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FISIOLOGIA NA

PRÁTICA
FISIOTERAPÊUTICA
DR. ELTON DIAS PINHEIRO
FISIOTERAPEUTA
CREFITO 10 140625-F
Formação

 2017 - 2019 Especialização em Pós-Graduação Lato Sensu em


Gerontologia.
Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, Ponta Grossa, Brasil
 2014 - 2015 Especialização em Pós-Graduação Lato Sensu em
Fisioterapia Cardiorrespiratória.
Faculdade Inspirar, INSPIRAR, Curitiba, Brasil
 2005 - 2008 Graduação em Fisioterapia.
Universidade do Contestado Campus Mafra, UnC-Mafra, Mafra,
Brasil.
Atuação Profissional

 1. Universidade do Contestado. UnC-


Mafra
 2. Lar e Saúde - LAR E SAÚDE
 3. Hospital São Vicente de Paulo -
HSVP
 4. Lar Nossa Senhora da Anunciação
– LNS
 5. Consultório de Fisioterapia ELTON
DIAS PINHEIRO - EDP
Turma?
Ementa

 Inclua uma breve visão geral ou o resumo do projeto


Grupo Whatsapp

 47 996441517
Google ClassRoom
Resposta Cardiovasculares aguda
e crônicas ao exercício físico
Qual a função do sistema
cardiovascular?
SISTEMA
CARDIOVASCULARFUNÇÕES
 Transporte de Oxigênio(pulmões), Água e Nutrientes (epitélio
intestinal)
 Comunicação Intercelular
Hormônios–células-alvo–circulação
Glicose do fígado e ácidos graxos do tecido adiposo–células ativas
Células brancas e anticorpos–interceptação de invasores
 Recolhimento de resíduos das células Dióxido de carbono
(pulmões), restos metabólicos (urina, fezes),calor(pele)
ANATOMIA
GERAL DO
SISTEMA
CIRCULATÓRIO
1. Veia Cava Superior
2 Veia Cava Inferior
3. Átrio Direito
4. Ventrículo Direito
5. Ventrículo Esquerdo
6. Artéria Pulmonar
7. Aorta
8. Artéria Coronária Direita
9. Artéria Coronária
Descendente Anterior
10. Átrio esquerdo
11. Veias Pulmonares
Curiosidade

 Na mulher seu peso varia de 250 a 300g e no homem de


300 a 350g.

 Espessura normal do VD= 3 a 5 mm e do V.E= 1,3 a 1,5


cm. Espessuras acima
Válvulas

 Devem ser delicadas, translucidas e sem vascularização visível


 Eles tem a função de segurar o sangue na câmara cardíaca
 Elas entram e contato entre si para fechar o orifício valvular
Válvulas

 Valvas atrioventriculares
 Tricúspide(direita)e bicúspide/mitral(esquerda)
 Prolapso: falhadas cordas tendíneas- alva empurrada para o átrio
durante acontração ventricular

 Valvas semilunares
 Aórtica e pulmonar
 Fechamento–pressão retrógrada
 Função das válvulas AV:
ִFecham - se durante a sístole (contração
ventricular)
 ִImpede que o fluxo sanguíneo volte aos
átrios
Cordas tendíneas

 Normais são cordões delgados que se originam nos músculos


papilares e se ramificam progressivamente em filamento finos e
delicados, inserindo-se na borda livre das válvulas átrio-ventriculares
(trícuspide e mitral).
Cordas e Músculos Papilares
 Válvulas semilunares: separam os ventrículos
Impedem que o fluxo retornem para os
ventrículos durante a diástole
 Possuem:
• Válvula Pulmonar: localizada em VD.
• Permite que o sangue vá do VD para artéria
pulmonar
• Válvula aórtica: em VE. O sangue vai do VE
para a aorta.
Problema comuns nas válvulas
Cardíacas

 Regurgitação: retorno do sangue por uma


válvula deficiente

ִEstenose: estreitamento da saída da válvula,


provoca aumento na pressão na câmara e
nos vasos afetados.
CÉLULAS CARDÍACAS

 Células Contráteis
 Músculo estriado–sarcômeros
 Uni nucleares
 Rico em mitocôndrias–70 a 80% do O2 oferecido pelo sangue
 Discos intercalares junções que unem as células cardíacas
adjacentes-ligados por desmossomos
 A força gerada por uma célula é transferida para a célula
adjacente
 Junções comunicantes–liga nas células eletricamente–espalhando
a onda de despolarização
CÉLULAS CARDÍACAS
CÉLULAS CARDÍACAS

 Células Auto rítmicas (Células do marcapasso)

 Capacidade de gerar potencial de ação–contração sem estímulo


externo.
 Controlam a frequência dos batimentos cardíacos
Como ocorre a EXCITAÇÃO-
CONTRAÇÃO?
EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

 Características da célula miocárdica


 Túbulo T: grande e se ramificam no interior das células.
 Retículo sarcoplasmático: pouco desenvolvido–depende de Ca+2
extracelular.
 Início da contração–potencial de ação estimulando a célula
muscular
EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO
Etapas do Potencial de Ação no
Músculo Cardíaco
 Potencial de repouso da membrana:-85a-95(mV).

 Variação de potencial–negativo → positivo(potencial em ponta).


 Canais atuantes
• Abertura dos canais de sódio(rápidos)
• Abertura dos canais de cálcio(lentos)
• Entrada de íons sódio e cálcio–interior da fibra muscular cardíaca.
Etapas do Potencial de Ação no
Músculo Cardíaco
 DESPOLARIZAÇÃO
 PLATÔ
DESPOLARIZAÇÃO

 Quando as fibras contráteis são levadas a seu limiar–abertura dos


canais rápidos de sódio voltagem-dependentes.
 A entrada de sódio para o citosol o corre a depolarização
PLATÔ

 Depende da abertura dos canais lentos de cálcio voltagem-


dependentes
 Liberação dos íons cálcio das cisternas terminais do retículo
sarcoplasmático(pouco desenvolvido)
 Diminuição da permeabilidade dos canais de potássio
Etapas do Potencial de Ação no
Músculo Cardíaco
 REPOLARIZAÇÃO

 Os canais de cálcio começam a se fechar;


 Os canais de potássio voltagem-dependente abrem-se o que
aumenta a permeabilidade da membrana aos íons potássio;
 O potencial de membrana repouso-negativo é restabelecido.
PERÍODO REFRATÁRIO

 Intervalo de tempo durante o qual não pode ser produzida uma


segunda contração.

 O período refratário da fibra muscular é mais longo que a própria


contração–nova contração após o relaxamento completo ou bem
avançado.

 Evitar a tetania(contração sustentada)–alternância de contração e


relaxamento–bombeamento do fluxo sanguíneo
SISTEMA DE CONDUÇÃO CÉLULAS
AUTO-RÍTMICAS
 Células auto rítmicas
 Rede de fibras musculares cardíacas especializadas responsáveis
pela atividade elétrica, intrínseca e rítmica.
 Geram potenciais de ação espontâneos que desencadeiam as
contrações cardíacas.
 Funções
 Marca-passo-define o ritmo para todo coração
 Forma o sistema de condução (via para a propagação dos
potenciais de ação por todo o músculo cardíaco)
Sistema de Condução

 Nó Sinusal
 Vias internodais
 Nó Atrioventricular
 Feixe His
 Ramos – Direito e
Esquerdo
 Fibras de Purkinje

Células Pacemaker: células autorítmicas


 Nó Sinusal (AS): iniciam o começo da contração, por um potencial
de ação ou através de estímulos elétricos . É considerado o marca
passo cardíaco. Está localizado em AD.

 Há a geração de potencial de ação que é conduzido pelas vias


internodais atingindo o feixe atrioventricular. Este potencial é
distribuído para os ventrículos onde há a contração final

 Nodo atrioventricular (AV): também iniciam a contração muscular.


CONTROLE NERVOSO
(Sistema Nervoso Autônomo)
Estimulação Estimulação
Simpática Parassimpática
(adrenalina e noradrenalina) (acetilcolina)

FC FC
Músculo Contração Contração
(átrios)
Dilatadas (β2) Dilatadas
Coronárias Contraídas (α)
Ciclo cardíaco

 Corresponde ao período final de uma contração e o


início da próxima
 Características específicas ִ
 Átrios: Considerados como bomba de preparação:
prepara sangue para os ventrículos.
 ִVentrículos: considerados bomba de potência
Ciclo cardíaco

 Todo ciclo cardíaco consiste:


 ִNa SÍSTOLE: período de contração
 ִNa DIÁSTOLE: período de relaxamento , durante
o qual o coração se enche de
sangue.
Início do ciclo cardíaco:

 Há uma contração atrial (potencial de ação gerado no nodo


sinoatrial (AD)):
 Aumenta as pressões atriais - pré carga
 Próximo ao final da diástole os impulso elétricos dos átrios atingem o
nodo AV -
inicia a despolarização ventricular (complexo QRS): os ventrículos
começam a se contrair
 Quando as pressões ventriculares ultrapassam as atrias as válvulas
mitral e tricúspide fecham - se. Marca o término da diástole
ventricular
 Em menos de 1 segundo as pressões dos ventrículos superam o da
aorta e da artéria pulmonar provocando a abertura das válvulas
semilunares
 Quando a pressão arterial exceder a dos
ventrículos as válvulas semilunares se fecham
 Com o relaxamento dos ventrículos, a pressão
atrial se torna maior e ai começasse um novo
ciclo com a abertura das válvulas bicúspide e
tricúspide
 Onda P = despolarização atrial
= 1º bulha cardíaca
 Complexo QRS = despolarização ventricular
= 2º bulha cardíaca
 Onda T =
repolarização
ventricular (diástole)
CIRCULAÇÃO CORONARIANA
Suprimento Sanguíneo do
coração funcionamte
 As artérias coronárias direita e esquerda
comportam-se como artérias terminais embora
anatomicamente existam numerosas
anastomoses inter coronarianas na maioria dos
corações normais.
 Os óstio das artérias coronárias situam-se por detrás dos
 folhetos da válvula aórtica, desta maneira a maior parte do
enchimento destas artérias ocorre durante a DIÁSTOLE.
 Temos a artéria coronárias D e a E, esta com 02 ramos
 importantes, o descendente anterior e o circunflexa.
Sistema venoso:

 ִComposto por vênulas e veias pequena e


distensíveis
 ִConduzem o sangue de volta ao coração
 Atuam como um reservatório de sangue
 Suas paredes são delgadas e conseguem manter
volume de sangue - ajuda no DC
 ִPode dispor o volume de sangue para qualquer momento que a
perfusão necessite ser maior
 Conhecidos como vasos de capacitância
 Átrio Direito

- Para trás e para cima do ventrículo direito


- Parede irregular
- Veias cavas (superior e inferior)

- Nó sinusal
- Forame oval
• Ventrículo Direito
- Forma de pirâmide triangular
- Estruturas salientes na luz da
cavidade – origem no anel fibroso
- Em direção à ponta do VD = músc.
papilares  cordas tendíneas  válvula tricúspide
- Válvula pulmonar (tricúspide) 
tronco artéria pulmonar (infundíbulo)
 Os ventrículos formam o volume de massa muscular
(principalmente o esquerdo)
 O ventrículo direito possui uma parede mais fina
 Por essa relação, durante a contração o VE “ puxa” o VD ajudando
na contração
 Vantagem: Nas IC de VD são menos prejudiciais.
 Átrio Esquerdo
- Para cima e para trás do VE

- Deságua as veias pulmonares (superior e inferior)

- Parede lisa
 Ventrículo Esquerdo
- Esquerda e para trás do VD
- Músculos papilares ligados a válvula mitral
(bicúspide)
- Válvula Aórtica  Aorta (tricúspide)
- Paredes mais espessas.
- Geometria em espiral.
CIRCULAÇÃO CARDÍACA

BOMBA DUPLA
D E

Recebe sangue do circuito sistêmico


Recebe sangue do circuito pulmonar

Transporta para o circuito pulmonar


Transporta para o circuito sistêmico
**
VCS + VCI + Seio Coronário +
Veias Cardíacas Anteriores AD

V. Tricúspide

V. Pulmonar
Tronco Pulmonar + Artérias Pulmonares VD

V. Mitral VE
AE
V. Aórtica

Aorta
CONTRATILIDADE CARDÍACA
3 tipos de músculo cardíaco:

 Músculo atrial

 Músculo ventricular

 Fibras musculares excitatórias e condutoras


Atrial + Ventricular

 semelhança com o músculo esquelético


 duração de contração é bem maior

Fibras especializadas

 contração muito fraca devido ao baixo número de fibras contráteis


 Ritmicidade e velocidade de condução variáveis
TECIDO CARDÍACO

Anatomia própria
Diferenciação anatômica
Diferenciação funcional
Miocárdio

 Miocárdio – constituído por miócitos cardíacos, tecido conjuntivo


intersticial e vasos sanguíneos.
Pericárdio

 Pericárdio – contém 30 ml de líquido claro, é membrana serosa que


reage a doenças inflamatórias e neoplasicas exatamente como a
membrana de revestimento das cavidades pleurais e
peritoneal.Histologicamente temos o epicárdio e o pericárdio
parietal..
Pericárdio

 Parietal
Externa e resistente

LÍQUIDO PERICÁRDICO

 Visceral
Aderida às câmaras cardíacas
 Endocárdio – Extremamente delgado consiste de uma camada de
células endoteliais e escasso tecido conjuntivo subendotelial.
Propriedades do músculo Cardíaco:

 A contração do coração só é possível por que há:


Excitabilidade: capacidade das células responderem a estimulação
elétrica

Ritmicidade ou automicidade:
Capacidade do músculo cardíaco iniciar um
impulso elétrico.
 Condutividade: Capacidade do miocárdio disseminar ou irradiar
impulsos elétricos.

 Contralidade: Principal função do miocárdio

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