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2012

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMÉRCIO E FINANÇAS

Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria I ano e I Semestre.Desciplina de Educação e


Saúde Pública; Docente: drª: Graciete Cobre Francisco

Evolução Histórica da Saúde Pública

O primeiro sistema de actuação de Saúde Pública, tinha uma forma de actuação sistemática
sobre a saúde na População que era apenas a forma eventual só actuavam em situação de
epidemia e endemias; só davam importância a economia. Em 1902 , começam lançar o
Programa de Saneamento do meio ambiente que é conjunto de medidas que visam a
preservação ou alteração das condições do meio , com o intuito prevenir a doença, prevenir a
Saúde da População e combater á Febre-amarela nas zonas Urbanas, onde tinham interesses
mercantis; as zonas onde não tinham interesses económicas ficavam abandonadas,

Nesse mesmo período é que se dá as primeiras medidas em nível para criação do sistema de
Saúde Pública, organizado por um médico Sanitarista, OSWALDO CRUZ; este: Organizou e
resolveu os problemas do sanitário; Implementou as Instituições Públicas de Higiene e Saúde;
Campanhas Sanitários para Combater as epidemias Urbanas e endemias rurais, Nesse altura as
campanhas de Saúde publica assemelhavam se as campanhas militares, os doentes com
doenças contagiosas, eram obrigados a ficarem fora do emprego, (como a Lepra, a
Tuberculose; Varíola SIDA ETC.)

Com esta Situação começou á haver revoltas a população se revoltou quando obrigavam
vacinar contra a varíola, Com as revoltas começaram a definir as áreas do governo na Saúde;
Saneamento Urbano e Rural; propaganda Sanitária Higiene Infantil Industrial Profissional; essas
acções eram feitas na colectividade por se chamaram de acções de Saúde Pública.Educação em
Saúde surge em 1925: quando os serviços Estaduais de Saúde Pública passaram a desenvolver
actividades inovadoras; a ideia era a desinfecção terminal da acção Sanitária como único órgão
local de Saúde Pública.

Quando a Organizaçã o Mundial de Saú de foi criada apó s o fim da Segunda Guerra Mundial
havia uma preocupaçã o em traçar uma definiçã o positiva de saú de, que incluiria fatores
como alimentação, atividade física, acesso ao sistema de saú de e etc. O "bem-estar social"
da definiçã o veio de uma preocupaçã o com a devastaçã o causada pela guerra, assim como
de um otimismo em relaçã o à paz mundial —
A OMS: foi a primeira organização internacional de saúde a considerar-se responsável
pela saúde mental, e saúde Pública

Conceito Saúde Pública é ciência e arte de Prevenir a doença prolongada a vida e


promover a saú de e eficiência física, mental através de esforços, organizados da
comunidade para saneamento do meio, o controlo das doenças infecto-contagioso; a
educaçã o do indivíduo, em princípios de higiene pessoal; a organizaçã o dos serviços
médicos e enfermagem para o diagnostico precoce e para o tratamento preventivo das
doenças e o desenvolvimento social que a segura a cada individuo da comunidade de um
padrã o de vida adequada a manutençã o da saú de.

Saúde Pública: É ciência de e a arte de promover a Saúde; Prevenir as doenças e prolongar a


vida das pessoas através dos esforços concentrados da Sociedade.

Objectivo de Saúde Pública é Melhorar o estado de Saúde; Aumento da Longevidade; Melhoria


da qualidade de vida da comunidade, através de estratégias de promoção da Saúde, prevenção
da doença e outras formas de intervenção em Saúde.

Curso de Saúde Pública precisa ter noções de Epidemiologia; Planeamento em Saúde; Saúde
Materno -infantil. Os conceitos são tantos, e tão variadas, somente poderemos discutir-los com
algum proveito dentro de um livro dedicado espeialemente ao assunto.

A Educação antes de dar conceito podemos fezer uma reflexão por exemplo: Pode haver
aprendizagem sem educação? Os investigadores fazem uma investigação exaustiva, que
descreve vários conceitos existentes em nossa cultura: (exp. ritos de iniciação o parto etc): Por
isso os conceitos de educação são tentos e variados.

“EDUCAÇÃO” é um processo através do qual os indivíduos adquirem domínio e compreensão


de certos conteúdos considerados Validos.

“Conteúdos” se refere a coisas tão diferentes uma da outra ex: habilidade de amarrar os
sábados, de escovar, cozinhar etc. “Adquirir domínio” Aprender alguém adquiriu domínio da
habilidade de calcular a área de um circulo quando aprende é capaz de (saber).

Conceito de Saúde e de Doença

A “Saúde” é ausência de doença e “Doença”, falta ou perturbação da Saúde.

Mas existem conceitos na área da clínica que são mais elaboradas. A Saúde é um completo
estado do bem- estarfísico, mental e social, e não meramente ausência de doença esta é a
definição clássica da Organização Mundial da Saúde (OMS), adoptada em sua Constituição de
1948. Este conceito.
Plano de desenvolvimento das potencialidades físicas mentais e sociais do homem
considerando as suas cargas géneticas e ambientais.

Multidisciplinaridade dos problemas de Saúde;


A preocupação com a saúde vem crescendo cada vez mais nos últimos anos. Isto porque
vivemos uma época em que há muita informação disponibilizada pela ciência e também uma
maior facilidade de acesso a essas informações por parte da população como um todo. Há
também um número crescente de profissionais envolvidos na saúde em todos os aspectos,
como médicos das mais diversas especialidades, farmacêuticos, enfermeiros, psicólogos,
nutricionistas, educadores físicos, fisioterapeutas e etc. É inserida neste contexto que está a
multidisciplinaridade.

-A multidisciplinaridade: é associação ou união do conhecimento de várias áreas ou matéria


preocupados com os problemas de Saúde da comunidede ou Saúde Pública é de fundamental
importância: que os profissionais da Educação Física, da Nutrição, Medicina, Fisioterapia e
Psicologia e todas Instituições estejam unidos em uma equipe multidisciplinar, a fim de somar
os seus conhecimentos em prol de um melhor resultado em relação a Saúde Pública
Como esso acontece: exemplo se estamos lidando com um atleta por exemplo, o

Ser multidisciplinar: na Saúde:é o envolvimento de mais membro em assuntos relacionados


com a medicina, onde devem também participar enfermeiros , advogados, Filosófos Psicologos
se possível os funcionários administrativos, e escolhidos com bom senso, respresentantes da
comunidade na qual funciona a Instituição e que, de certa forma; são porta-vozes informais de
pacientes

Educador Físico deve ajudar o atleta antes de ir ao campo pode atuar na elaboração dos seus
programas de treinamento, como pode correr como fazer os exercícios, isso ajuda na
prevenção de doenças. O Educador Físico atuaria ajudando na melhor escolha da atividade
física a ser executada e na elaboração de programas com intensidade e volume adequados a
cada objetivo.

O Nutricionista: deve se preocupar na elaboração dos seus planos alimentares, aconselhar que
comidas com muitas corduras fazem mal a saúde, dando informação a comunidade para
prestarem atenção na assistência os programas de televião, programas da rádio. Nutricionista
atuaria na elaboração de um plano alimentar que respeitasse as necessidades energéticas, a
realidade e os objetivos de cada indivíduo;

O Fisioterapeuta peocupado na elaboração do programa na recuperação e prevenção de


eventuais lesões, que aparecem. O Psicólogo deve se procupar na manutenção da saúde
mental do atleta e população em geral, em virtude da pressão das competições e da vida de
treinamento, exp: a pessoa pode perder uma competição psicologicamente dizer no meio
desses não ganhar. O psicólogo atuaria numa melhor aceitação da própria imagem corporal, a
questão da ditadura da beleza, aceitação de eventuais limite, motivação e etc.
O sociológico é para melhorar a compreensão da realidade social em nosso meio. As
ciências biomédicas, ecologia, demografia, epidemiologia, sociologia, psicologia, pedagogia,
antropologia, entre muitos outros que integram o amplo domínio da saúde pública.

Em 1962, , Diretor da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São


Paulo, criou uma Comissão mista de docentes Curso de Saúde Pública Seção de Educação
Sanitária e os Cursos de Pedagogia e de Ciências Sociai: sociologia para melhor
compreensão da realidade social em nosso meio. Da mesma forma, uma pessoa que busca a
prática de atividade física para fins de saúde ou até mesmo estéticos, também precisa ouvir
uma equipe de profissionais. O médico teria seu papel na avaliação da aptidão do indivíduo
para a prática de atividades físicas, assegurando que não há nenhum problema de saúde que
possa ser agravado com sua prática

Diante de tudo isto, é de fundamental importante que os profissionais de cada área da saúde
da Educação e tos as outra Instituições, contribuam na conscientização da população acerca da
importância da multidisciplinaridade, e que se unam, a fim de que, de uma vez por todas,
acabemos com rixas e picuinhas que só prejudicam a todos, sejam profissionais ou a população
como um todo

Obejectivo da Multidisciplinaridade

Investir na Saúde é investir nas pessoas, porque a saúde é um bem e um direito de todos os
cidadãos, constitui uma das políticas sociais que mais contribui para uma sociedade justa e
solidária, por isso, constitui uma das prioridades principais do Governo.
O essencial é que todos, sem excepção, tenham acesso aos melhores cuidados de saúde
pública sempre que necessitem.

O fundamental é garantir às pessoas um atendimento de qualidade, em tempo útil, com


eficácia e com humanidade.

Os problemas de Saúde em Moçambique; Demonstram que por um lado, a pobreza


está por detrás dos maiores problemas de saúde no país, por outro, indica que este sector
muito influi no desenvolvimento sócio-económico aos elevados custos implicados no combate
e prevenção de doenças como Malária, considerada a primeira causa de morte no país,

A Cólera, Tuberculose e HIV/SIDA que ainda continua a enfectar cerca de 500 pessoas por dia,
com uma taxa de seroprevalência a rondar os 16.2%, segundo dados do Instituto Nacional de
Estatística de 2005. Cigarro o álcool, o Sexo o consumo de trogas o desmprego são também
principais problemas de Saúde no Mundo, Moçambique e Lichinga em particular

O SONO : É do conhecimento geral que um sono inadequado causa distúrbios pessoais e tem vários
efeitos adversos na sociedade. A obesidade. antigo distúrbio metabólico para saúde Pública,, os obesos
deixaram de ser formosos e passaram a ser encarados como disformes, entrando em crises de tristeza,.
Esta doença, classificada como perturbação física, é bastante influenciada, na sua etiologia e evolução,
por questões psicológicas, daí que a abordagem desta temática se enquadre, com todo o sentido, nesta
tarefa académica.

Estudo realizado a nível mundial sobre a importância do sono e os seus distúrbios, veio
comprovar que a população mundial dorme menos, o que leva a um risco mais elevado dos
efeitos causados pela insuficiência do sono. Havendo necessidade de reeducar a população
para a importância do sono.Vários investigadores sustentam a ideia que este pode ser um dos
maiores problemas de saúde pública que afecta a população mundial .

Alguns governos e instituições começaram já a fazer esforços no sentido de combater este


problema. Várias campanhas de prevenção foram já levadas a cabo, de modo a sensibilizar e
procurar reeducar especialmente a população mais nova para os problemas relacionados com
os maus háitos do sono
Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença
em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser
maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a
dengue é tratada como surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões
específicas (um bairro, por exemplo).
Epidemia: a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões.
Uma epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma
doença, a epidemia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a
epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país. Exemplo:
no dia 24 de fevereiro, vinte cidades haviam decretado epidemia de dengue. 
Pandemia: em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela
acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta. Em 2009,
a gripe A (ou gripe suína) passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou
a registrar casos nos seis continentes do mundo.  A aids, apesar de estar diminuindo
no mundo, também é considerada uma pandemia. 
Endemia: a endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é
classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita
frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por
exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do 

 Uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita
frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é
considerada uma doença endêmica da região Norte do Brasil.
07/03/2017

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMÉRCIO E FINANÇAS

Organizações Transnacionais
Empresas que possuem matriz em seu país de origem e atuam em outros
países através da instalação de filiais. O termo transnacional substitui o termo
multinacional, são organizacoes que pertencm a várias nações, já o primeiro
relaciona-se ao fato de a empresa ultrapassar os limites territoriais de sua nação
para atuar no mercado exterior.

As primeiras empresas transnacionais surgiram no final do século XIX, entretanto,


só atingiram o auge de atuação mundial após a Segunda Guerra Mundial. A maior
parte das empresas transnacionais é de origem de países industrializados,
que após terem conquistado o mercado interno montaram filiais em outros países,
principalmente nos países em desenvolvimento.

Para os países em desenvolvimento, a instalação dessas empresas em seu


território é um fator positivo, pois gera novos postos de trabalho, além de
promover a industrialização na região.

Por sua vez, as transnacionais utilizam como critérios para montar suas filiais, locais
com potencial de mercado consumidor, infraestrutura, matéria-prima, energia e mão
de obra barata, além de possíveis doações de terrenos e isenções de impostos.

Organizações Transnacionais
Na Saúde Pública como sabe existem organizações preocupados com a saúde da
população

1) A (OMS) uma organização das Nações Unidas com deveres Institucionais á


promoção da Saúde, e das condições Sócio económicas necessárias
adequadas aos direitos fundamentais da assistência médicas; sobre tudo nos
Países em desenvolvimento.
2) FAO: organização para alimentação e agricultura que actua nos desastres e que
tém influencia sobre alimentação.
3) UNEP: Programa das Nações Unidas para o meio Ambiente no caso de
desastres ambientais
4) UNHCR: Alto comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e Migrações
de Massa.
5) UNICEF: Fundo das Nações Unidas de Socorros a Infância.
6) A CVM:
7) AS CARITAS DA IGREJA CATÓLICA (
8) FHI: Uma organização; virada a prevenção das doenças; Formação de pessoal
da Saúde.

Doenças Transmissíveis é a doença causada por agente especifico ( ou por seus


produtos metabolismo que resultam da transformação do agente ( ou seus produtos)
de forma directa ou indirecta saem de um reservatório para um hospedeiro
susceptível

Endémia: presença constante de uma doença ou um infeccioso em determinada área


geográfica: Prevalência usual de determinada doença, nesta área.

Epidemia: é a ocorrência numa comunidade ou região de casos de mesmo doença, em


número que ultrapassa

07/03/2017

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMÉRCIO E FINANÇAS

II

DETERMINANTES DA SAÚDE:

Determinantes da Saúde: são os factores que contribuem positiva ou negativamente na Saúde


Pública.

O determinante é uma palavra que se coloca antes do nome e que serve para
fornecer informações individualizadas sobre os seres referenciados. Os
determinantes concordam em género e em número com o nome.

    Os determinantes permitem distinguir o masculino do feminino e o singular do


plural em nomes que não têm marca de género ou de número.

Existem vários determinantes, gerais de Saude Pública que contibuim positivamento ou


negavativamente na Saúde Pública iremos destacar alguns factores para o nosso estudo, são
eles:

1.Factores Ambientais; é tudo que rodeia o homem ao longo da sua existência,


referimonos, ambiente físico é o fator mais importante que deve ser considerado na
classificação do estado de saúde de um indivíduo.
Factores économicos; Factores Politicos; Factores Educacionais; Factores Comportamentais,

Fatores Geneticos.

Factor Ambiente: é tudo que rodeia o homem ao longo da sua existência, referimonos,
ambiente físico é o fator mais importante que deve ser considerado na classificação
do estado de saúde de um indivíduo.

O ambiente físicoe inclui: o ár limpo, abastecimento água, e saneamento do


mio casas comunidade, estradas seguras, condições de habitação, urbanização
todos contribuindo para a boa Saúde da comunidade.

Abastecimento de Água e saneamento do meio um dos principais factores


ambientais que afectam a saúde; é a qualidade da água, especialmente para a
saúde das crianças em Paises em desenvolvimento como o nosso caso. Sabe se
que sem o saneamento básico, dos sistemas de Água de esgotos sanitários e de
Limpeza, urbana Pública, a Saúde Pública fica completamente prejudicada. Sem
sensiblização.

Para os Paises Desenvolvidos existe um problema do ambiente natural que A


falta de espaços de Lazer no Bairro conduz a níveis mais baixos de satisfação
nesse bairro provocando a obesidade e, portanto, menor bem-estar geral. Por
isso, os benefícios psicológicos positivos do espaço natural em aglomerações
urbanas devem ser levados em conta nas políticas pública e o uso de terra.

Condições do habitante humano: Saneamento do meio ambiente; sistema de


evacuação de dejectos humanos; remoção de lixo, luta contra os insectos e outros
vectores dos agentes de doenças, grau de convivência com animais etc.Grau de
poluição do ar; da água e do solo, higiene escolar; higiene e segurança no trabalho)
2.Factores Socioculturais: A percepção de saúde varia muito entre as diferentes culturas,
sociedades, assim quanto as crenças sobre o que traz ou retira a saúde, na comunidade. por
isso constituim um dos factores que determina a Saúde Pública.

Para os Paises Desenvolvidos assim como não desenvolvimento existe um problema de falta de
compreensão, com a senciblização da Saúde; Por exemplo:Existe certa cultura em que se um
irmão mas velho perde a vida o mas novo deve casar se com a esposa do irmão, isso pode
afectar negativamente por que não sabem o que matou o irmão.Alguns não aceitam o uso de
percervativo; poligamos etc:

3.Factores économicos; Factores Socio-Económico; são factores essenciais na determinação do


estado de saúde dos indivíduos dado o facto de que altos níveis educacionais estão
relacionados com un alto padrão de vida, bem como maior renda.Geralmente as pessoas que
terminam o nível superior têm maior propablidade de conseguir emprega melhor e, portanto,
são menos propensas ao estresse em comparação com o indivíduio com baixa
escolaridade.Financiadores e controlar a pesquisa suscitando com a educação Sanitária a
responsabilidade de todos os cidadãos e dos próprios profissionais da Saúde a preocupação
está no Lugro ( as farmácias privadas )Exemplo: As pessoas com um nível économico ele tem
muita propablidade de ter menos dificuldades em encontrar melhores medicamentos em
casos de Saúde, melhor alimentação adequada com vitaminas em relação aos indivíduos com
baixo nível económico

4.Factores Educacionais: A Educação é factor essenciais na determinação do estado de saúde


dos indivíduos dado o facto de que altos níveis educacionais estão relacionados com un alto
padrão de vida, bem como maior renda. Geralmente, as pessoas que terminam o ensino
superior têm maior probabilidade de conseguir um emprego melhor e, portanto, são menos
propensas ao estresse em comparação com indivíduos com baixa escolaridade. Pessoas com
alto nível de escolaridade, fica mais informado atravé de jornais Televisão Rádio, compreende
porque há preocupação na Saúde da comunidade.

5.Factores Politicos: Investir na Saúde é investir nas pessoas, porque a saúde é um bem e um
direito de todos os cidadãos, constitui uma das políticas sociais que mais contribui para uma
sociedade justa e solidária, por isso, constitui uma das prioridades principais do Governo.
O essencial é que todos, sem excepção, tenham acesso aos melhores cuidados de
saúde sempre que deles necessitem, mas o fundamental é garantir às pessoas um
atendimento de qualidade, em tempo útil, com eficácia e com humanidade

O panorama geral do sector de saúde em Moçambique demonstra que por um lado, a


pobreza está por detrás dos maiores problemas de saúde no país, por outro, indica que este
sector muito influi no desenvolvimento sócio-económico de Moçambique devido aos elevados
custos implicados no combate e prevenção de doenças como Malária, considerada a primeira
causa de morte no país, Cólera, Tuberculose e HIV/SIDA que se estima esteja infectando cerca
de 500 pessoas por dia, com uma taxa de seroprevalência a rondar os 16.2%, segundo dados do
Instituto Nacional de Estatística de 2005

A população moçambicana não tem dinhero suficiente para poder pagar serviço
sanitário.Tenho acompanhado que a maioria dos jovens moçambicanos não gozam da vida
como a natureza manda, muitos jonvens perdem a vida num minuto por falta de bem estar. A
população muçambicana sofrem do clima insuportavel, pessos doentes passam bastante mal de
calor que não chegam a sobreviver, muitas quexas de produtos carros de onde não dinhero
para comprar, há falta de medicamentos.

5.Factores Comportamentais: Tem a ver com o comportamento individual da pessoa; existem


alguns indivíduos com doenças transmissíveis que não informam o seu parceiro acabam
condameinanto.O consumo de drogas; é um comportamento individual; a aplicação de silectina
para aumento do peito, nadigas etc.Cigarros o individuo faz conscientemente porque sabe
quais as consequências que viram. Bebidas alcoólicas de uma forma exagerada.

6.Fatores Geneticos.O factor genético: tem haver com a hereditariedade que é uma
característica biológica ou herdado é influenciada pelo meio onde vive. A individualidade é o
resultado de características biológicas ou herdadas (hereditárias) e é ainda influenciada pelo
meio ambiente onde vivem. Na realidade o que faz uma pessoa ser aquilo que é resulta da
combinação dos fatores herdados e do seu meio ambiente. Características herdadas: Fatores
relacionados com a aparência física são geralmente considerados herdados. Pode-se Herdar, a
diabetes Hipertensão.Todos estes elementos são importantes para a Saúde da comunidade,
qualquer que seja o grau de desenvolvimento da sociedade e são determinantes do padrão de
doenças dessa comunidade.

"Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para


assegurar a sua saúde, o seu bem-estar e o de sua família,
especialmente para a alimentação, o vestuário, a moradia, a
assistência médica e para os serviços sociais necessários". (artigo 25
da Declaração Universal dos Direitos do Homem)

Conceito Ampliado de Saúde


A saúde é resultante das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade,
acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. O conceito
ampliado de saúde diz respeito à qualidade de vida, não só à ausência
Quem tem direito à saúde no nosso país e onde isso está
previsto?
O artigo 196, da Constituição da República estabelece que: “A
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação”.

A prevenção e a manutenção da saúde do idoso se dá, além do auto cuidado, através de


atendimento em ambulatórios, unidades geriátricas de referência, pessoal especializado,
atendimento domiciliar e até internação, se necessário, além de reabilitação.

Há também a previsão específica de fornecimento gratuito de medicamentos, próteses,


órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. O idoso também
sempre terá direito a acompanhante em caso de internação ou em observação,
segundo o critério médico.

As condições econômicas e sociais influenciam decisivamente as condições de saúde de pessoas e


populações. A maior parte da carga das doenças — assim como as iniquidades em saúde, que existem
em todos os países — acontece por conta das condições em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e
envelhecem. Esse conjunto é denominado “determinantes sociais da saúde”, um termo que resume os
determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais da saúde

Portanto, adotar a abordagem dos determinantes sociais significa


compreender o valor que a saúde tem para a sociedade e admitir que ela depende de
ações que, muitas vezes, não têm relação com o setor Saúde.

Sobre Determinantes da Saúde1

Os factores que influenciam, isto é, que afectam ou determinam a saúde dos cidadãos e dos
povos têm sido ultimamente analisados por diferentes Escolas e instituições, nomeadamente
pela Comissão Europeia. São, em regra, designados, simplesmente, por determinantes da
saúde. Estima-se que 70% dos determinantes estejam fora do sector da saúde, o que implica
que sejam tidos em consideração nos planos e programas que visam a obtenção de mais
ganhos em saúde. Para facilitar a compreensão dos determinantes da saúde tem sido frequente
agrupá- los nas seguintes categorias: fixos ou biológicos (idade, sexo, factores genéticos);

sociais e económicos (pobreza, emprego, posição socioeconómica, exclusão social);

ambientais (habitat, qualidade do ar, qualidade da água, ambiente social);


estilos de vida (alimentação, atividade física, tabagismo, álcool, comportamento sexual);

acesso aos serviços (educação, saúde, serviços sociais, transportes, lazer).

Todos os determinantes mencionados influenciam, num ou noutro sentido, o estado de saúde


individual, familiar ou comunitário.

Se é certo que o sentido dessa influência é compreensível, já tem sido difícil ponderar o peso
específico de cada um deles.

Ao contrário do que muitos acreditavam, há, hoje, a tendência para valorizar o próprio sistema
de saúde naquele conjunto.

De entre os determinantes da saúde, os estilos de vida saudáveis ocupam um lugar de relevo


pela aparente facilidade que apresentam na obtenção de mais ganhos em saúde.

Em 2004, a Organização Mundial da Saúde, no seguimento de iniciativas anteriores, propôs


uma estratégia global para a alimentação, o exercício físico e a saúde, reconhecendo que as
doenças crónicas não transmissíveis representavam 60% de todas as causas de morte e que
eram geradoras de 47% dos encargos gerais com a saúde.

Situação que, no entanto, exibe uma preocupante tendência para se acentuar, na medida em
que no ano 2020 estima-se que aquelas percentagens subam, respectivamente, para 73% e
60%.

Ainda no contexto do sistema das Nações Unidas (OMS e ONU, em particular), mais
recentemente, foi dado um novo impulso aos programas que têm por objectivo controlar a
curva epidémica traduzida pelos aumentos constantes de incidência e prevalência de doenças
crónicas não transmissíveis (NCDs, na sigla inglesa) como a diabetes, as doenças
cerebrocardiovasculares, o cancro e as doenças respiratórias crónicas, entre outras. 1 Texto
adaptado e resumido baseado num capítulo da publicação intitulada “Histórias de Saúde
Pública” escrito pelo Autor e editado pelos Livros Horizonte (2004). 2 Em Portugal, em 2010, os
subscritores da Declaração para uma Vida Melhor enumeram seis prioridades inadiáveis na
perspectiva da prevenção e controlo das doenças crónicas:
o acesso aos serviços, a literacia, a alimentação, o exercício físico, bem como a redução do
tabagismo e a diminuição do consumo de álcool.

A má alimentação e a inactividade física explicam, em grande parte, aquela tendência


crescente, uma vez que estão, comprovadamente, relacionadas com o aumento dessas doenças
e que estão, igualmente, na origem de incapacidades e de mortes prematuras evitáveis.

Muitas têm como denominador comum o facto de estarem associadas a comportamentos.


Constituem graves problemas de saúde pública. São as principais causas de morte prematura –
morte “antes do tempo”, isto é, antes dos 70 anos de idade. Uma vez que há, agora, evidência
sobre as relações causa-efeito daqueles factores de risco e das doenças crónicas assinaladas, é
preciso, rapidamente, desenvolver a área da prevenção na perspectiva de impedir cenários
futuros ainda mais graves. Insiste-se na necessidade em mudar a alimentação no sentido da
promoção da saúde e da prevenção das doenças. Essas mudanças implicam, essencialmente,
assegurar o balanço energético e peso do corpo equilibrados, limitar o consumo de gorduras,
dando preferência às insaturadas, aumentar o consumo de fibras (vegetais e frutas), reduzir os
açúcares e o sal. Sobre a

DETERMINANTES SOCIAIS;

SAÚDE; Educação ; Saneamento


Básico; Transporte; Acesso aos bens e serviços de Acesso aos bens e
serviços de Saúde; Alimentação; Renda; Trabalho; Lazer; Atividade e Física

Doenças Transmissíveis é a doença causada por agente especifico ( ou por seus produtos
metabolismo que resultam da transformação do agente ( ou seus produtos) de forma directa
ou indirecta saem de um reservatório para um hospedeiro susceptível

Endémia: presença constante de uma doença ou um infeccioso em determinada área


geográfica: Prevalência usual de determinada doença, nesta área.

Epidemia: é a ocorrência numa comunidade ou região de casos de mesmo doença, em número


que ultrapassa
"Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para
assegurar a sua saúde, o seu bem-estar e o de sua família,
especialmente para a alimentação, o vestuário, a moradia, a
assistência médica e para os serviços sociais necessários". (artigo 25
da Declaração Universal dos Direitos do Homem)

Conceito Ampliado de Saúde


A saúde é resultante das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade,
acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. O conceito
ampliado de saúde diz respeito à qualidade de vida, não só à ausência

Quem tem direito à saúde no nosso país e onde isso está


previsto?
O artigo 196, da Constituição da República estabelece que: “A
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação”.

A prevenção e a manutenção da saúde do idoso se dá, além do auto cuidado, através de


atendimento em ambulatórios, unidades geriátricas de referência, pessoal especializado,
atendimento domiciliar e até internação, se necessário, além de reabilitação.

Há também a previsão específica de fornecimento gratuito de medicamentos, próteses,


órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. O idoso também
sempre terá direito a acompanhante em caso de internação ou em observação,
segundo o critério médico.

As condições econômicas e sociais influenciam decisivamente as condições de saúde de pessoas


e populações. A maior parte da carga das doenças — assim como as iniquidades em saúde, que
existem em todos os países — acontece por conta das condições em que as pessoas nascem,
vivem, trabalham e envelhecem. Esse conjunto é denominado “determinantes sociais da
saúde”, um termo que resume os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e
ambientais da saúde

Portanto, adotar a abordagem dos determinantes sociais significa


compreender o valor que a saúde tem para a sociedade e admitir que ela depende de
ações que, muitas vezes, não têm relação com o setor Saúde.

Sobre Determinantes da Saúde1


Os factores que influenciam, isto é, que afectam ou determinam a saúde dos cidadãos e dos
povos têm sido ultimamente analisados por diferentes Escolas e instituições, nomeadamente
pela Comissão Europeia. São, em regra, designados, simplesmente, por determinantes da
saúde. Estima-se que 70% dos determinantes estejam fora do sector da saúde, o que implica
que sejam tidos em consideração nos planos e programas que visam a obtenção de mais
ganhos em saúde. Para facilitar a compreensão dos determinantes da saúde tem sido frequente
agrupá- los nas seguintes categorias: fixos ou biológicos (idade, sexo, factores genéticos);

sociais e económicos (pobreza, emprego, posição socioeconómica, exclusão social);

ambientais (habitat, qualidade do ar, qualidade da água, ambiente social);

estilos de vida (alimentação, atividade física, tabagismo, álcool, comportamento sexual);

acesso aos serviços (educação, saúde, serviços sociais, transportes, lazer).

Todos os determinantes mencionados influenciam, num ou noutro sentido, o estado de saúde


individual, familiar ou comunitário.

Se é certo que o sentido dessa influência é compreensível, já tem sido difícil ponderar o peso
específico de cada um deles.

Ao contrário do que muitos acreditavam, há, hoje, a tendência para valorizar o próprio sistema
de saúde naquele conjunto.

De entre os determinantes da saúde, os estilos de vida saudáveis ocupam um lugar de relevo


pela aparente facilidade que apresentam na obtenção de mais ganhos em saúde.

Em 2004, a Organização Mundial da Saúde, no seguimento de iniciativas anteriores, propôs


uma estratégia global para a alimentação, o exercício físico e a saúde, reconhecendo que as
doenças crónicas não transmissíveis representavam 60% de todas as causas de morte e que
eram geradoras de 47% dos encargos gerais com a saúde.
Situação que, no entanto, exibe uma preocupante tendência para se acentuar, na medida em
que no ano 2020 estima-se que aquelas percentagens subam, respectivamente, para 73% e
60%.

Ainda no contexto do sistema das Nações Unidas (OMS e ONU, em particular), mais
recentemente, foi dado um novo impulso aos programas que têm por objectivo controlar a
curva epidémica traduzida pelos aumentos constantes de incidência e prevalência de doenças
crónicas não transmissíveis (NCDs, na sigla inglesa) como a diabetes, as doenças
cerebrocardiovasculares, o cancro e as doenças respiratórias crónicas, entre outras. 1 Texto
adaptado e resumido baseado num capítulo da publicação intitulada “Histórias de Saúde
Pública” escrito pelo Autor e editado pelos Livros Horizonte (2004). 2 Em Portugal, em 2010, os
subscritores da Declaração para uma Vida Melhor enumeram seis prioridades inadiáveis na
perspectiva da prevenção e controlo das doenças crónicas:

o acesso aos serviços, a literacia, a alimentação, o exercício físico, bem como a redução do
tabagismo e a diminuição do consumo de álcool.

A má alimentação e a inactividade física explicam, em grande parte, aquela tendência


crescente, uma vez que estão, comprovadamente, relacionadas com o aumento dessas doenças
e que estão, igualmente, na origem de incapacidades e de mortes prematuras evitáveis.

Muitas têm como denominador comum o facto de estarem associadas a comportamentos.


Constituem graves problemas de saúde pública. São as principais causas de morte prematura –
morte “antes do tempo”, isto é, antes dos 70 anos de idade. Uma vez que há, agora, evidência
sobre as relações causa-efeito daqueles factores de risco e das doenças crónicas assinaladas, é
preciso, rapidamente, desenvolver a área da prevenção na perspectiva de impedir cenários
futuros ainda mais graves. Insiste-se na necessidade em mudar a alimentação no sentido da
promoção da saúde e da prevenção das doenças. Essas mudanças implicam, essencialmente,
assegurar o balanço energético e peso do corpo equilibrados, limitar o consumo de gorduras,
dando preferência às insaturadas, aumentar o consumo de fibras (vegetais e frutas), reduzir os
açúcares e o sal. Sobre a
Conceito Ampliado de Saúde
A saúde é resultante das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade,
acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. O conceito
ampliado de saúde diz respeito à qualidade de vida, não só à ausência

Quem tem direito à saúde no nosso país e onde isso está


previsto?
O artigo 196, da Constituição da República estabelece que: “A
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação”.

Apanhado do dia 15 de Marco 2017

O conceito de Promoção de Saúde proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS)


desde a Conferência de Ottawa, em 1986, é visto como o princípio orientador das ações de
saúde em todo o mundo. Assim sendo, parte-se do pressuposto de que um dos mais
importantes fatores determinantes da saúde são as condições ambientais (BRASIL, 2006).

Conceitos básicos de higiene


Higiene pessoal
1. Lavar sempre as mãos com água corrente e sabão (ou cinzas): antes de comer, de preparar
alimentos e de dar comida às crianças; bem como depois de utilizar a latrina, de defecar ou de
limpar o rabo duma criança. Não basta passar os dedos por água
– é necessário esfregar as duas mãos com sabão ou com cinza. A falta de sabão não deve ser
obstáculo para não lavar as mãos, porque muitas vezes há soluções locais
ou tradicionais que são boas alternativas.

Ambiente saudável
Garantir e manter a higiene pessoal, da casa, dos alimentos e da água são medidas
fundamentais para a prevenção de doenças no seio da família. Mas, para que haja boa saúde
numa comunidade, é necessário garantir que esta viva num ambiente saudável.
As fezes humanas, o lixo doméstico e a água estagnada facilitam o crescimento
de insectos e outros transmissores de doenças.
Para garantir um ambiente saudável é necessário organizar medidas de saneamento básico no
seio da comunidade. Por outro lado, é necessário garantir que o ambiente não fi que poluído
por produtos químicos ou pesticidas tóxicos.

A prevenção e a manutenção da saúde do idoso se dá, além do auto cuidado, através de


atendimento em ambulatórios, unidades geriátricas de referência, pessoal especializado,
atendimento domiciliar e até internação, se necessário, além de reabilitação.

Há também a previsão específica de fornecimento gratuito de medicamentos, próteses,


órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. O idoso também
sempre terá direito a acompanhante em caso de internação ou em observação,
segundo o critério médico.

As condições econômicas e sociais influenciam decisivamente as condições de saúde de


pessoas e populações. A maior parte da carga das doenças — assim como as iniquidades em
saúde, que existem em todos os países — acontece por conta das condições em que as pessoas
nascem, vivem, trabalham e envelhecem. Esse conjunto é denominado “determinantes sociais
da saúde”, um termo que resume os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e
ambientais da saúde

Portanto, adotar a abordagem dos determinantes sociais significa


compreender o valor que a saúde tem para a sociedade e admitir que ela depende de
ações que, muitas vezes, não têm relação com o setor Saúde.

Sobre Determinantes da Saúde1


Os factores que influenciam, isto é, que afectam ou determinam a saúde dos cidadãos e dos
povos têm sido ultimamente analisados por diferentes Escolas e instituições, nomeadamente
pela Comissão Europeia. São, em regra, designados, simplesmente, por determinantes da
saúde. Estima-se que 70% dos determinantes estejam fora do sector da saúde, o que implica
que sejam tidos em consideração nos planos e programas que visam a obtenção de mais
ganhos em saúde. Para facilitar a compreensão dos determinantes da saúde tem sido frequente
agrupá- los nas seguintes categorias: fixos ou biológicos (idade, sexo, factores genéticos);

sociais e económicos (pobreza, emprego, posição socioeconómica, exclusão social);

ambientais (habitat, qualidade do ar, qualidade da água, ambiente social);

estilos de vida (alimentação, atividade física, tabagismo, álcool, comportamento sexual);

acesso aos serviços (educação, saúde, serviços sociais, transportes, lazer).

Todos os determinantes mencionados influenciam, num ou noutro sentido, o estado de saúde


individual, familiar ou comunitário.

Se é certo que o sentido dessa influência é compreensível, já tem sido difícil ponderar o peso
específico de cada um deles.

Ao contrário do que muitos acreditavam, há, hoje, a tendência para valorizar o próprio sistema
de saúde naquele conjunto.

De entre os determinantes da saúde, os estilos de vida saudáveis ocupam um lugar de relevo


pela aparente facilidade que apresentam na obtenção de mais ganhos em saúde.

Em 2004, a Organização Mundial da Saúde, no seguimento de iniciativas anteriores, propôs


uma estratégia global para a alimentação, o exercício físico e a saúde, reconhecendo que as
doenças crónicas não transmissíveis representavam 60% de todas as causas de morte e que
eram geradoras de 47% dos encargos gerais com a saúde.
Situação que, no entanto, exibe uma preocupante tendência para se acentuar, na medida em
que no ano 2020 estima-se que aquelas percentagens subam, respectivamente, para 73% e
60%.

Ainda no contexto do sistema das Nações Unidas (OMS e ONU, em particular), mais
recentemente, foi dado um novo impulso aos programas que têm por objectivo controlar a
curva epidémica traduzida pelos aumentos constantes de incidência e prevalência de doenças
crónicas não transmissíveis (NCDs, na sigla inglesa) como a diabetes, as doenças
cerebrocardiovasculares, o cancro e as doenças respiratórias crónicas, entre outras. 1 Texto
adaptado e resumido baseado num capítulo da publicação intitulada “Histórias de Saúde
Pública” escrito pelo Autor e editado pelos Livros Horizonte (2004). 2 Em Portugal, em 2010, os
subscritores da Declaração para uma Vida Melhor enumeram seis prioridades inadiáveis na
perspectiva da prevenção e controlo das doenças crónicas:

o acesso aos serviços, a literacia, a alimentação, o exercício físico, bem como a redução do
tabagismo e a diminuição do consumo de álcool.

A má alimentação e a inactividade física explicam, em grande parte, aquela tendência


crescente, uma vez que estão, comprovadamente, relacionadas com o aumento dessas doenças
e que estão, igualmente, na origem de incapacidades e de mortes prematuras evitáveis.

Muitas têm como denominador comum o facto de estarem associadas a comportamentos.


Constituem graves problemas de saúde pública. São as principais causas de morte prematura –
morte “antes do tempo”, isto é, antes dos 70 anos de idade. Uma vez que há, agora, evidência
sobre as relações causa-efeito daqueles factores de risco e das doenças crónicas assinaladas, é
preciso, rapidamente, desenvolver a área da prevenção na perspectiva de impedir cenários
futuros ainda mais graves. Insiste-se na necessidade em mudar a alimentação no sentido da
promoçã o da saú de e da prevençã o das doenças. Essas mudanças implicam,
essencialmente, assegurar o balanço energético e peso do corpo equilibrados, limitar o
consumo de gorduras, dando preferência à s insaturadas, aumentar o consumo de fibras
(vegetais e frutas), reduzir os açú cares e o sal. Sobre a
DETERMINANTES SOCIAIS;

SAÚDE; Educaçã o ; Saneamento


Bá sico; Transporte; Acesso aos bens e serviços de Acesso aos bens e
serviços de Saú de; Alimentaçã o; Renda; Trabalho; Lazer; Atividade e Física

Trtabalhos de Grupos
I GRUPO

Noções Gerais de Epidemiologia (origem Historial)

-Conceito de Epidemiologia, Objectivos do estudo da epidemiologia e fundamentos da


epidemiologia

II GRUPO: Princípais Variáveis da Epidemiologia; Caracteristicas dos Variavis de


epidemiologia; Tipos de Estrudos de Epidemiologia

III GRUPO: Medidas de Frequencias das Doenças Epidemiologia das Doenças


Transmissiveis (Cadeias de Infecção)

IV GRUPO: Interacção agente Etiologico-hospedeiro; prevenção da doenças


transmissíveis (programa nacional alargada de vacinação)

V GRUPO: Epidemiologia das doenças não transmissíveis Principais patologias e medidas de


prevenção Política Nacional de Saúde :Problemas de Saúde em Moçambique.

É o HIV-SIDA; Tabaco; Malária; Diarreia; Cólera; Cancoro e outros, e as possíveis Soluções para
prevenção: Deve se fazer Palestras na comunidade; Campanhas de Saneamentos do
meio; métodos anti-conceptivos; Higiene alimentar e outra.
Pela primeira vez em 1979, com uma proposta de reorganização do sistema Único de Saúde,
contemplava diversos conceitos oriundos de experiências bem sucedidas em outros países,
como a universalidade do directo á Saúde, racionalização e integridade dasacções,
democratização e participação popular, bem como experiências de atenção primária e extensão
de cobertura desenvolvida no país, como o programa de interiorização das acções da aúde e
saneamento.

09/03/2017

Sistemas de Saude III

Conceitos de sistemas: é conjunto de Príncipios que formam uma doutrina são uma regra; e o
resultado de condicionantes Historicos e decisões políticas do passado e do presente é parte
integrante da organização de um Pais; é a forma de organização reflecte o nível, o modo de
vida e a organização global da sociedade.

No mundo actual, encontramo-se regiões em que eles são totalmente mantidos pelo Estado;
como o caso de Moçambique e outras, nas quais a iniciativa privada tem o píncipial papel.

Entre esses dois extremos, há regimes mistos; apresentando combinações diversas entre
estabelicimentos públicas e particulares, onde muitas formas de seguro social são encontradas
são eles os sistemas:

Sistemas de saúde; são construções sociais cujo objetivo é garantir meios adequados para que
os indivíduos façam f t ren eariscos soci i a s, como o de adoecer e necessitar de assistência,
para os quais, por meios próprios, não teriam condições de prover. Desta forma, os sistemas
de saúde têm como compromisso primordial garantir o acesso aos bens e serviços disponíveis
em cada sociedade para a manutenção e a recuperação da saúde dos indivíduos.

FINANCIAMENTO Os sistemas de saúde são financiados exclusivamente por recursos públicos


(impostos)ou fundos privados (desembolso direto, co-pagamento) e, alternativamente, por um
mix destas fontes.

QUAIS OS COMPONENTES DE UM SISTEMA DE SAÚDE?


COMPONENTES: Os sistemas de saúde são compostos de estruturas com atividades bastante
distintas, porém conexas, que podem ser classificadas em dois grandes grupos os: as estruturas
assistenciais e as de função do Sistema.

ASSISTENCIAIS: rede de serviços (hospitais, ambulatórios, consultórios, laboratórios clínicos e


radiológicos) e pessoal de saúde (profissionais e técnicos com formação específica em saúde e
Trabalhadores em saúde) – Função de produzir serviços de saúde.

FUNÇÕES: sistemas de planejamento, informação, controle e avaliação. Actividade de


organização e regulação do funcionamento do sistema.

COMO FUNCIONAM OS SISTEMAS DE SAÚDE?

FUNCIONAMENTO A noção de sistema de saúde exige organização dos componentes, tendo


como elemento direcionador a integração ou articulação das unidades. A organização implica
diminuição do grau de entropia intra e interunidades, acarretando diminuição no grau de
liberdade de instituições, profissionais e usuários. Instituições: escolha do perfil de
procedimentos a realizar; Profissionais: procedimentos e rotinas adotadas como por exemplo
os protocolos clínicos; Usuários: regra para acessar os serviços disponíveis (portas de
entradas e saídas para se locomover no sistema) – racionalizar o acesso aos serviços

SISTEMA DE SAÚDE São várias as maneiras adotadas pelos sistemas de saúde para racionalizar
o acesso aos serviços de saúde. Contudo, a forma adotada inicialmente pelo NHS inglês se
consagrou e passou a ser referência no debate sobre o tema. Ela adota três níveis de atenção e
distribui os serviços entre eles. A lógica subjacente a esta racionalização é econômica, mas
também bastante operacional ao permitir a hierarquização da tecnologia tecnologia material
material para as ações de saúde em situações situações bastante diversas de sua oferta, bem
como a distribuição dos eventos a serem atendidos segundo sua freqüência na população.

Pirâmide do Sistema de Saúde Esferas de Atendimento Esferas de Atendimento Locais de


Atendimento Locais de Atendimento

Terciário: Hospitais Especializados ; Secundário Hospitais Gerais e Ambulatórios Especializados

Primário Centros de Saúde, Domiciliario

III

O Sistema de Saúde em Mocambique


O Sistema Nacional de Saúde em Moçambique compreende:
o sector público, sector privado com fins lucrativos, o sector privado com fins não lucrativos e
comunitário.

O sector público que é o Serviço Nacional de Saúde (SNS), constitui o principal prestador de
serviços de saúde á escala nacional. O SNS está organizado em 4 : níveis de atenção,

1. sendo o nível I o mais periférico e é onde se implementa a estratégia de Cuidados de


Saúde Primários (CSP), e
2. o nível II a servir de referência para as condições clínicas que não têm resposta no nível
I, como por exemplo, as complicações do parto, lesões, emergências médico-cirúrgicas,
etc.
3. Os níveis III e IV são fundamentalmente orientados para acções curativas mais
especializadas e constituem referência para os níveis inferiores.

Quanto ao sector privado com fins lucrativos, este está a desenvolver-se gradualmente,
especialmente nas grandes cidades. Contudo, o crescimento ulterior destes operadores está
condicionado ao aumento dos rendimentos dos agregados familiares.

A política de saúde em vigor reconhece o papel do sector privado na prestação de


cuidados de saúde aos cidadãos, as relacções público-privado estão sendo exploradas
no país, iniciativas de contratação de serviços a Organizações Não Governamentais
(ONGs) estão em curso. Existe, ainda que incipiente, o processo de prestação de
cuidados de saúde pelo sector privado com fins não lucrativos, esta é feita
essencialmente pelas ONGs estrangeiras e algumas entidades religiosas de comum
acordo com o Ministério da Saúde (MISAU).

Para completar a estrutura do SNS em Moçambique é importante tomar em


consideração a existência de actividades de prestação de serviços ao nível da
comunidade com destaque a medicina tradicional. Estima-se que mais da metade
da população moçambicana procura e recebe cuidados prestados por praticantes de
medicina tradicional nas suas diversas formas e profetas.
Muito recentemente, o Governo decidiu reconhecer o sector tradicional e o seu papel
enquanto prestadores de serviços de saúde. O Governo reconhece que uma parte da
população tem a medicina tradicional, a única fonte de cuidados de saúde e que o potencial
desta componente do SNS não tem sido valorizado na sua totalidade. O Governo reconhece
também que há que melhorar a colaboração com a medicina tradicional. E para dinamizar este
processo foi criado em 2007 o Instituto de Medicina Tradicional (IMT) subordinado ao MISAU.

Tipos de Sistemas:

1. O Sector Privado; no qual o profissional de estabelecimento onde julga conveniente e


determina quanto valem os seus servições; o respeitivo acesso é difícil para população de baixo
renda: O sector privado é atendidas as pessoas que têm recursos suficientes para pagar o preço
estibulado. As pessoas com recurso suficiente; tem acesso garantido do serviço privado e as
que não tém maneiras de arcar com as despesas não são neles atendidas.

2. O Sector Estatal (Estadual ou Municipal) dedicado ao atendimento gratuito da população


carente. O Sector Previdenciaria este é sustentado por contribuições es do empregado e do
Estado e por este comandado, de tal forma que pode ser considerado para os objectivos do
tema um extrensão do sector estatal.

Como estava organizado o sistemas de Saúde Colonial em Moçambique; os sistemas de saúde


colonial eram sistemas de operassão exploração colonialista,

E estava dividido em três grupos:

 Descriminação económica: que era a existência da medicina privada apenas acesivel á


burguesia urbana, mas também nas diferenças do serviço e de preços dentro das
propriasestruturas dos serviços médicos.

 Descriminação Racial: manifestava se na existiam de enfermarias consultas e outros


serviçoes separados para brancos e pretos, mesmo as remunerações dos diversos tipos
de técnicos médicos era segundo a cor da sua pele.

 Descriminação Geografica: caracterizado pelo reduzido número de unidades Sanitários


no campo, os cuidados de Sanitários urbanos eram extremamente pobres, Centros que
existiam nas Zonas urbanas e nas rurais eram reduzidos e o número da população
éramos reduzidos. Só existiam de facto nas três cidades.

Caracterização do Sistema de Saúde colonial: Cuidados de Saúde estavam reservados aos


brancos nas Cidades, as Zona Rural sem Unidades Sanitárias. Consequentemente: (Alta taxa de
Mortalidade Infantil; Alta taxa de Mortalidade Materna; Alta taxa de doenças infeccciosas; Alta
taxa de desnutrição.)

II. Os sistemas de Saúde Actualmente no Nosso Pais

A política de Saúde do Governo se encontra reflectita na política dos diversos sectores de


actividade para prevenção e combate a doença; promoção de Saúde; é preciso lutar contra a
pobreza para o desenvolvimento alargada de Saúde, que deve resultar do esforço
multisectoria.

Actualmente em Mocambique existe um único sistema que Público subdividido em três


sectores que colaboram entre si e se complementam. O Sistema Nacional de Saúde no contexto
Geral do Sector Público, que é um dos principais contribuíntes para a melhoria do bem-estar
ao qual toda a população deve ter acesso, organizado por níveis de atenção pois ele que
fornece grande parte dos cuidados saúde moderna disponível no país.

Um sector privado que por sua vez se subdivide em Instituições com fins Lucrativos e outros
com actividades idênticas ás do Serviço Nacional de Saúde com fins Lucrativos. Este último
sector pode possuir instituições privadas ou gerir certas unidades de serviço Nacional de saúde
beneficiando em qualquer dos casos de apoio do Estado sem fim Lucrativo. Um sector
Comunitário de prestação de cuidados de saúde; que se pretende auto-sustentável e envolve
as parteiras tradicionais e os agentes polivalentes elementares estes últimos baseados em
Postos de Saúde nas aldeias.Programa.

14 de Marco de 2017

POLITICA NACIONAL DE SAUDE

A política nacional de Saúde considera que a Saúde é um bem e condição essencial para um
desenvolvimento sustentável. O desenvolovimento de um Pais exige uma população saudável.
Em política - Prestar cuidados de saúde à população através do sector público,Promover e
apoiar o sector privado sem fins não lucrativos, Supervisar o sistema comunitário de prestação
de cuidados de saúde,Promover e orientar a formação técnico profissional do pessoal de saúde,

Politica Nacional de Saúde é Conjunto de objectivos que o Governo traça, que servem de base
á planificação de uma ou mais actividadeds, a Saúde é um bem e condição essencial para o
desenvolvimento sustentável, o desenvolvimento do país exige uma população saudável, só é
possível atingir altos índeces de Saúde atráves do desenvolvimento.
É da responsabilidade do sector da saúde é um conjunto de acções e actividades específicas
mas relacionadas com a prevenção e combate á doença, sem no entanto deixar de lhes caber
um papel fundamental na promoção da Saúde. Actividades específicas: Exemplo: Feira da
Saúde;

Relação entre Saúde e desenvolvimento: se não for atingido bons índices de Saúde sem um
grau caeitavel de desenvolvimento; mas tembém esse nível de desenvolvimento só pode atingir
com contibuições de uma população saudável, isto porque a saúde da comunidade resulta de
esforço activdades multisectoriais que contribuem para a saúde das populações.

A política Nacional de Saúde: identifica a conponente Cuidados de Saúde Primário: como


principal na Saúde da População porque são cuidados essenciais, baseados em metods e
técnicas praticas, cientificas validas e socialmente aceitáveis tornando universalmente acessível
a todos os indivíduos, a todas a famílias e a comunidade com a sua planoa participacao e
actividades multisectorias que contribuem grandemente para a saúde das populações incluem
o ensino;

Abastecimento de água; habitação condigna e salubre; prestação de cuidados propriamente


ditos; o apoio á população agrária, a protecção e saneamento do meio ambiente,
comercialização dos excedentes da produção agrícola da população e o aproveitamento de
bens da primeira necessidade, vias de comunicação, transporte, etc.

4. Política do Sector da Saúde: É objectivo principal da Política do Sector da Saúde é


contribuir através de actividades específicas para promover, preservar, manter e
melhorar a Saúde da comunidade em complemento e em colaboração com os esforços
desenvolvidospelos outros Sectores.

Este objectivo principal deverá ser atingido através dos seguintes

Objectivos estratégicos:
Redução da morbilidade, mortalidade e sofrimento da população especialmente nos
grupos de alto risca tais como: mulheres, crianças epessoas deslocadas e/ou
regressadas e idosos;
Prestação de cuidados de saúde de boa qualidade e sustentáveis tendo Como base os
Cuidados de Saúde Primários e tornando-os gratuitamente acessíveis à maioria da
população; Desenvolvimento da capacidade técnica e gestionária do Ministério da
Saúde (MISAU) e do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nas áreas de Planificação,
implementação, monitorização e avaliação dos cuidados de Saúde e serviços de apoio;
Melhoria da qualidade de vida e das condições de trabalho dos Trabalhadores de saúde
5. São componentes da Política do Sector da Saúde quanto à prestação de
Cuidados de saúde : a) Contribuir para a promoção da Saúde da comunidade pela
própria comunidade; Neste componente o Sector da Saúde propõe-se desenvolver
actividades de informação e educação em Saúde de forma a melhorar os conhecimentos
da população em relação aos fenómenos da natureza que estão na origem das
alterações da Saúde nomeadamente no aparecimento das doenças, levando a alteração
de determinadas práticas e costumes e promoção de outros que conduzam à elevação
dos índices da Saúde da comunidade;

b)Desenvolver e promover actividades de prevenção das alterações da Saúde


em particular na prevenção das doenças;
c)Desenvolver e promover actividades de prestação de cuidados de Saúde destinados a tratar
as alterações da Saúde em particular as doenças;
d)Desenvolver e promover actividades de reabilitação psico-física que
permitam a reintegração do indivíduo na comunidade e em actividades, produtivas.

2. Constituem prioridades da Política do Sector da Saúde as seguintes:


 A preservação e melhoria da Saúde da mulher e da criança, através dos
programas de Saúde Materno-Infantil (SMI).
 Programa alargado de vacinações (PAV) e Saúde Escolar;
 A prestação de cuidados de Saúde à população vulnerável em particular às
famílias ou indivíduos em pobreza absoluta;
 A prestação de cuidados de saúde à terceira idade;
 Desenvolver actividades que promovam a Saúde dos trabalhadores em
Particular as destinadas à prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças Aprofissionais;

IV

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE SAUDE

.A organizacao do Sistema Nacional de Saude esta organizada em três niveis


1. Nivel da organizacoa Departamento de Administração do
2.Nivel da organizacoa Sistema Nacional de Saude
3. Nivel de organizacao Tipos de Unidade Sanitarios

1.Nivel da organizacoa Departamento de Administração do Pessoal:

Tem a funções; controlar e agilizar os processos de aposentação, bónus, salários e benefícios do


pessoal; Controlar e gerir a força de trabalho estrangeira e assistência técnica; Organizar e
executar as actividades de recrutamento, selecção e colocação de pessoal, com base nas
políticas e no plano definido para o sector; Implementar as normas de gestão de RH,
adequando-as as peculiaridade do Sector; Implementar as normas e a legislação de gestão de
Recursos Humanos, adequando às peculiaridades do Sector; Acompanhar e avaliar os
resultados do processo de avaliação de desempenho.

2.Nivel da organizacoa Sistema Nacional de Saude;


Tem a funções organizar Posto de Saúde - Cuidados de Saude de Nivel Primaria que o primeiro
contacto com o doente. Existem cuidados essenciais, baseados em metodos e técnicas práticas,
cientificas validas e socialmente aceitáveis tornando universalmente acessível a todos os
indivíduos, a todas a famílias e a comunidade com a sua plena a participacao.

As unidades de Sanitarias de nível primário têm como funcao, despensar cuidados a populacao
da sua área de saúde incluindo intervencoes sobre o meio ambiente, devem assegurar a
cobertura sanitária de uma populacao e o primeiro contacto dentro da zona Geografica bem
definido
Fazem partes dos componetes dos Cuidados Primarios, Educacao para saúde, Programa
alargada de vacinacoes Saude Materno Infantil e Planeamento Familiar, Promocao do
Saneamento da Higiene do ambiente, garantia de qualidade de água e dos alimentos Educacao
Nutricional.

Hospitais do Segundo Nivel de Atencao de Saude/ Hospitais Rurais, Distritais e Gerais


Cuidados de Saude Nivel secundário, Os hospitais de secundário tem como funcao despensar
cuidados de Saude de Nivel secundário e constituim o primeiro nível de referência para o
doente que não encontrou solucao para os seus problemas de Saude nos centros de Saude.
Podem também receber directamente doentes que efectuam o seu primeiro contacto com o
Sistema Naciona de Saude.

As funcões dos hoepitais de nível secundário e de proporcionar um primeiro nível de referencia


para os doentes que não encontraram solucao para os seus problemas nos centros de Saude,
acolhimento e admissão de doentes enviados dos diversos centros de Saude da sua zona de
captacao, prevencao, tratamento e contole das principais doenças endémicas, fazer
diagnósticos clínico com o apoio de laboratórios Radiologia e outros exames complementares.
Prestacao de cuidados de urgências aos traumatismos e outras afeccoes, Prestacao de cuidados
clínicos em regime de internados aos doentes que precisamrecolher e tratamento de dados
estatísticos, epidemiologicasa.

Cuidados de Sade Nivel Atencao Terciario e Quarternario – Hospitais Provinciais

Os hospitais de Povinial tem como funçao despensar cuidados de Saude de Nivel Terciario e
constituim o nível de referência para o doente que não encontraram soluao para os seus
problemas de Saude nos Hospiatais Rurai e Hospiais Gerais. Podem também receber
directamente doentes que efectuam o seu primeiro contacto com o Sistema Naciona de Saude.

INSTRUMENTOS LEGAIS DE SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE


Os instrumentos Legais do SIS são os livros e impressos de registo assim como os impressos dos
resumos mensais, trimestrais, semestrais e anuais das US, das DDS e das DPS. A característica mais
importante destes instrumentos é que é exactamente os mesmos instrumentos em todas as US, DDS e
todas as DPS em todo o país.

Normas do SIS: As normas definem que dados se devem registar, como se devem registar e recolher as
diferentes actividades do SIS, quem deve realizar estas actividades do SIS, quando fazer as actividades,
qual é a periodicidade das actividades, para onde é que se enviam os resumos, qual é a lista dos
indicadores que é preciso calcular.

As actividades SIS

São o Registo; recolha ; elaboração; apresentação; interpretação; tomada de decisões Outras duas
actividades que são sumamente importantes e que deveriam incluir todas as actividades do SIS, são:
controlo de qualidade retroinformação

16 de Marco de 2017 Aula

Promoção de Saúde e a Valorizacao do Potencial de Saude da Comunidade

A promoção da saúde tem como base ; a aceitação de que os comportamentos em que nos
envolvemos e as circunstâncias em que vivemos têm impacte na nossa saúde.

De acordo com o American Journal of Health Promotion, (1989,3,3,5), a Promoção da Saúde é


“a ciência e a arte de ajudar as pessoas a mudar o seu estilo de vida rumo a um equilíbrio entre
a saúde física, emocional, social, espiritual e intelectual. A mudança no estilo de vida pode ser
facilitada pela combinação de esforços que promovam a mudança comportamental e que criem
ambientes que promovam boas práticas de saúde”. Ao mesmo tempo, a Promoção da Saúde
procura que as pessoas tenham um papel activo, atribuindo-lhes o controlo das condições que
afectam a sua saúde.

1.A promoção da saúde, na sua vertente prática, preocupa-se sobretudo, por um lado com os
aspectos relacionados com o estilo de vida da pessoa, ou seja, se fuma, se faz exercício, como
se alimenta e, por outro, com os aspectos relacionados com a educação, as condições de
trabalho e o ambiente físico e social.

Porque promover a saúde?


A 51 . Assembléia Mundial da Saúde, ocorrida em 2000,
a) aponta o desafio de saúde para todos no século XXI ,.
b) Para refletir sobre o objeto saúde. é a busca de uma relação harmoniosa que nos permita
viver com qualidade, construir saúde em seu sentido mais amplo, radicalizar na luta contra as
desigualdades e participar na construção de cidadania e da constituição de sujeitos. Sujeitos
que amam, sofrem, adoecem, buscam suas curas, necessitam de cuidados, lutam por
c)Para oferece condições e instrumentos para uma ação integrada e multidisciplinar que inclui
as diferentes dimensões da experiência humana a subjetiva, a social, a política, a econômica e a
cultural e coloca a serviço da saúde, os saberes e ações produzidos nos diferentes campos do
conhecimento e das atividades.
d)Promover saúde é educar para a autonomia como construído por Paulo Freire , é tocar nas
diferentes dimensões humanas, é considerar a afetividade, a amorosidade e a capacidade
criadora e a busca da felicidade como igualmente relevantes e como indissociáveis das demais
f) Actua atua no fortalecimento da ação comunitária, compartilhando os saberes técnicos e
saberes populares e criando condições para a construção de estratégias que têm se mostrado
eficazes na abordagem dos problemas de saúde.
g) A promoção da saúde busca construir espaços saudáveis.
h) As noções prevalentes de progresso vêm estimulando ataques permanentes ao meio
ambiente: rios, mares, terra, floresta, ar, mangues...
Os promotores da saúde têm trabalhado nestas cinco áreas de acção, recorrendo a
estratégias-chave:
1. A Comunicação de Saúde, diz respeito ao uso de técnicas de comunicação que
influenciem positivamente os indivíduos, populações e organizações, visando a promoção
de condições que permitam a saúde humana e ambiental.
2. A Educação para a Saúde remete para a criação de oportunidades de aprendizagem,
incluindo conhecimento e desenvolvimento de competências que conduzam à saúde
individual e da comunidade.
3. A Mudança Organizacional visa trabalhar em locais como escolas, locais de trabalho,
empresas, hospitais, universidades, com o objectivo de criar ambientes apoiantes que
facilitem as escolhas saudáveis.
4. A mobilização e envolvimento da comunidade implica esforços colectivos das
comunidades visando o aumento do controlo sobre os determinantes de saúde.
5. O Desenvolvimento de Políticas permite criar medidas legislativas reguladoras que protejam
a saúde das comunidades e tornem mais fácil para os indivíduos fazer escolhas saudáveis.
Estas estratégias, bem como os objectivos que visam alcançar em termos de promoção da
saúde e prevenção da doença, funcionam como base para a criação de programas, permitindo
planear, implementar e avaliar acções, campanhas e projectos em inúmeras áreas e com os
mais diversos públicos-al

Promoção de Saude foi definida como o processo de capacitação da comunidade para actuar
na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle
deste processo.Na Primeira Conferência Internacional Sobre Promoção da Saúde realizada em
novembro de 1986 em Ottawa, Canadá  Não há uma nação desenvolvida sem ter uma saúde
desenvolvida

Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos
devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio
ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver.
Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem
como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do
setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.

Promoção da saúde consiste; em políticas, planos e programas de  saúde pública com ações


voltadas em evitar que as pessoas se exponham a fatores condicionantes e determinantes de
doenças, a exemplo dos programas de educação em saúde que se propõem a ensinar a
população a cuidar de sua saúde. Além disso, incentiva condutas adequadas à melhoria da
qualidade de vida, distinguindo-se da atenção primária ou ações da medicina preventiva que
identificam precocemente o dano e ou controlam a exposição do hospedeiro ao agente causal
em um dado meio-ambiente

1.O Governo de Moçambique tem como uma das suas prioridades o desenvolvimento saudável
da população, através da melhoria das suas condições de vida. Assim, a importância da higiene
e do saneamento deve ser reconhecida e valorizada por todos. O envolvimento e a participação
de todos os cidadãos na implementação de acções concretas de promoção de higiene e
saneamento é fundamental para a redução da mortalidade e morbilidade, e
consequentemente para a melhoria da qualidade de vida do povo.

2.O Objectivo da Política do Sector da Saúde é contribuir através de actividades específicas


para promover, preservar, manter e melhorar a Saúde da comunidade; Promover as boas
práticas de Saúde Pública adevogando os cuidados de Saúde Primárias como o caminho mais
certo, incorporando a participação da comunidade rumo á redução progressiva das doenças.
Contribuindo desta maneira no desenvolvimento sustentável das comunidades moçambicana

Estrátegias de Promoção de Saude

1º Alimentação Saudável
Promover ações relativas à Alimentação Saudável visando à promoção da saúde e a segurança
alimentar e nutricional, contribuindo com as ações e metas de redução da pobreza, a inclusão social
e o cumprimento do Direito Humano à Alimentação Adequada.

2ºDesenvolver acções para a promoção da alimentação saudável no


ambiente escolar
Ministério da Educação e FNDE/MEC para promover a alimentação saudável nas escolas. Deve
fazer Divulgação de iniciativas que favoreçam o acesso à alimentação saudável nas escolas
públicas e privadas; Implementação de ações de promoção da alimentação, saudável no
ambiente escolar. Produção e distribuição do material sobre alimentação saudável para
inserção de forma transversal no conteúdo programático das escolas em parceria com as
Secretarias

3º Desenvolver Ações de aconselhamento/divulgação


Organizar os serviços de saúde de forma a desenvolver acções de aconselhamento junto à população, sobre
os benefícios de estilos de vida saudáveis.Desenvolver campanhas de divulgação estimulando modos ; de
viver saudáveis e objetivando reduzir fatores de risco para doenças não transmissíveis.
4º Mobilizar e incentivar as ações contínuas através de canais comunitários; (Unidades de Saúde,
Escolas e Ambientes de Trabalho)
Capazes de manter um fluxo contínuo de informações sobre o tabagismo, seus riscos para quem
fuma e os riscos da poluição, tabagística ambiental para todos que convivem com ela.

5º Investir na promoção de ambientes de trabalho livres de tabaco: Realizando ações educativas,


normativas e organizacionais; que visem estimular mudanças na cultura organizacional; que
levem à redução do tabagismo entre trabalhadores; atuando junto a profissionais da área de
saúde ocupacional
e outros atores-chave das organizações/instituições para a; disseminação contínua de
informações sobre os riscos do; tabagismo e do tabagismo passivo, a implementação de;
normas para restringir o fumo nas dependências dos; ambientes de trabalho, a sinalização
relativa às restrições; ao consumo nas mesmas e a capacitação de profissionais; de saúde
com_poll vote
ocupacional para apoiar a cessação de fumar de funcionários.
14 1

Carta de Otawa encoraja o uso de estratégias diversas, identificando cinco áreas para a
prática da promoção da saúde:
1. Construir políticas de saúde pública;
2. Criar ambientes apoiantes;
3. Fortalecer as acções na comunidade;
4. Desenvolver competências pessoais;
5. Reorientar os serviços de saúde.

6º Criação de condições de trabalhos para a comunidade ( não só para trabalhadores duma


Instituição) para buscar a melhoria da qualidade de vida da população ; Todos terem de
moradia condigna; Toda a comunidade deve ter alimentação equilibrada, O consumo de
alimentos qualitativamente – adeguados, nas qualidades necessárias e em boas condições de
higiene é um factor decesivo para o estado de Saúde de uma comunidade; Existência de meio
ambiente e de lazer com ar limpo exemplo puliição do meio, dentre outras, determinam
nossa maior ou menor saúde.

Abastecimento de água – hoje reconhecido como medida mais importante para o contolo das
doenças transmissíveis da maior importância nos Paises Sub-desenvolvidos: Parasitoses
intistinais e vesicais, habatite, poliomielite, cólera desenteria, febre, etc. A falta da Água
potável provoca muitos problemas de Saúde.

Objectivo de promoção de Saúde: é produzir a gestão compartilhada entre usuários,


movimentos sociais, trabalhadores do setor sanitário e de outros setores, produzindo
autonomia e co-responsabilidade.

A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), aprovada em 30 de março de 2006, dá


diretrizes e aponta estratégias de organização das ações de promoção da saúde nos 4.três
níveis de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir a integralidade do cuidado.  

2.Educação para Saúde como estrátegia de Valorização dos estilos de vida


Saudavel

Educação para Saúde: é um elemento fundamental para melhoria do Estado de Saúde da


População. Isto porque uma população esclarecida facilmente toma consciência das
necessidades de abandonar comportamentos desfavoráveis á saúde, e adquirem
comportamentos aquele que permite a promoção de Saúde e a Prevenção das doenças.

O Grau de alfabetização e escolaridade, nível educacional e cultural em geral (combatem todas


formas de obscurantismo) e a gestão responsável do bem do pessoal e social da Saúde no
âmbito da família, da escola, dos meios de comunicação social e dos costumes sociais. são
metas que não se atingem sem educação nesse sentido.

Educação Sanitária: é também educação para conservação e defesa da condições ambientais e


ecológicas que têm influência sobre o equilíbrio da Saúde da populações, para prevenir :
Os efeitos Tóxico a longo prazo sobre o homem, devido ás modificações que causam ao
ambiente natural, com consequente perturbações do equilíbrio ecológico.

Neste Educação Sanitária os interesses económicos vêm em primeiro lugar, antes do bem de
cada pessoa, se não até do bem da população inteira. Traz vantagens a um grupo de pessoas e
desvantagens a humanidade.

Objectivo de Educação sanitária é para a população ter consciência Sanitaria conhecimentos de


higiene pessoal, Nutricional, habitacional.

É importante realizar que a Saúde e Sociedade deve se entender que todas as doenças hoje
devem ser estudadas em quadro epidemiológico e não apenas em suas manifestações
somáticas ou individuais; toda intervenção na Saúde, para ser eficaz deve interessar a própria
Sociedade.

Assumido o conceito da OMS, nenhum ser humano (ou população) será totalmente saudável
ou totalmente doente. Ao longo de sua existência, viverá condições de saúde/doença, de
acordo
com suas potencialidades, suas condições de vida e sua interação com elas.

A educação para a Saúde cumprirá seus objetivos ao conscientizar os alunos para o direito à
saúde, sensibilizá-los para a busca permanente da compreensão de seus determinantes e
capacitá- los para a utilização de medidas práticas de promoção, proteção e recuperação da
saúde ao seu alcance.

Espera-se, portanto, ao final do ensino fundamental, que os alunos sejam capazes de: •
compreender que a saúde é um direito de todos e uma dimensão essencial do crescimento e
desenvolvimento do ser humano; • compreender que a condição de saúde é produzida nas
relações com o meio físico, econômico e sociocultural, identificando fatores de risco à saúde
pessoal e coletiva presentes no meio em que vivem; • conhecer e utilizar formas de intervenção
individual e coletiva sobre os fatores desfavoráveis à saúde, agindo com responsabilidade em
relação à sua saúde e à saúde da comunidade; • conhecer formas de acesso aos recursos da
comunidade e as possibilidades de utilização dos serviços voltados para a promoção, proteção e
recuperação da saúde; • adotar hábitos de autocuidado, respeitando as possibilidades e limites
do próprio corp
Trabalho de Grupo I

IV

O SISTEMA DE INFORMAÇÃO E SEU PAPEL NA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE

A informação para a saúde, fornecer elementos úteis para as decisões.Quais são os pilares da
informação para a saúde que sustentam o corpo como uma pessoa que se sustenta sobre as suas
pernas?

1. a vigilância epidemiológica, que recolhe dados sobre as doenças e as suas causas, o estado dos
doentes, e a situação de saúde do país,
2. a informação de rotina sobre os doentes hospitalizados,
3. a informação sobre as actividades dos serviços (PAV, SMI) e dos programas (TB, SIDA, etc.), a
pesquisas planificadas e desenvolvidas.
4. a informação que recolhe dados sobre os recursos financeiros, humanos e físicos disponíveis, a
formação formal e contínua, a manutenção e a logística do sistema,
5. a informação demográfica e das migrações e aquela sobre nascimentos e mortes (estatísticas
vitais).

Os estilos de gestão de Informação variam de organização para organização e de gestor para gestor.
Esses estilos podem ser classificados sumariamente em autoritários e participativos (ou democráticos).

Características de estilos de gestão autoritária e participativa

Autoritário
Participativo
A tarefa do gestor - O gestor faz o que lhe é dito para fazer, - O trabalho e a responsabilidade são delegados.
transmite ordens.
- O gestor coordena o trabalho da sua equipa com o
trabalho da equipa na qual ele é subordinado.

- O gestor resolve as dificuldades que impedem o


trabalho do subordinado.

Tomada de decisão - As decisões são tomadas no topo. - Existe participação do subordinado em todos os níveis
de decisão.
- A organização é do tipo militar (com cadeias
de comando)

A visão dos - Os subordinados assumem que as pessoas - As pessoas aprendem não só a aceitar mas também a
subordinados devem detestar o trabalho, têm de ser procurar maiores responsabilidades.
forçadas a executá-lo, têm de ser forçadas a
atingir os objectivos da organização. - Existe algum uso do potencial intelectual do
Autoritário
Participativo
subordinado.

Motivação Reprime-se a motivação. - Premia-se a motivação.

Por outro lado, o nível (ou a intensidade) de envolvimento do trabalhador na tomada de decisão na
organização determina diversas variantes. A tabela que segue apresenta igualmente as vantagens e
desvantagens de cinco níveis de participação do trabalhador.

Nível Vantagens Desvantagens

1. O gestor toma as suas decisões, Estimula uma tomada de Pode alienar os subordinados. A
anuncia-as, e depois responde às decisões eficiente gestão deve tomar todas as
dúvidas dos subordinados decisões.

2. O gestor toma decisões mas apenas Permite contribuições dos Pode desperdiçar tempo e
após ouvir as opiniões dos subordinados subordinados. O pessoal sente- confundir a atenção. Pode criar
se mais motivado. As decisões ressentimento nos subordinados.
são tomadas mais depressa.

3. O gestor cria grupos temporários de Ajuda a reduzir auxílio e Pode entrar em conflito com o
subordinados que se debruçam sobre os consultoria externos. Permite trabalho regular dos subordinados.
problemas e propõem soluções uma mistura de experiências. Pode substituir a execução.

4. O gestor reúne-se com grupos de Estimula a criatividade dos Pode resultar em falta de perícia e
subordinados numa base regular para subordinados. Não altera o conhecimentos para executar
identificar e resolver os problemas sistema existente de gestão. acções.

5. O gestor estabelece e participa em Gestores/subordinados Pode criar conflitos entre


grupos de solução de problemas compreendem melhor os outros departamentos.
departamentos e a organização
em geral
SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE (SIS)

Para gerir mais eficazmente os escassos recursos de que o Sector dispõe, os profissionais de
Saúde devem desenvolver habilidades para analisar os dados que lhes são disponibilizados.
Portanto, o pessoal de saúde precisa de um conjunto de informações para conhecer a sua área
de saúde e programar, gerir e avaliar os serviços de saúde.

Estas informações são relativas aos mais variados aspectos tais como:
 Principais problemas de saúde que afectam a população a ser servida (e que, portanto,
precisam de ser enfrentados);
 Recursos disponíveis para o sector saúdem;
 Volume de trabalho realizado;
 Qualidade desse trabalho;
 Resultados do esforço dos trabalhadores da saúde.

Fontes de informações podem ser obtidas através de diferentes fontes (formais):

Sistema de Informação de Saúde; Visitas de supervisão; ou Recenseamentos e Inquéritos 1.

Existem igualmente fontes informais tais como os média (Rádio, TV, etc.), publicações, o
conhecimento da comunidade e até mesmo os boatos.

Todas estas fontes são complementares, mas a característica que distingue o Sistema de
Informação de Saúde (SIS) é que esta é informação padronizada, que é igual para todo o sector
saúde, com as mesmas normas, instrumentos e o mesmo fluxo.

Um Sistema de Informação Saúde é baseado na recolha de dados de rotina e tanto contribui


como utiliza outras fontes de informação, tais como inquéritos comunitários, estudos clínicos,
pesquisas operacionais, recenseamentos, inspiração e intuição. Portanto, o SIS é uma
componente contínua do sistema de informação global que informa os diferentes níveis dos

1
cuidados de saúde sobre os progressos em direcção aos objectivos estabelecidos tanto para
os programas como para a infra-estrutura funcional.

Definição e Objectivos do SIS

Em cada Serviço Nacional de Saúde, existe um sistema organizado de recolha da informação, a


que podemos chamar informação estatística de base, que depois de recolhida tem que ser
compilada, tratada, validada, analisada e interpretada, para que possa ter utilidade na gestão e
planificação sanitárias

Conceito, podemos definir o Sistema deInformação de Saúde como sendo: um conjunto de


instrumentos, normas e actividades relacionados entre si e que produz informação útil para a
tomada de decisões na área da saúde.
saúde

A informação apenas tem valor como fonte ou produto de uma acção.


O objectivo de um sistema de informação: é permitir que os trabalhadores de saúde (e outros)
possam tomar as melhores decisões possíveis de acordo com as suas responsabilidades. O SIS
apoia esta acção porque a informação recolhida ilustra as mudanças nas condições de saúde,
no estado de saúde e nas prioridades de saúde.

Portanto, o propósito de um sistema de informação é duplo:

 Apoio operacional ; facilitar as operações quotidianas dos CSP, fornecer melhor serviço aos clientes.
 Apoio gestional tornar os serviços de saúde mais efectivos através da melhoria do processo de
planificação, uso mais eficiente dos recursos e sistemática monitoração e avaliação da cobertura e
da qualidade.
Podemos assim dizer que Sistema de.Informação de.Saúde. é um instrumento que tem por

função apoiar adefinição dos objectivos, a distribuição dos recursos e a programação das

actividades O S.I.S. também ajuda a avaliar as actividades assim como a tomada de decisões.

Importância de um SIS:Já aqui dissemos que um SIS deve ser composto por um conjunto de pessoas,
meios e métodos organizados, para fornecer os necessários dados e informações Há informação sobre a
situação sanitária de uma nação e os factores que a influenciam,Há informação sobre a distribuição dos
recursos disponíveis para a saúde e Há informação sobre a utilização desses recursos para apoiar o
planeamento e a gestão dos serviços de saúde.

Tal inclui não só informação estatística, mas igualmente informação técnica/biomédica e serviços
bibliográficos, e deve estar orientado para a satisfação das necessidades dos decisores, dos
administradores dos serviços de saúde, dos profissionais de saúde, dos investigadores e do público em
geral.

O SIS e a Vigilância Epidemiológica

A vigilância epidemiológica é uma função essencial dos sistemas nacionais de informação sanitária. O
contributo da investigação epidemiológica sobre a morte e as causas de doença tem sido fundamental
para o controlo das doenças não-transmissíveis e para a prevenção de afecções relacionadas com os
acidentes.

A vigilância epidemiológica é essencial para monitorizar a protecção do meio ambiente e a higiene


alimentar. A sua função histórica, isto é, de detectar a monitorizar as epidemias, continua a ser válida
hoje em dia.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Definição: É o processo contínuo e sistemático de registo, recolha, análise, apresentação e interpretação


dos dados e de disseminação atempada da informação de saúde que faculta a acção pronta de
prevenção e de controlo das doenças.

Objectivo:

Conhecer a dinâmica das doenças; Conhecer e prever a evolução do comportamento das doenças,
Ajudar na planificação dos programas de saúde; Permite mostrar que doenças constituem problema
prioritário e que necessitam de programas de controlo, Permite identificar os grupos de alto risco, as
áreas de alta transmissão e a variabilidade no período de transmissão, Avaliar os programas de controlo;
Avaliar a eficácia dos programas preventivos ou de controlo, comparando a magnitude duma doença
antes e depois da implementação dos programas.

Sistema de Vigilância
Os elementos fundamentais dum sistema integrado de vigilância são:

Livros de registos e impressos de rotina para recolha semanal ou mensal dos casos e óbitos, ou para
notificação individual e um controle contínuo sobre os dados (completos, atempados, correctos),
Impressos e gráficos, procedimentos e normas para inquéritos sobre surtos e epidemias,

Lista das doenças a serem monitorizadas, definições precisas de caso e um “calendário das doenças” (as
estacões do ano nas quais certas doenças e epidemias são favorecidas),
Fluxo e partilha de informação estável entre profissionais de saúde pública e Laboratório, pessoal e
equipamento para o funcionamento dum Laboratório básico de análises clínicas e de diagnóstico.

Nos últimos 20 anos, identificaram-se pelo menos 29 novos agentes patológicos causadores de doenças
transmissíveis, incluindo o vírus Ebola, o HIV, o vírus da hepatite C e o rotavírus, e outras doenças estão
a ressurgir como problemas de saúde pública. Uma das causas desta situação é o fracasso dos
programas de vigilância e controlo.

Além disso, a resistência de microorganismos aos antibióticos tem vindo a aumentar e tem de ser
monitorizada. Consequentemente, é fundamental reforçar as bases da vigilância epidemiológica.

Tipos de Vigilância Epidemiológica (1)


1) Carácter Universal, Baseado nos dados de toda a população, compilam-se todos os
casos que se apresentam nessa população

2) Basado em amostras de casos:, informação duma parte do total dos casos, É necessário
garantir a representatividade que permita fazer inferência ao total da população

Tipos de Vigilância Epidemiológica (2)


3) Baseado em revisão de registo intitucionais, tem como o propósido de analizar e
identificar as variáveis de interesse.

-Identificar as instituições /fontes existentes (histórias clínicas, registos de urgências,


altas hospitalares, etc) -definir a periodicidade: mecanismos de colheita, maneio da
informação, avaliação e defusão dos dados assim como as variávais seleccionadas.

4) Inquérito, informação obtida atráves de questionários focados numa temática específica,


num período de tempo e com intervalos pré-definidos.

Tipos de Vigilância Epidemiológica (3)

5) Postos Sentinelas, uma ou mais instituições se seleccionam para determinar a


tendência, focalizar actividade de VE e sugerir intervenões preventivas.

. não tem representatividade populacional; chama a atenção sobre situação de risco e


cumprem por isso uma função chave para a tomada de decisões
Necessidade imperiosa de informação para tomada de deciões
O processo de decisão na gestão sanitária exige sempre, a qualquer nível, informação apropriada e
atempada. Sem esta informação não é possível tomar decisões correctas e cientificamente
fundamentadas.

Infelizmente, ainda é muito frequente ver certos dirigentes, mesmo ao nível mais elevado, tomar
decisões sem qualquer base informativa. Contudo, isto é profundamente errado, mas sucede porque
muitos dirigentes, infelizmente, não possuem a formação em gestão necessária para compreenderem
que, só poderão tomar decisões correctas e com uma fundamentação científica, se elas se basearem em
informação apropriada e fidedigna.

Assim, o profissional de Saúde, sobretudo o que se encontra ligado a prestação de cuidados de saúde às
comunidades tem necessidade de conhecer e de dispor, constantemente, de informação actualizada
para poder agir, como anteriormente referido, sobre:

 estado de Saúde e o padrão de doença da comunidade pela qual é responsável;


 os problemas de saúde dessa comunidade;
 as condições ecológicas, sócio-económicas e sócio-culturais da comunidade;
 os recursos disponíveis e a equidade na sua distribuição;
 a utilização que os cidadãos fazem dos recursos disponíveis e dos serviços prestados;
 a forma como os programas de Saúde estão a ser implementados;
 o volume e a qualidade do trabalho realizado pelos trabalhadores da Saúde e os resultados
do esforço desses mesmos trabalhadores, etc..
Do mesmo modo, aos outros níveis do SNS, também os dirigentes devem basear as suas decisões numa
informação fidedigna sobre estes mesmos elementos, mas em relação ao conjunto da área geográfica
porque são responsáveis.

É claro que o número de dados que é preciso recolher regularmente está sempre em função do grau de
desenvolvimento dos serviços e da qualificação e da disponibilidade do pessoal.

Papel dos Sistemas Informativos para a Saúde no Processo Gestionário


Constata-se que a necessidade de informação fidedigna e quantificada se faz sentir em todas as etapas e
para todos os componentes do processo gestionário, a qualquer nível do Sistema de Saúde e ao longo
de todas as etapas do processo, quer se trate da formulação da política de Saúde, da programação geral
e/ou detalhada, da orçamentação/programação, da implementação e/ou da avaliação.

É, aliás, fácil de compreender que nenhuma destas etapas e/ou componentes poderia ser feita
correctamente sem se dispor de informação fidedigna.
Por outro lado, cada uma destas etapas e/ou componentes gera informação quantificável ou
não, que importa recolher. É errado pensar que só durante a implementação é possível
recolher dados. Estes devem ser recolhidos sobre todos os componentes do processo
gestionário e em todas as suas etapas. Em resumo podemos então dizer que o sistema de
informação é um dos instrumentos que um sistema de planificação, gestão, monitoração e
avaliação deve dispor para atingir os objectivos duma organização.

Limitações e insuficiências dos Sistemas Informativos para a gestão em Saúde


Os sistemas informativos para a Saúde apresentam contudo algumas limitações e insuficiências. A
principal limitação dum SIS é de que ele não pode colher toda a informação de que os dirigentes da
Saúde virão a necessitar.

Por muito perfeito e sofisticado que um SIS seja, haverá sempre informação que não convêm recolher
de forma sistemática, pois que seria muito caro ou complicado recolher e não teria utilização imediata.
Por isso, na estruturação dum SIS, é sempre necessário ponderar qual é a informação mínima que deve
ser recolhida sistematicamente, pois que decerto será necessária para o processo corrente de tomada
de decisão e que, por consequência, deverá forçosamente fazer parte do sistema e aquela informação
que, só episodicamente será necessária e que, portanto, não é indispensável que seja colhida
sistematicamente.

Neste processo de análise e ponderação da informação que forçosamente deve ser recolhida
sistematicamente e daquela que pode ficar de fora da recolha sistemática, é preciso ter em conta, que
quanto maior fôr o volume de informação recolhida maior será a dificuldade de recolha e de tratamento
dessa informação e portanto mais complexo será o sistema e maior será também a probabilidade de
erro, pelo que a informação perde fiabilidade.

Outra das insuficiências dos sistemas de informação para a Saúde tem a ver com a sua qualidade e com
o facto de ela ser ou não completa. Claro que quando um sistema de informação para a Saúde funciona
mal, de forma irregular e incompleta, sem divulgação da informação a quem dela precisa, etc. a
fiabilidade da informação levanta suspeitas e assim todo o sistema pode vir a ser posto em causa.

Todos os que estão em postos de direcção a qualquer nível do SNS devem dar o exemplo utilizando
correctamente as informações que o sistema fornece e comportar-se de forma a encorajar todos os seus
colaboradores a contribuírem positivamente para o SIS e para que ele possa recolher e processar dados
de boa qualidade e fiáveis.

Qualidade e Fiabilidade da Informação


Uma das questões cruciais a que convém dar a máxima consideração é o da fiabilidade dos dados. Só se
tivermos dados fiáveis é que será possível tirar conclusões acertadas. Se, pelo contrário, recolhermos
dados falsos, as conclusões serão também falsas.

Este problema da fiabilidade dos dados não é específico dos sistemas informativos para a Saúde. É um
problema mais geral que ocorre em qualquer sistema informativo ou em qualquer actividade de âmbito
estatístico.

Se queremos obter resultados seguros e, sobretudo, se queremos utilizar os modelos estatísticos que
permitam calcular a probabilidade de ocorrência de certos acontecimentos para fazer projecções para o
futuro, temos que ter muito cuidado com a fiabilidade dos dados.

Claro que, para além da fiabilidade dos dados são também muito importantes a competência e a
honestidade de quem faz a compilação, tratamento, validação, análise e interpretação dos dados, pois
que é possível, a partir dos mesmos dados, retirar diferentes conclusões, mesmo as mais absurdas.

A melhor forma de assegurar a qualidade e a fiabilidade da informação é garantir e estimular que todos
colaborem positivamente para o sistema e garantir que todas as operações e etapas do processo de
recolha e tratamento dos dados se faça correcta e eficazmente.

“O sucesso de um SIS mede-se mais pelas decisões e acções influenciadas pela informação do que
através da qualidade e quantidade de dados por ele produzidos. O SIS deve promover a
descentralização da tomada de decisões e a independência das instituições periféricas de saúde. A
informação deve promover mais o bem-estar das populações servidas do que sustentar o poder
burocrático, deve produzir mais e melhores ‘decisões informadas’ do que assegurar uma mera
subordinação e controle”.

PARA QUE SERVE A INFORMAÇÃO?

No contexto das reformas sanitárias, da reforma e modernização da administração pública e da


descentralização, hoje a informação hospitalar deve servir melhor a gerência dos serviços.Com a
descentralização da autoridade, as responsabilidades para o melhor emprego e distribuição dos
recursos financeiros e humanos aumentam, assim, aumentam os problemas de organização, de
função, de estrutura e de infraestrutura que recaem directamente nos ombros dos gestores das US.

A necessidade duma informação eficiente que forneça respostas aos problemas de gestão está,
obviamente, destinada também a aumentar.Por outro lado, e na perspectiva da descentralização da
autoridade de decisão do SNS, o foco do ciclo da informação muda para o USO. No diagrama a seguir
resumimos as etapas principais do ciclo e consideramos as mudanças que deveriam ocorrer.

A Apresentação da Informação. A apresentação é a organização da informação de maneira que seja


mais facilmente compreensível, por meio de Tabelas e Gráficos. Estes meios facilitam a análise e
compreensão das informações. As Tabelas e os Gráficos devem estar completos, e devem ter toda a
informação necessária.
A Interpretação da Informação

Consiste na individualização dos factores que determinam uma certa realidade. Por outras palavras. A
interpretação é a tentativa de explicar as causas que provocam um fenómeno ou situação
determinados. Na prática, em geral, consiste em responder às seguintes perguntas: porquê há mais
nados mortos aqui do que em Marracuene? porquê há mais nados mortos este semestre que no 1º
semestre? qual será a causa provável disto?

quando isso começou a acontecer? onde é que isso aconteceu mais?

quem está de serviço quando isso acontece? Assim como muitas outras perguntas similares..

OS INDICADORES DA SAÚDE E SUA CLASSIFICAÇÃO

Os dados dos registos hospitalares permitem – para além da informação epidemiológica – o cálculo de
muitos indicadores utilizados em gestão tais como:
Taxas de mortalidade, abandono, transferência e evacuação;
- Determinação das áreas de proveniência dos doentes (análise de utência);
- Taxa de ocupação das camas hospitalares;
- Rendimento das camas;
- Etc.

Portanto, um Indicador é uma variável que mede um processo. Assim, Indicador de Saúde é uma
variável que nos permite medir alterações do estado ou da situação de Saúde de uma população ou de
uma comunidade.

Como vimos no capítulo sobre a Vigilância Epidemiológica, os indicadores podem ser: Números
absolutos, Percentagens (proporções), Taxas, Razões.

No Sector Saúde, os indicadores são usados para: diagnosticar a existência de problemas

monitorizar e avaliar programas.


Um indicador é uma medida que pode ser utilizada para descrever uma situação actual comparando
lugares ou pessoas, ou para verificar mudanças no tempo. Por outras palavras: é uma informação que
pode ser comparada com outras unidades sanitárias, outros distritos, outras províncias ou países. De
uma forma ou de outra, utilizar um indicador é sempre fazer uma comparação entre o fenómeno
analisado e um termo (padrão) de referência.
Outras Definições “Indicadores são variáveis que ajudam a medir mudanças, directamente ou
indirectamente” ; são a medida indirecta dum evento ou duma condição. Por exemplo, a medição do
peso da criança contra a idade é o indicador do seu estado nutricional

“Um indicador é uma estatística que representa um interesse directo e normativo, e que facilita
apreciações concisas, abrangentes e equilibradas acerca das condições dos principais aspectos da
sociedade” ; Indicadores são variáveis que indicam ou mostram uma situação definida, e portanto,
podem ser empregues para medir mudança”

CLASSIFICAÇÃO DOS INDICADORES

A construção de um indicador de saúde, envolve o uso de variável. Uma variável é uma caracteristica
que descreve um evento, objecto, ser. As variáveis é podem ser mensuráveis ou não. A s mensuráveis
são conhecidas por variáveis numéricas ou quantitativas, sendo designadas por qualitativas ou não
numíricas as não mensuráveis.

Uma variável quantitativa subdivide-se em descrta e continua ( infinito), As variáveis do tipo descreta
resultam de contagem –númerica natural, enquanto, as continuas resultam de medições-númericos
reais. Exemplos: o número de óbitos por uma oença ( v. discreta); peso de uma criança ( V. Contínua).
Por sua vez, as variáveis do tipo qualitativo , assumem duas categorias: ordinais e nominais. Diz –se que
uma variável é qualitativa nominal, quando a mesma indica o nome ou atributos de entes animados ou
inanimados.Ex. Profissão ( medico, carpinteiro, professor etc) .As variáveis ordinais, estratificam ou
colocam em ordem crescente ou decrescente determinados factos imensuráveis. Ex. avaliação
qualitativa ( mau, medíocre, sufciente, bom, muityo bom, excelente.

Importancia dos Indicadores: Um indicador é um instrumento de medida de um progama, actividade,


evento ou fenómeno O s indicadores de Saúde revelam/ fornecem informações de saúde de um
individuo ou uma população. Os indicadores são ferramentas importamtes porque facilitam em geral, a
sintetização de informação e especialmente, permite diagnosticar problemas de saúde, monitoria e
avaliar programas
Os resultados dos dados brutos calculados, então a informação elaborada, são os indicadores. Então nós
processamos dados porque queremos “medir” os factos. Queremos “medir” porque queremos
descrever, analisar e descobrir mudanças que acontecem nas situações, nas doenças e nos problemas
de saúde.
Os indicadores disponíveis na área da saúde são cerca de 1,500, segundo um inventário do
Banco Mundial. Esta é uma aproximação porque, de facto, eles são infinitos, tantos quantos
são os problemas de saúde. Neste “armazém” de grande dimensão há necessidade de pôr
ordem, classificando os indicadores segundo critérios. Estes podem ser baseados no
conteúdo dos factos medidos, ou na função do indicador no sistema de saúde.

Os indicadores do MISAU são agrupados com base mista, no conteúdo e na função:

1. Económico-financeiros
2. Demográficos
3. Epidemiológicos
4. De Recursos
5. De Actividades
6. De Eficiência

A lista de Indicadores da Sede Regional Africana da OMS aplicáveis á planificação, gestão e


avaliação dos Serviços de Saúde agrupa os indicadores do seguinte modo

Esta lista é similar á Lista da Região Africana da OMS

I. Indicadores de Prestação de Cuidados de Saúde;

II. Indicadores de Política de Saude;

III. Indicadores de Utilização e efectiva dos Serviços de Saúde;

IV. Indicadores de disponibilidade em medicamentos essenciais;

V. Indicadores de promoção do Saneamento do meio ambiente;

VI. Indicadores do nível de Saúde;

VII. Indicadores nutricionais;

VIII. Indicadores de vida social economicamente produtiva

Aula do dia 30 de Marco 2017


Noções Gerais Epidemiologia

BREVE INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA

A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do


processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem
por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos individuais.

Como ciência, a epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal; já como disciplina da saúde


pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para a
proteção e promoção da saúde da comunidade.

A epidemiologia é reconhecida como uma ciência fundamental para a saúde pública e para a
clínica, fornecendo aproximações técnicas, soluções metodológicas e informações originais
indispensáveis para responder aos desafios da saúde, enquanto problemas a identificar,
problemas a resolver e medidas do efeito das decisões empreendidas

A epidemiologia constitui também instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor da


saúde. Sua aplicação neste caso deve levar em conta o conhecimento disponível, adequando-o
às realidades locais.

Se quisermos delimitar conceitualmente a epidemiologia, encontraremos várias definições;


uma delas, bem ampla e que nos dá uma boa idéia de sua abrangência e aplicação em saúde
pública, é a seguinte:

"Epidemiologia é o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou


eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no
controle dos problemas de saúde." (J. Last, 1995)

Essa definição de epidemiologia inclui uma série de termos que refletem alguns princípios da
disciplina que merecem ser destacados (CDC, Principles, 1992):

Objectivo do estudo da Epidemiologia em Saude

O objetivo principal da epidemiologia é melhorar a saúde das populações.

Mensagens-chave
● A epidemiologia é uma ciência fundamental para a saúde pública.
● A epidemiologia tem dado grande contribuição à melhoria da saúde das
populações.
● A epidemiologia é essencial no processo de identificação e mapeamento de
doenças emer-gentes.
● Na maioria das vezes, ocorrem grandes atrasos entre as descobertas epidemiológicas e a sua
aplicação na população.

A epidemiologia originou-se das observações de Hipócrates feitas há mais de 2000


anos de que fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças. Entretanto, so foi
somente no século XIX que a distribuição das doenças em grupos humanos específicos passou a
ser medida em larga escala. Isso determinou não somente o início formal da epidemiologia
como também as suas mais espetaculares descobertas
.
1 Os achados de John Snow (Quadro 1.1), de que o risco de contrair cólera em Londres estava
relacionado ao consumo de água proveniente de uma determinada companhia,
proporcionaram uma das mais espetaculares conquistas da epidemiologia: o mapa apresentado

Avanços recentes da epidemiologia


A epidemiologia atual é uma disciplina relativamente nova e usa métodos quantitativos para
estudar a ocorrência de doenças nas populações humanas e para definir estratégias de
prevenção e controle.
Por exemplo, por volta de 1950,4 Richard Doll e Andrew Hill estudaram a relação entre hábito
de fumar e a ocorrência de câncer de pulmão entre médicos britânicos. Essetrabalho foi
precedido de estudos experimentais sobre o poder carcinogênico do tabaco e por observações
clínicas relacionando o hábito de fumar e outros possíveis fatores ao câncer de pulmão.
Estudando coortes com longos períodos de acompanhamento, eles foram capazes de
demonstrar a associação entre o hábito de fumar e o câncer de pulmão (Figura 1.1).
 Estudo: a epidemiologia como disciplina básica da saúde pública tem seus fundamentos
no método científico.

 Freqüência e distribuição: a epidemiologia preocupa-se com a freqüência e o padrão


dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na população. A freqüência
inclui não só o número desses eventos, mas também as taxas ou riscos de doença nessa
população. O conhecimento das taxas constitui ponto de fundamental importância para
o epidemiologista, uma vez que permite comparações válidas entre diferentes
populações. O padrão de ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-
doença diz respeito à distribuição desses eventos segundo características: do tempo
(tendência num período, variação sazonal, etc.), do lugar (distribuição geográfica,
distribuição urbano-rural, etc.) e da pessoa (sexo, idade, profissão, etnia, etc.).

 Determinantes: uma das questões centrais da epidemiologia é a busca da causa e dos


fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-
doença.

 Com esse objetivo, a epidemiologia descreve a freqüência e distribuição desses eventos


e compara sua ocorrência em diferentes grupos populacionais com distintas
características demográficas, genéticas, imunológicas, comportamentais, de exposição
ao ambiente e outros fatores, assim chamados fatores de risco. Em condições ideais, os
achados epidemiológicos oferecem evidências suficientes para a implementação de
medidas de prevenção e controle.

 Estados ou eventos relacionados à saúde: originalmente, a epidemiologia preocupava-


se com epidemias de doenças infecciosas. No entanto, sua abrangência ampliou-se e,
atualmente, sua área de atuação estende-se a todos os agravos à saúde.

 Específicas populações: como já foi salientado, a epidemiologia preocupa-se com a


saúde coletiva de grupos de indivíduos que vivem numa comunidade ou área.
 Aplicação: a epidemiologia, como disciplina da saúde pública, é mais que o estudo a
respeito de um assunto, uma vez que ela oferece subsídios para a implementação de
ações dirigidas à prevenção e ao controle. Portanto, ela não é somente uma ciência,
mas também um instrumento.

Boa parte do desenvolvimento da epidemiologia como ciência teve por objetivo final a melhoria
das condições de saúde da população humana, o que demonstra o vínculo indissociável da
pesquisa epidemiológica com o aprimoramento da assistência integral à saúde.

Os temas tratados na epidemiologia não são novos, mas como disciplina académica é
relactivamente nova. Os autores consideram que “ epidemia” é um termo antigo que foi
usado e escrito desde, os tempos da Grécia clássica, “ epidemiologia” surgiu em textos
espanhol por causa de peste, isso século XVI

Peste; doença grave de mau cahieiro Variola;

A partir de 1850 as investigações etiológicas sobre as doenças transmissíveis tomaram grande


impulso ou grande esforçoe geraram um vasto conhecimento científico, que passou a constar
de capítulo, nos livros higiénicos, com a denominação de epidemiologia”

Tomou Status de discplina Cientifica, na metade do Século XX data do aparecimento dos


primeiros livros, textos, detalhando o conceito e métods, excusivamente dedicado ao assunto

Etimologicamente, “epidemiologia” significa (epi =sobre; demo = população; logos = tratado)


significa o estudo do que afecta a população:

O conceito sempre foi evuluindo Recentemente de modo a abranger praticamente todos os


eventos relacionados com a Saúde das Populações.

Na evolução de uma disciplina que se tornou muito abrangente, o campo da epedemiologia


hoje apresenta várias subdivições por áreas de conhecimentos, e foram surgindo a medida que
os problemas tomaram se prioritário.

No passado a epidemiologia era representado pelas doenças infecciosas e mas tarde por
doenças não infecciosas doenças infecciosa como epidemias de Cólera, pestes Varíolas febre-
amarela que eram afecções de evolução aguda que sempr alarmaram a população e as
autoridades.
Para possiblitar a detecção precose de epidemia, os estudiosos passaram a vigiar; de formar
continua todas as ocorrências e a distribuição das doenças agudas da população; na tentativa
de; busca de agente biológico e especifico para cada doença, depois de alcançar o sucesso da
envetigação das doenças infecciosas de evolução aguda; estendeu-se ou começou o estudo de
outras doenças de evolução crónica como a_ Tuberculose

Todo isso acontecia no países considerados desenvolvido partir dessa situação de doenças de
evolução aguda, evolução crónica que a população sofreu, com os estudos feitos começa a
diminuir a taxa de mortalidade e mobidade

Objectivos da Epidemiologia

É representado por qualquer dano ou agravo á saúde estudando em termos de população.Com


a expansão os conceitos e métodos da epidemiologia, hoje estão sendo aplicados a qualquer
evento relacionado com a Saúde da população e não especificamente a doenças; actualmente
fazem parte da envestigação:

. Faz-se envestigação sobre os hábitos de Fumar;Peso ao nascer; Os níveis de glicemias de uma


população;Fadiga Profissional; Violência urbano; consumo de drogas etc.

Obejectivos de Estudos de E pidemiológicos


Conhecer a Situação de cobertura populacional ou a qualidade do atendimento; com o intuito
de Identificar problemas, assim como investigar as suas causas; propor soluções compatíveis e
avaliar-las com métodos usados em epidemiologia;Concorrer para reduzir os problemas de
Saúde na população.

Conceitos fundamentais da Epidemiologia através dos Tempos.


A ampliação do campo da aplicação de epidemiologia esboçado nos parágrafos anteriores; faz
com que muitas definições surgissem, na tentativa de expressar, com maoir precisão, a nova
realidade.

Não existe um único conceito na epidemiologia porque apresenta várias subdivisões por área
de conhecimento como: doenças infecciosas, crónicas e muitas outras:

Como conseguencia, pode-se encontrar , hoje em dia dezenas deles na literatura, o que
significa que nenhum é aceita por unanimidade.

Epidemiologia é um campo de ciências médicas preocupado com o inter-relacionamento de


vários factores e condições que determinam a frequência e a distribuição de um processo
infeccioso; uma doença; um estado fisiológico; defeitos, incapacidade e morte , distribuição
saúde da população etc.

Epidemiologia é o estudo da distribuição e dos determinantes da Saúde em população


humanaSão 23 conceitos

Conceito .Epidemiologia é ramo das ciências da Saúde que estuda, na população, a ocorrência,
a distribuição e os factores determinante dos eventos relacionados com a etiologia

A Epidemiologia é entendida, em sentido amplo, como o estudo do comportamento colectivo


da saúde e da doença.

Fundamentos da Epidemiologia

A argumentação dos estudiosos consideram que o Príncípio básico da epidemiologia é o de que


os agravos á saúde não ocorram, ao acaso, na população ;

Consideram que a elucidação ou o esclarecimento destes factores responsáveis pela


distribuição das doenças é uma das preocupações constantes da epidemiologia;

O conhecimento dos factores determinantes das doenças permite a aplicação de medidas,


preventivas e curatrivas direcionada á alvos específicos Cientificamente identificados o que
resulta em aumento da eficácia das investigações

VARIÁVEIS DE EPIDEMIOLOGIA

Para falarmos de Variável devemos ter em conta alguns aspectos principais:

1º Onde ocorreu o fenómenos: Variavel do Lugar;

2º Quando inicio o evento: variável de Tempo

2º Qual o grupo alvo? Variavel relactivo a pessoa: aqui encontramos essas pessoas ( idade sexo

Em termos práticos, váriavel: é toda característica sobre qual se coleta dados em uma
investigação: por exemplo, o sexo, a idade, o peso corporal e altura são váriavel

Em termos amplos, variavél é tudo que pode ter ou assumir diferentes valore, O sexo é uma
variável, pois assume dois valores distintos: masculino e femenino, Da mesma maneira,idade,
grupo étinico, procedência, renda, escolaridade, consumo de álcool, morbidade e
mortalidadesão variáveis. Há muitas maneiras de classificar variáveis.

DEFINIÇÃO: Considera-se variável, a qualquer característica de interesse que pode ser medida
por qualquer das formas ou técnicas de medição. Uma variável é uma caracteristica que
descreve um evento, objecto, ser. As variáveis é podem ser mensuráveis ou não. A s
mensuráveis são conhecidas por variáveis numéricas ou quantitativas, sendo
designadas por qualitativas ou não numíricas as não mensuráveis.

Uma variável quantitativa subdivide-se em descrta e continua ( infinito), As variáveis do


tipo descreta resultam de contagem –númerica natural, enquanto, as continuas
resultam de medições-númericos reais. Exemplos: o número de óbitos por uma oença (
v. discreta); peso de uma criança ( V. Contínua). Por sua vez, as variáveis do tipo
qualitativo , assumem duas categorias: ordinais e nominais. Diz –se que uma variável é
qualitativa nominal, quando a mesma indica o nome ou atributos de entes animados ou
inanimados.Ex. Profissão ( medico, carpinteiro, professor etc) .As variáveis ordinais,
estratificam ou colocam em ordem crescente ou decrescente determinados factos
imensuráveis. Ex. avaliação qualitativa ( mau, medíocre, sufciente, bom, muityo bom,
excelente.

Príncipais Variáveis Epidemiologicos

Variáveis Relactivos às pessoas


Classificação das variáveis relactivos

1. Variável Demográfico: são Idade, Sexo e grupo étnico etc.

2. Variável Social: Estado Civil, renda, ocupação e instrução.

3. Variável que expressam estilo de vida: Hábito de fumar, consumo alimentar, prática
de exercícios físico e uso de drogas.

(Sexo; Idade; Grupo étnico; Estado Civil; Renda; Ocupação; Instrução Classe social Estilo de
vida)

Fontes de Dados: A escolha de uma variável depende:a) Da utilidade de que se


reveste; assm como dos dados disponíveis.

É difícil obter dados com precisão nos países em vias de desenvolvimento, por ser
frequente não haver registos de nascimentos e analfabetismo; Os registos podem ser
obtidos Registos Civil; Registo do sector de Saúde; Censo Baptismos (Igrejas).
A Idade é uma variável mais importante que se analisa nos inquéritos demográficos

.Em adultos- para ter idade aproximada-liga-se a eventos importantes: exemplo:

-Eleições; Figura pública eleita (presidente); pode se falar da Épocas de Fome;

-Tremores de terra (ex. em Machaze, Haiti, Paquistão) Gurras Epidemias, Construção


de estradas/ linhas férias Regime colonial Independencia etc.Sobre a idade existem
muitos riscos de saúde da criança e que são ultrapasados a medida que a idade passa,

SEXO é comparação mas proporção, porque há diferentes números de homens e


mulheres na população, Alguns aspectos incidem mais no sexo.

Variáveis Relactivo ao Tempo Variáveis Relactivo ao Tempo: é conjunto de


observações ordenadas no tempo (cronologia); As s unidades de tempo podem ser
Minutos; dia; Semana; Mês/Ano.

Para a descrição de um evento epidemilógico para além das variáveis relacionadas


com a pessoa, o Tempo e o Lugar devem estar presentes; para a obtenção da
frequência dos eventos é necessário descrever como os mesmos evoluem:

Séries Temporais são Utilizados para :

.Indicar os riscos que as pessoas estão sujeitas; Monitorar a Saúde da população;


Prever a ocorrência de eventos; Dar informações para explicações causais; Auxiliar na
Planificação da Saúde; Avaliar o impacto das intervenções:

Variáveis Relactivo ao Lugar

A distribuição geográfica dos eventos relacionados com a saúde/doença, é


necessário conhecer o Lugar de ocorrência dos mesmos.
.O exame comparativo dos locais e das condições de vida das comunidades, pode
desvender aquilo que determina as diferenças dos coeficientes da doença.

Unidade das Informações sobre a Distribuição Geografica.


a)É indicar os rescos a que a população está exposta; apontar os riscos a que o
indivíduo está sujeito, por viver em certas regiões ou por visitá-a

b)Acompanhar a disseminação dos eventos; detectar a presença de u evento, em


uma localidade, a comparação com áreas vizinhas, em diferentes momentos, informa a
evolução especial do processo. ( ex. a cólera etc)
c)Fornece subsídios para explicações casuais; Fazer analise geral da
característica fisiologica, social e económica da região para ajudar a compreender
aspectos relacionados com o comportamento de uma doença ( ex. relação entre
classe social, ocupação hábitos de vida.

d)Define as prioridadez de intervenção: Fazer comparação geográfica que permite


um ordenamento das regiões, segundo a magnitude dos respectivos indicadores de
Saúde, fazer também analise.

e) Avalia o impacto das intervenções: interpretar a relação casual entre


determinadas acções e onível de morbimortalidade em, pelo menos, duas regiões.

TIPOS DE ESTUDO DE EPIDEMIOLOGIA

Epidemia explosiva: é chama de “ brusca”, “instantânia”,há um aumento explosivo no


número de casos, em curto período este período é compatível com o período de
incubação da doença ( ex. Cólera)

Epidemia Progressiva ou de fonte múltiplas, a epidemia inicia dum caso primário, dando
origem a casos secundários que se espalham por ondas sucessivas ( ex. Doenças de transmissão
sexual, doenças transmitidas indirectamente .

1.A epidemiologia, foi utilizado para o estudo das doenças infecciosas e carenciais e depois nas
doenças não infecciosa; fezemos estudos epidemiológicos; Para determinar a distribuição da
doença na população; Determinar os factores que influenciam ou determinam essa distribuição

Medidas de Frequencia das Doenças


A Medida da morbilidade: É um dos temas centrais da epidemiologia; É para a
obtenção duma estimativa quantificativa; Este indicador pode ser adaptado para
mortalidade materna e geral, bastando para tal, ajustar a sua estrutura.

São Incidência: Casos novos, como se fosse um filtro, é dinâmica, especificar a


duração do tempo de observação do evento;

PREVALÊNCIA: Casos existentes (Novos e antigos), é como se fosse um retrato, e


é estática;

São expressas através das seguintes Fórmulas/ Taxas:

Nº de casos novos em determinado período


I = ----------------------------------------------- X 100

Nº de pessoas expostas ao risco, no mesmo período

Nº de casos existentes

P =---------------------------------------------x 100

Nº de pessoas na população

Morbidade é o termo usado para dsignar o conjunto de casos de uma dada doença ou soma
de agravos a Saúde que atingem um grupo de indivíduos, em um dado intervalo de tempo e
lugar específico.

A forma mais simples de se determinar a fequencia de uma doença é através da


contagem dos indivíduos afectados. A obtenção de uma estimativa quantitativa
da morbidade em certos momentos pode ser uma tarefa fácil e em outros, dificil

Importância Das Medidadas de Frequência das Doenças:


Frequência é o número de observações de determinado tipo de ocorrências

“ As medidas de frequência das doenças são números que dizem respeito á


saúde das populações delimitadoas no tempo e no espaço, mostram a evolução
de determinada doença numa população, mostram efeitos de acções de serviços
de saúde sobre uma população, mostram os efeitos de medicamentos sobre um
grupo estudado e mostra a sobrevida de grupos observados etc.

As medidas de frequências das doenças: são importantes porque nos mostram a


evolução de uma determinada doença numa população os efeitos de acções de
serviços de saúde sobre uma população, os efeitos de medicamentos sobre um
grupo estudado e a sobrevidada de grupos observados, etc.

A Prevalência é uma medida importante e útil do peso da doença na


comunidade. Por exemplo, o uso da prevalência para sabermos quantas pessoas
com artrite «existem na comunidade, pode ajudar-nos a determinar os recursos
necessários, como clínicas e profissionais de saúde. A prevalência é uma medida
importante para o planeamento de serviçoes de saúde.

2.2 Medidas de Frequências das DoençasAs Medidas de Frequências das Doenças


dividem-se em: Indicadores
1º: Incidência de uma doença: é o número de casos novos da doença num
período de tempo especificado, numa população em risco de desenvolver a
doença.

2º Prevalência de uma doença é o número de casos, em uma população definida, em um


certo ponto no tempo, mede a proporção de indivíduos em uma população que está acometida
pela doença.

Existem duas maneiras principais de se medir a incidência:

1º “Incidência Acumulativa ou acumulada ou risco”

Fornece uma estimativa da probabilidade de um indivíduo desenvolver a doença durante um


período específico de tempo. Relaciona os casos novos e a população exposta no inicio do
período considerado,

Nº de Pessoas que desenvolveram a doença no periodo

I C= ----------------------------------------------- X 100
Número de pessoas sem a doença no inicio do período

Relaciona os casos novos em uma população, tendo em conta o tempo que cada pessoa é
observada e permanece exposta ao risco de desenvolver a doença.

Taxa é a variação de um fenómeno qualquer ao longo de um tempo determinado

Número de casos novos em determinado período

Taxa de incidência = ------------------------------------------------------------- X Constante

Número de pessoas expostas ao risco, no mesmo período

P or exemplo: Em 200 trabalhadores do Hospital Provincial de Lichinga, acompanhadas durante


1 ano, foram diagnosticados 10 casas de HIV. Teremos:

8/200 x 100 = 0,04 = 4% o que corresponde a 40 casos por 1000 estudantes por ano.

TAXA de Prevalência
Número de casos novos em determinada perído

Taxa de incidência = ------------------------------------------------- x constante


Número de pessoas expostas ao risco, no mesmo período

Por exemplo: Entre 200 trabalhadores do Hospital Provincial de Lichinga, acompanhadas


durante 1 ano, foram diagnosticados 10 casas de HIV , Teremos :

8/200 x 100 = 0,04 = 4% 0 que corresponde a 40 casos por 1000 trabalhadores por ano

TAXA de Prevalência
Número de casos existente

Taxa de prevaência = ---------------------------------------- X CONSTANTE

Número de pessoas da população

Por exemplo: Entre os anteriores 200 trabalhadores submetidos a exames, no inicio do mesmo
ano, foram encontrados 6 com exame positivos para tubrculose. Teremos:

6/200 = 0.03 = 3% = 30 Casos de tuberculose por mil.

O QUE MEDEM A INCIDÊNCIA E A PREVALÊNCIA? A incidência e a prevalência medem diversos


aspectos da morbidade.

A incidência reflecte, por exemplo, quantos entre os sadios se tornaram em um dado


período de tempo, ou ainda quando entre os doentes, apresentam uma certa complicação e
morrem após um certo período de tempo. Por este motivo, a incidência reflecte a força da
morbidade, ou da mortalidade (quando se refere de óbitos).

A incidência reflecte a dinâmica com queos casos aparecem no grupo, é um dos factores
determinantes do nível da prevalência. A prevalência representa a proporção da população que
apresenta uma certa doença. Ela aumenta com os casos novos e diminui com a cura e o óbito.

Uso da Incidência e Prevalência A Incidência e Prevalência medem a taxa de portadores de


determinada doença em relação ao número de habitantes sãos em determinado local. A
observação da Frequencia e da distribuição do evento, tendo como recurso a incidência e
prevalência, informaa grandeza e a importância dos danos a saúde da população.
Diferença entre Incidência e Prevalência

PREVALÊNCIA: Casos existentes (Novos e antigos), é como se fosse um retrato, e é estática; ´a


prevalência pode ser vista como uma “fotografia” tirada á população numa determinada altura
onde é apenas determinado quem tem a doença e quem não tem. Assim quando estudamos a
prevalência de uma doença em uma comunidade, não temos geralmente em conta a duração
da doença. Assim, o numerador da prevalência contém uma mistura de pessoas com diferentes
durações da doença e, como consequência disto, não temos uma medida de risco. S e
quisermos medir o risco temos de usar a incidência porque, em contraste com a prevalência ,
só inclui novos casos ou eventos.

As Medida da mobilidade Utilizadas É um dos temas centrais da epidemiologia; É


para a obtenção duma estimativa quantificativa; As Medida da mobilidade mais
utilizadas pelos profissionais de saúde, referem-se a dois aspectos:

1º Morbidade Referida:

Percebida pelo indivíduo e relatada por ele durante uma entrevista. Depende da percepção que
ele tenha das alterações da saúde que varia nos diversos segmentos sociais, por ser
influenciada por aspectos socioculturais. Por exemplo; Inquéritos sobre uso de serviços Públicos
e auto-medicação.

Morbidade Observada ou Diagnosticada por examinadores independente.

Depende dos critérios de anormalidade empregados como referencial, assim como da


habilidade e experiência destes profissionais (em geral, profissional de saúde de nível superior)
em utilizar as técnicas de diagnóstico.

A Morbidade tem a vantagem do fácil acesso a informação sobre o paciente e a colecta de


dados pode ser feita em registos existentes, embora possam existir problemas referente a
abrangência populacional de registos e a qualidade de informação nele contidas. Mesmo com
limitações, o conhecimento obetido, é extremamente útil para orientar os objectivos e
conteúdos de programas de Saúde, a formação do pessoal e temas prioritários para saúde

Fontes de Dados Para o Conhecimento da Morbidade

As fontes de dados para o conhecimento e processamento de indicadores de morbidade podem


ser registros e as pessoas. As informações pertinentes estão dissponíveis sob forma de
estatísticas ou tem de ser obtidos por meio apropriados, por exemplo: os registos rotineiros de
dados são bastante convenientes para o estudo da morbidade.

Epideomiologia das Doenças Transmissiveis (Cadaeias de Infecção)

O conjunto dos elementos nomeadamente, de fontes de infecção, via eliminação, via de


transmissão e porta de entrada, caracterizam a cadeia epidemiológica ou cadeia de transmissão
que demosntra o processo de propagação de doenças transmissíveis em população animais” A
identificação dos mecanismos da propagação da doença torna possível a adoção de medidas
sanitárias capazes de prevenir ou impedir a sua disseminação

FONTES DE INFECÇÃO: é qualquer hospedeiro vertebrado que alberga um determinado agente


etiológico e pode eliminá-lo do organismo, isto é, transmiti-lo Ex. Cão eliminado vírus da raiva
quando morte uma pessoa a contamina.

Existem dois tipos de Infecção Primário e Secundário Fonte de Infecção Primária: é onde o
agente etiológico vive e reproduz-se sendo capaz de trasmiti-lo a um hospedeiroFonte de
Infecção Secundário , onde o agente fica albergado esperando o hospedeiro

VIA DE ELIMINAÇÃO DA INFECÇÃO: É o meio atráves da qual o agente abandona seu hospiteiro
para alcançar o meio exterior e assimo novo hospiteiro EX: Secreções Oro-Nasais; Secreções
Uro-genitais ( Gônadas); Excreções; Placentas, Líquidos Fetais; Exsudatos e Descargas
Purulentas etc.

PRINCIPAIS VIAS DE TRANSMISSÃO UTILIZADAS POR AGENTES BIOLÓGICO DE DOENÇAS:É atrvês de


Contágio Directo ou Imediato; atrvês de transmissão Aerógena; pela Água condaminada, por
alimentos

Doenças Infecciosas; Consdiderações Gerais:

Doenças infecciosas constituem a área mais tradicional da epidemiologia; as doenças


infecciosas são mais facilmente prevenidas e tratadas do que qualquer outro importante
conjunto de agravos á saúde.

Na epidemiologia das doenças infecciosas é necessário estudar um conjunto de factores de


natureza biológica entram aspectos sociais e comportamentais.

Factores Biologicos nesse complexam de doenças infecciosas; para quue haja infecção é
necessário a presença de um agente específico; o meio ambiente propício á transmissão, o
hospedeiro susceítivel.Então depois da interacção destes três elementos é há a chamada
cadeia de epidemiológica ou cadeia de Infecção

Uma da doenças infecciosas mas temíveis na história da humanidade, é a Varíola, que foi
erradicada do Planete.
Existem afecções graves como Peste; esses diminuíram progressivamente de incidência ou
desapareceram de muitas regiões. Existem afecções e existem vacinas eficazes contra a
difeteria; o Tetano; o Sarampo; o Poloomielite, que contribuíram nos últimos anos, para a
diminuição da morbidade e da mortalidade específica.

Existem também infecções urinárias, a vulvovaginite, dermatites, conjuntivites otites são


bastantes frequentes, que ainda constituem um dos mais importantes grupos de afecções, em
qualquer parte do mundo. Alguns especialistas sustentam que elas permanecem como a causa
de morbidade. Existem alguma regiões que já esta a dimunirem as doenças infecciosas, e outras
conntinuam.

Algumas doenças infecciosas: Cólera Difeteria Febre amarela, Febre tifóide, Malaria ,
Meningites tuberculose, Malária Pestes, Tétano Sarampo; SIDA Tubrculose Pulmonar e
Extrapulmonar

Agentes Etiológicos compreendem os seguintes grupos; Virus; Bactrias Fungos Protozoário etc.

Medidas de Prevenção Hoje em dia exsitem numerosas medidas para o control e combate
as doenças infecciosas; medidadas gerais: e acções genéricas para prevenir as doenças ou
limitar as suas consequências:

Medidadas Gerais Para prevenir as consequências é necessário que haja ,Elevação do nível de
vida da população; do poder aquisitivo do salário; a melhoria de condições de trabalho e dos
padrões de escolaridade, alimentação e nutrição, Saneamento do meio ambiente, melhoria da
habitação são as medidas principais pela diminuição acentuada da mortalidade por doenças
infecciosas , em muitos Paises.

Medidadas Específicas São aquelas que compreendem as acções voltadas para uma doença
Por exemplo :

Mortalidade por doenças Infecciosas: A estatéstica de mortalidade por doença infecciosa é um


indicador mais utilizado para descrever as condições de Saúde da população e para mostra a
sua evolução: Noutros Paise reduziu devido o declínio das doenças infecciosas:

Doenças não Infecciosas; Consdiderações Gerais:


Doenças não Infecciosas constituem extensa área da aplicação da epidemiologia. A s doenças
não Infecciosas, especialmente no adulto, são muito comuns, o que pode ser constado por
expressões como “todos nós somos doentes crônicos” Sadio é o que não sabe que é doente”
ou não foi suficientemente examinado.

A medida que o tempo passa a idade vai; as pessoas adeguirem afecções que de maneira ou da
outra, são controladas, embora sem se levrar totalmente de muitasdoenças como por ex:
Deficiência Visuai; dificiência Auditivas, Hipertensão arteial; diabetes; Cirrose hepática,
bronquite, asmas dermatitoses úlceras, Cólon irritável, hemorróides Cálculo renal.

Com a prevalência destes grupos de condições aumenta progressivamente com a idade e há um


número cada vez maior de adultos que alcança a meia-idade e idade avançadas as doenças aqui
enfocadas tendem a predominar o amplamente no quadro nosológico

TermologiasAs afecções incluídas não categoria de não infecciosas, não transmissíveis “


crónicas-degenerativa” são muitas vezes empregadas como sinônimo .Doenças Crônicas são
usada como sinônimo de não infecciosas.

As doenças não infecciosa são aquelas que não se transmite de um homem para outro isto são
doenças crónicas.As designações não –infeccisas; não transmissível crónico degenerativa são
muitas vezes empregadas como sinónimos embora possam ser feitas restrições a este
procedimento.

Doenças Crônicas: Doenças Crônicas: é aquela que apresenta evolução de longa duração,
por isso doença crónica é usada como sinõnimo de não –infecciosa , Mas também uma doença
infecciosa podem ser crónicas pela ocorrência da complicações e, uma condição crónica pode
se transformar em aguda se o tramento precoce encurtar a sua evolução e evita sequelas.

Doença crónica - degenerativa: é uma doença que existe alterações do tecido muscular e dos
gânglios nervososDegenerativa: adulterado, pervertido, alteração das células do organismo
para um tipo de células menos diferenciadas

DOENÇAS NÃO-TRANSMISSÍVEL: A característica desse grupo de enfermidade é o facto de as


doenças não serem transmitidas de uma pessoa para outra, Aqnui não há risco de propagação,
na colectividade; porque não há transmissão do agente. Porém podem existir doenças não
infecciosa que pode ser transmissíveis é o caso de afecções genéticas.

ETIOLOGIA. Embora muito ainda precisa de ser esclarecido existem alguns aspectos básicos
sobre etiológicos que são:

1.Factores Causais: Que resultam de um processo multifactorial, em geral gradativo e


cumulativo, que é explicado por interrelação complexa entre factores Hereditários e não
hereditários.

AGENTES: Algumas doenças não-infecciosas, existem agentes etiológicos Ex: O mercúrio e o


Chumbo, responsáveis por intoxicações; fumo , álcool, os pesticidas, os fertilizantes Ex: a
doença cardiovascular no sexo femenino, mulher hipertensa que fuma e usa
anticoncepcional, sofre de doenças cardiovasculares.
Medidas de Prevenção e Controlo aplicadas nas doenças não – Infecciosas cerne de controlo
das doenças crónicas- degerativas, que a grava a saúde, de maneira geral, reside em evitar ou
proteger a data do seu aparecimento que é prevenção primária; e limitar a extensão do dano,
uma vez o indivíduo esteja afectado Prevenção secundário.

Prevenção Primária: manter o individu sadio o maior tempo possível. Mudança de Estilo de
vida; Educação para a Saúde; Saneamento ambiental; Saúde Ocupacional.Objectivo de manter
o individuo sadio o maior tempo possível observar Factores de Risco e Casualidade, a
eliminação dos factores de risco diminuir a frequência de doenças; Nível colectivo de actuação

Prevenção Secundária: A prevenção Secundária tem o objectivo de evitar ou retartar o


prognostico da doença que se instalou e está em actividade no organismo através de :
Diagnostico precoce; através de da historia clínica e do laboratório Auto-Observação;
Rastreamento em Massa; Exames Periodico de Saúde; Recuperação da Saúde;quantificação do
problema de da colectividade através da estatística inquéritos ou registo da população;etc.

Prevenção Terciária: Reabilitação motora

Generalidade sobre Bio-demografia

Demografia etimologicamente significa Ciencia da população; estudo, Demografia hoje é


sempre e foi ciência das populações humanas ,Assim a demografia será em primeiro lugar, uma
ciência que mede as populações humana , este conjunto renova-se atráves dos jogos dos
nascimentos, dos óbitos e dos movimentos migratórias

Censos e outras fontes de Informações Transição demográfica e epidemiológica

Censo ou Recenseamento, sinifica contagem completa das unidades, pessoas prontuárias


domicílios que compõem ou retratam um dado universo

O crescimento de uma população é expresso pelo número de nascimento mas somado ao de


“imigrantes”descontando –se o número de “óbitos”, determina-se o incrimento demográfico.
Tomando da população em um dado momento, cohecidos atráves de recenseamento, e o
número de nascimento óbitos e migrantes, ocorridos a partir de então .

Este procedimento de contabilidade populacional, em sociedades bem


organzados, não tém mais necessidades de censos demográficos periódicas ,
forma

OS INDICADORES e SUA CLASSIFICAÇÃO

Os dados dos registos hospitalares permitem – para além da informação epidemiológica – o


cálculo de muitos indicadores utilizados em gestão tais como:
Taxas de mortalidade, abandono, transferência e evacuação;
Determinação das áreas de proveniência dos doentes (análise de utência);
Taxa de ocupação das camas hospitalares;
Rendimento das camas; Etc.

Portanto, um Indicador é uma variável que mede um processo. Assim, Indicador de Saúde é
uma variável que nos permite medir alterações do estado ou da situação de Saúde de uma
população ou de uma comunidade.
Como vimos no capítulo sobre a Vigilância Epidemiológica, os indicadores podem ser: Números
absolutos, Percentagens (proporções), Taxas, Razões.

No Sector Saúde, os indicadores são usados para:

Diagnosticar a existência de problemas (Etapa 1 do Ciclo de Planificação – Diagnóstico da


Situação);

monitorizar e avaliar programas.

Um indicador é uma medida que pode ser utilizada para descrever uma situação actual
comparando lugares ou pessoas, ou para verificar mudanças no tempo. Por outras palavras: é
uma informação que pode ser comparada com outras unidades sanitárias, outros distritos,
outras províncias ou países. De uma forma ou de outra, utilizar um indicador é sempre fazer
uma comparação entre o fenómeno analisado e um termo (padrão) de referência.
Outras Definições

“Indicadores são variáveis que ajudam a medir mudanças, directamente ou indirectamente”


(OMS, 1981).

Indicadores são a medida indirecta dum evento ou duma condição. Por exemplo, a medição do
peso da criança contra a idade é o indicador do seu estado nutricional” (Wilson e Sapanuchart,
1993).

Um indicador é uma estatística que representa um interesse directo e normativo, e que facilita
apreciações concisas, abrangentes e equilibradas acerca das condições dos principais aspectos
da sociedade” (Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar, UK, 1969).

“Indicadores são variáveis que indicam ou mostram uma situação definida, e portanto, podem
ser empregues para medir mudança” (A. Green, 1992).

CLASSIFICAÇÃO DOS INDICADORES

Os resultados dos dados brutos calculados, então a informação elaborada, são os indicadores.
Então nós processamos dados porque queremos “medir” os factos. Queremos “medir” porque
queremos descrever, analisar e descobrir mudanças que acontecem nas situações, nas doenças
e nos problemas de saúde.
Os indicadores disponíveis na área da saúde são cerca de 1,500, segundo um inventário do
Banco Mundial. Esta é uma aproximação porque, de facto, eles são infinitos, tantos quantos são
os problemas de saúde. Neste “armazém” de grande dimensão há necessidade de pôr ordem,
classificando os indicadores segundo critérios. Estes podem ser baseados no conteúdo dos
factos medidos, ou na função do indicador no sistema de saúde.

Os indicadores do MISAU são agrupados com base mista, no conteúdo e na função:

7. Económico-financeiros
8. Demográficos
9. Epidemiológicos
10. de Recursos
11. de Actividades
12. de Eficiência
Esta lista é similar à lista da Região Africana da OMS2.

Par fins didácticos e para utilização prática, a classificação aqui sugerida é baseada no papel
que o indicador ocupa no ciclo da planificação e monitoria

Actividades do SIS

As actividades do SIS são (ver também o Ciclo da Informação nos ANEXOS):

 registo
 recolha
 elaboração
 apresentação
 interpretação
 envio
 recepção
 tomada de decisões
Outras duas actividades que são sumamente importantes e que deveriam incluir todas as
actividades do SIS, são:

2
lista de indicadores da sede Regional Africana da OMS aplicáveis à planificação,
A

gestão e avaliação dos Serviços de Saúde agrupa os indicadores do seguinte modo:

I. Indicadores de política de saúde;


II. Indicadores de prestação de Cuidados de Saúde;
III. Indicadores de utilização efectiva dos Serviços de Saúde;
IV. Indicadores de disponibilidade em medicamentos essenciais;
V. Indicadores de promoção do saneamento do meio ambiente;
VI. Indicadores do nível de Saúde;
VII. Indicadores nutricionais;
VIII. Indicadores de vida social e economicamente produtiva.

Por outro lado, a OMS publicou em 1981 uma lista de indicadores de Saúde a serem
utilizados pelos diversos países membros da Organização. Esta lista destina-se a criar
um sistema uniforme que possibilite medir o progresso já alcançado para atingir o
objectivo “Saúde para Todos” e a estabelecer comparações entre os diversos países.
De conformidade com a lista de indicadores propostos pela OMS constata-se que estes
se agrupam em quatro categorias, nomeadamente:

I. Indicadores de política de Saúde;


II. Indicadores sócio-económicos relacionados com a Saúde;
III. Indicadores de prestação e de utilização dos Cuidados de Saúde;
IV. Indicadores do estado global de Saúde .
 controlo de qualidade
 retroinformação

O Controlo de Qualidade

Esta actividade deve ser aplicada a todas as actividades do SIS. Todavia, é indispensável que
após a recolha dos dados, o resumo seja revisto antes de ser enviado ao nível superior assim
como imediatamente após a recepção dos impressos no nível superior. O Controlo de
Qualidade consiste em verificar se nos resumos que chegaram do nível inferior os dados são
completos, correctos e atempados (se chegam a tempo).

 Este assunto está mais detalhado nos slides sobre o “SIS e a Gestão”.

A Inteligência

As informações fornecidas pelo SIS são indispensáveis para poder interpretar, mas
nem sempre são suficientes. A esta informação acrescentamos a nossa experiência,
o nosso conhecimento da área de saúde, o nosso conhecimento da ciência e das
técnicas médicas. Portanto, dever-se-á integrar as informações com uma determinada
experiência e percepção da situação, com base nos valores sócio-políticos e nas
limitantes.

Por exemplo: associar a taxa de incidência do sarampo no Distrito de Matutuíne em


1995 com os dados do SIS, como a taxa de cobertura de vacina anti-sarampo nos
últimos 3 anos, o número de Agentes de Medicina Preventiva no Distrito, e o facto de o
CS apenas vacinar 2 dias por semana e o conhecimento da percepção que a
comunidade tem do sarampo. Todos estes dados em conjunto permitem conhecer a
realidade desta doença no Distrito, discutir as possibilidades de acção e,
consequentemente, planificar.

Portanto, a inteligência está na base das decisões!

A Tomada de Decisão

O objectivo final da recolha de dados é transformá-los em indicadores úteis que possam ser
utilizados na tomada de decisões racionais e informadas (sejam elas decisões técnicas,
logísticas ou estratégicas). Este é um importante meio de melhorar a prestação de cuidados,
já que muitas decisões relativas à saúde são tomadas sem ter em conta as informações.
Muitas decisões são tomadas na base do senso comum ou numa base política sendo
mínimas as decisões racionais informadas.
Esta actividade (a tomada de decisões) não é específica do SIS, mas é importante mencioná-la
para lembrar que a informação de saúde é útil quando é utilizada para a planificação, gestão,
implementação e avaliação dos programas de saúde

A Retroinformação

Uma das formas mais importantes de divulgação dos dados e indicadores de Saúde, é a
retroinformação.

Diz-se que há retroinformação, quando os escalões superiores da hierarquia sanitária devolvem a


informação já trabalhada, analisada e interpretada aos níveis inferiores, onde foi originalmente gerada
mas não tratada.

Portanto, depois de se fazer o controle de qualidade dos dados, é preciso informar ao nível inferior as
nossas opiniões sobre os dados que eles enviaram. Isto inclui retroinformação sobre os erros
encontrados assim como sobre os aspectos positivos dos resumos. A retroinformação deve ser feita com
os mesmos períodos com que se recebem os resumos dos níveis inferiores.

A Elaboração dos Dados

Uma vez feitos os registos e colhidos os dados, estes podem ser imediatamente compilados,
analisados, tratados e interpretados.

Esta é a situação ideal, pois que os dados poderão assim servir imediatamente para
fundamentar decisões.

A elaboração consiste no agrupamento de dados para transformá-los em informações e em


indicadores.

Um dado considerado isoladamente não permite interpretação e, portanto, não é útil para a
tomada de decisão.

A Apresentação da Informação

A apresentação é a organização da informação de maneira que seja mais facilmente


compreensível, por meio de Tabelas e Gráficos. Estes meios facilitam a análise e compreensão
das informações.

As Tabelas e os Gráficos devem estar completos, e devem ter toda a informação necessária.
O Comitê Gestor da Política Nacional de Promoção da Saúde reúne todas as secretarias do
Ministério da Saúde, suas fundações, agências e Conselho Nacional de Secretários Municipais
de Saúde (CONASEMS) e Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS).

Tem como atribuições: articular e integrar as ações de promoção da saúde no âmbito


do SUS; coordenar a implantação da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS
e em sua articulação com os demais setores governamentais e não-governamentais; e
incentivar a elaboração, por parte dos estados, Distrito e toda a comunidade, de
políticas de Promoção da Saúde locais e que considerem as diretrizes da Política
Nacional de Promoção da Saúde.

As condições de classe social, escolaridade, segurança alimentar, habitação, moradia,


bem como o acesso a serviços e bens públicos, vem desafiando a execução de
práticas intersetoriais como estratégias provocadoras de mudanças no nível de saúde
dos indivíduos e de grupos sociais.

A Interpretação da Informação

Consiste na individualização dos factores que determinam uma certa realidade. Por outras
palavras. A interpretação é a tentativa de explicar as causas que provocam um fenómeno ou
situação determinados. Na prática, em geral, consiste em responder às seguintes perguntas:

 porquê há mais nados mortos aqui do que em Marracuene?

 porquê há mais nados mortos este semestre que no 1º semestre?

 qual será a causa provável disto?

 quando isso começou a acontecer?

 onde é que isso aconteceu mais?

 quem está de serviço quando isso acontece?

Assim como muitas outras perguntas similares.

Saber interpretar é a condição indispensável para poder escolher medidas correctivas


adequadas. Para interpretar comparamos indicadores de um período como outro período e,
por ex. de um distrito com outro distrito.
A Inteligência

As informações fornecidas pelo SIS são indispensáveis para poder interpretar, mas nem
sempre são suficientes. A esta informação acrescentamos a nossa experiência, o nosso
conhecimento da área de saúde, o nosso conhecimento da ciência e das técnicas médicas.
Portanto, dever-se-á integrar as informações com uma determinada experiência e percepção da
situação, com base nos valores sócio-políticos e nas limitantes.
Por exemplo: associar a taxa de incidência do sarampo no Distrito de Matutuíne em 1995 com os dados
do SIS, como a taxa de cobertura de vacina anti-sarampo nos últimos 3 anos, o número de Agentes de
Medicina Preventiva no Distrito, e o facto de o CS apenas vacinar 2 dias por semana e o conhecimento
da percepção que a comunidade tem do sarampo. Todos estes dados em conjunto permitem conhecer a
realidade desta doença no Distrito, discutir as possibilidades de acção e, consequentemente, planificar.

Portanto, a inteligência está na base das decisões!

A Tomada de Decisão

O objectivo final da recolha de dados é transformá-los em indicadores úteis que possam ser utilizados na
tomada de decisões racionais e informadas (sejam elas decisões técnicas, logísticas ou estratégicas).
Este é um importante meio de melhorar a prestação de cuidados, já que muitas decisões relativas à
saúde são tomadas sem ter em conta as informações. Muitas decisões são tomadas na base do senso
comum ou numa base política sendo mínimas as decisões racionais informadas.
Esta actividade (a tomada de decisões) não é específica do SIS, mas é importante mencioná-la para
lembrar que a informação de saúde é útil quando é utilizada para a planificação, gestão, implementação
e avaliação dos programas de saúde.

“O sucesso de um SIS mede-se mais pelas decisões e acções influenciadas pela informação do
que através da qualidade e quantidade de dados por ele produzidos. O SIS deve promover a
descentralização da tomada de decisões e a independência das instituições periféricas de
saúde. A informação deve promover mais o bem-estar das populações servidas do que
sustentar o poder burocrático, deve produzir mais e melhores ‘decisões informadas’ do que
assegurar uma mera subordinação e controle”.

PARA QUE SERVE A INFORMAÇÃO?

No contexto das reformas sanitárias, da reforma e modernização da administração pública e da


descentralização, hoje a informação hospitalar deve servir melhor a gerência dos serviços.Com a
descentralização da autoridade, as responsabilidades para o melhor emprego e distribuição dos recursos
financeiros e humanos aumentam, assim, aumentam os problemas de organização, de função, de
estrutura e de infraestrutura que recaem directamente nos ombros dos gestores das US.

A necessidade duma informação eficiente que forneça respostas aos problemas de gestão está,
obviamente, destinada também a aumentar.

Por outro lado, e na perspectiva da descentralização da autoridade de decisão do SNS, o foco do ciclo da
informação muda para o USO. No diagrama a seguir resumimos as etapas principais do ciclo e
consideramos as mudanças que deveriam ocorrer.

APRESENTAÇÃO INTERPRETAÇÃO

PROCESSAMENTO USO
ANALISE Primeiro contacto doente - SNS

RECOLHA REGISTO

Comunidade

Nos países desenvolvidos assim como no continente africano, os hospitais do sector público de saúde
têm 5 modelos de financiamento para as suas actividades:

1. Baseado nos recursos.


O Governo e/ ou os seguros fornecem fundos segundo o número de camas e o número
de funcionários que trabalham numa US;

2. Baseado no volume de actividade prestada (produtos).


O Governo e/ou os seguros disponibilizam fundos segundo o número de consultas, de
DCOs, de operações cirúrgicas efectuadas;

3. Baseado no número de pessoas servidas.


O Governo e as autoridades sanitárias definem a bacia de utentes para cada US do País e,
cada US, segundo o seu grau de especialização responsabiliza-se pela prestação dum
pacote fixo de serviços. Independentemente da utilização real e do volume dos serviços
prestados em cada mês, a US recebe os fundos que correspondem ao número de pessoas
que a US se responsabilizou a servir.

4. Baseado no desempenho.
O Governo disponibiliza fundos segundo o volume de serviços prestados, mas fundos
adicionais são dados segundo parâmetros ligados ao grau de eficiência, à qualidade dos
serviços (grau de satisfação dos clientes) e ao grau de eficácia (resultados na população
servida).

5.Baseado nas receitas cobradas aos doentes e clientes no momento de receber os


serviços e complementado com um dos modelos anteriores.
Este modelo é mais comum nos hospitais privados. Nos hospitais públicos a proporção
de fundos recebidos segundo um dos modelos, de 1 até 4 e a cobrança directa, varia
muito.

O modelo comum no País é o número 1, baseado sobre recursos, adicionado pelo


pagamento directo de alguns serviços nas clínicas e consultas especiais.

A tendência é — e será sempre mais no futuro próximo — de transformar o modelo


presente nos modelos 2, baseados sobre o volume de actividades e no modelo 4,
baseado sobre o desempenho.

Os sistemas de informação deverão, portanto, adequar-se e virar para o


desenvolvimento de indicadores de

 eficiência, que são os que mais servem para medir o volume de


actividades,
 qualidade e eficácia, que são os que mais evidenciam o desempenho.

Indicadores que medem as nossas actividades e a informação virada para a tomada de


decisão e para a gerência dos serviços são os tópicos que vamos apresentar nos
próximos capítulos

DADOS, INFORMAÇÃO E APRESENTAÇÃO


Dados de Saúde

Definição:

Constituem o ponto de partida da representação real dos eventos de saúde.

São um conjunto de observações numéricas (quantitativas) ou não numéricas (qualitativas) de


factos ou características que ocorrem na área de saúde, num grupo populacional a risco, na
prestação de serviços(3

3
As paginas seguintes resultam duma revisão e adaptação do Tema 7 do “Manual Teórico” do HISP, versão Setembro 2002.
Definição e Exemplos de DADOS, INFORMAÇÕES e de INDICADORES

DEFINIÇÕES EXEMPLOS

Dados são: - Número de partos do Hospital Rural de Chókwe,


- Número de casos suspeitos de cólera,
Observações de factos - A Brigada Móvel aplicou 100 doses de vacina Anti-
 os factos podem ser doenças, condições, prestações Sarampo na Localidade de Hókwé,
de serviço ou acontecimentos não sanitários. - Nome e número das localidades afectadas pelas
cheias.
INFORMAÇÕES são: - Número de mortes maternas durante o mês de
Fevereiro de 2001 no Hospital Rural de Chókwe,
Dados brutos agregados - Número de adultos suspeitos de cólera no mês de
cólera no mês de Novembro de 2000 no mesmo
segundo: Hospital,
- Número de crianças de 9 meses de idade vacinadas
Tipo de população (Quem, o Quê) contra o Sarampo no Posto de Saúde de Hókwé
(Chókwe).
Tempo (Quando)

Espaço (Onde)
INDICADORES são: - A incidência (novos casos) de sarampo em Hókwe no ano
2000 é um indicador directo do estado de saúde das
Informações elaboradas crianças na Localidade (eficácia) e indirecto do volume de
vacinações contra o Sarampo nos anos (eficiência do PAV).
Medem as mudanças imediatas duma situação de
saúde (duma forma directa ou indirecta medem a
sua característica),

São sinais de alerta das variações e das tendências


duma situação ao longo do tempo.

(Definição extraída do Manual HISP, versão 2002)


Tabela dos Tipos de Variáveis utilizadas para documentar observações nos serviços
sanitários

Variá vel Exemplo


Idade (dias, meses, anos)

Número de nados vivos


Numérica Discreta
Batimentos do coração/min.
(Números íntegros)
Número de visitas/mês
(contar)
Numero de episódios de diarreia/mês

Numero de criança duma mulher ou família


Quantitativa ou Numérica
Pressão arterial/mm Hg,
Numérica Contínua
Altura em cm,
(números reais)
Peso em Kg,
(bio-sinais e
Hemoglobina em gr/100ml
imagens)
ECG (mV),
(medir)
Raios-X, Tomografia Compute risada (CT),
Ultrasons, Ressonância Magnética (MRI)

Nominais:

Sexo (M ou F), Religião (Crista, Muçulmana, etc.),


Categorial
Grupo de Sangue, Grupo étnico, Altas

Ordinais:

Condição clínica (ligeira, moderada, severa), Fase


(contar) do tumor (estádio I, II etc.), álcool dependência
Qualitativa (ligeira, moderada, grave, etc.), Salários alto,
médio, baixo.

Codificada Códigos da OMS para TB, Malária e outras


doenças, Códigos para identificar medicamentos,
Código para cada tipo de Terapia ou intervenção
ou fisioterapia efectuadas
(contar)

Texto livre Eventos

Linguagem natural História clínica do doente


Tabela dos Tipos de Variáveis utilizadas para documentar observações nos serviços
sanitários

Variá vel Exemplo


A margem de erro com dados tende a aumentar dos números íntegros para a linguagem natural

Fonte: Medical Informatics, by J H van Bemmel and M A Musen, page 31, Table 2.2, Published Springer Verlag,
Germany, 1997. Tabela traduzida e modificada por Dr. B Piotti, Novembro de 2002.

As variáveis segundo os seus tipos podem ser contadas, como contamos as notas do dinheiro
na contabilidade ou medidas, como medimos a Hb do sangue com o espectrofotómetro no
Laboratório ou a altura duma criança com o metro.

As actividades do pessoal tais como as observações de doentes, escutar a história do doente,


examinar as análises, prescrever as terapias transformam-se em dados. Quase todas
actividades do nosso hospital se transformam em dados.

(Exercício 1. Classificação das variáveis)

Na prática quando estamos em frente de nomes de doenças no livro de registo (variáveis


categoriais) devemos contar os nomes diferentes e coloca-los numa tabela de resumo, quando
estamos em frente de fundos (dinheiro) precisamos de ordenar e separar os montantes em
“categorias”, por exemplo fundos para salários e fundos para medicamentos, para depois
somar os valores e coloca-los numa tabela. Transformamos portanto dados qualitativos em
números e números (dados quantitativos) em categorias.

Por exemplo, um doente de baixa tem um diagnóstico de doença e tem uma idade. Ao fim do
mês, o enfermeiro será pedido de contar e classificar as altas:

a) segundo o diagnóstico:

Por ex: pneumonia, malária, meningite,

Isto é contar os nomes das doenças (dado categorial ou codificado segundo a OMS) e
tratá-los como números de altas (quantitativos).

b) segundo os anos de idade:

por ex: doentes até 19 anos, de 20 até 49 anos, de 50 para cima.

Isto é contar números discretos (dados numéricos, quantitativos) e agrupa-los nas


categorias etárias de adolescentes, adultos e velhos (qualitativas).
No início temos os dados que registamos no livro de registos e nos processos clínicos,
logo a seguir, temos que dar “uma ordem” para pode-los analisar e interpretar. A
recolha dos dados em formulários é já iniciar a tratar os dados e pô-los em tabelas.
Depois o processamento dos dados brutos envolve acções múltiplas como a validação
(i.é acertar se os dados são completes, atempados e correctos), a agregação dos
formulários de diferentes enfermarias e serviços, etc.

Aqui vamos examinar as operações básicas a serem desenvolvidas como se o


participante ao curso fosse a pessoa que directamente deve gerir os primeiros passos
até a análise e apresentação do ciclo da informação.

O primeiro passo para dar “ordem” aos dados registados.

As operações mais simples são as de somar valores para obter o total,

- outra é separar este total em sub-totais de grupos e categorias separadas,


- outra é a de agregar dados de formulários diferentes num único resumo (semanal,
mensal, anual, etc.),
- outra é a de reorganizar dados segundo intervalos de valores (range) para poder
melhor analisá-los.

Todas as operações simples para ordenar dados brutos concretizam-se na elaboração


de tabelas. A tabela é um instrumento de análise e de apresentação de dados
fundamental.

Existem várias formas de tabelas: de frequência simples, para ilustrar a distribuição das
frequências, para relacionar variáveis entre se, por exemplo a tabela cruzada 2 x 2, as
tabelas relacionais, em que os valores de variáveis múltiplas são comparadas.

Vamos ilustrar algumas destas operações com exemplos.


Somar poucos dados qualitativos (categoriais) é simples. Isto chama-se calcular a
frequência destes dados. Por exemplo, para calcular a frequência de 3 categorias de
parto: normal, por ventosa e por cesariana num hospital rural durante o ano 2001,
somamos os nados vivos segundo cada um dos 3 tipos de parto. Quando calculamos
as percentagens (%) respectivas dos nados vivos nos 3 tipos de partos e
apresentamos o resultado numa tabela fala-se de obter a frequência relativa dos
eventos (neste caso o tipo de parto).

Tabela 2. Tipo de partos por nados vivos no Hospital Rural de Tipolândia durante 2001
(qualitativos categoriais).

Num. nados vivos Percentagem


Tipo de parto
(Frequência) (Frequência relativa)

Normal 478 79.7 %

Por ventosa 65 10.8 %

Por cesariana 57 9.5 %

Total 600 100 %

Comummente além das tabelas, as frequências de dados qualitativos são apresentadas com:

 diagrama com barras


 gráfico circulares (pie chart).

Somar dados quantitativos discretos (números íntegros) também é relativamente simples.


Por exemplo queremos analisar os números de crianças registadas num inquérito de
agregados familiares e recolher os dados para poder apresentá-los, elabora-se uma tabela de
frequência que relaciona os 2 grupos de números da seguinte maneira:

Tabela 3 – Número de crianças por família (quantitativo, discreto). Inquérito no Distrito 3,


Fevereiro de 2000.
Num. de famílias
Número de crianças Percentagem
(Frequência) (Frequência relativa)

0 7 6.7

1 10 9.6

2 15 14.4

3 25 24.0

4 21 20.2

5 10 9.6

6 6 5.8

7 5 4.8

8 2 1.9

9 3 2.9

Total 104 100.0

Para melhorar a análise e a interpretação é necessário agrupar os valores da variável em


intervalos, dependendo dos objectivos ou das características que se pretendem focar.
Os dados brutos podem ser “comprimidos”, reduzindo o número dos grupos com
intervalos de valores mais amplos ou ao contrario “expandidos”, aumentando o número
dos grupos com intervalos mais curtos.

Tabela 4 – Exemplo de compressão de grupo de dados, Número de crianças no mesmo


inquérito, distrito e ano da Tabela 3.

Nº de famílias Percentagem
Número de crianças
(Frequência) (frequência relativa)

0 7 6.7
1-3 50 48.1
4-6 37 35.6
7-9 10 9.6
Total 0 0

Para somar os dados quantitativos contínuos (números reais), é necessário um pouco mais
de trabalho. É necessário ordenar a série dos valores a partir do valor mais baixo para chegar
ao mais alto. Os números com dígitos depois da vírgula deveriam ser, antes da sua tabulação,
transformados no número inteiro mais próximo ou os dígitos reduzidos a um só. É necessário
também agrupar os valores segundo intervalos (ranges) regulares, cuja amplitude seja
parecida, de maneira a preencher uma tabela que mostre a distribuição da frequência.
Geralmente, os grupos de valores deveriam ser não menos de 5 e não mais de 20.

Tabela 5 – Níveis de Hemoglobina em gr./ 100 ml de 70 mulheres no Hospital de Tipolândia,


Janeiro-Março 2001. Dados brutos registados no Laboratório.

10.2 13.7 10.4 14.9 11.5 12.0 11.0


13.3 12.9 12.1 9.4 13.2 10.8 11.7
10.6 10.5 13.7 11.8 14.1 10.3 13.6
12.1 12.9 11.4 12.7 10.6 11.4 11.9
9.3 13.5 14.6 11.2 11.7 10.9 10.4
1-1.0 12.9 11.1 8.8 10.2 11.6 12.5
1 3,.4 12.1 10.9 11.3 14.7 10.8 13.3
11.9 11.4 12.5 13.0 11.6 13.1 9.7
i 1.-, 15.1 10.7 12.9 13.4 12.3 11.0
1-4.6 11.1 13.5 10.9 f 3.1 11.8 12.2

Tabela 5.a. Níveis de Hemoglobina em gr./ 100 ml de 70 mulheres no Hospital de Tipolândia,


Janeiro-Março 2001. Distribuição da frequência.

Hb em gr./100ml Marcos Num. de mulheres Percentagem

8 i 1 1.4

9 iii 3 4.3

10 iiii iiii iiii 14 20.0

11 iiii iiii iiii iiii 19 27.1

12 iiii iiii iiii 14 20.0

13 iiii iiii iii 13 18.6

14 iiii 5 7.1

15 i 1 1.4

Total 70 100

Além das tabelas, a distribuição da frequência dos valores de variáveis quantitativas numéricas
contínuas pode-se apresentar com:
 histograma,
 gráfico linear (frequency polygon).
(Exercício 2, dar ordem aos dados brutos de assiduidade do pessoal)
Em Resumo, os instrumentos comuns que apoiam a análise dos dados e permitem a
apresentação da informação são

1. Tabelas; simples ; múltipla, cruzada 2 x 2 ;relacional

2. Diagramas e gráficos

Características mandatárias das Tabelas e Gráficos.


As características em comum que devem ser SEMPRE observadas:
1. Título: adequado, o qual deve ser claro e conciso e responder as seguintes
perguntas: Quem ou Que relaciona? Quando? Onde?
2. Cabeçalhos: bem legíveis das colunas e linhas nas tabelas e dos eixos nos
gráficos;
3. Corpo: os valores agrupados segundo categorias, frequência, etc.;
4. Fonte: qual é a origem dos dados, onde e para quem foram registados ou
recolhidos;
5. Legendas: de símbolos e de abreviações nas tabelas e nos gráficos, para os
quais são obrigatórias também as escalas dos eixos;
6. Notas de pé da tabela ou do gráfico: esclarecimentos adicionais e a data da
realizaçã

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Definição: É o processo contínuo e sistemático de registo, recolha, análise, apresentação e
interpretação dos dados e de disseminação atempada da informação de saúde que faculta a
acção pronta de prevenção e de controlo das doenças.

Objectivo:

Conhecer a dinâmica das doenças; Conhecer e prever a evolução do comportamento das


doenças, Ajudar na planificação dos programas de saúde; Permite mostrar que doenças
constituem problema prioritário e que necessitam de programas de controlo,Permite identificar
os grupos de alto risco, as áreas de alta transmissão e a variabilidade no período de
transmissão,Avaliar os programas de controlo; Avaliar a eficácia dos programas preventivos ou
de controlo, comparando a magnitude duma doença antes e depois da implementação dos
programas.

Sistema de Vigilância

Os elementos fundamentais dum sistema integrado de vigilância são:

Livros de registos e impressos de rotina para recolha semanal ou mensal dos casos e óbitos,
ou para notificação individual e um controle contínuo sobre os dados (completos, atempados,
correctos),

Impressos e gráficos, procedimentos e normas para inquéritos sobre surtos e epidemias,


Lista das doenças a serem monitorizadas, definições precisas de caso e um “calendário das
doenças” (as estacões do ano nas quais certas doenças e epidemias são favorecidas),

Fluxo e partilha de informação estável entre profissionais de saúde pública e Laboratório,


pessoal e equipamento para o funcionamento dum Laboratório básico de análises clínicas e de
diagnóstico.

OS INDICADORES e SUA CLASSIFICAÇÃO

Os dados dos registos hospitalares permitem – para além da informação epidemiológica – o


cálculo de muitos indicadores utilizados em gestão tais como:

- Taxas de mortalidade, abandono, transferência e evacuação;


- Determinação das áreas de proveniência dos doentes (análise de utência);
- Taxa de ocupação das camas hospitalares;
- Rendimento das camas;
- Etc.
Portanto, um Indicador é uma variável que mede um processo. Assim, Indicador de Saúde é
uma variável que nos permite medir alterações do estado ou da situação de Saúde de uma
população ou de uma comunidade.
Como vimos no capítulo sobre a Vigilância Epidemiológica, os indicadores podem ser:
Números absolutos, Percentagens (proporções), Taxas, Razões.

No Sector Saúde, os indicadores são usados para:

- diagnosticar a existência de problemas (Etapa 1 do Ciclo de Planificação – Diagnóstico da


Situação);
- monitorizar e avaliar programas.

Um indicador é uma medida que pode ser utilizada para descrever uma situação actual
comparando lugares ou pessoas, ou para verificar mudanças no tempo. Por outras palavras: é
uma informação que pode ser comparada com outras unidades sanitárias, outros distritos,
outras províncias ou países. De uma forma ou de outra, utilizar um indicador é sempre fazer
uma comparação entre o fenómeno analisado e um termo (padrão) de referência.

Outras Definições
“Indicadores são variáveis que ajudam a medir mudanças, directamente ou indirectamente”
(OMS, 1981).

Indicadores são a medida indirecta dum evento ou duma condição. Por exemplo, a medição do
peso da criança contra a idade é o indicador do seu estado nutricional” (Wilson e Sapanuchart,
1993).
Um indicador é uma estatística que representa um interesse directo e normativo, e que facilita
apreciações concisas, abrangentes e equilibradas acerca das condições dos principais
aspectos da sociedade” (Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar, UK, 1969).

“Indicadores são variáveis que indicam ou mostram uma situação definida, e portanto, podem
ser empregues para medir mudança” (A. Green, 1992).

CLASSIFICAÇÃO DOS INDICADORES

Os resultados dos dados brutos calculados, então a informação elaborada, são os indicadores.
Então nós processamos dados porque queremos “medir” os factos. Queremos “medir” porque
queremos descrever, analisar e descobrir mudanças que acontecem nas situações, nas
doenças e nos problemas de saúde.
Os indicadores disponíveis na área da saúde são cerca de 1,500, segundo um inventário do
Banco Mundial. Esta é uma aproximação porque, de facto, eles são infinitos, tantos quantos
são os problemas de saúde. Neste “armazém” de grande dimensão há necessidade de pôr
ordem, classificando os indicadores segundo critérios. Estes podem ser baseados no
conteúdo dos factos medidos, ou na função do indicador no sistema de saúde.

Os indicadores do MISAU são agrupados com base mista, no conteúdo e na função:

13. Económico-financeiros
14. Demográficos
15. Epidemiológicos
16. de Recursos
17. de Actividades
18. de Eficiência
Esta lista é similar à lista da Região Africana da OMS4.

4
lista de indicadores da sede Regional Africana da OMS aplicáveis à planificação,
A

gestão e avaliação dos Serviços de Saúde agrupa os indicadores do seguinte modo:

IX. Indicadores de política de saúde;


X. Indicadores de prestação de Cuidados de Saúde;
XI. Indicadores de utilização efectiva dos Serviços de Saúde;
XII. Indicadores de disponibilidade em medicamentos essenciais;
XIII. Indicadores de promoção do saneamento do meio ambiente;
XIV. Indicadores do nível de Saúde;
XV. Indicadores nutricionais;
XVI. Indicadores de vida social e economicamente produtiva.
Historial
Nos anos 1374-1377 o conceito de vigilância epidemiológica designava a vigilância e
controlo dos contactos de determinadas doenças infecciosas com o intuito de detectar
os primeiros sinais da doença e proceder ao isolamento dos casos — quarentena. O
conceito de quarentena esta associado à epidemia de peste (black death) quando na
República Veneziana na Itália, foram designados dois oficiais para inspeccionarem
todas as embarcações que entravam no porto e desse modo excluir as que continham
pessoas infectadas com a finalidade de proteger a comunidade. Os viajantes foram
isolados por um período de 30 dias (trentini giorni) após a sua chegada para verificar se
desenvolviam a doença. Esse período foi considerado insuficiente estendendo-se
assim o período para 40 dias (quarante giorni) donde surge a palavra quarentena.

Em meados do 1800, em Londres, E Snow, considerado o pai da epidemiologia


moderna, estabeleceu pela primeira vez uma relação de causa e efeito entre a
distribuição de água infectada nos bairros da cidade e o aparecimento de cólera na
população residente. Portanto, um “factor” foi suspeitado e demonstrado infectar as
pessoas por meio dum “vector”, a água, que era utilizada pela mesma população.

Em 1968, a vigilância epidemiológica foi definida como “o estudo epidemiológico de


uma doença considerada como um processo dinâmico, onde intervêm a ecologia do
agente infeccioso, o hospedeiro, os reservatórios, os vectores, o meio ambiente assim
como os mecanismos complexos que influem directamente a extensão da infecção e a
determinação dessa extensão”. Assim, é a “observação contínua de todos os aspectos
da ocorrência e transmissão de uma doença que são pertinentes para um controlo
efectivo e que são determinantes na aplicação de medidas de cuidados de saúde”. Por
outras palavras, a vigilância epidemiológica é definida como a análise tanto da

Por outro lado, a OMS publicou em 1981 uma lista de indicadores de Saúde a serem
utilizados pelos diversos países membros da Organização. Esta lista destina-se a criar
um sistema uniforme que possibilite medir o progresso já alcançado para atingir o
objectivo “Saúde para Todos” e a estabelecer comparações entre os diversos países.
De conformidade com a lista de indicadores propostos pela OMS constata-se que estes
se agrupam em quatro categorias, nomeadamente: .
ocorrência e distribuição das doenças, como dos factores relacionados ao seu controlo, para
a execução oportuna de acções.

Conceito de População
População é definida como conjunto de indivíduos que vivem em áreas geográficas bem
definidas (continente, região, país, distrito, concelho, etc.). Para a determinação da população,
as ferramentas usualmente utilizadas, são:

 Recenseamento ou Censo da População — não é mais do que um inquérito realizado


periodicamente, normalmente de 10 em 10 anos, com a finalidade de determinar certas
características de uma população, em função do número total de indivíduos que habita
numa certa região ou área geográfica num dado momento. Para o caso do
recenseamento populacional, são normalmente produzidas projecções. As projecções
são as previsões da população para os anos seguintes de acordo com a taxa de
crescimento da população que é determinada por meio de algoritmos por peritos
(Instituto Nacional de Estatística) em estudos da população.

 Registos efectuados nas repartições do registo civil — através de nascimentos, óbitos,


casamentos, divórcios.

 Inquéritos por amostragem e inquéritos por sondagem — utilizando amostra


representativa da população, quando é necessário actualizarem alguns elementos
dessa população (por representatividade, entende-se que ao seleccionar os elementos
da população a incluir na amostra, todos os indivíduos tiveram oportunidade
semelhante de serem seleccionados para a amostra).

População em risco
Para efeitos epidemiológicos, a ocorrência da doença deve estar relacionada com a população
em risco. Considera-se população em risco a todo o indivíduo que exposto a um factor possa
desenvolver determinada doença.

Por exemplo, se estivermos a calcular a incidência do cancro do colo uterino, apenas serão
consideradas “população em risco” as mulheres que têm útero. Se por acaso, existir alguma
relação entre o cancro do colo e o uso dos anticonceptivos e, sabendo que a distribuição de
anticonceptivos orais é feita a mulheres dos 15 aos 49 anos, a nossa população em risco serão
mulheres com idade compreendidas entre os 15 aos 49.

Os factores de risco são uma ampla série de factores que cobrem desde os agentes biológicos
de doença como as bactérias, vírus, protozoários, até factores físicos-químicos presentes em
certas condições sanitárias e de ambiente e que aumentam o risco de intoxicação ou
contaminação, até factores não físicos ligados a situações económicas, sociais ou de guerra
que aumentam a pobreza, o stress, o medo e o sentido de insegurança dum grupo
populacional.

A prevenção primária é o conjunto de intervenções que visam eliminar ou reduzir os factores


de risco nas suas raízes causativas, por exemplo o saneamento do meio ambiente.
A prevenção secundária são o conjunto de intervenções que visam tratar precocemente as
pessoas já com sintomas e sinais clínicos ou os portadores de doença sem ainda
manifestações clínicas para prevenir o seu surgimento ou reduzir a severidade do seu decurso,
por exemplo os exames de diagnóstico precoces (screening).

A prevenção terciária é o conjunto de intervenções que visam gerir as doenças crónicas e


prevenir as complicações e as deficiências que elas frequentemente causam, por exemplo
protocolos de alimentação correcta para doentes cardiovasculares ou reabilitação dos
acidentados.

A medição da frequência da doença na população necessita que se estipule um critério de


diagnóstico. Na prática clínica, a definição de caso geralmente assume-se que, para qualquer
doença, a população é dividida em duas classes discretas – os afectados e os não afectados
por outras palavras caso e não caso.

Esta presunção é bem vista a nível hospitalar e em alguns casos achou-se apropriada para a
classificação da população. Por exemplo, a cólera era identificada apenas como ataques de
diarreia profusa e aquosa que era geralmente fatal mas, sabe-se que a infecção pode ser sub-
clínica ou causar apenas uma diarreia moderada. Do mesmo modo, para as doenças não
infecciosas é reconhecida a importância dos pródromos como displasia pré-maligna, carcinoma
in situ, hipertensão moderada entre outras.

Uma das maneiras usada é a medição que considera a natureza quantitativa da


doença. Por exemplo, a distribuição da pressão arterial na população pode ser
sumariado pela sua média e pelo desvio padrão. Por razões práticas, é por vezes
importante separar os diagnósticos em caso e não caso. Dependendo do que se
pretende a definição de caso é sujeita a critérios que tem que ser previamente
estabelecidos tomando sempre em conta a possibilidade de existência de portadores
a sintomáticos (sem sintomas), assim como os que possam estar no período de
incubação, convalescente ou post-convalescente. De um modo geral, existe a
necessidade de estandardização dos critérios de selecção. Um bom exemplo seria,
para efeitos epidemiológicos o seguimento das normas nacionais uniformes
estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

Na vigilância epidemiológica é importante separar os casos clinicamente manifestos


segundo a definição do caso, a qual descreve em detalhe quais são os critérios
clínicos e laboratoriais que uma pessoa deve satisfazer para receber um certo
diagnóstico.
 Caso suspeito, são as pessoas que apresentam a síndroma clínica específica
duma certa doença, mas sem confirmação laboratorial;
 Caso provável, são as pessoas que têm a síndroma clínica e alguns resultados
laboratoriais que são compatíveis com a doença, por exemplo anemia durante
malárias repetidas ou leucócitos durante uma infecção respiratória devida a
bactéria gram-positiva;
 Caso confirmado, são as pessoas que reúnem síndroma clínico e resultados
laboratoriais patognomónicos (específicos) para aquela doença, por exemplo a
presencia do HTZ no sangue por malária ou a presencia de BK no crachá por TB
pulmonar.

Para melhor compreender o estudo da doença e os factores relacionados, existe

necessidade de se fortalecer os conhecimentos em relação a alguns conceitos

elementares de estatística:

A variável do numerador não está incluída no denominador. Neste caso a população não
está incluída de forma nenhuma nas camas hospitalares do sector. Todavia, entre os dois
dados existe uma relação importante para mensurar o acesso aos serviços de saúde. Esta
fórmula é usualmente empregada para indicadores na área da distribuição de recursos no país.
Em 1996, houve 4.400 habitantes por cada médico: número de habitantes (numerador) 4.400: 1
médico (denominador).

PROPORÇÃO
A proporção é uma relação específica entre o numerador e o denominador, e mede quanto (proporção)
o numerador está contido no denominador.

A fórmula é também uma divisão seguida por uma multiplicação, por exemplo um indicador de despesa

O numerador deve sempre ser incluído no denominador.


A proporção geralmente está calculada como uma percentagem.

Os MT gastos por mês no HR de Maxixe podem ser dividida para o total do seu universo de
referencia que é o OE mensal disponibilizado em MT do distrito no mês considerado.
Tradicionalmente na saúde, a percentagem mais corrente é a cobertura de prestação de
serviço relativamente a um grupo alvo do programa de saúde. As percentagens são de uso
universal e pode ser utilizadas para mensurar qualquer facto, elemento ou acontecimento.
TAXA
A taxa é uma relação específica entre o numerador e o denominador ao longo do tempo e
mede a probabilidade que um evento aconteça.

A fórmula é uma divisão seguida por uma multiplicação, por exemplo a taxa de morbilidade é:

(a) Número de casos duma certa doença durante um certo período

X (c)1000

(b) Número de habitantes a risco durante o mesmo período

Onde

a = numerador

b = denominador

c = factor numérico (base) para ajustar o resultado e evitar que seja demais pequeno para ser
analisado e interpretado. A base pode ser: 100, 1.000, 10.000, 100.000 etc., dependendo do
tamanho relativo de a e b.

A fórmula deve sempre por obrigação indicar o tempo de referência.

O numerador deve sempre ser incluído no denominador.

O numerador, como ilustrado pelo exemplo anterior, é o número de casos duma doença.
Todavia poderia ser o número de doses de vacina administrada, o número de mulheres
grávidas observadas nas consultas pré-natais, o número de acidentes de viação ocorridos.
Pode ser um número que descreve qualquer facto ou acontecimento que temos registado e que
pode acontecer, por exemplo: número de antibióticos administrados, número de exames
laboratoriais, número de reuniões da DDS. É a parte mais fácil da fórmula.

O denominador, tradicionalmente, é a população a risco de contrair una doença infecciosa tal


como o cólera ou a TB e que mora na área onde os números de casos (numerador) foram
detectados e registados. Lembra-se que se os casos reportados de dois distritos são
adicionados também as populações de ambos os distritos devem ser adicionadas.

Ter os denominadores disponíveis não é sempre fácil. Os denominadores que são cruciais para
o calculo dos indicadores de saúde são os dados demográficos da população residente numa
data área.

Para a população se entendem pessoas, mas no âmbito desta fórmula, por “população” pode
entender-se todos os totais do universo ao qual o numerador pertence. Por exemplo, se
falamos de resultados de exames laboratoriais os positivos dum mês (o numerador) podem ser
mensurados contra os totais de exames efectuados no laboratório durante o mês.

Há taxas cumulativas, número de consultas ou vacinações cumuladas mês depois mês ao


longo do ano, que permitem de monitorar o cumprimento ou não cumprimento das metas.

Há taxas que se referem a um grupo alvo como no exemplo de vacinações para as crianças
de 0 até 11 meses, as quais representam somente uma percentagem, por exemplo o 4% do
total da população. Para mais detalhes sobre estes aspectos ver o Manual de Procedimentos
do SIS, mencionado na bibliografia.

Há taxas especiais como a mortalidade materna e a nati-mortalidade que usam


denominadores específicos que são os totais dos nados vivos.

A seguir vamos discutir alguns tipos de taxas que são de grande importância na epidemiologia
do País.

TAXA DE INCIDÊNCIA
Incidência significa novos casos que surgem numa determinada população, é um número
absoluto de novos casos. A taxa de incidência de uma doença é a relação entre os novos
casos que ocorrem e o número da população em risco durante, ao longo dum determinado
período de tempo, pode ser um ano ou um mês. A fórmula é:

(a) Número de novos casos durante um determinado período de tempo


X (c )100

(b) Número de pessoas em risco de desenvolver a doença

durante o mesmo período de tempo

O elemento crítico na definição de taxa de incidência constitui os novos casos de doença


medindo eventos – a doença se desenvolve em indivíduos que não tinham a doença. Uma vez
que a taxa de incidência é uma medida de eventos (transição de sem doença para doente), é
considerada uma medida de risco. O risco pode estar presente em qualquer grupo
populacional, grupo etário, homens, mulheres, trabalhadores de uma determinada área ou
mesmo grupos que estiveram expostos a alguns factores ambientais como radiações ou
toxinas químicas. O denominador na taxa de incidência representa o número de pessoas que
estão em risco de desenvolver a doença. Para que a taxa de incidência tenha significado,
qualquer indivíduo que está incluso no denominador tem o potencial risco de fazer parte do
grupo do numerador.

TAXA DE PREVALÊNCIA
Prevalência significa casos existentes (recentes ou velhos) numa determinada população
residente num determinado período de tempo. Constitui apenas um número absoluto de casos
existentes. A taxa de prevalência (point prevalence) é definida como a relação entre o número
de pessoas doentes numa área e num período determinado (num dia específico, num mês
específico, ou num prazo reduzido) contra o número de pessoas da população residente na
mesma área e naquele período específico. Como calcular:

(a) Número de casos numa área e num determinado período de tempo


X (c )100

(b) Número de pessoas residentes na mesma área e no


mesmo período de tempo

Relação entre TAXA DE INCIDÊNCIA e de PREVALÊNCIA


Importa aqui referir que a taxa de incidência mede o surgimento de casos da doença enquanto
que a prevalência a existência da doença.

Incidência significa “novo”; Prevalência significa “todos” (figura 1).

Portanto,

- a taxa de incidência emprega-se para medir doenças infecciosas de curta duração, por

exemplo surtos de cólera,

- a taxa de prevalência emprega-se para medir

doenças de longa duração infecciosas ou não, por

exemplo TB ou cancro da ma

A incidência reflecte a “velocidade” de ocorrência da doença. Uma mudança na incidência


significa que ocorreu uma mudança no balanço dos factores etiológicos (causadores da
doença) por ocorrer flutuação natural ou possivelmente pela aplicação de um programa de
prevenção ineficaz (figura 2).

A prevalência depende de dois factores: da incidência e da cura da doença (figura 3). Significa
que uma mudança na prevalência pode reflectir uma mudança na incidência ou no destino dos
casos ou então em ambos. Por exemplo, melhorando a terapia, diminuindo as mortes mas, ao
mesmo tempo, não proporcionado medidas para a recuperação, pode resultar num efeito
paradoxal aparente de aumento da prevalência da doença

Figura 3. A prevalência e os
A diminuição da prevalência pode resultar não só da diminuição da incidência mas também
pelo encurtamento na cura da doença por recuperação rápida ou por morte em curto espaço de
tempo. No entanto, se a duração da doença reduzir o suficiente, pode ocorrer a diminuição da
prevalência independentemente do aumento da incidência (veja figura 3).

O nível de prevalência (todos os casos) é aumentado pela incidência (novos casos) e diminuída
pela recuperação ou morte dos doentes em questão. Prevalência é o produto da incidência
pela cura. Esta relação é mais visível nos casos estáveis de doença crónica.

A prevalência é usada para a planificação no sector de saúde porque mede a necessidade de


tratar, a ocupação de camas reflectindo assim as necessidades em termos de unidades
sanitárias e pessoal.

TAXA DE MORTALIDADE
É a incidência de mortes por um determinado evento num determinado período de tempo.
Constitui apenas um número absoluto de mortes por um evento. Este valor não nos permite
segregar os diferentes grupos em risco de morte por uma determinada doença ou evento. A
taxa de mortalidade permite de determinar o risco de morte por uma determinada doença. A
taxa de mortalidade, é a relação entre as mortes por uma determinada doença num
determinado período, contra a população total no mesmo período, normalmente por convenção
a população estimada ou projectada no meio de cada ano.

As taxas de mortalidade são numerosas e específicas, portanto, a sua discriminação está fora
dos objectivos destas notas. Mencionamos aqui:

 Taxa de mortalidade geral intra-hospitalar, é o número de mortes ocorridas por


todas as causas na US, divididas pelo número total de altas efectuadas durante um
determinado período de tempo (um ano, um mês), multiplicado por uma base de 100
ou de 1.000.
 Taxa de letalidade, é o número de mortes ocorridas dentro da US e causadas por uma
certa doença, dividido pelo número de casos diagnosticados da mesma doença (casos
de altas ou casos de alta mais casos de consultas externas), multiplicados para uma
base de 100.
 Percentagem de mortalidade proporcional, é o número de mortes ocorridas na US
durante um ano e causadas por uma certa doença, divididas pelo número de mortes
por todas as causas ocorridas na US durante o mesmo período, multiplicadas para uma
base 100.
(Exercícios da Vigilância Epidemiológica)
OS INDICADORES e SUA CLASSIFICAÇÃO

Os dados dos registos hospitalares permitem – para além da informação epidemiológica – o


cálculo de muitos indicadores utilizados em gestão tais como:

- Taxas de mortalidade, abandono, transferência e evacuação;


- Determinação das áreas de proveniência dos doentes (análise de utência);
- Taxa de ocupação das camas hospitalares;
- Rendimento das camas;
- Etc.
Portanto, um Indicador é uma variável que mede um processo. Assim, Indicador de Saúde é
uma variável que nos permite medir alterações do estado ou da situação de Saúde de uma
população ou de uma comunidade.
Como vimos no capítulo sobre a Vigilância Epidemiológica, os indicadores podem ser:
Números absolutos, Percentagens (proporções), Taxas, Razões.

No Sector Saúde, os indicadores são usados para:

- diagnosticar a existência de problemas (Etapa 1 do Ciclo de Planificação – Diagnóstico da


Situação);
- monitorizar e avaliar programas.

Um indicador é uma medida que pode ser utilizada para descrever uma situação actual
comparando lugares ou pessoas, ou para verificar mudanças no tempo. Por outras palavras: é
uma informação que pode ser comparada com outras unidades sanitárias, outros distritos,
outras províncias ou países. De uma forma ou de outra, utilizar um indicador é sempre fazer
uma comparação entre o fenómeno analisado e um termo (padrão) de referência.

Outras Definiçõ: variáveis que ajudam a medir mudanças, directamente ou indirectamente”

Indicadores são a medida indirecta dum evento ou duma condição. Por exemplo, a medição do
peso da criança contra a idade é o indicador do seu estado nutricional” (Wilson e Sapanuchart,
1993).
Um indicador é: uma estatística que representa um interesse directo e normativo, e que
facilita apreciações concisas, abrangentes e equilibradas acerca das condições dos principais
aspectos da sociedade” (Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar, UK, 1969).

“Indicadores são variáveis que indicam ou mostram uma situação definida, e portanto, podem
ser empregues para medir mudança” (A. Green, 1992).

CLASSIFICAÇÃO DOS INDICADORES

Os resultados dos dados brutos calculados, então a informação elaborada, são os indicadores.
Então nós processamos dados porque queremos “medir” os factos. Queremos “medir” porque
queremos descrever, analisar e descobrir mudanças que acontecem nas situações, nas
doenças e nos problemas de saúde.

Os indicadores disponíveis na área da saúde são cerca de 1,500, segundo um inventário do


Banco Mundial. Esta é uma aproximação porque, de facto, eles são infinitos, tantos quantos
são os problemas de saúde. Neste “armazém” de grande dimensão há necessidade de pôr
ordem, classificando os indicadores segundo critérios. Estes podem ser baseados no
conteúdo dos factos medidos, ou na função do indicador no sistema de saúde.

Os indicadores do MISAU são agrupados com base mista, no conteúdo e na função:

19. Económico-financeiros
20. Demográficos
21. Epidemiológicos
22. de Recursos
23. de Actividades
24. de Eficiência
Esta lista é similar à lista da Região Africana da OMS5.
5
lista de indicadores da sede Regional Africana da OMS aplicáveis à planificação,
A

gestão e avaliação dos Serviços de Saúde agrupa os indicadores do seguinte modo:

XVII. Indicadores de política de saúde;


XVIII. Indicadores de prestação de Cuidados de Saúde;
XIX. Indicadores de utilização efectiva dos Serviços de Saúde;
XX. Indicadores de disponibilidade em medicamentos essenciais;
XXI. Indicadores de promoção do saneamento do meio ambiente;
XXII. Indicadores do nível de Saúde;
XXIII. Indicadores nutricionais;
XXIV. Indicadores de vida social e economicamente produtiva.

Por outro lado, a OMS publicou em 1981 uma lista de indicadores de Saúde a serem
utilizados pelos diversos países membros da Organização. Esta lista destina-se a criar
Par fins didácticos e para utilização prática, a classificação aqui sugerida é baseada no papel
que o indicador ocupa no ciclo da planificação e monitoria.

Esquema do Ciclo de Planificação e Monitoria

INDICADORES DO CICLO DO PLANO


IMPLEMENTAÇÃO
BALANÇO da SITUAÇÃO

Metas alcançadasPRODUTOS

RESULTADOS
PLANIFICA ÇÃO

RECURSOS

PROCESSO

IMPACTO
Estado de saúde
Actividades
Fundos
Estado de saúde Necessidade Problemas

Físicos, Humanos

um sistema uniforme que possibilite medir o progresso já alcançado para atingir o


objectivo “Saúde para Todos” e a estabelecer comparações entre os diversos países.
De conformidade com a lista de indicadores propostos pela OMS constata-se que estes
se agrupam em quatro categorias, nomeadamente:

V. Indicadores de política de Saúde;


VI. Indicadores sócio-económicos relacionados com a Saúde;
VII. Indicadores de prestação e de utilização dos Cuidados de Saúde;
VIII. Indicadores do estado global de Saúde .
Finalidades, Objectivos, produtos, indicadores,

comportamentos e na pratica da população


Efeitos nos conhecimentos, atitudes,
condições

EFICIÊNCIA
PREVALÊNCI QUALIDADE EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA IMPACTO
(QUALIDADE)
A
MONITORIZAÇÃO & AVALIAÇÃO

(Extraído e adaptado do Manual da OMS)

Se o indicador está relacionado com a “medição“ da disponibilidade de recursos, como por


exemplo a razão enfermeiras parteiras disponíveis contra o número de habitantes ou o número
das US periféricas dum distrito, isso será classificado como indicador de recursos.

Se o indicador está relacionado com o volume de actividades dum hospital, como por
exemplo a razão entre o número de partos por cada parteira, será classificado como indicador
de eficiência.

[Exercício 3: Distribuir uma lista de indicadores a serem classificados]


Classificação de Indicadores
(Alguns exemplos)

CATEGORIA EXEMPLO

- % de Postos de Saú de geridos por pessoal


serventuá rio
Recursos - % de US com geleiras do PAV em funcionamento
- % de US com falta de vacinas durante um certo
período
- Nº de camas por 1.000 habitantes
Volume de Actividades - Taxa de Cobertura de partos institucionais
- Taxa de utilizaçã o das Consultas Externas
- Quebra Vacinal entre a 3ª e 1º doses da vacina DPT
- Frequência de Atendimento nas Consultas Pré-Natais
Qualidade por mulher gravida
- Índice de Cumprimento da 3ª dose da vacina
Tetravalente
- Tempo médio de espera nas Consultas externa
- Partos atendidos por Parteira
Eficiência - Dias Camas Ocupadas por enfermeiro
- Taxa de Ocupaçã o das Camas
- Tempo Médio de Internamento
- Taxa de Incidência das doenças alvo do PAV, por
exemplo
Eficácia - Taxa de Incidência por Sarampo ou Nº de novos
casos de poliomielite aguda,
- Taxa de Letalidade intrahospitalar da Diarreia
Impacto ou - Taxa de Baixo Peso à Nascença
- Taxa de Mau Crescimento
Estado de Saúde - Sero-prevalência por HIV/SIDA
- Taxa de Mortalidade Infantil

[Extraído do Manual de Normas e Procedimentos do Sistema de Informaçã o de Saú de, DPC,


MISAU]
Capítulo 7

ALGUMAS DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Eficiência

A eficiência é a habilidade em alcançar o máximo dos resultados com o mínimo de recursos.


Os indicadores relativos aos recursos (orçamento, pessoal, tempo, equipamento, etc.) e ao
volume das actividades avaliam a eficiência do pessoal e do sistema. Utilização de recurso de
uma forma racional de tal forma que cada recurso produza um certo volume de
actividades/resultado desejado(s).

Exemplos de indicadores são: a razão de parteiras presentes num dado distrito por habitante
(recurso) ou a razão dos partos por parteira ou ainda o número de intervenções de cirurgia por
cirurgião (volume de actividade).

Diz-se que um programa é eficiente quando os esforços envidados para o executar obtêm o
melhor aproveitamento possível dos recursos que lhe foram consagrados. Portanto, a eficiência
diz respeito ao volume de actividades realizadas através dum certo recurso.

Os indicadores de eficiência mais comuns são os seguintes:

Os indicadores de eficiência hospitalar permitem reconhecer Unidades Sanitárias e enfermarias


onde as camas são sub utilizadas, ou, o contrário, insuficientes para suportar o movimento
existente.

Exemplo: Se uma enfermaria tem – durante alguns anos – uma TOC de cerca de 25%, um TMI
de 5 dias e um RC 1,5 doentes/mês, podemos concluir que as camas desta
enfermaria são insuficientemente aproveitadas e, podemos tomar a decisão de
reduzir o seu número.

Eficácia

A eficácia é o efeito directo (resultado) dum programa específico de saúde ou dos serviços
preventivos e curativos no seu conjunto sobre aspectos do estado de saúde da população alvo.
Os indicadores relativos avaliam os resultados das intervenções e também a distância entre
resultados esperados e os realmente alcançados. Por outras palavras, a eficácia corresponde
às actividades realizadas com uma certa qualidade através dos recursos disponíveis.

Por exemplo, a redução da incidência anual de sarampo no país, numa província, num distrito é
o efeito da implementação do PAV e será proporcional à meta estabelecida no início do ano.
Diz-se que um programa é eficaz quando os resultados obtidos se ajustam aos objectivos e às
metas destinados a reduzir as dimensões de um problema ou a melhorar uma situação pouco
satisfatória.

Impacto

O impacto é o efeito indirecto dum programa específico de saúde ou dos serviços preventivos e
curativos no seu conjunto sobre o estado geral de saúde e as condições sócio-económicas da
população alvo.

Por exemplo, o efeito que o Programa de SMI tem sobre a morbi-mortalidade infantil, pré-
escolar, materna geral, sobre o aproveitamento escolar e sobre a produtividade agrícola do
sector familiar. Portanto, a avaliação do impacto é mais difícil de realizar porque não se refere
aos objectivos esperados através dos programas de saúde mas sim aos seus efeitos indirectos
e colaterais. O impacto mostra o elo estrito que existe entre saúde, bem-estar e riqueza duma
nação. As intervenções de tipo político, económico, social e cultural também ao par dos
programas de saúde, afectam as condições ambientais e de vida, os hábitos e os
comportamentos das pessoas. Os indicadores de estado de saúde tais como o estado
nutricional das crianças medem o impacto do suporte nutricional da saúde e das medidas
tomadas contra a pobreza.

Outro exemplo: se o programa de controle do SIDA tem como objectivo a redução da incidência
e da mortalidade determinada por esta doença a medição do seu impacto pode ser tentada
através da resposta a algumas das seguintes perguntas:

- o programa contribuiu para a redução da incidência de outras DTS?


- o programa contribuiu para a redução de abortos provocados?
- o programa contribuiu para a diminuição e nascimentos ilegais?
- o programa contribuiu para a redução da prostituição?

Daqui resulta claro que a avaliação do impacto:

- não pode ser feita através dos dados rotineiramente recolhidos através do SIS,
- precisa de inquéritos que podem ser complexos e acarretam custos elevados,
- interessa particularmente e é responsabilidade dos níveis centrais dos sectores saúde e
da economia.

Qualidade
A qualidade6 é um atributo das prestações dos serviços de saúde para com o doente, o cliente
ou a população alvo (no caso de actividade preventiva). Os indicadores relativos à qualidade
referem-se, na sua maioria, às actividades do pessoal e à sua organização (indicadores de
processo).

Por exemplo, o tempo de espera nas bichas de consultas, a precisão das prescrições
medicamentosas.

Em segundo lugar, há indicadores para medir a presença ou ausência de recursos essenciais.

Por exemplo, onde não há técnico nem médico não se pode garantir cesarianas para os partos
complicados e mulheres grávidas podem morrer.

Enfim, há indicadores para medir a qualidade do desempenho do pessoal e os efeitos do tratamento


médico ou cirúrgico nos doentes (indicadores da qualidade dos resultados).

Por exemplo, parteiras que não assistem devidamente o parto e contribuem para uma taxa elevada de
nados mortos com foco positivo à entrada ou cirurgiões que têm uma elevada taxa de infecções pós-
operatórias.

Monitorização

É um processo continuo de vigilância da implementação do plano, do programa, da actividade, através a


recolha sistemática de dados e o calculo periódico de indicadores sobre os recursos, a maneira, a
qualidade, o volume de trabalho dos serviços (outputs). A sua finalidade está virada principalmente para
a medição da disponibilidade de recursos, eficiência e qualidade dos processos, mas também pode ser
utilizada como ajuda das avaliações para medir a eficácia e o impacto das intervenções. O seu valor é
apoiar os gestores para controlar se as actividades estão a desenvolver-se como planificadas e ajusta-las
consequentemente e se os resultados (outcomes) esperados são obtidos. Segundo o tipo pode ser: de
rotina (regular, continua, baseada sobre relatórios predefinidos e lista de indicadores) ou a curto prazo
(limitada, mirada a processos e actividades novas, para resolver um problema especifico). O seu valor é

6
Qualidade dos serviços: A qualidade refere-se aos procedimentos, as condutas utilizados para
prestar os serviços. Só serviços de boa qualidade produzem bons resultados.
Em geral, para controlar a qualidade dos serviços é preciso observar directamente os
procedimentos aplicados ou ter informação indirecta sobre os mesmos.

Por exemplo: durante uma sessão de vacinação, pode-se anotar (observação directa) que
percentagens de aplicações de vacinas são feitas com uma seringa e uma agulha diferentes.
Durante uma visita de supervisão, pode-se analisar os processos clínicos relativos a crianças
com diarreia (análise indirecta), para investigar se foi avaliado e registado o seu grau de
desidratação e se o tratamento aplicado correspondia ao necessário.

Em geral, a qualidade dos serviços não é mensurável através dum sistema de informação de
rotina.
de representar um instrumento de gestão substancial para identificar os problemas, tomar medidas
correctivas, medir o alcance das metas e o progresso do estado de saúde.

Avaliação

é uma apreciação periódica e geralmente sistemática dum plano, dum programa, dum projecto
ou dum serviço de saúde. A avaliação está utilizada mais que tudo para apreciar os resultados
(outcomes), então a eficácia e o impacto das actividades efectuadas e o alcance dos objectivos
dos planos. Pode ser empregada também para validar a pertinência dos objectivos dum plano,
como instrumento complementar de prestação de contas, ou como apreciação da gestão dum
programa. Medição de indicadores de eficiência e de qualidade dos serviços são as vezes
utilizados. A sua finalidade é formativa quando fornece evidência sobre os resultados e o
desempenho dum sistema ou dum plano.

O seu valor está no envolvimento de todos os actores na identificação das causas dos sucessos
e dos fracassos, na identificação e valorização das práticas melhores e no fornecimento de
recomendações e lições úteis para o futuro. O exercício ajuda os gestores a aprender da
experiência passada para desenhar os planos e os programas futuros e reorganizar os serviços
de saúde, é também um instrumento de gestão dos programas (como a monitorização). Ela
varia de tipo segundo a sua finalidade, duração e abrangência. Pode aplicar métodos
múltiplos: desde os métodos de pesquisa académica e operacional tradicionais até os
inquéritos rápidos de revisão de iniciativas pontuais.

TRIBUTOS DOS INDICADORES DE SAÚDE


Os indicadores de Saúde devem ter um certo número de qualidades ou atributos que a seguir
se indicam:

(i) Relevante, está relacionado de forma estreita e significativa às actividades, ao


desempenho e aos resultados;
(ii) Útil para acção, capaz de ajudar a tomada de decisão;
(iii) Fácil de gerar e calcular, baseado sobre dados disponíveis nos sistemas de
informação de rotina, ou originários de inquéritos, que estão ao alcance da capacidade
e da disponibilidade financeira do pessoal de saúde ou dos serviços de estatísticas
nacionais. Por outras palavras: deve haver garantia de acesso aos dados de base;
(iv) Simples, ser facilmente perceptível e interpretável para além de se calcular a partir de
dados que possam ser facilmente colhidos e processados;
(v) Sensível, capaz de medir as mudanças dos eventos no tempo, quer dizer que sejam
sensíveis às alterações da situação que medem;
(vi) Específico, isto é, capaz de representar ou reflectir os aspectos ou características dum
dado acontecimento e só daquele e não de outros;
(vii) Ético, recolhido de forma aceitável e originário de fontes compatíveis com os princípios
éticos de uma dada sociedade.

Por outro lado, os indicadores devem ser baseados sobre dados:

 Precisos, quer dizer confirmados verificando os cálculos e o seu sentido lógico;


 Válidos, isto é, recolhidos através de um método capaz de medir de forma verdadeira e
exacta os fenómenos visados – ou seja que representem de forma verdadeira a medição
dos fenómenos;
 Confiáveis (objectivos), quer dizer, com valores coerentes e que se repetem no tempo
em circunstâncias similares, ainda que calculados por pessoas diferentes;
 Representativos, ou seja capazes de representar as características de todos os grupos
da população visada.

O indicador ideal deve satisfazer a TODOS os requisitos atrás referidos·!

Indicadores de eficiência hospitalar


Nesta secção são fornecidos os conceitos elementares para os indicadores de eficiência
hospitalar.

Dados básicos e definições


A) Número de camas permanentes; (i.é: oficialmente definidas pela autoridade);
B) Número de dias/camas disponíveis: multiplique (A) pelo número de dias do período
considerado (número de dias do mês, do trimestre, ou do ano);
C) Total das altas, adiciona D+ E + F + G;
D) Altas (nomeadamente definitiva ou provisória, a pedido, disciplinar, e administrativa);
E) Transferências;
F) Abandonos;
G) Óbitos;
H)Total de dias de internamento (soma de dias camas ocupadas por um doente no período).

Indicadores:
G
1.Taxa global de mortalidade intra-hospitalar X 100
C
H
2. Tempo médio de internamento
C
H
3. Taxa de ocupação de camas X 100
B
C
4.Rendimento médio da cama
(rotação de doente por cama)
A X Período em meses
(B – H)
5. Intervalo de rotação da cama
C

Os indicadores de eficiência hospitalar permitem reconhecer US e enfermarias onde a gestão


do fluxo de doentes é pouco organizada, o pessoal qualificado não é suficiente ou não há
princípios de gestão e disciplina efectivos.

Uma taxa de ocupação de camas de 30%, um tempo médio de internamento de 5 dias e um


rendimento de cama de 1,5 doentes/mês sugere que a US é insuficientemente aproveitada.

Com uma taxa de ocupação de 120%, um tempo médio de internamento de 4 dias e um


rendimento de 9 doentes por cama por mês permite concluir que o hospital ou a enfermaria
estão superlotados e os princípios de admissão e alta não são certos, ou que há uma falta
crónica de camas nesta área ou distrito.

Uma taxa de ocupação de camas acima de 100% e um tempo médio de internamento de 15


dias sugere que os doentes ficam demasiado tempo sem ter as investigações ou tratamentos
necessários.

Os dados necessários para ter o quadro completo dum hospital ou duma enfermaria são 3
(chamados também números dourados).

- Número de camas disponíveis (oficialmente definido em cada ano pela direcção


competentes sem considerar as camas extras transitórias);
- Total de dias de internamento dos doentes,
- Total de altas (incluindo óbitos, transferências e abandonos).
Destes três números podemos extrair 5 indicadores de eficiência que permitem uma análise e
interpretação dos rendimentos à direcção hospitalar e a outras entidades supervisoras.

Por exemplo: quanto mais alto for o rendimento médio da cama (a rotação de doentes por
cama) e curto o intervalo de rotação de cama, mais acessível a muitas pessoas é o hospital e o
pessoal clínico é capaz de diagnósticos e tratamento tempestivos.

Por outro lado, um intervalo de rotação por cama elevado ou médio, mas, um intervalo elevado
de rotação de cama, sugerem que o pessoal do hospital “despacha” os doentes admitidos em
tempo breve, mas os doentes não procuram muito aquela instituição.

USAR MUITOS OU POUCOS INDICADORES?

Sendo o indicador o resultado do tratamento de dados, é aconselhável usar POUCOS


INDICADORES (para cada fenómeno), ou seja, os estritamente necessários para que assim se
EVITEM:

- desvio excessivo de recursos (pessoal e tempo) para a recolha de informação;


- sobrecarga do sistema informativo com informação não utilizada.
O ideal seria dispor de indicadores que pudessem ser medidos directamente e que
constituíssem portanto os dados básicos dum Sistema de Informação para a Saúde. Contudo,
nem sempre isso é possível e o indicador só se obtém pelo tratamento de um ou mais dados
básicos do Sistema de Informação de Saúde.

Daí a necessidade e importância de se seleccionar os melhores indicadores para o(s)


fenómeno(s) a ser analisado e

Acumular experiência na sua recolha, interpretação e utilização.

Quando um indicador é utilizado para avaliar ou monitorizar um programa, ele deve ser
escolhido ANTES da execução do programa. Portanto, nunca se deve fixar objectivos e
elaborar planos sem definir previamente os indicadores de avaliação.

Se os indicadores não são definidos previamente

a) aumenta a subjectividade da avaliação (i.e. se os indicadores forem definidos a meio ou


no fim da execução do programa existem uma grande probabilidade de serem
escolhidos aqueles que nos são mais “favoráveis” ou “desfavoráveis” dependendo da
atitude do avaliador face ao programa).
b) Pode ser simplesmente impossível qualquer avaliação por falta dum sistema informativo
previamente organizado (os registos não permitem colher os dados necessários para
construir os indicadores que nos interessam).

COMO SELECCIONAR O PACOTE MÍNIMO dos INDICADORES ESSENCIAIS?

A selecção dos indicadores mais apropriados implica muita capacidade quer para apreciar as
prioridades do SNS, quer para construir o consenso entre os utilizadores da informação. Para a
selecção são também necessários profissionais especializados nos diferentes serviços, e
pessoal com experiência de gerência das decisões a serem tomadas na rotina do desempenho
do sector. (Atributo da relevância e utilidade).

A lista dos indicadores tem que ser a mais reduzida possível. Tendo sempre em conta a
capacidade do pessoal e a necessidade que a recolha da estatística é uma tarefa
complementar, a par do desempenho principal que está nas áreas de promoção, prevenção ou
cura. (Atributos da simplicidade e facilidade).

As listas existentes de indicadores já elaboradas por Agências Internacionais e Regionais são


úteis como referência e como critério de escolha. Quando surgem dúvidas na escolha,
selecciona-se o melhor indicador com base nos seguintes critérios básicos:

Auxilie-se da FICHA para selecção e preencher:

1. Estabelecido o grande grupo de funções ao pertence a actividade ou intervenção a ser


desenvolvida. Defini-la com a maior precisão possível.
2. Definir a informação necessária para medi-la e para tomar decisões.
3. Definir os indicadores disponíveis e classifica-los segundo o ciclo da planificação.
4. Responder as seguintes perguntas:
5. O indicador é valido, implica uma recolha de dados que medem de forma exacta e
apropriada o evento?
6. É fácil em termos de tempo e dinheiro recolher os dados necessários para o cálculo do
indicador?
7. É capaz de medir e captar as mudanças (sensível)? É capaz de medir as
características próprias da actividade e não de outras similares (específico)?
8. É importante e pertinente para tomar uma decisão acerca da actividade (relevante)?
9. Atribuir marcos segundo uma escala elementar, por exemplo, de 1 a 3 cruzes (+), a
cada indicador, visando escolher o indicador com mais marcos.

Nos exemplos a seguir comparamos indicadores de tipo diferente para poder aumentar no
pouco tempo a disposição o espectro das possibilidades. Na prática dos serviços e dos
programas esta primeira selecção de indicadores está usualmente já efectuada pelo nível dos
OC ou por DPS. Nos hospitais a selecção acontece entre indicadores que todos concorrem
para medir a mortalidade (resultado), ou a qualidade das actividades (processo) ou o volume
de actividade prestadas (produtos). Então os indicadores “candidatos” para escolha são muito
mais similares e a comparação entre eles está mais precisa.
Estes exemplos devem ser lido seguindo a lista dos passos e das perguntas da página anterior.
Os três grandes grupos de funções são
1. Gestão do doente,
2. Gestão da US,
3. Gestão do sistema.

A) Grupo 1- Gestão do doente.

Assumimos que devemos medir a qualidade das prestações nas enfermarias.

Comparamos um indicador de resultado e dois de processo.

A taxa de letalidade por meningite realizou os melhores marcos porque é suficientemente


valido, fácil para recolher, sensível as mudanças, muito especifico e muito importante.

B) Grupo 2- Gestão do hospital

Assumimos que devemos medir o atendimento nas consultas externas.

Comparamos dois indicadores sobre o volume de actividade (produto efectuado) com um


indicador de processo.

O número de visitas externas realizadas por cada profissional em cada sala realizou o valor
mais alto. O indicador represente uma medida bastante precisa do rendimento do pessoal nas
consultas externas, é suficientemente fácil para recolher, está sujeito a oscilações e mudanças,
é especifico para o desempenho do serviço, é importante.

C) Grupo 3 - Gestão do Sistema

Assumimos que devemos discriminar a capacidade dos gestores na utilização dos fundos.

Comparamos dois indicadores de recursos e de volume de actividades efectuadas (despesas)


e um indicador de processo.

O indicador que realizou mais marcos é a% de execução dos fundos que apresenta uma

medida muito verdadeira da eficiência dos gestores na mobilização dos fundos. É fácil para
recolha, está sensível a mudança de ano para ano, é específico para o assunto e bastante

importante para a nossa monitorização.

Departamento de Planificação e Gestão


O Departamento de Planificação e Gestão funciona na dependência directa
do Director Nacional de Recursos Humanos e em estreita colaboração com a
Direcção de Planificação e Cooperação realiza as seguintes funções:
1. Realizar estudos e elaborar propostas relativas à planificação e
controle da gestão de recursos humanos do sector;
2. Levantar, analizar e consolidar os dados sobre os recursos humanos do
sector visando o dimensionamento do quadro de pessoal;
3. Participar nas análises prospectivas sobre força de trabalho do Sector,
em colaboração com a DPC, verificando a sua composição e
movimentação;
4. Prestar orientações técnicas às Repatições Provinciais de Recursos
Humanos e Instituições Subordinadas na Planificação das necessidades
de recursos humanos e na elaboração dos respectivos quadros;
5. Controlar a composição do quadro de pessoal visando a sua
permanente adequação às necessidaes, prioridades e objectivos do
Sector;
6. Implementar e administrar o sistema de informação de pessoa (SIP);
7. Gerar dados estatísticos e relatórios para subsidiar análises das
demais áreas;
8. Coordenar a produção periódica de informações, de forma a facilitar a
tomada de decisão e possiblitar análises de eficiência e eficácia da área
de recursos humanos;
9. Desenvolver projectos e examinar propostas de acções para melhorar
a qualidade dos dados dos sistemas de informação;

Departamento de Formação
Cabe ao Depto de Formação as funções de dirigir, organizar e controlar as
actividades de formação e de especialização técnica de saúde, atribuindo os
respectivos títulos profissionais, devendo nomeadamente:
Elaborar planos e executar programas de formação de acordo com as
necessidades e prioridades estabelecidas para o sector; Programar o
recrutamento e selecção de candidatos a bolsas de estudo; Promover,
orientar e avaliar a execução das actividades de formação; Difinir os perfís
dos profissionais dos técnicos de saúde em estreita colaboração com as
estruturas e instituições utilizadoras desses profissionais e o Ministério da
Educação e Cultura; Definir os objectivos educacionais gerais e específicos
dos cursos de formação e especialização, assim como os curricula e planos
gerais, criando simultaneamente condições pedagógicas para a sua
implementação e desenvolvimento;
Definir critérios para selecção, formação especialização, reconversão e
reciclagem do pessoal técnico de saúde; Definir normas de capacitação e
formação contínua para trabalhadores da saúde;
Elaborar propostas de normas de procedimentos, visando a correcta
aplicação da política de formação do sector; Acompanhar e assistir os
sectores do MISAU, órgãos provinciais subordinadas na realização de
diagnósticos de necessidade de formação;
Efectuar o levantamento das necessidades de formação junto dos
utilizadores para a elaboração do plano anual de formação eplanificação,
execução e avaliação dos respectivos programas;
Orintar e coordenar a aplicação das normas e critérios de admissão de
alunos nas Instituições de formação tuteladas ou admitidas pelo MISAU;
Proceder ou provindenciar a validação e equivalência de cursos concluídos
realizados no estrangeiro em coordenação com o Menistério de Educação e
Cultura;
Supervisar e fiscalizar a organização e funcionamento das Instituições de
Formação do Pessoal técnico de Saúde Promover, planificar e coordenar a
produção e aprovisionamento do material didáctico e outro necessário á
realização das actividades de formação;
Tutelar e dirigir técnica e metodogicamente as instituições de formação do
Serviço Nacional de Saúde;
Manter o registo dos técnicos de saúde e outros formados e que se
encontrem em formação em Instituições do SNS e noutras Instituições
dentro e fora do País.
Área de Legislação e Contencioso, de entre várias actividades que se
realizam destacam-se as seguintes:
Orientar e controlar a aplicação das normas legais nos órgãos provinciais e
instituições subordinadas, zelando pela sua correcta aplicação;
Assegurar a execução e/ou esclarecimento adequado das petições dos
trabalhadores e público em geral;
Dar pareceres jurídicos nos processos disciplinares e recursos interpostos
por trabalhadores do sector;
Realizar estudos sobre a aplicação da legislação de prssoal e propor medidas
adequadas;
Assessorar juridicamente em matéria de gestão de recursos humanos os
Dirigentes dos Órgãos centrais e locais do MISAU e instituições
subordinadas.

SIP- Subsistema de Informação de Pessoal


O Subsistema de Informação de Pessoal (SIP) foi criado em 1993,
funcionando no Ministério da Administração Estatal como parte integrante do
Sistema Nacional de Gestão de Recursos Humanos no Aparelho do Estado e,
mais tarde aprovado pelo Decreto 15/98, de 31 de Março.
O mesmo passou por várias fases (muitas versões), que culmina com o
actual SIP 2003.
Os relatórios gerenciais e operacionais que o SIP produz, quando
combinados, são mais de uma centena. Fazem parte do SIP todos
funcionários que auferem salários através do Orçamento do Estado,
incluindo Estrangeiros e por outros fundos.
O SIP abrange ainda os funcionários que se encontrem em situação de
destacamento ou qualquer forma de ausência temporária.

SIFo - Subsistema de informação de Formação

O SIFo é uma iniciativa do Departamento de Formação para dispor de


informação actualizado sobre as formações contínuas. Faz a recolha, registo,
monitoria e avaliação das actividades de Formação Contínua (FC) do pessoal
de saúde.
O SIFo é um sistema de informação voltado a satisfazer as necessidades de
informação para os gestores de saúde, seja de nível nacional ou local, em
relação as formações dos recursos humanos. Para isso o sistema está
organizado de tal modo que garanta um bom fluxo de informação e conexão
adequada entre o pessoal que gera a informação (aqueles que fazem as
formações contínuas), aqueles que processam dados utilizando a ferramenta
informática do sistema e o pessoal que toma decisões em saúde (gestores).

Incluindo Biologico humana,


O estilo de vida e assistência médica. Assim a saúde é mantida e melorada, não só atrvés da
promoção e aplicação da ciência da Saúde, é também atráves dos esforços e opções de vida
inteligentes do individuo e sociedade.

A relação entre estilos de vida e a Saúde. Existe uma relação de complementaridade porque
as pessoas podem melhorar sua Saúde através de exercício, sono suficiente, mantendo um
peso Saúdável, limitando o uso de álcool e evitando fumar.

Ambiente Biofísico: ( energia alimentos, ar solo, agua habitat)

Ambiente Psicossocial ( condições sociais económicos, políticos e culturais)

Natureza e Ecossistemas
Os Sistemas funcionais da naturessa são os ecossistemas, Estes são constituídos sempre pelas
componentes bioticos e abióticos que mesmo em condições de artificialidade interagem
permanente para manutenção ou restauração do equilíbrio.

Ambienta da Saúde

Elementos básicos da Saúde humana são:

Ár; Água, Alimentos, Clima e Espaço

Factores ambientais que influenciam o aparecimento de doenças e Mal-estar são : Factores


(Biológicos Físicos Químicos Psicológicos Acidentes)

Cuidados de Saúde Primária:

Significa uma para toda a população, depende do grau e desenvolvimento social. O


estado de Saúde de uma comunidade, é pós expressão da Influencia mais ou menos
afectivas, positivas ou negativas, dos factores que concorrem para satisfação das
necessdades básicas.

Administração HospitalarPara todos os profissionais do Estados é fundamental a


Educação continuada em suas áreas de actuação para que possam adquirir e aprimora
conhecimentos e prestar serviços mais adequados á população alvo

Conceito Básicos de Epidemiologia:

Os termos tratados na epidemiologia não são novos, é uma disciplina que atende por
este nome. Em que pese ser “ epidemia” um termo antigo, escritos desde os tempos da
Grécia clássica, a actualmente passou a se chamar por “ epidemiologia” isso no
século
XVI.

A partir de 1850 as investigações etiológicas sobre as doenças transmissíveis tomaram


grande impulso e geraram um vasto conhecimento científico, que passou a constar de
capítulo, nos livros higiénicos, com a denominação de epidemiologia”

Etimologicamente, “epidemiologia” significa (epi =sobre; demo = população; logos =


tratado) significa o estudo do que afecta a população:

Recentemente o conceito evoluiu de modo a abranger praticamente todos os eventos


relacionados com a saúde das Populações.

Definição da Epidemiologia através dos Tempos.


Não existe um único conceito na epidemiologia porque apresenta várias subdivisões por área
de conhecimento como: doenças infecciosas , crónicas e muitas outras:

Epidemiologia é um campo de ciências médica preocupado com o inter-relacionamento de


vários factores e condições que determinam a frequência e a distribuição de um processo
infeccioso; uma doença; um estado fisiológico; defeitos, incapacidade e morte , distribuição
saúde da população etc.

Conceito . A Epidemiologia é o estudo do comportamento colectivo da saúde e da doença

da Saúde(OMS), adotada em sua Constituição de 1948. Este conceito

Educação para Saúde:

Para falarmos desde tema importa nos referir que: é a Prevenção das doenças e a gestão
responsável do bem do pessoal e social da Saúde no âmbito da família, da escola, dos meios
de comunicação social e dos costumes sociais. são metas que não se atingem sem educação
nesse sentido.

Exemplo não é possível atingir metas com problemas do Distrito de Angoche que matam o
Lideres que transmitem a mensagem de cólera como prevenir:

Educação Sanitária: é também educação para conservação e defesa da condições ambientais e


ecológicas que têm influência sobre o equilíbrio da Saúde da populações, para prevenir :

Os efeitos Tóxico a longo prazo sobre o homem, devido ás modificações que causam ao
ambiente natural, com consequente perturbações do equilíbrio ecológico.
Neste Educação Sanitária os interesses económicos vêm em primeiro lugar, antes do bem de
cada pessoa, se não até do bem da população inteira. Traz vantagens a um grupo de pessoas e
desvantagens a humanidade.

Saúde e sociedade

A saúde deve ser entendida como equilíbrio dinâmico condicionado por quadro dimensões:

a) Dimensão Biológica ou Física


b) Dimensão Psicológica
c) Dimensão Ética
d) Dimensão Sócio -ambiental

A Dimensão Socio-ambiental é um factor condicionante par a saúde da Sociedade

Devido á crescente pressão da sociedade sobre o individuo; o forte impact Tecnológico sobre
ambiente como: o efeito da industrialização e da Urbanização.

Falamos da poluição da água e dos alimentos, do ar do sistema nervoso- mental,; devido ao


crescente múltiplos factores de distúrbios ( barulho etc); explica se também as
responsabilidades que cada um da comunidade deve ter na manutenção das condições
essências da vida e Saúde do homem sobre a terra.

É importante realizar que a Saúde e Sociedade deve se entender que todas as doenças hoje
devem ser estudadas em quadro epidemiológico e não apenas em suas manifestações
somáticas ou individuais; toda intervenção na Saúde, para ser eficaz deve interessar a própria
Sociedade

Devera encorajar; Financiar e controlar a pesquisa suscitando com a educação Sanitária a


responsabilidade de todos os cidadãos e dos próprios profissionais da Saúde.

Doenças Transmissíveis é a doença causada por agente especifico ( ou por seus produtos
metabolismo que resultam da transformação do agente ( ou seus produtos) de forma directa
ou indirecta saem de um reservatório para um hospedeiro susceptível

Endémia: presença constante de uma doença ou um infeccioso em determinada área


geográfica: Prevalência usual de determinada doença, nesta área.

Epidemia: é a ocorrência numa comunidade ou região de casos de mesmo doença, em número


que ultrapassa
Determinantes da Saúde
Existem quatro determinantes gerais de Saude, incluindo Biologia humana, ambiente, estilo de
vida e assistência médica. Assim a saúde é mantida e melorada, não só atrvés da promoção e
aplicação da ciência da Saúde, é também atráves dos esforços e opções de vida inteligentes do
individuo e sociedade. A relação entre estilos de vida e a Saúde. Existe uma relação de
complementaridade porque as pessoas podem melhorar sua Saúde através de exercício, sono
suficiente, mantendo um peso Saúdável, limitando o uso de álcool e evitando fumar.

Um dos principais factores ambientais que afectam a saúde é a qualidade da água,


especialmente para a saúde das crianças em Paises em desenvolvimento.

Para os Paises Desenvolvidos existe um problema do ambiente natural que ´: A falta de


espaços de Lazer no Bairro conduz a níveis mais baixos de satisfação nesse bairro provocando a
obesidade e, portanto, menor bem-estar geral. Por isso, os benefícios psicológicos positivos do
espaço natural em aglomerações urbanas devem ser levados em conta nas politicas pública e o
uso de terra.

De acordo com a ORGANIZAÇÃO Mundial da Saúde, os primeirosdeterminantes daSaúde


incluem: O ambiente social e económico, o ambiente físico e as características e
comportamentos individuais da pessoa.

O Contexto em que um indivíduo vive é de grande importância na sua qualidade de vida e em


seu estado de Saúde.

O ambiente Social e econômico são factores essenciais na determinação do estado de saúde


dos indivíduos dado o facto de que altos níveis educacionais estão relacionados com un alto
padrão de vida, bem como maior renda.

Geralmente as pessoas que terminam o nível superior têm maior propablidade de conseguir
emprego melhor e, portanto, sãomenos propensas ao estresse em comparação com o
indivíduio com baixa escolaridade

Definições
Quando a Organização Mundial da Saúde foi criada, pouco após o fim da Segunda Guerra
Mundial, havia uma preocupação em traçar uma definição positiva de saúde, que incluiria
fatores como alimentação, atividade física, acesso ao sistema de saúde e etc. O "bem-estar
social" da definição veio de uma preocupação com a devastação causada pela guerra, assim
como de um otimismo em relação à paz mundial — a Guerra Fria ainda não tinha começado. A
OMS foi ainda a primeira organização internacional de saúde a considerar-se responsável pela
saúde mental, e não apenas pela saúde do corpo.

A definição adotada pela OMS tem sido alvo de inúmeras críticas desde então. Definir a saúde
como um estado de completo bem-estar faz com que a saúde seja algo ideal, inatingível, e assim
a definição não pode ser usada como meta pelos serviços de saúde. Alguns afirmam ainda que a
definição teria possibilitado uma medicalização da existência humana, assim como abusos por
parte do Estado a título de promoção de saúde.

Por outro lado, a definição utópica de saúde é útil como um horizonte para os serviços de saúde
por estimular a priorização das ações. A definição pouco restritiva dá liberdade necessária para
ações em todos os níveis da organização social.

Christopher Boorse definiu em 1977 a saúde como a simples ausência de doença; pretendia
apresentar uma definição "naturalista". Em 1981, Leon Kass questionou que o bem-estar mental
fosse parte do campo da saúde; sua definição de saúde foi: "o bem-funcionar de um organismo
como um todo", ou ainda "uma actividade do organismo vivo de acordo com suas excelências
específicas." Lennart Nordenfelt definiu em 2001 a saúde como um estado físico e mental em
que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as circunstâncias.

As definições acima têm seus méritos, mas provavelmente a segunda definição mais citada
também é da OMS, mais especificamente do Escritório Regional Europeu: A medida em que um
indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por
outro, de lidar com o meio ambiente. A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida
diária, não o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades
físicas, é um conceito positivo.

Essa visão funcional da saúde interessa muito aos profissionais de saúde pública, incluindo-se aí
os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e os engenheiros sanitaristas, e de atenção primária à
saúde, pois pode ser usada de forma a melhorar a eqüidade dos serviços de saúde e de
saneamento básico, ou seja prover cuidados de acordo com as necessidades de cada indivíduo ou
grupo.

Saúde Ambiental

O Departamento de Saúde Ambiental - DSA é responsável pela Vigilância dos determinantes


do meio ambiente que constituam um risco para à saúde. Os determinantes de maior importância
são: as doenças transmitidas por vectores, zoonoses, intoxicações, acidentes por animais
peçonhentos, doenças e acidentes relacionados ao trabalho.
Também cabe ao Departamento de Saúde Ambiental - DSA a vigilância de factores ambientais
que podem representar risco à saúde da população como: água, ar solo, desastres naturais,
contaminantes ambientais e produtos perigosos.

Nas situações emergências e de desastres, quando existe risco iminente à saúde colectiva, o
Departamento de Saúde Ambiental - DSA actua de forma integrada com outros órgãos em
acções de vigilância ambiental.

I. MISSÃO DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE AMBIENTAL

Melhorar as condições de saúde ambiental através do controlo dos factores ambientais que
podem representar riscos para a saúde publica tais como: contaminantes, poluentes, produtos
tóxicos e comportamentos que periguem a qualidade da agua, alimentos, ar e solo bem como
promover estilos de vida saudáveis no seio das.

II. OBJECTIVO GERAL

Desenvolver políticas, regulamentos e estratégias que visem a prevenção das doenças


relacionadas com a qualidade da agua, qualidade do ar, qualidade do solo, qualidade dos
alimentos, o saneamento do meio, lixo, vectores (roedores e artrópodes), químicos e o
movimento de fronteiras.

III. OBJECTIVO ESPECÍFICO

1. Estabelecer normas de procedimentos que visem a prevenção de doenças de origem ambiental.


2. Estabelecer normas de procedimentos que visem a protecção da saúde pública.
3. Garantir a aplicação das normas estabelecidas para a área de saúde ambiental.
4. Desenvolver acções de promoção de estilos de vida saudável através da educação sanitária e
cívica e através do envolvimento comunitário.
5. Garantir a participação directa das comunidades nas acções de saúde ambiental.
6. Estabelecer e manter a colaboração intersectorial.

Veja os Termos de Refrencia e o organigrama

Organigrama

A Comissão do Codex Alimentarius, órgão das Nações Unidas é o maior fórum internacional
que promove a coordenação de todos os trabalhos sobre normas alimentares desempenhadas por
organizações internacionais governamentais e não governamentais, a fim de proteger a saúde do
consumidor e assegurar práticas equitativas no comércio internacional de alimentos.

Moçambique como membro da Comissão do Codex Alimentarius desde 1984 e com a adesão a
Organização Mundial do Comércio através da resolução nr. 31/94 de 20 de Setembro tem a
obrigação de participar nos trabalhos da Comissão do Codex Alimentarius e basear as suas
Medidas Sanitárias e Fitossanitárias nas normas, directrizes e recomendações do Codex
Alimentarius.
Campanha Nacional do Saneamento do Meio e de Promoção de Higiene

O Governo de Moçambique tem como uma das suas prioridades o desenvolvimento saudável da
população, através da melhoria das suas condições de vida. Assim, a importância da higiene e do
saneamento deve ser reconhecida e valorizada por todos. O envolvimento e a participação de
todos os cidadãos na implementação de acções concretas de promoção de higiene e saneamento é
fundamental para a redução da mortalidade e morbilidade, e consequentemente para a melhoria
da qualidade de vida do povo.

PAPEL DA SAUDE AMBIENTAL NAS ZONAS RURAIS

Uma das responsabilidades centrais da Saúde Ambiental a nível rural é de assegurar que a
qualidade de água e de alimentos e as condições de saneamento do meio sejam satisfatórias para
as comunidades, tendo a tarefa de eliminar os riscos para a saúde que as águas e alimentos de má
qualidade, o maneio de resíduos sólidos e a deterioração das habitações, mercados e escolas e
seu ambiente representam para a população. Neste contexto, três aspectos relacionados devem
ser tidos em conta: o saneamento básico, os factores de risco ambientais e a promoção de saúde
e desenvolvimento ambiental. Além da saúde, saneamento e questões relacionadas com o meio
ambiente, há também uma demanda crescente nestas zonas por segurança, emprego e ambientes
de desenvolvimento urbanos / peri-urbanos / espaciais adequados.

Regulamento Internacional de Saude


Através da historia da humanidade as doenças transmissíveis tem-se propagado dum continente a
outro, e dum país a outro seguindo as comunicações terrestres, marítimas e aéreas. Nas últimas
décadas do século anterior e no inicio do presente, o tráfico Internacional tem se desenvolvido
duma maneira intensa, implicando um acréscimo do risco de importação de produtos e entrada
de pessoas doentes ou portadoras, assim como de vectores ou hospedeiros intermediários de
doenças, que encontrariam no nosso ecossistema um habitat favorável para o seu ulterior
desenvolvimento, condicionando a possibilidade de transmissão dessas doenças entre os
diferentes paises com quem fazemos fronteira.

Ler mais...

Discurso de Abertura, Comunicado Final e a Matriz de


Recomendações da 1ª Reunião Nacional de Saúde Ambiental
Realizou-se de 11 a 13 de 0utubro de 2006, no 9o Andar do Ministério da Saúde, a Reunião
Nacional de Saúde Ambiental. Participaram no encontro:

Director Nacionais, Directores Nacionais Adjuntos, Médicos - Chefes Provinciais, Chefes da


Repartição de Saúde da Comunidade, Médicos Chefes Distritais, Responsáveis pelo saneamento
do meio nos Distritos, Directores dos CHAEM, Responsável pelo Laboratório Provincial,
representantes do Ministérios do Inndústria e Comércio e para a Coordenação da Acção
Ambiental.
Meio Ambiente e Saneamento do Meio
Açcões simples para controlar o meio ambiente que tanta influência tem sobre a saúde da
comunidade fazem parte dos cuidados de saúde primários e portanto das actividades de um
centro de saúde.

NORMAS E MANEJO DE CASOS DE INFECÇÃO


HUMANA PELO VÍRUS INFLUENZA
A infuenza aviaria altamente patogénica foi pela primeira vez descrita em Itália no ano 1878,
como uma doença infecciosa das aves por Perroncito. Somente em 1955 foi o agente
caracterizado por Schafer como vírus Influenza A. O vírus da influenza é um vírus RNA
segmentado que não possui mecanismos qualitativos de controlo durante a replicação e são
muito susceptíveis de mudanças.

No passado ocorreram 3 pandemias de influenza, em 1918 (Influenza Espanhola causada pelo


subtipo H1N1), em 1957 (Influenza Asiática causado pelo subtipo H2N2) e em 1968 (Influenza
de Hong Kong, causado pelo subtipo H3N2). Estimativas conservadoras sugerem que a
mortalidade resultante da pandemia de 1918 foi de 20 a 40 milhões, porém estudos mais recentes
realizados em Africa e na Àsia sugerem que o número de vítimas em todo o mundo teria sido
aproximadamente entre 50 a 100 milhões de pessoas.

Determinantes de Saúde e Promoção para a saúde uma abordagem para a melhoria do


estado de saúde das populações

Os estudos epidemiológicos revelam que uma grande parte dos problemas de saúde
causadores de morte e morbilidade estão relacionados com o estilo de vida, no qual se incluem
os comportamentos de saúde. Entre as condutas nocivas para a saúde estão o consumo de
drogas (tabaco, álcool e drogas

psicotrópicas); o sedentarismo; a alimentação desregrada (excesso de gorduras inadequadas e


hidratos de carbono, defeito de fibras e vitaminas) e insuficiente (em termos quantitativos).

Se o estado de saúde está directamente relacionada com os comportamentos das pessoas


devemos procurar as vias mais adequadas para promover a adopção de comportamentos
saudáveis ou alteração de condutas prejudiciais. Para isso é necessário compreender os
factores determinantes dos estilos de vida das pessoas. Segundo Mendoza, Pérez, e Foguet
(1994), os estilos de vida estão relacionados com uma complexa constelação e interacção de
factores biológicos, psicológicos, micro e macrosocias e ambientais conforme se pretende
representar no esquema da figura 1.

Este esquema para além de dar uma ideia da complexidade da etiologia dos comportamentos
humanos, releva a necessidade de actuar globalmente, em todas as esferas, sistemas e sub-
sistemas da vida humana, para se obterem mudanças de comportamento efectivas,
sustentáveis e duradoiras.

Uma via para intervir nas várias esferas da vida das pessoas no sentido de promover a adopção
de comportamentos saudáveis é a Educação para a Saúde.

ORIGEM DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE — 1925

Em 1922, os serviços estaduais de saúde pública passaram a desenvolver atividades inovadoras em decorrência da
atuação de GERALDO HORÁCIO DE PAULA SOUZA, Diretor do Instituto de Higiene da Faculdade de Medicina de
São Paulo. Isto porque, naquela mesma época, tornou-se ele também responsável pela Direção Geral do Serviço de
Saúde Pública do Estado. Por esta razão, passou a empenhar-se no estudo da organização do órgão que dirigia para,
em 1925, propor a reestruturação global dessa repartição estadual.

Suas idéias podem ser assim resumidas 1: a desinfecção terminal, símbolo de antiquada tendência, deveria
desaparecer com todo o seu obsoleto material, por desnecessária e por não se fundamentar em nenhuma medida
científica; a ação sanitária local deveria realizar-se mediante um único órgão local de saúde pública, o centro de
saúde, criado pela primeira vez no Brasil e na América Latina; este não deveria ser visto como um órgão estático à
espera apenas de doentes ou de suspeitos interessados em procurá-lo. Esperava-se que sua ação fosse dinâmica, indo
a procura de todos os membros da coletividade, fossem sãos, suspeitos ou doentes; a política sanitária, tão a gosto
dos antigos dirigentes de saúde pública, deveria ser colocada em situação secundária, sendo utilizada como
medicação excepcional. A população deveria assimilar os preceitos necessários de higiene individual através da
educação sanitária.
Foi pois a reforma do Código Sanitário, decorrente do Decreto 3.876, de 11 de julho de 1925, aprovado e submetido
à modificação pela Lei 2121, de 30 de dezembro desse mesmo ano, que deu origem a um auxiliar, de nível médio,
explícito nas referidas formulações. Entre outras inovações, propôs a criação da Inspetoria de Educação Sanitária e de
Centros de Saúde e a inclusão de Curso de Educação Sanitária no Instituto de Higiene da Faculdade de Medicina de
São Paulo. A propósito, disse JOSÉ EURICO SANTOS ABREU, em discurso proferido em 15 de agosto de 1927, dirigido
a GERALDO HORÁCIO DE PAULA SOUZA 2: "Encarastes de frente, destemeroso e firme, gravíssimos problemas de
saúde pública, que vêm atravessando os anos a desafiar a intelligência dos sábios e a escarnecer do thesouro de
nações argentarías. Todos mereceram o vosso mais cuidadoso estudo, a vossa mais criteriosa attenção; e, se na sua
totalidade, não se viram integralmente solucionados é porque, dependendo sobretudo das condições econômicas do
Estado e do Município e da educação sanitária do povo, não se poderiam resolver, só por vontade vossa, de chofre e
com a infallivel precisão das fórmulas mathemáticas. Entretanto, não cruzastes os braços. Sem vos aferrardes ao
conceito de GAUBIUS, faltoso no seu exaggero -Melius est sistere gradium quam progredi por tenebras - nem
caminhastes por trevas, nem vos detivestes acorbadado... Estabelecestes a especialização das funções com a divisão
do trabalho, donde ressaltou a perfeita e efficiente unidade funcional do Departamento que tão brilhantemente
superintendestes".

Mas, no que diz respeito à criação da Inspetoria da Educação Sanitária e Centros de Saúde, a cuja frente se colocou
WALDOMIRO DE OLIVEIRA, nem todos viram com bons olhos a proposta de inclusão do novo auxiliar no sistema de
atendimento à saúde. Ao contrário, muitos a consideraram como "fantasia teórica 7" - "querer-se agora dar educação
sanitária por meio de conferências, feitas por médicos, acadêmicos e uma nova entidade que são os educadores,
educadores especializados ou simples educadoras. Estes serão professores que, depois de um curso de um ano
praticado no Instituto de Higiene, irão fazer - não fazer bem o que, porque não sendo médicos, não tendo educação
especializada, pouco ou muito pouco poderão fazer" 3.

O argumento era corporativista e imprevidente - ignorava a proposta de criação de uma equipe multiprofissional
atuando de forma integrada no planejamento, implementação e avaliação da prática da Saúde Pública. Não
obstante, como veremos a seguir, tinha alguma fundamentação.

De acordo com o Decreto 3.876, cabia à Inspetoria de Educação Sanitária ''promover a formação da consciência
sanitária da população em geral" 4. A expressão fora infeliz - por ''consciência sanitária" se compreendia, na época, a
disseminação de conhecimentos na área da saúde, a que se denominava, também, de "educação higiênica" 5. De
acordo com PAULA SOUZA, a educação sanitária deveria se desenvolver com toda a generalidade possível e pelos
processos mais práticos, de modo a impressionar e convencer os educandos a implantar hábitos de higiene. Dirigia-se
ao indivíduo, isoladamente, ou a grupos, se conviesse, sendo desenvolvida nos Centros de Saúde, em visitas
domiciliarias, em estabelecimentos escolares, hospitalares e fabris, entre outros 6.

Além da inadequada utilização, a nosso ver, da expressão "consciência sanitária", algumas das apreciações a respeito
do papel da educação em saúde da época eram, de fato, questionáveis, como a que, por exemplo, se apresenta a
seguir3: "os custosos aparelhamentos sempre formados de Higiene Pública, mantidos pelos governos, consumindo
verbas consideráveis sem proveito apreciável, as inovações e arremedos introduzidos sem critérios e as adaptações
forçadas que não levaram em conta o meio e os hábitos do nosso povo, serviram entretanto para demonstrar que,
sem a consciência sanitária, nada se pode conseguir em matéria de higiene. E como conseguir essa consciência
sanitária? Educando o povo. E é esse trabalho que os Centros de Saúde se propõem a desempenhar em primeiro
lugar... Da educação higiênica depende incontestavelmente a elevação do nível moral e físico da nossa raça e a
formação de um povo viril e são. E para tanto não se requer tanto sacrifício. Um pouco de boa vontade, escolha
criteriosa de educadores adrede preparados -eis tudo. A consciência sanitária, uma vez formada, jamais desaparecerá
e antes se perpetuará pelas gerações vindouras, porque produzirá benefícios... O doente que possui a consciência
sanitária, jamais será um foco de infecção e, procurando curas inteligentemente, evitará que sua moléstia se
propague, pelas práticas de boa higiene que consequentemente adquiriu".

Como justificativa para um programa de saúde pública mais amplo, a argumentação da época a respeito dos
resultados da atuação do novo auxiliar motrava-se, às vezes, não só ingênua, mas também falha. Considerada apenas
a partir desta concepção, o que não é justo, justificaria até, e plenamente, a denominação de "fantasia teórica",
embora a proposta, analisada objetivamente e em termos da especialização das funções profissionais, de fato, não o
fosse. Isto porque PAULA SOUZA foi um realizador hábil, não um teórico distanciado da realidade. Contudo, nos
termos referidos por alguns, parecia-se sugerir, às vezes, que grandes contingentes da população em nosso país
pudessem tomar decisões, "com um pouco de boa vontade", sem explicitar que, de fato, os riscos mais importantes
não são auto-impostos, porém sociais e ambientais. Dessa forma, é lógico que nem emergem e nem se solucionam a
nível local. A saúde como objeto de estudo das ciências sociais aplicadas estava, na época, longe de se concretizar 7 e
o otimismo decorrente das brilhantes conquistas científicas do século XIX, da "Era Bacteriológica", enviezava
percepções e distorcia os argumentos a respeito do objetivo da educação sanitária nas primeiras décadas do século
XX. Faltaram, portanto, as virtudes do meio termo.

ALGUNS COMENTÁRIOS INTERCALADOS

Referiu-se anteriormente que o início da educação sanitária no Estado de São Paulo refletiu
a abordagem da educação em saúde na escola, então emergente nos Estados Unidos. Esta
representa, já se disse, uma das quatro grandes linhas da prática da educação em saúde,
que são: educação em saúde na escola, educação comunitária, educação de pacientes e
educação em saúde ocupacional. Embora essa ordem seqüencial não traduza o modo como
os fenômenos eclodem na realidade social, pode-se não obstante afirmar que reflete,
cronologicamente, a maior visibilidade de cada uma dessas áreas.

Na medida em que a primeira fase da educação em saúde se prendeu à rede de ensino nos
Estados Unidos, não poderia deixar de recorrer, é claro, ao modelo pedagógico que
caracteriza os ambientes da sala de aula16. A partir desta perspectiva, o que realmente se
pretendia era desenvolver programas de treinamento dirigidos a professores e preparar
livros a serem utilizados ou por eles próprios ou por seus alunos no processo de ensino-
aprendizagem. Foi essa a idéia que PAULA SOUZA e BORGES VIEIRA, como Diretor e Vice-
Diretor do então denominado Instituto de Higiene, trouxeram dos Estados Unidos para São
Paulo, tentando integrar a Educação em Saúde às escolas e, concomitantemente, aos
centros de saúde emergentes. Cumpre explicar que, na fase inicial dessa nova prática, os
resultados esperados do processo de ensino-aprendizagem estavam ainda intimamente
relacionados com as doenças infecciosas, havendo portanto uma relação nítida de causa-
efeito. Isto tornava o conteúdo de ensino, além de óbvio bastante desejável.

O Decreto modificou a admissão de candidatos, passando a receber, além de professores


diplomados por escola normal, portadores de certificado de conclusão do curso secundário
completo. Esta abertura representou importante passo, afirmação justificada nos
comentários que se apresentam a seguir.

Quando estas doenças, entretanto, com ampla fundamentação científica, foram


caracterizadas, em nosso meio, como doenças de pobreza pertinentes a estratificações
sociais menos privilegiadas, a educação em saúde na escola passou a ser severa e
subjetivamente questionada, levando a discussões de caráter político-ideológico.
Lamentavelmente para essa importante prática da saúde pública, ao criticar-se a educação
em saúde de forma genérica e ao mesmo tempo circunstancial, o que se criticava, de fato e
com razão, era todo um sistema político ditatorial e com ele, muito justamente, a má
distribuição de renda e suas conseqüências sociais. Esta distribuição de renda injusta
parecia invalidar, por sua vez, quaisquer tentativas paralelas de contribuir para a solução de
um problema estrutural a partir de uma perspectiva que se percebia como sendo
eminentemente pedagógica (o que aliás não era verdadeiro). Representa grave erro,
argumentava-se, tentar ignorar a realidade social dos alunos fora da escola ou então
daqueles que, embora em idade escolar, jamais tiveram acesso a ela. Com outras palavras,
a resolução da saúde do escolar, para alguns, escapava totalmente ao âmbito da escola. É
lógico pois que a educação em saúde comunitária tenha começado a exigir maior espaço no
campo da saúde pública, passando a representar a segunda grande forma de intervenção
social da prática educativa, refletindo agora, em nosso meio, um forte componente político-
ideológico.

Se, porém, essa complementação da prática pôde ocorrer mais rápida e amplamente nos
Estados Unidos, acelerando-se a partir da década de 40, o mesmo não sucedeu em nosso
país. O modelo pedagógico, apesar do evidente e injusto desprestígio da educação em
saúde na escola, tendeu a prevalecer como foco principal nas discussões técnicas da
primeira fase dos educadores sanitários paulistas, mesmo quando estes se referiam a
dimensões não relacionadas à escola.

A partir de 1946, entretanto, o Decreto-Lei 15.552, ao modificar a admissão tradicional,


permitiu que o curso passasse a receber candidatos portadores de certificado de conclusão
do curso secundário completo. Embora não haja evidências concretas, por escrito, pode-se
afirmar, empiricamente, que esta diversificação de procedência parece ter contribuído, de
fato, para discussões filosóficas de caráter menos unidimensional.

Em 1962, já RODOLFO DOS SANTOS MASCARENHAS se dirigia a BENJAMIN ALVES


RIBEIRO, Presidente do Conselho Técnico e Administrativo da Faculdade de Saúde Pública,
informando a respeito da sugestão por ele apresentada a MARIO FERRI, Diretor da
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, no sentido de se
criar uma Comissão mista de docentes para estudar o entrosamento entre o Curso de Saúde
Pública (Seção de Educação Sanitária) e os Cursos de Pedagogia e de Ciências Sociais. Tudo
parece sugerir que, por volta desse período, tenha chegado ao cenário da educação em
saúde a proposta de integrar a significativa contribuição da sociologia para melhor
compreensão da realidade social em nosso meio. Gerou-se assim um acordo mais ou menos
explícito sobre o compromisso do indivíduo, como cidadão, com as necessidades de sua
comunidade. Isto escapava, muitas vezes, do âmbito das intervenções técnicas.

Contudo, ao hipertrofiar a análise a partir de uma perspectiva essencialmente sociológica e


ao minimizar a importante contribuição de outros importantes pilares científicos da
educação em saúde, também a seus adeptos lhes faltou e têm faltado as já referidas
virtudes do meio termo. Há ampla evidência de que a resposta do indivíduo a
recomendações quanto à ação em saúde não pode ser explicada apenas em termos da
estratificação social onde este se insere. Quer isto dizer que indivíduos pertencentes à
mesma classe social reagem diferentemente quanto à própria saúde, da mesma forma que
respondem diferentemente a recomendações médicas, exigindo, portanto, uma explicação
de caráter psicológico.

É preciso, assim, que a prática da educação em saúde incorpore e sintetize os conceitos


teórico-práticos decorrentes de diferentes abordagens. Sua operacionalização fundamenta-
se em diferentes campos de conhecimento científico (e é isso que torna essa prática
particularmente complexa): ciências biomédicas, ecologia, demografia, epidemiologia,
sociologia, psicologia, pedagogia, antropologia, entre muitos outros que integram o amplo
domínio da saúde pública. A ênfase em cada uma delas não dependerá, é claro, da
formação profissional de cada um e, sim, da especificidade do caso em foco e do tipo de
intervenção recomendada. Esta, por sua vez, precisará valer-se da sinergia de conceitos e
princípios oriundos de diferentes áreas científicas. Portanto, as virtudes do meio termo, tal
como aqui se sugere, dizem respeito à integração transdisciplinar na análise e na prática da
intervenção educativa.

O currículo realmente não correspondia às expectativas das educadoras em saúde no


campo, porém PAULA SOUZA criara de fato um novo profissional, cujo campo de
conhecimentos, atuação, funções e aspirações técnicas só viriam a ser reconhecidos, como
requisitos essenciais da prática da saúde pública, muitos anos depois.

de acordo com o parecer dessa Reitoria, também os diplomados por Escolas de


Contabilidade".

As informações recebidas do Conselho Técnico Administrativo, de acordo com as exigências


previstas no ítem da lei federal com os artigos do regulamento, afirmavam que o referido
curso não satisfazia àquelas e que, portanto, não poderiam ser considerados como cursos
superiores e sim, quando muito, como Cursos de Aperfeiçoamento Técnico. Sugeria-se
então que a Congregação da Faculdade de Higiene e Saúde Pública estudasse a
conveniência de enquadrar estes cursos nas exigências federais a fim de poderem estes,
desta forma, ser considerados de nível superior. Assim começaram os primeiros passos
visando a levar o curso a nível universitário, Isto exigiu 19 anos de contínuos esforços.

A REVISÃO DO CURRÍCULO — 1955

Vários documentos do acervo histórico da Faculdade de Saúde Pública comprovam a


disposição de aperfeiçoar o currículo do curso de Educação Sanitária: sugestões das
educadoras dos Parques Infantis em 1947 (Proc. 199/48); sugestões da Associação dos
Educadores Sanitários (hoje Associação dos Educadores de Saúde Pública) solicitando a
inclusão da Educação Sanitária e de um orientador geral para o curso (Proc. 193/48);
portaria no 4/49 de RODOLFO DOS SANTOS MASCARENHAS, responsável pela Disciplina
Educação Sanitária, com visto do Prof. BORGES VIEIRA, designando ADÉLIA VIEIRA DE
FREITAS como supervisora do Centro de Aprendizado e responsável, desta forma, pelos
estágios dos educadores sanitários; em 1949, o convite dirigido ao Prof. ORACY NOGUEIRA
para prelecionar Psicologia Social; em 1950, entendimentos com o Dr. ORLANDO J. DA
SILVA do SESP (Serviço Especial de Saúde Pública) e com o Diretor da Faculdade de Saúde
Pública, PAULA SOUZA, para realização de reuniões com vistas à revisão do currículo do
Curso; ao mesmo tempo, apresentavam-se algumas sugestões baseadas na discussão de
um Grupo de Trabalho, por ocasião do Congresso Brasileiro de Higiene, em Recife, formado
por GERALDO HORÁCIO DE PAULA SOUZA, LÚCIA JARDIM, HOWARD W. LUNDY, do
Instituto de Assuntos Interamericanos no Rio de Janeiro, ORLANDO J. DA SILVA e PAULO C.
CASTRO. Além disto, e entre outros, realização de reuniões posteriores em que participaram
HORTÊNCIA DE HOLLANDA, HOWARD W. LUNDY, RODOLFO DOS SANTOS MASCARENHAS,
LÚCIA JARDIM, PAULO C. CASTRO, MARIA ROSA SOUZA PINHEIRO e ADÉLIA VIEIRA DE
FREITAS. Assim chegou-se à proposta de redução de alguns programas e introdução da
sociologia, psicologia e metodologia da educação sanitária. Obviamente isto só poderia ter
ocorrido 25 anos após a criação do curso. Em 1925 não fora sequer criada a Universidade
de São Paulo e, quando isso ocorreu em 1934, longo tempo passaria antes que esta
pudesse oferecer os programas de ensino básicos à formação dos educadores sanitários,
tais como psicologia social, sociologia, pedagogia, comunicação, antropologia e serviço
social.
Foi pois oportuna a proposta de revisão do curso e com ela a percepção de que havia
necessidade de formar educadores de saúde brasileiros, nos Estados Unidos, onde, como já
se referiu, haviam-se organizado cursos de educação em saúde a nível universitário. Em
1951, RODOLFO DOS SANTOS MASCARENHAS solicitou ao Diretor BENJAMIN ALVES
RIBEIRO o comissionamento de DINA SALVATORI para que esta fizesse o Curso de
Educação em Saúde na Carolina do Norte, em Chapel Hill. Ao mesmo tempo, teve início um
programa de visitas de especialistas norte-americanos a São Paulo; o célebre educador
MAYHEW DERRYBERRY, um dos indivíduos responsáveis pela criação desse profissional,
como já se disse, e MARY JO KRAFT visitaram São Paulo em agosto de 1951, ocasião em
que se discutiu com o então Diretor da Faculdade, PAULO CESAR DE AZEVEDO ANTUNES, a
vinda de um professor americano com as devidas qualificações e experiências para cooperar
com o Professor da Cadeira de Técnica de Saúde Pública19.

O fato é que em fevereiro de 1952, o Curso passou a incorporar as modificações propostas.


Um ano após, PAULO CESAR DE AZEVEDO ANTUNES recebia carta de MARY JO KRAFT,
comunicando a vinda de EVELYN RAHM a São Paulo, como consultora em educação em
saúde, onde deveria permanecer por dois anos12.20 A respeito desta, já se expressara Lundy,
em carta de 26/5/1953, dirigida a PAULO CESAR DE AZEVEDO ANTUNES: "Miss Rahm has
served for some years a regional consultant on Dr. Derryberry's staff for the Western States
with headquarters in Denver, Colorado. I have worked with her from time to time and know
her to be a very competent, hardworking individual...". Com sua vinda ao Brasil, o Prof.
RODOLFO DOS SANTOS MASCARENHAS, responsável como já se disse pela Disciplina
Educação Sanitária, introduziu profundas mudanças no currículo do curso, preparando
concomitantemente uma equipe que passou a ser responsável pelo conteúdo do mesmo.
Fizeram parte dessa equipe, THEREZINHA JOLY GOUVEA, AURORA BONAFÉ, HELENA
SAVASTANO, DOLLY MENDES e ADÉLIA VIEIRA DE FREITAS.

Apresenta-se a seguir o programa do Curso de Educação Sanitária, elaborado em 1955,


após essa profunda e prolongada revisão curricular:

1. Papel da Educação Sanitária em Saúde Pública


2. Métodos de Educação Sanitária Relações Humanas; Trabalho de Grupo; Entrevistas -
Palestras; Meios auxiliares para Educação Sanitária: Rádio, Cinema, TV; Folhetos; Cartazes
-Exposições; Relatórios; Jornais e Revistas.
3. Educação e Saúde Escolar
4. Educação Sanitária
5. Programas de Educação Sanitária

a) Nacional; Estadual - Departamento de Saúde; Centros de Saúde: da Faculdade de


Higiene, da Capital, do Interior,
b) Agências Particulares
c) Educação Sanitária para operários (indústrias)
d) Programa Rural do SESP
e) Outros países

6. Planejamento de Programas (gerais-específicos)


7. Papel do Educador Sanitário
8. Projetos em Educação Sanitária
9. Estágio
10. Visitas
11. Avaliação Contínua: Desenvolvimento; Aulas Teóricas; Aulas Práticas; Projetos;
Reuniões; Demonstrações; Visitas; Estágios.
A diferença entre os conteúdos curriculares era pois evidente. Menos conhecimentos
teóricos filiados à Medicina, dos quais tão amargamente se queixavam os educadores
sanitários em sua mais exigente avaliação, e maior ênfase no processo educativo e nas
estratégias e técnicas a serem utilizadas.

O curso renovado teve início em fevereiro de 1956, com as modificações introduzidas em


1955, como já se disse, contando ainda com a presença de EVELYN RAHM. Foi nessa
ocasião que AUGUSTO LEOPOLDO AYROSA GALVÃO, Diretor da Faculdade de Saúde Pública,
solicitou ao Diretor do Serviço de Saúde Escolar a cooperação de RUTH SANDOVAL
MARCONDES que, em 1o de fevereiro de 1957, tomou posse na função de Assistente e
responsável pela Cadeira de Técnica de Saúde Pública - Disciplina Educação Sanitária. Em
1959, ambas, RUTH SANDOVAL MARCONDES e EVELYN RAHM, apresentaram uma
cuidadosa análise sobre as funções dos educadores sanitários em São Paulo6.

Onde anda a Multidisciplinaridade?


(Desafio da prof. de Dispositivos Médicos)

Multidisciplinaridade, um conceito que é talvez ignorado pela maioria, mas fundamental nos
dias de hoje, principalmente na área da saúde. Refere-se a uma associação de várias matérias
com um objectivo comum, em que se pretende a partir de pontos de vista e tarefas distintas
obter o sucesso desse objecto de estudo.

A saúde, e em especial a Radiologia, sendo uma técnica de diagnóstico e terapêutica tem


obrigatoriamente de compreender a relação entre diversas áreas.. A medicina, e em especial o contacto
com o doente e o gosto pelas novas tecnologias foram o empurrão para a minha decisão ao terminar o
ensino secundário. Pela experiência que tenho tido até então, que tem passado apenas por estágios de
algumas horas em clínicas ou hospitais fazem-me pensar que fiz a escolha certa.
Por mais anos que viva, não vou esquecer de certeza o primeiro contacto com o hospital. Os doentes, os
médicos, técnicos, enfermeiros e restante pessoal, os corredores que parecem não ter fim, o cheiro que
é próprio do lugar, aquele nervoso miudinho, os olhares desconfiados por ser “a estagiária”
inexperiente…

E depois a chuva de emoções porque se passa, sempre com uma enorme intensidade, a depressão por
ver um doente menos capaz e no minuto a seguir a mãe da criança feliz porque o diagnóstico é
favorável. Confrontam-me muitas vezes com o facto de ter de lidar com este tipo de situações no dia-a-
dia, como será que vou reagir? Por norma não me questiono sobre isso, a não ser quando o fazem por
mim, mas a minha resposta até ao momento tem sido sempre a mesma, “Quando se gosta do se faz, só
se pensa na reacção depois de já ter passado pela experiência, e eu gosto do que faço!”.

Na rua somos todos anónimos, nunca se sabe quem está ao nosso lado, então quem é que já não ouviu
a senhora que vai sentada à nossa frente no autocarro a criticar este ou aquele profissional de saúde?
Nos dias que correm dou-me conta que o público em geral tem uma visão um pouco fria de quem
trabalha na área da saúde, sejam estes médicos, enfermeiros ou outros técnicos de saúde. Sempre
rígidos com os outros e consigo próprios, não tenho dúvidas que os há, mas serão certamente um
número muito mais reduzido do que se poderá pensar. Tenho a certeza que todos são tocados por este
ou por aquele doente, seja qual for o motivo. Somos todos humanos, profissionais e pacientes, uns dias
mais sensíveis, outros porém mais distantes, e a ideia de que se podia ter feito mais e melhor passará
sempre pela cabeça. Nas aulas, ou até mesmo no hospital, quando observo os técnicos mais velhos,
dou-me conta que se lembram perfeitamente da história do “Sr. António”, que por sua vez já foi há uma
dezena de anos, e contam-na como se tivesse sido ontem com uma lágrima no canto do olho. Todos os
detalhes gravados na memória e acima de tudo muitos sentimentos.
É esta a minha perspectiva, talvez um pouco optimista, o que já é próprio da minha personalidade, mas
gosto de pensar que é realmente como descrevo.

Equipa Multidisciplinar de Saúde


Equipa multidisciplinar, é um grupo de pessoas com vários níveis e especializações, reunidos sob
orientação de um especialista ou consultor,criticam-se mutuamenta, procurando um ponto de encontro
para que que se alcanse a colaboração entre todos, eliminando barreiras inter pessoais da comunicação
e atingirem os objectivos desejados.
A equipa auto avalia o seu comportamento por intermédio de várias variáveis, sendo uma delas o grau
de confiança entre todos; outra a comunicação que existe na equipa; o grau de apoio recíproco; a
compreensão dos objectivos e o tratamento ou seja, a gestão de conflitos entre todos.

Considero a equipa multidisciplinar um valor para qualquer Instituição, que faz com que cada um
cumpra o seu dever, tendo em vista atingir o objectivo comum, favorecendo deste modo a colaboração
voluntária de todos os seus elementos.

Hoje, fala-se noutros tipos de abordagem como interdisciplinaridade, pluridisciplinaridade e


transdisciplinaridade, mas penso que a nossa grande preocupação deve ser a integridade e a unidade do
conhecimento.

INSTITUIÇÕES DE SAÚDE E INTERDISCIPLINARIDADE:

POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO

Resumo

Este artigo visa identificar a atuação do psicólogo nos Hospitais e Postos de Saúde, considerando as

variáveis históricas que possam interferir na situação atual destas instituições. Foi realizado um

levantamento bibliográfico a fim de sistematizar o conhecimento existente, abordando conceitos como

instituições, multidisciplinaridade e interdisciplinaridade. Constataram-se dois níveis possíveis de

atuação do psicólogo, com a instituição como totalidade, questionando a ordem estabelecida; ou com o
paciente que é cliente da instituição, através da compreensão do processo saúde-doença, do

planejamento do sistema de atenção, prestação de assistência psicológica a indivíduos e grupos de

usuários. Verifica-se a necessidade de avançar no conhecimento para identificar as possibilidades de

atuação não só do psicólogo, mas de cada profissional que integra a equipe de saúde. Frente a isso a

interdisciplinaridade torna-se uma alternativa de se promover a inter-relação entre as diferentes áreas

de conhecimento. A interdisciplinaridade supera a multidisciplinaridade na busca de um consenso nas

ações e nos discursos, entendido não como a equalização dos saberes a uma verdade única, mas na

possibilidade de pensar e agir diferente. Por meio da interdisciplinaridade, questionam-se as relações

instituídas na medida em que as relações são co-construídas ancoradas na singularidade dos sujeitos

que passam a serem vistos na sua integralidade.

Palavras-chave: Instituições, Atuação do Psicólogo, Multidisciplinaridade,

Interdisciplinaridade, Psicologia da saúde.

Keywords: Institutions, Psychologist performance, Multidisciplinary, Interdisciplinary, Health

psychology.

Psicologia e Instituições de Saúde

Ao adentrar nas instituições de saúde, o profissional psicólogo depara-se com uma realidade de

atuação que se diferencia das práticas clínicas tradicionais, caracterizadas pelas psicoterapias

realizadas em consultórios particulares e amplamente difundidas durante sua formação

acadêmica. As demandas presentes nestas instituições, cujo atendimento destina-se

principalmente à população menos privilegiada do ponto de vista sócio-econômico e

educacional, impõem ao psicólogo a necessidade de buscar modelos de atuação condizentes com

a realidade na qual se insere. A busca por novos modelos leva este profissional ao

questionamento de como enquadrar seu trabalho dentro da Psicologia.


A literatura aponta o modelo clínico como uma alternativa possível nas instituições de

saúde. A Psicologia Clínica é uma estratégia aplicada para se conhecer, investigar,

compreender e modificar o comportamento dos seres humanos e pode ser utilizada tanto no

âmbito individual, grupal, institucional ou comunitário (1).

A Psicologia Institucional também tem sido usada para nomear diferentes práticas

psicológicas nas instituições, tanto para referir-se a trabalhar no espaço físico de uma

organização, como com a Instituição enquanto objeto de intervenção em si (2).

Segundo Spink (3), o conceito de instituição pode ser utilizado para nomear o conjunto de

normas e regras estabelecidas, que estruturam um grupo social, regulando sua vida e funcionamento;

assim como para um estabelecimento, organização ou associação formada para a promoção de um

determinado objetivo. A autora refere-se ao conceito de instituição, tanto “às normas que

sobredeterminam as relações concretas ao nível de um estabelecimento específico (...) como à

organização e localização material de práticas e relações sociais” (p.455).

Guilhon de Albuquerque, citado por Guirado (2), define instituição não como lugar no espaço,

mas sim como um conjunto de práticas ou de relações sociais concretas, que ligadas às representações

sociais, se reproduzem no cotidiano e, nesta reprodução, se legitimam, não sendo então percebidas

como instituídas, mas vivenciadas como naturais. Essa legitimação ocorre “num exercício incessante do

poder; um poder entre agentes, dos agentes com a clientela; um poder na apropriação de certo tipo de

relação como própria, como característica de uma determinada instituição” (p.69).

Desta forma, ocorre o processo de institucionalização de normas, no qual trocas simbólicas

adquirem objetividade, cuja compreensão e entendimento são cruciais para o desempenho profissional

consciente. Atualmente, pode haver dificuldade em reconhecer nas instituições de saúde as práticas
institucionais (e instituídas), articuladas às práticas sociais e submetidas a regras históricas, econômicas

e políticas.

Sendo os Hospitais e os Postos de Saúde campos de atuação na área da saúde, vale analisar a

história de cada um deles para que se possa compreender e avançar no conhecimento e realização de

práticas que favoreçam tanto uma boa relação entre os integrantes das equipes de saúde, bem como

um bom desempenho de cada profissional dentro dos objetivos de sua área de conhecimento

Hospitais e Postos de Saúde

Singer, Campos & Oliveira (4), considerando as origens históricas do surgimento dos serviços de

saúde, ressaltam o surgimento de Hospitais Gerais ainda no século XVII, na Inglaterra, com a instituição

da “Poor Law” (Lei dos Pobres). Com esta lei, estes locais serviam para receber pobres inválidos,

mendigos, desocupados, libertinos entre outros, ou seja, aqueles que a sociedade tomava como sinal de

desarranjo.

A medicina ainda não considerava a prática nestes hospitais, visto que sua função era de

“depósito” de indivíduos. Não exerciam função terapêutica, mas sim de últimos serviços prestados ao

doente pobre, era um ‘morredouro’ (4-7). Esta visão partia de bases religiosas e caritativas, onde se

prestavam serviços do gênero aos enfermos, enquanto o cuidado médico era exercido em espaços não

hospitalares.

A transformação dos hospitais iniciou-se nas instituições militares na tentativa de anulação das

desordens e dos seus efeitos negativos, fazendo-se necessário um enquadramento disciplinar que

culminou com o movimento de higienização, para conter, dentre outras coisas, o alastramento de

epidemias (5). Paralelamente, o avanço do mercantilismo e a revolução industrial fizeram crescer o valor

da força de trabalho, mudando o público hospitalar de mendigos para operários e membros da elite e de
leigos e religiosos para médicos, de modo que os hospitais deixassem de ser um ‘morredouro’ e

passassem a ser um local essencialmente de cura, no qual a morte é encarada como o fracasso de seus

profissionais (4, 6-7).

Com o passar dos anos, a medicina e suas práticas preenchem espaços, contudo torna-se

impossível o domínio da totalidade dos conhecimentos e técnicas disponíveis por parte de um único

profissional. Assim, na busca pela especialização dos profissionais no âmbito hospitalar, ocorreu uma

fragmentação do saber, determinando novas formas hierarquizadas de divisão de trabalho e de

relações.

Pitta (7) cita Garcia que conceitua dois modos de produção de serviços de saúde: artesanal e

burocrático. No primeiro, os agentes de saúde são capacitados a diagnosticar, tratar e cuidar, havendo

relação de cooperação entre médico e paciente. No segundo modo, há perda do processo global do

trabalho, não havendo organização total deste, sendo o indivíduo visto de forma parcelada, o que

originou a transformação do hospital, que se converteu no mecanismo coordenador de atenção médica,

caracterizando o modelo hospitalocêntrico. As principais características deste modelo são: práticas

individualistas, curativas, centradas na atenção terciária e com ênfase na doença.

A criação dos Postos e Centros de Saúde no Brasil, durante a década de 1970, veio de

encontro ao sistema hospitalocêntrico, que restringia o acesso da população às ações de saúde.

A necessidade de descentralização deste sistema era para garantir o atendimento integral da

população ao serviço de assistência à saúde, representando uma inovação institucional. A

municipalização do atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBS) já tinha como finalidade

a atenção básica, que tem como característica visualizar as reais necessidades de cada

comunidade atendida, proporcionando de acordo com Dalmaso e Senna, citados por Bertussi (8)

“além de consultas médicas, ações de promoção e prevenção, desenvolvendo ações de controle e


de educação à saúde a grupos da população (...) estes se constituíram na primeira forma de

reconhecimento do direito à saúde”.

Ocorre que a carência de recursos materiais e de profissionais qualificados na área da

saúde dificultou a concretização da atenção básica como principal forma de atendimento,

fazendo com que os Postos e Centros de Saúde adquirissem características assistencialistas e de

passagem aos serviços especializados.

Em 1993 ocorreu uma nova reformulação do Sistema Único de Saúde através da

implementação das Unidades de Saúde da Família (USF), que reorganizaram a atenção básica

e reordenaram o sistema assistencialista de atenção à saúde, constituindo um nível próprio de

atendimento, possibilitando a resolutividade de até 80% das intercorrências. Assim, os Postos e

Centros de Saúde deixam de ser apenas “portas de entrada” do sistema de saúde, pois passa a ser

de “sua responsabilidade todo o plano terapêutico, mesmo que este seja realizado pelo serviço

especializado” (8).

Para responder a estas demandas estabelecidas com o Programa de Saúde da Família fez-

se necessária uma reformulação da atuação dos profissionais que foram, dentro de equipes

multiprofissionais, chamados a identificar e propor intervenções aos problemas de saúde,

manejar novos saberes e interagirem com outros setores da comunidade. O movimento de

inclusão de equipes multiprofissionais se deu tanto nos Postos de Saúde como nos Hospitais,

possibilitando a entrada dos psicólogos nestas instituições, em iniciativas isoladas nos Postos e

Unidades de Saúde, uma vez que não faz parte da equipe oficial de Saúde da Família, como

preconizada pelo governo.

Atuação do Psicólogo
Dentro das instituições de saúde, o psicólogo tem dois níveis possíveis de atuação: a

instituição como totalidade ou trabalhar com o paciente que é cliente da instituição (3).

Trabalhar com a instituição como totalidade abrange o trabalho do psicólogo

considerando os agentes que são constituídos e constituintes das relações institucionais (2-3).

Desta forma, o trabalho com esses sujeitos não prioriza as características e capacidades

individuais e pessoais, mas sim as relações inter e intra-grupais e a posição hierárquica dos

mesmos na estrutura institucional.

O papel do psicólogo é o de promover um estranhamento dessas relações de poder, que

ao serem institucionalizadas foram legitimadas, e propor novas possibilidades para as mesmas.

Para Guirado (2) isto é possível exatamente porque se questiona a ordem estabelecida como

natural e autêntica, e porque se reconhece o caráter instituído das relações de poder, assim como

sua capacidade de instituir novas relações.

O trabalho da Psicologia com o paciente que é cliente da instituição não implica apenas

na transposição do referencial teórico/clínico obtido em sua formação, requer a expansão

contextual do mesmo. Isto se evidencia nas instituições públicas de saúde, tendo em vista que

“os modelos a serem utilizados em instituições de atendimento psicológico gratuito, serão mais

efetivos quando mais contextualizados, isto é, definidos a partir das características específicas de

cada instituição e da população que procura seus serviços” (9, p. 61).

De acordo com Zannon (10) o papel do psicólogo e da Psicologia na atenção e

assistência à saúde dá-se “na integração do conhecimento psicológico e nas ações dos

profissionais de saúde – desde a compreensão do processo saúde-doença, passando pelo

planejamento do sistema de atenção e pelas intervenções na instituição de saúde e junto aos


vários âmbitos do sistema, até a prestação de assistência psicológica a indivíduos e grupos

usuários” (p.17).

Estas atividades se efetivam através da inserção do psicólogo na atenção primária,

secundária e terciária à saúde por meio da participação na atividade de territorialização (na qual

se identificam as atividades prioritárias da comunidade inserida), acolhimento, visitas

domiciliares, estimulação da participação mais ativa da comunidade, promoção do auto-cuidado

e o cuidado com o ambiente, no trabalho em equipes multiprofissionais, avaliação modelos de

intervenção, grupos de promoção à saúde (gestantes, hipertensos, diabéticos, adolescentes,

idosos, mulheres, etc.), consultas, inter-consultas, acompanhamento de partos, puerpério e

pacientes internados, informação de diagnósticos e prognósticos, preparação para exames e

intervenções cirúrgicas, acompanhamento de pós-operatório, informação de óbito, dentre

inúmeros outros (11-12).

Um dos riscos de trabalhar na instituição é que o psicólogo se envolva nos conflitos inter

e intra-grupais, entrando em confronto com posturas divergentes e perdendo o seu potencial para

intervenções ambientais que visem mudanças sócio-institucionais. Zannon (10) complementa

afirmando que outros desafios impostos à psicologia nas instituições de saúde são: a

compreensão e intervenção sobre os conflitos sócio-comportamentais, ter de lidar com a dor,

frustração de expectativas, restrições ao comportamento, limitações às escolhas,

incontrolabilidade e imprevisibilidade das situações e de suas conseqüências, desamparo, perdas,

submissão, conflitos cognitivos e afetivos, interpretações e sentimentos divergentes, tanto dos

pacientes, como da equipe e do próprio profissional.

Contudo, é importante salientar que cada profissional individualmente, inclusive o

psicólogo, não está preparado para lidar com a complexidade que a realidade das instituições de
saúde encerra (6), havendo a crescente necessidade de um trabalho de equipe que integre as

diversas profissões da área da saúde.

A Saúde em
Moçambique

Terça, 24 Julho 2007 11:45

Investir na Saúde é investir nas pessoas, porque a saúde é um bem e um direito de todos os cidadãos,
constitui uma das políticas sociais que mais contribui para uma sociedade justa e solidária, por isso,
constitui uma das prioridades principais do Governo.
O essencial é que todos, sem excepção, tenham acesso aos melhores cuidados de saúde sempre que
deles necessitem, mas o fundamental é garantir às pessoas um atendimento de qualidade, em tempo
útil, com eficácia e com humanidade.

O panorama geral do sector de saúde em Moçambique demonstra que por um lado, a pobreza
está por detrás dos maiores problemas de saúde no país, por outro, indica que este sector
muito influi no desenvolvimento sócio-económico de Moçambique devido aos elevados custos
implicados no combate e prevenção de doenças como Malária, considerada a primeira causa de
morte no país, Cólera, Tuberculose e HIV/SIDA que se estima esteja infectando cerca de 500
pessoas por dia, com uma taxa de seroprevalência a rondar os 16.2%, segundo dados do Instituto
Nacional de Estatística de 2005.

Este cenário, chama a atenção para a observância imperiosa das estratégias e políticas de saúde
cujo principal objectivo é dinamizar a resolução dos principais problemas de saúde no país,
concebendo e desenvolvendo programas de prevenção e combate às doenças, para além de
assegurar progressivamente com meios humanos, técnicos e financeiros reforçados, para a
informação, aconselhamento, a formação profissional e acesso aos meios complementares de
diagnóstico e terapêuticos.

Mas atendendo a situação sócio-cultural e económico dos moçambicanos, as prioridades do sector


de saúde devem ser as abordagens preventivas, cujo enfoque tem que estar assente na promoção
de estilos de vida saudáveis. Neste capítulo, Escola é o espaço privilegiado de intervenção, mas
com fortes apostas na formação de professores, pais e educadores
No entanto, a real resposta aos problemas de saúde em Moçambique reside também na expansão
da rede sanitária e desenvolvimento de recursos humanos de nível superior.

De acordo com o Decreto Presidencial nr.11/95, é tarefa do Ministério da Saúde:


- Prestar cuidados de saúde à população através do sector público,
- Promover e apoiar o sector privado com fins não lucrativos,
- Supervisar o sistema comunitário de prestação de cuidados de saúde,
- Formular política farmacêutica e dirigir a sua execução de acordo com as orientações gerais
traçadas pelo Governo,
- Promover e orientar a formação técnico profissional do pessoal de saúde, e
- Desenvolver e promover investigações de tecnologias apropriadas para o sistema de saúde a
diferentes níveis de atenção para garantir uma melhor definição da política de saúde e gestão de
programas.
  leonor mucarre 06-01-2011 14:10

Com o problema de moçambique, me sinto indignada porque a população moçambicana não tem
dinhero suficiente para poder pagar serviço sanitário.Tenho acompanhado que a maioria dos jovens
moçambicanos não gozam da vida como a natureza manda. mutos jonvens perdem a vida num minuto
por falta de bem estar. a população muçambicana sofrem do clima insuportavel, pessos doentes
passam bastante mal de calor que não chegam a sobreviver, muitas quexas de produtos carros de onde
não dinhero para comprar, há falta de medicamentos. uma pastilha simple como asperina ipobrepheo
para dor de cabeça ou febre é dificil apnhar. lamento munto e por munto que lamento nada nada posso
fazer, sabendo que a maioria das pessoas que conheço já não esta junto com nosco, perderam avida
sem apoio de ninguem. pobre povo moçamicano que morre diariamente sem que ninguem sente nada
por ninguem.

Saúde pública

A Medicina conceitua a doença , reduzindo-a ao plano fenomênico e individualizado da


causalidade etiológica.[carece de fontes?]
Essa recorre aos métodos empírico-analíticos (estrutural-
funcionalistas), popperiano ou fenomenológico, e admite possibilidades de melhoras pontuais e
graduais capazes de ser descritas (enquanto patologia) e/ ou quantificadas (avaliação da eficácia
terapêutica).

A saúde pública centra sua ação a partir da ótica do Estado com os interesses que ele
representa nas distintas formas de organização social e política das populações. Na
concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o
objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e
determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas
populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais. Não deve
ser confundida com o conceito mais amplo de saúde coletiva.

Desenho do século XVI do Real Hospital de Todos os Santos em Rossio, Praça de D. Pedro IV, Lisboa.

Evolução do conceito
Uma das mais citadas definições de Saúde Pública foi apresentada por Edward Amory (1877–
1957), nos EUA, 1920 . Assim, foi realizada.

"A arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida, promover a saúde e a eficiência
física e mental mediante o esforço organizado da comunidade. Abrangendo o saneamento do
meio, o controle das infecções, a educação dos indivíduos nos princípios de higiene pessoal, a
organização de serviços médicos e de [enfermagem] para o diagnóstico precoce e pronto
tratamento das doenças e o desenvolvimento de uma estrutura social que assegure a cada
indivíduo na sociedade um padrão de vida adequado à manutenção da saúde".

A persistência do uso dessa definição é reforçada pela ampla difusão da definição de saúde da
Organização Mundial de Saúde - organização internacional que propôs a realização das
Conferências Mundiais de Saúde com integração de todos os países na persistente busca do
completo bem-estar físico, psíquico e social.

O estudo da Saúde Pública no Brasil necessariamente passa por uma série de nomes e
instituições como Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, o Instituto Manguinhos ou Vital Brazil, o
Instituto Butantã, Adolfo Lutz e o instituto que leva o seu nome. Instituições que se mantêm até
hoje como ilhas de competência do poder público na construção de um sistema de saúde de
natureza pública e equitativo, no Brasil, o SUS - Sistema Único de Saúde, capaz de dar conta das
ações de saúde tanto no âmbito da atenção primária e da promoção da saúde como nas ações
curativas e necessárias à reabilitação (níveis secundário e terciário da atenção em saúde).

Saúde Coletiva

O objeto de investigação e práticas da Saúde Coletiva compreende as seguintes dimensões:


1. o estado de saúde da população ou condições de saúde de grupos populacionais específicos e
tendências gerais do ponto de vista epidemiológico, demográfico, sócio-econômico e cultural;
2. os serviços de saúde, enquanto instituições de diferentes níveis de complexidade (do posto de
saúde ao hospital especializado), abrangendo o estudo do processo de trabalho em saúde, a
formulação e implementação de políticas de saúde, bem como a avaliação de planos, programas
e tecnologias utilizada na atenção à saúde;
3. o saber sobre a saúde, incluindo investigações históricas, sociológicas, antropológicas e
epistemológicas sobre a produção de conhecimentos nesse campo e sobre as relações entre o
saber "científico" e as concepções e práticas populares de saúde, influenciadas pelas tradições,
crenças e cultura de modo geral.

Uma sucessão de conceitos & práticas

Segundo Paim, 2005, "A Saúde Coletiva, latino-americana foi composta a partir da crítica à
Medicina Preventiva, à Medicina Comunitária, à Medicina da Família, desenvolveu-se a partir
da Medicina Social do Século XIX e pela saúde pública institucionalizada nos serviços de saúde
e academia. Envolve um conjunto de práticas técnicas, ideológicas, políticas e econômicas
desenvolvidas no âmbito acadêmico, nas organizações de saúde e em instituições de pesquisa
vinculadas a diferentes correntes de pensamento resultantes de projetos de reforma em saúde."

Ainda de acordo com esse Professor do Instituto de Saúde Coletiva da UFBa - Universidade
Federal da Bahia, ao longo da história da medicina cosmopolita, o campo social da saúde tem
sido atravessado por um conjunto de movimentos ideológicos tais como: Polícia Médica;
Higiene; Saúde Pública; Medicina Social; Medicina Preventiva; Saúde Comunitária; Saúde
Coletiva; Medicina Familiar entre outros. Tais movimentos constituem-se como lutas teórico-
paradigmáticas, políticas e ideológicas com repercussões enquanto campo do saber e de práticas.

Medicina Social
"Identificam-se três etapas para consolidação da medicina social, inclusive como disciplina do
curso de formação médica: a Polícia Médica, especialmente desenvolvida na Alemanha no
início do século XVIII a fim de prover o Estado sobre os índices de saúde da população alemã, a
Medicina das Cidades ou Medicina Urbana, que tem como objetivo controlar os fatores nocivos
à saúde da população urbana que estavam associados às grandes epidemias, evidenciada na
França, e, por fim, a Medicina da Força de Trabalho, consolidada no sanitarismo inglês, que
objetiva manter a sua força trabalhadora plenamente apta." (Foucault, Microfísica do Poder)

Observe-se porém que as preocupações com o isolamento de doentes e assistência aos pobres
confunde-se com os princípios da caridade e assistencialismo pregado pelos cristãos e
muçulmanos, a exemplo das discussões sobre a remuneração dos serviços médicos associada à
prática de Cosme e Damião (na Síria de hoje, por volta do ano 300), a assistência médica
prestada aos escravos e soldados romanos ou ao nascimento das Santas Casas de Misericórdia
em Portugal (1000) e hospitais religiosos.

[
Com a chegada da família real portuguesa, em 1808, as necessidades da corte forçaram a criação
das duas primeiras escolas de medicina do país: o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital
Militar da Cidade de Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro. E foram essas as únicas
medidas governamentais até a República.

Foi no primeiro governo de Rodrigues Alves (1902-1906) que houve a primeira medida
sanitarista no país. O Rio de Janeiro não tinha nenhum saneamento básico e, assim, várias
doenças graves como varíola, malária, febre amarela e até a peste bubônica espalhavam-se
facilmente. O presidente então nomeou o médico Oswaldo Cruz para dar um jeito no problema.
Numa ação policialesca, o sanitarista convocou 1.500 pessoas para ações que invadiam as casas,
queimavam roupas e colchões. Sem nenhum tipo de ação educativa, a população foi ficando cada
vez mais indignada. E o auge do conflito foi a instituição de uma vacinação anti-varíola. A
população saiu às ruas e iniciou a Revolta da Vacina. Oswaldo Cruz acabou afastado.

[editar] Da "revolta da vacina" ao Ministério da Saúde

A forma como foi feita a campanha da vacina [3] revoltou do mais simples ao mais
intelectualizado. Veja-se[4] o que Rui Barbosa disse sobre a imposição à vacina: "Não tem nome,
na categoria dos crimes do poder, a temeridade, a violência, a tirania a que ele se aventura,
expondo-se, voluntariamente, obstinadamente, a me envenenar, com a introdução no meu
sangue de um vírus sobre cuja influência existem os mais bem fundados receios de que seja
condutor da moléstia ou da morte."

Apesar do fim conflituoso, o sanitarista conseguiu resolver parte dos problemas e colher muitas
informações que ajudaram seu sucessor, Carlos Chagas, a estruturar uma campanha rotineira de
ação e educação sanitária.

Pouco foi feito em relação à saúde depois desse período, apenas com a chegada dos imigrantes
europeus, que formaram a primeira massa de operários do Brasil, começou-se a discutir,
obviamente com fortes formas de pressão como greves e manifestações, um modelo de
assistência médica para a população pobre. Assim, em 1923, surge a lei Elói Chaves, criando as
Caixas de Aposentadoria e Pensão. Essas instituições eram mantidas pelas empresas que
passaram a oferecer esses serviços aos seus funcionários. A União não participava das caixas. A
primeira delas foi a dos ferroviários. Elas tinham entre suas atribuições, além da assistência
médica ao funcionário e a família, concessão de preços especiais para os medicamentos,
aposentadorias e pensões para os herdeiros. Detalhe: essas caixas só valiam para os funcionários
urbanos.

Esse modelo começa a mudar a partir da Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas tomou o
poder. É criado o Ministério da Educação e Saúde e as caixas são substituídas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensões (IAPs), que, por causa do modelo sindicalista de Vargas, passam a ser
dirigidos por entidades sindicais e não mais por empresas como as antigas caixas. Suas
atribuições são muito semelhantes às das caixas, prevendo assistência médica. O primeiro IAP
foi o dos marítimos. A União continuou se eximindo do financiamento do modelo, que era
gerido pela contribuição sindical, instituída no período getulista.

Quanto ao ministério, ele tomou medidas sanitaristas como a criação de órgãos de combate a
endemias e normativos para ações sanitaristas. Vinculando saúde e educação, o ministério
acabou priorizando o último item e a saúde continuou com investimentos irrisórios.

Dos anos 40 a 1964, início da ditadura militar no Brasil, uma das discussões sobre saúde pública
brasileira se baseou na unificação dos IAPs como forma de tornar o sistema mais abrangente. É
de 1960 a Lei Orgânica da Previdência Social, que unificava os IAPs em um regime único para
todos os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o que excluía
trabalhadores rurais, empregados domésticos e funcionários públicos. É a primeira vez que, além
da contribuição dos trabalhadores e das empresas, definia-se efetivamente uma contribuição do
Erário Público. Mas tais medidas foram ficando no papel.

A efetivação dessas propostas só aconteceu em 1967, pelas mãos dos militares, com a unificação
de IAPs e a consequente criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Surgiu
então uma demanda muito maior que a oferta. A solução encontrada pelo governo foi pagar a
rede privada pelos serviços prestados à população. Mais complexa, a estrutura foi se
modificando e acabou por criar o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
(INAMPS) em 1978, que ajudou nesse trabalho de intermediação dos repasses para iniciativa
privada.

Em 1972, surge a primeira entidade de representação dos sanitaristas brasileiros, a Associação


Paulista de Saúde Pública.

Um pouco depois, em 1974, os militares já haviam criado o Fundo de Apoio ao


Desenvolvimento Social (FAS), que ajudou a remodelar e ampliar a rede privada de hospitais,
por meio de empréstimos com juros subsidiados. Toda essa política acabou proporcionando um
verdadeiro boom na rede privada. De 1969 a 1984, o número de leitos privados cresceu cerca de
500%. De 74.543 em 1969 para 348.255 em 1984. Como pode-se ver, o modelo criado pelo
regime militar era pautado pelo pensamento da medicina curativa. Poucas medidas de prevenção
e sanitaristas foram tomadas. A mais importante foi a criação da Superintendência de Campanhas
da Saúde Pública (Sucam).

Durante a transição democrática, finalmente a saúde pública passa a ter um fiscalização da


sociedade. Em 1981, ainda sob a égide dos militares, é criado o Conselho Consultivo de
Administração da Saúde Previdenciária (CONASP). Com o fim do regime militar, surgem outros
órgãos que incluem a participação da sociedade civil como o Conselho Nacional dos Secretários
Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde
(Conasems).

Se, de um lado, a sociedade civil começou a ser mais ouvida, do outro, o sistema privado de
saúde, que havia se beneficiado da política anterior, teve que arranjar outras alternativas. É nesse
período que se cria e se fortalece o subsistema de atenção médico-suplementar. Em outras
palavras, começa a era dos convênios médicos. Surgem cinco modalidades diferentes de
assistência médica suplementar: medicina de grupo, cooperativas médicas, autogestão, seguro-
saúde e plano de administração.

A classe média, principal alvo desses grupos, adere rapidamente, respondendo contra as falhas da
saúde pública. O crescimento dos planos é vertiginoso. Em 1989, já contabilizam mais de 31 mil
brasileiros, ou 22% da população, faturando US$ 2,4 bilhões.

Ao lado dessas mudanças, os constituintes da transição democrática começaram a criar um novo siste 3
– Aspectos particulares da Política do Sector da Saúde

.1 Política Farmacêutica
A Política Farmacêutica do Sector da Saúde assenta nos seguintes
princípios : a) A importação, distribuição, prescrição e comercialização de medicamentos
é feita através do seu nome genérico;
b) Só é permitida a circulação no País de medicamentos registados e
constantes do Formulário Nacional de Medicamentos, que deve ser
Periodicamente actualizado, podendo o Ministro da Saúde abrir excepções
a estas regras;
c) O Sector Público e Privado poderão intervir na produção, imprtação e
comercialização de medicamentos nas condições em que a lei e os
regulamentos o determinam;
d) O Sector Público da Saúde e o sector privado não lucrativo deverão
garantir o acesso da população aos medicamentos;
e) Na importação, produção, comercialização e distribuição de
medicamentos, o Ministério da Saúde garantirá a inspecção destas
actividades e controlo de qualidade do medicamento.
ma de saúde, que mudo2.Nivel da organizacoa Sistema Nacional de Saude;

Tem a funções organizar Posto de Saúde - Cuidados de Saude de Nivel Primaria que
o primeiro contacto com o doente. Existem cuidados essenciais, baseados em metodos
e técnicas práticas, cientificas validas e socialmente aceitáveis tornando
universalmente acessível a todos os indivíduos, a todas a famílias e a comunidade com
a sua plena a participacao.
As unidades de Sanitarias de nível primário têm como funcao, despensar cuidados a
populacao da sua área de saúde incluindo intervencoes sobre o meio ambiente, devem
assegurar a cobertura sanitária de uma populacao e o primeiro contacto dentro da zona
Geografica bem definido

Fazem partes dos componetes dos Cuidados Primarios, Educacao para saúde,
Programa alargada de vacinacoes Saude Materno Infantil e Planeamento Familiar,
Promocao do Saneamento da Higiene do ambiente, garantia de qualidade de água e
dos alimentos Educacao Nutricional.

Hospitais do Segundo Nivel de Atencao de Saude/ Hospitais Rurais, Distritais e


Gerais
Cuidados de Saude Nivel secundário, Os hospitais de secundário tem como funcao
despensar cuidados de Saude de Nivel secundário e constituim o primeiro nível de
referência para o doente que não encontrou solucao para os seus problemas de Saude
nos centros de Saude. Podem também receber directamente doentes que efectuam o
seu primeiro contacto com o Sistema Naciona de Saude.

As funcões dos hoepitais de nível secundário e de proporcionar um primeiro nível de


referencia para os doentes que não encontraram solucao para os seus problemas nos
centros de Saude, acolhimento e admissão de doentes enviados dos diversos centros
de Saude da sua zona de captacao, prevencao, tratamento e contole das principais
doenças endémicas, fazer diagnósticos clínico com o apoio de laboratórios Radiologia
e outros exames complementares. Prestacao de cuidados de urgências aos
traumatismos e outras afeccoes, Prestacao de cuidados clínicos em regime de
internados aos doentes que precisamrecolher e tratamento de dados estatísticos,
epidemiologicasa.

Cuidados de Sade Nivel Atencao Terciario e Quarternario – Hospitais Provinciais

Os hospitais de Povinial tem como funçao despensar cuidados de Saude de Nivel


Terciario e constituim o nível de referência para o doente que não encontraram soluao
para os seus problemas de Saude nos Hospiatais Rurai e Hospiais Gerais. Podem
também receber directamente doentes que efectuam o seu primeiro contacto com o
Sistema Naciona de Saude.

u os parâmetros da saúde pública no Brasil, o SUS.

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