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Curso: Português

Resumo + Questões Comentadas


Prof. Bruno Spencer - Aula 00
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
EU VOU PASSAR !!

Aula 00 – Pronomes
Curso: Português - Resumo + Questões Comentadas
Professor: Bruno Spencer

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Curso: Português
Resumo + Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 00

APRESENTAÇÃO

Olá amigos!!!
Vamos direcionar este curso à preparação para o concurso de Auditor
Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina – AFRE SC.
O EDITAL SAIU!!! Portanto, não podemos perder tempo!!!
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Este é um curso de RESUMO + questões comentadas, ideal para o


momento em que o edital já está na praça e o tempo urge, ou mesmo,
para aqueles que já estudaram a matéria de forma completa e desejam um
bom resumo, bem esquematizado, para rever a matéria sem perder tempo
e praticar questões da banca!!!
O curso está ATUALIZADO e conta com mais de 320 questões da FCC
e com a resolução e o comentário de TRÊS provas da banca.
Meu nome é Bruno Spencer, atualmente, exerço a função de Auditor
Fiscal da Receita Federal do Brasil - AFRFB, cargo que persegui por alguns
anos. Fui aprovado em 27º lugar no histórico concurso de 2012.
Para chegar a esse resultado, podem ter certeza que foi necessário muito
PLANEJAMENTO e DEDICAÇÃO. Milagres acontecem todos os dias, mas é
fundamental que façamos a nossa parte da melhor maneira possível,
com disciplina, fé e perseverança.
Quando me vi desempregado, após dar muita "cabeçada" e não obter
sucesso no mercado de trabalho, resolvi entrar de vez no mundo dos concursos.
O primeiro que tentei verdadeiramente foi o da Caixa Econômica de
2008. Como estava desempregado, estudava de manhã e de tarde, à noite
EU VOU PASSAR !!

frequentava um cursinho e, quando chegava em casa, estudava mais um pouco


só para relaxar. Resultado?? Consegui o primeiro lugar do polo Recife.
Isso foi o que eu precisava para ganhar mais autoconfiança, daí decidi
que seria AFRFB. Então dei seguimento aos estudos e em 2009 passei no ATA-
MF, em 2010 na SAD-PE e no MPU, em 2012 no ACE - MDIC (excedente) e
AFRFB.
O que vejo em comum entre as pessoas que passam em concursos é que
todas estudam com confiança que um dia chegarão à vitória, por isso
conseguem manter o foco e a disciplina. Não há concorrentes para
quem está preparado.
Trabalhe sua mente, não se deixe desanimar, estude hoje para estar
preparado amanhã.
FOCO, DISCIPLINA E PERSEVERANÇA!

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Análise do EDITAL

O estudo da Língua Portuguesa é um investimento seguro para


qualquer concurseiro. Ainda não vi, uma sequer, prova em que a matéria não
seja cobrada, e, em muitos casos de forma diferenciada.
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Já vi pessoas se dedicarem muito às matérias específicas e se


prejudicarem por perder muito tempo para responder a prova de Português.
Não é preciso apenas dominar a disciplina, é necessário estar bem
treinado na resolução de questões com precisão e boa velocidade. Isso
vai lhe dar uma boa pontuação e tempo para dedicar-se à resolução outras
matérias.
Vamos aos assuntos cobrados no EDITAL 2018:

Item Assunto Aula

1 Interpretação de texto. 10

2 Ortografia oficial. 11

3 Acentuação gráfica. 11

4 Pontuação. 8

Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, 0, 1,


5 verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido 4
EU VOU PASSAR !!

que imprimem às relações que estabelecem.


6 Vozes do verbais. 2

7 Concordância nominal e verbal. 5

8 Regência nominal e verbal. 6

9 Sintaxe: processos de coordenação e subordinação. 4

10 Ocorência de crase. 7

11 Sinônimos e antônimos. 10

12 Sentido próprio e figurado das palavras. 10

13 Redação (reconhecimento de frases corretas e incorretas). todas

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O curso abrangerá todos os pontos constantes do EDITAL 2018,


organizados de forma didática, para que você REVISE a matéria de forma
gradual e estruturada, sempre com foco na objetividade e na eficiência.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Focaremos nossa preparação na FCC, que será banca organizadora do


certame. O curso conta com mais de 320 questões da banca.
Ao final do curso, você terá TRÊS provas da FCC (100%
COMENTADAS), como BÔNUS, para que você possa avaliar e concluir sua
preparação!!!

Aula Conteúdo

00 Pronomes

01 Morfologia - Classes Gramaticais

02 Sintaxe 1 - Função Sintática, Períodos e Conectivos

03 Sintaxe 2 - Concordância, Regência e Crase

04 Pontuação, Acentuação, Ortografia


EU VOU PASSAR !!

05 Semântica – Textos, Coerência e Coesão Textual

06 Bônus - Prova FCC Comentada

07 Bônus - Prova FCC Comentada

08 Bônus - Prova FCC Comentada

*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial, na página


do curso.
Boa aula a todos!

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Aula 00 – Pronomes

Olá amigos!
Hoje vamos ao estudo dos PRONOMES. Este é um assunto
importantíssimo e que se reflete em muitos outros, mas que também é muito
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abordado diretamente por algumas bancas.


Atentem aos conceitos de cada espécie de pronome. Procurem
entender suas formas de utilização e deem especial ATENÇÃO ao item 2.3 –
Colocação Pronominal.
Vamos nessa!!!

Sumário

1 – Classificação ..................................................................................... 2
2 – Pronomes Pessoais ............................................................................ 2
2.1 - Retos .......................................................................................... 2
2.2 - Oblíquos ..................................................................................... 2
2.3 – Colocação Pronominal .................................................................. 2
2.4 – Colocação Pronominal nas Locuções Verbais.................................... 2
3 – Pronomes Possessivos ....................................................................... 2
EU VOU PASSAR !!

4 – Pronomes Demonstrativos .................................................................. 2


5 – Pronomes Relativos ........................................................................... 2
6 – Pronomes Interrogativos .................................................................... 2
7 – Pronomes Indefinidos ........................................................................ 2
8 – Pronomes de Tratamento ................................................................... 2
9 – Questões Comentadas ....................................................................... 2
10 - Lista de Exercícios ............................................................................ 2
11 – Gabarito ......................................................................................... 2
12 – Referencial Bibliográfico ................................................................... 2

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1 – Classificação

Pronomes Adjetivos – acompanham o nome


Pronomes Substantivos – substituem o nome
Exemplos:
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Meu carro é vermelho.


“meu” - pronome adjetivo - acompanha e qualifica o nome “carro”
Ele é vermelho.
“ele” - pronome substantivo - substitui o termo “ meu carro”

Veja as espécies de pronomes no quadro abaixo:


eu, tu, ele/ela, nós,
Reto
vós, eles/elas
me, te, se, o, a, lhe,
Oblíquo Átono nos, vos, se, os, as,
PESSOAIS lhes
mim, comigo, ti,
contigo, si, ele, ela,
Oblíquo Tônico
nós, conosco, vós,
convosco, si, eles, elas
meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s),
EU VOU PASSAR !!

POSSESSIVOS
nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s)
este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
DEMONSTRATIVOS
aquele(s), aquela(s), aquilo
quem, onde, como, quando, quanto, que, o qual,
RELATIVOS
a qual, cujo(s), cuja(s)
INTERROGATIVOS quem, onde, que, quanto(a)(s)
algum(a), nenhum(a), todo, tudo, nada, algo,
INDEFINIDOS muitos, vários, tanto, qualquer, alguém, ninguém,
mais, menos, que, qualquer um...
Você, Senhor(a), Vossa Senhoria, Vossa
TRATAMENTO
Excelência, Vossa Santidade, Vossa Alteza...

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2 – Pronomes Pessoais

São os pronomes que substituem (pronomes substantivos) as pessoas


do discurso. Têm um destaque dentro da oração, pois podem ser sujeitos ou
objetos.
Exemplos:
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• João foi ao teatro. / Ele foi ao teatro.


• Mário entregou o livro a sua amiga. / Mário entregou-o a sua amiga.
Os pronomes pessoais podem ser RETOS ou OBLÍQUOS.

2.1 - Retos

Fazem o papel de sujeito nas orações.


Exemplos:
• Eu trabalhei muito.
• Tu estudarás o suficiente.

Eu (singular)
1a Pessoa Quem fala
Nós (plural)

Tu (singular)
2a Pessoa Para quem se fala
Vós (plural)
EU VOU PASSAR !!

ele(a) (singular)
3a Pessoa De quem se fala
eles(a) (plural)

2.2 - Oblíquos

Fazem o papel de objetos ou complementos nas orações.


Exemplos:
• Beijou-a pela manhã.
• Sempre te apoiamos.
• Fê-lo esquecer dos problemas.
Os pronomes oblíquos se dividem em ÁTONOS e TÔNICOS.

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ÁTONOS TÔNICOS

me (singular) mim, comigo


1a Pessoa
nos (plural) nós, conosco

te (singular) ti, contigo


2a Pessoa
vos (plural) vós, convosco
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se, o, a lhe (singular) si, consigo, ele(a)


3a Pessoa
se, o, a, lhe(s) (plural) si, eles(a)

Em formas verbais terminadas em R, S, Z acrescentamos o L antes de


o(s), a(s).

Exemplos:
• Devemos aprender a lição. / Devemos aprendê-la.
• Escolhemos o livro. / Escolhemo-lo.
• Fez as pessoas felizes. / Fê-las felizes.

Note que as consoantes R, S e Z são cortadas e por vezes acentua-se a


sílaba final do verbo.
EU VOU PASSAR !!

Em formas verbais terminadas em sons nasais AM, EM, ÃO, ÕE


acrescentamos a consoante N antes de o(s), (a)(s).
Exemplos:
• Enrolavam o novelo. / Enrolavam-no.
• Eles fazem o trabalho. / Eles fazem-no.
• Estudarão a aula. / Estudarão-na.
• Põe o livro sobre a mesa e estuda. / Põe-no sobre a mesa e estuda.
NOTE que nesses casos NÃO se corta qualquer letra do verbo!!!

Quando o verbo for transitivo direto e indireto temos as seguintes


opções para utilização dos pronomes:
Exemplos:
Entreguei o livro a minha colega.

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Entreguei-o a minha colega. (substituiu-se o termo “o livro” - objeto direto –


OD)
Entreguei lhe o livro. (substituiu-se o termo “a minha colega” - objeto indireto
– OI) Repare que o “a” é uma preposição.

Pronomes Oblíquos Reflexivos


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Os pronomes oblíquos, exceto o(s), a(s) lhe(s), podem referir-se ao


próprio sujeito da oração. Nesses casos são chamados de REFLEXIVOS.
Exemplos:
• Achei-me em um lugar distante.
• Ele machucou-se com o martelo.

1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012

Fazendo-se as alterações necessárias, o segmento grifado está substituído


corretamente por um pronome em:

a) alçar a turma = alçar-lhe

b) retirou um conjunto deles = retirou-nos

c) guiar os estudantes = guiar-os

d) desconstruir a visão = desconstruir-lhe


EU VOU PASSAR !!

e) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nos

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Como o verbo “alçar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo A (alçá-la).

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “retirar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O, no entanto a forma verbal “retirou” não termina
em som nasal, portanto não deve receber o N (retirou-o).

Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “guiar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O, no entanto, como a forma verbal “guiar” termina
em R, devemos cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (guiá-los).

Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “desconstruir” é transitivo direto,


devemos utilizar o pronome oblíquo A. Como a forma verbal termina em R,
devemos cortá-lo e adicionar o L ao pronome A (desconstrui-la).

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Alternativa E – Correta - Como o verbo “analisar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo OS. A forma verbal “analisaram” termina em som
nasal, portanto deve receber o N (analisaram-nos).

Gabarito: E
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2.3 – Colocação Pronominal

Os pronomes oblíquos podem vir antes, no meio ou após os verbos.


Exemplos:
• Não o deixarei desanimar. (próclise)
• Falar-te-ei a respeito de tudo. (mesóclise)
• Falou-nos de sua experiência. (ênclise)

•Ocorrência de palavras de ATRAÇÃO (invariáveis), tais como


advérbios, pronomes indefinidos, pronomes relativos,
conjunções subordinativas, palavra "só", palavras
Próclise
negativas.
•Ex. Não me abandone. / Nada lhe tira o foco. / Ele é o
homem de quem lhe falei. / Pedi a ele que os avisasse. /
Só lhe sobrou uma alternativa.
• Nas orações: optativas, exclamativas ou
interrogativas nas formas seguintes:
•Ex. Deus o abençoe! / Quanto te maltratas! / Quem se
disponibilizará?
EU VOU PASSAR !!

•É PROIBIDO o uso de pronomes átonos no início de


períodos, ou após pausas* sem palavra de atração!!!

•Verbo no FUTURO DE PRESENTE ou FUTURO do PRETÉRITO,


caso não haja palavra atrativa.
Mesóclise
•Ex. dar-te-ei, fazê-lo-ia

•Regra geral, caso não seja caso de próclise ou


mesóclise.
Ênclise •Ex. Suas palavras deixaram-nos tranquilos. / As pessoas
aplaudiam-no calorosamente.

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1. Quando vier a forma infinitiva precedida da preposição “a”, os pronomes


o(s), a(s) virão após o verbo.
Ex. Não tornaremos a encontrá-los tão cedo.
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2. Enquanto a proibição de iniciar períodos com pronomes átonos é


ABSOLUTA, a proibição após as “pausas” comporta exceções.

Ex. Atendeu todos aquele que, mesmo envergonhados, lhe solicitaram ajuda.

Nesse caso, o pronome é atraído pelo pronome relativo QUE, mesmo estando
antes do termo intercalado.

2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
EU VOU PASSAR !!

c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.


d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!
Comentários:
Alternativa A - Incorreta – A palavra “não” atrai o pronome, por isso seria
correto a próclise nesse caso. “Não me queira mal...”
Alternativa B - Correta – Não se começa período com pronome átono, por
isso está correto o emprego da ênclise.
Alternativa C - Incorreta – Por mais esquisito que seja, a nossa gramática atesta
como correto o uso da mesóclise para os tempos futuro de presente e futuro
do pretérito do indicativo. “Encontrar-nos-emos depois...”
Alternativa D - Incorreta – ATENÇÃO, note que “sempre” também é uma palavra
atrativa por ser advérbio.
Eis algumas palavras atrativas: advérbios, pronomes indefinidos, pronomes

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relativos, conjunções subordinativas, palavra "só", palavras negativas.


“Quando sempre me chamarem...”
Alternativa E - Incorreta – “Jamais” também é classificado como advérbio,
assim como palavra de negação, por isso atrai o pronome “te” para antes do
verbo. “Jamais te desesperes...”
Gabarito: B
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2.4 – Colocação Pronominal nas Locuções Verbais

As locuções verbais formam-se por VERBO AUXILIAR + VERBO


PRINCIPAL (INFINITIVO, GERÚNDIO OU PARTICÍPIO).
As regras já vistas anteriormente continuam válidas, porém como
temos dois verbos, vamos ver como se aplicam.
Veja o resumo abaixo:

Quando NÃO há palavra atrativa

Caso não seja início


1 Próclise ao auxiliar OK se conseguiu livrar
de período

2 Ênclise ao auxiliar OK conseguiu-se livrar OK

3 Próclise ao principal OK conseguiu se livrar linguagem usual


Perfeito!!!
4 Ênclise ao principal OK conseguiu livrar-se Forma
EU VOU PASSAR !!

recomendada!!!

Quando HÁ palavra ATRATIVA


Perfeito!!!
1 Próclise ao auxiliar OK não se conseguiu livrar Forma
recomendada!!!
2 Ênclise ao auxiliar X não conseguiu-se livrar ERRADO

linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.

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Os verbos no PARTICÍPIO NÃO admitem ÊNCLISE!!!


Ex. Não haviam ajudado-nos. (ERRADO)
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OBSERVAÇÃO
Quando há preposição entre o verbo auxiliar e verbo principal, admite-se a
próclise ou ênclise, desde que não esteja no particípio.
Ex. O médico deixou de se cuidar. / O médico deixou de cuidar-se.

3 – Pronomes Possessivos

Servem para designar a POSSE de algo. Determinam ou qualificam os


nomes. Nas orações, possuem função de adjunto adnominal.
Exemplos:
• Minha casa é amarela, a tua é branca.
• Estude e realizará seu sonho.

meu(s), minha(s)
1a Pessoa
nosso(s), nossa(s)

teu(s),tua(s)
EU VOU PASSAR !!

2a Pessoa
vosso(s), vossa(s)

3a Pessoa seu(s), sua(s)

4 – Pronomes Demonstrativos

Servem para indicar a posição das pessoas da oração em relação a


espaço, tempo ou posição textual. Os mais conhecidos são: este(s), esta(s),
isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s) e aquilo. Também são
pronomes demonstrativos: aqueloutro(a)(s), mesmo(a)(s), próprio(a)(s),
semelhante, tal e tais.

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QUANDO USAR...

ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
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MAIS PRÓXIMO entre


dois já citados

objeto está momento


algo DEPOIS de
ESSE(A)(S) PERTO de quem PASSADO
mencionado
OUVE PRÓXIMO

objeto está momento


LONGE de quem para citar o PRIMEIRO
AQUELE(A)(S) PASSADO
FALA e de quem TERMO entre dois já
DISTANTE
OUVE citados

5 – Pronomes Relativos

Eles têm esse nome, pois referem-se a termos ANTERIORMENTE


MENCIONADOS na oração. São eles: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo(s),
cuja(s), quanto(s), quanta(s), quem, que, como, quando e onde.
Vamos a alguns exemplos e observações:
EU VOU PASSAR !!

• Aquela é a garota por quem ele apaixonou-se.


Repare que “quem” refere-se ao nome “garota” já mencionado na oração.
• A cidade onde nasci é a mais bela.
• Esse é o hospital cujos médicos são os melhores.
Veja que o pronome “cujos” dá uma idéia de posse do “hospital” em relação
aos “médicos”.
OBSERVAÇÃO
1. O pronome QUEM é usado apenas para PESSOAS.
2. O pronome ONDE é usado apenas para LUGARES.
3. NÃO se usa artigo após o pronome CUJO(A)(S).
Esse é o carro cuja a porta está quebrada. (ERRADO)
Esse é o carro cuja porta está quebrada. (CORRETO)

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6 – Pronomes Interrogativos

São usados em frases interrogativas na 3a pessoa no modo direto ou


indireto.
Exemplos:
• Que aconteceu? (direto)/ Ele perguntou o que aconteceu. (indireto)
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• Quem será? / Imagino quem será o próximo.


• Qual o motivo? / Todos sabem qual o motivo da sua falta.
• Quantas pessoas chegaram? / Imagine quantas pessoas virão à festa.

7 – Pronomes Indefinidos

Servem para designar algo de forma imprecisa, vaga, indefinida ou


indetermidada, referindo-se sempre à 3 a pessoa.
Podem ocorrer como pronomes substantivos, pronomes adjetivos ou
locuções.
Exemplos:

• Alguém acredita nisso?


• Algo importante aconteceu.
• Vi tantas pessoas que não pude contar.
• Há muito a se fazer.
EU VOU PASSAR !!

• Gosto de quem gosta de mim.

8 – Pronomes de Tratamento

Servem para nos dirigirmos a pessoas adequadamente de acordo com


critérios de familiaridade ou formalidade, que a situação exija.
Quando nos dirigimos diretamente a uma autoridade, um juiz por
exemplo, devemos falar da seguinte maneira:
• Vossa Excelência chegou a alguma decisão? (note que o verbo fica
na 3ª pessoa)
No entanto, quando em sua ausência, nos referimos à mesma
autoridade, devemos falar da maneira seguinte:
• Sua Excelência chegou a alguma decisão?

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Vamos a um pequeno quadro resumo:

VOCÊ •Informal, familiar


SENHOR(A) •Respeitoso
VOSSA SENHORIA •Cerimonioso, funcionários graduados
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VOSSA EXCELÊNCIA •Altas autoridades


VOSSA REVERENDÍSSIMA •Sacerdotes
VOSSA EMINÊNCIA •Cardeais
VOSSA SANTIDADE •Papa
VOSSA MAJESTADE •Reis e rainhas

É isso aí pessoal! Vamos praticar???


EU VOU PASSAR !!

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9 – Questões Comentadas

3) FCC/AJ/TRT 23/Judiciária/2016
Atenção: Para responder à questão, leia o texto abaixo.
Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no
Leblon, o Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor
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de creme, que eu caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó.
Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente
que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitórias-
régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos,
sobretudo, catar mulungu.
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor
do que um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a
pontinha preta seu vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase
estranho à natureza. É bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir encontrar
um mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca vermelha e
viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de uma
bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para
tocar o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a
mim lembrava vagamente um olho.
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre
prestava atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava
em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela
quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para
casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três.
EU VOU PASSAR !!

E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore
ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam
no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim
Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia,
procurei no dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que
também é conhecido pelo nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental,
da família das leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores
vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes do fruto do
tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)'',
dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter
visto uma dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas
desapareciam e hoje me pergunto se não era minha avó que as guardava e
tornava a despejá-las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não
estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. O fato é
que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de

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magia, uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa


memória mínima.
(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em:
http://heloisaseixas.com.br)
No segmento de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas (3º
parágrafo), o termo sublinhado pode ser substituído corretamente por:
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a) de cuja
b) dos quais
c) de qual
d) de quanta
e) de cujos
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O pronome “que” nesse caso é interrogativo. Note
que a oração é interrogativa indireta. Já pronome “cuja” é relativo e indica
posse.
Alternativa B – Incorreta –Nesse caso não se trata de um pronome relativo e
ainda assim, “que” se refere a “árvore”, não cabendo o termo “dos quais”.
Alternativa C – Correta – O pronome interrogativo “que” pode ser substituído
perfeitamente pelo pronome interrogativo “qual”.
Alternativa D – Incorreta – O pronome “quanta” é relativo a quantidade e não
a especificidade como “que” e “qual”.
Alternativa E – Incorreta – Além de o pronome não caber no contexto, há
EU VOU PASSAR !!

problema de concordância com o temo “árvore”.


Gabarito: C

4) FCC/TRE/SEFAZ MA/Arrecadação e Fiscalização de Mercadorias


em Trânsito/2016
Não raro, o homem moderno considera construções antigas como bens
ultrapassados, ...I... deveriam ceder lugar a edificações mais arrojadas.
Preenche corretamente a lacuna I da frase o que se encontra em:
a) dos quais
b) nos quais
c) onde
d) os quais
e) aonde
Comentários:

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Alternativa A e B – Incorretas – O pronome relativo “os quais” substitui o


termo “bens ultrapassados” e é o sujeito da oração seguinte.
O sujeito semântico é “bens ultrapassados”, afinal, são eles que devem ser
substituídas por “edificações mais arrojadas”.
Porém, o sujeito sintático é o pronome “os quais”, pois é o pronome quem
de fato exerce a função de sujeito da oração.
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OBS - O sujeito não pode vir preposicionado.


Alternativa C – Incorreta – onde (usado apenas para lugares)
Alternativa D – Correta - os quais (bens ultrapassados) deveriam ceder lugar
a edificações mais arrojadas.
Alternativa E – Incorreta – aonde = a (preposição) + onde (usado apenas para
lugares)
Gabarito: D

5) FCC/Ana RH/ALMS/2016
A forma de tratamento, o emprego de pronomes e a linguagem utilizada estão
plenamente adequados no seguinte caso:
a) Vimos respeitosamente à presença de Vossa Excelência, chefe dos Recursos
Humanos, solicitar que se dê um jeito na situação precária em que se acham os
funcionários recém-admitidos.
b) Senhor Governador: Vossa Senhoria deveis considerar que nossas demandas
são justas, razão pela qual aqui as reexpomos.
EU VOU PASSAR !!

c) Como o Senador não pode comparecer, falará em seu lugar seu assessor
imediato, que tão bem representa Sua Excelência.
d) Não é por nada não, chefia, mas bem que podias honrar-nos a todos que o
estimamos com um atendimento mais cordial.
e) Caros deputados, se não pretendeis votar a emenda ainda hoje, tomamos a
liberdade de lembrar-lhes que a próxima semana estará tomada por outra
pauta.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O pronome de tratamento “vossa excelência” é
utilizado apenas para altas autoridades, como membros dos Poderes
Judiciário, Legislativo e Executivo – ex. juízes, senadores, deputados,
governadores, Presidente da República.
Neste caso, o termo adequado seria “vossa senhoria”.
Alternativa B – Incorreta – Agora sim, utilizamos “vossa excelência” para o
tratamento com governadores.

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Segue abaixo trecho do Manual de Redação da Presidência da República - MRPR


sobre o tema:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo:
Presidente da República;
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Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza
especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
EU VOU PASSAR !!

c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
Alternativa C – Correta – Perfeito! Utilizamos “sua excelência” para nos
referirmos a um senador.
Quando nos dirigimos diretamente a uma autoridade, um juiz por
exemplo, devemos falar da seguinte maneira:
• Vossa Excelência chegou a alguma decisão?
Note que o verbo fica na 3ª pessoa do singular.

No entanto, quando em sua ausência, para nos referimos à mesma


autoridade, devemos falar da maneira seguinte:

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• Sua Excelência chegou a alguma decisão?


O verbo permanece na 3ª pessoa do singular.
Alternativa D – Incorreta – O período está cheio de linguagem informal, podendo
ser reescrito de maneira mais adequada da seguinte maneira:
Sr. Chefe, não é por nada, mas, bem que vossa senhoria/o senhor poderia
honrar a todos que o estimamos com um atendimento mais cordial.
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Alternativa E – Incorreta – Vamos reescrever o trecho de maneira mais


adequada à formalidade exigida pelo documento.
Senhores deputados, uma vez que vossas excelências não pretendem
votar a emenda ainda hoje, tomamos a liberdade de lembrar-vos que a próxima
semana estará tomada por outra pauta.
Gabarito: C

6) FCC/Técnico/PGE MT/Técnico Administrativo/2016


Para Bauman, a livre regulação do mercado causa desigualdades e injustiças.
Bauman questiona a livre regulação do mercado, pois, segundo ele, o mercado
cria problemas, mas não consegue resolver os problemas.
Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados acima foram
corretamente substituídos por um pronome em:
a) lhe questiona − os resolver
b) lhe questiona − lhes resolver
c) a questiona − resolvê-los
EU VOU PASSAR !!

d) a questiona − resolver-lhes
e) lhe questiona − resolvê-los
Comentários:
Item I – Bauman questiona o quê? A livre regulação do mercado.
Como o verbo “questionar” é transitivo direto - TD, devemos utilizar o pronome
“A”.
O pronome “lhe” é utilizado como objeto indireto.
Item II – O verbo “resolver” é TD, por isso substituímos o objeto direto “os
problemas” pelo pronome oblíquo “os”.
Como a forma verbal termina em R, devemos cortá-lo e adicionar o L ao
pronome “OS” (resolvê-los).

Gabarito: C

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7) FCC/AJ/TRT 20/Judiciária/"Sem Especialidade"/2016


Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.
[Civilização e sofrimento]
É uma afirmação corrente que boa parte da culpa dos sofrimentos humanos vem
do que é chamado de nossa civilização. Seríamos bem mais felizes se a
abandonássemos e retrocedêssemos a condições primitivas, satisfazendo
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nossos instintos básicos. Tal asserção me parece espantosa, porque é fato


estabelecido – como quer que se defina o conceito de civilização – que tudo
aquilo com que nos protegemos da ameaça das fontes do sofrer é parte da
civilização. Como é que tantas pessoas chegaram a partilhar esse ponto de vista
de surpreendente hostilidade à civilização? Acho que uma profunda insatisfação
com o estado civilizacional existente preparou o solo no qual, em determinadas
ocasiões históricas, formou-se essa condenação.
(Adaptado de: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Trad. Paulo César
de Souza. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2011, p. 31)

Criamos a nossa civilização e atribuímos à nossa civilização o papel de dirimir


nossos sofrimentos, fazendo da nossa civilização uma espécie de escudo contra
o furor dos nossos instintos, para que não reconheçamos os nossos instintos
como forças que não podem ser controladas.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima, substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe atribuímos − fazendo dela − os reconheçamos
b) a atribuímos − fazendo com ela − reconheçamos-lhes
EU VOU PASSAR !!

c) atribuímo-la − fazendo dela − lhes reconheçamos


d) a ela atribuímos − fazendo-a − reconheçamo-los
e) lhe atribuímos − fazendo-lhe − os reconheçamos
Comentários:
Item I – Pela presença da crase, já podemos perceber que o verbo “atribuir” é
transitivo indireto, por isso devemos usar o pronome “lhes” (lhe atribuímos).
Item II – fazendo da nossa civilização = fazendo dela
O pronome “de” exigido pela regência do verbo deve ser preservado.
Item III – não reconheçamos os nossos instintos = não os reconheçamos
Como o termo “os nossos instintos” é um objeto direto, utilizamos o pronome
“os”.
Note a presença da palavra atrativa “não”, exigindo assim a próclise.
Gabarito: A

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8) FCC/Ana/DPE RS/Contabilidade/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
Sem privacidade
Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos
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outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo
em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer
espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de
ônibus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal,
reclamações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações
românticas, acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e
um sem-número de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e
alta voz, lances da vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se
por completo a fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais
aberta exposição. Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com
confissões perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias
políticas – tudo deixando ver que agora o sujeito só pode existir na medida em
que proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação
emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o resto da
humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A discrição,
a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma civilização
extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria individualidade.
Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as
reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas
problemáticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se
EU VOU PASSAR !!

obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso
ruído social, a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável
egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito singular passou a soar como
uma provocação escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público
da informação.
(Jeremias Tancredo Paz, inédito)
Perdeu-se a antiga privacidade, enterramos a antiga privacidade sob os
conectores modernos, tornamos esses conectores modernos nossos deuses
implacáveis, sob o comando desses conectores modernos trocamos
escandalosamente todas as informações mais pessoais.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) enterramo-la − tornamo-los − sob cujo comando
b) enterramos-lhe − tornamo-lhes − sob cujo comando
c) enterramo-la − os tornamos − sob o qual comando

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d) a enterramos − tornamos-lhes − sob o comando deles


e) enterramo-lhe − lhes tornamos − sob o comando dos quais
Comentários:
Item I – enterramos a antiga privacidade (=objeto direto) = enterramo-la
Item II – tornamos esses conectores modernos (=objeto direto) = tornamo-los
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Lembre-se de que, como regra geral, não devemos utilizar o pronome oblíquo
após pausas.
Item III – sob o comando desses conectores modernos – sob cujo comando
O pronome relativo “cujo” estabelece relação de posse entre os nomes
“comando” e “conectores modernos”.
Gabarito: A

9) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção
da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma
patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da
alma. Estão errados.
Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz
sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor.
A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo. Ou
pior: o sentimento de inexistência.
EU VOU PASSAR !!

Um dos pecados maiores da inteligência é chegar à conclusão de que o amor é


uma ficção. Muitas vezes, pessoas supostamente inteligentes consideram o
amor algo ingênuo e pueril.
A desconfiança se acha a mais completa das virtudes morais ou cognitivas. A
armadilha de quem desconfia sempre é que ele mesmo se sente inexistente
para o mundo porque este é sempre visto com desprezo.
Outra suposta arma contra o amor é a hipocrisia. A hipótese de a hipocrisia ser
a substância da moral pública parece que inviabiliza o amor por conta de sua
cegueira para com esta hipocrisia mesma. É verdade: o amor não vê a
hipocrisia. Søren Kierkegaard (1813-1855) diz que há um "abismo escancarado"
entre eles.
O amor é concreto como o dia a dia. Engana-se quem considera o amor abstrato
e fantasioso. Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece pelos frutos.
Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não seja
prática. O gosto do amor é a confiança nas coisas que ele dá a quem o
experimenta.

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(Adaptado de: PONDÉ, Luiz Felipe Disponível em: www.folha.uol.com.br)


A substituição do elemento sublinhado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes no segmento, foi realizada de acordo com a norma padrão
em:
a) quem considera o amor abstrato = quem lhe considera abstrato
b) consideram o amor algo ingênuo e pueril = consideram-lhe algo ingênuo e
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pueril
c) parece que inviabiliza o amor = parece que inviabiliza-lhe
d) o ressentimento é cego ao amor = o ressentimento lhe é cego
e) o amor não vê a hipocrisia = o amor não lhe vê
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – quem considera o amor (objeto direto) abstrato =
quem o lhe considera abstrato
Alternativa B – Incorreta – consideram o amor (objeto direto) algo ingênuo e
pueril = consideram-no lhe algo ingênuo e pueril
Alternativa C – Incorreta – parece que inviabiliza o amor (objeto direto) =
parece que o inviabiliza-lhe
Alternativa D – Correta – o ressentimento é cego ao amor (complemento
nominal) = o ressentimento lhe é cego – OK
“Ao amor” complementa o adjetivo “cego”, que na oração tem função de PDS.
Alternativa E – Incorreta – o amor não vê a hipocrisia (objeto direto) = o amor
não lhe a vê
EU VOU PASSAR !!

Gabarito: D

10) FCC/Analista Judiciário/TRE AP/Judiciária/2006


Atenção: Para responder à questão, considere a crônica (Texto I) e o poema
(Texto II) que seguem.
Texto I
O jivaro
Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um
jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de
um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações,
e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.
O Sr. Matter:
− Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco.
E o índio:

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− Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!


(Rubem Braga, Recado de primavera)
Texto II
Anedota búlgara
Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que
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também se caçam borboletas [e andorinhas ficou muito espantado e achou uma


barbaridade.
(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)
O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se
caçassem andorinhas e borboletas, parecendo-lhe uma barbaridade levar
andorinhas e borboletas à morte.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se, de forma
correta, os elementos sublinhados por, respectivamente,
a) não o ocorrendo de tais levá-las.
b) não ocorrendo-lhe dos mesmos levar-lhes.
c) lhe não ocorrendo destes as levar-lhes.
d) não ocorrendo-o dos cujos as levarem.
e) não lhe ocorrendo destes levá-las.
Comentários:
Item 1 – Temos, aqui, duas coisas essenciais, a preposição “a” (“ao czar”) e a
palavra atrativa “não”, por isso usaremos o pronome “lhe” antes do verbo (“não
lhe ocorrendo”).
EU VOU PASSAR !!

Item 2 – Usaremos o pronome demonstrativo “estes”, referindo-se ao termo


“homens”, já citado no texto (termo mais próximo), fundido com a
preposição ”de”, oriunda da expressão” em vez de”.
Item 3 – O verbo levar é TD em relação a “andorinhas e borboletas” e não há
palavra atrativa. Então, usaremos o pronome “as” em posição enclítica (levá-
las).
Gabarito: E

11) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Judiciária/2013


Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.
Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha que pode. Ainda ontem
me divertiu este trechinho de crônica do escritor mineiro Humberto Werneck,
de seu livro Esse inferno vai acabar:
“− Meu cabelo está pendoando – anuncia a prima, apalpando as melenas.

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Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela, com o seu solangês,
às vezes me pega desprevenido.
− Seu cabelo está o quê?
− Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem explica algo elementar
a um total ignorante, traduz:
− Bifurcando nas extremidades.
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É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre, mas falece, e, quando
sobrevém esse infausto acontecimento, tem seu corpo acondicionado num
ataúde, num esquife, num féretro, para ser inumado em alguma necrópole, ou,
mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se
torna vulgarmente quebradiço: pendo-a.”
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino.
Amigas da família, mãe e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco.
D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa
extremidade da mesa:
− Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
− Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a seu pedido.
Socorreu-me a filha adolescente:
− Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros.
− A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha
com reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
EU VOU PASSAR !!

“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem
alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a conversa para
impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que
chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de,
numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás
paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
a) a que recorreu - que fez notável.
b) do qual incorreu - com que se afamou.
c) a cujo recorreu – o qual celebrizou.
d) em que fez uso – em cujo deu notabilidade.

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e) em cujo incorreu – com o qual se propagou.


Comentários:
Alternativa A – Correta – Os verbos “recorrer” e “valer” têm sentido
equivalente, mas regência diversa (valer-se de algo / recorrer a algo).
Podemos observar que foi a preposição foi substituída com perfeição. Em relação
ao segundo trecho, recomendo fazer a substituição e conferir e regularidade ou
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não da oração (o estilo retórico que fez o escritor baiano notável). Aqui,
o sentido ficou preservado, assim como a correção gramatical.
Alternativa B - Incorreta – O primeiro trecho apresenta erro de regência pois o
verbo incorrer exige a preposição “em”, além de modificar o valor semântico,
pois esse verbo significa cair, implicar-se, incidir, cometer, etc (ex. O sujeito
incorreu no artigo 11 da lei penal). O segundo trecho está correto.
Alternativa C - Incorreta – O pronome “cujo” fica totalmente maluco nesse
contexto, pois esse é utilizado para indicar posse. Poderíamos ter a forma
indicada na alternativa A ou mesmo a forma “ao qual recorreu”, ambos corretos.
O segundo trecho está perfeito, com o pronome “o qual” referindo-se ao termo
“estilo retórico”.
Alternativa D - Incorreta – No primeiro trecho, temos o uso indevido da
preposição “em”. O segundo trecho, ficaria assim: “que deu notabilidade a...” .
Novamente, o pronome “cujo” foi usado equivocadamente.
Alternativa E - Incorreta – Primeiro trecho com erros de pronome e de semântica
devido ao verbo substituído com sentido diferente do original. Na segunda parte
a substituição mantém a correção do texto.
Gabarito: A
EU VOU PASSAR !!

12) FCC/Analista Judiciário/TRT 16/Administrativa/2014


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo − um fragmento
de O espírito das leis, obra clássica do filósofo francês Montesquieu, publicada
em 1748.
[Do espírito das leis]
Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o
mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por
sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico
segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares
inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro;
e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)
O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado
por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que
Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser poderia, a
todo instante, esquecer seu criador − Deus, pelas leis da religião, chamou-o a

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si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo − os filósofos


advertiram-no pelas leis da moral.
(Montesquieu − Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)
As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e
destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria
reger as leis humanas.
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Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos


sublinhados, na ordem dada, por:
a) desrespeitam a elas – destituem-nas − deveria reger-lhes
b) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regê-las
c) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger
d) lhes desrespeitam – destituem-lhes − deveria regê-las
e) desrespeitam-nas – destituem-nas − as deveria reger
Comentários:
Nessa altura do campeonato, vocês já repararam que a primeira coisa que
devemos fazer ao analisar a correção do uso do pronome oblíquo é a
transitividade do verbo.
Nesta questão, temos três verbos transitivos diretos – TD (não pedem
preposição em seu complemento). Assim já sabemos que NÃO cabem as formas
“lhe(s)” e “a ele(a)(s)” (enquanto o “a” é preposição, enquanto o “lhe” equivale
a “a ele(a)”).
Então teremos como pronomes nos três casos o pronome “as”, referindo-se ao
EU VOU PASSAR !!

termo “leis humanas”.


Em relação à colocação, nas duas primeiras orações, há ênclise por ausência de
palavra atrativa, enquanto na terceira, o pronome relativo “que” atrai o
pronome “as” (próclise). Poderíamos ter também a forma “regê-las”, na terceira
oração.
Gabarito: E

13) FCC/AJ/TRT 2/Administrativa/2014

Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma


argumentação pela alegação do gosto, atribuindo ao gosto o valor de um
princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como uma instância
caprichosa.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos


sublinhados por, respectivamente,

a) substituir-lhe – atribuindo-o - tomá-lo

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b) substituí-la – atribuindo-lhe - tomá-lo

c) substituí-la – lhe atribuindo - tomar-lhe

d) substituir a ela – atribuindo a ele – lhe tomar

e) substituir-lhe – atribuindo-lhe – tomar-lhe

Comentários:
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Item I – Como o verbo “substituir” é transitivo direto, devemos utilizar o


pronome oblíquo A. Como a forma verbal termina em R, devemos cortá-lo e
adicionar o L ao pronome O (substituí-la).

Item II – Como o verbo “sentir” é transitivo indireto, devemos utilizar o pronome


oblíquo “lhe” que equivale à expressão A ELE (atribuindo-lhe). Não cabe
próclise após vírgula.

Item III – O verbo “tomar” é transitivo direto, portanto devemos utilizar o


pronome oblíquo O. Como a forma verbal termina em R, devemos cortá-lo e
adicionar o L ao pronome O (tomá-lo).

Gabarito: B

14) FCC/TJ/TST/Administrativa/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior.


O exterior é jogado contra um adversário para superar obstáculos exteriores e
atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão
EU VOU PASSAR !!

instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os


braços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por
algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas
instruções do que para executá-las.
Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo
se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se
desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como falta de
concentração, nervosismo, ausência de confiança em si mesmo e
autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar todos os
hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.
Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no
outro? Por que ficamos tensos numa competição ou desperdiçamos jogadas
fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender
um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus,
mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem
de forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora
dela.

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(Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo interior de tênis. Trad. de Mario R.


Krausz. S.Paulo: Textonovo, 1996. p.13)
Substituindo-se os elementos grifados em segmentos do texto, com os ajustes
necessários, ambos os pronomes foram empregados corretamente em:
a) como posicionar os braços / alcançar os melhores resultados = como
posicioná-los / alcançar-lhes
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b) não encontraremos maestria / negligenciarmos as habilidades = não


encontraremo-la / negligenciarmo-nas
c) especialistas dão instruções / como utilizar uma raquete = especialistas dão-
nas / como utilizá-la
d) superar obstáculos exteriores / atingir uma meta externa = superar-nos
/ atingi-la
e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes
acrescentem / elas as trazem
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A primeira substituição está correta, pois o verbo
posicionar é transitivo direto, então troca-se o termo “os braços” pelo
pronome “os”.
A segunda substituição deveria ser similar à primeira, uma vez que o verbo
“alcançar” também é transitivo direto. O pronome “lhes” é usado para
complementar verbos transitivo indiretos, pois é equivalente ao termo “a eles”.
Correto seria a grafia “alcançá-los.
Alternativa B – Incorreta – No primeiro termo deveria haver uma próclise em
EU VOU PASSAR !!

virtude do advérbio “não”, que atrai o pronome para junto dele. No segundo,
cometeu-se um erro não de regência, pois foi adicionado o pronome “as”, para
complementar o verbo negligenciar TD, no entanto a forma correta seria
“negligenciarmo-las”, pois a forma verbal é terminada em “S”.
Alternativa C – Correta – Os dois verbos são TD e estão com os pronomes “as”
e “a” empregados corretamente.
Alternativa D – Incorreta – Novamente dois verbos TD, no entanto o primeiro é
terminado em “R”, devendo ser redigido da seguinte forma: superá-los.
Alternativa E - Incorreta – Os dois verbos são TD e as duas substituições estão
incorretas, devendo ser escritas “não os acrescentem”, devido à atração do
advérbio “não” e “elas trazem-nas”, uma vez que não há no segundo caso
palavra de atração.
Gabarito: C

15) FCC/Aux. Judiciário/TRF 2/Administrativa/2007

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A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas, mais do que em qualquer


outro lugar do planeta, está o maior número de seres vivos a descobrir. Os
mares parecem guardar as respostas sobre a origem da vida e uma potencial
revolução para o desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e materiais
para comunicações. Sabemos mais sobre a superfície da Lua e de Marte do que
do fundo do mar. Os oceanos são hoje o grande desafio para a conservação e o
conhecimento da biodiversidade, e os especialistas sabem que ela é muitas
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vezes maior do que hoje conhecemos. Das planícies abissais - o verdadeiro


fundo do mar, que ocupa a maior parte da superfície da Terra - vimos menos
de 1%. Hoje sabemos que essa planície, antes considerada estéril, está cheia
de vida. Nos últimos anos, não só se fizeram novos registros, como também se
descobriram novas espécies de peixes e invertebrados marinhos - como
estrelas-do-mar, corais, lulas e crustáceos. Em relação à pesca, porém, há más
notícias. Pesquisadores alertam que diversidade não é sinônimo de abundância.
Há muitas espécies, mas as populações, em geral, não são grandes.
A mais ambiciosa empreitada para conhecer a biodiversidade dos oceanos é o
Censo da Vida Marinha, que reúne 1.700 cientistas de 75 países e deverá estar
pronto em 2010. Sua meta é inventariar toda a vida do mar, inclusive os micro-
organismos, grupo que representa a maior biomassa da Terra. Uma pequena
arraia escura, em forma de coração, é a mais nova integrante da lista de peixes
brasileiros. Ela foi coletada entre os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito
Santo, a cerca de 900 metros de profundidade. Como muitas espécies marinhas
recém-identificadas, esta também é uma habitante das trevas.
O mar oferece outros tipos de riqueza. Estudos feitos no exterior revelaram
numerosas substâncias extraídas de animais marinhos e com aplicação
comercial. Há substâncias de poderosa ação antiviral e até mesmo
EU VOU PASSAR !!

anticancerígena. Há também uma esponja cuja estrutura inspirou fibras óticas


que transmitem informação com mais eficiência. Outros compostos recém-
descobertos de bactérias são transformados em cremes protetores contra raios
ultravioleta. Vermes que devoram ossos de baleias produzem um composto com
ação detergente. Já o coral-bambu é visto como um substituto potencial para
próteses ósseas.
(Adaptado de Ana Lucia Azevedo. Revista O Globo. 19 de março de 2006,
p.1821)
A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente está feita de
modo INCORRETO em:
a) parecem guardar as respostas = parecem guardá-las.
b) que ocupa a maior parte da superfície da Terra = que a ocupa.
c) oferece outros tipos de riqueza = oferece-os.
d) revelaram numerosas substâncias = revelaram-nas.
e) produzem um composto = produzem-lhe.

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Comentários:
Alternativa A – Correta – Para verbo TD usa-se o pronome oblíquo átono “as”.
Como é terminado em “R”, adicionamos o “L” ao pronome e cortamos o “R” do
verbo.
Alternativa B - Correta – Novamente o verbo é TD, porém o pronome “a” é
atraído pelo pronome relativo “que”, utilizando-se nesse caso a próclise.
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Alternativa C - Correta – Para verbo TD usa-se o pronome oblíquo átono “os”,


porém o verbo permanece inalterado, pois não termina em R ou S, nem
mesmo em sons nasais.
Alternativa D - Correta – Novamente, verbo TD, agora terminado em som
nasal, usa-se a letra “N” antes do pronome “as”.
Alternativa E - Incorreta – Como o verbo é TD, o trecho deveria ser escrito da
seguinte forma: produzem-no.
Gabarito: E

16) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.

Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não


respeitam os padrões de gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão
evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas.

No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos


protagonizados por guerreiras. Com efeito, a sucessão política regularmente
EU VOU PASSAR !!

coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe.
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma
mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número
de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer
Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império
Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os
romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma estátua à margem do
Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la
caso estejamos passando por ali.

Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre


as guerreiras que atuam como simples soldados, integrando os regimentos e
participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às
dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente
nenhuma guerra foi travada sem alguma participação feminina.

(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)

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Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi


corretamente substituído por um pronome em:

a) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono

b) dirige o país = lhe dirige

c) integrando os regimentos = integrando-lhes


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d) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na

e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – O uso do pronome A está correto, pois o verbo


“colocar” é TD, porém, como a forma “coloca” não termina em som nasal, não
cabe o uso do N (a coloca). Por outro lado, o advérbio “regularmente”, presente
no texto, atrai o pronome para a posição de próclise.

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “dirigir” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O (dirige-o). Não há no texto palavra atrativa que
justifique a próclise.

Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “integrar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo OS (integrando-os). A ênclise é obrigatória, pois
inicia um oração, após uma vírgula.

Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “liderar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo A. A forma “liderou” não termina em som nasal, por
isso não cabe o uso do N (a liderou). O pronome “que” atrai o pronome para a
posição de próclise.
EU VOU PASSAR !!

Alternativa E – Correta - O verbo “registrar” é transitivo direto, por isso devemos


utilizar o pronome oblíquo O. Como a forma verbal termina em R, devemos
cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (registrá-lo). Já que não há palavra
atrativa no texto, o pronome está corretamente empregado como ênclise.

Gabarito: E

17) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.

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No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em


redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos
aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a
esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
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estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos
tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos
estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão,
atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos
absolutamente sós no mundo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
EU VOU PASSAR !!

b) tememo-la – julgamo-la - invencível atribuímo-la


c) tememos a ela – lhe julgamos invencível – lhe atribuímos
d) a tememos – julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
e) a tememos – julgamos invencível a ela – lhe atribuímos
Comentários:
Item 1 – Em primeiro lugar observamos que o verbo “temer” é TD, logo
devemos empregar o pronome “a”. Em seguida, veja que há uma palavra
atrativa, o pronome indefinido “muitos”, então vamos usar a próclise (a
tememos).
Item 2 – Temos o verbo julgar que é TD e devemos usar ênclise por ser início
de oração. Assim a forma correta é “julgamo-la”.
Item 3 – Repare que o verbo atribuir é TDI, no entanto o termo que vamos
substituir é o objeto indireto – OI (veja que há uma crase, então já sabemos
que há preposição no termo “à solidão”). Como o verbo vem após virgula e

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inicia uma nova oração dentro do período composto, vamos de ênclise


(atribuímos-lhe), ok?
Gabarito: D

18) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Apoio


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Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.


Novas fronteiras do mundo globalizado
Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar
que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse
definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer
que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites.
Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem
no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas.
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo
que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o
outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à
noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países
em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos
ideais cultivados pela modernidade.
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense,
1994, p. 220)
As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos
as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas
EU VOU PASSAR !!

tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
e) as tomemos − falta a elas – submeta-las
Comentários:
Como na questão anterior, vemos que nas três orações o complemento é o
mesmo - “as novas tecnologias”. Na segunda oração, porém, há uma crase, isso
indica que há também uma preposição.
Item 1 - O verbo tomar é TD, então teremos como complemento o pronome

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“as”. Vamos posicioná-lo antes do verbo (próclise) devido ao advérbio “não”,


que o atrai.
Item 2 – A crase é fundamental para identificarmos a existência de preposição
no complemento do verbo faltar (TI – ex. Faltou ao encontro). Nesse caso,
usaremos “a elas” ou “lhes”.
OBSERVAÇÃO – Temos, antes do verbo, a conjunção “pois”, que é
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coordenativa. Enquanto as conjunções subordinativas atraem o pronome, as


coordenativas admitem o uso de próclise ou ênclise (FACULTATIVO).
Item 3 - Submeta o quê?? As novas tecnologias... Verbo TD ok? Veja que há
um “que” (pronome relativo), que atrai o pronome “as” (próclise).
Gabarito: C

19) FCC/AFTE/SEFAZ PE/2014


Instruções: A questão refere-se ao texto abaixo.
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista
cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem
de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito
raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas
populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo
da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma
sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
EU VOU PASSAR !!

Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual.
Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um
tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas,
botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do
público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica
cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou
imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não
contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o
dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de
cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas

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estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O -


circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.
Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo,
ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
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Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só


não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em
sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator
comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da
província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência
e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na
Comentários:
Alternativa A – Correta – O pronome está correto, pois o verbo arremedar é TD.
EU VOU PASSAR !!

A forma infinitiva do verbo permite a ênclise, além de que não há palavra de


atração. Os verbos terminados em “R”, “S” e “Z” perdem estas consoantes.
Alternativa B - Correta – O pronome “as” está correto pois substitui o objeto
direto – OD (as botinas...). Ênclise correta, uma vez que inexiste palavra de
atração.
Alternativa C - Correta – O pronome “a” está correto pois substitui o objeto
direto – OD. A próclise também está regular devido à palavra atrativa “que” (ver
o texto).
Alternativa D - Correta – O termo “o fator comum” é objeto direto da forma
verbal “pôs”. Como o verbo termina em “S”, este é cortado e acrescenta-se o
“L” ao pronome.
Alternativa E - Incorreta – O pronome está coreto, pois o verbo é TD, porém a
forma correta seria “eliminou-a”, pois a forma verbal “eliminou” não finaliza
com som nasal.
Gabarito: E

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20) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010

A frase em total concordância com o padrão culto escrito é:

a) Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa apreciação do documento,


haja bastante precisão quanto aos pontos que quereis ver alterados.
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b) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fizestes


referência desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça
o mal-entendido.

c) Ao encontrar-se com Sua Magnificência, não se conteve: − Senhor Reitor,


sou o mais novo membro do corpo docente e vos peço um minuto de sua
atenção.

d) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade: − Ponho-me a vossa


disposição se acaso deseje mandar uma mensagem ao povo brasileiro.

e) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate


e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja
mais bem elaborado.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Quando nos dirigimos diretamente a uma


autoridade, um juiz por exemplo, devemos falar da seguinte maneira: Vossa
Excelência chegou a alguma decisão? (note que o verbo fica na 3ª pessoa,
o mesmo acontece com os pronomes oblíquos correspondentes)
Portanto deveríamos ter o seguinte:
EU VOU PASSAR !!

Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em sua apreciação do documento, haja


bastante precisão quanto aos pontos que quer ver alterados.

VOCÊ •Informal, familiar

SENHOR(A) •Respeitoso

VOSSA SENHORIA •Cerimonioso, funcionários graduados

VOSSA EXCELÊNCIA •Altas autoridades

VOSSA REVERENDÍSSIMA •Sacerdotes

VOSSA EMINÊNCIA •Cardeais

VOSSA SANTIDADE •Papa

VOSSA MAJESTADE •Reis e rainhas

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Alternativa B – Incorreta – Lembre-se de que o verbo deve ficar na 3ª pessoa


do singular.

Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fez referência
desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça o mal-
entendido.

Alternativa C – Incorreta – A maneira formalmente correta de dirigir-se a um


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

reitor é vossa magnificência. Na primeira referência, no entanto, não é


necessário o uso do pronome de tratamento, uma vez que não se está se
dirigindo ao reitor de maneira direta ou indireta, portanto podemos utilizar o
termo “senhor reitor”, para evitar a repetição do pronome de tratamento.

Ao encontrar-se com o senhor reitor, não se conteve: − Vossa


Magnificência, sou o mais novo membro do corpo docente e lhe peço um
minuto de sua atenção.

Alternativa D – Incorreta – Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua


Santidade: − Ponho-me a sua disposição se acaso deseje mandar uma
mensagem ao povo brasileiro.

Alternativa E – Correta – Foram aplicadas corretamente o pronome de


tratamento, assim como a flexão do verbo o pronome oblíquo
correspondente na 3ª pessoa do singular.

Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate


e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja
mais bem elaborado.

Gabarito: E
EU VOU PASSAR !!

21) FCC/ACE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2015

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Eduardo Coutinho, artista generoso

Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo


Coutinho, mestre dos documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos
paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a
distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa,
surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada
expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”,
“os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente
enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de
quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está

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falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da


Paraíba.

Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro


deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração
prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para
conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não
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para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar
à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da
outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo
dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um
homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa
no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se,
mostra-se, mostra-o, mostra-nos.

(Armindo Post, inédito)

Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na


seguinte frase:

a) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa


que retrata é uma das características nas quais seus filmes se distinguem.

b) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se agarram


para tratar o outro, não são atitudes por onde Coutinho tenha mostrado
qualquer inclinação.

c) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou, são


EU VOU PASSAR !!

chavões em que se deixam impressionar as pessoas de julgamento mais


apressado.

d) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a


ter destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.

e) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não


mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a singularidade
de cuja as pessoas são portadoras.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – O pronome relativo “onde” deve ser utilizado apenas


para LUGARES, enquanto a preposição A também não cabe no contexto, uma
vez que o sujeito (Coutinho) manifesta na perspectiva ética todo o respeito pela
pessoa que retrata. Portanto os pronomes adequados são em que e na qual.

No segundo pronome relativo, a preposição adequada é por, uma vez que os


filmes se destacam por um motivo. Cabe nesse caso as expressões por que e
pelas quais.

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A perspectiva ética em que/na qual Coutinho manifesta todo o respeito pela


pessoa que retrata é uma das características pelas quais/por que seus filmes
se distinguem.

Alternativa B – Incorreta – Houve um erro na utilização da preposição que


acompanha o pronome “quais”, porque quem se agarra, agarra-se a algo,
portanto utilizamos a que ou às quais.
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O pronome relativo “onde” deve ser utilizado apenas para LUGARES.

O paternalismo e o sentimentalismo, posições às quais/a que muitos se


agarram para tratar o outro, não são atitudes por que/pelas quais Coutinho
tenha mostrado qualquer inclinação.

Alternativa C – Incorreta – Os verbos entusiasmar e impressionar pedem a


preposição com (se impressionar com algo/ se entusiasmar com algo). O
pronome relativo “cujas” não cabe no contexto, pois ele é utilizado para indicar
posse.

As expressões coletivistas, com que/com as quais Coutinho jamais se


entusiasmou, são chavões com que/com as quais se deixam impressionar as
pessoas de julgamento mais apressado.

Alternativa D – Correta – Tanto o verbo “interessar” como “atrair” pedem a


preposição POR (se interessar por algo/ se atrair por algo).

Alternativa E – Incorreta – A locução “se deixam nortear” pede a preposição


POR (se deixar nortear por algo).

O pronome relativo “cuja” não cabe no contexto, pois ele é utilizado para indicar
posse. As pessoas são portadoras da singularidade e não ao contrário.
EU VOU PASSAR !!

Os paradigmas já mecanizados, pelos quais/por que muitos se deixam


nortear, não mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a
singularidade de que/da qual as pessoas são portadoras.

Gabarito: D

22) FCC/Analista/BACEN/Área 1/2006


Está correto o emprego de ambos os elementos destacados na frase:
a) Os sonhos de cujos nos queremos alimentar não satisfazem os desejos com
que a eles nos moveram.
b) A expressão de Elio Gaspari, a qual se refere o autor do texto, é "cidadãos
descartáveis", e alude às criaturas desesperadas cujo o rumo é inteiramente
incerto.
c) Os objetivos de que se propõem os neoliberais não coincidem com as
necessidades por cujas se movem os "cidadãos descartáveis".

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d) As miragens a que nos prendemos, ao longo da vida, são projeções de


anseios cujo destino não é a satisfação conclusiva.
e) A força do nosso trabalho, de que não relutamos em vender, dificilmente será
paga pelo valor em que nos satisfaremos.
Comentários:
Ótima questão para testarmos nossos conhecimentos sobre os pronomes
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relativos.
Alternativa A – Incorreta – O primeiro termo, acerta na regência com o pronome
“de” (alimentar-se de algo), porém peca em relação ao pronome relativo. O
pronome “cujo” da ideia de posse. Coreto seria o uso dos pronomes “que” ou
“os quais”. O segundo termo, pelo contrário, acerta no pronome “que”, porém,
peca pela utilização indevida da preposição “com”.
Alternativa B – Incorreta – No primeiro termo seria possível as expressões “às
quais” ou “a que”, uma vez que a forma verbal “se refere” exige a preposição
“a”. Em seguida, há novo erro, pois não cabe artigo após o pronome “cujo”.
Alternativa C – Incorreta – Há erro de regências no termo “de que”, pois, quem
se propõe, se propõe a algo. A forma correta seria “a que” ou “aos quais”. O
termo “por cujas” também está errado, devendo ser trocado por “por que” ou
“pelas quais” (refere-se a necessidades).
Alternativa D – Correta – Nos prendemos a elas (as miragens). Finalmente, o
pronome “cujo” veio corretamente colocado, entre dois nomes e indicando uma
relação de “posse” entre os dois.
Alternativa E – Incorreta – Há dois erros de regência que se refletem no uso
indevido das preposições. No primeiro, há um uso indevido da preposição “de”
EU VOU PASSAR !!

(quem vende vende alguma coisa – verbo transitivo direto – TD). Já o verbo
satisfazer-se é transitivo indireto e exige o complemento “com”, pois nos
satisfazemos com algo. Então a expressão correta seria “com que” ou com “o
qual”.
Gabarito: D

23) FCC/TL/ALE-RN/Técnico Legislativo/2013

O segmento grifado nas expressões abaixo está corretamente substituído pelo


pronome correspondente em:

a) que enfunavam as velas dos barcos = enfunavam-nos

b) sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos = sentir-lhe

c) só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva


do tempo = adotavam-a

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d) A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo =


preservou-o

e) as culturas que residualmente cultuavam um eterno retorno = cultuavam-no

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Como o verbo “enfunar” é transitivo direto, devemos


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utilizar o pronome oblíquo AS. A forma verbal “enfunavam” termina em som


nasal, portanto deve receber o N, porém houve erro no gênero do pronome
(enfunavam-nas).

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “sentir” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O. Como a forma verbal termina em R, devemos
cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (senti-lo).

Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “adotar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo AS. A forma verbal “adotavam” termina em som
nasal, portanto deve receber o N, porém houve erro no gênero do pronome
(adotavam-nas).

Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “preservar” é transitivo direto,


devemos utilizar o pronome oblíquo AS. Houve erro no gênero do pronome
(preservou-as).

Alternativa E – Correta - O verbo “cultuar” é transitivo direto, por isso devemos


utilizar o pronome oblíquo O. A forma verbal “cultuavam” termina em som nasal,
portanto deve receber o N (cultuavam-no).

Gabarito: E
EU VOU PASSAR !!

24) FCC/AP/MANAUSPREV/Administrativa/2015

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

Numa definição solta, a floresta tropical é um tapete multicolorido, estruturado


e vivo, extremamente rico. Uma colônia extravagante de organismos que
saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para a terra. Dentro das
folhas ainda existem condições semelhantes às da primordial vida marinha.
Funciona assim como um mar suspenso, que contém uma miríade de células
vivas, muito elaborado e adaptado. Em temperatura ambiente, usando
mecanismos bioquímicos de complexidade quase inacessível, processam-se
átomos e moléculas, determinando e regulando fluxos de substâncias e
energias.

A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies


ameaçadas e representa muito mais do que um simples depósito de carbono.
Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta amazônica é o maior parque
tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu, entre trilhões,

Prof. Bruno Spencer 44 de 75


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é uma maravilha de miniaturização e automação. Qualquer apelo que se faça


pela valorização da floresta precisa recuperar esse valor intrínseco.

Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e


pressionado as mesmas teclas. Neste comportamento, identificamos o que
Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a mesma coisa, de novo,
esperando resultados diferentes”.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização


dos interesses da sociedade contemporânea com uma Amazônia viva e vigorosa.
Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, dedicação e
compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos
agregar inteligência à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra
espaço para a reconstrução ecológica da floresta. Podemos também revelar
muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia tropical e,
com isso, ir muito além de compreender seus mecanismos.

A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses
princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é
propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla
todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os
excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.

(Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato. O Futuro Climático da Amazônia.


Disponível em: www.ccst.inpe.br)

Considere:

recuperar esse valor intrínseco


EU VOU PASSAR !!

mostram numerosas oportunidades

compreender seus mecanismos

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram


corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) o recuperar − mostram-lhes − os compreender

b) lhe recuperar − as mostram − compreendê-los

c) recuperar-lhe − mostram-nas − compreender-lhes

d) recuperá-lo − mostram-nas − compreendê-los

e) recuperá-lo − lhes mostram − lhes compreender

Comentários:

Prof. Bruno Spencer 45 de 75


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Item I – Como o verbo “recuperar” é transitivo direto, devemos utilizar o


pronome oblíquo O. Como a forma verbal termina em R, devemos cortá-lo e
adicionar o L ao pronome O (recuperá-lo).

Item II – Como o verbo “mostrar” é transitivo direto, devemos utilizar o


pronome oblíquo AS. A forma verbal “mostram” termina em som nasal, portanto
deve receber o N (mostram-nas).
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Item III – O verbo “compreender” é transitivo direto, portanto devemos utilizar


o pronome oblíquo OS. Como a forma verbal termina em R, devemos cortá-lo e
adicionar o L ao pronome O (compreendê-los).

Gabarito: D

25) FCC/TCE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria de Tecnologia


da Informação/2015

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Preconceitos

Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos
para serem colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e
qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem distinguir o que sejam. São,
nessa medida, profundamente injustos, podendo acarretar consequências
dolorosas para suas vítimas. São préjuízos. Ainda assim, é forçoso reconhecer:
dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito.

São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”,
EU VOU PASSAR !!

“quem nasce ali é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem
lê muito” etc. Dispensamnos de pensar, de reconhecer particularidades, de
identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”, me
disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem viu um já viu
todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar.

Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é
sempre seletivo, mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar.
“Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais
mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e
quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer investigamos. Uma
das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz
julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição
racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que
passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas
preconceituosas.

(Bolívar Lacombe, inédito)

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Empregam-se corretamente as expressões destacadas em:

a) O crime racial constitui uma maneira de penalizar aqueles de que se deixam


levar por atitudes que rejeitam um outro a quem se é diferente.

b) As ações movidas por preconceito, aonde se observa um juízo prévio de um


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indivíduo de que não se conhece muito bem, devem ser repreendidas.

c) A propagação de preconceitos, fenômeno pelo qual todos podemos ser


responsáveis, deve ser abrandada por penalizações rigorosas, às quais os
infratores estejam sujeitos.

d) O preconceito é uma maneira com que os grupos sociais encontraram para


excluir aqueles que são considerados estranhos e de quem não se confia.

e) As leis são um meio ao qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto,
pois ele estará presente mesmo nas culturas às quais o punem com rigor.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – A preposição DE colocada antes do pronome “que” é


indevida. O pronome “que” é sujeito da oração “que se deixam levar por
atitudes” e não se utiliza preposição antes de sujeito.

O crime racial constitui uma maneira de penalizar aqueles que/os quais se


deixam levar por atitudes que rejeitam um outro a quem se é diferente.

Alternativa B – Incorreta – Só utilizamos o pronome “onde” para nos referirmos


a LUGARES. A preposição DE colocada antes do pronome “que” é indevida. O
pronome “que” é sujeito da oração e não se utiliza preposição antes de sujeito.
EU VOU PASSAR !!

As ações movidas por preconceito, em que/nas quais se observa um juízo


prévio de um indivíduo que não se conhece muito bem, devem ser
repreendidas.

Alternativa C – Correta

Alternativa D – Incorreta – O pronome “que” é objeto direto do verbo


“encontraram”, por isso não cabe a preposição COM. Quem confia, confia em
alguém.

O preconceito é uma maneira que os grupos sociais encontraram para excluir


aqueles que são considerados estranhos e em quem não se confia.

Alternativa E – Incorreta – O preconceito pode ser contido PELAS leis. A


preposição A (denotada pela crase) colocada antes do pronome “as quais” é
indevida. O pronome “as quais” é sujeito da oração e não se utiliza preposição
antes de sujeito.

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Resumo + Questões Comentadas
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As leis são um meio pelo qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto,
pois ele estará presente mesmo nas culturas as quais o punem com rigor.

Gabarito: C

26) FCC/DPE RS/2011


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Atenção: Responda à questão com base no texto.


Texto
Lição de bom senso
O Ministério da Educação (MEC) contornou com habilidade e bom senso a
polêmica gerada em torno do veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE),
de um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de que contém
expressões racistas. A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar
um esclarecimento de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela primeira
vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas expressões não eram
consideradas ofensivas, como ocorre hoje. É importante que esse tipo de
decisão sirva de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição a
tentações apressadas de recorrer à censura.
O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias
envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau
Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito
décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na
vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda
assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção
e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais.
EU VOU PASSAR !!

Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que


esteve sob ameaça de censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a
personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a estereótipos hoje vistos
como racistas, é importante que os educadores se preocupem em deixar claro
para os alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção apenas pelo fato
de o país ter evoluído sob o ponto de vista de costumes e de direitos humanos.
No Brasil de hoje, não há mais espaço para a impunidade em relação a atos
como o racismo. Isso não significa, porém, que seja preciso revolver o passado,
muito menos sem levar em conta as circunstâncias da época.
(Editorial Zero Hora, 18/10/2010)
O pronome se pode se deslocar sintaticamente, sem provocar erro gramatical,
na afirmativa
a) não conseguiu livrar-se, porque é próclise ao verbo no infinitivo.
b) não se conseguiu livrar, porque é próclise ao advérbio.
c) não se conseguiu livrar, porque é ênclise ao auxiliar.

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d) não conseguiu livrar se, porque é próclise ao verbo principal.


e) não conseguiu livrar-se, porque é ênclise ao verbo no infinitivo.
Comentários:
Questão similar à anterior, para sedimentarmos o conhecimento da colocação
pronominal em locuções verbais. Vamos resumir as possibilidades, quando há
palavra atrativa:
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• próclise em relação ao auxiliar – OK - (não se conseguiu livrar)


• ênclise em relação ao auxiliar – ERRADO - (não conseguiu-se livrar)
devido à palavra atrativa
• próclise em relação ao principal – OK - (linguagem usual) (não conseguiu
se livrar)
• ênclise em relação ao principal – OK - (não conseguiu livrar-se)
A única alternativa que se encaixa perfeitamente é a letra E (note que o verbo
principal está no INFINITIVO, que permite a ênclise).
Gabarito: E

27) FCC/DPE/RS/2014
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo, conferência
pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de
Wisconsin, nos Estados Unidos.
Viajando uma vez da Europa para o Brasil, ouvi o finado William Gifford
Palgrave, meu companheiro de mesa, escritor inglês muito viajado no Oriente,
EU VOU PASSAR !!

perguntar ao comandante do navio que vantagem lhe parecia ter advindo da


descoberta da América. Por sua parte, não lhe ocorria nenhuma, salvo, apenas,
o tabaco. Foi a primeira vez que ouvi exprimir essa dúvida, mas anos depois
vim a comprar um velho livro francês, de um Abbé Genty, livro intitulado:
L’Influence de la découverte de L'Amérique sur le bonheur du genre humain, e
soube então que a curiosa questão havia sido proposta seriamente para um
prêmio pela Academia de Lyon, antes da Revolução Francesa, e que estava
formulada do seguinte modo: "Tem sido útil ou prejudicial ao gênero humano a
descoberta da América?". O trabalho de Genty não passa, em seu conjunto, de
uma declamação oca, onde não há nada a colher além da esperança que o autor
exprime na regeneração da humanidade pela nova nação americana. Na
independência dos anglo-americanos, vê "o sucesso mais apto a apressar a
revolução que reconduzirá a felicidade à face da Terra". E acrescenta: "É no seio
da República recém-nascida que se acham depositados os verdadeiros tesouros
destinados a enriquecer o mundo". O livro merece por isso ser conservado, mas
a época em que foi escrito, 1787, não permitia ainda que se pudesse avaliar a
contribuição do Novo Mundo para o bem-estar da humanidade. Era já a aurora
do dia da América, mas nada mais senão a aurora. George Washington presidia

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à Convenção Constitucional, porém a influência desse grande acontecimento


ainda não fora além do choque causado ao Velho Mundo. Ainda não produzira a
Revolução Francesa. Sua importância não podia por enquanto ser imaginada.
Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel
que deverão desempenhar. O feitio que a influência romana tomaria não podia
ser previsto nem nos grandes dias da República. Uma conversa entre César e
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Cícero sobre o papel histórico da Gália ou da Bretanha não poderia levar em


conta a França ou a Inglaterra. Hoje mesmo, quem poderia dizer algo de
essencial sobre o Japão ou a China? Do Japão, pode-se afirmar que, para o
mundo exterior, está apenas na aurora. Quanto à China, continua velada na sua
longa noite, brilhando apenas para si própria. Na história da humanidade, a
impressão de qualquer um deles poderá sequer imaginar-se? Mas já se pode
estudar a parte da América na civilização. Podemos desconhecer suas
possibilidades no futuro, como desconhecemos as da eletricidade; mas já
sabemos o que é eletricidade, e também conhecemos a individualidade nacional
do vosso país. As nações alcançam em época determinada o pleno
desenvolvimento de sua individualidade; e parece que já alcançastes o vosso.
Assim podemos falar com mais base que o sacerdote francês nas vésperas da
Revolução Francesa.
(A parte da América na civilização. In Essencial Joaquim Nabuco. org. e introd.
Evaldo Cabral de Mello. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras,
2010, p. 531/532)
Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel
que deverão desempenhar.
Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a
norma padrão escrita:
EU VOU PASSAR !!

a) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a expressão


após a palavra revelado.
b) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na
oração.
c) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois equívocos
comprometeram-lhe o texto".
d) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o sentido
original da frase.
e) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar enclítico à
forma verbal.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Na verdade, poderíamos substituir por “a elas”, mas
nunca por ”à elas”, pois não cabe artigo antes de pronomes pessoais retos.
Alternativa B – Correta – O verbo revelar é TDI, sendo transitivo indireto em

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relação a “quem” e transitivo direto em relação a “o que” (revelar algo a


alguém). Como a forma “lhes” é equivalente a “a eles” ou “a elas” é adequada
ao verbo, ocupando o lugar de objeto indireto da oração.
Vamos aprofundar o estudo das funções sintáticas na aula 04.
Alternativa C - Incorreta – Não há sentido possessivo no termo “lhes” nessa
oração, o seu sentido é de “a elas” (nações).
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Alternativa D - Incorreta – No caso de elipse do pronome “lhes”, a frase estaria


correta, mas mudaria o sentido, pois o “lhes” especifica para quem foi revelada
a informação.
Alternativa E - Incorreta – O pronome “lhes” não poderia estar enclítico, visto
que a forma verbal “revelado” está no particípio, caso que NÃO ADMITE
ÊNCLISE. Ainda por cima, há o advérbio “não” que é uma palavra que atrai o
pronome.
Gabarito: B

Espero que tenham gostado da aula.


Boa sorte a todos!!!
EU VOU PASSAR !!

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10 - Lista de Exercícios

1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012

Fazendo-se as alterações necessárias, o segmento grifado está substituído


corretamente por um pronome em:

a) alçar a turma = alçar-lhe


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b) retirou um conjunto deles = retirou-nos

c) guiar os estudantes = guiar-os

d) desconstruir a visão = desconstruir-lhe

e) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nos

2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
EU VOU PASSAR !!

e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!

3) FCC/AJ/TRT 23/Judiciária/2016
Atenção: Para responder à questão, leia o texto abaixo.
Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no
Leblon, o Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor
de creme, que eu caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó.
Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente
que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitórias-
régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos,
sobretudo, catar mulungu.
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor
do que um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a
pontinha preta seu vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase
estranho à natureza. É bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir encontrar
um mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca vermelha e

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viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de uma


bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para
tocar o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a
mim lembrava vagamente um olho.
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre
prestava atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava
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em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela
quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para
casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três.
E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore
ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam
no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim
Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia,
procurei no dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que
também é conhecido pelo nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental,
da família das leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores
vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes do fruto do
tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)'',
dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter
visto uma dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas
desapareciam e hoje me pergunto se não era minha avó que as guardava e
tornava a despejá-las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não
estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. O fato é
que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de
EU VOU PASSAR !!

magia, uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa


memória mínima.
(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em:
http://heloisaseixas.com.br)

No segmento de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas (3º


parágrafo), o termo sublinhado pode ser substituído corretamente por:
a) de cuja
b) dos quais
c) de qual
d) de quanta
e) de cujos

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4) FCC/TRE/SEFAZ MA/Arrecadação e Fiscalização de Mercadorias


em Trânsito/2016
Não raro, o homem moderno considera construções antigas como bens
ultrapassados, ...I... deveriam ceder lugar a edificações mais arrojadas.
Preenche corretamente a lacuna I da frase o que se encontra em:
a) dos quais
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b) nos quais
c) onde
d) os quais
e) aonde

5) FCC/Ana RH/ALMS/2016
A forma de tratamento, o emprego de pronomes e a linguagem utilizada estão
plenamente adequados no seguinte caso:
a) Vimos respeitosamente à presença de Vossa Excelência, chefe dos Recursos
Humanos, solicitar que se dê um jeito na situação precária em que se acham os
funcionários recém-admitidos.
b) Senhor Governador: Vossa Senhoria deveis considerar que nossas demandas
são justas, razão pela qual aqui as reexpomos.
c) Como o Senador não pode comparecer, falará em seu lugar seu assessor
imediato, que tão bem representa Sua Excelência.
d) Não é por nada não, chefia, mas bem que podias honrar-nos a todos que o
EU VOU PASSAR !!

estimamos com um atendimento mais cordial.


e) Caros deputados, se não pretendeis votar a emenda ainda hoje, tomamos a
liberdade de lembrar-lhes que a próxima semana estará tomada por outra
pauta.

6) FCC/Técnico/PGE MT/Técnico Administrativo/2016


Para Bauman, a livre regulação do mercado causa desigualdades e injustiças.
Bauman questiona a livre regulação do mercado, pois, segundo ele, o mercado
cria problemas, mas não consegue resolver os problemas.
Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados acima foram
corretamente substituídos por um pronome em:
a) lhe questiona − os resolver
b) lhe questiona − lhes resolver
c) a questiona − resolvê-los

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d) a questiona − resolver-lhes
e) lhe questiona − resolvê-los

7) FCC/AJ/TRT 20/Judiciária/"Sem Especialidade"/2016


Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.
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[Civilização e sofrimento]
É uma afirmação corrente que boa parte da culpa dos sofrimentos humanos vem
do que é chamado de nossa civilização. Seríamos bem mais felizes se a
abandonássemos e retrocedêssemos a condições primitivas, satisfazendo
nossos instintos básicos. Tal asserção me parece espantosa, porque é fato
estabelecido – como quer que se defina o conceito de civilização – que tudo
aquilo com que nos protegemos da ameaça das fontes do sofrer é parte da
civilização. Como é que tantas pessoas chegaram a partilhar esse ponto de vista
de surpreendente hostilidade à civilização? Acho que uma profunda insatisfação
com o estado civilizacional existente preparou o solo no qual, em determinadas
ocasiões históricas, formou-se essa condenação.
(Adaptado de: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Trad. Paulo César
de Souza. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2011, p. 31)

Criamos a nossa civilização e atribuímos à nossa civilização o papel de dirimir


nossos sofrimentos, fazendo da nossa civilização uma espécie de escudo contra
o furor dos nossos instintos, para que não reconheçamos os nossos instintos
como forças que não podem ser controladas.
EU VOU PASSAR !!

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima, substituindo-se os elementos


sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe atribuímos − fazendo dela − os reconheçamos
b) a atribuímos − fazendo com ela − reconheçamos-lhes
c) atribuímo-la − fazendo dela − lhes reconheçamos
d) a ela atribuímos − fazendo-a − reconheçamo-los
e) lhe atribuímos − fazendo-lhe − os reconheçamos

8) FCC/Ana/DPE RS/Contabilidade/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
Sem privacidade
Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos
outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo
em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer

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espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de


ônibus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal,
reclamações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações
românticas, acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e
um sem-número de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e
alta voz, lances da vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se
por completo a fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais
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aberta exposição. Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com


confissões perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias
políticas – tudo deixando ver que agora o sujeito só pode existir na medida em
que proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação
emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o resto da
humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A discrição,
a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma civilização
extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria individualidade.
Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as
reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas
problemáticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se
obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso
ruído social, a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável
egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito singular passou a soar como
uma provocação escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público
da informação.
(Jeremias Tancredo Paz, inédito)

Perdeu-se a antiga privacidade, enterramos a antiga privacidade sob os


EU VOU PASSAR !!

conectores modernos, tornamos esses conectores modernos nossos deuses


implacáveis, sob o comando desses conectores modernos trocamos
escandalosamente todas as informações mais pessoais.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) enterramo-la − tornamo-los − sob cujo comando
b) enterramos-lhe − tornamo-lhes − sob cujo comando
c) enterramo-la − os tornamos − sob o qual comando
d) a enterramos − tornamos-lhes − sob o comando deles
e) enterramo-lhe − lhes tornamos − sob o comando dos quais

9) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

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Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção
da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma
patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da
alma. Estão errados.
Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz
sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor.
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A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo. Ou


pior: o sentimento de inexistência.
Um dos pecados maiores da inteligência é chegar à conclusão de que o amor é
uma ficção. Muitas vezes, pessoas supostamente inteligentes consideram o
amor algo ingênuo e pueril.
A desconfiança se acha a mais completa das virtudes morais ou cognitivas. A
armadilha de quem desconfia sempre é que ele mesmo se sente inexistente
para o mundo porque este é sempre visto com desprezo.
Outra suposta arma contra o amor é a hipocrisia. A hipótese de a hipocrisia ser
a substância da moral pública parece que inviabiliza o amor por conta de sua
cegueira para com esta hipocrisia mesma. É verdade: o amor não vê a
hipocrisia. Søren Kierkegaard (1813-1855) diz que há um "abismo escancarado"
entre eles.
O amor é concreto como o dia a dia. Engana-se quem considera o amor abstrato
e fantasioso. Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece pelos frutos.
Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não seja
prática. O gosto do amor é a confiança nas coisas que ele dá a quem o
experimenta.
EU VOU PASSAR !!

(Adaptado de: PONDÉ, Luiz Felipe Disponível em: www.folha.uol.com.br)


A substituição do elemento sublinhado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes no segmento, foi realizada de acordo com a norma padrão
em:
a) quem considera o amor abstrato = quem lhe considera abstrato
b) consideram o amor algo ingênuo e pueril = consideram-lhe algo ingênuo e
pueril
c) parece que inviabiliza o amor = parece que inviabiliza-lhe
d) o ressentimento é cego ao amor = o ressentimento lhe é cego
e) o amor não vê a hipocrisia = o amor não lhe vê

10) FCC/Analista Judiciário/TRE AP/Judiciária/2006


Atenção: Para responder à questão, considere a crônica (Texto I) e o poema
(Texto II) que seguem.

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Texto I
O jivaro
Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um
jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de
um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações,
e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.
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O Sr. Matter:
− Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco.
E o índio:
− Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!
(Rubem Braga, Recado de primavera)
Texto II
Anedota búlgara
Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que
também se caçam borboletas [e andorinhas ficou muito espantado e achou uma
barbaridade.
(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)
O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se
caçassem andorinhas e borboletas, parecendo-lhe uma barbaridade levar
andorinhas e borboletas à morte.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se, de forma
correta, os elementos sublinhados por, respectivamente,
EU VOU PASSAR !!

a) não o ocorrendo de tais levá-las.


b) não ocorrendo-lhe dos mesmos levar-lhes.
c) lhe não ocorrendo destes as levar-lhes.
d) não ocorrendo-o dos cujos as levarem.
e) não lhe ocorrendo destes levá-las.

11) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Judiciária/2013


Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.
Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha que pode. Ainda ontem
me divertiu este trechinho de crônica do escritor mineiro Humberto Werneck,
de seu livro Esse inferno vai acabar:
“− Meu cabelo está pendoando – anuncia a prima, apalpando as melenas.
Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela, com o seu solangês,
às vezes me pega desprevenido.

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− Seu cabelo está o quê?


− Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem explica algo elementar
a um total ignorante, traduz:
− Bifurcando nas extremidades.
É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre, mas falece, e, quando
sobrevém esse infausto acontecimento, tem seu corpo acondicionado num
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ataúde, num esquife, num féretro, para ser inumado em alguma necrópole, ou,
mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se
torna vulgarmente quebradiço: pendo-a.”
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino.
Amigas da família, mãe e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco.
D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa
extremidade da mesa:
− Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
− Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a seu pedido.
Socorreu-me a filha adolescente:
− Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros.
− A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha
com reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem
alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a conversa para
EU VOU PASSAR !!

impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que


chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de,
numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás
paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
a) a que recorreu - que fez notável.
b) do qual incorreu - com que se afamou.
c) a cujo recorreu – o qual celebrizou.
d) em que fez uso – em cujo deu notabilidade.
e) em cujo incorreu – com o qual se propagou.

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12) FCC/Analista Judiciário/TRT 16/Administrativa/2014


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo − um fragmento
de O espírito das leis, obra clássica do filósofo francês Montesquieu, publicada
em 1748.
[Do espírito das leis]
Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o
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mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por
sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico
segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares
inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro;
e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)
O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado
por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que
Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser poderia, a
todo instante, esquecer seu criador − Deus, pelas leis da religião, chamou-o a
si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo − os filósofos
advertiram-no pelas leis da moral.
(Montesquieu − Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)
As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e
destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria
reger as leis humanas.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) desrespeitam a elas – destituem-nas − deveria reger-lhes
EU VOU PASSAR !!

b) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regê-las


c) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger
d) lhes desrespeitam – destituem-lhes − deveria regê-las
e) desrespeitam-nas – destituem-nas − as deveria reger

13) FCC/AJ/TRT 2/Administrativa/2014

Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma


argumentação pela alegação do gosto, atribuindo ao gosto o valor de um
princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como uma instância
caprichosa.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos


sublinhados por, respectivamente,

a) substituir-lhe – atribuindo-o - tomá-lo

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b) substituí-la – atribuindo-lhe - tomá-lo

c) substituí-la – lhe atribuindo - tomar-lhe

d) substituir a ela – atribuindo a ele – lhe tomar

e) substituir-lhe – atribuindo-lhe – tomar-lhe


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14) FCC/TJ/TST/Administrativa/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior.


O exterior é jogado contra um adversário para superar obstáculos exteriores e
atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão
instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os
braços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por
algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas
instruções do que para executá-las.
Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo
se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se
desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como falta de
concentração, nervosismo, ausência de confiança em si mesmo e
autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar todos os
hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.
Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no
outro? Por que ficamos tensos numa competição ou desperdiçamos jogadas
fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender
EU VOU PASSAR !!

um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus,


mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem
de forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora
dela.
(Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo interior de tênis. Trad. de Mario R.
Krausz. S.Paulo: Textonovo, 1996. p.13)
Substituindo-se os elementos grifados em segmentos do texto, com os ajustes
necessários, ambos os pronomes foram empregados corretamente em:
a) como posicionar os braços / alcançar os melhores resultados = como
posicioná-los / alcançar-lhes
b) não encontraremos maestria / negligenciarmos as habilidades = não
encontraremo-la / negligenciarmo-nas
c) especialistas dão instruções / como utilizar uma raquete = especialistas dão-
nas / como utilizá-la
d) superar obstáculos exteriores / atingir uma meta externa = superar-nos

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/ atingi-la
e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes
acrescentem / elas as trazem

15) FCC/Aux. Judiciário/TRF 2/Administrativa/2007


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A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas, mais do que em qualquer


outro lugar do planeta, está o maior número de seres vivos a descobrir. Os
mares parecem guardar as respostas sobre a origem da vida e uma potencial
revolução para o desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e materiais
para comunicações. Sabemos mais sobre a superfície da Lua e de Marte do que
do fundo do mar. Os oceanos são hoje o grande desafio para a conservação e o
conhecimento da biodiversidade, e os especialistas sabem que ela é muitas
vezes maior do que hoje conhecemos. Das planícies abissais - o verdadeiro
fundo do mar, que ocupa a maior parte da superfície da Terra - vimos menos
de 1%. Hoje sabemos que essa planície, antes considerada estéril, está cheia
de vida. Nos últimos anos, não só se fizeram novos registros, como também se
descobriram novas espécies de peixes e invertebrados marinhos - como
estrelas-do-mar, corais, lulas e crustáceos. Em relação à pesca, porém, há más
notícias. Pesquisadores alertam que diversidade não é sinônimo de abundância.
Há muitas espécies, mas as populações, em geral, não são grandes.
A mais ambiciosa empreitada para conhecer a biodiversidade dos oceanos é o
Censo da Vida Marinha, que reúne 1.700 cientistas de 75 países e deverá estar
pronto em 2010. Sua meta é inventariar toda a vida do mar, inclusive os micro-
organismos, grupo que representa a maior biomassa da Terra. Uma pequena
arraia escura, em forma de coração, é a mais nova integrante da lista de peixes
EU VOU PASSAR !!

brasileiros. Ela foi coletada entre os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito


Santo, a cerca de 900 metros de profundidade. Como muitas espécies marinhas
recém-identificadas, esta também é uma habitante das trevas.
O mar oferece outros tipos de riqueza. Estudos feitos no exterior revelaram
numerosas substâncias extraídas de animais marinhos e com aplicação
comercial. Há substâncias de poderosa ação antiviral e até mesmo
anticancerígena. Há também uma esponja cuja estrutura inspirou fibras óticas
que transmitem informação com mais eficiência. Outros compostos recém-
descobertos de bactérias são transformados em cremes protetores contra raios
ultravioleta. Vermes que devoram ossos de baleias produzem um composto com
ação detergente. Já o coral-bambu é visto como um substituto potencial para
próteses ósseas.
(Adaptado de Ana Lucia Azevedo. Revista O Globo. 19 de março de 2006,
p.1821)
A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente está feita de
modo INCORRETO em:

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a) parecem guardar as respostas = parecem guardá-las.


b) que ocupa a maior parte da superfície da Terra = que a ocupa.
c) oferece outros tipos de riqueza = oferece-os.
d) revelaram numerosas substâncias = revelaram-nas.
e) produzem um composto = produzem-lhe.
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16) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.

Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não


respeitam os padrões de gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão
evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas.

No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos


protagonizados por guerreiras. Com efeito, a sucessão política regularmente
coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe.
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma
mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número
de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer
Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império
Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os
romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma estátua à margem do
Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la
caso estejamos passando por ali.

Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre


EU VOU PASSAR !!

as guerreiras que atuam como simples soldados, integrando os regimentos e


participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às
dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente
nenhuma guerra foi travada sem alguma participação feminina.

(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)

Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi


corretamente substituído por um pronome em:

a) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono

b) dirige o país = lhe dirige

c) integrando os regimentos = integrando-lhes

d) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na

e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo

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17) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
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arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em
redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos
aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a
esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos
tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
EU VOU PASSAR !!

humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos


estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão,
atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos
absolutamente sós no mundo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
b) tememo-la – julgamo-la - invencível atribuímo-la
c) tememos a ela – lhe julgamos invencível – lhe atribuímos
d) a tememos – julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
e) a tememos – julgamos invencível a ela – lhe atribuímos

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18) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Apoio


Especializado/Tecnologia da Informação/2014
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Novas fronteiras do mundo globalizado
Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar
que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse
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definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer


que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites.
Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem
no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas.
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo
que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o
outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à
noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países
em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos
ideais cultivados pela modernidade.
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense,
1994, p. 220)
As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos
as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas
tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
EU VOU PASSAR !!

a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes


b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
e) as tomemos − falta a elas – submeta-las

19) FCC/AFTE/SEFAZ PE/2014


Instruções: A questão refere-se ao texto abaixo.
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista
cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem
de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito
raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas
populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos.

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Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo
da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma
sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual.
Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um
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tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.


O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas,
botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do
público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica
cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou
imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não
contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o
dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de
cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas
estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O -
circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.
Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo,
EU VOU PASSAR !!

ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só
não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em
sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator
comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da
província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía

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d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência


e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na

20) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010

A frase em total concordância com o padrão culto escrito é:


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a) Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa apreciação do documento,


haja bastante precisão quanto aos pontos que quereis ver alterados.

b) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fizestes


referência desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça
o mal-entendido.

c) Ao encontrar-se com Sua Magnificência, não se conteve: − Senhor Reitor,


sou o mais novo membro do corpo docente e vos peço um minuto de sua
atenção.

d) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade: − Ponho-me a vossa


disposição se acaso deseje mandar uma mensagem ao povo brasileiro.

e) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate


e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja
mais bem elaborado.

Gabarito: E

21) FCC/ACE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria


EU VOU PASSAR !!

Governamental/2015

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Eduardo Coutinho, artista generoso

Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo


Coutinho, mestre dos documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos
paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a
distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa,
surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada
expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”,
“os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente
enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de
quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está
falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da
Paraíba.

Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro


deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração

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prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para


conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não
para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar
à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da
outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo
dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um
homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa
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no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se,


mostra-se, mostra-o, mostra-nos.

(Armindo Post, inédito)

Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na


seguinte frase:

a) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa


que retrata é uma das características nas quais seus filmes se distinguem.

b) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se agarram


para tratar o outro, não são atitudes por onde Coutinho tenha mostrado
qualquer inclinação.

c) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou, são


chavões em que se deixam impressionar as pessoas de julgamento mais
apressado.

d) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a


ter destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.
EU VOU PASSAR !!

e) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não


mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a singularidade
de cuja as pessoas são portadoras.

22) FCC/Analista/BACEN/Área 1/2006


Está correto o emprego de ambos os elementos destacados na frase:
a) Os sonhos de cujos nos queremos alimentar não satisfazem os desejos com
que a eles nos moveram.
b) A expressão de Elio Gaspari, a qual se refere o autor do texto, é "cidadãos
descartáveis", e alude às criaturas desesperadas cujo o rumo é inteiramente
incerto.
c) Os objetivos de que se propõem os neoliberais não coincidem com as
necessidades por cujas se movem os "cidadãos descartáveis".

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d) As miragens a que nos prendemos, ao longo da vida, são projeções de


anseios cujo destino não é a satisfação conclusiva.
e) A força do nosso trabalho, de que não relutamos em vender, dificilmente será
paga pelo valor em que nos satisfaremos.

23) FCC/TL/ALE-RN/Técnico Legislativo/2013


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O segmento grifado nas expressões abaixo está corretamente substituído pelo


pronome correspondente em:

a) que enfunavam as velas dos barcos = enfunavam-nos

b) sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos = sentir-lhe

c) só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva


do tempo = adotavam-a

d) A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo =


preservou-o

e) as culturas que residualmente cultuavam um eterno retorno = cultuavam-no

24) FCC/AP/MANAUSPREV/Administrativa/2015

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

Numa definição solta, a floresta tropical é um tapete multicolorido, estruturado


e vivo, extremamente rico. Uma colônia extravagante de organismos que
saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para a terra. Dentro das
EU VOU PASSAR !!

folhas ainda existem condições semelhantes às da primordial vida marinha.


Funciona assim como um mar suspenso, que contém uma miríade de células
vivas, muito elaborado e adaptado. Em temperatura ambiente, usando
mecanismos bioquímicos de complexidade quase inacessível, processam-se
átomos e moléculas, determinando e regulando fluxos de substâncias e
energias.

A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies


ameaçadas e representa muito mais do que um simples depósito de carbono.
Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta amazônica é o maior parque
tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu, entre trilhões,
é uma maravilha de miniaturização e automação. Qualquer apelo que se faça
pela valorização da floresta precisa recuperar esse valor intrínseco.

Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e


pressionado as mesmas teclas. Neste comportamento, identificamos o que
Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a mesma coisa, de novo,
esperando resultados diferentes”.

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Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização


dos interesses da sociedade contemporânea com uma Amazônia viva e vigorosa.
Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, dedicação e
compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos
agregar inteligência à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra
espaço para a reconstrução ecológica da floresta. Podemos também revelar
muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia tropical e,
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com isso, ir muito além de compreender seus mecanismos.

A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses
princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é
propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla
todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os
excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.

(Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato. O Futuro Climático da Amazônia.


Disponível em: www.ccst.inpe.br)

Considere:

recuperar esse valor intrínseco

mostram numerosas oportunidades

compreender seus mecanismos

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram


corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) o recuperar − mostram-lhes − os compreender


EU VOU PASSAR !!

b) lhe recuperar − as mostram − compreendê-los

c) recuperar-lhe − mostram-nas − compreender-lhes

d) recuperá-lo − mostram-nas − compreendê-los

e) recuperá-lo − lhes mostram − lhes compreender

25) FCC/TCE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria de Tecnologia


da Informação/2015

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Preconceitos

Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos
para serem colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e
qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem distinguir o que sejam. São,
nessa medida, profundamente injustos, podendo acarretar consequências

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dolorosas para suas vítimas. São préjuízos. Ainda assim, é forçoso reconhecer:
dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito.

São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”,
“quem nasce ali é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem
lê muito” etc. Dispensamnos de pensar, de reconhecer particularidades, de
identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”, me
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disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem viu um já viu


todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar.

Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é
sempre seletivo, mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar.
“Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais
mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e
quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer investigamos. Uma
das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz
julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição
racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que
passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas
preconceituosas.

(Bolívar Lacombe, inédito)

Empregam-se corretamente as expressões destacadas em:

a) O crime racial constitui uma maneira de penalizar aqueles de que se deixam


levar por atitudes que rejeitam um outro a quem se é diferente.
EU VOU PASSAR !!

b) As ações movidas por preconceito, aonde se observa um juízo prévio de um


indivíduo de que não se conhece muito bem, devem ser repreendidas.

c) A propagação de preconceitos, fenômeno pelo qual todos podemos ser


responsáveis, deve ser abrandada por penalizações rigorosas, às quais os
infratores estejam sujeitos.

d) O preconceito é uma maneira com que os grupos sociais encontraram para


excluir aqueles que são considerados estranhos e de quem não se confia.

e) As leis são um meio ao qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto,
pois ele estará presente mesmo nas culturas às quais o punem com rigor.

26) FCC/DPE RS/2011


Atenção: Responda à questão com base no texto.
Texto
Lição de bom senso

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O Ministério da Educação (MEC) contornou com habilidade e bom senso a


polêmica gerada em torno do veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE),
de um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de que contém
expressões racistas. A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar
um esclarecimento de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela primeira
vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas expressões não eram
consideradas ofensivas, como ocorre hoje. É importante que esse tipo de
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decisão sirva de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição a


tentações apressadas de recorrer à censura.
O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias
envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau
Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito
décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na
vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda
assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção
e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais.
Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que
esteve sob ameaça de censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a
personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a estereótipos hoje vistos
como racistas, é importante que os educadores se preocupem em deixar claro
para os alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção apenas pelo fato
de o país ter evoluído sob o ponto de vista de costumes e de direitos humanos.
No Brasil de hoje, não há mais espaço para a impunidade em relação a atos
como o racismo. Isso não significa, porém, que seja preciso revolver o passado,
muito menos sem levar em conta as circunstâncias da época.
(Editorial Zero Hora, 18/10/2010)
EU VOU PASSAR !!

O pronome se pode se deslocar sintaticamente, sem provocar erro gramatical,


na afirmativa
a) não conseguiu livrar-se, porque é próclise ao verbo no infinitivo.
b) não se conseguiu livrar, porque é próclise ao advérbio.
c) não se conseguiu livrar, porque é ênclise ao auxiliar.
d) não conseguiu livrar se, porque é próclise ao verbo principal.
e) não conseguiu livrar-se, porque é ênclise ao verbo no infinitivo.

27) FCC/DPE/RS/2014
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo, conferência
pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de
Wisconsin, nos Estados Unidos.

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Viajando uma vez da Europa para o Brasil, ouvi o finado William Gifford
Palgrave, meu companheiro de mesa, escritor inglês muito viajado no Oriente,
perguntar ao comandante do navio que vantagem lhe parecia ter advindo da
descoberta da América. Por sua parte, não lhe ocorria nenhuma, salvo, apenas,
o tabaco. Foi a primeira vez que ouvi exprimir essa dúvida, mas anos depois
vim a comprar um velho livro francês, de um Abbé Genty, livro intitulado:
L’Influence de la découverte de L'Amérique sur le bonheur du genre humain, e
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soube então que a curiosa questão havia sido proposta seriamente para um
prêmio pela Academia de Lyon, antes da Revolução Francesa, e que estava
formulada do seguinte modo: "Tem sido útil ou prejudicial ao gênero humano a
descoberta da América?". O trabalho de Genty não passa, em seu conjunto, de
uma declamação oca, onde não há nada a colher além da esperança que o autor
exprime na regeneração da humanidade pela nova nação americana. Na
independência dos anglo-americanos, vê "o sucesso mais apto a apressar a
revolução que reconduzirá a felicidade à face da Terra". E acrescenta: "É no seio
da República recém-nascida que se acham depositados os verdadeiros tesouros
destinados a enriquecer o mundo". O livro merece por isso ser conservado, mas
a época em que foi escrito, 1787, não permitia ainda que se pudesse avaliar a
contribuição do Novo Mundo para o bem-estar da humanidade. Era já a aurora
do dia da América, mas nada mais senão a aurora. George Washington presidia
à Convenção Constitucional, porém a influência desse grande acontecimento
ainda não fora além do choque causado ao Velho Mundo. Ainda não produzira a
Revolução Francesa. Sua importância não podia por enquanto ser imaginada.
Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel
que deverão desempenhar. O feitio que a influência romana tomaria não podia
ser previsto nem nos grandes dias da República. Uma conversa entre César e
Cícero sobre o papel histórico da Gália ou da Bretanha não poderia levar em
EU VOU PASSAR !!

conta a França ou a Inglaterra. Hoje mesmo, quem poderia dizer algo de


essencial sobre o Japão ou a China? Do Japão, pode-se afirmar que, para o
mundo exterior, está apenas na aurora. Quanto à China, continua velada na sua
longa noite, brilhando apenas para si própria. Na história da humanidade, a
impressão de qualquer um deles poderá sequer imaginar-se? Mas já se pode
estudar a parte da América na civilização. Podemos desconhecer suas
possibilidades no futuro, como desconhecemos as da eletricidade; mas já
sabemos o que é eletricidade, e também conhecemos a individualidade nacional
do vosso país. As nações alcançam em época determinada o pleno
desenvolvimento de sua individualidade; e parece que já alcançastes o vosso.
Assim podemos falar com mais base que o sacerdote francês nas vésperas da
Revolução Francesa.
(A parte da América na civilização. In Essencial Joaquim Nabuco. org. e introd.
Evaldo Cabral de Mello. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras,
2010, p. 531/532)
Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel
que deverão desempenhar.

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Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a


norma padrão escrita:
a) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a expressão
após a palavra revelado.
b) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na
oração.
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c) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois equívocos


comprometeram-lhe o texto".
d) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o sentido
original da frase.
e) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar enclítico à
forma verbal.
EU VOU PASSAR !!

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11 – Gabarito

1 E 7 A 13 B 19 E 25 C
2 B 8 A 14 C 20 E 26 E
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3 C 9 D 15 E 21 D 27 B
4 D 10 E 16 E 22 D - -
5 C 11 A 17 D 23 E - -
6 C 12 E 18 C 24 D - -

12 – Referencial Bibliográfico

1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua


Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 2009.
EU VOU PASSAR !!

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