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PESQUISAS SOBRE A METAMORFOSE, DE FRANZ KAFKA

1 – O espaço ficcional e a experiencia subjetiva: uma análise de a metamorfose (Juciane dos


Santos Cavalheiro)
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/2546

Este trabalho propõe diálogo entre linguística e texto literário, tomando por ponto de intersecção
a noção de sujeito. Para tanto, fez-se necessário buscar uma teoria linguística que “acolha” o
sujeito em seu objeto, bem como uma perspectiva que compreenda a obra literária como lugar
em que se articula um saber sobre o sujeito. Nas teorias da enunciação, encontra-se suporte
teórico-metodológico para o desenvolvimento do trabalho, principalmente em dois pensadores
que fundam uma nova forma de ver o processo da enunciação, Bakhtin e Benveniste. Esses dois
teóricos veem a indissociabilidade do sujeito com a linguagem. Em Bakhtin, buscam-se elementos
para a compreensão do relato ficcional como um diálogo de infinitas escrituras e aberturas
interpretativas, necessário à compreensão da subjetividade. Para complementar a posição
bakhtiniana sobre o texto literário, recorre-se ao ponto de vista de Kehl, segundo o qual há
indissociabilidade entre a experiência de leitura de romances e a experiência de uma narrativa
pessoal.

2 – Sobre robôs e insetos: a crise do fantástico em Karel Čapek e Franz Kafka (Alexander
Meireles)
http://www.seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/download/25886/14241

Escrevendo ambos na Boêmia (atual República Tcheca) da virada do século, Karel Čapek e Franz
Kafka exemplificaram respectivamente na peça teatral R.U.R.: Robôs Universais de Rossum
(1920) e na novela A metamorfose (1915), a crise do gênero Fantástico que desde então tem atraído
a atenção de diferentes críticos e escritores tais como, Castex, Caillois, Vax, Todorov, Jackson,
Bessière, Furtados, Ceserani e Alazraki. Esta inquietação crítica, centrada nos debates do
Fantástico enquanto gênero x modo narrativo, se formaliza neste artigo através das expressões
literárias da Ficção Científica e do Realismo Mágico, dois gêneros aparentemente díspares entre
si no sentido de suas relações com o hegemônico discurso racionalista vigente na Europa desde
o Iluminismo. Todavia, como este trabalho pretende analisar como estudo de caso, a despeito das
suas diferenças diegéticas, as obras de Čapek e de Kafka demonstram não apenas a tenuidade
das fronteiras do modo fantástico, mas também apontam para o legado deixado pelo gênero
fantástico no século vinte.

3 – A literatura kafkiana e a percepção do mundo moderno (Beatreiz Wey e Igor Ferraz)


http://portalpos.unioeste.br/media/File/ciencias_sociais/tempo_da_ciencia_38_%202_sem_2012.
pdf#page=144

Este artigo visa identificar nos contos “A Metamorfose”, “O Veredicto” e “O Artista da Fome” de
Franz Kafka, um dos maiores expoentes da literatura universal, traços fundamentais do mundo
moderno apresentado a partir das primeiras décadas do século XX. Embora toda obra do autor
seja de grande importância para tratarmos da modernidade, os contos destacados revelam a
capacidade de Kafka de dialogar com as questões pertinentes ao sistema capitalista e seu reflexo
na vida ordinária, do cidadão comum. Ao fazê-lo, revela um mundo em ruínas, desprovido de
uma ilusão humanista, em que os personagens centrais não são mais heróis, mas sim estão
fadados a morte e ao esquecimento. Pessimismo e ironia definem seu olhar sobre a
individualidade dentro da lógica capitalista.

4 – Kafka e a literatura: visões infernais e paradisíacas (Ana Cristina Pinto da Silva)


https://revistas.ufrj.br/index.php/garrafa/article/view/9009/0

Uma reflexão sobre o pensamento que se delineia por trás da obra kafkiana, a partir da parábola
intitulada “Diante da Lei”, que faz parte d'O Processo, tendo em mente a obra de um modo geral,
sobretudo seus escritos pessoais.

5 – A realidade do mundo contemporâneo em A Metamorfose de Franz Kafka (Ana Paula da


Silva Bandeira e Raul Azevedo de Andrade Ferreira)
http://sociodialeto.com.br/index.php/sociodialeto/article/view/180

Este trabalho tem como objetivo analisar a obra A metamorfose, do escritor tcheco Frank Kafka,
as características presentes no mundo contemporâneo e como sua escrita se intercala com a
realidade da sociedade através de uma análise sociológica. Sua obra é considerada por muitos
dos seus leitores como um desabafo aos seus sentimentos de ódio pelo seu pai assim como
também uma crítica à sociedade e seu descaso com o real sentir do homem. Levando em conta os
escritores Theodor Adorno, Walter Benjamin e alguns comentários dos seus amigos como Max
Brod, Jorge Luis Borges e Gustav Janouch. Estabelecerei assim um diálogo a partir das
considerações dos teóricos a respeito do Kafka apresentando possíveis pontos de convergência e
divergência nas reflexões dos escritores.

6 – Como ler a obra A Metamorfose de Franz Kafka a partir de uma perspectiva junguiana (Ana
Paula Alves Vieira)
http://revista.uemg.br/index.php/intercursosrevistacientifica/article/view/2299

O presente ensaio propõe uma releitura da obra “A Metamorfose” de Franz Kafka, a partir de
uma perspectiva psicológica analítica de Carl Gustav Jung. O personagem principal do livro se
transforma em um inseto repugnante, o que causa um desajuste familiar. Os arquétipos de
Sombra e Persona da psicologia junguiana são referenciais para a compreensão da referida
metamorfose. O personagem Gregor Samsa pode nos ensinar muito acerca da nossa inabilidade
em lidar com a nossa condição humana.

7 – Espaços e corpos na literatura fantástica moderna: nas trilhas de Franz Kafka e Luiz Vilela
(André Luiz Masseno Viana)
https://www.dialogarts.uerj.br/admin/arquivos_tfc_literatura/o_insolito_e_seu_duplo_comunic
acoes_livres.pdf#page=41

Partindo da novela A metamorfose, de Franz Kafka (1912) e do conto O buraco, de Luis Vilela
(1967), pretende-se apontar como se configura as noções de corpo e espaço no fantástico moderno
dos dois autores, onde a apresentação de um corpo humano animalizado, assim como a fratura
do espaço da intimidade e do familiar evidenciam-se enquanto estratégia literária dos mesmos.

8 – Psicossomática psicanalítica em a metamorfose: uma nova possibilidade para a


compreensão de Franz Kafka (João Eduardo Torrecillas Sartori e Lazslo Antônio Ávila)
https://www.researchgate.net/profile/Lazslo_Avila2/publication/269705433_A_metaformofose_
Kafka_RACS/links/54941f6c0cf220ee47a1c953.pdf

Introdução: O escritor tcheco Franz Kafka é reconhecido como um dos maiores de todos os
tempos. Sua obra-prima, A Metamorfose, considerada complexa pela crítica internacional, narra
a história de Gregor, jovem que acorda metamorfoseado em um inseto monstruoso e os
problemas que o assolaram antes e depois da transformação. Alguns autores afirmam que “A
Metamorfose” é uma autoanálise disfarçada de Kafka. A teoria psicossomática psicanalítica
afirma que o indivíduo escolhe, inconscientemente, adoecer. Em sua autobiografia, Kafka revela
acreditar que sua tuberculose fora causada por sua enorme angústia, o que estaria de acordo com
tal teoria. Objetivo: avaliar a relação entre o adoecimento de Kafka, apresentado em vida e por
meio de seu protagonista em “A Metamorfose”, e a teoria psicossomática psicanalítica. Material
e Métodos: Utilizando o método da psicossomática psicanalítica, juntamente à sua autobiografia,
traçaram-se paralelos entre autor e protagonista de “A metamorfose”. A teoria foi retirada de
livros-texto de psicossomática psicanalítica. Resultados: Por meio dos paralelos citados,
revelaram-se aspectos essenciais quanto ao adoecimento de Kafka e fatores causadores. O autor,
como o protagonista, sofreria de problemas ligados à figura paterna severa, ao sentimento de não
pertencimento a lugar algum e ao impedimento de realizar, como meio de vida, aquilo que lhe
dava prazer. Ambos escolheram inconscientemente adoecer, processo conhecido como
somatização. Conclusão: O método da psicossomática psicanalítica permitiu uma análise
diferenciada do adoecimento de Kafka, trazendo à tona aspectos importantes da vida mental do
autor e de seu protagonista, em associação com a sua autobiografia, Carta ao Meu Pai. Kafka
escreveu “A Metamorfose” como uma espécie de desabafo, visando à elaboração de conflitos
psíquicos. Há também correspondência entre protagonista e autor, ambos sendo sofredores – o
que foi agravado por questões familiares – e adoecendo na tentativa de romper com o quadro em
que se viam encarcerados.

9 – A personagem Gregor Samsa na obra A Metamorfose, de Franz Kafka (Alessandra Leles


Rocha)
https://pdfs.semanticscholar.org/0fe3/a712698dd5e684b258585c4bcb39e7858c22.pdf

A leitura de um texto é sempre um caminho particular. Desse modo, as pessoas podem ler no
intuito de obter um mero entretenimento, enquanto satisfação das próprias expectativas, ou no
intuito de ir além das linhas e sorver o que se esconde nas entrelinhas, a partir de ferramentas
técnicas, conhecidas como operadores de leitura; ou seja, “conceitos-chave para o
desenvolvimento de uma análise e interpretação do texto narrativo pautada pela tradição dos
estudos acadêmicos” (FRANCO JUNIOR, 2003, p.33). Assim, com o intuito de discutir os
princípios teóricos fundamentais do texto literário, essa resenha propõe uma análise da obra A
Metamorfose, de Franz Kafka, com foco na personagem principal, Gregor Samsa, a partir da
contextualização histórica em que obra foi escrita.
10 – A degradação humana e a produção do inumano n'A Metamorfose de Franz Kafka (João
Silveira Muniz Neto, Aluísio Ferreira de Lima)
http://www4.fsanet.com.br/revista/index.php/fsa/article/view/103

Este texto trata da análise da personagem Gregor Samsa, (que veio à baila em A Metamorfose, de
Franz Kafka, em 1915) e seu drama vivido a partir de sua condição “inumana” enquanto inseto.
Por estar dentro de uma obra complexa, pouco afeita ou capturável pelas teorias literárias
existentes e também por sua característica vanguardista, abordamos a personagem sob dois
grandes signos: a personagem-inseto e a personagem-humana. A análise foi orientada por
relevantes pensadores contemporâneos (e também do início do século XX), tais como Theodor
Adorno, Giorgio Agamben, Gilles Deleuze, Felix Guattari e Gyorgy Luckács.

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