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DO IT BETTER - FORMAÇÃO CERTIFICADA

Curso Técnico/a Administrativo/a e de Recursos Humanos


Projeto de Intervenção Social e Comunitária (PISC)

Pandemia do Século

XXI: COVID-19

E AGORA?

Trabalho realizado por:


Inês Santos
Joana Santos
Mariana Tavares
Sílvia Lopes
Vanessa Costa

Viseu, 16 de Abril 2020


ÍNDICE
INTRODUÇÃO...............................................................................................................4

1- ENQUADRAMENTO - COVID 19...........................................................................5

2- MEDIDAS FISCAIS E CONTRIBUTIVAS.............................................................7

2.1- Adiamento do pagamento das contribuições correntes à Segurança Social..........7

2.2- Pagamento de IVA mensal e trimestral e retenções de IRS/IRC...........................7

2.3- IVA – Obrigações declarativas e de registo...........................................................7

2.4- Contribuições para a Segurança Social..................................................................8

2.5- Processos de execução fiscal e contributiva e Pagamentos prestacionais de


dívidas fiscais................................................................................................................8

3- MEDIDAS ADICIONAIS DE ESTÍMULO À ECONOMIA..................................9

3.1- Linhas de crédito adicionais, disponibilizadas através do sistema bancário..........9

3.2 - Linhas de apoio.....................................................................................................9

4- APOIOS DA SEGURANÇA SOCIAL A TRABALHADORES


DEPENDENTES, INDEPENDENTES E EMPREGADORES.................................10

4.1 - Subsídio por doença por motivo de isolamento, imposto pelo delegado de saúde
.....................................................................................................................................10

4.2 - Apoio excecional à família para trabalhadores por conta de outrem..................11

4.3 - Apoio excecional à família para trabalhadores independentes e do serviço


doméstico.....................................................................................................................12

4.4 - Apoio extraordinário à redução da atividade económica de trabalhador


independente................................................................................................................13

4.5 – Outras questões...................................................................................................13

5- LAY-OFF E TELETRABALHO.............................................................................15

5.1 – Questões.............................................................................................................15

6- QUESTÕES FISCAIS E RELACIONAMENTO COM A AUTORIDADE


TRIBUTÁRIA................................................................................................................18

6.1 - Documentos ou esclarecimentos.........................................................................18

6.2 - Pagamentos.........................................................................................................18
2
6.3 - Senha de Acesso ao Portal das Finanças.............................................................18

6.4 - Necessidade de Deslocar-se ao estabelecimento – Finanças..............................18

6.5 - Tributações, Isolamento e teletrabalho – Trabalhadores.....................................19

7- MORATÓRIA DE FINANCIAMENTOS..............................................................21

7.1- Critérios de atribuição..........................................................................................21

7.2 – Adesão................................................................................................................21

8- REGIME EXCECIONAL PARA SITUAÇÕES DE MORA NO PAGAMENTO


DAS RENDAS................................................................................................................22

8.1 - Apoio financeiro para os arrendatários...............................................................22

8.2- Flexibilização do pagamento das rendas e despenalização dos atrasos no


pagamento....................................................................................................................22

8.3 - Apoio financeiro para os senhorios.....................................................................22

8.4 – Beneficiários.......................................................................................................23

8.5 – Processo de adesão a medida..............................................................................23

CONCLUSÃO................................................................................................................24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................25

3
INTRODUÇÃO
No âmbito do Curso de Técnico Administrativo e Gestão de Recursos Humanos
foi-nos proposto, como atividade que compõe o Projeto de Intervenção Social e
Comunitária, a realização de uma atividade dinâmica de carácter social que permitisse
deixar uma marca de todo o trabalho desenvolvido ao longo da formação.
A situação excecional de estado de emergência de saúde pública em que o país se
encontra, ocasionada pela pandemia da doença COVID-19, teve impacto na escolha da
temática a abordar. Num momento de mudança e de múltiplas dúvidas foi necessário
refletir acerca daquele que poderia ser o nosso papel e na forma como poderíamos
ajudar quem nos rodeia.
Na sequência da criação, por parte do governo, de uma serie de medidas
extraordinárias e de carácter urgente com vista à proteção das famílias e consequentes
dúvidas e inquietações levantadas em torno destas medidas este projeto terá como
objetivo informar e esclarecer questões relacionadas com a implementação prática
dessas medidas. Na impossibilidade de nos deslocarmos às empresas e às famílias, dada
a necessidade de confinamento em casa, procurámos dar voz a estas questões através de
um vídeo explicativo realizado sob orientação e direção das formadoras Susana
Carvalho e Patrícia Cleto.
A avaliação de risco encontra-se em atualização permanente e com ela também as
medidas sofrem alterações e atualizações por forma a dar resposta às necessidades
emergentes. Por este motivo, importa ter em atenção o período temporal da realização
deste vídeo e facultar, a quem o vê, vários links que permitam o acesso a qualquer
alteração.

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1- ENQUADRAMENTO - COVID 19

Os coronavírus pertencem à família Coronaviridae que integra vírus que podem


causar infeção no Homem, noutros mamíferos e nas aves. Por norma este tipo de vírus
afeta o sistema respiratório podendo manifestar-se sob a forma de sintomas ligeiros
como febre, rinorreia, cefaleia e mialgias ou mais graves podendo levar a um estado de
pneumonia avançada.
O novo coronavírus, o SARS-CoV-2, que origina a doença designada COVID-19,
foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, na China, mas rapidamente se
propagou para outros países incluindo Portugal. Face a esta ameaça de saúde pública
foram identificadas três fases de resposta que incluem três níveis e seis subníveis,
Portugal encontra-se atualmente na fase de mitigação na qual se verifica transmissão
local e transmissão comunitária.
A transmissão ocorre de pessoa para pessoa por contacto próximo com pessoas
infetadas pelo COVID-19 (transmissão direta) ou através do contacto com superfícies e
objetos contaminados (transmissão indireta). Em ambos os casos a transmissão ocorre
através das gotículas que contém partículas virais que são libertadas pelo nariz ou pela
boca de pessoas infetadas que podem atingir diretamente quem está próximo ou então
passar para as superfícies e ser transmitidos de forma indireta. A maioria dos óbitos é
verificada nas pessoas mais idosas e com outras comorbilidades (outras doenças
crónicas).
Uma questão que se coloca com frequência nestes tempos é a seguinte: Estando
assintomático, é possível transmitir na mesma o vírus? A evidência atual refere que
a transmissão de doença é feita principalmente pelas pessoas sintomáticas (ainda que
com sintomas ligeiros), sendo que a maior parte (ou mesmo a totalidade) dos casos em
que houve transmissão foi através da exposição direta a pessoas sintomáticas, ou a
superfícies contaminadas. Porém há relatos – mas não está devidamente comprovado –
de pessoas que, tendo contacto com uma pessoa infetada pelo vírus mas não doente,
vêm a desenvolver a doença. Mas, sendo casos de transmissão comunitária, é difícil
perceber se foi essa pessoa ou outra qualquer. Contudo, acontecendo, é muito menor o
risco de transmissão do que através de pessoas com sintomas, nomeadamente tosse.
A 19 de Março 2020 foi decretado estado de emergência como consequência da
evolução da pandemia em Portugal. A avaliação de risco encontra-se em permanente
atualização. Face a esta situação de pandemia importa esclarecer e diferenciar alguns

5
conceitos nomeadamente o isolamento, quarentena ou isolamento profiláctico e
recolhimento.
O isolamento é a medida utilizada em pessoas doentes, para que, através do
afastamento social, não contagiem outros cidadãos. É importante destacar que estas
pessoas não podem sair de casa.
O termo quarentena é utilizado para designar o estado em que se encontram
pessoas que se pressupõe serem saudáveis mas que possam ter estado em contacto com
um doente confirmado de COVID-19. Estas pessoas também não podem sair de casa.
Por fim, o recolhimento/afastamento refere-se a aquilo que deve ser adotado
pela maioria da população que se deve manter em casa salvo algumas exceções
nomeadamente para ir trabalhar (para aqueles a quem não é possível trabalhar em
regime de teletrabalho), ir ao supermercado (para fazer face a satisfação de necessidades
básicas) e ir à farmácia.
Estas medidas de afastamento social são essenciais para quebrar as cadeias de
transmissão, e por isso utilizadas pelas Autoridades de Saúde para minimizar a
transmissão da COVID-19.

Pandemia do Século

XXI: COVID-19

E AGORA? 6
2- MEDIDAS FISCAIS E CONTRIBUTIVAS

Tendo em conta esta nova realidade e todos os desafios e dificuldades inerentes a


esta problemática, foram criadas uma serie de medidas fiscais e contributivas.

2.1- Adiamento do pagamento das contribuições correntes à Segurança Social


Considerando que o prazo de pagamento das contribuições do mês de fevereiro
de 2020 terminaria a 20 de março, foi o mesmo adiado até 31 de março de 2020.

2.2- Pagamento de IVA mensal e trimestral e retenções de IRS/IRC


O pagamento poderá ser integral, em 3 prestações mensais sem juros ou seis
prestações mensais sem juros.
As medidas supra indicadas aplicam-se a empresas e trabalhadores independentes
com volume de negócios até 10 milhões de euros em 2018, todas as empresas e
trabalhadores independentes cuja atividade se enquadre nos setores encerrados nos
termos do artigo 7.º do decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março (execução da declaração
de estado de emergência), todas as empresas e trabalhadores independentes que tenham
iniciado a atividade em 2019 e aos contribuintes com volume de negócios superior que
declarem e demonstrem uma diminuição da faturação comunicada através do E-fatura
de, pelo menos, 20 % na média dos três meses anteriores ao mês em que exista esta
obrigação, face ao período homólogo do ano anterior.

2.3- IVA – Obrigações declarativas e de registo


As declarações periódicas de IVA podem ser calculadas tendo por base os dados
constantes do E-Fatura, não carecendo de documentação de suporte (reconciliações e
documentos físicos), devendo a regularização da situação ser efetuada por declaração de
substituição. Com base na documentação de suporte, a substituição e o respetivo
pagamento das declarações periódicas podem ser efetuadas durante o mês de julho de
2020, sem acréscimos ou penalidades.
Estas medidas são aplicadas a sujeitos passivos que apresentem um volume de
negócios, para efeitos de IVA referente ao ano de 2019, até 10.000.000€, a sujeitos
passivos que tenham iniciado a atividade em ou após 1 de janeiro de 2020 e a sujeitos
passivos que tenham reiniciado a atividade em ou após 1 de janeiro de 2020 e não
tenham obtido volume de negócios em 2019.

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2.4- Contribuições para a Segurança Social
As contribuições da responsabilidade da entidade empregadora (23,75%) serão
devidas a 20 de março, 20 de abril e 20 maio ou 20 de abril, 20 de maio e 20 de junho,
para as entidades empregadoras que já efetuaram o pagamento da totalidade das
contribuições devidas em março de 2020 e as contribuições dos trabalhadores
independentes serão devidas a 20 de abril, 20 de maio e 20 de junho. Sendo, um terço
do valor das contribuições pago no mês em que é devido e o montante dos restantes dois
terços pago em prestações iguais e sucessivas em 3 meses (julho, agosto e setembro de
2020) ou em 6 meses (de julho a dezembro de 2020), sem juros.
Este regime destina-se a trabalhadores independentes, a todas as empresas até 49
trabalhadores, a empresas com mais de 50 trabalhadores, desde que comprovem uma
quebra de faturação de 20% e a empresas que tenham iniciado a atividade há menos de
12 meses, à média do período de atividade decorrido.

2.5- Processos de execução fiscal e contributiva e Pagamentos prestacionais de


dívidas fiscais
Os processos em curso ou que venham a ser instaurados pelas respetivas
autoridades são suspensos por 3 meses. Os pagamentos prestacionais de dívidas fiscais
em curso ficam suspensos até 30 de junho de 2020. Além disto prevê-se ainda a
eliminação de taxas mínimas devidas pelos comerciantes no âmbito de sistemas de
pagamento POS.

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3- MEDIDAS ADICIONAIS DE ESTÍMULO À ECONOMIA

No que concerne a medidas adicionais de estímulo à economia o governo criou


linhas de crédito adicionais, linhas de apoio, procedeu com a flexibilização do
cumprimento de diversas obrigações administrativas no âmbito de certificações,
licenciamentos, etc., e com a aceleração no pagamento dos incentivos financeiros,
por via de adiantamentos e moratória, até 30 de setembro, dos reembolsos de
incentivos no âmbito do QREN e Portugal 2020.

3.1- Linhas de crédito adicionais, disponibilizadas através do sistema bancário


As linhas de crédito adicionais aplicam-se para:
 Restauração - linha de crédito de 600 milhões de euros, dos quais 270 milhões
são para micro e pequenas empresas.
 Setor de Turismo (agências de viagem, animação, organização de eventos e
outras similares) - linha de crédito de 200 milhões de euros, 75 milhões dos
quais destinados a micro e pequenas empresas.
 Empresas de Turismo (setor do alojamento e empreendimentos turísticos) -
linha de crédito no valor de 900 milhões de euros, dos quais 300 milhões são
para micro e pequenas empresas.
 Setor da Indústria (têxtil, vestuário, calçado e indústria extrativa e fileira da
madeira) - linha de crédito de 1.300 milhões de euros, dos quais 400 milhões de
euros são destinados especificamente às micro e pequenas empresas.

As linhas de crédito têm um período de carência até ao final do ano e podem ser
amortizadas em 4 anos.

3.2 - Linhas de apoio


Linhas de apoio destinadas a fazer face às necessidades de tesouraria das
microempresas turísticas (estabelecimentos hoteleiros, restaurantes, agências de viagem,
organização de feiras, entre outros), como, um apoio financeiro reembolsável, até 750€
mensais, sem juros, por posto de trabalho, num período de 3 meses, reembolsos no
prazo de 3 anos, tendo que submeter a candidatura no portal do Turismo de Portugal.

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4- APOIOS DA SEGURANÇA SOCIAL A TRABALHADORES
DEPENDENTES, INDEPENDENTES E EMPREGADORES

4.1 - Subsídio por doença por motivo de isolamento, imposto pelo delegado de
saúde
4.1.1- A quem se aplica?
Esta medida aplica-se aos trabalhadores que exercem atividade por conta de
outrem e também a trabalhadores independentes.

4.1.2 - O que tem direito?


Tem direito ao subsídio por doença, de valor correspondente de 100% da
remuneração.

4.1.3 - Qual a duração do apoio?


Este subsídio tem a duração máxima de 14 dias. Está equiparado ao subsídio por
doença com internamento hospitalar, pelo que não se aplica período de espera, ou seja, a
o pagamento inicia no primeiro dia.

4.1.4- O que fazer?

O Trabalhador Dependente
O trabalhador dependente deve remeter à entidade empregadora a declaração de
isolamento profilático emitida pelo Delegado de Saúde.

A Entidade Empregadora
A entidade empregadora deve (1) preencher o modelo GIT71-DGSS, disponível em
http://www.segsocial.pt/formularios, com a identificação dos trabalhadores em
isolamento (2) remeter o referido modelo e as declarações de certificação de isolamento,
emitidas pelo delegado de saúde referentes aos trabalhadores. Este é possível acedendo
ao site da Segurança Social Direta, menu Perfil, opção Documentos de Prova, com o
assunto COVID19-Declaração de isolamento profilático para trabalhadores.

O Trabalhador Independente
O trabalhador independente deve (1) preencher o modelo GIT71-DGSS, disponível em
http://www.segsocial.pt/formularios, com a sua identificação (2) remeter o modelo e a

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sua declaração de certificação de isolamento profilático, emitida pelo delegado de
saúde, através da Segurança Social Direta, no menu Perfil, opção Documentos de Prova,
com o assunto COVID19-Declaração de isolamento profilático para trabalhadores.
Caso se verifique a ocorrência de doença, durante ou após o fim dos 14 dias de
isolamento profilático, tem direito ao subsídio por doença, nos termos gerais do regime
da doença. Neste caso, não é necessário qualquer procedimento, pois o CIT (certificado
de incapacidade temporária) será comunicado, por via eletrónica, pelos serviços de
Saúde à Segurança Social.

4.2 - Apoio excecional à família para trabalhadores por conta de outrem

4.2.1 - A quem se aplica?


Aplica-se aos Trabalhadores que exercem atividade por conta de outrem e que
faltem ao trabalho por motivo de assistência a filhos ou outros menores a cargo, com
idade igual ou inferior a 12 anos ou com deficiência/doença crónica independentemente
da idade, decorrente de encerramento do estabelecimento de ensino determinado por
decisão da autoridade de saúde ou decisão do governo.

4.2.2 - O que tem direito?


O trabalhador tem direito a um apoio excecional correspondente a 2/3 da sua
remuneração base. Tem um limite mínimo de 635€ e limite máximo 1.905€, e é
calculado em função do número de dias de falta ao trabalho.

4.2.3 - Qual a duração do apoio?


Este apoio irá manter-se até que a decisão de abertura das escolas seja tomada. As
ausências para assistência a filhos são faltas justificadas e não contam para o cálculo do
limite máximo de 30 dias anuais previstos por lei.

4.2.4 - O que fazer?

Trabalhador Dependente
O trabalhador deve preencher uma declaração, cujo formulário está disponível no site da
Segurança Social - declaração Modelo GF88-DGSS, e entregar à entidade patronal com
a indicação dos dias de ausência ao trabalho. Este documento serve também de
justificação de faltas.

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A Entidade Empregadora
A entidade empregadora deve (1) recolher as declarações remetidas pelos
trabalhadores (2) proceder ao preenchimento do formulário on-line disponível na
Segurança Social Direta (3) registar o IBAN na Segurança Social Direta. O apoio será
pago pela Segurança Social à entidade empregadora, obrigatoriamente por transferência
bancária.

4.2.5 – Outras questões

4.2.5.1 - Tenho filho(s) menor(es) de 12 anos e vou ter de ficar em casa


para o(s) acompanhar. As faltas ao trabalho são justificadas?
Sim, as faltas são justificadas, desde que não coincidam com as férias escolares. O
trabalhador deve comunicar à entidade empregadora o motivo da ausência através de
formulário próprio.
4.2.5.2 - Durante quanto tempo terei direito a este apoio?
Durante o período em que for decretado o encerramento da escola, exceto se
coincidir com férias escolares.

4.3 - Apoio excecional à família para trabalhadores independentes e do serviço


doméstico

4.3.1 - A quem se aplica?


Aplica-se aos Trabalhadores Independentes e Trabalhadores do Serviço
Doméstico que não possam exercer a sua atividade por motivos de assistência a filhos
ou outros menores a cargo, menores de 12 anos, ou com deficiência/doença crónica
independentemente da idade, decorrente de encerramento do estabelecimento de ensino
determinado por decisão da autoridade de saúde e pela decisão do governo.

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4.3.2 - O que tem direito?
O Trabalhador independente
O trabalhador independente tem direito a um apoio financeiro correspondente a 1/3 da
base de incidência contributiva mensal do primeiro trimestre do ano de 2020, com os
seguintes limites:
Limite mínimo = 1 IAS (valor: 438,81€)
Limite máximo = 2 e ½ IAS (valor: 1.097,02€)

O Trabalhador do Serviço Doméstico


O trabalhador do serviço doméstico tem direito a um apoio financeiro correspondente a
2/3 da base de incidência contributiva (1/3 suportado pela entidade empregadora e 1/3
suportado pela Segurança Social) da remuneração registada no mês de janeiro 2020 com
os seguintes limites:
Limite mínimo = 635€
Limite máximo = 1.905€ e é calculado em função do número de dias de falta ao
trabalho.
Para estes trabalhadores a entidade empregadora é obrigada a pagar 1/3 da
remuneração; declarar os tempos de trabalho e remuneração normalmente declarada,
independentemente da suspensão parcial da remuneração; pagar as contribuições e
quotizações à segurança social.

4.3.3 – Qual a duração do apoio?


Para este apoio, o número médio é de 15 dias para os trabalhadores independentes
e domésticos.

4.3.4 - O que fazer para receber o apoio?


Por forma a receber este apoio os trabalhadores deverão proceder ao preenchimento do
formulário on-line para requerimento do apoio (que se encontra disponível na
Segurança Social Direta) e registar o IBAN na Segurança Social Direta, para que a
Segurança Social possa proceder ao pagamento do apoio, que será feito
obrigatoriamente por transferência bancária.

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4.4 - Apoio extraordinário à redução da atividade económica de trabalhador
independente

4.4.1 – A quem se aplica?


Esta medida aplica-se aos Trabalhadores Independentes, que tenham descontado,
para a Segurança Social, durante pelo menos três meses seguidos ou seis meses
interpolados há pelo menos 12 meses e que se encontrem em situação comprovada de
paragem da sua atividade devido ao COVID-19.

4.4.2 – O que tem direito?


Para quem declare até um IAS e meio (658,22 euros), a Segurança Social paga
até ao limite de 438,81 euros. Se o nível de rendimentos for superior a um IAS e meio, o
trabalhador recebe dois terços do valor, mas com um tecto equivalente a um salário
mínimo nacional (o que significa que o valor máximo será de 635 euros).

4.5 – Outras questões

4.5.1 - A declaração da Autoridade de Saúde é uma baixa médica?


Não. A Declaração que atesta a necessidade de isolamento substitui o documento
justificativo da ausência ao trabalho para efeitos de justificação de faltas e de atribuição
do subsídio equivalente ao de doença, durante o período máximo de 14 dias de
isolamento profilático, bem como para eventual atribuição do subsídio por assistência a
filho ou a neto.

4.5.2 - Se for decretado isolamento profilático, mas existirem condições para


trabalhar em regime de teletrabalho, há direito ao subsídio equivalente ao subsídio
de doença?
Não. Neste caso, como continua a trabalhar, receberá a sua remuneração habitual,
paga pela entidade empregadora.

4.5.3 - Qual o benefício a que o empregador tem direito se recorrer ao plano


extraordinário de formação?
As empresas que não tenham recorrido ao apoio extraordinário decorrente do lay-
off simplificado, podem aceder a um apoio extraordinário do IEFP para formação
profissional a tempo parcial. Este apoio surge mediante de um plano de formação, tendo
em vista a manutenção dos respetivos postos de trabalho e o reforço das competências

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dos seus trabalhadores, de forma a atuar preventivamente sobre o desemprego. O apoio
não deve ultrapassar 50 % do período normal de trabalho durante o período em que
decorre. É calculado da seguinte forma: é concedido em função das horas de formação
frequentadas, até ao limite de 50 % de 635,00€ (Retribuição Mínima Mensal Garantida).

4.5.4 - Como pode uma empresa articular com a Autoridade de Saúde, se


for decretado o isolamento profilático de funcionários seus?
No caso de existir um doente confirmado com COVID-19 numa empresa,
habitualmente é a Autoridade de Saúde que entra em contacto com a entidade
empregadora por forma a identificar os trabalhadores que podem vir a ser considerados
“contactos próximos” do doente.
A Autoridade de Saúde emite uma declaração para cada trabalhador a quem
determinou o isolamento. A Autoridade de Saúde exerce funções na Unidade de Saúde
Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) com jurisdição naquela área
geográfica.

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5- LAY-OFF E TELETRABALHO

5.1 – Questões
5.1.1 - O trabalhador pode decidir trabalhar em regime de teletrabalho
mesmo contra a vontade da empresa?
De acordo com o artigo 29.º do Decreto-Lei n.º 10-A/2020, o teletrabalho poderá
ser requerido pelo trabalhador, desde que compatível com o tipo de funções exercidas.
Assim, o trabalhador pode fazê-lo unilateralmente, desde apresente o requerimento, ex-
plicitando que as suas funções são compatíveis com esta modalidade de trabalho.

5.1.2 - Qual é a distinção entre o novo regime de “lay-off simplificado” e o


regime de “lay-off normal”?
O chamado “lay-off simplificado” não é, efetiva e tecnicamente, um lay-off já que
não tem sequer de existir uma suspensão dos contratos de trabalho ou uma redução dos
tempos de trabalho, não sendo feita referência a prazos, nem a negociações. Ao invés,
trata-se de um apoio extraordinário atribuído a empresas que se encontrem, comprova-
damente, em situação de crise empresarial, entendendo-se como crise empresarial: A
suspensão da atividade devido a interrupção da cadeia de abastecimento OU a redução
ou cancelamento de encomendas ou a quebra de faturação em, pelo menos, 40% face
aos 30 dias anteriores ao pedido junto da segurança social com referência à média men-
sal dos dois meses anteriores a esse período, ou face ao período homólogo do ano ante-
rior, ou ainda para quem tenha iniciado a atividade há menos de 12 meses, à média des-
se período.
A grande diferença será a simplificação substancial do procedimento, que se basta
com uma mera informação escrita aos trabalhadores de que o apoio foi solicitado.
Cálculo:

Mínimo Máximo
635€ 1 905€

E a retribuição é assegurada por:


 Segurança Social:70%
 Empregador: 30%
Quanto aos descontos:
IRS: percentagem de acordo com a remuneração a receber

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TSU: Empresa fica isenta; Trabalhador desconta 11%
Um exemplo claro desta medida no caso de um trabalhador com retribuição
ilíquida mensal que seja 700€:
 Limite 2/3 da retribuição ilíquida mensal do trabalhador: 635,00€ RMMG
 A cargo da Segurança Social (70%): 444,50€
 A cargo do empregador (30%): 190,50€
 Encargos com a Segurança Social a cargo da entidade empregadora: 0,00€
(isenção total)
 Encargos com a Segurança Social a cargo do trabalhador:
11%*635,00€ = 69,85€
Para o Regime de Lay-off, tem duração por 1 mês, mas só pode ser renovado por
máximo de 3 meses. E durante este período a entidade empregadora também fica isenta
de pagar a contribuição da segurança social do trabalhador e dos órgãos estatutários,
mas o trabalhador continua a fazer os seus descontos normais sobre a sua remuneração
(Segurança social e IRS) menos os trabalhadores independentes estão também isentos.
A entidade empregadora para além destas está isenta de pagar as contribuições também
esta impedida de fazer despedimentos coletivos e de extinção de posto de trabalho.

Valor de Remuneração Ilíquida neste regime


Em primeiro lugar, temos de recolher a informação base, como qual o valor do
rendimento bruto normal, incluindo todas as prestações regulares inerentes à prestação
de trabalho.
Ao ter essa informação podemos usar um simulador da segurança social 1

1 http://www.seg-social.pt/layoff-covid-19)

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Tendo atenção que a informação que o simulador irá dar, não será a remuneração
líquida, mas sim a remuneração ilíquida que ainda sofre o cálculo da contribuição da
Segurança Social e IRS que pode determinar num simulador de salario liquido 2020.
Retoma de atividade
As entidades empregadoras ao tomarem a sua atividade, está disponível um apoio à
retoma da atividade. Os empregadores que beneficiam do apoio do lay-off, tem ainda
assim um acesso ao incentivo financeiro de 635€ por trabalhador pago numa só vez. E
ainda têm à exposição de um plano Extraordinário de formação de IEFP com apoio até
pode atingir 635€ por trabalhador.

5.1.3 – Qual o cálculo do Subsídio de Alimentação?


Se estivermos perante um caso de medida excecional de Lay-off simplificado e,
portanto, com o horário de trabalho reduzido, o subsídio de alimentação poderá sofrer
alterações. Estas alteração são idênticas ao regime de Contrato de Trabalho a Tempo
Parcial.
Caso o horário de trabalho verifique ter 5 horas ou mais, o subsídio de
alimentação é pago na totalidade, quando o período normal de trabalho diário é inferior
a 5 horas, o subsídio será calculado em proporção do respetivo período de trabalho
semanal.

5.1.4 - Quanto à prova documental dos factos em que se baseia o pedido de si-
tuação de crise empresarial, quando se refere na alínea a) do n.º 4 do artigo 3.º da
Portaria n.º 71- A/2020 que deve ser apresentado “o balancete contabilístico refe-
rente ao mês de apoio bem como do respetivo mês homólogo”, qual o período/mês
a que se refere?
Por exemplo, se o mês do apoio for abril de 2020, dever-se-á acompanhar do ba-
lancete relativo ao mês de abril de 2019. Temos de ter atenção a esta nota que o Lay-off
não tem necessidade de abranger todos os trabalhadores de uma determinada empresa.
A lista de trabalhadores a serem abrangidos deve ser enviada pelo empregador à segu-
rança social em conjunto com o pedido de acesso a este regime de Lay-off.
Este regime é aplicável a empresas privadas, sectores sociais/IPSS ou paragem
total de atividades.

18
5.1.5 – Poderá ser despedido enquanto se encontra abrangido pelas medidas
excecionais de lay-off simplificado?
A aplicação destas medidas tidas como “simplificadas” está condicionada a uma
cláusula de proibição de despedimento, sob pena de restituição dos montantes auferidos
e aplicação de contraordenação.

19
6- QUESTÕES FISCAIS E RELACIONAMENTO COM A AUTORIDADE
TRIBUTÁRIA

Em contexto de resposta à pandemia do COVID-19, os serviços da Autoridade


Tributária e Aduaneira estão disponíveis à distância no Portal das Finanças 2ou, em caso
de dificuldade na utilização dos serviços eletrónicos, podem conectar para o Centro de
Atendimento Telefónico da AT 3

6.1 - Documentos ou esclarecimentos


Todos os tipos de documentos ou mesmo esclarecimentos que haja, podem
encontrar/contactar pela plataforma do Portal das Finanças, através do e-balcão do
Portal das Finanças4.

6.2 - Pagamentos
Os pagamentos de impostos ou qualquer tipo de despesas, devem ser realizados
em meios eletrónicos, como por exemplo, caixa multibanco (MB), através de
homebanling ou mesmo pelo MBWay.

6.3 - Senha de Acesso ao Portal das Finanças


Em caso de extravio/ esquecimento da senha de acesso ao Portal das Finanças, o
contribuinte devera processar ao pedido de recuperação da senha no Portar e será
enviada para a morada disponível no portal do contribuinte uma nova senha de acesso
ao Portal. A entrega será realizada pelos CTT no prazo de 1 semana.
Outras Vias (1) Caso o contribuinte tenha o seu número de telemóvel confirmado junto
da AT, e desde ainda se recorde da resposta da pergunta de segurança, pode receber por
SMS um novo código (2) A AT disponibiliza através do Cartão de Cidadão ou da chave
Móvel Digital e, em seguida, alterar a sua senha5.

6.4 - Necessidade de Deslocar-se ao estabelecimento – Finanças


Se não for possível recorrer aos meios eletrónicos mencionados anteriormente, os
serviços da AT continuam disponíveis presencialmente, para situações urgentes e
inadiáveis, mas mediante um agendamento prévio de um atendimento.
2 www.portaldasfinancas.gov.pt
3 217 206 707
4 https://www.portaldasfinancas.gov.pt/pt/formularioContacto.action
5 Saiba como obter a Chave Móvel Digital em https://www.autenticacao.gov.pt/cmd-pedido-chave

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Para esse efeito, o agendamento pode ser realizado online através do Portal das
Finanças ou do Centro de Atendimento Telefónico da AT6. O Contribuinte só deve
comparecer nos serviços apenas no dia e hora agendada, não vale a pena deslocar-se
sem ter agendamento prévio.

6.5 - Tributações, Isolamento e teletrabalho – Trabalhadores

6.5.1 - Tributação que incide sobre a baixa médica por contágio pelo
COVID-19:
O impedimento de exercer a atividade laboral (isolamento), por ordem da
autoridade de saúde, devido ao contexto de perigo de contágio Covid-19, que dá origem
para efeito da segurança social, como fosse uma doença de internamento hospitalar,
logo, a remuneração é suportada pela Segurança Social e não incide nem em IRS nem
Segurança social (Subsídio de doença).

6.5.2 - Quarentena (isolamento profilático)


Em situação de isolamento profilático (duração de 14 dias) é equiparado como
doença para efeitos de medidas de proteção social, sendo assim o valor do subsídio
corresponderá à totalidade da remuneração do trabalhador.
A remuneração é suportada pela Segurança Social e não incide nem em IRS nem
Segurança social.

6.5.3 - Teletrabalho sem isolamento profilático


A funcionalidade adaptada é o sistema de teletrabalho ou programas de formação à
distância, onde o trabalhador exerce a sua atividade. Assim a sua remuneração será paga
pela entidade patronal, logo existe tributação em IRS e Segurança Social ocorre nos
termos gerais.

6.5.4 - Imposto o isolamento profilático, sem Teletrabalho


Os trabalhadores impedidos de exercer a sua atividade profissional por perigo de
contágio, num período de 14 dias a segurança social paga um subsídio de doença num
montante diário equivalente a 100% da remuneração. No 15º dia (e depende da
ausência) o subsídio de doença a ser pago corresponde a um valor entre 55% e 75% da
remuneração de referência.

6 217 206 707

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6.4.5.1 - Empresas e Empresários em Nome Individuais – Obrigações
Declarativas
 Sociedade por quotas, a Assembleia Geral para aprovação das contas
Não existe alteração no prazo para a prestação de contas, mediante a realização da
entrega da IES, mantém-se até ao dia 15 de julho de 2020.

 Relatório Único
A entrega do Relatório Único referente a 2019 ocorre a partir de 16 de março de
2020, a data final de entrega foi prolongada até ao dia 30 de junho de 2020.

Contabilistas Certificados, Proteção de Dados e Justo Impedimento


Os Contabilistas Certificados e os seus assistentes contabilistas, em regime de
teletrabalho podem tratar da documentação contabilista dos clientes, se tiverem
protegidos no âmbito da normativa do RGPD e da lei nacional.
O Contabilista Certificado pode requerer ao justo impedimento, em situação de
infeção ou de isolamento profilático determinadas por autoridade de saúde.

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7- MORATÓRIA DE FINANCIAMENTOS
Consciente do impacto que o COVID-19 poderá ter e por forma a apoiar famílias
e empresas num contexto adverso de quebra acentuada de rendimentos o governo criou
medidas de moratória de créditos. Esta moratória destina-se a Particulares (empréstimos
para habitação própria permanente), Empresários em Nome Individual (ENI),
Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Pequenas e Médias Empresas
(PME), Associações sem fins lucrativos e outras empresas do setor não financeiro
(empréstimos contraídos e outras operações de crédito essenciais à empresa).
A moratória vigora por 6 meses até 30 de Setembro 2020 e durante este período
os contratos de crédito são suspensos, em contrapartida o prazo contratado do crédito
será estendido futuramente por mais 6 meses. Esta medida permite, no fundo, o
adiamento do pagamento das responsabilidades dos particulares ou entidades coletivas
perante as instituições financeiras durante este período, garantindo a continuidade do
financiamento às famílias e empresas.

7.1- Critérios de atribuição

Os particulares deverão ter residência em Portugal e a medida abrange os que


estão em isolamento profiláctico, doença, assistência a filhos ou netos, lay-off,
desempregados e trabalhadores das entidades cujo estabelecimento tenha sido alvo de
encerramento, decorrente do estado de emergência. Além disto os particulares devem
ter a situação regularizada junto da ACT e da segurança social não podendo ter dívidas
constituídas no mês de março 2020.

Não estão abrangidas empresas em que exista mora ou incumprimento de


prestações pecuniárias há mais de 90 dias junto das instituições.

7.2 – Adesão

Por forma a aderir a medida os particulares ou empresas deverão enviar uma


declaração de adesão por meios físicos ou eletrónicos á entidade financeira que
concedeu o crédito. Esta declaração terá que ser acompanhada de comprovativo da
situação regularizada junto da autoridade tributária e da segurança social. Após ter

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recebido essa declaração a instituição dispõe de um prazo de 5 dias úteis para aplicar a
moratória ou, caso seja negado o pedido, de 3 dias úteis para informar o cliente.

8- REGIME EXCECIONAL PARA SITUAÇÕES DE MORA NO PAGAMENTO


DAS RENDAS
Atendendo à situação epidemiológica provocada pelo novo coronavírus foram
criadas medidas de flexibilização do pagamento das rendas durante o período em que
vigore estado de emergência e no primeiro mês subsequente. Podemos destacar três
tipos de apoio a designar: apoio financeiro para os arrendatários, flexibilização do
pagamento das rendas com despenalização dos atrasos no pagamento e apoio financeiro
para os senhorios.

8.1 - Apoio financeiro para os arrendatários


Este apoio destina-se a arrendatários que, devido a quebra nos rendimentos, não
consigam pagar a renda. Podem aceder a um empréstimo sem juros concedido pelo
Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) para o pagamento das rendas
devidas. As condições de atribuição deste empréstimo são mais favoráveis quer em
termos de prazos de pagamento como do valor das prestações mensais a pagar.

8.2- Flexibilização do pagamento das rendas e despenalização dos atrasos no


pagamento
A flexibilização do pagamento das rendas e despenalização dos atrasos no
pagamento é uma medida importante que permite fazer face às dificuldades que podem
surgir devido a quebra nos rendimentos do agregado familiar do arrendatário. Não é
permitido o cancelamento dos contratos de arrendamento por atrasos no pagamento de
rendas durante o estado de emergência desde que os arrendatários efectuem o
pagamento das rendas em divida durante os 12 meses seguintes, em prestações mensais,
pagas junto com a renda normal de cada mês.

8.3 - Apoio financeiro para os senhorios


Do mesmo modo existem apoios financeiros para os senhorios com baixos
rendimentos e que tenham, comprovativamente, uma quebra de rendimentos
significativa devido ao não pagamento de rendas ao abrigo deste regime. Estes
senhorios, cujos arrendatários, não recorram ao empréstimo do IHRU, podem recorrer a

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um empréstimo sem juros concedido pelo IHRU por forma a compensar o valor da
renda mensal devida e não paga.

8.4 – Beneficiários
Podem beneficiar destas medidas famílias que comprovem uma quebra nos
rendimentos, decorrente do estado de emergência, e não consigam fazer face ao
pagamento das rendas. Além disto contempla ainda estudantes (e seus fiadores)
deslocados a residir a mais de 50 quilómetros de sua casa.
Por forma a beneficiar desta medida os arrendatários deverão comprovar a
existência de uma quebra superior a 20% nos rendimentos do agregado familiar face aos
rendimentos do mês anterior ou do período homólogo do ano anterior. Outro requisito,
cumulativo, é que o valor da renda deverá ter um peso superior a 35% dos seus
rendimentos. O arrendatário deverá, perante a impossibilidade de proceder com o
pagamento da renda, avisar o senhorio por escrito com uma antecedência mínima de 5
dias antes do vencimento da primeira renda em que pretendem beneficiar do regime.
No caso dos senhorios, por forma a beneficiarem das medidas de apoio, deverão
apresentar uma diminuição superior a 20% face aos rendimentos do mês anterior ou do
período homólogo do ano anterior reunindo prova de que essa quebra foi provocada
pelo não pagamento de rendas.

8.5 – Processo de adesão a medida


Para aceder ao empréstimo os que reúnem as condições supra mencionadas devem
proceder ao preenchimento de um requerimento disponível no Portal da Habitação 7. As
condições específicas do empréstimo e reembolso estão definidas num regulamento
elaborado pelo IHRU. A decisão do IHRU será comunicada através do endereço
eletrónico próprio, no prazo máximo de oito dias a contar da data de entrega de todos
elementos informativos e documentais necessários.

7 www.portaldahabitacao.pt

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CONCLUSÃO

Enquanto o mundo se encontra a lutar contra a pandemia da doença Covid-19, o


estado de cada país afetado luta para proteger os seus cidadãos de um modo frenético e
constante sempre com o objetivo de manter firme o seu país.
Deste modo, em Portugal, foram implementadas medidas de apoio a vários níveis
que visam salvaguardar os direitos e deveres do trabalhador bem como garantir as
condições mínimas de sobrevivência possíveis focado no bem estar do população.
Estas medidas, foram acionadas consoante as dificuldades que se faziam sentir de
forma a minimizar os seus efeitos negativos, sendo importante referir que a informação
adquirida sobre este tema se encontra em constante mudança, alteração e melhoria.
Assim, esperamos esclarecer as dúvidas mais comuns que surgem na população
nos momentos de maior necessidade, facilitando esta nova jornada que temos para
enfrentar mais uma crise económica e de saúde pública.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://covid19estamoson.gov.pt/medidas-de-apoio-emprego-empresas/

https://covid19.min-saude.pt

https://www.ecdc.europa.eu/en

https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019

https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-/search/131193441/details/normal?l=1

https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/131393119/details/maximized

https://covid19estamoson.gov.pt/estado-de-emergencia-nacional/medidas-economicas-
e-sociais/

https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-/search/131193441/details/normal?l=1

https://www.doutorfinancas.pt/simulador-salario-liquido-2020/

https://www.publico.pt/2020/04/06/economia/noticia/governo-alarga-apoio-recibos-
verdes-quebras-1911241

http://www.seg-social.pt/apoio-excecional-a-familia-para-trabalhadores-independentes-
e-do-servico-domestico

http://www.seg-social.pt/apoio-extraordinario-a-reducao-da-atividade-economica-de-
trabalhador-independente

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