À INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
N244m
ISBN 978-85-7141-296-5
1. Medicina legal – Brasil. 2. Criminalística – Brasil. 3. Investigação
criminal – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 345.8105
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO...........................................................................05
CAPÍTULO 1
Introduçâo Á Medicina Legal......................................................07
CAPÍTULO 2
Ciências Forenses – Parte I........................................................41
CAPÍTULO 3
Ciências Forenses – Parte II.......................................................77
APRESENTAÇÃO
O livro da disciplina de Medicina Legal Aplicada à Investigação Criminal para
auxiliar na compreensão e entendimento do acadêmico no assunto.
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A Medicina Legal é uma área da Medicina aplicada ao estudo do Direito,
como forma de prova pericial, laudo necroscópico ou cadavérico, elucidação de
crimes sexuais, agressões e maus-tratos. Seu objeto de estudo normalmente é o
ser vivo, ou cadáver, que sofreu algum tipo de crime.
Durante seu estudo, será possível analisar conceitos básicos, tais como:
pericias, laudos, diferenças entre peritos, assistentes técnicos e auxiliares,
tipos de morte e de lesões (perfurocortantes, por esganadura, enforcamento,
asfixia, afogamento, por arma de fogo, por agressão). Ao final do módulo, você,
acadêmico, terá facilidade na interpretação e redação de laudos e processos
dentro de sua área de atuação.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
2.1 Peritos
O Código de Processo Civil cita dezenas de vezes o termo perito, sendo por
ele classificado como o cidadão que irá produzir um relatório para constar como
prova no processo. O perito representa a Justiça na prova/ perícia judicial.
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
são realizados pelo perito, apreciador técnico, assessor do juiz com a função de
fornecer dados instrutórios de ordem técnica e proceder a verificação e formação
do corpo de delito. A perícia deve ser realizada por perito oficial, o que constitui a
regra.
Não havendo o perito oficial, o exame deve ser realizado por duas pessoas
idôneas que, obrigatoriamente, devem ser portadoras de nível superior. Devem
ainda ser escolhidas, de preferência, entre aquelas que tiverem habilitação
técnica relacionada à natureza do exame, por exemplo: médicos para exames
necroscópicos e de lesão corporal, engenheiros para avaliação de imóveis, entre
outros.
“o perito não defende nem acusa. Sua função é verificar o fato e indicar a
causa que o motivou...” (visum et repertum) (ORNESTI, 2012).
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
Este último é o sistema adotado entre os peritos. Nele, mesmo que o juiz não
esteja adstrito às provas existentes nos autos, terá que fundamentar sua rejeição.
A sentença terá que discutir as provas ou indicar onde se encontram os fatos
do convencimento do juiz. O artigo 157 do Código de Processo Penal diz que o
juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova. Não se deve confundir
convicção íntima com livre convencimento do juiz na apreciação das provas.
Dessa forma, o livre convencimento do julgador não é um critério de valoração
alternativo secundum conscientizam, mas um princípio racional e metodológico
que o leva a aceitar ou rejeitar um resultado pericial capaz de fundamentar sua
decisão. A avaliação da prova deve ter o mesmo sentido que tem a decisão judicial:
sem motivação ideológica ou emocional, mas tão só baseada na racionalidade
e na lei. Assim, ao julgador não se pede uma certeza absoluta, senão que ele
encontre a solução mais racional e a juridicamente mais correta para a lide. Não
pode ele operar com meras probabilidades ou conjecturas.
exame ou inspeção corporal, para a prova cível” (RJTJSP 99/35, 111/350, 112/368
e RT 633/70), está evidente que ninguém é obrigado a ser submetido a qualquer
tipo de exame pericial sem sua permissão. Mesmo que se trate de matéria de
ordem pública, em que o interesse comum prepondera ao do particular, ainda
assim a averiguação da verdade não pode nem deve se sobrepor aos direitos e
ao respeito que se impõem ao examinado, que venha a se omitir ou a se deixar
examinar. Não cabe dizer que “os fins justificam os meios”.
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
2.3 PerÍcia
O termo Perícia é designado como o meio de prova feita pela atuação de
técnicos ou doutos promovida pela autoridade policial ou judiciaria com a finalidade
de esclarecer a justiça sobre o fato de natureza duradoura ou permanente.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
• Suspeição: o perito não pode ter vínculo com nenhuma das partes
envolvidas no processo;
• Impedimento: o perito não pode ter relação de interesse com o objeto do
processo;
• Incompatibilidade: o perito por outras razões de conveniência previstas
nas leis de organização judiciária;
Situações previstas em lei, nos artigos: arts. 252, 253 e 254 do Código de
Processo Penal e nos arts. 134 e 135 do Código de Processo Civil.
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
Todo e qualquer exame elaborado por médicos, destinados ao uso judicial são
denominados Perícias Médico-Legais; já os exames elaborados por profissionais
de outras áreas, desde que destinados à prova em juízo, são denominadas
pericias.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
3 MEDICINA LEGAL
Segundo França (2017), a Medicina Legal é uma ciência de largas proporções
e de extraordinária importância no conjunto dos interesses da coletividade, porque
ela existe e se exercita cada vez mais em razão das necessidades da ordem
pública e do exercício social.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Fonte:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_legal#/media/File:Enrique_
Simonet_-_La_autopsia_1890.jpg. >. Acesso em: 7 nov. 2018.
3.1 ClassiFicaçÃo
A Medicina Legal pode ser classificada e subdividida da seguinte forma:
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Fonte: <https://www.saludymedicinas.com.mx/centros-de-salud/salud-masculina/
articulos-relacionados/medicina-forense-funciones.htm>. Acesso em: 7 nov. 2018.
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
Fonte: <https://renato07.jusbrasil.com.br/artigos/242632854/estudo-
das-contusoes-em-geral>. Acesso em: 8 nov. 2018.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Figura 5 – Escoriações
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
Fonte: <http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.
asp?id=821>. Acesso em: 21 jan. 2019.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Fonte: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAg5ZQAA/perito-
papiloscopista?part=3>. Acesso em: 21 jan. 2019.
4.1 Atestados
É um documento escrito de afirmação simples e exata de um fato e suas
consequências. Tem por finalidade informar a capacidade ou incapacidade do
indivíduo para realização de determinado ato.
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
4.2 NotiFicaçÃo
É um documento de comunicação compulsória às autoridades competentes
de um fato médico por necessidade social ou sanitária sobre acidentes de trabalho
ou doenças infectocontagiosas (Código Penal, Art. 269). São alguns exemplos
de doenças de notificação compulsória: sarampo, tuberculose, sífilis. Também
podemos utilizar como exemplos de notificações compulsórias as notificações
oriundas de processos de despejo, ou demais processos nas esferas judicias.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Fonte: <https://www.modelosimples.com.br/modelo-de-notificacao-para-
tratar-de-assunto-de-interesse.html>. Acesso em: 8 nov. 2018.
4.3 Autos
É denominado o relatório da perícia médica, ditado diretamente ao escrivão.
4.4 Laudo
É o documento escrito feito pelo perito. São suas partes: preâmbulo (que
deve conter dados e nome do perito designado ao caso), seus títulos, nome da
autoridade que o nomeou, motivo da perícia, nome e qualificação do indivíduo
a ser examinado; histórico “anamnese do caso”, colheita de informações do
fato, local, envolvidos; descrição (a qual é a parte mais importante e deve ser
minuciosamente relatada envolvendo as lesões e sinais do indivíduo, e se envolver
cadáver deve constar os sinais da morte, identidade, exame interno e externo);
discussão ou diagnóstico (onde o perito externará suas opiniões, relatando os
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
SUMÁRIO
I – OBJETIVO p.3
II – RESPOSTAS AOS QUESITOS
DO EXECUTADO p.4
DA EXEQUENTE p.6
LAUDO PERICIAL
NOME DO PERITO_________________________
N° do conselho:______________
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
4.6 PetiçÕes
As petições são documentos de cunho legal que visam requerer algo ou
informar sobre algo, por exemplo, requerer honorários ou informar laudo pericial.
Processo n° ____________________________
NOME DO PERITO____________________________________,
FORMAÇÂO____________________, perito judicial designado na
área ____________ (especificar a área de atuação e da perícia), RG
n°__________________, inscrito no CPF sob n°___________________ e
no Conselho Regional de _________________ n°_______, perito nomeado
no processo em epigrafe (fls. N°___, número da página de nomeação no
processo), vem respeitosamente, perante Vossa Excelência apresentar Aceite
dos trabalhos periciais e valores de honorários periciais, conforme planilha
abaixo:
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
Assinatura do perito
Perito Judicial n°___________
Cada solicitação que o perito ou assistente técnico venha a fazer deve ser
através de peticionamento eletrônico ou físico.
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Ao longo do capítulo, pudemos analisar e verificar juridicamente as funções
e deveres do Perito, Assistente Técnico, onde também foi possível verificar os
critérios e parâmetros para elaboração de documentos judiciais como laudos,
pareceres técnicos e entender a importância de cada documento dentro da esfera
judicial.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
REFERÊNCIAS
ANGHER, J. Dicionário Jurídico. 6. ed. São Paulo: Editora Rideel, 2002.
FRANÇA, G. V. de. Medicina legal. 11. ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara-
Koogan, GEN. 2017.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
PERÍCIA NOVO CPC. (2018). Perícia Novo CPC, Lei n° 13105.15. Disponível
em: <https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/82/Pericia-novo-CPC-lei.
no.13015-15>. Acesso em: 22 out. 2018.
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Capítulo 1 INTRODUÇÂO Á MEDICINA LEGAL
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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C APÍTULO 2
CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
No presente capítulo, iremos abordar os temas introdutórios no estudo da
Medicina Legal e da elucidação de crimes, sendo de fundamental importância
sua compreensão e entendimento. Ao discorrermos sobre o assunto, iremos
exemplificar as situações tornando melhor seu entendimento.
O estudo da morte, suas causas e meios deve ser aprofundado com estudos
adicionais, estudos de casos e atualização constante.
Bom estudo!
2 ANTROPOLOGIA FORENSE
A Antropologia forense é a aplicação prática ao Direito de um conjunto de
conhecimentos da Antropologia Geral visando principalmente as questões
relativas à identidade médico-legal e à identidade judiciária ou policial. É o estudo
responsável pelos métodos de investigação e identificação de indivíduos.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Cada dia que passa, maiores são as exigências no que diz respeito à
identidade individual nos interesses da vida civil ou de comércio, sem se falar na
necessidade de se estabelecer a falsa identidade ou caracterizar o reincidente
criminal. Tudo isso em relação ao vivo. Acrescentem-se mais os imperativos de
identificar cadáveres decompostos, restos cadavéricos, esqueletos e até mesmo
peças ósseas isoladas. Aqui, pois, trataremos da identidade objetiva e não
subjetiva. A identidade objetiva é aquela que nos permite afirmar tecnicamente
que determinada pessoa é ela mesma por apresentar um elenco de elementos
positivos e mais ou menos perenes que a faz distinta das demais. A identidade
subjetiva é tida como a sensação que cada indivíduo tem de que foi, é e será ele
mesmo, ou seja, a consciência da sua própria identidade, ou do seu “eu”.
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Fonte: <https://alunosonline.uol.com.br/biologia/raca-na-
especie-humana.html>. Acesso em: 21 jan. 2019.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
2.2.7 Estatura
A determinação da estatura do indivíduo é feita medindo-se o indivíduo em
posição ereta, sem os calçados, ou deitados em plano horizontal, e medindo-se a
distância entre os dois planos verticais que tocam as plantas dos pés e a cabeça,
chamados planos de delimitação do corpo humano.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
que pode ser até a 43° semana de gestação em alguns casos), observa-se
em aproximadamente 98% (noventa e oito por cento) dos casos o ponto de
ossificação de Blecard, normalmente de tonalidade arroxeada sobre a cartilagem
com diâmetro entre 0,4 a 0,5 mm, localizado na extremidade distal do fêmur.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
de vida até os 6 anos de idade, e dentição permanente aquela que se inicia por
volta dos 7 anos de idade.
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
Outro meio de identificação a ser utilizado, quando não se conta com opções
mais confiáveis, é a comparação de radiografias antigas com as obtidas do
indivíduo questionado. As mais frequentemente usadas são as radiografias do
crânio, da face, dos ossos longos e dos dentes. O tempo decorrido entre uma e
outra não tem muita importância. Entre essas comparações, as que se prestam
melhor a uma identificação são as radiografias da face em que possam ser
analisados os seios frontais e maxilares, quando são observados seus contornos
de figuras geométricas variadas, as quais venham a se superpor precisamente
em uma identidade.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Em janeiro de 2008, Howard Dupree Grissom foi preso por roubo, após
exames de DNA constatou-se ser ele o autor de um roubo ocorrido em 2001,
enquanto um inocente (Dwayne Jackson) cumpria pena em seu lugar há quatro
anos. O erro ocorreu por troca de material genético no interior do laboratório. A
polícia suspeita que ao menos mais 100 pessoas inocentes estejam presas por
erro no exame de DNA.
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
3 TANATOLOGIA FORENSE
Ao iniciarmos o estudo da Tanatologia Forense, precisamos entender
os conceitos e principalmente os fatores que pode interferir diretamente na
conservação cadavérica ou na causa do óbito.
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
• Perda da consciência
• Insensibilidade
• Imobilidade e a volição do tono muscular. Sua verificação se faz pelos
seguintes meios:
o Prova de Rebouilat, que consiste na injeção de 1 cm³ de éter no
tecido celular subcutâneo, e verificação de sua difusão ou não.
o Fascies hipocrática
o Imobilidade e atitude característica
o Relaxamento dos esfíncteres
o Inexcitabilidade elétrica
o Dinamoscopia de Collongues
• Cessação da respiração, que pode ser observada por:
o Ausculta da caixa toráxica
o Espelho colocado diante dos orifícios respiratórios
o Chama de vela na frente dos orifícios respiratórios
o Felpa de algodão colocada diante das narinas
o Vasos com água colocado sobre o peito
o Cessação da circulação verificada por:
o Ausência de batimento cardíaco pela ausculta
o Fenômenos oculares:
o Esvaziamento da artéria central da retina
o Interrupção da coluna sanguínea das veias retinianas
o Descoramento da papila ótica
o Descoramento da coroide
o Cessação da circulação na rede capilar da conjuntiva
o Prova ácido/ pirástica de Middeldorf (verificação dos movimentos
cardíacos pela introdução de agulha no precórdio)
o Arteriostomia
o Ligadura de um membro ou parte dele – sinal de Magnus
o Coagulação do sangue – prova de Donne
o Sinalda ventosa escarificada de Lasseur (aplicação de ventosa
escarificada na região epigástrica – se aparecer sangue há vida)
o Forcipressão física de Icard
o Eletrocardiografia, preconizada em 1921 por Eithoven e Hugenoltz
o Radiologia cardíaca (radioscopia, preconizada em 1927 por Piga)
o Radiologia dos vasos sanguíneos (Hilário Veiga de Carvalho, em 1832)
o Prova de flueresceína de Icard
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Fonte: <http://wwwmorgue.blogspot.com/2012/05/de-pericia-medica-
forense-tanatologia.html>. Acesso em: 21 jan. 2019.
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
Fonte: <http://wwwmorgue.blogspot.com/2012/05/de-pericia-medica-
forense-tanatologia.html>. Acesso em: 21 jan. 2019.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Figura 8 – Maceração
Fonte: <http://wwwmorgue.blogspot.com/2012/05/de-pericia-medica-
forense-tanatologia.html>. Acesso em: 21 jan. 2019.
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
Figura 9 – Mumificação
Fonte: <http://wwwmorgue.blogspot.com/2012/05/de-pericia-medica-
forense-tanatologia.html>. Acesso em: 21 jan. 2019.
Cada ser humano vem a óbito de uma determinada maneira, podendo ser
causa natural ou não. A seguir vamos descrever, suscintamente, os tipos de morte.
Morte
É a cessação total e permanente das funções vitais (cerebral, respiratória e
circulatória).
Morte Súbita
É aquela que se produz rapidamente em um indivíduo com aparente boa
saúde até o óbito. São exemplos de morte súbita: infarto agudo do miocárdio,
acidente vascular cerebral, meningites e encefalites. Doenças crônicas ou
degenerativas assintomáticas podem matar repentinamente.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Acidentes
Normalmente são causados por fator ou falha humana, tendo como fator
predominante a embriaguez.
Suicídio
É a morte voluntária de si próprio, ou seja, o homicídio de si mesmo. É a
morte do indivíduo pelas lesões que se auto inflige com o objetivo de pôr fim a sua
vida.
Homicídio
É a morte voluntária de uma pessoa por outra pessoa, em forma dolosa
(quando há culpa), culposa (quando não há culpa) e preterintencional (quando
ocorre intencionalmente). São exemplos: infanticídio, aborto.
Morte cerebral
É quando ocorre a cessação das funções cerebrais, porém, com as funções
vitais ainda funcionando, ou seja, o conhecido “estado vegetativo” (Resolução
CFM n° 1.480/97).
3.4.1 EXumaçÃo
É a solicitação feita em caráter especial, com o objetivo criteriosamente
justificado e quesitos específicos para averiguação (identificação, causa exata da
morte, entre outros).
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
4 ASFIXIOLOGIA FORENSE
Existem diversos tipos de morte por asfixia, iremos abordar todos ao longo
do capítulo. Cada tipo de asfixia é responsável por determinada característica
encontrada no cadáver.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Figura 10 – Enforcamento
Fonte: <http://grupocienciascriminais.blogspot.com/2014/11/
medicinalegal-esganadura.html>. Acesso em: 21 jan. 2019
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Figura 11 – Esganadura
Fonte: <http://grupocienciascriminais.blogspot.com/2014/11/
medicinalegal-esganadura.html>. Acesso em: 21 jan. 2019.
Afogamento: ocorre a troca do meio gasoso por meio liquido, o que impede
a troca gasosa necessária para a respiração. As características de cada cadáver
irão predizer o tipo de óbito no caso dos afogados:
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
Figura 12 – Afogamento
Fonte: <http://www.taperuabanoticias.com.br/2013/07/cadaver-e-
encontrado-no-balneario-de.html>. Acesso em: 21 jan. 2019.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Ao longo do capítulo foi possível analisar e compreender melhor os estados
e fases da morte, que levam ao processo de esqueletização do cadáver. Também
pudemos verificar os estados putrefativos e causas de óbito.
REFERÊNCIAS
ANGHER, A. N. Dicionário jurídico. 6. ed. São Paulo: Editora Rideel, 2002.
CROCE, D.; JUNIOR, D.C. Manual de Medicina Legal. 8. edição. São Paulo:
Editora Saraiva, 2012.
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Capítulo 2 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE I
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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C APÍTULO 3
CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
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Capítulo 3 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Crimes, de modo geral, geram grande repercussão e interesse da sociedade.
Não é à toa o grande sucesso das séries investigativas de TV, dos documentários,
livros e filmes policiais.
2 TRAUMATOLOGIA FORENSE
A traumatologia médico-legal, ou lesionologia, estuda as lesões e estados
patológicos, imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo
humano. É um dos capítulos mais amplos e mais significativos da medicina
legal, constituindo 50 a 60% das perícias realizadas no âmbito das instruções
especializadas. Seu maior interesse volta-se para as causas penais e trabalhistas
e, mais raramente, para as questões civis (SILVEIRA, 2015). O meio ambiental
pode impor ao homem as mais diversificadas formas de energias causadoras de
danos pessoais. Essas modalidades de energias dividem-se em:
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
2.1 LESÕES
Os instrumentos deste grupo de perfurocortantes se caracterizam por sua
extremidade puntiforme e pelo predomínio do comprimento sobre a largura e a
espessura. Podem ser:
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Capítulo 3 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
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Capítulo 3 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
Quanto maior a inclinação do tiro sobre o alvo, maior será o eixo do ferimento
causado pelo mesmo.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
84
Capítulo 3 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
Fonte: <www.sites.google.com/site/medicinalegalcamilaardila/
multmedia>. Acesso em: 9 dez. 2018.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
1) Forma:
a) Segundo a direção (perpendicular, oblíquo e tangencial).
b) Segundo a distância (a distância, a curta distância e com arma encostada).
c) Segundo a condição do projétil (deformado por ricochete, ou
criminosamente, projétil no fim de seu alcance útil).
2) Dimensões:
a) Em relação ao projétil.
b) Em relação ao orifício de saída.
Quando uma arma de fogo é acionada, não é só o projétil que sai pela boca
do cano da arma; com ele saem grãos de pólvora que não se queimaram no
interior do cano, fuligem, fumaça, chama e gases aquecidos. Estes elementos
tendem a se espalhar pouco no organismo, pois os grãos de pólvora se queimam
no ar ou perdem velocidade; os gases se esfriam; a chama se apaga, entretanto,
podem atingir o alvo, que no nosso caso é a pele humana, e vão dar características
diferentes ao orifício de entrada.
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Capítulo 3 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
• forma linear;
• bordas regulares;
• fundo da lesão regular;
• ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida;
• hemorragia quase sempre abundante;
• e o seu comprimento predomina sobre sua profundidade.
Fonte: <https://estudandopericia.wordpress.com/2016/12/20/lesões-causadas-
por-instrumentos-perfuro-cortantes/>. Acesso em: 9 dez. 2018.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Fonte: <www.enfermagem-vidabranca.blogspot.com/2008/11/
primeiros-socorros.html/>. Acesso em: 9 dez. 2018.
88
Capítulo 3 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
FONTE: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-22329/>.
Acesso em: 6 dez. 2018.
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
singela lesão epidérmica, que não traz um maior valor aos clínicos e cirurgiões
pela sua irrelevante importância médica, tem, no entanto, para a Medicina Legal,
um valor transcendental.
Figura 7 – Equimose
Fonte: <https://pt.slideshare.net/josemariaabreujunior/traumatologia-
forense-parte-1-direito-ufpa/46>. Acesso em: 9 dez. 2018.
90
Capítulo 3 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
Fonte: <https://estudandopericia.wordpress.com/2016/12/20/lesoes-
produzidas-por-agente-fisico/>. Acesso em: 9 dez. 2018.
Fonte: <www.grupocienciascriminais.blogspot.com/2014/09/medicinalegal-
lesoes-corporais-por-27.html>. Acesso em: 8 dez. 2018.
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Capítulo 3 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
A) Aparelho digestivo:
vômito – (mercúrio, cobre)
diarreia – (mercúrio, cobre)
bile – (cobre, arsênico, mercúrio)
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Medicina Legal APlicada À InVestigaçÃo Criminal
G) Cabelos: (arsênico)
H) Unhas: (arsênico)
3 SEXOLOGIA FORENSE
Segundo França (2017), a Sexologia criminal, também chamada de Sexologia
forense, é a parte da medicina legal que trata das questões médico-biológicas e
periciais ligadas aos delitos contra a dignidade e a liberdade sexual. A violência
sexual não é apenas uma agressão ao corpo, à sexualidade e à liberdade do
homem ou da mulher, mas acima de tudo uma agressão à própria cidadania.
Apesar de tudo que já se disse sobre essa violação à liberdade sexual e de todas
as propostas em favor de penas mais severas para seus autores, fica a amarga
sensação de que pouco se fez até agora. Hoje a tendência é ampliar seu conceito
para além do ato ou da tentativa de uma prática sexual, incluindo também as
insinuações, os comentários e as divulgações de caráter sexual, desde que de
forma coativa ou constrangedora. A violência sexual é um fenômeno universal
que atinge todas as classes sociais, culturas, religiões e etnias e têm conotações
muito próximas dos demais delitos, em seus aspectos etiológicos e estatísticos,
em que se sobrelevem no conjunto de suas causas os fatores socioeconômicos.
O êxodo que favorece o crescimento populacional da periferia das grandes
cidades, o desemprego, o uso de drogas, o alcoolismo, a influência dos meios de
comunicação, a falta de justiça e a insegurança são os elementos que fomentam
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Capítulo 3 CIÊNCIAS FORENSES – PARTE II
e fazem crescer esses tipos de crimes. As maiores vítimas dessa violência são
exatamente as frações mais desprotegidas da sociedade: as mulheres e as
crianças. E o estupro é a forma de violência sexual mais comum.
PARTE ESPECIAL
TÍTULO VI – DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL (Redação
dada pela Lei no 12.015, de 2009) CAPÍTULO I DOS CRIMES CONTRA A
LIBERDADE SEXUAL
(Redação dada pela Lei no 12.015, de 2009) Estupro Art. 213. Constranger
alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. (Redação dada
pela Lei no 12.015, de 2009.) Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
(Redação dada pela Lei no 12.015, de 2009.) 1o Se da conduta resulta lesão
corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior
de 14 (catorze) anos. (Incluído pela Lei no 12.015, de 2009.) Pena – reclusão,
de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei no 12.015, de 2009.) 2o Se da
conduta resulta morte. (Incluído pela Lei no 12.015, de 2009.) Pena – reclusão,
de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. (Incluído pela Lei no 12.015, de 2009.) Art. 214
(Revogado pela Lei no 12.015, de 2009). Violação sexual mediante fraude
(Redação dada pela Lei no 12.015, de 2009). Art. 215. Ter conjunção carnal ou
praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que
impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. (Redação dada
pela Lei no 12.015, de 2009.) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
(Redação dada pela Lei no 12.015, de 2009.) Parágrafo único. Se o crime for
cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
(Redação dada pela Lei no 12.015, de 2009.) Art. 216 (Revogado pela Lei no
12.015, de 2009). Assédio sexual (Incluído pela Lei no 10.224, de 2001). Art.
216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. (Incluído pela
Lei no 10.224, de 2001.) Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído
pela Lei no 10.224, de 2001.) Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei no
10.224, de 2001.) § 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é
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a) Conjunção carnal.
b) Ameaça.
c) Violência.
d) Outro ato libidinoso.
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Fonte: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAg-NQAC/
tipos-himen. Acesso em: 08 de dezembro de 2018>.
O hímen pode se romper por outras causas que não a conjunção carnal.
Traumas perineais como impalação, quedas a cavaleiro, prolapso uterino, tumores
vaginais. Nestes casos, encontramos ou a causa da rotura ou seus vestígios.
Estas eventualidades são raras. Sendo assim, podemos considerar o hímen roto
como prova de conjunção carnal. Quando examinamos um hímen roto, devemos
analisar se há sinais de recenticidade da rotura ou, se por outro lado, a rotura já
está cicatrizada. Mesmo nos atos sexuais consentidos, sem emprego de violência,
em que a conjunção carnal é um ato de amor, a rotura do hímen, do ponto de
vista fisiológico, não deixa de ser um traumatismo mecânico em que o hímen
se distende até a sua rotura. Sendo assim, o aspecto de uma rotura recente de
hímen não difere do de um traumatismo mecânico recente. Nas roturas recentes
do hímen, vamos encontrar as bordas da rotura edemaciadas, equimosadas e,
em alguns casos, ainda sangrantes. A cicatrização da rotura do hímen se faz em
torno de duas semanas. Mas pode se completar em prazo menor, ou um prazo
maior, podendo chegar a três semanas ou mais, se sobrevir infecção. Após a
cicatrização da rotura do hímen, não podemos mais estimar a época da rotura,
e a rotura é chamada de rotura cicatrizada, em oposição à rotura recente. Para
um diagnóstico correto, devemos estar atentos à diferença entre rotura do hímen
e entalhe. Os entalhes são reentrâncias que a borda livre apresenta, em alguns
casos, e não devem ser confundidas com roturas.
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4 TOXICOLOGIA FORENSE
A toxicologia forense é a área da medicina legal que estuda os efeitos
abusivos do álcool e outras substâncias no Sistema Nervoso Central. Neste
capítulo iremos abordar as intoxicações causadas pelo álcool.
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Fonte: <www.cisa.org.br/artigo/452/efeitos-intoxicacao-aguda-
por-alcool-ressaca.php>. Acesso em: 8 dez. 2018.
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo você conheceu um pouco mais sobre a medicina legal e teve
acesso aos assuntos de extrema relevância para a interpretação e análise de
dados obtidos a partir das perícias e laudos médico-legais. Através do enlace de
diferentes conceitos é possível, agora, entender a total abrangência da medicina
legal, como ciência multidisciplinar e como ferramenta importante do processo
legal. A Perícia Médico-Legal, nosso alvo de investigação, abrange uma grande
variedade de vertentes, o que dificulta bastante o trabalho do perito médico-legal.
a) ( ) Certo.
b) ( ) Errado.
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REFERÊNCIAS
ADORO CINEMA (2018). O Colecionador de Ossos (1999). Disponível em:
<http://www.adorocinema.com/filmes/filme-22329/>. Acesso em: 6 dez. 2018.
CROCE, D.; JUNIOR, D.C. Manual de medicina legal. 8. edição. São Paulo:
Editora Saraiva, 2012.
ENFERMAGEM (2018). Lesão por arma branca (2008). Disponível em: <www.
enfermagem-vidabranca.blogspot.com/2008/11/primeiros-socorros.html/>. Acesso
em: 9 dez. 2018.
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