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a atual conjuntura, a falta de perspectivas provocada pela agudização da crise econômica-

social, a perda de referenciais éticos e morais com altos níveis de demandos e corrupção e
a malversação da coisa pública, induzem à prescrição de receitas radicais. Rápidas e até
mesmo com conteúdo mágico para combater a exacerbação da violência. Dentre elas se
inscreve a pena de morte, com lugar cativo e sempre voltando à cena, estimulada por ampla
platéia.
A disparidade entre os 30% da população que se manifestam contra a pena de morte e os
70% favoráveis à sua adoção não se deve certamente a um confronto entre as forças do
bem e do mal, mas reflete algum tipo de maniqueísmo mais ou menos velado e tem a ver
com diferentes óticas de interpretação da realidade e distintos métodos para se atingir o
mesmo objetivo de paz e justiça social.
É legítima a indignação das pessoas contra os assassinatos bárbaros e os crimes violentos.
Agrego-me às vozes que clamam por justiça e exigem o fim da impunidade. É preciso dar
um basta à insegurança generalizada e recuperar a tranquilidade perdida, provavelmente na
perversidade de um equivocado crescimento e acelerada concentração urbana. Faz-se
relevante contrapor às propostas de pena de morte uma política de segurança pública que
atenda as necessidades e os mais legítimos interesses da p

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