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Da perspectiva divina, o saltério aponta para Deus o seu autor, considerando a autoria a parti de
um autor humano, pode-se identificar uma lista com mais de sete compositores. Onde
encontramos o rei Davi liderando essa lista com setenta e três dos salmos, aos filhos de corá
são atribuídos dês, Afase contribuiu com doze, entre outros autores estão Salomão com dois
salmos, Moisés com um, e Etâ contribuiu com dois e Hemã com um salmo totalizando 100
salmos, todavia encontra-se mais cinquentas salmos escritos o qual não tem um compositor
definido somando um total de cento e cinquenta salmos.
Os salmos estão situados em dois cenários: (1) os atos de Deus na criação e na história, e (2) a
história de Israel, Historicamente eles abrangem o período da origem da vida até a alegria do
pós-exílio dos judeus libertados na Babilônia. Diante disso o livro dos salmos apresenta uma
ampla exposição teológica, pautada de maneira pratica na realidade do dia-dia. O período dos
salmos se estende de Moisés por volta de 1410 a.c.(Sl 90), ao período pós-exílio do fim do
século VI ou começo do século V (Sl 126), que abrange cerca de 900 anos da história judaica.
FONTE, Manual bíblico MacArthur, 1939
Pg, 193,194
(4) Expressões de música usadas nas cerimônias e cultos do templo, festividades religiosas.
(1) SALMOS DE ADORAÇÃO – São aqueles que tratam do prazer que tem o fiel em estar
com Deus e na sua casa. Exaltam o culto comunitário e parecem aludir ao culto público, no templo.
Exemplos: Sl 24, 84, 100, 116 e 122.
(2) SALMOS LOUVOR – São aqueles que exaltam a pessoa de Deus e louvam o seu
nome e caráter. Sua linha teológica é mostrar o relacionamento adequado com Ele. Exemplos: Sl
29, 87, 103, 107, 114, 136 e 150.
(3) SALMOS DE SEGURANÇA – Mostram a proteção que Deus dispensa aos seus,
que mostram o seu cuidado na provação do fiel e como este nunca está desamparado. Exemplos:
Sl 3, 4, 11, 16, 20, 23, 27, 31, 36, 46, 52, 57, 62, 63, 85, 91, 108, 121, 125 e 126.
(4) SALMOS MESSIÂNICOS – Aludem ao Messias, seu reino, sua pessoa, seu
sofrimento, à comunidade que brotaria dos seus ensinos e até mesmo ao seu triunfo final. São
essencialmente proféticos. Exemplos: O Messias como Rei: 2, 45, 72 e 110; O Messias como
sofredor: 22, 31 e 69.
(6) SALMOS DE SABEDORIA– São os salmos que ensinam a sabedoria, a filosofia
religiosa dos hebreus, chamada de hokhma, que é sempre prática e nunca especulativa. Ensinam
como viver de maneira correta neste mundo corrompido. Exemplos: Sl 1, 37, 49, 73, 91, 112, 119,
133 e 139.
Concluirmos que ao enfatizar a poesia e a arte dos salmos teologicamente descobrimos que o
conjunto de hinos usados em rituais de Israel é tão vasto que qualquer tentativa de sistematiza-lo
jamais poderá captar a profundidade. O texto não exprime declarações teológicas especificas, mas
a própria centralização em Deus é altamente teológica.
Fonte: A espiral hermenêutica 1 ed. 2009
Pg.303
Reimpressão: 2012,2015
Osborne Grant