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Resumo
Total Quality Control (TQC) ou Controle da Qualidade Total (CQT) fornece estruturas
e instrumentos para gerenciar a qualidade de modo que haja uma ênfase continua por todos
os setores de uma organização, a fim e assegurar a satisfação das partes envolvidas nos
negócios.
A proposta dos autores deste artigo é fazer uma pesquisa sobre TQC analisando seus
conceitos e suas metodologias e mostrar que a qualidade pode ser medida e gerenciada.
Desta forma, os programas de qualidade total podem apresentar principalmente no ponto de
vista econômico, os custos da não qualidade.
Neste trabalho acadêmico, será apresentado um case de uma microempresa, que atua
na distribuição de materiais odontológicos, onde foram observados os processos nos
departamentos, sendo necessário mensurar e avaliar os custos da não qualidade, para
assegurar que a empresa seja mais competitiva através de produtos e serviços de alta
qualidade.
Abstract
Total Quality Control (TQC) or Total Quality Control (TQC) provides structures and
tools to manage quality so that there is continued emphasis across all sectors of an
organization in order to ensure the satisfaction of the parties involved in the business. The
authors' proposal is to do a research on TQC by analyzing its concepts and methodologies
and showing that quality can be measured and managed. In this way, total quality programs
can present mainly from the economic point of view the costs of not quality. In this academic
paper, a case will be presented of a microenterprise, which acts in the distribution of dental
materials, where the processes were observed in the departments, being necessary to
measure and evaluate the costs of non-quality, to ensure that the company is more competitive
through products and high quality services.
Key Words: Total Quality Control; Quality management system; Quality Costs.
1. INTRODUÇÂO
É possível que não seja fundamentada uma definição única e exata de qualidade,
porém é importante o entendimento da de um sistema de gestão pela qualidade e seus custos
por todos os profissionais dentro do processo da empresa, independente do ramo que esta
organização atue. Segundo Juran (1995, p.2), os custos do baixo nível de qualidade são
imensos, de 20% a 40% do trabalho de uma empresa é gasto para refazer o que não foi feito
certo da primeira vez devido à má qualidade. É preciso analisar a qualidade não somente sob
a ótica técnica, mas deve ser vista como estratégia de negócio assim como política econômica
e social, como já defendia por Feigenbaum.
O objetivo principal deste artigo foi demonstrar a importância do conceito do Controle
da Qualidade Total e seus impactos. Os objetivos específicos foram: (a) definir os itens
relativos aos custos da qualidade; (b) mensurar os custos operacionais da qualidade total na
empresa analisada na pesquisa; (C) Verificar a relação dos custos operacionais da qualidade
em relação às vendas. Justifica-se o estudo devido à importância do tema gestão pela
qualidade total para as organizações da atualidade.
O presente estudo revisou inicialmente os conceitos da TQC, utilizando como
referencial teórico, o seu idealizador Armand Feigenbaum. Analisaram-se os dados coletados
da empresa e, por fim, encerrou-se o artigo com as conclusões e recomendações.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Dentre as várias definições existentes, Feigenbaum (1994, pg. 8) define que qualidade
é a combinação de características de produtos e serviços referentes a marketing,
engenharias, produção e manutenção, através das quais produtos e serviços em uso
corresponderão às expectativas do cliente. O conceito de qualidade, portanto não é novo, ele
tem mudado ao longo do tempo de acordo com as necessidades surgidas nos diferentes
períodos da história. No entanto, definir qualidade não fácil, os próprios teóricos da área
reconhecem esta dificuldade, uma vez que o termo qualidade pode assumir diversas
definições que são assumidas de acordo com a situação. Segundo Miranda (1994, p.5) as
organizações precisam gerar produtos e serviços em condições de satisfazer as demandas
dos usuários finais.
CUSTO DE CONTROLE
CUSTOS DA PREVENÇÃO
● Planejamento da qualidade;
● Controle do processo;
● Projeto e desenvolvimento de equipamento para informação sobre
qualidade;
● Treinamento e desenvolvimento da equipe;
● Verificação do projeto do produto;
● Desenvolvimento e gerenciamento de sistemas;
● Outros custos.
CUSTO DA AVALIAÇÃO
● Ensaio e inspeção dos materiais adquiridos;
● Ensaio de aceitação pelo Laboratório;
● Laboratórios externos (calibração);
● Inspeção e ensaios;
● Equipe;
● Tempo de preparação para ensaio e inspeção;
● Equipamentos, materiais e dispositivos para inspeção;
● Auditorias;
● Verificações externas;
● Revisão de projeto do produto;
● Inspeção final;
● Ensaio no campo.
A partir desse entendimento quanto aos itens que compõem os custos, é possível criar
um relatório capaz de fornecer informações que se ajustem a necessidade da organização, e
através dos resultados, analisar os custos comparando com bases relacionadas como, por
exemplo, o custo de falhas em relação à receita liquida, ou até mesmo o custo de falha externa
em relação ao custo operacional da qualidade. Feigenbaum (1994, pg. 166), reforça que se
podem fazer desdobramentos por linha de produto ou processo para identificar quais
necessitam maiores esforços globais para atingirem a qualidade satisfatória.
3. METODOLOGIA
O estudo foi realizado na Traumashop, empresa de pequeno porte, que conta com
cinco funcionários atuando em sua sede localizada em Porto Alegre que foi fundada em 2018,
por dois sócios que atuam há mais de 10 anos no ramo de distribuição e comercialização de
soluções tecnológicas e produtos odontológicos de qualidade. A empresa possui a
exclusividade de três grandes marcas de produtos odontológicos e se destaca principalmente
no estado do RS, entretanto, possui também participação no mercado brasileiro.
Relativamente nova, a empresa está passando por ajustes e melhorias, a fim de integralizar
os principais setores.
As informações fornecidas pela empresa são referentes aos custos operacionais nos
processos desenvolvidos nos departamentos através do levantamento da estrutura de custos,
conforme a tabela 1. para que seja realizado uma análise dos dados e dos itens que compõe
estes custos. Sabendo-se que os custos referentes à produção e a qualidade são estratégicos
para as empresas, em acordo com a empresa, serão utilizadas apenas as porcentagens em
relação ao custo do produto.
Tabela 1 - Custos Associados as Operações de Qualidade
Com base nas informações acima coletadas no mês da elaboração do artigo, verificou-
se que a empresa estudada fornece condições de se analisar os seus custos da qualidade
através dos custos de prevenção onde o custo mensal da licença de sistema ERP, somado
ao tempo que os funcionários dispendem para alimentação do sistema de gestão custou
9,93% sobre o faturamento. Os custos de avaliação onde as atividades práticas de inspeções
e auditorias são realizadas foram contabilizados conforme o tempo de execução das tarefas
pelos funcionários. Incluiu-se neste custo a operação de inventário dos estoques, pois, a
empresa entende que o inventário previne possíveis atrasos nas entregas, evitando
reclamações externas. Estes custos associados equivalem a 2,27%. Os custos de falha
interna apresentaram uma relação muito interessante, pois, apenas 0,26% do faturamento
equivalem a problemas resolvidos internamente. Da mesma forma os custos de falhas
externas também demonstraram índices bem baixos na casa dos 0,12%, em relação ao
faturamento.
Estes números obtidos demonstram o empenho da empresa em investir em recursos,
tempo e qualificações em conjunto com um bom sistema em funcionamento, planejando de
forma eficiente suas atividades através de procedimentos e registros, onde todo o empenho
despendido na preparação resulta em poucos ou até mesmo zero defeitos. Seus resultados
foram de encontro com o gráfico das inter-relações dos custos apresentados na figura 1, onde,
ficou evidente que quanto mais investimento em prevenção, menor os custos com falhas.
Acredita-se que se a empresa implantar um modelo estrutural utilizando-se o custeio baseado
em atividade (ABC) poderia ser adotado pela empresa para que os custos da qualidade
fossem contabilizados de forma mais clara e objetiva, onde cada atividade relativa aos custos
da qualidade poderia ser alocada dentro de sua classificação de custos da qualidade.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
MIRANDA, Roberto Lira. Qualidade total: rompendo as barreiras entre a teoria e a prática.
2 ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
FEIGENBAUM, A. Controle da qualidade total, v. 1. 1 ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
JURAN, J.M. Juran Planejando Para a Qualidade. 3.Edição. São Paulo: Pioneira, 1995.
DUARTE, Caludio C. dos S.; BARBALHO, Célia R. S., Custos da qualidade como
ferramenta competitiva: referenciais de um estudo de caso do setor eletro-eletrônico
do Pólo industrial de Manaus. Disponível em:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2003_tr0201_1004.pdf. Acesso em: 21 de março
de 2019.