Ars Goetia baseia-se na tradição judaico-cristã na qual o rei de Israel, Salomão fora agraciado
pelos anjos com um sistema que lhe dava poder e controle sobre os principais demônios
(daemon ) da Terra e consequentemente a todos os espíritos menores governados por eles,
por meio de Selos e Palavras Mágickas. Desta forma, o rei Salomão dominando este
conhecimento, e posteriormente passando a seus discipulos, teria toda espécie de poderes
sobrenaturais, como invisibilidade, sabedoria sobre-humana e visões do passado e futuro.
Na maioria das religiões cristãs os demônios ou daimon são anjos caídos que foram expulsos
do terceiro Céu (presença de Deus), conforme diz em (Apocalipse 12:7-9). Lúcifer era um
Querubim da guarda ungido (Ezequiel 28 & Isaías 14:13-14) que, ao desejar ser igual ao Criador
(Deus), foi lançado fora do Paraíso. Quando porém ele foi lançado fora do Céu sobre a Terra, a
Bíblia nos relata que Lúcifer (que tem por nome diabo, serpente, dragão, príncipe da potestade
do ar, etc…) trouxe com sua cauda um terço dos anjos de Deus (Ap 12:4) - lembrando que isto
é uma linguagem figurativa, que significa apenas que junto de si levou os demônios.
Para os Cristadelfianos os demônios na Bíblia são os deuses dos pagãos que não têm existência
real pois existe um só Deus e uma fonte de poder sobrenatural que é Javé. Segundo os
Cristadelfianos os antigos gregos acreditavam que os espíritos podiam possuir pessoas e que
eram os espíritos dos falecidos que tinham subido ao nível de demônios (semi-deuses que
traziam bem ou mal à humanidade). Quando alguém não entendia a causa de uma
enfermidade por não ter causa aparente ou por ser uma doença do foro psicológico eram
atribuídas a demônios. Os Cristadelfianos também não acreditam que os anjos possam pecar.
precisam de amor fraterno para se libertarem dos sentimentos inferiores que os prendem à
esta condição. Nem todos passamos por estas situações, o que é raro.
Conta a literatura ocultista que cada um dos 72 seres possíveis de serem lidados com o sistema
goético possui personalidade própria e deve ser tratado diferentemente para ser convencido a
ajudar.
A Arte Goética, (Latin, provavelmente: "A Arte de Uivar"), geralmente chamado simplesmente
de Goetia, é ensinada na primeira parte das Clavículas de Salomão, um grimório do Século
XVII. Este primeiro capítulo é conhecido como "Lemegeton Clavicula Salomonis" ou "A Chave
Menor de Salomão" e nele são descritos todos os 72 Espíritos Infernais assim como todo o
sistema que supostamente havia sido usado pelo rei Salomão.
A segunda parte, ou Theurgia Goetia, é partilha com os espíritos dos pontos cardeais e seus
inferiores. Estas são as naturezas mistas, algumas boas e outras más.
Os Demônios Goéticos são os 72 espíritos apontados nos três versículos do Pentateuco. São
entidades muitíssimo primitivas, e que foram adoradas durante os primórdios da humanidade.
São deuses esquecidos que se tornaram demônios após a influência cristã, mas isto é uma
hipótese, a experiência demonstrará a verdade. Coincidentemente 72 pode ser o resultado da
soma 66+6.
De qualquer forma estes são os 72 reis e príncipes poderosos que, conforme conta o mito, o
Rei Shlomo (Rei Salomão) encerrou em uma arca do bronze junto com suas respectivas legiões.
Sem grandes mistérios, basicamente trata-se de um sistema de invocação de 72 espiritos para
multipropósito.
Dentre eles BELIAL, BILETH, ASMODAY e GAAPeram os principais. Sendo que estes quatro
grandes reis são geralmente chamados de Oriens, ou Uriens, Paymon ou Paymonia, Ariton ou
Egyn e Amaymon ou Amaimon. Pelos rabinos são conhecidos sob os nomes de: Samael, Azazel,
Azael e Mahazael.
Tendo-os aprisionado, Salomão coloca a arca numa gruta ou poço na antiga Babilônia. Passado
algum tempo alguns babilônicos desavisados encontraram a Arca e quiseram abrí-la,
imaginando que estivesse repleta de tesouros. Quando conseguiram, os espíritos principais
imediatamente fugiram com suas respectivas legiões, exceto BELIAL, que entrou em uma
imagem e proferiu oráculos, sendo a partir de então adorado com ritos e sacrifícios
sangrentos, como uma divindade.
O livro é dividido em três partes, a saber:
A palavra conjuração (do latim conjurare, "jurar junto") pode ser interpretado de vários
modos: como se fosse uma prece ou evocação; como no exorcismo; ou como um ato de
ilusionismo. A palara é geralmente usada para sinônimo de 'Evocação', ainda assim que as
duas não sejam sinônimos. No passado, conjuradores eram suspeitos de usar magia para criar
as suas ilusões e até mesmo para se divertir lançando feitiços. Assim, eles se tornaram
"mágicos do mal" para o público em geral, os que eram supersticioso, ansiosos, mal
informados e curiosos.
O texto do encanto a ser dito para conjurar um espírito pode variar consideravelmente de uma
simples sentença a parágrafos complexos repleto de palavras mágicas. O idioma normalmente
é o do próprio conjurador, porém desde a Idade Média no lado Ocidental a língua latina é a
mais comum (todavia muitos textos foram traduzidos para outros idiomas).
A edição revisada do Inglês Ars Goetia foi publicado em 1904 pelo mágico Aleister Crowley,
como o livro da Goetia do Rei Salomão. Ele serve como um componente-chave do seu sistema
popular e influente de magia.
Ars Theurgia Goetia: O Ars Goetia Theurgia ( "a arte da Teurgia Goética"), é a segunda seção da
Chave Menor de Salomão. Ele explica os nomes, as características e os selos dos 31 espíritos
aéreos (chamados de Chefes, Imperadores, Reis e Príncipes), que o Rei Salomão invocou e
confinou. Ele também explica as proteções contra elas, os nomes dos espíritos e seus servos, a
maneira de como invocá-los, e sua natureza, que é o bem e o mal.
Seu único objetivo é descobrir e mostrar coisas escondidas, os segredos de qualquer pessoa,
obter, transportar e fazer qualquer coisa perguntando-lhes. No enquanto, eles estão contidos
em qualquer um dos quatro elementos (terra, fogo, ar e água). Esses espíritos, são
caracterizados em uma ordem complexa no livro, e alguns deles, a sua ortografia têm
variações de acordo com as diferentes edições.
Ars Paulina: O Ars Paulina ("a arte de Paulo"), é a terceira parte da Chave Menor de Salomão.
Segundo a lenda, esta arte foi descoberta pelo Apóstolo Paulo, mas no livro, é mencionado
como a arte de Paulo do Rei Salomão. O Ars Paulina, já era conhecido desde a Idade Média e é
dividido em dois capítulos deste livro.
O primeiro capítulo, refere-se sobre como lidar com os anjos das diversas horas do dia (ou
seja, dia e noite), para os seus selos, sua natureza, os seus agentes (chamados de Duques), a
relação desses anjos com os sete planetas conhecidos na naquela época, os aspetos
astrológicos adequados para invocá-los, o seu nome (em alguns casos coincidindo com os dos
setenta e dois demônios mencionados na Ars Goetia, a conjuração e a invocação de chamá-los,
na Mesa da prática.
A segunda parte, refere-se aos anjos que governam sobre os signos do zodíaco e cada grau de
cada signo, a sua relação com os quatro elementos, Fogo, Terra, Água e Ar, seus nomes e seus
selos. Estes são chamados aqui como os anjos dos homens, porque todas as pessoas que
nascem sob um signo zodiacal, com o Sol em um grau específico dele.
Ars Almadel: O Ars Almadel ("a arte de Almadel"), é a quarta parte da Chave Menor de
Salomão. Ela nos diz como fazer a Almadel, que é um tablete de cera com símbolos de
proteção nele traçadas. Nela, são colocadas quatro velas. Este capítulo tem as instruções sobre
as cores, materiais e rituais necessários para a construção do Almadel e as velas.
O Ars Almadel, também fala sobre os anjos que estão a ser invocados e explica apenas as
coisas que são necessárias e que devem ser feitas a eles, e como a conjuração tem que ser
feito. Ele também menciona doze príncipes reinantes com eles. As datas e os aspectos
astrológicos, tem que ser considerado mais convenientes para invocar os anjos, são
detalhadas, mas resumidamente.O autor afirma ter experimentado o que é explicado neste
capítulo.
Ars Notoria: O Ars Notoria ("a arte Notável"), é a quinta e última parte da Chave Menor de
Salomão. Foi um grimório conhecido desde a Idade Média. O livro afirma que esta arte foi
revelada pelo Criador para o Rei Salomão, por meio de um anjo.
Ele contém uma coleção de orações (alguns deles dividido em várias partes), misturado com
palavras cabalísticas e mágicas em várias línguas (ou seja, hebraico, grego, etc), como a oração
deve ser dito, e a relação que estes rituais têm a compreensão de todas as ciências. Menciona
os aspectos da Lua em relação com as orações. Diz também, que o ato de orar, é como uma
invocação aos anjos de Deus.
Segundo o livro, a grafia correta das orações, dá o conhecimento da ciência relacionados com
cada um e também, uma boa memória, a estabilidade da mente, e a eloquência. Este capítulo,
previne sobre os preceitos que devem ser observados para obter um bom resultado.
ARS GOETIA II
Baal; Agares; Vassago; Samigina; Marbas; Valefor; Amon; Barbatos; Paimon; Buer; Gusion;
Sitri; Beleth; Leraie; Aligos; Zepar; Botis; Bathin; Saleos; Purson; Marax; Ipos; Aym; Neberius;
Glasya-Labolas; Bune; Ronove; Berith; Astaroth; Forneus; Foras; Asmoday; Gaap; Furtur;
Marchosias; Stolas; Phenex; Halphas; Malphas; Raum; Focalor; Vepar; Sabnock; Shax; Vine;
Bifrons; Vual; Hagenti; Crocell; Furcas; Balam; Alloces; Camio; Murmur; Orobas; Gremory; Ose;
Amy; Orias; Vapula; Zagan; Valac; Andras; Haures; Andrealphus; Cimeies; Amdusias; Belial;
Decarabia; Seere; Dantalion; Andromalius.
A goécia se distingue das outras linhagens de magia por se conservar ao longo dos séculos.
Afirma que os demônios não são demônios, são espíritos que governam as esferas planetárias
e que os espíritos só podem ser evocados e invocados, em uma única e exclusiva língua. Bem
como crendo em um só selo único puro e secreto aos não góticos (ou goécios).
O sistema de evocação em si não guarda grandes segredos. Seus elementos poderiam ser
reduzidos a um mínimo composto por:
4. Selo do Espírito – Cada um dos 72 espíritos possui seu próprio selo, que será disposto no
triângulo para a conjuração.
Um punhal pode ser usado com a mesma função da em casos de banimentos. Algumas
pessoas defendem que são estímulos sensórios que poderiam ajudar na alteração de energias.
Uma mistura de artemísia e absinto pode ser considerada, por suas qualidades indutoras de
visualizações.
Completando o ambiente ritual, talvez seja interessante colocar música que ajude a manter e
criar uma atmosfera harmoniosa. Pode ser útil também decorar a câmara ritual no estilo do
espírito que será invocado. Usando por exemplo artefatos e decoração egípcias para os
espíritos desta procedência.
Alguns outros acessórios talvez sejam úteis de se usar, mas a maioria deles depende mais do
gosto pessoal do que uma real necessidade. Uma mitra,uma capa, uma veste branca longa do
linho e outros trajes similares, perfumes e quem sabe um fogareiro com carvão de madeira
doce para incensar o ambiente das operações. Alguns adeptos utilizam óleos para ungir o
templo e seus corpos e água benta para as abluções rituais - como foi dito por Davi: "purifica-
me e eu serei mais branco que a neve."
O LEMEGETON nos trás o círculo em sua forma tradicional como utilizado na Teurgia
Qabalistica desde os primórdios do velho aeon. Este é rodeado de quatro pentagramas
(contendo o tetragramaton), nos quais em cada um uma vela irá arder durante o ritual.
Embora seja dito que o circulo deva ter o diâmetro de 9 pés [2,97m], a verdade é que muitas
pessoas simplesmente não dispõem de um espaço grande os suficiente para seus rituais. O
tamanho só é importante no tocante de ter-se liberdade o suficiente de movimentação.
Que fique claro que estes mesmos nomes não constituem um dogma imutável. Pode-se
escolher livremente um ou vários nomes com os quais o magista tenha especial afeição, desde
que as cores respectivas e o simbolismo básico no que se refere à distribuição destes nomes
no circulo sejam convenientemente respeitados.
É de se esperar que os Magistas percebam logo que os nomes divinos na invocação, aqueles
utilizados para submeter as entidades não é outro senão o próprio Magista.
"Não há deus senão o homem" (Liber AL). De fato, dentro do circulo o magista é Deus Absoluto
e único é o espírito que ordena os quatro elementos designados em cada quadratura. O circulo
é usado para afirmar e caracterizar a natureza da obra a ser executada e é por excelência o
campo de atuação da vontade do magista.
Ora, se o mago é o elemento principal, o espírito, nada mais adequado que ele seja
identificado com o principio, e portanto o portador do verbo. Sem o espírito
toda a matéria seria um caos desordenado e estéril, posto que é o espírito que dirige e
organiza os elementos no ato de creação (ou criação, com o queira).
“No circulo de atuação”, como nos lembra Eliphas Lévi, “o Mago cria aquilo que afirma.” O que
ele afirma nos limites do seu circulo esta automaticamente manifesto. O Magista é aquele que
diz e é feito. A palavra ABRAHADABRA [eu crio enquanto eu falo] é um exemplo tanto desta
doutrina como do que é feito em qualquer trabalho mágico.
Os Selos do Espírito
Deverá ser desenhado em um circulo no metal correspondente a sua hierarquia. Mas muitos
praticantes de hoje optam por gravá-los em papel ou cartão grande o suficiente para
preencher o centro do triângulo. Tal conversão não diminuiu em nada a eficácia do sistema. O
Selo é um instrumento de focalização para a mente do mago e um sigilo em si mesmo que
permite a chegada do espírito após invocação.
Para se utilizar dos selos, do tetragrama e das invocações, deve-se antes refinar a energia para
se proceder à operação. Para isso, é utilizado o ritual maior e o ritual menor, a fim de tornar
essas energias maleáveis para se possibilitar trabalhar com elas, ou seja, torná-las a energia
correta e possibilitar a execução do ritual/operação mágicka, uma vez que a magia é, na
verdade, o trabalho de refinamento e utilização da energia. Não a energia em si, mas a forma
como a utiliza, e o modo como a direciona é o que importa. Nesse processo de criação, você
escolhe o objetivo no qual a energia será utilizada.
O Círculo
O Triângulo
O Selo
O Hexagrama e
O Pentagrama.
tangível daquilo que anteriormente era pensamento, invisível e metafísico. Tal como a
primeira tríade representa a primeira manifestação completa do círculo de Ain Sofh, do
mesmo modo em Goétia, o triângulo é responsável pelo manifestar dos poderes que estavam
até então ocultos para os olhos vulgares. Do círculo da consciência, que é o universo do mago,
uma idéia partitiva e especial é convocada à manifestação no interior do triângulo.
O Triângulo na Goetia deve ser feito com 2 pés [66cm] de distância do círculo mágico e tem
99cm de diâmetro. Da mesma forma que o circulo, o triangulo pode ser feito com giz ou fita
adesiva. Alguns magistas se acostumaram a usar uma folha grande de papel cartão preto com
os nomes em dourado. O triangulo deveria estar sempre apontado para a direção a qual
pertence o espírito invocado e a base do triângulo fica de qualquer forma sempre para o lado
do circulo.
Invocação Preliminar:
Eu invoco a tí, Terrível e Invisivel Deus: que está presente e todo o lugar ocupado e todo
espaço vazio.
Iao: Sabao:
Estas são as Palavras!
As invocações são simplesmente usadas pela força que causam na psique do mago e pelo seu
sucesso já provado em diversas ocasiões. No entanto, mais importante do que seguir um
roteiro é envolver-se mental e emocionalmente com o texto.
Eu executei o que foi decretado para conjurá-lo, oh espírito de N. E estou armado com
MAJESTADE SUPREMA, e eu voz comando em força, por ERALANENSIS, por BALDACHIENSIS,
por PAUMACHIA, e por APOLOGIAE SEDES; pelos príncipes, pelos gênios, pelos linches e pelos
poderosos ministros da câmara do Tártaro; e pelo príncipe maior que se assenta no torno de
Apologia da nona legião, eu vos invoco, e conjuro. E sendo armado com a potência da
MAJESTADE SUPREMA, eu vos comando em força, por Aquele que decreta e está feito, e que
esta acima de todas as criaturas e de mim mesmo, sendo feito à imagem de DEUS, assumindo
a potencia de Deus e sendo feito conforme a Sua Vontade, eu voz exorcizo pelo nome mais
poderoso de Deus, EL, forte e splendoroso; Oh espírito N. eu comando-o até mim no nome
Dele cuja palavra é FIAT e por todos os nomes de Deus:
ADONAI* EL* ELOHIM* ELOHI* EHYEH* INCINERATOR* EHYEH* ZABAOTH* ELION* IAH*
TETRAGRAMMATON* SHADDAY*
SENHOR DEUS ALTISSIMO, que N. venha até mim, diante deste circulo e apareça
manifestando-se em forma humana, isento de deformidade ou malícia. E pelo Nome Inefável,
TETRAGRAMMATON IEHOVAH, supremo senhor dos elementos, cuja pronuncia agita o Ar e
enfurece os Mares, extingue o Fogo e treme a terra e todos os anfitriões celestiais, terrestres e
infernais são afligidos e confundidos. Portanto vinde, oh espírito (Nome do Espírito),
prontamente e sem atraso, de ualquer parte da terra onde estejas ou onde se encontre vosso
reino, e trazei respostas inteligíveis as minhas duvidas. Apareça, afável e visivelmente, agora e
sem atraso, conforme a minha vontade. Conjurado pelo nome doDEUS VIVO e VERDADEIRO,
feito sábio; e pelo nome ZABAOTH, que Moises proferiu e todo os rios foram mudados em
sangue; e pelo INCINERATOR chamado EHYEH ORISTON, que Moisés nomeou, e todos os rios
regurgitaram rãs, que entraram pelas casas e destruíram tudo; e pelo nome ELION, que Moisés
nomeou, e se fez um saraiva tão grande como jamais havia sido visto desde o começo do
mundo; e pelo nome ADONAI, que Moisés proferiu, e veio a nuvem de gafanhotos, que se
espalharam pela terra, e devoraram tudo de que a saraiva havia deixado; e pelo SCHEMA
conhecido AMATHIA que Ioshua proferiu, e o sol permaneceu em seu curso; e por ALFA e por
OMEGA, que Daniel nomeou, e destruiu Bel, o pântano e o Dragão; pelo nome EMMANUEL,
que as três crianças, Shadrach, Meshach, e Abed-nego cantaram no meio da fornalha
impetuosa, e foram salvos; e pelo nome HAGIOS; e pelo SELO de ADONI; e por ISCHYROS, por
ATHANATOS, por PARACLETOS; e por O THEOS, por ICTROS, por ATHANATOS; e por estes
nomes secretos, AGLA, SOBRE, TETRAGRAMMATON, eu adjuro e confino-vos oh espírito de
N...
Por este nome, e por todos os outros nomes de DEUS VIVO e VERDADEIRO, o SENHOR
ONIPOTENTE, eu vos exorcizo e comando, espírito N., unicamente por ele que decreta e é
feito, e a quem todas as criaturas são obedientes; e pelos julgamentos terríveis de DEUS; e
pelo sombrio mar vidro, que esta diante da MAGESTADE DIVINA, Grandioso e poderoso; pelas
quatro bestas ante o trono, cheias de olhos; pela chama eterna do Seu Trono; pelos santos
anjos do paraíso; e pelo sabedora do poderoso DEUS; Eu voz exorcizo em poderio afim de
manifestá-lo ante este círculo para cumprir minha vontade em todas as coisas que lhe forem
solicitadas; pelo selo de BASDATHEA BALDACHIA; e por PRIMEUMATON, que Moisés
pronunciou, e a terra se abriu, e engoliu Kora, Dathan, e Abiram. Vinde, portanto, oh espírito
N., executar todos os meus desejos conforme vossa função e capacidade. Portanto, vinde
visivelmente, pacificamente e afavelmente, imediatamente, para manifestar meus desejos,
falando com a voz desobstruída e perfeita, inteligível e compreensível.
Eu voz confino e conjuro, espírito N., por todos os nomes mais gloriosos e mais potentes do
SENHOR EXALTADO E INEFAVEL DEUS ANFITRIÃO, que voz dirija até aqui desde os confins da
terra onde teu império se encontra, responder corretamente as minhas demandas, visível e
amigável, falando com voz inteligível. Eu vos conjuro e confino, oh espírito N., por todos os
nomes até agora pronunciados; e pelo poder destes sete nomes que Shlomo utilizou para
aprisioná-lo, junto com vossos companheiros na Arca de Bronze, os quais são ADONAI*
SAGRADO NOME de ADONAI ZABAOTH, ADONAI AMIORAN. Vinde, pois ele é ADONAY, que voz
tem comandado.
Boas Vindas:
Eu vos saúdo Espírito N., ó nobres *ou reis+ pelo Nome d’Aquele que criou o céu e a terra e o
inferno e tudo o que neles está contido e subordinado Aquele Nome. Pela mesma potência
que eu vos chamei a manifestação eu vos ligo e convido a vos colocar amável e afavelmente
diante deste circulo e deste triangulo porque eu dou ocasião para a vossa presença e
manifestação; afim de não partir sem minha devida licença e sem que meus desejos estejam
verdadeiramente satisfeitos, sem qualquer ardil.
Então o magista indicará seu pedido.
Podem ser compensados com a criação de uma nova cópia do sigilo (seja ela um trabalho
artístico, um grafite ou o que quer que seja). É comum “ouvir” o espírito oferecer mais do que
realmente foi pedido, na tentativa de persuadir a desejar outras coisas. O mago deve
permanecer firme em sua vontade inicial ou acabará fechando contratos dos quais vai se
arrepender depois.
Na negociação não é necessário ser estúpido como os magos medievais, muitos dos espíritos
são razoáveis e amigáveis, mas o mago deve manter a flexibilidade e o controle.
Isto feito dá-se licença para o espírito partir. É usada a versão fornecida pelo livro ou uma
forma mais pessoal. A licença deverá ser declarada até não se sentir mais a presença do
espírito.
Oh! Espírito N., porque respondeste diligentemente minhas demandas, provando pronto
anseio em vir atender-me, concedo-lhe licença para volver aos ermos de onde surgiste, sem
trazer o agravo ou o perigo a homem ou besta. Parta, então, eu digo, devidamente exorcizado
e consagrado pelos ritos da Santa Magia e seja pronto para atender meus desejos. Eu convido-
o a se retirar pacifica e tranqüilamente, e que a paz do DEUS seja mantida entre tu e mim!
AMEN!
E louvará ao Altíssimo pelas bênçãos e graças que tiveres alcançado. Assim, simplesmente é
aguardado o cumprimento da missão. Durante este período pode ocorrer manifestações,
como sonhos, visão de vultos, o próprio nome do mago falado alto em uma hora perdida do
ARS GOETIA IV
Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus designavam como a Verdade,
para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés).
Na Grécia Antiga,era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.
Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo das cinco chagas de Cristo.
Desse modo, visto como uma representação do misticismo religioso e do trabalho do Criador.
Também era usado como símbolo da comemoração anual da visita dos três Reis Magos ao
menino Jesus. Ainda, em tempos medievais era usado como amuleto de proteção contra
demônios.
Ao fim da era das Trevas, as sociedades secretas começam novamente a realizar seus estudos
sem o medo paranóico das punições da Igreja. Ressurge o Hermetismo, e outras ciências
misturando filosofia e alquimia. Floresce então, o simbolismo gráfico e geométrico, emergindo
a Renascença numa era de luz e desenvolvimento. O pentagrama agora significa o
Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas
abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual). A
mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de
ordem e perfeição, a Verdade Divina.
Agrippa, mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas
e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período
foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o
Universo.
Posteriormente, o pentagrama também foi associado aos quatro elementos essenciais (terra,
água, ar e fogo) mais o quinto, que simboliza o espírito (a Quintessência dos Alquimistas e
agnósticos) .
Na Maçonaria, o Laço Infinito (como também era conhecido o pentagrama, por ser traçado
com uma mesma linha) era o emblema da virtude e do dever. O homem microcósmico era
Com Eliphas Levi, o pentagrama pela primeira vez, através de uma ilustração, foi associado ao
conceito do bem e do mal. Ele ilustra o pentagrama Microcósmico ao lado de um pentagrama
invertido (formando a cabeça do bode, Baphomet).
O pentagrama voltou a ser usado em rituais pagãos à partir de 1940 com Gerald Gardner.
Sendo utilizado nos rituais simbolizando os três aspectos da deusa e os dois do deus, surgindo
assim a nova religião Wicca. Desse modo, o pentagrama retoma sua força como poderoso
talismã, ajudado pelo aumento do interesse popular pela bruxaria e Wicca, que à partir de
1960, torna-se cada vez mais disseminada e conhecida. Essa ascensão da Wicca, gera uma
reação da Igreja da época, chegando ao extremo quando Anton LaVey adota o pentagrama
invertido (em alusão a Baphomet de Levi), como emblema da sua Igreja de Satanás, e faz com
que a Igreja Católica considere que o pentagrama (invertido ou não) seja sinônimo de símbolo
do Diabo, difundindo esse conceito para os cristãos. Assim naquela época, os Wiccanos para se
protegerem dos grupos religiosos radicais, chegaram a se opor ao uso do pentagrama.
Na Wicca, o Pentagrama traçado com uma ponta para cima é considerado um símbolo de sua
Deusa, enquanto o contrário disto representa seu Deus cornífero.
Cada ponta do Pentagrama representa um elemento, conforme esquema que pode ser
observado na seguinte imagem:
Existem diferentes formas de traçar o símbolo no Ritual Menor do Pentagrama, Banindo e
Invocando em cada Elementos, para trabalhos mais específicos em cada um destes.
Um dos mais antigos e poderosos rituais de magia ocidental. De procedência medieval é usado
há séculos tanto por ordens esotéricas como por magistas e ganhou com o tempo diversas
versões. Outros rituais poderão ser usados de acordo com a preferência de cada adepto, o que
temos aqui somente um exemplo para os que não conhecem e um ponto de partida para os
que não sabem como começar.
Da mesma forma que o triângulo e o círculo atuam na invocação e na proteção dos rituais e
operações magickas, o pentagrama também exerce influência para invocar e banir espíritos
conforme seu traçado.
O Banimento é realizado antes do inicio de um ritual, a fim de limpar tudo que possa interferir
no sucesso da operação.
Tanto o ritual Maior quanto o ritual Menor são iniciados do modo abaixo:
Tudo possui dois princípios, um principio ativo e um principio passivo. Esses princípios são a
manifestação dos pólos que se complementam. Enquanto um lado recebe energia, o outro
lado envia energia. Cada um desses princípios se manifesta no ser humano, sendo um
localizado no hemisfério esquerdo e outro localizado no hemisfério direito.
Esses princípios são representações do sol e lua, dia e noite, masculino e feminino, espiritual e
material, altruísmo e egoísmo, conhecimento e entendimento, e assim por diante. Dai o
motivo de se utilizar o Ritual Maior do Pentagrama, pois trabalhando por meio desses dois
princípios (ativo e passivo), são utilizados todos os conceitos, energias e manifestações que
eles abrangem, ou seja, o recebimento e envio de energia.
O ritual menor e maior do pentagrama pode ser utilizado de três formas, entre outras:
1. Como forma de oração, o Ritual pode ser realizado pela manhã (invocando), e à tarde
(banindo).
Para banir não basta inverter o traçado das linhas que formam os pentagramas, você deve
também traçar o circulo no sentido contrário do relógio.
2. Como uma proteção contra magnetismo impuro. O Ritual banindo pode ser usado para
“destruir” os pensamentos perturbadores. Dê uma imagem à sua obsessão e a imagine
formulada diante de você. Agora, execute o Ritual Menor do Pentagrama Banindo.
Traçar o Pentagrama:
Trace o Pentagrama com a arma própria (Bastão para invocar, Punhal para banir). Visualize a
luz branca que forma ao fazer isso.
06 - Volte-se para o Oriente, trace o pentagrama, vibrando: IEHO-VAU.
07 - Volte-se para o Sul, trace o pentagrama e vibre: ADONAI.
08 - Volte-se para o Ocidente, trace o pentagrama e vibre: EHEIEH.
09 - Volte-se para o Norte, trace o pentagrama e vibre: AGLA.
10 - Estendendo os braços em forma de cruz, diga:
Na Árvore da Vida:
Imagine que você está de pé de frente para o Sol – Tiphareth – portanto à sua direita está
Netzach, à sua esquerda está Hod e atrás de você está Yesod, respectivamente Vênus,
Mercúrio e Lua. Você está assim de pé numa coluna protegida por sua invocação
microcósmica. O resultado sendo uma reação macrocósmica, o Hexagrama ou estrela de seis
raios aparece também acima e abaixo de você sem qualquer esforço de sua parte (Note o
equilíbrio do 5 e do 6).
Desta forma você está totalmente isolado das partes externas, qliphoticas, do Universo.
Antes de se fazer qualquer ritual ou operação mágicka, deve-se purificar a energia que será
utilizada na operação. É nesse ponto que entra o ritual maior/menor do Pentagrama, que
visam refinar, purificar essa energia para que seja possível trabalhar com ela. Somente após
isso, inicia-se o ritual, desenha-se o selo , e recitam-se as chaves.
As chaves e as horas magickas são utilizadas para que ele seja invocado/evocado.
O triângulo o obriga a se manifestar, e o círculo o prende.
Este sistema deve ser usado com responsabilidade e conhecimento, levando-se em conta as
leis que regem tudo no universo. Se você acredita que corre o risco de perder o controle com a
sensação de poder, este sistema não é para você