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A Grande Viagem

Meu Filho Jaguar!


Em nossas cegueiras amaldiçoamos às vezes, as
nossas vidas, por não compreender o que fomos
e o que nos espera. Nos desequilíbrios dos
nossos obscuros raciocínios, habituamos a
proceder de maneira irracional com a gente
mesmo, chegando mesmo a ultrapassar as
barreiras dos nossos destinos de nossas cores
auréolas cujas vidas se tornam dolorosas, e por
todos os pontos da Terra o clamor, e quando
chega o término da grande viagem
desembarcamos sem uma única coberta que
possa cobrir no longo frio do último porto, e, em
vez lhe resta o que deixou ouro e prata, e
consigo leva a tua última herança que é o
conflito da desarmonia interior. É fácil presumir o
que nos resta e até onde podemos ir, e a nossa
capacidade pode chegar. Todos nós
conhecemos a linha divisória entre o visível e o
invisível, entre o objetivo e o subjetivo entre o
sonho e a realidade, se assim pensarmos talvez,
que as nossas vidas não sejam tão alucinantes e
nos dá trégua a um conhecimento profundo e
honesto com a gente mesmo, então antes,
muitos antes do desembarque já estaremos livre
para receber nossos amigos e também os que se
dizem nossos inimigos.
Salve Deus!
Tia Neiva.
Vale do Amanhecer, 15-06-79.

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