Aula 00 – Pronomes
Curso: Português - Resumo + Questões Comentadas
Professor: Bruno Spencer
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APRESENTAÇÃO
Olá amigos!!!
Vamos direcionar este curso à preparação para o concurso de Auditor
Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina – AFRE SC.
O EDITAL SAIU!!! Portanto, não podemos perder tempo!!!
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
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Análise do EDITAL
1 Interpretação de texto. 10
2 Ortografia oficial. 11
3 Acentuação gráfica. 11
4 Pontuação. 8
10 Ocorência de crase. 7
11 Sinônimos e antônimos. 10
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Aula Conteúdo
00 Pronomes
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Aula 00 – Pronomes
Olá amigos!
Hoje vamos ao estudo dos PRONOMES. Este é um assunto
importantíssimo e que se reflete em muitos outros, mas que também é muito
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Sumário
1 – Classificação ..................................................................................... 2
2 – Pronomes Pessoais ............................................................................ 2
2.1 - Retos .......................................................................................... 2
2.2 - Oblíquos ..................................................................................... 2
2.3 – Colocação Pronominal .................................................................. 2
2.4 – Colocação Pronominal nas Locuções Verbais.................................... 2
3 – Pronomes Possessivos ....................................................................... 2
EU VOU PASSAR !!
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1 – Classificação
POSSESSIVOS
nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s)
este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
DEMONSTRATIVOS
aquele(s), aquela(s), aquilo
quem, onde, como, quando, quanto, que, o qual,
RELATIVOS
a qual, cujo(s), cuja(s)
INTERROGATIVOS quem, onde, que, quanto(a)(s)
algum(a), nenhum(a), todo, tudo, nada, algo,
INDEFINIDOS muitos, vários, tanto, qualquer, alguém, ninguém,
mais, menos, que, qualquer um...
Você, Senhor(a), Vossa Senhoria, Vossa
TRATAMENTO
Excelência, Vossa Santidade, Vossa Alteza...
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2 – Pronomes Pessoais
2.1 - Retos
Eu (singular)
1a Pessoa Quem fala
Nós (plural)
Tu (singular)
2a Pessoa Para quem se fala
Vós (plural)
EU VOU PASSAR !!
ele(a) (singular)
3a Pessoa De quem se fala
eles(a) (plural)
2.2 - Oblíquos
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ÁTONOS TÔNICOS
Exemplos:
• Devemos aprender a lição. / Devemos aprendê-la.
• Escolhemos o livro. / Escolhemo-lo.
• Fez as pessoas felizes. / Fê-las felizes.
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1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012
Comentários:
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Gabarito: E
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Ex. Atendeu todos aquele que, mesmo envergonhados, lhe solicitaram ajuda.
Nesse caso, o pronome é atraído pelo pronome relativo QUE, mesmo estando
antes do termo intercalado.
2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
EU VOU PASSAR !!
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recomendada!!!
linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.
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OBSERVAÇÃO
Quando há preposição entre o verbo auxiliar e verbo principal, admite-se a
próclise ou ênclise, desde que não esteja no particípio.
Ex. O médico deixou de se cuidar. / O médico deixou de cuidar-se.
3 – Pronomes Possessivos
meu(s), minha(s)
1a Pessoa
nosso(s), nossa(s)
teu(s),tua(s)
EU VOU PASSAR !!
2a Pessoa
vosso(s), vossa(s)
4 – Pronomes Demonstrativos
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QUANDO USAR...
ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
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5 – Pronomes Relativos
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6 – Pronomes Interrogativos
7 – Pronomes Indefinidos
8 – Pronomes de Tratamento
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9 – Questões Comentadas
3) FCC/AJ/TRT 23/Judiciária/2016
Atenção: Para responder à questão, leia o texto abaixo.
Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no
Leblon, o Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor
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de creme, que eu caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó.
Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente
que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitórias-
régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos,
sobretudo, catar mulungu.
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor
do que um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a
pontinha preta seu vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase
estranho à natureza. É bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir encontrar
um mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca vermelha e
viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de uma
bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para
tocar o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a
mim lembrava vagamente um olho.
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre
prestava atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava
em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela
quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para
casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três.
EU VOU PASSAR !!
E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore
ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam
no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim
Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia,
procurei no dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que
também é conhecido pelo nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental,
da família das leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores
vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes do fruto do
tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)'',
dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter
visto uma dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas
desapareciam e hoje me pergunto se não era minha avó que as guardava e
tornava a despejá-las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não
estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. O fato é
que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de
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a) de cuja
b) dos quais
c) de qual
d) de quanta
e) de cujos
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O pronome “que” nesse caso é interrogativo. Note
que a oração é interrogativa indireta. Já pronome “cuja” é relativo e indica
posse.
Alternativa B – Incorreta –Nesse caso não se trata de um pronome relativo e
ainda assim, “que” se refere a “árvore”, não cabendo o termo “dos quais”.
Alternativa C – Correta – O pronome interrogativo “que” pode ser substituído
perfeitamente pelo pronome interrogativo “qual”.
Alternativa D – Incorreta – O pronome “quanta” é relativo a quantidade e não
a especificidade como “que” e “qual”.
Alternativa E – Incorreta – Além de o pronome não caber no contexto, há
EU VOU PASSAR !!
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5) FCC/Ana RH/ALMS/2016
A forma de tratamento, o emprego de pronomes e a linguagem utilizada estão
plenamente adequados no seguinte caso:
a) Vimos respeitosamente à presença de Vossa Excelência, chefe dos Recursos
Humanos, solicitar que se dê um jeito na situação precária em que se acham os
funcionários recém-admitidos.
b) Senhor Governador: Vossa Senhoria deveis considerar que nossas demandas
são justas, razão pela qual aqui as reexpomos.
EU VOU PASSAR !!
c) Como o Senador não pode comparecer, falará em seu lugar seu assessor
imediato, que tão bem representa Sua Excelência.
d) Não é por nada não, chefia, mas bem que podias honrar-nos a todos que o
estimamos com um atendimento mais cordial.
e) Caros deputados, se não pretendeis votar a emenda ainda hoje, tomamos a
liberdade de lembrar-lhes que a próxima semana estará tomada por outra
pauta.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O pronome de tratamento “vossa excelência” é
utilizado apenas para altas autoridades, como membros dos Poderes
Judiciário, Legislativo e Executivo – ex. juízes, senadores, deputados,
governadores, Presidente da República.
Neste caso, o termo adequado seria “vossa senhoria”.
Alternativa B – Incorreta – Agora sim, utilizamos “vossa excelência” para o
tratamento com governadores.
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Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza
especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
EU VOU PASSAR !!
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
Alternativa C – Correta – Perfeito! Utilizamos “sua excelência” para nos
referirmos a um senador.
Quando nos dirigimos diretamente a uma autoridade, um juiz por
exemplo, devemos falar da seguinte maneira:
• Vossa Excelência chegou a alguma decisão?
Note que o verbo fica na 3ª pessoa do singular.
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d) a questiona − resolver-lhes
e) lhe questiona − resolvê-los
Comentários:
Item I – Bauman questiona o quê? A livre regulação do mercado.
Como o verbo “questionar” é transitivo direto - TD, devemos utilizar o pronome
“A”.
O pronome “lhe” é utilizado como objeto indireto.
Item II – O verbo “resolver” é TD, por isso substituímos o objeto direto “os
problemas” pelo pronome oblíquo “os”.
Como a forma verbal termina em R, devemos cortá-lo e adicionar o L ao
pronome “OS” (resolvê-los).
Gabarito: C
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8) FCC/Ana/DPE RS/Contabilidade/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
Sem privacidade
Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos
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outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo
em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer
espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de
ônibus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal,
reclamações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações
românticas, acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e
um sem-número de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e
alta voz, lances da vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se
por completo a fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais
aberta exposição. Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com
confissões perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias
políticas – tudo deixando ver que agora o sujeito só pode existir na medida em
que proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação
emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o resto da
humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A discrição,
a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma civilização
extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria individualidade.
Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as
reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas
problemáticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se
EU VOU PASSAR !!
obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso
ruído social, a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável
egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito singular passou a soar como
uma provocação escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público
da informação.
(Jeremias Tancredo Paz, inédito)
Perdeu-se a antiga privacidade, enterramos a antiga privacidade sob os
conectores modernos, tornamos esses conectores modernos nossos deuses
implacáveis, sob o comando desses conectores modernos trocamos
escandalosamente todas as informações mais pessoais.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) enterramo-la − tornamo-los − sob cujo comando
b) enterramos-lhe − tornamo-lhes − sob cujo comando
c) enterramo-la − os tornamos − sob o qual comando
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Lembre-se de que, como regra geral, não devemos utilizar o pronome oblíquo
após pausas.
Item III – sob o comando desses conectores modernos – sob cujo comando
O pronome relativo “cujo” estabelece relação de posse entre os nomes
“comando” e “conectores modernos”.
Gabarito: A
9) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção
da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma
patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da
alma. Estão errados.
Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz
sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor.
A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo. Ou
pior: o sentimento de inexistência.
EU VOU PASSAR !!
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pueril
c) parece que inviabiliza o amor = parece que inviabiliza-lhe
d) o ressentimento é cego ao amor = o ressentimento lhe é cego
e) o amor não vê a hipocrisia = o amor não lhe vê
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – quem considera o amor (objeto direto) abstrato =
quem o lhe considera abstrato
Alternativa B – Incorreta – consideram o amor (objeto direto) algo ingênuo e
pueril = consideram-no lhe algo ingênuo e pueril
Alternativa C – Incorreta – parece que inviabiliza o amor (objeto direto) =
parece que o inviabiliza-lhe
Alternativa D – Correta – o ressentimento é cego ao amor (complemento
nominal) = o ressentimento lhe é cego – OK
“Ao amor” complementa o adjetivo “cego”, que na oração tem função de PDS.
Alternativa E – Incorreta – o amor não vê a hipocrisia (objeto direto) = o amor
não lhe a vê
EU VOU PASSAR !!
Gabarito: D
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Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela, com o seu solangês,
às vezes me pega desprevenido.
− Seu cabelo está o quê?
− Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem explica algo elementar
a um total ignorante, traduz:
− Bifurcando nas extremidades.
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É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre, mas falece, e, quando
sobrevém esse infausto acontecimento, tem seu corpo acondicionado num
ataúde, num esquife, num féretro, para ser inumado em alguma necrópole, ou,
mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se
torna vulgarmente quebradiço: pendo-a.”
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino.
Amigas da família, mãe e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco.
D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa
extremidade da mesa:
− Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
− Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a seu pedido.
Socorreu-me a filha adolescente:
− Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros.
− A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha
com reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
EU VOU PASSAR !!
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem
alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a conversa para
impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que
chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de,
numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás
paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
a) a que recorreu - que fez notável.
b) do qual incorreu - com que se afamou.
c) a cujo recorreu – o qual celebrizou.
d) em que fez uso – em cujo deu notabilidade.
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não da oração (o estilo retórico que fez o escritor baiano notável). Aqui,
o sentido ficou preservado, assim como a correção gramatical.
Alternativa B - Incorreta – O primeiro trecho apresenta erro de regência pois o
verbo incorrer exige a preposição “em”, além de modificar o valor semântico,
pois esse verbo significa cair, implicar-se, incidir, cometer, etc (ex. O sujeito
incorreu no artigo 11 da lei penal). O segundo trecho está correto.
Alternativa C - Incorreta – O pronome “cujo” fica totalmente maluco nesse
contexto, pois esse é utilizado para indicar posse. Poderíamos ter a forma
indicada na alternativa A ou mesmo a forma “ao qual recorreu”, ambos corretos.
O segundo trecho está perfeito, com o pronome “o qual” referindo-se ao termo
“estilo retórico”.
Alternativa D - Incorreta – No primeiro trecho, temos o uso indevido da
preposição “em”. O segundo trecho, ficaria assim: “que deu notabilidade a...” .
Novamente, o pronome “cujo” foi usado equivocadamente.
Alternativa E - Incorreta – Primeiro trecho com erros de pronome e de semântica
devido ao verbo substituído com sentido diferente do original. Na segunda parte
a substituição mantém a correção do texto.
Gabarito: A
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Gabarito: B
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Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
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virtude do advérbio “não”, que atrai o pronome para junto dele. No segundo,
cometeu-se um erro não de regência, pois foi adicionado o pronome “as”, para
complementar o verbo negligenciar TD, no entanto a forma correta seria
“negligenciarmo-las”, pois a forma verbal é terminada em “S”.
Alternativa C – Correta – Os dois verbos são TD e estão com os pronomes “as”
e “a” empregados corretamente.
Alternativa D – Incorreta – Novamente dois verbos TD, no entanto o primeiro é
terminado em “R”, devendo ser redigido da seguinte forma: superá-los.
Alternativa E - Incorreta – Os dois verbos são TD e as duas substituições estão
incorretas, devendo ser escritas “não os acrescentem”, devido à atração do
advérbio “não” e “elas trazem-nas”, uma vez que não há no segundo caso
palavra de atração.
Gabarito: C
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Alternativa A – Correta – Para verbo TD usa-se o pronome oblíquo átono “as”.
Como é terminado em “R”, adicionamos o “L” ao pronome e cortamos o “R” do
verbo.
Alternativa B - Correta – Novamente o verbo é TD, porém o pronome “a” é
atraído pelo pronome relativo “que”, utilizando-se nesse caso a próclise.
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coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe.
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma
mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número
de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer
Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império
Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os
romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma estátua à margem do
Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la
caso estejamos passando por ali.
(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)
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Comentários:
Gabarito: E
17) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
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estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos
tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos
estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão,
atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos
absolutamente sós no mundo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
EU VOU PASSAR !!
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tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
e) as tomemos − falta a elas – submeta-las
Comentários:
Como na questão anterior, vemos que nas três orações o complemento é o
mesmo - “as novas tecnologias”. Na segunda oração, porém, há uma crase, isso
indica que há também uma preposição.
Item 1 - O verbo tomar é TD, então teremos como complemento o pronome
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Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual.
Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um
tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas,
botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do
público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica
cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou
imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não
contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o
dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de
cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas
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20) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010
Comentários:
SENHOR(A) •Respeitoso
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Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fez referência
desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça o mal-
entendido.
Gabarito: E
EU VOU PASSAR !!
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para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar
à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da
outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo
dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um
homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa
no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se,
mostra-se, mostra-o, mostra-nos.
Comentários:
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O pronome relativo “cuja” não cabe no contexto, pois ele é utilizado para indicar
posse. As pessoas são portadoras da singularidade e não ao contrário.
EU VOU PASSAR !!
Gabarito: D
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relativos.
Alternativa A – Incorreta – O primeiro termo, acerta na regência com o pronome
“de” (alimentar-se de algo), porém peca em relação ao pronome relativo. O
pronome “cujo” da ideia de posse. Coreto seria o uso dos pronomes “que” ou
“os quais”. O segundo termo, pelo contrário, acerta no pronome “que”, porém,
peca pela utilização indevida da preposição “com”.
Alternativa B – Incorreta – No primeiro termo seria possível as expressões “às
quais” ou “a que”, uma vez que a forma verbal “se refere” exige a preposição
“a”. Em seguida, há novo erro, pois não cabe artigo após o pronome “cujo”.
Alternativa C – Incorreta – Há erro de regências no termo “de que”, pois, quem
se propõe, se propõe a algo. A forma correta seria “a que” ou “aos quais”. O
termo “por cujas” também está errado, devendo ser trocado por “por que” ou
“pelas quais” (refere-se a necessidades).
Alternativa D – Correta – Nos prendemos a elas (as miragens). Finalmente, o
pronome “cujo” veio corretamente colocado, entre dois nomes e indicando uma
relação de “posse” entre os dois.
Alternativa E – Incorreta – Há dois erros de regência que se refletem no uso
indevido das preposições. No primeiro, há um uso indevido da preposição “de”
EU VOU PASSAR !!
(quem vende vende alguma coisa – verbo transitivo direto – TD). Já o verbo
satisfazer-se é transitivo indireto e exige o complemento “com”, pois nos
satisfazemos com algo. Então a expressão correta seria “com que” ou com “o
qual”.
Gabarito: D
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Comentários:
Gabarito: E
EU VOU PASSAR !!
24) FCC/AP/MANAUSPREV/Administrativa/2015
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A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses
princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é
propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla
todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os
excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.
Considere:
Comentários:
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Gabarito: D
Preconceitos
Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos
para serem colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e
qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem distinguir o que sejam. São,
nessa medida, profundamente injustos, podendo acarretar consequências
dolorosas para suas vítimas. São préjuízos. Ainda assim, é forçoso reconhecer:
dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito.
São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”,
EU VOU PASSAR !!
“quem nasce ali é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem
lê muito” etc. Dispensamnos de pensar, de reconhecer particularidades, de
identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”, me
disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem viu um já viu
todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar.
Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é
sempre seletivo, mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar.
“Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais
mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e
quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer investigamos. Uma
das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz
julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição
racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que
passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas
preconceituosas.
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e) As leis são um meio ao qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto,
pois ele estará presente mesmo nas culturas às quais o punem com rigor.
Comentários:
Alternativa C – Correta
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As leis são um meio pelo qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto,
pois ele estará presente mesmo nas culturas as quais o punem com rigor.
Gabarito: C
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27) FCC/DPE/RS/2014
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo, conferência
pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de
Wisconsin, nos Estados Unidos.
Viajando uma vez da Europa para o Brasil, ouvi o finado William Gifford
Palgrave, meu companheiro de mesa, escritor inglês muito viajado no Oriente,
EU VOU PASSAR !!
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10 - Lista de Exercícios
1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012
2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
EU VOU PASSAR !!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!
3) FCC/AJ/TRT 23/Judiciária/2016
Atenção: Para responder à questão, leia o texto abaixo.
Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no
Leblon, o Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor
de creme, que eu caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó.
Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente
que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitórias-
régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos,
sobretudo, catar mulungu.
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor
do que um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a
pontinha preta seu vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase
estranho à natureza. É bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir encontrar
um mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca vermelha e
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em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela
quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para
casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três.
E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore
ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam
no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim
Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia,
procurei no dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que
também é conhecido pelo nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental,
da família das leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores
vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes do fruto do
tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)'',
dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter
visto uma dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas
desapareciam e hoje me pergunto se não era minha avó que as guardava e
tornava a despejá-las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não
estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. O fato é
que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de
EU VOU PASSAR !!
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b) nos quais
c) onde
d) os quais
e) aonde
5) FCC/Ana RH/ALMS/2016
A forma de tratamento, o emprego de pronomes e a linguagem utilizada estão
plenamente adequados no seguinte caso:
a) Vimos respeitosamente à presença de Vossa Excelência, chefe dos Recursos
Humanos, solicitar que se dê um jeito na situação precária em que se acham os
funcionários recém-admitidos.
b) Senhor Governador: Vossa Senhoria deveis considerar que nossas demandas
são justas, razão pela qual aqui as reexpomos.
c) Como o Senador não pode comparecer, falará em seu lugar seu assessor
imediato, que tão bem representa Sua Excelência.
d) Não é por nada não, chefia, mas bem que podias honrar-nos a todos que o
EU VOU PASSAR !!
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d) a questiona − resolver-lhes
e) lhe questiona − resolvê-los
[Civilização e sofrimento]
É uma afirmação corrente que boa parte da culpa dos sofrimentos humanos vem
do que é chamado de nossa civilização. Seríamos bem mais felizes se a
abandonássemos e retrocedêssemos a condições primitivas, satisfazendo
nossos instintos básicos. Tal asserção me parece espantosa, porque é fato
estabelecido – como quer que se defina o conceito de civilização – que tudo
aquilo com que nos protegemos da ameaça das fontes do sofrer é parte da
civilização. Como é que tantas pessoas chegaram a partilhar esse ponto de vista
de surpreendente hostilidade à civilização? Acho que uma profunda insatisfação
com o estado civilizacional existente preparou o solo no qual, em determinadas
ocasiões históricas, formou-se essa condenação.
(Adaptado de: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Trad. Paulo César
de Souza. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2011, p. 31)
8) FCC/Ana/DPE RS/Contabilidade/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
Sem privacidade
Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos
outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo
em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer
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9) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
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Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção
da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma
patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da
alma. Estão errados.
Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz
sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
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Texto I
O jivaro
Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um
jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de
um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações,
e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.
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O Sr. Matter:
− Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco.
E o índio:
− Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!
(Rubem Braga, Recado de primavera)
Texto II
Anedota búlgara
Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que
também se caçam borboletas [e andorinhas ficou muito espantado e achou uma
barbaridade.
(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)
O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se
caçassem andorinhas e borboletas, parecendo-lhe uma barbaridade levar
andorinhas e borboletas à morte.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se, de forma
correta, os elementos sublinhados por, respectivamente,
EU VOU PASSAR !!
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ataúde, num esquife, num féretro, para ser inumado em alguma necrópole, ou,
mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se
torna vulgarmente quebradiço: pendo-a.”
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino.
Amigas da família, mãe e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco.
D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa
extremidade da mesa:
− Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
− Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a seu pedido.
Socorreu-me a filha adolescente:
− Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros.
− A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha
com reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem
alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a conversa para
EU VOU PASSAR !!
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mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por
sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico
segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares
inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro;
e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)
O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado
por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que
Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser poderia, a
todo instante, esquecer seu criador − Deus, pelas leis da religião, chamou-o a
si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo − os filósofos
advertiram-no pelas leis da moral.
(Montesquieu − Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)
As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e
destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria
reger as leis humanas.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) desrespeitam a elas – destituem-nas − deveria reger-lhes
EU VOU PASSAR !!
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Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
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/ atingi-la
e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes
acrescentem / elas as trazem
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Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
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arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em
redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos
aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a
esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos
tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
EU VOU PASSAR !!
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Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo
da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma
sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual.
Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um
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ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só
não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em
sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator
comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da
província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
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20) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010
Gabarito: E
Governamental/2015
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24) FCC/AP/MANAUSPREV/Administrativa/2015
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A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses
princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é
propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla
todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os
excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.
Considere:
Preconceitos
Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos
para serem colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e
qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem distinguir o que sejam. São,
nessa medida, profundamente injustos, podendo acarretar consequências
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dolorosas para suas vítimas. São préjuízos. Ainda assim, é forçoso reconhecer:
dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito.
São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”,
“quem nasce ali é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem
lê muito” etc. Dispensamnos de pensar, de reconhecer particularidades, de
identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”, me
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Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é
sempre seletivo, mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar.
“Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais
mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e
quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer investigamos. Uma
das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz
julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição
racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que
passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas
preconceituosas.
e) As leis são um meio ao qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto,
pois ele estará presente mesmo nas culturas às quais o punem com rigor.
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27) FCC/DPE/RS/2014
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo, conferência
pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de
Wisconsin, nos Estados Unidos.
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Viajando uma vez da Europa para o Brasil, ouvi o finado William Gifford
Palgrave, meu companheiro de mesa, escritor inglês muito viajado no Oriente,
perguntar ao comandante do navio que vantagem lhe parecia ter advindo da
descoberta da América. Por sua parte, não lhe ocorria nenhuma, salvo, apenas,
o tabaco. Foi a primeira vez que ouvi exprimir essa dúvida, mas anos depois
vim a comprar um velho livro francês, de um Abbé Genty, livro intitulado:
L’Influence de la découverte de L'Amérique sur le bonheur du genre humain, e
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soube então que a curiosa questão havia sido proposta seriamente para um
prêmio pela Academia de Lyon, antes da Revolução Francesa, e que estava
formulada do seguinte modo: "Tem sido útil ou prejudicial ao gênero humano a
descoberta da América?". O trabalho de Genty não passa, em seu conjunto, de
uma declamação oca, onde não há nada a colher além da esperança que o autor
exprime na regeneração da humanidade pela nova nação americana. Na
independência dos anglo-americanos, vê "o sucesso mais apto a apressar a
revolução que reconduzirá a felicidade à face da Terra". E acrescenta: "É no seio
da República recém-nascida que se acham depositados os verdadeiros tesouros
destinados a enriquecer o mundo". O livro merece por isso ser conservado, mas
a época em que foi escrito, 1787, não permitia ainda que se pudesse avaliar a
contribuição do Novo Mundo para o bem-estar da humanidade. Era já a aurora
do dia da América, mas nada mais senão a aurora. George Washington presidia
à Convenção Constitucional, porém a influência desse grande acontecimento
ainda não fora além do choque causado ao Velho Mundo. Ainda não produzira a
Revolução Francesa. Sua importância não podia por enquanto ser imaginada.
Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel
que deverão desempenhar. O feitio que a influência romana tomaria não podia
ser previsto nem nos grandes dias da República. Uma conversa entre César e
Cícero sobre o papel histórico da Gália ou da Bretanha não poderia levar em
EU VOU PASSAR !!
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11 – Gabarito
1 E 7 A 13 B 19 E 25 C
2 B 8 A 14 C 20 E 26 E
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3 C 9 D 15 E 21 D 27 B
4 D 10 E 16 E 22 D - -
5 C 11 A 17 D 23 E - -
6 C 12 E 18 C 24 D - -
12 – Referencial Bibliográfico
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