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Introdução

O óleo de coco é um óleo vegetal, insolúvel em água. Estes óleos vegetais são formados
principalmente por ésteres de triacilgliceróis, por meio de uma ligação de estereficação entre
o glicerol e ácidos graxos e têm como função a reserva de energia. Seus ácidos graxos têm
cadeias insaturadas, ou seja, têm ligações duplas. Estas ligações duplas produzem um
dobramento na molécula, dificultando a ligação entre outras moléculas e o agregamento para
uma formação sólida. Por isto, estas substâncias são líquidas a temperatura ambiente.

Um método eficiente para a extração do óleo de coco é o da extração contínua com solventes.
Este processo utiliza um determinado volume de solvente orgânico e é utilizado o Extrator de
Soxhlet. O solvente, ao entrar em estado de ebulição, sobe em direção ao condensador de
bolas, onde condensa. Este solvente condensado, quando enche o extrator de Soxhlet, volta ao
balão por meio de um sifão e evapora novamente devido ao aquecimento, repetindo várias
vezes. O nome deste processo é Sifonação.

O óleo de coco é usado em produção de sabões. Estes sabões são obtidos através da reação de
saponificação. Esta reação ocorre quando há o aquecimento entre uma base forte, como o
NaOH ou KOH, e ésteres de ácidos graxos, liberando sais de ácido graxo devido a incorporação
do NaOH ou do KOH, e glicerol. Por ser um sal de ácido carboxílico e possuir uma cadeia longa
de carbonos em sua estrutura molecular, o sabão é capaz de se solubilizar em meios polares e
em meios apolares. A sua extremidade carboxílica é altamente polar, por ser fomada por íons.
Isto significa que ele se dissolve em água, ou seja, é esta extremidade é hidrofílica. Entretanto,
a sua longa cadeia carbônica apresenta características apolares, ou seja, esta parte da
molécula é hidrofóbica. Esta molécula, então, é anfipática, ou seja, pode interagir com a água e
também com outras substâncias com caráter apolar, como óleos e gorduras.

Reação simples de Saponificação: Éster de ácido graxo + Base forte (NaOH ou KOH) ->
Glicerol + Sal de ácido graxo (sabão)

Sabão: Ch3-(ch2)14-COO-Na+

Objetivo
Extrair o óleo de coco através do processo de extração contínua e obter sabão de coco a partir
da técnica de saponificação deste óleo.

Parte Experimental
Extração:

Monta-se no suporte universal o balão de fundo redondo de 250 ml com a manta de


aquecimento logo abaixo. Acima do balão, sem acoplar ainda, prende-se o extrator de Soxhlet
ao suporte.

Pesa-se a quantidade de coco ralado dentro de um cartucho de celulose dentro de um becker.


Coloca-se este cartucho dentro so Soxhlet.
No balão, coloca-se 170 ml de solvente orgânico com a proveta e um funil de vidro. Coloca-se
pedras de porcelana. Encaixa-se o Soxhlet ao balão. Acopla-se acima do Sohxlet o condensador
de bolas. Liga-se a manta de aquecimento.

Após o procedimento de extração, pega-se o balão e transfere todo o conteúdo obtido em um


frasco com o funil de vidro.

Destilação:

É colocado no balão de um evaporador rotatório o conteúdo que está no frasco. Inicia-se o


processo de destilação.

Saponificação:

Coloca-se 3,968g de NaOH em um becker com 15 ml de água e 15 ml de álcool. Coloca-se o


becker em um banho de água e gelo. Adicona-se 7,755g de óleo de coco. Coloca-se o becker
dentro de uma cuba em uma placa de aquecimento e agitação para o banho-maria. Adiciona-
se um peixinho para a agitação. Após 20 minutos, adiciona-se 76 ml de água quente. Deixar
esfriar em temperatura ambiente. Colocar 116,385 ml de solução de NaCl. Adicionou-se
corante rosa ao experimento. Foi feita a filtração a vácuo dos flocos de sabão.

Resultados e discussões
Pesamos a quantidade de coco ralado para a extração: 13, 731g.

Colocamos o cartucho de celulose com cuidado dentro do Soxhlet, pois se cair coco ralado na
vidraria, corre o risco de entupimento.

Neste experimento, usamos um condensador de bolas, em que os vapores obtidos na


destilação se condensam internamente, nas bolas, e a água circula externamente. A
mangueira, ligada à torneira, é colocada na parte inferior do condensador, e amangueira ligada
ao tubo para jogar a água fora, é colocada na parte superior. Após o ligamento da torneira
para a água circular e encher o condensador, ligamos a manta de aquecimento para aquecer o
balão. Observamos que, depois de alguns minutos, o solvente começou a ferver.O vapor do
solvente condensa e fica armazenado no Soxhlet, que é usado para extração contínua, e que
conforme mais vapor condensa, mais vai pingando sobre o cartucho de celulose com o coco
armazenado e vai dissolvendo-o. Quando todo o condensado encher quase que
completamente o Soxhlet, ocorre a sifonação, quando o líquido é transportado de um nível
mais alto para o nível mais baixo. O sifão suga o líquido para o seu interior, de modo que o
líquido flua para o nível inferior pois a pressão na extremidade alta é maior do que a baixa. Isto
pemite um refluxo contínuo do solvente, que transborda levando o conteúdo extraido e o
solvente de volta ao balão. No nosso experimento, ocorreram 3 sifonações. Usamos o Hexano
como solvente orgânico, pois o óleo de coco é uma substância apolar, e o solvente também,
havendo a dissolução do óleo no solvente. Usamos apenas um volume de solvente para
realizar o experimento, de modo que torna a extração contínua vantajosa e econômica.

Depois da extração, colocamos o conteúdo do balão em um evaporador rotatório. Este


procedimento é um tipo de destilação otimizado para a purificação e foi necessário para
separar o solvente do óleo de coco, e é mais rápido que a destilação comum. Depois disto,
verificamos se no óleo ainda havia solvente colocando o balão em um banho de gelo e o óleo
de solidificaria se estivesse puro. Em nosso óleo não foi constatado nenhum resto de solvente.
Pesamos a quantidade de óleo de coco obtida: 5,835g.

Cálculo do rendimento: 13,731 ---- 100%

5,835g ------ X

X= 42,49%

Após este processo, damos início a reação de saponificação. Nesta parte do experimento,
usamos o óleo extraido de outra turma, que estava armazenado. A quantidade foi de 7,755g
de óleo. Colocamos 3,968g de NaOH num becker com 15 ml de água e 15 ml de álcool . Este
becker foi colocado dentro de uma cuba com água e gelo, pois esta reação é exotérmica.
Usamos o bastão de vidro para mexer a mistura. Logo após, adicionamos o óleo de coco.
Depois, em uma placa de aquecimento e agitação, colocamos o becker com a mistura em
banho maria dentro de uma cuba. Adicionamos um peixinho para auxiliar na agitação. Após 20
minutos, tempo necessário para ocorrer a reação entre o NaOH e o óleo de coco, adicionamos
76 ml de água quente para a dissolução do sabão. Agitamos e deixamos esfriar em
temperatura ambiente. Logo após o esfriamento, adicionamos 116,385 ml de NaCl e mexemos
para formar flocos de sabão. Adicionamos um corante rosa e continuamos a mexer. Depois,
fizemos a filtração a vácuo, permanecendo apenas os flocos de sabão no filtro de Buchner.
Pegamos estes flocos e colocamos dentro de fôrmas e depois colocamos o sabão no freezer.

Outros cálculos feitos:

10 g de gordura (embalagem) ----- 7, 755g de óleo

5g de NaOH---------X = (3,879g NaOH)

10 g gordura - --------- 7,759 de óleo

150 ml de solução NaCl----------------X = (116,385 ml NaCl)

10g de gordura ---------------- 7,755g de óleo

40 ml Etanol/água---------------X = (31, 03 ml) (divimos e deu aprox. 15 ml de cada)

Conclusão
O objetivo do experimento foi alcançado. Obtivemos o óleo de coco através da extração
contínua e também obtivemos o sabão feito a partir deste óleo na reação de saponificação.

Bibliografia
~~“Métodos de extração de óleos vegetais”, Disponível em
<http://oleosessenciais.org/metodos-de-extracao-de-oleos-essenciais/> Acesso em
18/01/2013

“O que são triglicerídeos?”, Disponível em <http://www.brasilescola.com/quimica/o-que-sao-


triglicerideos.htm> Acesso em 18/01/2013

“Saponificação”, disponível em
<http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_lipidios/saponificacao.htm>
Acesso em 19/01/2013

~ALBERTS, B.; BRAY, D.; HOPKINS, K.; JOHNSON, A., LEWIS, J., RAFF, M., ROBERTS, K. &
WALTER, P. Fundamentos da Biologia Celular. 3ª edição, Editora Artmed, Porto Alegre, 2011.
Páginas 54-55.

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