquirir um
produto por ‘indicação’ ou sem a orientação de um profissional. Isso não se aplica
apenas ao mercado de ações. Alguém que resolve comprar um produto só porque é
barato ou para aproveitar uma liquidação está cometendo o mesmo erro, em
proporções diferentes, claro.
Agora, imagine alguém que prefere confiar na própria intuição do que na avaliação
de um profissional. O analista José Costa Gonçalves, da Stock Máxima Corretora de
Valores, sabe bem o que é isso. Ele lembra quando, no início da década de 80,
foram lançadas as ações da Itautec. "Recomendei a compra a todos que me
questionavam porque o mercado previa uma supervalorização." Foi o que
aconteceu. Em poucas semanas, o ativo variou de R$ 10 até R$ 36. "Foi quando
recomendei a venda." Gonçalves viu gente que teve o patrimônio investido
duplicado e até triplicado. Um ano depois, uma investidora procurou Gonçalves com
a intenção de se desfazer dos papéis que continuavam na sua carteira. "Mesmo
com minhas recomendações, ela acreditava que a trajetória de valorização não
seria interrompida", conta o analista. "E perdeu metade do que aplicou." Nem o
pior inimigo faria melhor.
Fonte: http://www.terra.com.br/dinheironaweb/
Procure o contrato da dívida e leia-o com atenção. Verifique se existem hipóteses e condições
para renegociação de dívidas;
Na renegociação, o credor deverá apresentar a posição dos débitos já pagos. Mas convém
você juntar todos os recibos de prestação já pagas até aquela data;
Defina qual é a melhor alternativa para você : uma prestação mais baixa por um prazo mais
longo; uma carência de alguns meses para voltar a pagar normalmente; uma redução nos
juros, por acha-los injustos; o pagamento antecipado de parcelas futuras;
Se lhe fizerem uma contraproposta, peça-a por escrito, em detalhes, e nunca feche qualquer
acordo na primeira reunião. Analise em casa, com calma;
Compra a vista é sempre a melhor opção, principalmente nos momentos de crise econômica.
Se você não tem pressa em comprar um produto, poupe o dinheiro. Em muito menos tempo do
que o prazo de pagamento das prestações, você poderá ter juntado a quantia suficiente para
comprá-lo à vista.
Mas, mesmo assim, o consumidor precisa estar atento para não ter prejuízo. É preciso
pesquisar, porque existem diferenças de preço de uma loja para outra. Por outro lado, ao
comprar a vista o consumidor sempre tem a possibilidade de negociar, pedir um desconto e
fazer um bom negócio.
À prazo
Comprar um produto em suaves prestações pode ser um bom negócio, mas é preciso ficar
atento para os seguintes detalhes:
... O vendedor deve informá-lo sobre: o preço do produto, ou serviço, à vista e a prazo; número
de prestações; a taxa de juros; juros de mora, se houver atraso no pagamento; outros
acréscimos previstos por lei.;
> A multa por atraso de pagamento não pode ser maior do que 2% do valor da prestação;
> Você pode adiantar o pagamento da dívida toda ou de parte dela, com direito a redução
proporcional dos juros e outros acréscimos.
Cartão de Crédito
Todos os cuidados que o consumidor deve ter nas compras à vista e a prazo, precisam ser
tomados nas compras feitas com cartão de crédito:
Assim como nas compras a prazo, no caso dos cartões de crédito, fuja dos juros e do excesso
de prestações. Os juros cobrados pelos comerciantes, mesmo altos, são menores que os do
cartão.
Devido aos juros altos, o cartão não deve ser usado para financiar compras a prazo, mesmo
com a possibilidade de adiar por até 40 dias o vencimento.
Ele pode ser usado se for parcelado pela loja, ou seja, como se fosse um cheque pré-datado,
em que, no ato da compra, já se sabe o valor a ser pago em cada parcela.
Certifique-se de que o cartão que lhe é devolvido pelo lojista depois da compra é realmente o
seu.
Cuidado com as compras feitas por telefone ou pela Internet Antes de dar o número do seu
cartão, é melhor certificar-se se o site oferece segurança. Para isso, basta verificar se no canto
esquerdo inferior da tela há um cadeado fechado.
Cheque pré-datado
Porém, conforme a legislação específica, o banco pode descontá-lo assim que for apresentado,
já que o cheque é uma ordem de pagamento à vista, independentemente do trato entre o
emitente e o beneficiário. Aqui está o perigo.
... cheque pré-datado deve ser sempre nominal e com a data em que deverá ser depositado
... nunca deve ser preenchido com o dia da compra;
... também não se deve assinar atrás, porque poderá ser passado para terceiros, os quais
poderão depositá-lo antes da data;
... Para maior garantia, deve-se fazer constar na nota fiscal o número do cheque emitido para
pagamento. Se for pré-datado, anote a data em que deve ser depositado;
... Se o cheque pré-datado for apresentado para desconto no banco antes da data combinada
com a loja onde foi feita a compra, o beneficiário pode ser responsabilizado por eventual dano
Sofrido pelo emitente.
“Fazendo seu Planejamento Financeiro, você estará controlando sua saúde financeira ,
importante não só hoje, mas principalmente para o seu futuro”.
1) Organize em uma planilha seu orçamento mensal – todas as despesas e receitas. Habitue-
se com o controle de suas finanças na ponta do lápis.
3) Monte seu orçamento de acordo com suas metas e objetivos de vida (casa própria, estudos,
viagens, etc)
4) Contabilize compras feitas com cartão e cheque pré; elas devem limitar-se à sua sobra de
caixa mensal, quando houver. Caso não haja, esqueça estes gastos
5) Gaste somente aquilo que ganha; sempre é possível economizar algum dinheiro,
independente da quantia. Procure reservar de 5 a 10% de sua renda mensal para uma
poupança, que pode ser sua reserva financeira para emergências, um plano de previdência e
outros;
6) Não se iluda com parcelas de valor baixo; os juros embutidos geralmente são abusivos;
7) Evite a utilização do cheque especial; com os altos juros praticados, sua dívida vira uma bola
de neve e, com o tempo se torna inviável de pagar sem realizar ações drásticas, como a
liquidação de bens e até a sua perda definitiva;
10) Poupe dinheiro para comprar à vista, pois provavelmente você conseguirá um preço
melhor;
12) Priorize seus gastos: uma poupança de R$ 30,00 por exemplo, é bem mais importante do
que um plano mais completo de sua assinatura de TV a cabo;
13) Todo “dinheirinho” que sobrar, seja economizando, cortando uma despesa supérflua ou
deixando de fazer uma compra, guarde para uma futura emergência (saúde, problemas na
casa, franquia de auto, etc).
A arte de economizar
É o verbo que todos nós deveríamos aprender a conjugar desde pequenos para viver com mais
tranqüilidade ou, pelo menos, sem tantas dores de cabeça. O mais importante é ter bom senso
e planejar bem as finanças.
É claro que nem sempre isso é fácil, principalmente quando o salário é insuficiente até para as
despesas básicas ou quando o desemprego bate à porta. Mas, apesar de todos os problemas,
pode-se pelo menos começar a traçar uma estratégia para enfrentar e vencer as dificuldades.
Sempre é tempo de tentar fazer com que o salário renda mais. A economia começa com um
orçamento da casa e dos seus moradores. Cada um deles deve definir o que é necessário e o
que é supérfluo. Se uma despesa não traz nenhum tipo de benefício nem para a pessoa, nem
para a família, o remédio é passar a tesoura. É por isso que todos devem estar envolvidos
nesse esforço concentrado para chegar a um acordo e manter o orçamento equilibrado.
Quando a ordem é apertar o cinto, são necessárias algumas medidas mais drásticas,
como:
• Comprar somente à vista. É melhor esperar um pouco mais e juntar dinheiro do que
pagar altas taxas de juros. Além disso, nas compras à vista, sempre pode-se conseguir
um preço mais baixo;
• Fugir das dívidas, principalmente do cartão de crédito ou cheque especial. Isso porque s
vilões do orçamento são as altas taxas de juros, que transformam uma pequena dívida
numa grande dor de cabeça.
Cuidado também com as tarifas cobradas pelos bancos, que podem ser evitadas,
como, por exemplo:
• Saques em agências 24 horas (caixas eletrônicos). Pode ser mais rápido, mas você
paga por isso;
• Cheque avulso;
• ordem de pagamento;
• sustação de cheques;
• manutenção de contas inativas etc.
São pequenas coisas que no final do mês pesam no orçamento doméstico. Dessa forma, é
preferível ir pessoalmente ao banco e realizar os pagamentos. E, mais importante, manter
organizado e controlado o saldo bancário para não ter surpresas.
Cortar alguns gastos para compensar as despesas extras, que sempre aparecem,
também ajuda a equilibrar o orçamento. Por exemplo:
Água
. . Não deixe a torneira aberta enquanto lava as mãos, escova os dentes ou faz a barba. A utilização de
aeradores (aquelas redinhas ou peneirinhas colocadas no bocal da torneira) podem reduzir o gasto de
água;
... Evite lavar calçadas, com esguicho. A vassoura produz o mesmo resultado e sem desperdício de água;
... Conserte torneiras e vazamentos. Para saber se existe algum vazamento, basta fechar todas as torneiras
e observar no hidrômetro, o indicador de movimento (orientador, meia-lua, bolinha ou gravatinha). Se
estiver girando, significa que está passando água. Pode-se detectar os vazamentos com mais facilidade à
noite ou em feriados, quando o consumo da cidade diminui e a pressão da rede aumenta.
Nas cidades com problemas de abastecimento, as pessoas costumam usar a mesma água para diferentes
finalidades. Por exemplo, a água usada para lavar roupa é depois aproveitada para lavar o quintal.
Energia Elétrica
... Verifique a fiação da casa. Fios desencapados, emendas malfeitas, provocam fuga de energia e o
conseqüente desperdício.
... Utilize lâmpadas de 60W. Deixe as de 100W para os ambientes que precisam de iluminação melhor e
apague as luzes ao sair de um cômodo.
... Paredes claras ajudam tornam o ambiente mais claro, evitando o uso lâmpadas de maior voltagem.
... Desligue o televisor antes de dormir. Se você costuma dormir vendo TV, prefira televisores que
desligam automaticamente.
... Evite o abre e fecha do freezer e da geladeira. Não guarde alimentos quentes neles e não deixe
acumular gelo.
... Verifique se a borracha de vedação da porta está em bom estado. Se não estiver, deve ser trocada, para
evitar desperdício de energia.
... Acumule uma boa quantidade de roupas para lavar, secar ou passar.
... Conheça a potência dos eletrodomésticos que você tem em casa, para saber quanta energia elétrica cada
um consome. Essa informação deve estar impressa no selo de identificação do produto ou no manual de
instruções. Para calcular o consumo de cada aparelho, basta multiplicar a potência pelo número de horas
que ele é usado por mês.
Alimentos
... Na hora de comprar frutas, legumes e verduras, dê preferência aos produtos de épocas, que são mais
frescos e mais baratos.
... Leve apenas o que vai ser consumido em dois ou três dias.
... Escolha os mais firmes e novos, sem partes envelhecidas, rachadas ou com manchas.
... Não jogue fora as folhas e talos. São partes muito nutritivas e devem ser aproveitadas no cardápio
diário.
... Verduras e legumes devem ser guardados inteiros. Não os guarde cortados ou descascados.
... Colocadas em sacos plásticos na parte inferior da geladeira, as hortaliças conservam-se por mais
tempo. Em temperatura ambiente estragam com mais facilidade. Por isso devem ser mantidas em local
fresco e arejado.
... Sempre que possível cozinhe os legumes com casca e de preferência inteiros.
... Não jogue fora a água do cozimento de legumes e verduras. Use-a para fazer sopa ou molhos.
... Sobras de alimentos já preparados podem se transformar em novos e deliciosos pratos. Para melhor
aproveitamento, devem ser guardadas em vasilhas limpas, secas e bem fechadas na geladeira ou em local
fresco.
Criatividade e bom senso são atitudes fundamentais para evitar o desperdício e salvar o seu bolso.
Você está pronto para poupar e viver com seu novo plano de despesas se você pensa sobre
suas metas financeiras:
· “eu consigo abrir mão de uma coisa que desejo muito hoje, com o objetivo de equilibrar
minhas finanças e adquirir quando puder no futuro.”
Você NÃO está pronto para viver com seu novo plano de despesas se você pensa.....
Dar um basta as compras feitos por impulso ou por hábito. Evite produtos supérfluos,
que não lhe proporcionem satisfação. Priorize marcas menos conhecidas. Compre
produtos que estejam na safra;
Faça uma lista das suas prioridades de consumo, aproveitando omáximo do dinheiro
que você possui. Os gastos na farmácia também devem ser controlados;
Tente negociar ou reduzir as grandes despesas. Você pode renegociar o valor do seu
financiamento imobiliário ou de seu empréstimo bancário, ou liquidar sua dívida do
financiamento do automóvel. Compre um carro mais simples ou procure andar de
ônibus, metrô e até de carona com amigos do trabalho que moram perto de você. Deixe
a vergonha de lado e, não se preocupe o que os outros vão pensar. Nossa experiência
comprova, que o que mais existe, são pessoas bem vestidas e com carro do ano, mas
que estão todas endividadas e sem perspectiva futura.
Tente reduzir suas despesas com aluguel Em muitos contratos de aluguel constam
ajustes e correções períódicas e, baseados principalmente, em índices como IGP-M ou
IPC-Fipe. Apesar disso, a aplicação desses percentuais de correção no aluguel muitas
vezes são negociáveis, chegando ao ponto de não haver reajustes. Devido a elevada
oferta de imóveis no mercado e a queda nas taxas de juros paga em investimentos, os
valores de aluguel estão caindo e possibilitando aos inquilinos negociar até uma
redução, mesmo antes do mês de acerto. Portanto, se você é bom inquilino ( paga
sempre em dia e cuida bem do imóvel ) e está com orçamento apertado, sugerimos que
negocie com o proprietário do imóvel ou com a corretora.
Como negociar
Seja econômico com energia elétrica e telefone. Evite o telefone celular. Só utilize para
chamadas urgentes e para receber ligações. Controle os gastos com a internet.
Reduza a quantidade de cartões de crédito; você estará reduzindo o valor pago nas
anuidades; não é necessário ter uma infinidade deles; escolha um, no máximo dois, de
preferência com programas de afinidades adequadas ao seu perfil (milhas em viagens,
descontos, etc)
Mesmo endividado, você deve traçar metas; assim que liquidar uma dívida, comece a
poupar para um determinado objetivo
Abra mão de uma coisa que deseja muito hoje, com o objetivo de equilibrar suas
finanças e poder adquirir aquilo que quer no futuro”
Preste atenção : Você deve enfrentar a sua situação e perceber que a solução não é ganhar
mais dinheiro, mas sim, aprender a administrar o dinheiro que possui.
Veja algumas dicas para você aprender a administrar melhor seu dinheiro.
1- Sempre é possível economizar algum dinheiro, seja qual for a quantia. O importante é
você começar a poupar.
2- Liste suas metas e objetivos de vida, e coloque no topo da lista de prioridades. Mesmo
que você esteja endividado, sua prioridade deve ser alcançar suas metas e sonhos. A
liquidação de uma dívida e o início de uma poupança, deve ser o caminho a ser seguido.
A grande armadilha da vida é quando você fica esperando sua situação financeira
melhorar para que comece a realizar seus sonhos e vontades. Está na hora de ver as
coisas de outra forma. A pergunta que devemos fazer é: O que me dá alegria? Em que
ocasiões tenho aquela maravilhosa sensação de satisfação? O que realmente quero na
vida? Não esqueça de incluir como meta de vida uma aposentadoria tranqüila e de
qualidade.
3- Liste todas as suas despesas do mês (o ideal é dos 03 últimos meses ) e a sua renda
.Utilize nossa PLANILHA DE ORÇAMENTO FAMILIAR simples, e ótima para você
controlar suas despesas e receitas.
Agora você já sabe onde quer chegar e qual a sua atual situação. É hora de fazer uma boa
análise dos seus gastos.
1. Monte uma estratégia para alcançar as suas metas e sonhos. Para isso, utilize os
nossos simuladores de investimento e de aposentadoria para calcular: ..
Poupança para adquirir algum bem ou viagem a ser realizada; ... Programação
para a minha aposentadoria; ... Reserva financeira para emergências; ...
Poupança para pagar os estudos do meu filho; ... Troca do meu apartamento;
2. Corte todos os gastos que considera supérfluo e que não acrescentem nada para
alcançar as suas metas. Reúna todos da casa e mostre a nova situação; a
necessidade de um controle emergencial para alcançar uma saúde financeira
equilibrada e com perspectivas futuras boas para todos.
4. Se você possui uma boa saúde financeira, com um orçamento equilibrado, é hora
de preparar um bom planejamento financeiro para não ser pego de surpresa. Veja
em Planejamento Financeiro a importância de você programar e administrar seus
recursos para alcançar seus objetivos e metas financeiras.