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FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Ventilação Pulmonar: O objetivo da respiração é o fornecimento de oxigênio aos tecidos e remoção do


dióxido de carbono. Nos animais superiores, como o homem, o sistema respiratório é complexo e
possui um sistema condutor o qual leva o ar das fossas nasais até onde ocorrem as trocas gasosas,
nos alvéolos.
Divisão da respiração:
Podemos dividir o estudo da respiração em 4 partes:
a. Ventilação pulmonar: renovação cíclica do gás alveolar pelo ar atmosférico.
b. Difusão do oxigênio e do dióxido de carbono entre sangue e alvéolos.
c. Transporte do oxigênio e do dióxido de carbono.
d. Regulação da respiração.
Vias aéreas

Vias aéreas e fluxo aéreo

O ar sempre se desloca de um local com maior pressão para um local de menor pressão
São três os grupos de músculos responsáveis pela respiração pulmonar: diafragma, músculos
inspiratórios e músculos respiratórios:
• Diafragma: Movimento para cima e para baixo, permitindo que a caixa torácica se encurte e se
alongue, respectivamente. É inervado pelo nervo frênico.
• Músculos inspiratórios: Elevam o gradil costal promovendo expansão dos pulmões, permitindo que o
diâmetro antero posterior seja aumentado cerca de 20% durante a inspiração máxima. Os principais
músculos inspiratórios são os intercostais externos, mas existem outros músculos que os auxiliam
como esternocleidomastóide, denteados anteriores e escalenos (músculos acessórios).
• Músculos expiratórios: tracionam para baixo o gradil costal. São eles: retos abdominais, que “puxam"
para baixo as costelas inferiores ao mesmo tempo que eles próprios e os demais músculos
abdominais empurram o conteúdo abdominal para cima, em direção ao diafragma, e intercostais
internos.
Volumes e Capacidades pulmonares

AVALIAÇÃO
Anamnese: Objetiva
 Dados pessoais
 HDA (História da Doença Atual): Queixa principal
 HDP (História da Doença Pregressa); doenças e cirurgias que tenham a ver com a queixa
principal.
 História Familiar
 História Social
 Medicamentos e Alergias
 Exames (gasometria, espirometria, testes sanguíneos, analise de catarro, rx do tórax, tomografia
Subjetiva: “relato do paciente, descrito exatamente do jeito que ele falou”
Sintomas da doenças respiratórias
 Dispneia (falta de ar)
 Tosse
 Escarro com ou sem hemoptise
 Ruídos Adventícios
 Dor torácica
Questionamentos que devem ser feitos
 Duração
 Gravidade
 Padrão
 Fatores precipitantes
 Fatores que aliviam os sintomas
 A dispnéia interfere nas AVD’s (oq o paciente deixou de fazer?)
Para avaliar a dispnéia:
Escala de Borg
0 – não sente nada 6 – pesado
1 – muito leve 7–
2 – leve 8 – muito pesado
3 – moderadamente leve 9–
4 – pouco pesado 10 – extremamente pesado
5 – moderadamente pesado

Classificação Internacional NEW YORK ASSOCIATION


Classe I - ausência de sintomas (dispnéia) durante atividades cotidianas. A limitação para esforços
é semelhante à esperada em indivíduos normais.
Classe II - sintomas desencadeados por atividades cotidianas;
Classe III - sintomas desencadeados em atividades menos intensas que as cotidianas ou pequenos
esforços;
Classe IV - sintomas em repouso

Exame Físico
Observação do paciente no leito
 Parâmetros respiratórios
 Nível de Consciência
 Escala de Glasgow (> 8 ruim)
 Sinais Vitais (FR, TºC, FC, PA e Peso Corporal)
 Avaliações da Pele.
Tipos de Tórax

Ritmos Respiratórios
 Eupneia: Respiração normal
 Taquipnéia: Aumento da Frequência Respiratória
 Bradipneia: Diminuição da Frequência Respiratória
 Hiperpneia: Aumento do Volume Corrente
 Hipopneia: Diminuição do Volume Corrente
 Hiperventilação: Aumento da Ventilação
 Hipoventilação: Diminuição da Ventilação
 Dispnéia: Sensação subjetiva de falta de ar/dificuldade de respirar.
 Apneia: Parada dos movimentos respiratórios
 Apneuse: Pausa ao final de um inspiração
 Ritmo de Biot: Ritmo caótico, irregular, incoordenação da respiração, comum em lesões do
SNC/Ponte e Bulbo.
 Ritmo de Kussmaul: Ritmo respiratório que acontece pausas entre a inspiração e a expiração,
comum em paciente diabetes crônicos descompensados)
 Ritmo de Cheyne-Stoke: Ritmo respiratório especifico: apneia, hipoventilação, hiperventilação,
hipoventilação e apneia, comum em paciente com AVC e ICC
 Ritmo de Catani:
 Dispnéia Suspirosa: Inspiração profunda durante a respiração normal.
Expansibilidade:

Percussão:
 Timpânico:
 Maciço: Presença de meio (liquido ou solido) no tórax.
 Hipertimpânico: Presença de excesso de ar no tórax.
Ausculta Pulmonar
Sons Normais:
 Som Braquial: Som audível na inspiração e expiração, acontece nos brônquios principais.
 Som Bronquiovesicular: É baixo e audível mais na inspiração e um pouco na expiração.
 Murmúrio Vesicular: E bem baixo e audível apenas na inspiração.
Ruídos Adventícios:
 Sibilos: É audível na expiração, quase sempre acompanhado de dispneia. Causa: redução do
calibre da arvore brônquica. Ocorre: asma, bronquite, tumores e inalantes químicos. O Som é
causado pelo fluxo turbulento nas vias aéreas estreitadas.
 Roncos: É de tonalidade grave predominantemente inspiratório, geralmente acompanhado de
tosse. Sua origem se deve à presença de secreções espessas que se adere as paredes dos
brônquios de grande calibre, reduzindo a sua luz. Ocorre: asma, bronquite ou obstruções
localizadas.
 Estertores Crepitantes: São tímidos e descontínuos, exclusivamente expiratório. Caracterizados
por edemas incipientes do parênquima pulmonar. São frequentemente audíveis nas atelectasias,
pneumonias, edema agudo de pulmão e SDRA (Síndrome da Dificuldade Respiratório do Adulto).
 Estertores Subcrepitantes: São ruídos descontínuos, audíveis na inspiração e na expiração.
Resultam da mobilização de qualquer liquido presente nos brônquios de médio e pequeno calibre.
Ocorre com maior frequência em pacientes com pneumonias, no edema agudo de pulmão e na
DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).

Padrão Respiratório:
 Toráco-abdominal: Comum
 Torácico:
 Abdominal:
 Paradoxal: Paresia do m. diafragma. Ocorre contração do abdome na inspiração e o relaxamento
do abdome na expiração.

Escarro
 Determinação da Cor: Amarelo, verde escuro, marrom, avermelhado ou vermelho vivo (presença
de sangue/hemoptise no escarro)
 Consistência: Aquoso, consistente, solido.
 Quantidade
 Tipo: Mucoide, Mucopurulento, Purulento e Rolhas
Tosse
Reflexo de proteção, induzida por estímulos dos receptores localizados na faringe, laringe, tranqueia
ou brônquios.
 Eficaz
1. Produtiva
2. Seca
3. Crônica
 Ineficaz
Dor Torácica
O parênquima pulmonar não possui fibras sensitivas nem dolorosas. A dor torácica é proveniente da
inflamação musculoesquelética, pleural ou traqueal.
Frêmito toráco-vocal
É a capacidade de ressonância do tórax, pede-se ao paciente que diga 33 e com as mãos avalia.
 FTV reduzido: presença de secreção
 FTV aumentado: presença de ar.
ESPIROMETRIA
 CVF: Capacidade Vital Forçada. É volume de ar exalado com esforço máximo a partir da
inspiração máxima.
 VEF1: Volume Expiratório no 1° Segundo.
 Índice de Tiffeneau: razão entre CVF/ VEF 1.
 FEF 25%-75%: Fluxo Expiratório Forçado. Avalia obstruções nos brônquios de médios e
pequenos calibres.
 TFEF 25%-75%: Tempo Fluxo Expiratório Forçado.
Espirometria
Doenças Obstrutivas Doenças Restritivas
CVF: normal CVF: reduzido
VEF1: reduzido VEF1: normal
Índice de Tiffeneau: reduzido Índice de Tiffeneau: Normal ou aumentado
FEF 25%-75%: Reduzido FEF 25%-75%: Reduzido
TFEF 25%-75%: Aumentado TFEF 25%-75%: Aumentado
MONOVACUOMETRIA
Medida da força muscular respiratória.
Posicionamento senado ou em Fowler
 Pimáx: Pressão inspiratória máxima: valores negativo
Pimáx < -100 = Musculo normal
Pimáx > - 40 = Musculo Fraco: Fortalece
Pimáx > - 20 = Musculo Fadigado: deixa descansar
Aplicação: Clipe nasal Expiração máxima Oclusão do orifício do aparelho Esforço inspiratório
máximo realizar até 3 repetições, a última nunca deve ser o valor máximo, neste caso deve repetir
mais uma leitura.
 Pemáx: Pressão expiratória máxima: valores positivo
Aplicação: Clipe nasal Inspiração máxima Oclusão do orifício do aparelho Esforço expiratório
máximo realizar até 3 repetições, a última nunca deve ser o valor máximo, neste caso deve repetir
mais uma leitura.
TREINAMENTO DA MUSCULATURA RESPIRATÓRIA
Trheshould: aparelho para treinamento da musculatura respiratória.
Inicia o treinamento com 30-40% da Pi/Pemáx
TÉCNICAS DE HIGIENE BRÔNQUICA
Objetivo:
 Proporcionar a mobilização e remoção do muco/secreção.
 Otimizar as trocas gasosas.
 Reduzir o trabalho respiratório.
Drenagem Postural
O local da secreção deve ficar para cima.
Para quem indica: Paciente que tem presença de secreção no pulmão
Para quem contraindica: Paciente com corte/fratura no tórax ou sem presença de secreção.
Para que uso: Remoção de secreção com o uso da gravidade

 Percussão Torácica ou Tapotagem: Movimento rítmico com as mãos em “concha” sobre o tórax
do paciente
 Vibração: Gerar movimentos rítmicos finos com a contração isométrica do MMSS do terapeuta.
 Compressão Torácica: Compressão na expiração mobilizado a secreção para a saída.
 Vibrocompressão: As duas últimas juntas
 Tosse:
 Voluntária: solicito a tosse para o paciente.
 Assistida: Realizo uma compressão sobre o esterno quando o paciente for tossir. Uma mão
deve estar nas costa do paciente.
 Provocada (Fúrcula): estimulo realizado na traqueal.
 Huffing: Inspiração profunda seguida de uma expiração rápida e forçada.
 Ciclo Ativo:
 Paciente irá realizar exercício diafragmático (o paciente coloca uma mão sobre o abdome e
outra sobre o tórax, respira normalmente e tentar inspirar enchendo a barriga e expirar
murchando a barriga.)
 Paciente irá realizar exercício de expansão.
 Huffing
 AFE - Aceleração/Aumento do Fluxo Expiratório: Paciente respira normalmente e o terapeuta
auxilio a expiração com uma mão sobre o abdome e a outra sobre tórax, unindo-as.
 Drenagem Autógena: Paciente realiza em si mesmo. Terapeuta deve ensinar.
 Inspiração normal a baixos volumes com pausa e expiração levemente forçada.
 Inspiração normal a altos volumes com pausa e expiração até o volume corrente.
 Inspiração máxima com pausa e seguida de huffing.
 ELTGOL – Expiração Lenta Total com Glote Aberta em Decúbito Lateral: Lado com secreção para
baixo.
 Terapeuta realiza com o braço no abdome forçado para cima.
 Com a outra mão o terapeuta pressiona o tórax do paciente movimentado para a saida.
 Paciente deve manter a glote aberta.
 OOAF –Oscilação Oral de Alta Frequência (Flutter, Acapella, e Shaker)
 O aparelho gera vibrações endobrônquicas que interagem com a secreção, mobilizando e
provocando seu deslocamento.
 Utilização de PEEP
 Aspiração: Retirar Secreção com a sonda aspirando.
 Tempo: 10 a 15 mim
 É feito do mais limpo para o mais sujo (Traqueal, nasotraqueal e orotraqueal)
 Lavar a mangueira após o uso.
TÉCNICAS DE EXPANSÃO PULMONAR
Para quem indica: Paciente com dificuldade de expandir o pulmão/tórax.
Para quem contraindica: Paciente hiperexpandido.
Para que uso: Para prevenir atelectasias e otimizar a troca gasosa.
 Soluço: Inspira e Expira rapidamente.
 Abreviado: Inspira, realizar uma pequena pausa e expira normalmente.
 Pausado: Inspira normalmente e realizar uma expiração lenta.
 Fracionado: Inspiração normal com expiração curta
 Compressão com Descompressão Abrupta: Paciente inspira e durante a expiração o terapeuta
comprimi e mantem, o paciente fará outra inspiração com o terapeuta comprimindo e na segunda
expiração solta rapidamente.
 Direcionamento de Fluxo: Paciente inspira e durante a expiração o terapeuta comprimi e mantem,
o paciente fará outra inspiração com o terapeuta comprimindo.
TUBERCULOSE
Tuberculose Pulmonar
Infecção que atinge os pulmões e os órgãos tardiamente, a infecção é normalmente relacionada à
bactéria Mycobacteryum Tuberculosis
Acomete mais:
 Homens,
 Imunodeprimidos,
 Portadores de HIV,
 Usuários de drogas.
Infecção:
A bactéria inalada, desce preferencialmente no pulmão direito devido a inclinação da árvore brônquica
e a via de disseminação se dá pela via linfática podendo afetar todos os órgãos.
Sinais Clínicos:
 Febre,
 Tosse produtiva (as vezes com hemoptise),
 Perca de peso,
 Dor na pleura.
Transmissão:
 Direta de pessoa a pessoa,
 Aglomeração.
 Tossir, falar e espirrar.
 Má alimentação, falta de higiene, tabagismo e alcoolismo.
Diagnóstico:
Identificar precocemente pacientes Bacilíferos, tosse há mais de 3 semanas, febre, emagrecimento, o
diagnóstico certeza é feito pelo isolamento da M. tuberculosis. Ausculta pulmonar anormal: extertores
localizados no início. Roncos grosseiros surgem à medida que as secreções se tornam mais
volumosas e viscosas
Teste Tuberclínico PPD:
 Rápido para o diagnóstico, quanto mais bacilos no escarro mais o indivíduo está doente.
Teste do Escarro
 Análise microbiótica
Tuberculose Extrapulmonar:
Mais comum radiologia miliar: tosse seca, perda de peso, dor pleurítica e líquida na cavidade pleural.
Tratamento Medicamentoso:
Consiste basicamente na combinação de três medicamentos: rifampicina, isoniazida e pirazinamida.
Duram cerca de 6 meses. Fase de contágio: 2 semanas com isolamento de VA.
Fisioterapia:
Manobras de higiene brônquica (Vibrocompressão, tapotagem, ciclo ativo, drenagem autógena,
huffing, fúrcula, tosse.)
PNEUMONIA
Doenças inflamatórias agudas de causa infecciosas que acometem vias aéreas que são causadas por
vírus, bactérias ou fungos.
Refere-se a infamação do parênquima pulmonar associada com enchimento alveolar com exsudato
(Matéria resultante de processo inflamatório conexa com processo infeccioso. Constituído de líquido,
células, fragmentos celulares e proteínas.)
Pneumonias adquiridas na Comunidade
Adquirida fora do ambiente hospitalar ou de unidades especiais de atenção à saúde ou ainda, que se
manifesta em até 48hs da admissão.
Pneumonias Hospitalares
Adquiridas dentro do ambiente hospitalar, que se manifesta após 48 hs de internação no mínimo.
Achados Clínicos:
 Tosse,
 Expectoração,
 Dispnéia,
 Crepitação: roncos,
 Raio X consolidação,
 Taquicardia e taquipnéia.
 Dor torácica,
 Confusão
 Cefaléia,
 Sudorese,
 Calafrios,
 Mialgias,
 Febre > 38ºC.
Diagnostico: Raio X com opacidade pulmonar homogênea. (Mais opaco, esbranquiçado,
hipotransparente)
Pneumonia Viral (adenorírus, influenzae, parainfluenzae, citomegalovírus): Adquirido em
Comunidades.
Sinais clínicos: tosse seca evoluindo para produtiva, estado febril, desconforto respiratório e secreção
clara.
Pneumonia Bacteriana: (Haenophilusinfluenzae, streptocos pneumoniae, pneumococos, staphilococos
aures e klebisiela): Adquirida Comunitária e Hospitalar.
Sinais Clínicos: febre alta, tosse seca evoluindo para produtiva, vômito, mialgias pleurais, secreção
esverdeada, cheiro forte e taquipnéia.
Pneumonia Fúngica (criptococos, pneumociste carini, cândida albicans): Adquirido apenas em
Hospitais.
Sinais clínicos: dispneia intensa, sem acúmulo de secreção. Atinge mais pacientes imunodeprimidos,
acamados e uso prolongada de ventilação mecânica.
Fisiopatologia
Presença/proliferação de microorganismos no espaço alveolar > Capacidade fagocítica dos
macrófagos alveolares excedida > resposta inflamatória.
Exame Físico:
 Ausculta Pulmonar: Presença de roncos
 Percussão: Som maciço
 Frêmito Tóraco Vocal: Elevado
Exames Complementares:
 Redução da Saturação Periférica de O2
 Hemograma com Leucopneia (é a redução no número de leucócitos no sangue) e Leucocitose
(é o aumento no número de glóbulos brancos, por volume de sangue).
 Uréia Sérica aumentada
 Redução Glicêmica
 Redução Eletrólitos
 Transaminases alterada
 Proteína C reativa aumentada
 Escarro com aparência esverdeada
Tratamento:
 Antibióticos
 Vacinas antipneumocócica e anti-influenzae
Complicações:
 Derrame Pleural
 Atelectasias Pneumotórax
 SARA/SDRA (acontece em pneumonias graves) > Ventilação Mecânica
 IRA (FR aumentada com dispnéia, uso de musculatura acessória e redução da PaO2
Fisioterapia:
Objetivos da Fisioterapia: Deslocar/Mobilizar a secreção, melhorar troca gasosa, diminuir esforço
respiratório e remover secreção.
 Manobras de Higiene Brônquica: (Vibrocompressão, tapotagem, ciclo ativo, drenagem
autógena, huffing, fúrcula, ELTGOL, OOAF, EPAP, aspiração e tosse).
DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Caracterizado por obstrução ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível, geralmente progressiva
associada a resposta inflamatória pulmonar.
 Principais causas: tabagismo com no mínimo 20 anos de exposição
Fatores de Risco
 Externos: tabagismo, poeira ocupacional, irritantes químicos, fumaça de lenha, infecções
respiratórias e condições socioeconômicas.
 Internos: Deficiência de Alfa-1 antitripsina.
Patogênese
Partículas e Gases Nocivos > Leva a inflamação (seja por fatores externos ou internos) > Leva ao
stress oxidativo e a proteinases > DPOC
Inflamação (Leva a limitação do fluxo aéreo)
 Doença das pequenas vias aéreas: inflamação, remodelamento.
 Destruição do parênquima: Ruptura das ligações alveolares e recolhimento elástico.
Alterações causadas pelo tabagismo:
Diagnósticos:
 Tosse, diária ou intermitente
 Dispnéia
 Secreções
 Sibilos
 Espirometria: pré e pós com os broncodilatadores
 Raio X, gasometria
BRÔNQUITE CRÔNICA
Produção excessiva de muco na árvore brônquica. Acomete 3 meses no ano por pelo menos 2 anos
excessivos.
Hipersecreção > Diminui a permeabilidade no brônquio > Diminui a atividade ciliar > Leva a obstrução
e favorece a infecções.
Características Clínicas: Blue Bloater
 Tosse crônica com expectoração
 Hipoxemia Grave
 PaCO2 Elevada
 Cianose
 Presença de Roncos
 Retenção de Liquido
 Estase Jugular
ENFISEMA PULMONAR
Importantes alterações de toda a estrutura distal dos bronquíolos terminais.
Características Clínicas: Soprador Rosada
 Tosse ausente ou produtiva com pouca secreção
 Astênico (magro), perda de peso
 Tórax hiperexpandido (Tonel)
 Hipoxemia moderada
 Ausência de ruídos
Espirometria
VEF1: Diminuído
CVF: Normal
Índice de Tiffeneau: Diminuído
Fisioterapia Respiratória
Trhesould: fortalecer musculatura respiratória fora da crise
Técnicas de Higiene Brônquica fora da crise com secreção
Oxigenoterapia
Em casos de crises graves de asma, auxiliar paciente com oxigênio.
VNI
BiPAP durante a crise
ASMA
É uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e
por limitação variável ao fluxo aéreo reversível espontaneamente ou com tratamento. Resulta de uma
interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao
desenvolvimento e manutenção dos sintomas. Manifestando-se clinicamente por episódios
recorrentes de sibilos, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao
despertar.
Doença inflamatória crônica da via aérea caracterizada por limitação aguda ao fluxo aéreo e
hiperreatividade bronquial, de causa multifatorial.
A redução do calibre das vias aéreas é o principal fator responsável pelo quadro clinico da doença. Se
dá por:
 Contração do musculo liso da parede dos brônquios.
 Edema da mucosa brônquica.
 Hipersecreção mucoide e exsudato inflamatório.
 Alterações estruturais das vias aéreas.
Achados Clínicos:
 Dispnéia
 Tosse
 Sibilos
Os sintomas são episódicos. Melhora espontânea ou pelo uso de medicação especifica para asma.
Diagnostico
Exame físico: Aumento da frequência respiratória, uso da musculatura acessória, ,
hiperexpansibilidade e frêmito toráco vocal reduzido, hipertimpânico e presença de sibilos expiratório.
Classificação quanto a gravidade

Tratamento Medicamentoso
 B2 agonista curta duração (1h)
 B2 agonista de longa duração (12hs)
 Brometo Ipratrópio
 Corticoide sistêmico inalatório
 Antileucotrienos
 Xantinas
Espirometria
 VEF1 = reduzido
 CVF = Normal
 Índice de Tiffeneau: reduzido
Fisioterapia Respiratória
Trhesould: fortalecer musculatura respiratória fora da crise
Técnicas de Higiene Brônquica fora da crise com secreção
Inaloterapia
Uso de espaçadores
Oxigenoterapia
Em casos de crises graves de asma, auxiliar paciente com oxigênio
VNI
BiPAP durante a crise
DERRAME PLEURAL
É o acúmulo excessivo de líquido no espaço pleural.
 Mecanismos que podem levar ao acumulo de liquido Pleural:
• Aumento da pressão hidrostática nos capilares sanguíneos ou linfáticos
• Diminuição da pressão oncótica do plasma
• Aumento da permeabilidade capilar
• Aumento da pressão negativa no espaço Pleural
• Movimento de liquido do abdome para o espaço Pleural
• Redução da drenagem linfática Pleural ou Mediastinal
 Quadro Clínico: Dependem de múltiplos fatores:
• Volume e velocidade de formação do liquido Pleural
• Presença ou não de inflamação
• Reserva cardiopulmonar do paciente
Os principais sintomas decorrentes diretamente do envolvimento pleural são dor torácica, tosse e
dispnéia.
Principais Sinais Clínicos
 Inspeção
Nos derrames de maior volume, pode ser notado abaulamento do hemitórax acometido e de seus
espaços intercostais, que inicialmente podem perder suas concavidades habituais e até passar a
apresentar convexidade. Outros achados: desvio do ictus cardíaco e da traquéia, redução da
expansibilidade torácica.
 Palpação
Redução ou ausência do frêmito tóraco-vocal. Outros achados: desvio do ictus cardíaco e da traquéia,
redução da expansibilidade torácica.
 Percussão
Macicez ou submacicez sobre a região com líquido.
 Ausculta
Redução ou abolição do murmúrio vesicular sobre a região com líquido. Outros: na borda superior do
derrame pleural, em seu limite com o parênquima pulmonar, o murmúrio vesicular pode estar
aumentado. Nas fases de pleurite e pouco líquido pleural, no início do processo, ou em sua fase de
resolução, pode ser auscultado o atrito pleural.
Diagnóstico
 Raio X: Opacidade,
 Toracocentese: Avaliar se o liquido é transudatos ou exsudatos.
Etiologias:
 Transudatos:
• ICC: causa mais freqüente de transudato ocorre devido aumento da pressão hidrostática capilar
pulmonar, 88% é bilateral, 8% a direita e 4% a esquerda.
• Hipoproteinemias: síndrome nefrotica, cirrose hepática e desnutrição, devido uma diminuição da
pressão oncótica do plasma.
• Cirrose hepática com ascite: ocorre passagem de liquido da cavidade abdominal para o espaço
pleural direito na maioria das vezes, podendo ser a esquerda ou bilateral, por aberturas no diafragma.
• Embolia Pulmonar: em 20% dos casos trata-se de um transudato
• Mixedema: geralmente associado a derrame pericárdico.
• GNDA: por aumento da pressão hidrostática
• Urinotorax: a obstrução das vias urinarias, pode gerar acumulo de urina no espaço retro-peritoneal.
Liquido com baixos níveis de proteína, com alto níveis de creatinina.
• Diálise Peritoneal: Pode ocorrer passagem de liquido dialítico através do diafragma para o espaço
pleural.
 Exsudatos: Ocorrem em consequência a uma doença que afeta diretamente a pleura, de
caráter infeccioso, inflamatório, neoplásico ou devido a obstrução linfática.
• Pneumonia: Derrame Parapneumônico, causa mais comum de DP exudativo.
• Empiema Pleural (fribrinopurulento e purulento onde o PH < 7,0 e glicose < 40 mg %.)
• Tuberculose.
• Metástases: pulmão 45%, mama 30%, ovário 5%, T. digestório 1%.Em 20% dos casos o liquido
pleural pode ter a relação proteína liquido/plasma < 0,5.
• Linfomas, Mesotelioma Pleural.
• Outras infecções (viral, Fúngica ou parasitoses)
• Abscesso abdominal: subfrenico a incidência de DP pode chegar a 8%, e no intrahepatico pode
ocorrer em 20% dos casos; Pancreatites Agudas ou Crônicas, 20% apresentam DP; Ruptura
Esofágica
• Doenças do Colágeno: (AR, LES.); Vasculites Sistêmicas: PAM e Granulomatose Wegner.
• Outras: Embolia Pulmonar, Traumático: ruptura do ducto torácico em traumas ou cirurgia torácica,
por obstrução dos linfáticos da pleura parietal ou no mediastino, devido comprometimento dos
linfonodos nos casos de linfomas ou carcinomas metastáticos.
Espirometria
 VEF1 = Normal
 CVF = Reduzido
 Índice de Tiffeneau: Normal
Fisioterapia Respiratória
Trabalho de reexpansão pulmonar: soluço, abreviado, pausado fracionado.
PNEUMOTÓRAX
É o acúmulo anormal de ar entre o pulmão e uma membrana (pleura) que reveste internamente a
parede do tórax.
O ar, ao entrar entre o pulmão e a parede torácica, pode comprimir o pulmão e causar dificuldade
para respirar. Além disso, quando o pneumotórax é grande, ele pode fazer com que o coração se
desloque, levando a alterações nos batimentos do coração e, até, à morte.
Principais Sinais Clínicos
 Dor Torácica
 Tosse é seca e irritativa, podendo piorar a falta de ar.
 Cansaço
 Respiração curta
 Agitação
 Aumento da frequência cardíaca
 Cianose
 Dor aguda, tipo pontada, persistente, no lado afetado do tórax.
De uma maneira geral, os sinais e sintomas supracitados variam conforme a magnitude do
pneumotórax, ou seja, depende do volume de ar acumulado no espaço pleural.
Classificação do pneumotórax
Quanto á causa
 O pneumotórax espontâneo pode ser dividido em primário ou secundário, sendo: 
 Primário - aquele onde não se identifica uma doença pulmonar concomitante 
 Secundário – quando existe uma doença pulmonar associada, como o enfisema pulmonar, por
exemplo.
 O pneumotórax traumático é aquele que resulta de um traumatismo na região do tórax –
ferimentos por faca, punhal, tiro de arma de fogo, pancadas por atropelamentos ou outros.
 O pneumotórax iatrogênico acontece como resultado de algum procedimento médico, que tinha o
intuito de auxiliar no diagnóstico ou no tratamento do paciente. Um pneumotórax iatrogênico pode
ocorrer após a tentativa de se acessar uma veia do tórax ou do pescoço, por exemplo.
Quanto ao tipo
 Aberto: existir comunicação do espaço pleural com o ambiente.
 Fechado: não existir comunicação do espaço pleural com o ambiente.
Quanto a sua magnitude
 Grande – distância entre o pulmão e a parede torácica maior que 3 centímetros
 Pequeno quando esta distância for menor que 3 centímetros.
Etiologia:
Existem várias causas para o surgimento do pneumotórax. Dentre as mais importantes, estão: 
 Doenças pulmonares obstrutivas como a asma, enfisema pulmonar e bronquite crônica.
 Traumas torácicos em acidente por arma de fogo (tiro) ou acidente por arma branca (facada),
causando o pneumotórax traumático. Outros objetos também podem perfurar o tórax, levando ao
mesmo resultado.
 Aqueles que aparecem após procedimentos cirúrgicos ou outros procedimentos médicos (muitas
vezes buscando o diagnóstico de doenças ou tentando amenizar sofrimento causado por estas),
como a respiração artificial, por exemplo, utilizada em Unidade de Tratamento Intensivo nos
pacientes com sofrimento respiratório, que pode levar ao chamado pneumotórax iatrogênico.
Contudo, o pneumotórax iatrogênico não é freqüente.
 Infecções graves do pulmão como pneumonias ou tuberculose.
 Tumores
Diagnóstico
 Raio X: Pulmão oprimido
Espirometria
 VEF1 = Normal
 CVF = Reduzido
 Índice de Tiffeneau: Normal
Fisioterapia Respiratória
 Trabalho de reexpansão pulmonar: soluço, abreviado, pausado fracionado.
BRONQUIECTASIAS
 Dilatação e distorção irreversível dos brônquios.
 Lesão permanente dos tecidos de sustentação da parede brônquica e alteração da mucosa.
Etiologia
Na patogenia da bronquiectasia há necessidade da presença de dois elementos: agressão infecciosa
e deficiência na depuração das secreções brônquicas. Assim, quanto maior a virulência do agente
agressor e quanto pior as condições de defesa locais e sistêmicas, maior a possibilidade de
desenvolvimento de bronquiectasias. Isso, associado à resposta imune do próprio hospedeiro,
promove a perpetuação do processo inflamatório local, com posterior destruição da parede brônquica.
Discinesia Ciliar Primária: Fator genético que altera o movimento dos cílios dificultando a remoção de
secreção.
Teoria do Ciclo Vicioso
Proposta por Cole e Wilson, pressupõe que um evento inicial (infecção ou condição genética primária)
comprometeria o mecanismo mucociliar de depuração. Isso faria com que o muco e as bactérias
permanecessem por um maior tempo na árvore brônquica, levando a seleção natural das bactérias
mais virulentas que lesariam o epitélio ciliar. Posteriormente, surgiria um processo inflamatório crônico
que reduziria ainda mais a depuração brônquica, facilitando as infecções recorrentes e o
aparecimento das bronquiectasias, que, por sua vez, predisporiam a novas infecções, fechando o
círculo vicioso.
Classificação
 Cilíndrica
 Varicosa
 Sacular
Apresentação Clínica – Tríade Clássica
 Tosse produtiva com escarro purulento.
 Infecções respiratória de repetição.
 Hemoptise de pequena ou grande importância.
Quadro Clínico
 Tosse Produtiva
 Expectoração
 Fadiga
 Dispneia
 Hemoptise
 Dor torácica
Achados Clínicos
 Baqueamento digital
 Sibilos e roncos
 Crepitações
Diagnóstico
O diagnóstico é confirmado através do estudo, por microscopia, do epitélio ciliar obtido por biópsia ou
escovado do tecido brônquico ou nasal. Através de método especial de microscopia óptica, é
analisada a frequência dos batimentos ciliares (reduzida ou ausente), e, através da microscopia
eletrônica, é avaliada a estrutura dos cílios, que é anormal. O exame não deve ser feito na vigência de
infecção respiratória, bacteriana ou viral, pois pode resultar em falso positivo.
Fisioterapia Respiratória
Objetivos da Fisioterapia: Deslocar/Mobilizar a secreção, melhorar troca gasosa, diminuir esforço
respiratório e remover secreção.
 Manobras de Higiene Brônquica: (Vibrocompressão, tapotagem, ciclo ativo, drenagem
autógena, huffing, fúrcula, ELTGOL, OOAF, EPAP, aspiração e tosse).
ATELECTASIAS
Redução do volume de um pulmão, lobo ou segmento pulmonar, por qualquer causa.
No casos de etiologia aguda, o colapso é geralmente muito pronunciado, nos crônicos, como há
preenchimento brônquico por secreções e produtos inflamatórios distalmente ao local do colapso.
Nível de O2 elevado causa atelectasia: Com o excesso de O2 60%, o alvéolo perde a sua estabilidade.
Etiologia
Há vários causas de atelectasias
 Processo obstrutivo endobrônquicas, por neoplasias benignas e malignas (primárias ou
secundárias)
 Corpos estranhos ou secreção
 Estenose decorrente de processos infecciosos, inflamatórios ou radioterapia.
 Fratura brônquica por trauma (geralmente atelectasia pronunciada, pois o processo é agudo)
Classificação
 Atelectasia de Reabsorção: Decorrente da obstrução brônquica por pús de secreção ou por corpo
estranho na luz do brônquio; alteração da parede do brônquio (ex: edema da mucosa, inflamação,
tumores).
 Atelectasia de Relaxamento ou Compressão:
Quadro Clínico
 Sem ruídos adventícios ou som normais
 Dispneia
 Tosse
 Dor Torácica
Diagnóstico
Raio X:
 Direto:
 Deslocamento das fissuras: quanto maior o colapso, mais intenso
 Indireto:
 Elevação da cúpula diafragmática ipsilateral: este sinal corre principalmente na atelectasia dos
lobos inferiores.
 Desvio das estruturas mediastinas para o lado da atelectasia.
 Aproximação das costelas do lado da atelectasia.
 Hiperinsuflação compensatória de outros lobos pulmonares.
 Deslocamento hilar para a região da atelectasia.

Fisioterapia Respiratória
 Trabalho de reexpansão pulmonar: soluço, abreviado, pausado fracionado.
 BiPAP
 Respiron
FIBROSE CÍSTICA
Doença hereditária autossômica recessiva consequente a ausência ou deficiência de uma proteína de
membrana denominada Cystic Fibrosis Transmembrane Condutance Regulador (CFTR).
É comum em pessoas brancas.
Fisiopatologia
Alteração nos canais de cloro na membrana celular. Excesso de retenção de cloro. Levando ao
acometimento dos pulmões pâncreas intestino, fígado e testículos. O indivíduo fica desidratado, em
choque, coma e pode levar à óbito.
Trato Respiratório
Batimento mucociliar reduzido, muco respiratório abundante, desidratado e viscoso, favorecendo a
colonização bacteriana.
Pulmões: atividade antimicrobiana do sistema imune inato reduzido (Altas concentrações de NaCl)

Manifestações Clínicas
Extremamente Variadas
Forma Clássica:
 Tosse Crônica
 Diarreia Crônica
 Desnutrição
 Suor Salgado
- Doenças pulmonares (90%): tosse crônica, infecções respiratórias recorrentes, perda progressiva
da função pulmonar.
- Insuficiência do pâncreas exócrino: diarreia crônica, fezes volumosas, brilhantes, gordurosas e
fétidas (85% a 90%
- Pneumonias repetitivas
Diagnostico
 Teste do Suor
 DNA
 Teste de Triagem Neonatal (Níveis elevados de TIR)
 Teste de Função Exócrina do Pâncreas
 Bacteriologia respiratória
Fisioterapia Respiratória
Objetivos da Fisioterapia: Deslocar/Mobilizar a secreção, melhorar troca gasosa, diminuir esforço
respiratório e remover secreção.
 Manobras de Higiene Brônquica: (Vibrocompressão, tapotagem, ciclo ativo, drenagem autógena,
huffing, fúrcula, ELTGOL, OOAF, EPAP, aspiração e tosse).
 BiPAP, CPAP, Oxigênio durante a crise, nebulização com soro fisiológico e bombinha
INALOTERAPIA
Administração de fármacos diretamente ao trato respiratório.
Depende:
 Tamanho da partícula. (Partículas respiráveis: - 5 mn)
 Método de inalação.
 Grau de obstrução ao fluxo aéreo.
Permite:
 Fluidificação
 Oxigenoterapia
 Broncodilatação
Indicações:
 Manter as condições fisiológicas das vias aéreas
 Manter vias aéreas abertas.
Objetivo:
 Mobilizar e fluidificar a secreção.
 Aliviar edema da mucosa.
 Reduzir broncoespasmo.
 Reduzir processo inflamatório.
- Técnicas: espaçador, nebulizador
 Espaçadores:
 Vantagens
- Melhoram em 15% a deposição de fármacos nos pulmões e reduzem a disposição dos
fármacos na orofaringe.
 Desvantagens
- Ocupa espaço

 Nebulizadores
 A jato
 Ultrasônico
 Tempo: 5 a 10 min
Fármacos para o uso de nebulizadores
 Broncodilatadores:
- B2 agonistas: Sabultamol (reações: aumento da FC, contratilidade e força).
- Anticolinérgicos: Atrovent.
 Corticoesteróides
- Usada para tratar obstrução ao fluxo aéreo.
 Anestésicos locais e opioides
 Agentes mucoliticos (Solução salina)
OXIGENOTERAPIA
Administração de O2 em concentrações maiores que o ar ambiente.
Objetivo:
Prevenir ou tratar as manifestações clínicas da hipóxia para manter uma adequada oxigenação
tecidual e minimizar o trabalho que a hipoxemia gera ao sistema cardiovascular.
Quando usar
Hipoxemia: PaO2 < 60 mmhg e sat O2 <90%
 Causas
 Alteração da relação ventilação/perfusão
 Hipoventilação alveolar
 Distúrbios da difusão
 Shunt (Zona ventilada e não perfundida: embolia pulmonar)

 Causas de origem não respiratória


 Grandes Altitudes
 Choque circulatório
 Hipovolemia
 Queda ou alteração química da Hb.

 Sinais de hipoxemia
 Taquipnéia, uso de musculatura acessória e cianose.
 Taquicardia e Hipotensão
 Confusão, agitação e coma.
Aparelho de desempenho variável
 Se eu quiser colocar 1L: 21% + 3.1 = 24%
 Se eu quiser colocar 3L: 21% + 3.3 = 30%
 Se eu quiser colocar 5L: 21% + 3.5 = 36%
 Posso colocar de 1 a 4L/min: cateter nasal e cânula nasal
 Posso colocar de 5 a 15L/min: Mascara nasal
 FIO2 (Fração de Inspiração de O2 no ar): varia com a fluxo e ventilação
Função:
 FIO2 é fixa
 Com fluxo alto
Toxicidade ao Oxigênio
 Fibrose intersticial
 Atelectasias
 Fibroplastia retrocristalina
“Já pode haver lesão acima de 60% a partir de 2hs de uso”
Oxigenoterapia Domiciliar
 PaO2 < 55 mmHg e SatO2 < 88%, ou
 PaO2 < 56 a 59 mmHg e SatO2 < 89%
Associado
 Edema causada por ICC descompensada
 Evidencia de cor pulmonale
 Hematócrito > 56%
Efeitos Fisiológicos
 Transporte e liberação de oxigênio para os tecidos
 Correção da policitemia secundaria
 Arritmias cardíacas durante o sono e stress miocárdico hipoxico.
 Evolução da função pulmonar
Melhora na Qualidade de Vida
 Aumenta a tolerância ao exercício.
 Diminuição do número de internações
 Melhora do estado neuropsíquico
 Melhora a sobrevida
VNI – VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA
Mantém a via aéreas positiva impedindo o colabamento dos brônquios e alvéolos.
 Reduz a mortalidade
 Reduz infecções nosocomial
 Reduz necessidade de intubação
Interfaces:
 Nasal
 Oro nasal
 Facial Total
 Capacete
Vantagens
 Tolerância ao vazamento
 Boa Sincronia
 Preços Baixos.
Desvantagens
 Restrição de modos ventilatórios
 Limitação de alarmes
 Dificuldade de ajustes da FIO2
 Uso de Circuito único
Modos
 Assisto-controlada (A/C)
 Reduz o trabalho respiratório
 Usado para garantir volume minuto mínimo
 Aparelho realiza o trabalho respiratório.

 Continua Pressão Positiva na Via Aérea (CPAP)


 Paciente realiza o trabalho respiratório.
 Manter a via aérea aberta é positiva.
 Usando quando há risco de atelectasias.

 Dois Níveis de Pressão Positiva na Via Aérea (BiPAP)


 O aparelho ajuda o paciente a realizar o trabalho respiratório.
 Manter a via aérea aberta é positiva.
 Usando em caso de dispnéia.

 Pressão Positiva Expiratória (EPAP)


 O aparelho realiza uma resistência durante a expiração do paciente, aumentando a pressão
endobrônquicas e mobilizando a secreções. (PEEP)
Contraindicações
 Parada cardiorrespiratória
 Diminuição da consciência (Glasgow <8), sonolência, agitação, confusão ou recusa do paciente.
 Sangramento
 Instabilidade hemodinâmica
 Suporte ventilatório continuo
 Disfagia e tosse ineficaz
 Obstrução
 IAM e arritmias complexas.
 Cirurgias e trauma de faces.
 Aerofagia
 Pneumotórax com fistula sem dreno.
Riscos e Complicações da VNI
 Relacionados a aplicação da máscara.
 Dor na proeminência óssea nasal.
 Incômodo na mucosa nasal.
 Eritema e ulcerações.
Indicações
 Enfoque; redução na mortalidade e taxas de intubação.
 DPOC exacerbada
 EAP – Edema Agudo de Pulmão.
 Asma
 IRpA Hipoxêmica – Insuficiência Respiratória Agudo (Aumento da frequência respiratória, uso
de musculatura acessória e dispnéia): PaO 2 < 60 mmHg.
 Cuidados paliativos.
 Pós-operatório imediato.
 Desmame e após falta de extubação.
Monitorização
 A reavaliação deve ser constante
 Melhora na pH e P PaO2 após 30 minutos a 2 hs da VNI são preditores de sucesso.
 Critérios de falha:
 Ausência de melhora do pH e P PaO 2.
 Piora da encefalopatia para mobilizar a secreção
 Instabilidade hemodinâmica
 Dessaturação
 Não adaptação ás interfaces.

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