ENGENHARIA DE MÉTODOS – roteiro de aula

AULA DE 14 DE ABRIL DE 2020

Com os dados obtidos na amostragem é feito o HISTOGRAMA:

A partir do histograma é construído a cursa GAUSSIANA:

Curva azul → baixa dispersão (saia estreita)

Curva verde → alta dispersão (saia larga)

Discussão sobre desvio padrão na curva Gaussiana.

MÉTODOS E INSTRUMENTOS.

O método mais utilizado atualmente é a CRONOMETRAGEM da atividade, mas também pode

se usar de filmadoras, câmeras fotográficas digitais e outros.

As etapas a serem seguidas para um correto estudo de tempos e movimentos:

a- Expor aos envolvidos o trabalho a ser executado, buscando-se a colaboração de todos.

b- Definir o método de trabalho e planejar os elementos da operação a ser
cronometrada.
c- Treinar o operador para que a atividade seja executada no ritmo e no método
esperado.
d- Anotar todos os dados adicionais observados.
e- Fotografar o posto de trabalho e a peça a ser produzida e analisada.
f- Executar cronometragem preliminar para obter os dados necessários a determinação
do número necessário de cronometragens.
g- Realizar “n” cronometragens previstas e determinar o TEMPO MÉDIO (TM) das
operações.
h- Existem métodos estatísticos para definir a quantidade de amostrar a ser realizadas de
acordo com a confiabilidade do evento. Mas não será focado nesta disciplina por ser
dados voltados a estatística.

LABORATÓRIO DE MEDIÇÃO DE TEMPO

Pegar uma caixa de fosforo e espalhar os palitos de forma desordenada sobre uma mesa. Isto
é, não deixar os palitos alinhados e ordenados.

Montar na planilha EXCEL com cálculo tempo médio e desvio padrão do experimento. Caso
não tenha acesso a planilha, passe os dados para inserir na planilha do professor.

Usando o cronometro do celular, medir o tempo gasto para completar uma operação de:
(contar dez operações)

a- Contar palitos de uma caixa de fosforo, colocando na mão e depois colocar na gaveta.
Ao final, colocar a ‘gaveta” na caixa.
VIDEO MÉTODO A
b- Contar os palitos arrastando na mesa e depois recolhe todos os palitos e coloca na
gaveta. Depois colocar a gaveta na caixa.
VIDEO MÉTODO B
c- Contar os palitos, já arrumando na gaveta (uma operação) e depois colocar a gaveta na
caixa.
VIDEO MÉTODO C
d- Contar os palitos usando uma só mão e colocar direto na gaveta. Depois colocar a
gaveta na caixa.
VIDEO MÉTODO D
e- Contar os palitos usando uma só mão, contrária a que escreve, e colocar direto na
gaveta, fechando a caixa depois.
VIDEO MÉTODO E
 f- Contar os palitos usando uma só mão, contrária a que escreve, arrastando os palitos
na mesa. Após contar todos, colocar na gaveta usando a mesma mão. Depois, pegando
a gaveta com a mesma mão usada na contagem o a caixa na outra, coloque a gaveta
na caixa.
VIDEO MÉTODO F

ELEMENTOS DA OPERAÇÃO

É importante a análise prévia da operação a ser cronometrada para que ela seja dividida em
seus diversos elementos, ou seja, as pequenas etapas e os movimentos que formam a
operação. Os elementos são as partes que formam uma operação completa, por exemplo:

- Alinhar os palitos

- Contar os palitos

- Colocar na gaveta

- Fechar a gaveta.

Assim, o elemento de uma operação é uma porção elementar do trabalho, na qual são
executados movimentos e atividades exclusivos dessa etapa do processo. É a subdivisão do
ciclo completo de trabalho em suas partes fundamentais e distintas.

Para a execução de um estudo de tempos, é importante que os elementos integrantes da

operação sejam bem definidos, pois a cronometragem da operação como um todo não
fornece o detalhamento necessário ao trabalho, além de, eventualmente, incorporar erros ou
ineficiências que fazem parte da atividade.

Um exemplo disto pode ser: cronometrar a queda de uma ferramenta e o tempo gasto pelo
operador para pega-la, o que compreende atividades não repetitivas nem integrantes do
processo, mas que seriam incorporadas a ele.

O objetivo da divisão da operação em elementos é identificar atividades, inspeções,

transportes, esperas, armazenagens e eventuais ociosidades no processo.

Em resumo, a definição dos elementos de uma operação é fundamental para:

- Avaliar e comparar o ritmo de diferentes operadores na mesma atividade;

- Verificar o balanceamento de linhas de montagem e células de manufatura;

- Identificar atividades executadas irregularmente;

- Obter a descrição detalhada e sistemática do método cronometrado;

- Padronizar o tempo de uma sequência de movimentos

- Possibilitar uma reconstituição precisa da sequência de trabalho;

- Verificar a regularidade da duração de cada elemento da operação.

CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DA OPERAÇÃO

- Cíclico: É o elemento que se repete sempre no ciclo a ser executado. Seria o caso da
contagem do palito de fósforos.

Acíclicos: É o elemento da operação que está fora do ciclo repetitivo, mas é parte integrante
da operação. Podem ser: regular, quando o operador o executa em intervalos regulares e
predefinidos; ou irregular, quando a execução ocorre apenas em eventos não repetitivos e não
previstos

Constante: Sua execução tem duração constante, o que torna o tempo padrão também
constante. É o caso de acionamento de equipamentos e espera de execução de máquinas.
Onde não existe variação de tempo cronometrado.

Estranho: É um elemento geralmente associado ao erro ou situações não previstas. Como a

perda de uma ferramenta que caiu ao chão.

Normal: Sua duração está aderente ao tempo cronometrado, e suas variações estão dentro
dos padrões normais de execução.

Anormal: Sua duração apresenta valores muito acima ou muito baixo do tempo
cronometrado, mesmo que as etapas de trabalho tenham sido executadas corretamente. No
nosso experimento, seria a queda/perda de um palito da mesa de operação.

Variável: Apresenta duração variável, apesar de sua execução mostrar a mesma sequência de
atividade. Como exemplo de um atende que pode perder um tempo maior no atendimento de
um pedido excedendo o tempo padrão. Muito comum em atendimento de call center,
bancário e outros. Em casos como estes a duração dos procedimentos está vinculada
principalmente ao próprio cliente, não dependendo unicamente do operador.