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SEGURANÇA
DO PACIENTE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
COMPLEXO HOSPITAL DE CLÍNICAS
AUTORES:
Adeli Regina Prizybicien de Medeiros
Ana Paula Hermann
Tatiana Brusamarello
REVISÃO:
Clélia Mozara Giacomozzi
Cleni Veroneze
Giselly Dib do Valle
DESIGN e DIAGRAMAÇÃO:
Kaoan Toledo
CURITIBA
2018
APRESENTAÇÃO
Bem-vindo (a),
Este módulo tem o objetivo de apresentar conceitos básicos e prepará-lo para os módulos que se
seguirão sobre o universo da Segurança do Paciente, especialmente sobre os protocolos de
segurança vigentes no Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-
UFPR). Bom curso!
O QUE É SEGURANÇA DO PACIENTE?
Como podemos garantir que os cuidados sejam seguros, mesmo que não
sejam ideais, quando as condições de trabalho são difíceis?
Conheça a resposta acessando a matéria completa com o especialista René Amalberti em:
https://goo.gl/B3ZWSx
Dessa forma, já que a eliminação de todos os riscos à segurança do paciente é utopia, nosso
desafio é sua redução.
Fonte:
<https://www.segurancadopaciente.com.br/central_-
conteudo/dis-
closure-precisa-integrar-a-cultura-de-seguranca-do-pa Fonte: <https://www.vix.com/pt/bdm/celebridades/3728/-
ciente/> dennis-quaid-re-
cebe-indenizacao-por-overdose-de-filhos-recem-nascidos>
Riscos envolvem a probabilidade de um incidente acontecer (OMS, 2011). Na área da saúde
os riscos ameaçam as pessoas e organizações diariamente. Portanto, há necessidade de
estratégias de enfrentamento dos riscos, como:
1. Evitar ou eliminar o risco: implica a não realização da atividade que envolve o risco a ser
combatido.
2. Compartilhar ou transferir o risco: possibilidade de aquisição de um seguro que asseguram aos
serviços e profissionais de saúde a cobertura de eventuais eventos adversos ocasionados.
3. Mitigar, reduzir ou controlar o risco: visa minimizar a probabilidade de ocorrência dos eventos,
minimizando o risco e reduzindo-o a níveis aceitáveis.
4. Retenção ou aceitação do risco: compreende o risco aceito pela organização sendo uma
estratégia adequada somente quando os riscos forem pequenos, com pouco impacto potencial, ou
se o custo da utilização de outra estratégia estiver acima das possibilidades da organização e do
total de perdas ou eventos adversos que se quer evitar (BRASIL, 2017).
Veja abaixo reportagem em que família recebe indenização decorrente de dano causado pela
assistência à saúde.
Situações como a mencionada acima passaram a ser mais discutidas com a publicação do relatório
“Errar é Humano: Construindo um Sistema de Saúde mais Seguro” (To Err is Human: Building a
Safer Health System), do Institute of Medicine dos Estados Unidos (IOM) trouxe à tona a temática
Segurança e motivou a mobilização de organizações internacionais para apoiar estratégias de
prevenção de falhas no cuidado.
Nos EUA:98.000 americanos morrem a cada ano devido a erros relacionados com
assistência à saúde, o equivalente a queda de um jumbo por dia nos EUA. Os custos estimados
estão em torno de U$ 17 a 29 bilhões por ano.
Fonte: <https://www.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/f6e91830-
-6247-4da2-ac74-07541448ce69>
Fonte: <http://portalhospitaisbrasil.com.br/pro-sangue-
-promove-uma-
Fonte: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noti- -semana-bem-doce-para-doador-de-sangue/>
cia/2011/12/auxiliar-de-en-
fermagem-que-aplicou-vaselina-tem-processo-suspenso.h
tml>
Além de risco e dano existem outros termos e definições vigentes para melhor compreensão da
nossa ação frente à Segurança do Paciente, afinal nenhum profissional de saúde tem a intenção de
causar dano a alguém no exercício da sua atividade.
Incidente sem
Near miss
dano
Cultura de segurança
Conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que determinam o comprometi-
mento com a gestão da saúde e da segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade
de aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde.
Resiliência
Relaciona-se com o grau com que um sistema continuamente impede, detecta, atenua o dano ou
reduz perigos ou incidentes.
Vamos conhecer um pouco mais sobre a legislação em Segurança do Paciente.
Identificação
dos riscos
Notificação
Monitoramento de
incidentes
Ações para
diminuição Investigação
do risco
Todo esse processo consiste na gestão de riscos que é definida pela ANVISA (BRASIL, 2017) como:
Após a identificação de riscos e notificação de incidentes ocorre a investigação desses incidentes
para posterior elaboração de ações para redução de riscos.
Concluída a investigação dos incidentes, devem ser elaboradas ações para minimizar os riscos.
Mas você pode se perguntar: Quais os pontos que mais impactam na redução de riscos na rotina
das organizações?
O monitoramento das ações para reduzir riscos é realizado pelas chefias das unidades e pelo
Grupo Interno da Qualidade de cada unidade que avaliam se as ações implementadas foram
suficientes para minimização de riscos ou se há necessidade de novas ações.
Nesse momento os protocolos de segurança do paciente serão abordados de forma breve, pois
cada um deles será detalhado em módulos específicos.
Identificação do paciente
Fonte: <http://itarget.com.br/newclients/sobecc.org.br/2014/pdfs/palestras-9-simposio/18-2.pdf>
Este protocolo contempla os itens necessários à correta identificação de pacientes, bem
como os materiais, fluxos e registros afins.
Conheça os impressos vigentes no CHC/UFPR para os diferentes locais.
Cirurgia Segura
Boas práticas
Adotar na prática protocolos de segurança, guidelines, POPs e rotinas estabelecidas na
instituição;
Participar de cursos e treinamentos;
Adotar a dupla checagem ao realizar procedimentos de risco;
Ouvir equipe multiprofissional e paciente/familiares;
Distinguir o erro humano e o comportamento imprudente (agir em consciente menosprezo
sob risco substancial e injustificável);
Sugerir e aderir às mudanças nos processos de trabalho frágeis;
Ter comportamento de alerta;
Responsabilidade com os novos conhecimentos: mudança e disseminação.
O processo de educação é uma das ferramentas para fortalecimento das ações de Segurança
do Paciente. Portanto, não deixe de participar dos próximos módulos e aprender mais sobre este
assunto.
Até breve!
Fonte: clipartsfree.de
”Aprenda com os erros dos outros. Seria impossível viver o suficiente para cometê-los todos”
Sam Levenson (1911-1980)
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Brasília: Ministério
da Saúde, 2014.
KOHN, L.; CORRINGAN, J.; DONALDSON, M., editors. Institute of Medicine Report. To err is human:
building a safer health system. Washington: Institute of Medicine; 2000.