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Desoneração da

Folha de Pagamento
INSS Receita Bruta

1
Contribuições substituídas pela incidência sobre
a Receita

Art. 22 Incisos I e III da Lei 8.212/91:

- Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) 20% sobre a


folha de salários;

- CPP 20% sobre pagamentos a contribuintes individuais


(autônomos, profissionais liberais e pró-labore de dirigentes)

Lei 12.546/2011 artigos 7°e 8°e Decreto 7.828/2012 artigos 2°e 3°

Contribuições que continuam apuradas sobre a


Folha de Pagamento

Art. 22 Incisos II e IV da Lei 8.212/91:

- RAT (Risco Ambiental do Trabalho) – apurado às alíquotas


de 1%, 2% ou 3% ajustadas pelo FAP – Fator Acidentário de
Prevenção;

- CPP 15% sobre serviços tomados de cooperativas de


trabalho.

2
Contribuições que continuam apuradas sobre a
Folha de Pagamento

- Contribuição retida dos empregados e contribuintes


individuais;

- Salário educação e Sistema “S” – (Terceiros).

Contribuições que continuam apuradas sobre a


Folha de Pagamento

Base de cálculo reduzida para aplicação da CPP 15% sobre


cooperativas:

Cooperativas de serviços de transporte (táxi, por exemplo) –


base de 20% (IN RFB 971/2009 – artigo 218);

Cooperativas de serviços de saúde (Unimed / Uniodonto) –


base de 30% ou de 60% (IN RFB 971/2009 – artigo 219 inciso I).

3
Prazo de vigência da desoneração da folha de
pagamento

Até 31 de dezembro de 2014.

Vencimento e forma de recolhimento


Vencimento: idem ao da GPS, ou seja, dia 20 do mês subseqüente
ao da competência, ou anterior, se recair em dia não útil
Forma de recolhimento: DARF centralizado no CNPJ da Matriz
Códigos de recolhimento:
2985 – Serviços sujeitos à desoneração
2991 – Produtos sujeitos à desoneração (indústria)
É admitido recolher mais de um DARF por competência mensal e
código de recolhimento, para fins de controle financeiro e/ou
gerencial (por filial, por exemplo), porém, o CNPJ a constar deverá
ser SEMPRE o da Matriz.

4
Obrigações acessórias da Contribuição
Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB)

DCTF
(IN RFB 1.258/2012)

EFD-Contribuições (Bloco “P”)


(IN RFB 1.252/2012, alterada pela IN RFB 1.305/2012)

Informações em DCTF – Botão


“Débitos/Créditos”

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Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota de 2%
TI e TIC (*) – desde 12/2011 (exclusivamente) e 04/2012 (mistas)
Itens (I) a (VIII): Lei Complementar 116/2003 – Lista anexa – Grupo 1 – Serviços de
Informática e congêneres
I análise e desenvolvimento de sistemas;
II programação;
III processamento de dados e congêneres;
IV elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos;
V licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;
VI assessoria e consultoria em informática;
VII suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção
de programas de computação e bancos de dados, bem como serviços de suporte
técnico em equipamentos de informática em geral (**);
VIII planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas;
IX call center;
X concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados.
(*) de 12/2011 a 07/2012 a alíquota vigente era de 2,5%
(**) redação modificada conforme MP 601/2012 – vigência a partir de 04/2013

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Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota de 2%
TI e TIC (*) – desde 12/2011 (exclusivamente) e 04/2012 (mistas)
CNAE’s relacionados aos serviços elencados:
6201-5/00 – Desenvolvimento de Programas de Computador sob Encomenda
6202-3/00 – Desenvolvimento e Licenciamento de Programas de Computador
Customizáveis
6203-1/00 – Desenvolvimento e Licenciamento de Programas de Computador
Não-Customizáveis
6204-0/00 – Consultoria em Informática
6209-1/00 – Suporte Técnico, Manutenção e Outros Serviços em Tecnologia da
Informação
6311-9/00 – Tratamento de Dados, Provedores de Serviços de Aplicação e
Serviços de Hospedagem na Internet
8220-2/00 – Serviços de Teleatendimento
9511-8/00 – Reparação e Manutenção de Computadores e Periféricos

Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota


de 2%

Hotéis e pousadas (CNAE 5510-8/01) – desde 08/2012

Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário


fixo (CNAE’s 4921-3 e 4922-1) – desde 01/2013

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Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota de 2%
Construção Civil – a partir de 04/2013
CNAE 412 – Construção de Edifícios
CNAE 432 – Instalações Elétricas, Hidráulicas e Outras Instalações em
Construções
(inclui telefonia, comunicação, antenas, TV a cabo, alarme, automação,
aquecimento, ar condicionado e de gás)
CNAE 433 – Obras de Acabamento
(inclui impermeabilização, pintura, gesso, revestimento, colocação de
esquadrias e pisos, dentre outros)

Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota de 2%

Construção Civil – a partir de 04/2013

CNAE 439 – Outros Serviços Especializados para Construção


(inclui fundações, estaqueamento,
administração/gerenciamento de execução de obras,
montagem e desmontagem de andaimes, alvenaria – chapisco
e reboco, aluguel de equipamentos com operador, limpeza final
de fachada)

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Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota de 2%

Às empresas de construção civil optantes pelo regime do


Simples Nacional, conforme Art. 18 §5°-C Inc. I –
“construção de imóveis e obras de engenharia em geral”,
sujeitas à Tabela do Anexo IV, onde não consta inclusa
alíquota correspondente à CPP-Folha, relacionadas aos
códigos CNAE enumerados na alteração inserida pela MP
601/2012, entende-se de que também estarão sujeitas ao novo
regime de cálculo, substituindo a quota patronal de 20% da
folha sobre 2% da receita bruta da empresa. Porém, a Solução
de Consulta 70 de junho de 2012 (próximo slide), anterior à
publicação da MP 601, têm gerado controvérsias entre as
consultorias que atuam na área.

Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota de 2%


SOLUÇÃO DE CONSULTA RFB Nº 70, DE 27 DE JUNHO DE 2012
(6ª. Região Fiscal) D.O.U.: 02.07.2012
ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias
EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES
PELO SIMPLES NACIONAL. NÃO APLICAÇÃO. 1. Às empresas optantes
pelo Simples Nacional, cujos segmentos tenham sido contemplados pelo
art. 7º da Medida Provisória nº 540, de 2011, e pelo art. 7º da Lei n°
12.546, de 2011, não se aplica o regime substitutivo de desoneração da
folha de salários. 2. Havendo interesse da pessoa jurídica de recolher as
contribuições na forma do regime substitutivo, ela deverá solicitar sua
exclusão do Simples Nacional, considerando que não é possível a
utilização de regime misto, com incidência, concomitante, da Lei
Complementar nº 123, de 2006, e das normas que regulam o regime
substitutivo de desoneração da folha de pagamento.

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Atividade de Incorporação Imobiliária
A atividade de incorporação imobiliária (Grupo de CNAE
411) NÃO se submete à contribuição previdenciária incidente
sobre a receita bruta (CPRB).

A incorporação imobiliária caracteriza-se pela alienação de


frações ideais do terreno correspondentes a unidades
autônomas em edificação a ser construída ou em construção
sob regime condominial, não se caracterizando como tal a
construção de imóvel para venda futura após concluída a
edificação.
Solução de Consulta n° 24 de 21/02/2013 – DOU 25/02/2013 (6ª Região Fiscal)

Receita de Venda de Produtos Industrializados sujeitos à


alíquota de 1%
Códigos de NCM da TIPI/2012 referidos no Anexo da Lei 12.546/2011
e modificações posteriores introduzidas pelas MP 582 e 601/2012
Estão inclusos no referido Anexo a indústria têxtil, de plásticos, de material
elétrico, fabricantes de ônibus, de autopeças, naval, aérea, móveis, setor
de bens de capital, de chips, couro e calçados, confecções, aves, suínos e
derivados; pescado, pães e massas, fármacos e medicamentos,
equipamentos médicos e odontológicos, bicicletas, pneus e câmaras de ar,
papel e celulose, vidros, fogões, refrigeradores e lavadoras, cerâmicas,
pedras e rochas ornamentais, tintas e vernizes, construção metálica,
equipamento ferroviário, ferramentas, forjados de aço, parafusos, porcas e
trefilados, e instrumentos óticos; brinquedos (este último a partir de
01/2013).
(*) de 12/2011 a 07/2012, para os setores até então beneficiados, a alíquota vigente
era de 1,5%

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Receita de Venda de Produtos Industrializados sujeitos à
alíquota de 1%
Códigos de NCM da TIPI/2012 referidos no Anexo I da Lei 12.546/2011
e modificações posteriores introduzidas pelas MP 582 e 601/2012
Conforme a Solução de Consulta 38 de 21/05/2012, inclui-se na
base de cálculo da CPRB (desoneração) a receita auferida pelas
filiais da empresa que tenha anteriormente industrializado os
produtos de NCM relacionados no Anexo I da Lei 12.546/2011,
INDEPENDENTE das filiais possuírem atribuição exclusiva de
COMÉRCIO.
Neste âmbito, pode vir a ser oneroso para a empresa manter
ambas as atividades – Indústria e Comércio – sob uma única
empresa (CNPJ “raiz”), em virtude do faturamento (preço final)
praticado a nível de comércio, especialmente a varejo.

Receita de Venda de Produtos Industrializados sujeitos à


alíquota de 1%
Códigos de NCM da TIPI/2012 referidos no Anexo I da Lei 12.546/2011
e modificações posteriores introduzidas pelas MP 582 e 601/2012
SOLUÇÃO DE CONSULTA No 163, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2012
ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias
EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA
BRUTA PREVISTA NO ART. 8º DA LEI Nº 12.546, DE
2011. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. ENCOMENDANTE.
A empresa que encomenda a terceiros TODA operação de industrialização
do produto classificado nos códigos da Tipi referidos no Anexo da Lei nº
12.546, de 2011, posteriormente por ela comercializado, não se enquadra
no art. 8º desta Lei, devendo recolher as contribuições previdenciárias
previstas no art. 22, incisos I e III, da Lei nº 8.212, de 1991.

12
Receita de Venda de Produtos Industrializados sujeitos à
alíquota de 1%
Códigos de NCM da TIPI/2012 referidos no Anexo I da Lei 12.546/2011
e modificações posteriores introduzidas pelas MP 582 e 601/2012
SOLUÇÃO DE CONSULTA N°245, DE 12 de Dezembro de 2012
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA (CPRB).
IMPORTAÇÃO. REVENDA.
A mera importação e revenda não são consideradas fabricação para
fins do disposto no art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011.

Receita de Venda de Mercadorias – Comércio Varejista -


sujeitos à alíquota de 1%

Anexo II da Lei 12.546/2011, introduzido pela MP 601/2012


– por CNAE: lojas de departamentos ou magazines e comércio
varejista de: materiais de construção; equipamentos de
informática, telefonia e comunicação; suprimentos de
informática; eletrodomésticos, áudio e vídeo; móveis; artigos
de cama, mesa e banho; livros, jornais, revistas e papelaria;
CD’s, DVD’s, fitas e discos; brinquedos, artigos recreativos e
esportivos; medicamentos e perfumaria; vestuário e calçados;
produtos de limpeza; e artigos fotográficos e de filmagem – a
partir de 04/2013

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Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota de 1%
Desde 01/2013
- manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e
equipamentos correlatos;
- transporte aéreo de carga;
- transporte aéreo de passageiros regular;
- transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem;
- transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem;
- transporte marítimo de carga na navegação de longo curso;
- transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso;
- transporte por navegação interior de carga;
- transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares;
- navegação de apoio marítimo e de apoio portuário.
Lei 12.546/2011 art. 8°§3°– inserido pela Lei 12.715/2012

Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota de 1%


A partir de 04/2013

- manutenção e reparação de embarcações.

Lei 12.546/2011 art. 8°§3°Inc. XI – inserido pela MP 601/2012

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Receita de Serviços prestados sujeitos à alíquota de 1%

Transporte aéreo e marítimo de cargas ou passageiros,


manutenção de aeronaves, embarcações, motores e correlatos
Estruturas da CNAE relacionadas aos serviços elencados:
Grupo 501 – Transporte Marítimo de Cabotagem e Longo Curso
Grupo 502 – Transporte por Navegação Interior
Grupo 503 – Navegação de Apoio
Classe 5111-1 – Transporte Aéreo de Passageiros - Regular
Grupo 512 – Transporte Aéreo de Carga
Classe 3316-3 – Manutenção e Reparação de Aeronaves
Classe 3317-1 – Manutenção e Reparação de Embarcações

Definição de Receita Bruta

Art. 279 do Decreto 3000/99 (RIR):

“A receita bruta das vendas e serviços compreende (1) o


produto da venda de bens nas operações de conta própria, (2)
o preço dos serviços prestados e (3) o resultado auferido nas
operações de conta alheia.”

(1) Venda de produtos fabricados (indústria) e revenda de mercadorias


(comércio)
(3) Comissões de agenciamento ou representação comercial

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Definição de Receita Bruta

Para definir quais as receitas da empresa estão inclusas no


conceito de “Receita Bruta”, deve-se inicialmente analisar o
objeto da empresa, conforme Contrato Social ou Estatuto.
Estas receitas estão registradas nas primeiras linhas da
Demonstração de Resultado do Exercício.
Receitas extraordinárias e eventuais, que não estejam
relacionadas ao objeto social da empresa, NÃO fazem parte do
conceito de “Receita Bruta”, tais como as receitas financeiras,
venda de ativo imobilizado, sucatas e sobras, dentre outros.

Definição de Receita Bruta

O Parecer Normativo n°03, de 21/11/2012, ratificou a definição


conceituada no artigo 279 do RIR, mediante vínculo com a
definição advinda da Lei n°9.718/98, que rege quanto ao PIS e
COFINS Cumulativos, eliminando assim a insegurança jurídica
instaurada de uma possível ampliação da base de cálculo,
quando da publicação da Solução de Consulta 45/2012.

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Regime de Competência ou de Caixa ?

A Solução de Consulta 105 de 02/10/2012 confirmou a


obrigatoriedade do regime de competência para fins de
incidência e recolhimento da CPRB.

Não existe também até o atual momento dispositivo


legal que admita o diferimento em relação às
transações com órgãos públicos, tal como ocorre para
os tributos PIS, COFINS, IRPJ e CSLL (Lei n°9.718/98
– Art. 7°).

Receita de Contratos de Longo Prazo


Solução de Consulta COSIT Nº 174 DE 04/12/2012
Data D.O.: 25/02/2013
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA (ART. 8º DA
LEI Nº 12.546, DE 2011). BASE DE CÁLCULO.
ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias
EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA
(ART. 8º DA LEI Nº 12.546, DE 2011). BASE DE CÁLCULO.
No caso de contratos com prazo de execução superior a um ano, de fornecimento,
a preço predeterminado, de bens de que trata o caput do art. 8º da Lei nº 12.546,
de 2011, a contribuição previdenciária substitutiva será calculada sobre a receita
bruta, determinada mediante a aplicação, sobre o preço total, da percentagem do
contrato ou da produção executada em cada mês, de acordo com os critérios
estabelecidos pela legislação do imposto de renda, previstos para a espécie de
operação (art. 407 do Regulamento do Imposto de Renda - Decreto nº 3.000, de
1999)(...)

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Exclusões da Receita Bruta

- Vendas canceladas e os descontos incondicionais


concedidos;
- IPI;
- ICMS Substituição Tributária.

Lei 12.546/2011 artigo 9º - § 7

Devoluções de Vendas

A Solução de Consulta nº 121 de 26/06/2012 – DOU de


13/09/2012 da 10ª Região Fiscal estendeu a redação da
exclusão denominada “Vendas Canceladas”, incluindo as
“Devoluções de Vendas”.

Somente as devoluções de vendas relativas às receitas que


foram objeto de cálculo da CPRB (desoneração) é que
poderão ser excluídas da receita bruta, para fins de apuração.

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Exclusão da Receita de Exportações SOMENTE
para fins de cálculo da CPRB

Exclui-se da incidência da CPRB a receita de exportações -


mercadorias e serviços – e de transporte internacional de
carga
Lei 12.546/2011 art. 9º Inciso II e Solução de Consulta 105 de 02/10/2012.

Exclusão da Receita de Exportações SOMENTE para


fins de cálculo da CPRB
Solução de Consulta COSIT Nº 174 DE 04/12/2012
Data D.O.: 25/02/2013
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA (ART. 8º DA
LEI Nº 12.546, DE 2011). PERCENTUAL DE REDUÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO
SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS .
ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias
EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA
(ART. 8º DA LEI Nº 12.546, DE 2011). BASE DE CÁLCULO.
(...) O valor da receita bruta decorrente de exportações deve ser computado no
cálculo do percentual de redução da contribuição sobre a folha de salários (inciso
II do § 1º do art. 9º da Lei nº 12.546, de 2011), tanto na receita bruta das
atividades não relacionadas à fabricação dos produtos de que trata o caput do art.
8º da Lei nº 12.546, de 2011, quanto na receita bruta total.

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Exportações Indiretas / Trading’s

Trata-se de assunto controverso e polêmico, ainda sem


regulamentação ou normatização específica, com demandas
judiciais ajuizadas no setor de Agronegócio.
A Emenda Constitucional 33/2001 veio desonerar de incidência
as contribuições sociais – inclusive INSS sobre Receita – sobre
as exportações.
Porém, em relação à CPP-Agroindústria, a IN RFB 971/2009,
em seu artigo 170 – parágrafos 1°e 2°determina que não
estão beneficiadas pela não-incidência as exportações
indiretas ou efetuadas por meio de tradings.

Vendas para Zona Franca de Manaus (ZFM)


O Decreto-Lei 288/67 art. 4°equipara como “exportações” as vendas para
consumo ou industrialização destinadas à Zona Franca de Manaus (ZFM).
Em relação ao PIS e a COFINS, existem decisões a nível de STJ
confirmando a isenção das contribuições incidentes sobre o faturamento
(receita) – Vide Recurso Especial nº 1.276.540/AM de 16/02/2012.
Perante o Fisco, as contribuições acima citadas estão sujeitas à Alíquota
Zero, conforme Decreto 5.310/2004, desde 16/12/2004.
Passível de questionamento na esfera judicial, com razoável
possibilidade de êxito.

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Exclusão do Ajuste a Valor Presente de Ativos (AVP)
A Receita Bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso
VIII do art. 183 da Lei n°6.404/76 (Ajuste a Valor Presente de Ativos).
O Ajuste a Valor Presente de Ativos é calculado e aplicável para vendas
cujo prazo exceda a 90 dias, e deve ser computado e registrado na
contabilidade da empresa, independente de não haver sido destacado
montante a título de juros na transação. De acordo com a legislação
societária vigente, este valor é deduzido da receita bruta de vendas e
serviços, revertendo-se gradativamente em receita financeira. Porém, tal
ajuste não interfere para fins dos cálculos relativos à desoneração,
mantendo-se assim o valor bruto praticado na transação (valor de face da
nota fiscal).
Lei 12.546/2011 art. 9º Inciso I e Decreto 7.828 art. 5º Inciso I

Empresa em Atividade Pré-Operacional

De acordo com a Solução de Consulta n°244 de 12/12/2012,


ocorre a impossibilidade de aplicação da apuração pelo novo
critério, mesmo que as atividades relacionadas no objeto social
da empresa estejam previstas nos artigos 7°e 8°da Lei n°
12.546/2011, devendo manter durante o período de atividade
pré-operacional o recolhimento da quota patronal incidente à
alíquota de 20% sobre a folha de pagamento.

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Obtendo as informações a partir das notas fiscais emitidas
(mercadorias) – Empresa 100% Desonerada

Quadro “Cálculo do Imposto” do DANFE


Valor Total da Nota
(-) IPI
(-) ICMS Substituição Tributária
OU
Valor Total dos Produtos (ou Mercadorias)
(+) Frete
(+) Seguro
(+) Outras Despesas Acessórias
(-) Desconto

Obtendo as informações a partir das notas fiscais emitidas


(mercadorias) – Empresa 100% Desonerada

Exemplo de DANFE – Quadro “Cálculo do Imposto”

No exemplo abaixo, o valor da receita bruta (“fiscal”) obtido como base de


cálculo para a CPRB foi de R$ 10.600,00, equivalentes a: (1) R$ 12.170,00 (-)
R$ 1.000,00 (-) R$ 570,00 ou (2) R$ 10.000,00 (+) R$ 600,00


ÁLCULO DO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS ST VALOR ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS

10.600,00 1.908,00 13.763,00 570,00 10.000,00

VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO DESCONTO OUTRAS DESP. ACESSÓRIAS VALOR IPI VALOR TOTAL DA NOTA

600,00 1.000,00 12.170,00

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Obtendo as informações a partir das notas fiscais emitidas
(mercadorias) – Empresa “Mista”

Quadro “Dados dos Produtos” do DANFE

Valor Total – equivalente à quantidade X valor unitário do item, já líquido de


descontos (se houver)
(+) Rateio proporcional dos acréscimos e/ou desconto informados no
Quadro “Cálculo do Imposto”: Frete, Seguro, Outras Despesas Acessórias e
Desconto

Obtendo as informações a partir das notas fiscais


emitidas (mercadorias) – Empresa “Mista”

Exemplo de DANFE – Quadro “Dados dos Produtos”

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Hora de exercitar !
Exercício 1 – Questões ( a ) a ( e )
( a )Total bruto das receitas (faturamento) da empresa, conforme seu objeto social
- desprezar as demais receitas auferidas, MENOS as seguintes exclusões:
Vendas Canceladas, Descontos Incondicionais, IPI e ICMS ST. O valor aqui
obtido será o denominador da razão para cálculo do fator de compensação a ser
informado na SEFIP, para as empresas “mistas”;
( b )Idem (a), mas somente das linhas da receita bruta auferida dos produtos e/ou
serviços SUJEITOS à desoneração, INDEPENDENTE do seu destino (Mercado
Interno ou Exportação). O valor aqui obtido será o numerador da razão para
cálculo do fator de compensação a ser informado na SEFIP, para as empresas
“mistas”;
( c )Considerar o somatório da receita bruta que esteja sujeita à CPRB, já
deduzidas de TODAS as exclusões, INCLUSIVE as decorrentes de
EXPORTAÇÕES; Será a base de cálculo para apuração do DARF.
( d )Total da questão ( b ) dividido pelo total da questão ( a ) é o fator de
compensação a ser utilizado na SEFIP.

Apuração, Recolhimento e Demonstração na SEFIP


1) Empresa que auferiu no mês receita bruta de serviços e produtos
industrializados sujeitos à CPRB em montante IGUAL ou
SUPERIOR a 95% do total da receita (§5 do artigo 9°da Lei
12.546/2011):
Recolherá em GPS as parcelas relativas ao: (1) desconto dos segurados,
(2) RAT, (3) Cooperativas e (4) Terceiros (Entidades).
Anulará na SEFIP no “Comprovante de Declaração das Contribuições a
Recolher à Previdência Social” o cálculo efetuado equivalente à
Contribuição Previdenciária Patronal – 20% sobre a folha de pagamento e
contribuintes individuais - TOTAL, destacada no título “Empresa” nas
linhas “Empregados/Avulsos” e “Contribuintes Individuais” informando (ou
adicionando) à linha “Compensação”.

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Apuração, Recolhimento e Demonstração na SEFIP
2) Empresa que auferiu no mês receitas sujeitas e não-sujeitas
à CPRB, sendo que: (a) em relação aos serviços e/ou
atividades de serviços previstas no art. 7°- alíquota de 2%,
quando as receitas não-sujeitas à CPRB representarem
MAIS de 5% do total da receita bruta no mês; e (b) em relação
às atividades sujeitas à alíquota de 1%, ou a exceção
prevista no § 2°do artigo 7°, em relação às atividades de T.I.
sujeitas à alíquota de 2%, quando as receitas não-sujeitas à
CPRB representarem MAIS de 5% e MENOS de 95% do total
da receita bruta no mês

Apuração, Recolhimento e Demonstração na SEFIP


Recolherá em GPS as parcelas relativas ao: (1) desconto dos segurados,
(2) RAT, (3) Cooperativas e (4) Terceiros (Entidades).
Anulará na SEFIP no “Comprovante de Declaração das Contribuições a
Recolher à Previdência Social” o cálculo efetuado equivalente à
Contribuição Previdenciária Patronal – 20% sobre a folha de pagamento e
contribuintes individuais – PARCIAL, proporcional à incidência que recaiu
sobre a receita bruta sujeita à CPRB, destacada no título “Empresa” nas
linhas “Empregados/Avulsos” e “Contribuintes Individuais” informando (ou
adicionando) à linha “Compensação”.

25
Apuração, Recolhimento e Demonstração na SEFIP
Receita Não-Desonerada (CPP-
Receita Desonerada (CPRB)
Total da Receita do Folha)
Situação
Mês
Valor (R$) % Total Valor (R$) % Total
1 100.000,00 95.800,00 95,8% 4.200,00 4,2%
2 100.000,00 3.900,00 3,9% 96.100,00 96,1%
3 100.000,00 70.000,00 70,0% 30.000,00 30,0%

Situação 1: CPP-Folha (GPS) não se aplica, mesmo sobre a a Receita não sujeita a
desoneração - neste caso, R$ 4.200 - por esta representar MENOS de 5% da Receita Total
do Mês. Haverá somente o recolhimento de DARF. Esta situação vale para os artigos 7°
- alíquota de 2%- e 8°- alíquota de 1%.
Situação 2: CPRB (DARF) não se aplica para a produção de bens e serviços do artigo 8°
da Lei 12.546/2011 - alíquota de 1% ou exceção do § 2°do artigo 7°, por que a receita
bruta sujeita à desoneração representa MENOS de 5% da Receita Total do Mês.
Situação 3: Se a Receita Desonerada representar de 5% a 95% da Receita Total do Mês,
será apurada a CPRB sobre a Receita Desonerada e recolhida em DARF centralizada no
CNPJ da Matriz. Para apuração da CPP-Folha será necessário realizar compensação
parcial, mediante cálculo prévio do "Fator de Compensação", neste caso, igual a 70%.

Apuração, Recolhimento e Demonstração na SEFIP

FATOR DE COMPENSAÇÃO - SEFIP (em %)

Proporç ão da Receita Desonerada sobre a Receita Total

Só GPS "Mista" - Parte GPS e DARF Só DARF

de 0 de 5 a 94,999999 de 95 a 100

a 4,999999

Fator de Fator de

compensação compensação

igual a 0 igual a 100

26
Apuração, Recolhimento e Demonstração na SEFIP

Exemplo prático – Empresa de TI/TIC:

Total da Receita Bruta no mês: R$ 500.000,00

Receita Bruta sujeita à CPRB no mês: R$ 400.000,00

Proporção da Rec. Bruta suj. à CPRB: 80% do total

Folha de Pagamento no mês: R$ 150.000,00

Apuração, Recolhimento e Demonstração na SEFIP

Exemplo prático – Empresa de TI/TIC:

DARF CPRB cód. 2985 devida:


2,00% sobre R$ 400.000,00 = R$ 8.000,00

GPS – CPP-Folha devida:


R$ 150.000,00 x 20% = R$ 30.000,00
R$ 30.000,00 x (100% - Fator Compensaçao 80%) =
R$ 6.000,00

27
Apuração, Recolhimento e Demonstração na SEFIP

Exemplo prático – Empresa de TI/TIC:

Total recolhido:

DARF – R$ 8.000,00

GPS – R$ 6.000,00

Total – R$ 14.000,00

Neste exemplo hipotético, foi recolhido R$ 14.000,00 ao invés de


R$ 30.000,00, o que representou vantagem para a empresa.
A Folha de Pagamento equivaleu a 30% da receita bruta.

Hora de exercitar !

Exercício 1 – Questão ( f )

( f )Demonstrar no quadro “COMPROVANTE DE DECLARAÇÃO


DAS CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER À PREVIDÊNCIA SOCIAL
E A OUTRAS ENTIDADES E FUNDOS POR FPAS” o
detalhamento de cálculo das contribuições incidentes sobre a
folha de pagamento, a compensação da CPP equivalente à
parcela atribuída sobre a receita (faturamento) e os valores dos
campos da GPS e DARF.

28
Situações em que o novo regime de cálculo é mais
vantajoso
Atividades/empresas sujeitas à alíquota de 2%:
A CPRB torna-se favorável em relação à CPP-Folha quando a
Folha de Pagamento possuir representatividade superior a 10%
da Receita Bruta, objeto de Base de Cálculo da CPRB.
Atividades/empresas sujeitas à alíquota de 1%:
A CPRB torna-se favorável em relação à CPP-Folha quando a
Folha de Pagamento possuir representatividade superior a 5%
da Receita Bruta, objeto de Base de Cálculo da CPRB.
Importante: Englobar no cálculo os valores relativos à parcela do 13°salário
e de eventos de férias sujeitos à CPP de 20%.

Empresas com mais de um estabelecimento

1) Faturamento sujeito somente à CPRB no mês

Independente de possuir estabelecimentos onde não realizou-


se faturamento (centro de distribuição, escritório administrativo
ou comercial, etc), TODOS os estabelecimentos efetuarão a
compensação integral da CPP-Folha calculada na SEFIP,
recolhendo somente a CPRB, através de DARF centralizado
na Matriz.

29
Empresas com mais de um estabelecimento
2) Faturamento de receitas sujeitas e não-sujeitas à
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB)
no mês

Deverá ser efetuado somatório total das receitas auferidas por


todos os estabelecimentos, segregando-as entre sujeitas e
não-sujeitas à CPRB, adotando-se um único fator comum
unificado válido para fins da compensação parcial da CPP-
Folha nas SEFIP’s de TODOS os estabelecimentos.
Solução de Consulta n°105/2012 – Ementa (2) inciso (b)

Empresas com mais de um estabelecimento


Exemplo Prático 1: Faturamento sujeito somente à
CPRB no mês
Estabelecimento 1:
Receita bruta, já deduzidas as exclusões: R$ 200.000,00
Folha de pagamento: R$ 60.000,00
Estabelecimento 2:
Receita bruta, já deduzidas as exclusões : R$ 0,00
Folha de pagamento: R$ 25.000,00

30
Empresas com mais de um estabelecimento
Exemplo Prático 1: Faturamento sujeito somente à
CPRB no mês
CPRB a recolher (DARF): (R$ 200.000,00 + R$ 0,00) x 2%
= R$ 4.000,00
Valor informado de compensação na SEFIP (1 ou 100%):
Estabelecimento 1:
R$ 60.000,00 x 20% = R$ 12.000,00
Estabelecimento 2:
R$ 25.000,00 x 20% = R$ 5.000,00
CPP-Folha a recolher (GPS): R$ 0,00

Empresas com mais de um estabelecimento


Exemplo Prático 2: Faturamento de receitas
sujeitas e NÃO sujeitas à CPRB no mês
Estabelecimento 1:
Rec. bruta, já deduz. as exclusões, suj. à CPRB: R$ 150.000,00
Rec. bruta, já deduz. as exclusões, NÃO suj. à CPRB: R$ 50.000,00
Folha de pagamento: R$ 60.000,00
Estabelecimento 2:
Rec. bruta, já deduz. as exclusões, suj. à CPRB : R$ 300.000,00
Rec. bruta, já deduz. as exclusões, NÃO suj. à CPRB : R$ 0,00
Folha de pagamento: R$ 25.000,00

31
Empresas com mais de um estabelecimento
Exemplo Prático 2: Faturamento de receitas sujeitas
e não-sujeitas à CPRB no mês
CPRB a recolher (DARF): (R$ 150.000,00 + R$ 300.000,00) x 2%
= R$ 9.000,00
Valor informado de compensação na SEFIP:
Estabelecimento 1:
R$ 60.000,00 x 20% x ( R$ 450.000,00 / R$ 500.000,00 ) =
R$ 10.800,00 (fator de compensação UNIFICADO = 0,9 ou 90%)
Estabelecimento 2:
R$ 25.000,00 x 20% x ( R$ 450.000,00 / R$ 500.000,00 ) =
R$ 4.500,00 (fator de compensação UNIFICADO = 0,9 ou 90%)
CPP-Folha a recolher (GPS): R$ 1.700,00

Empresas com mais de um estabelecimento


Exemplo Prático 2: Faturamento de receitas sujeitas
e não-sujeitas à CPRB no mês
Se a regra não fosse respeitada para este exemplo, o fator de
compensação calculado para o Estabelecimento 1 seria de 0,75
(R$ 50.000 / R$ 200.000) e para o Estabelecimento 2 seria de
1,00, resultando em uma compensação na SEFIP de R$ 14.000
no total – R$ 9.000 no Estabelecimento 1 e R$ 5.000 no
Estabelecimento 2, o que está incorreto.
Da forma como remete o Decreto 7828/2012 e as Soluções de
Consulta da RFB que versam sobre o assunto, vimos que a
compensação na SEFIP é de R$ 15.300 no total – R$ 10.800 no
Estabelecimento 1 e R$ 4.500 no Estabelecimento 2.

32
Empresa que não auferiu receita desonerada no mês
de apuração, mas teve folha de pagamento
1) Se a empresa aufere exclusivamente receita sujeita à CPRB
Nesta situação, deverá compensar a integralidade da CPP-Folha de 20%
apurada na SEFIP, visto que em período futuro deverá vir a ocorrer o
faturamento (receita) que utilizou como insumo a despesa de pessoal do
mês atual.
Não recolhe, portanto, nem DARF da CPRB, tampouco GPS da parte
relativa à CPP-Folha (do mês).
Decreto 7.828/2012 Art. 4°Parágrafo Único e Solução de Consulta 160/2012 –
Ementa (6)

Empresa que não auferiu receita desonerada no mês


de apuração, mas teve folha de pagamento
1) Se a empresa aufere exclusivamente receita sujeita à CPRB
A análise mais eficiente para definir se a empresa está
totalmente desonerada deve ser realizada inicialmente com
base em seu objeto social (contrato social ou estatuto). Caso
todas as atividades ali enumeradas estejam previstas nos
artigos 7°e 8°da Lei 12.546/2011, a empresa enquadra-se
nesta condição.

33
Empresa que não auferiu receita desonerada no mês
de apuração, mas teve folha de pagamento
1) Se a empresa aufere exclusivamente receita sujeita à CPRB
Se o objeto social estiver desatualizado, recomenda-se avaliar
se o fator de compensação calculado nos meses anteriores à
esta ocorrência – ausência de receita - desde o início de
vigência da desoneração ou nos últimos 12 meses, foi igual a 1
(ou 100%). Nesta hipótese, será aplicado o fator igual a 1 no
mês da apuração em que ocorreu a ausência de receita.

Empresa que não auferiu receita desonerada no mês


de apuração, mas teve folha de pagamento
2) Se a empresa aufere receitas sujeitas e NÃO sujeitas à CPRB
Deverá recolher no mês em que ocorrer esta situação a CPP-
Folha de 20% sobre a folha de pagamento, INTEGRAL, sem
compensações.
Isto porque o raciocínio previsto na Lei 12.546/2011 em seu
artigo 9°, § 1°, Inciso II, esclarece de que o “ponto de partida” do
cálculo, para as empresas que “se dedicam a outras atividades”, ou
seja, auferem receitas sujeitas e não sujeitas à CPRB (ou em
percentual da receita sujeita à CPRB igual ou superior a 95%), é a
CPP-Folha de 20%, para após ser aplicado o fator de cálculo
correspondente à participação proporcional da receita sujeita à
CPRB sobre o total das receitas.

34
Empresa que não auferiu receita desonerada no mês
de apuração, mas teve folha de pagamento
2) Se a empresa aufere receitas sujeitas e NÃO sujeitas à CPRB
SOLUÇÃO DE CONSULTA N°283, de 28 de Novembro de 2012
ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA
PREVISTA NO ART. 7º DA LEI Nº 12.546, DE 211. EMPRESA QUE
EXERCE OUTRAS ATIVIDADES ALÉM DAS ESPECIFICADAS NA
REFERIDA LEI.
Nos casos em que não houver faturamento em relação às atividades listadas na
Lei nº 12.546, de 2011, e a empresa se dedicar a outras atividades, o cálculo das
contribuições sociais previdenciárias, previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei
nº 8.212, de 1991, abrangerá a totalidade da folha de pagamento, não sendo
adotada qualquer proporcionalização.

Empresa que não auferiu receita desonerada no mês


de apuração, mas teve folha de pagamento
2) Se a empresa aufere receitas sujeitas e NÃO sujeitas à CPRB
O dispositivo previsto pela lei acaba por onerar as empresas que mesmo
possuindo parte de suas receitas sujeitas à CPRB, sendo este o regime de
cálculo mais vantajoso para a mesma, que serão penalizadas por
possuírem receitas sujeitas ao cálculo sobre a folha de pagamento,
principalmente quando o percentual destas receitas representar algo em
torno de 5% a até 50% em seu montante.
Tal raciocínio não guardou semelhanças com o admitido para fins de
rateio das parcelas das contribuições do PIS e da COFINS sujeitas aos
regimes não-cumulativo (novo) e cumulativo (anterior), para empresas do
regime de lucro real, onde admitiu-se critério contábil, baseado na
proporcionalidade dos custos cabíveis aos faturamentos para cada um dos
regimes.

35
Empresa que auferiu receita no mês, mas NÃO
possui folha de pagamento, tampouco pró-labore
Recolherá somente a CPRB, se houver auferido no mês
receitas sujeitas à esta modalidade. A CPRB não é
facultativa, é obrigatória, independente da empresa
possuir ou não segurados (*).
Caso tenha auferido somente receitas não-sujeitas à CPRB,
não havendo folha de pagamento, mesmo pela regra anterior
vigente à Lei 12.546/2011, não possui CPP-Folha a apurar.
(*) Decreto 7.828/2012 art. 4°e Soluções de Consulta 38 e 105/2012 – Ementa
(1)

Estudos para adequação do regime tributário


De Lucro Real para Lucro Presumido
Se ocorrer a redução no encargo da CPP-Folha substituído pela CPRB, inclusive
o decorrente de reversão nas provisões de férias e/ou 13°salário, haverá como
consequência o aumento do lucro da empresa, e consequentemente acréscimo
nos valores do IRPJ e da CSLL devidos. Estando a empresa enquadrada no
regime de Lucro Real, e sendo legalmente admitido sua opção para o Lucro
Presumido, sugere-se um estudo para rever se prevalecerá a atual condição para
o próximo exercício fiscal.
De Simples Nacional para Lucro Presumido
A substituição do encargo da CPP-Folha pela CPRB, às alíquotas de 1% ou 2%
sobre a receita bruta, não foi extendida às empresas optantes do Simples
Nacional, que permanecem efetuando recolhimento da CPP (INSS), inclusa na
alíquota da faixa de enquadramento em que se situar, de até 7,83% (Anexo III).
Analisar em conjunto o impacto de todos os tributos federais incidentes sobre
receita e lucro.

36
Hora de exercitar !

Exercício 2

EFD-Contribuições – Bloco “P”


A Instrução Normativa RFB 1252/2012 alterou o conceito do projeto SPED
denominado EFD-PIS/COFINS para EFD-Contribuições, inserindo em seu
leiaute as informações relativas à CPRB.
Assim, a partir das competências 03/2012 ou 04/2012 (TI/TIC mistas),
independente do regime tributário adotado ser o de Lucro Presumido, as
empresas que efetuaram apuração da CPRB passaram a ficar obrigadas à
entrega do arquivo mensal da EFD-Contribuições, porém, somente com as
informações relativas ao Bloco “P”.
A Instrução Normativa RFB 1305/2012 prorrogou o prazo para
entrega, sem incidência de multa por atraso, até o dia 18/02/2013, de
todos os arquivos mensais do ano-calendário 2012, das empresas
sujeitas ao regime Lucro Presumido.
Art. 4°incisos IV e V da IN RFB 1252/2012.

37
EFD-Contribuições – Bloco “P”

Links úteis

EFD-Contribuições:
Informações dos Blocos “0145” e “P”
http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-
contribuicoes/download/download.htm

Tabela 5.1.1. – Códigos de Atividades


http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-contribuicoes/tabela-
codigos/tabelas-de-codigos_Previdenciaria.htm

38
Retenção 3,5% sobre Cessão de Mão-de-Obra
TI/TIC - Desde 08/2012:
I análise e desenvolvimento de sistemas;
II programação;
III processamento de dados e congêneres;
V licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de
computação;
VI assessoria e consultoria em informática;
VII suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e
manutenção de programas de computação e bancos de dados, bem como
serviços de suporte técnico em equipamentos de informática em geral (*);
VIII planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas
eletrônicas;
IX call center.
(*) alteração abrangendo suporte técnico em equipamentos de informática com
vigência a partir de 04/2013

Retenção 3,5% sobre Cessão de Mão-de-Obra


Novos serviços inclusos, sujeitos à alíquota de 1% - Art. 8°§3°
da Lei 12.546/2011 - A partir de 04/2013:

- de manutenção e reparação de aeronaves, motores,


componentes e equipamentos correlatos.

- Construção Civil – empresas enquadradas nos grupos 412,


432, 433 e 439 da CNAE 2.0;

- Manutenção e reparação de embarcações.

39
Retenção 3,5% sobre Cessão de Mão-de-Obra –
Serviços anteriormente sujeitos à alíquota de 11%
A Solução de Consulta 281/2012 - 8ª Região Fiscal – ratificou o entendimento
deste consultor, no sentido de que a alteração promovida pela Lei 12.546/2011,
no que refere-se à instituição da retenção sobre serviços à alíquota de 3,5%,
prevalece em relação aos dispositivos até então vigentes da retenção
incidente à alíquota de 11%.
Dentre os serviços que estavam abrangidos na lista exaustiva do artigo 117 da IN
RFB 971/2009, e que encontravam-se sujeitos à alíquota de 11%, mas que a
passaram a sujeitar-se à alíquota de 3,5%, estão os de call center – vigência
desde 08/2012, suporte técnico em equipamentos de informática e de
construção civil – vigência a partir de 04/2013.
Em relação à retenção sobre os serviços de construção civil, entende-se de que
continuam vigentes os dispositivos relativos às deduções de material e/ou
equipamentos utilizados, quando da composição da base de cálculo da retenção,
embora até o momento não tenha ocorrido unificação do conteúdo normativo a
respeito deste assunto.

Retenção 3,5% sobre Cessão de Mão-de-Obra - TI

Bastante comum principalmente em empresas de TI de


pequeno ou médio portes nos últimos anos, a contratação de
profissionais na modalidade PJ (pessoa jurídica) tornara-se um
“gargalo” para a União, em virtude de tais profissionais
revestidos como PJ não estarem contribuindo para a
seguridade social (INSS).

40
Retenção 3,5% sobre Cessão de Mão-de-Obra - TI
Com a instituição da CPRB também vigente para estas PJ’s, estas
“pessoas jurídicas” passaram a recolher 2% sobre seu faturamento,
além da carga tributária já incidente, normalmente sujeitas ao
regime do lucro presumido (16,33% se estabelecida nos grandes
centros), atingindo o montante de até 18,33% do valor bruto mensal
de suas receitas.
Com a inclusão do novo § 6°ao artigo 7°da Lei 12.546/2011, em
vigor desde 08/2012, regulamentado através do artigo 2°parágrafo
3°inciso III do Decreto 7.828/2012, instituiu-se retenção de 3,5%
sobre o valor bruto da nota fiscal de serviços, retenção esta não
compensável com o recolhimento de 2% da CPRB (efetuado
através de DARF).

Retenção 3,5% sobre Cessão de Mão-de-Obra - TI

O objetivo desta medida é o de incentivar a formalização de


vínculo empregatício (CLT) com a empresa contratante, ou ao
menos a formalização de remuneração a título de pró-labore
do sócio atuante pela PJ, em valor superior ao de 1 salário
mínimo nacional, mais comumente utilizado. Caso contrário,
haverá o incremento de mais um encargo a incidir sobre o
faturamento, passando a chegar em até 21,83% de carga
tributária nos grandes centros.

41
Retenção 3,5% sobre Cessão de Mão-de-Obra – TI/TIC
- Comparativo

Apresentação da tributação incidente sobre PJ de TI em


três diferentes fases: (1) antes de vigorar a CPRB de
2%; (2) após entrar em vigor a CPRB de 2%; (3) após
entrar também em vigor a retenção de 3,5% de INSS

42
Compensação da retenção de INSS
Com a publicação da MP 601/2012, que incluiu o setor de
Construção Civil na desoneração da folha de salários, reduziu-
se a alíquota da retenção incidente sobre estes serviços, de
11% para 3,5%, compensável na SEFIP (GPS).

Embora a redação inserida pela MP 601/2012 cite a


expressão “CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA”, entende-se de
que o conceito é extendido também às contratações na
modalidade de “EMPREITADA”, conforme menciona o
Artigo 31 - § 4°Inciso III da Lei n°8.212/1991.

Compensação da retenção de INSS


Não houveram mudanças neste sentido, devendo a
COMPENSAÇÃO da RETENÇÃO na fonte de INSS
(11% ou 3,5%) sobre serviços caracterizados como
cessão de mão-de-obra e empreitada ser informada e
efetuada através da SEFIP, limitando-se ao seguinte
total: (1) INSS retido dos segurados + (2) CPP-
Cooperativas + (3) RAT + (4) CPP-Folha (** apurada
após a compensação do fator da parcela da receita
sujeita à CPRB).
Soluções de Consulta 281 de 28/11/2012 e 66 de 06/12/2012

43
Compensação da retenção de INSS
Em virtude da ausência de campo próprio na SEFIP para a
compensação da CPP-Folha proporcional à parcela da receita
bruta desonerada, recomenda-se priorizar a compensação
relativa à desoneração no campo “Compensação”, para depois
partir-se para as deduções relativas às retenções de notas
fiscais de serviços emitidas e dos salários família e
maternidade, e, novamente para o campo “Compensação”,
caso haja saldo devedor restante, para valores decorrentes de
pagamentos indevidos ou a maior ou decorrentes de ações
judiciais, por exemplo. Não há previsão legal de utilização da
compensação decorrente da desoneração em meses
posteriores ao da sua competência.

Compensação da retenção de INSS

Não existe previsão legal para compensação da retenção de


11%, tampouco a de 3,5%, com a CPRB apurada sobre a
receita bruta recolhida através de DARF.

Havendo excedente de retenção não passível de


compensação em SEFIP, o contribuinte poderá encaminhar
pedido de restituição à RFB, através do aplicativo
PER/DCOMP.

44
Compensação da CPRB paga indevidamente ou a
maior - DARF
A IN RFB 1.300/2012 disciplina atualmente as disposições quanto a
compensação de tributos administrados pela RFB, recolhidos
indevidamente ou a maior.
Em virtude de diferentes opiniões apresentadas nas consultas
pessoais junto à Receita, ao menos as realizadas antes de
publicada a IN RFB 1.300/2012, e pelo fato da versão vigente do
aplicativo PER/DCOMP (versão 5.1 de 29/02/2012) não possuir o
tributo “CPRB” dentre as opções de “Grupo de Tributo”, recomenda-
se protocolo do pedido de compensação e/ou restituição mediante
processo administrativo junto à RFB.

CPP-Folha sobre 13°Salário – Regras Gerais


As empresas que tenham auferido SOMENTE receita bruta sujeita à CPRB desde
janeiro do ano-calendário corrente, não estarão sujeitas à CPP-Folha sobre 13°
salário. Na alíquota incidente sobre a receita já encontra-se incluso acréscimo
decorrente do reflexo da gratificação anual natalina.
No ano-calendário 2012, o grupo de empresas que encontrava-se nesta
condição, são as empresas EXCLUSIVAMENTE prestadoras de serviços de
TI/TIC e as indústrias têxtil, de calçados e de móveis, cuja vigência da CPRB
iniciou-se ainda em 12/2011. Para as empresas de TI/TIC “mistas” e as demais
que adentraram ao novo regime ao longo do ano de 2012 (em maio ou agosto),
coexistiu um período de incidência pela regra anterior vigente, ou seja, da
incidência sobre a folha de pagamento.
O § 3° do artigo 9° da Lei 12.546/2011, incluido pela Lei 12.715/2012 cita que
para o cálculo da parcela sujeita à CPP-Folha sobre 13° salário das empresas
“mistas” deverão ser somadas as receitas sujeitas e não-sujeitas à CPRB, nos
últimos 12 meses anteriores ao do cálculo da gratificação anual natalina, ou seja,
de 12/2011 a 11/2012, para o ano-calendário 2012.

45
CPP-Folha sobre 13°Salário – Empresas com Receita
Mensal totalmente desonerada desde janeiro do ano-
calendário corrente

Exemplo prático:
Folha de pagamento - 13°salário/2012:
R$ 150.000,00 (somatório de todos os estabelecimentos da empresa)

CPP-Folha sobre 13°Salário – Empresas com Receita


Mensal totalmente desonerada desde janeiro do ano-
calendário corrente
Compensação TOTAL dos valores da CPP-Folha apurados na
SEFIP da competência 13/2012, ou seja, não haverá na GPS a
recolher valores relativos à CPP-Folha.
Folha de pagamento do 13°salário =
R$ 150.000,00 x 20% = R$ 30.000,00
(-) Fator de compensação (1,000000) x R$ 30.000,00 =
R$ 30.000,00
(=) Valor apurado da CPP-Folha 13°salário/2012 a recolher
em GPS: R$ 30.000,00 (-) R$ 30.000,00 (=) R$ 0,00
Vide Solução de Consulta n°160 de 17/12/2012 – Ementa (6)

46
CPP-Folha sobre 13°Salário – Empresas “mistas” que
adentraram na desoneração há 12 meses ou mais

Deverá ser obtido fator de compensação próprio com base


na proporção do somatório da receita bruta desonerada
dos meses compreendidos entre dezembro do ano-
calendário anterior até novembro do ano-calendário
corrente, objeto de cálculo do 13°salário.

CPP-Folha sobre 13°Salário – Empresas que adentraram


na desoneração durante o ano-calendário

As Soluções de Consulta 110 de 04/10/2012 e 160 de


17/12/2012 apresentaram interpretação de que deverão ser
segregados os períodos - antes e depois do início de vigência
da desoneração (mesmo que parcial) - tomando-se como
período de 12 meses de dezembro do ano anterior a novembro
do ano corrente.

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CPP-Folha sobre 13°Salário – Empresas que adentraram
na desoneração durante o ano-calendário
O entendimento apresentado é o de isolar, em quantidade de avos,
o período antes da vigência da desoneração, aplicar a fração
(razão) sobre o valor da folha de pagamento de 13°salário, e aplicar
a alíquota de 20%. Somente sobre os avos restantes é que deverá
ser calculado o fator de compensação, reduzindo-se assim o valor
da CPP-Folha somente sobre o período de vigência da
desoneração.
Para as atividades que adentraram 100% na desoneração durante o
ano-calendário, o fator de compensação do período de avos
restantes - após o início da vigência da desoneração - será igual a 1
ou 100%.

CPP-Folha sobre 13°Salário – Empresas que adentraram


na desoneração durante o ano-calendário
Para os setores que adentram em janeiro no novo regime, e
estejam 100% sujeitos à desoneração da folha (ou igual ou
superior a 95%), tais como os de transporte rodoviário coletivo
regular, com itinerário fixo, e de transporte aéreo de cargas ou
passageiros, por exemplo (vigência desde 01/2013), não
haverá em 2013 a apuração de CPP-Folha de 13°Salário a ser
recolhida em GPS, pois o fator de compensação da SEFIP
será igual a 1 ou 100%.

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CPP-Folha sobre 13°Salário – Resumo das situações
para Análise
- Empresa que possui fator de compensação = 100% (ou
superior a 95%) de janeiro a novembro do ano corrente;
- Empresa “mista” que adentrou na desoneração há 12
meses ou mais, ou seja, no mínimo desde dezembro do
ano anterior ao do cálculo do 13°salário corrente;
- Empresa que adentrou na desoneração durante o ano-
calendário, e que passou à condição de 100%
desonerada;
- Empresa que adentrou na desoneração durante o ano-
calendário, e que passou à condição de “mista”;

Hora de exercitar !

Exercício 3

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INSS Encargo Empresa nas Provisões Contábeis de
Férias e 13°Salário
Provisão de 13°Salário:
Em relação ao 13°salário do primeiro ano de entrada em vigor da
desoneração, se parcial (“mista”), haverá de ser aplicado o mesmo
critério de cálculo explanado anteriormente e praticado no Exercício
3, porém sobre período inferior a 12 meses – de janeiro ao mês de
constituição do saldo da provisão contábil.
Para a empresa que passar a estar 100% desonerada já no mês
de janeiro, não cabe a constituição de provisão de INSS sobre
13°Salário. Observar que deve permanecer a aplicação das
alíquotas relativas ao RAT e Terceiros na composição das
provisões trabalhistas.

INSS Encargo Empresa nas Provisões Contábeis de


Férias e 13°Salário
Provisão de Férias:
A empresa que passar a atuar exclusivamente com a
incidência sobre a Receita Bruta, deverá efetuar a reversão
integral do saldo de conta contábil do Passivo registrado a
título de INSS sobre Provisão de Férias, para conta de
resultado (Outras Receitas).

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INSS Encargo Empresa nas Provisões Contábeis de
Férias e 13°Salário
Provisão de Férias:
Para as empresas que estiverem sujeitas à desoneração parcial (“mistas”),
recomenda-se considerar para fins do novo saldo acumulado da Provisão
de INSS sobre Férias, a cada mês, redução mediante aplicação de um
fator de compensação calculado tomando-se como base os últimos
12 meses, em virtude de ser este o período comumente adotado pelos
sistemas para as médias de vencimentos variáveis.
Alguns sistemas têm utilizado o fator de compensação do próprio mês de
fechamento da folha de pagamento, o que pode não ser a proporção mais
adequada para a constituição deste passivo.

Contabilização da CPRB
Por tratar-se de um tributo incidente sobre o a receita bruta, em
conformidade com o CPC 30 e o IAS 18 – Receitas, tem
havido uma convergência no sentido de que a CPRB ajuste o
valor da Receita, sendo classificada no grupo “Deduções da
Receita Bruta”, mantido para fins fiscais (RIR).
O argumento contrário a esta vertente estava amparado no
conceito de “comparabilidade” das demonstrações contábeis,
visto que a CPRB veio a substituir, no todo ou em parte, a CPP
incidente sobre a folha de pagamento, tratado até então como
encargo social contabilizado em conta contábil de custo ou
despesa operacional.

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Artigos de autoria deste instrutor sobre o
assunto

-A alteração do critério de apuração da quota


patronal de INSS e seus reflexos (dezembro/2012)

-As dúvidas e dificuldades para a aplicação da


desoneração da folha de pagamento aos novos
segmentos incluídos pela MP 601/2012 – construção
civil e comércio varejista (fevereiro/2013)

Material complementar de apoio sugerido

Cartilha “Brasil Maior” – IOB Thomsom

http://www.iob.com.br/documentos/cartilhaicms/pdf/plano_
brasil_maior.pdf

52
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FIM

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