Você está na página 1de 13

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ANDRÉA DOS ANJOS SILVA


DEISIMAR ALVES FARIA MARTINS
EDVANI BATISTA DOS SANTOS SIQUEIRA
JANAÍNA DA SILVA ROCHA
PATRICIA NILSEN ALVES COSTA

PORTFÓLIO
LAZER, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE

Volta Redonda
2020
ANDRÉA DOS ANJOS SILVA
DEISIMAR ALVES FARIA
EDVANI BATISTA DOS SANTOS SIQUEIRA
JANAÍNA DA SILVA ROCHA
PATRICIA NILSEN ALVES COSTA

PORTFÓLIO
LAZER, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia como


requisito parcial para a obtenção de média bimestral na
disciplina:
Educação Inclusiva.
Educação e Tecnologias
Educação a Distância
Filosofia da Educação
Homem, Cultura e Sociedade
LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais
Práticas Pedagógicas: Identidade Docente
Prof:Juliana Chueire Lyra
Prof:Natalia Germano Gejao Diaz
Prof:Lilian Amaral da Silva Souza
Prof:José Matias dos Santos Filho
Prof: Maria Eliza Correa Pacheco
Prof:Tirza Cosmos dos Santos Hirata
Prof:Luciane Guimaraes Batistella Bianchini

Volta Redonda
2020

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO....................................................................................................4
3 CONCLUSÃO..................................................................................................................9
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................10
1 INTRODUÇÃO

O referido trabalho acadêmico tem por finalidade refletir o processo de


aprendizagem na perspectiva de uma educação inclusiva, utilizando-se de vários
métodos para bem desenvolver a educação das pessoas com algum tipo de deficiência.

Todas essas questões estão voltadas para uma melhor interação


escola/aluno/família não só no ambiente escolar, mas, também em espaços públicos
onde poderão usufruir de uma melhor qualidade de vida utilizando o espaço físico para
brincar como forma de aprendizado pois só através do brincar é que a criança aprende
a se expressar.

Ao buscar soluções para as necessidades no ambiente escolar na questão do


aprender brincando como forma de expressão humana, desenvolvimento e aprendizado
ao mesmo tempo, podemos ver que só através de uma boa gestão todos esses
paradigmas serão quebrados.

Nesse contexto escolar quando se identifica, elabora e organiza o espaço com


práticas pedagógicas de acessibilidade eliminamos barreiras para o aprendizado de um
modo geral a fim de que os alunos possam ter autonomia e independência para assim
aprender e brincar podendo se desenvolver e obter êxito no aprendizado e nas relações
com o outro.
2 DESENVOLVIMENTO

Vemos que no âmbito escolar podemos nos deparar com várias barreiras que
nos levam a pensar no desenvolvimento físico, mental, intelectual e sensorial das
nossas crianças. Essas barreiras podem impedir o pleno desenvolvimento das mesmas
e impedi-las de obter uma plena participação perante a sociedade haja visto que, em
muitas instituições de ensino ainda não se desenvolveu a questão da inclusão como um
todo.

Como podemos observar, a questão da discriminação por parte dos deficientes


não vem de agora e sim de muitas gerações que não tiveram ou não puderam ter um
olhar crítico sobre uma situação que requer um interesse maior às necessidades dos
mesmos.

Obtivemos muitos avanços no campo da inclusão desde o século passado com a


construção dos direitos das pessoas com deficiência no mundo, foram criados os
Marcos Internacionais dos Direitos Humanos em 1948, Convenção sobre direitos das
pessoas com deficiência em 2006,a Declaração de Incheon em 2015 até chegarmos ao
Marco Nacional com o Estatuto da Pessoa com Deficiência trazendo a Lei Brasileira de
Inclusão em 2015 onde nos mostra os direitos das pessoas com deficiência a
educação, saúde e benefícios.

Encontraremos essa disposição na Lei N° 13.146/15 em seu artigo 3° que nos


assegura o desenvolvimento da acessibilidade considerando:

“I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização,


com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos,
edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e
tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de
uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural,
por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;
5

II – desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e


serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação
ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva;
III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover
a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia,
independência, qualidade de vida e inclusão social;
[...]
XIV – acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência,
podendo ou não desempenhar as funções de atendente pessoal. ”

E com tudo que está acontecendo ao nosso redor precisamos voltar nossa
atenção para a questão da acessibilidade das nossas crianças com algum tipo de
deficiência, sejam elas: deficiência visual, deficiência auditiva, deficiência mental,
deficiência física e deficiência múltipla, cada uma contendo uma característica
específica. Essa acessibilidade não se dará somente a uma sala de aula, mas em todo
o espaço do ambiente que a cerca, espaço esse que é muito grande dentro de uma
escola regular onde se encontram crianças ditas normais e aquelas com alguma
capacidade reduzida de realizar suas atividades.

Acontece que em muitos ambientes escolares como em muitos ambientes


públicos esses recursos de acessibilidade ainda são muito limitados. Vemos muito isso
acontecer em parques públicos com os aparelhos destinados à atividade física de
pessoas que não tem uma deficiência, mas quanto ao lazer das nossas crianças com
deficiência seja na escola ou em algum lugar público não vemos acessibilidade quanto
ao brincar; então devemos procurar meios de fazer com que isto aconteça.

Pensemos então em qual atitude tomar diante da questão do lazer no espaço


escolar. Por exemplo, nessa perspectiva podemos pensar no brincar que parece uma
coisa tão simples para uma criança dita normal, mas, para quem tem algum tipo de
impedimento isso se torna impossível de acontecer, não podemos deixar nossas
6

crianças com deficiência sem brincar até porque a elas também é concedido esse
direito.
7

Sabemos que as nossas crianças precisam do brincar pois só através desse


exercício que ela vai se desenvolver. Pensando assim podemos ressaltar as palavras
de Santos (2013, p. 23):

“Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere


habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia,
proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da
concentração e atenção. ”

Se pudermos pensar em um espaço de brincar e uma escola perfeita, então


podemos nos atentar sobre algumas atitudes a serem tomadas em relação aos
brinquedos para as crianças com algum tipo de deficiência, a exemplo do projeto LIA
(Lazer, inclusão e Acessibilidade) que é um projeto bem pensado criado e voltado para
atender as nossas crianças em suas necessidades de brincar e se desenvolver em todo
o território nacional. Nessa proposta então podemos ajudar nossas escolas na busca do
lazer, inclusão e acessibilidade.

Para todo tipo de necessidades de nossas crianças pensemos na construção de


rampas, banheiros adaptados, dimensão das portas, tipos de maçanetas, balanços
adaptados com lugar para cadeiras de rodas e outro para colocar os professores ou
assistente do professor para a prática da educação física ou mesmo para a hora do
recreio. Podemos utilizar de carrossel com volante para girar a criança, gira –gira
inclusivo para crianças maiores, gira-gira para bebês se for creche, vai-e-vem adaptado
com um cadeirante e outro não cadeirante, trepa –trepa para deficientes com
mobilidade reduzida, tirolesa, skate, gangorra que se assemelha a uma gangorra
normal onde a criança tem a oportunidade de brincar com a presença do professor ao
8

lado ou até mesmo com uma criança não deficiente onde essa interação se faça
necessário. Todas essas sugestões podem compor parques e ambientes escolares.

Quanto a outras brincadeiras temos o vôlei sentado, piscina de bolinhas, hockey


macio utilizando de macarrões de natação e um gol adaptado podendo ser jogado por
cadeirante ajudado por um amigo ou colado ao braço do jogador, caixinhas de areia
para jogar com os pés ou com as mãos a fim de criar formas, utilizar do fazer bolinhas
de sabão, circuitos utilizando bambolês com grãos dentro, alguns podendo ser
desmontados e utilizados em outros lugares ou dependendo da atividade a ser feita.

Para a pratica dos esportes podemos pensar nas crianças com perda auditiva
parcial ou total utilizando bolas de tamanhos diferentes com guizos para desenvolver
atividades tanto nas quadras como em salas de aula, utilizar de bambolês com grãos
em seu interior para fazer algum tipo de sinal sonoro, confeccionar brinquedos
recicláveis como chocalhos com algum grão dentro, também utilizar de luzes, vibrações
e movimentos junto com os brinquedos e não esquecer de utilizar o braile em
brinquedos para cegos, a fim de despertar o interesse do brincar. Lembrando sempre
que o brinquedo deve respeitar a idade de nossas crianças e as condições de cada
uma em sua deficiência e intelectualidade como intuito de valorizar a capacidade de
cada um.

Para Santos1 (2008 apud BÖHM, 2015, p.15):

“Cada criança tem um nível maturacional diferente, tem uma bagagem de


experiências diferente, tem uma forma de interagir com o meio que lhe é
própria, possui maneiras distintas de desequilibra-se consequentemente o
estímulo que possibilita a construção do conhecimento é absolutamente
individual. ”

1
BÖHM, O. JOGO, BRINQUEDO E BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO. Chapecó, [2015]. Disponível em:
< www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/Ottopaulo-Böhm.pdf >. Acesso em 21 abr.
2020.
9

Assumindo todas essas questões dentro de uma escola é muito importante a


presença de um bom gestor com uma visão de inovação e que busque sempre o pleno
desenvolvimento das crianças, não só no aspecto do aprendizado, mas também na
questão do brincar, interagir e incluir-se com os outros. Essa é a verdadeira inclusão
que sinceramente esperamos em nossas escolas, não só as dos grandes centros, mas
sim todas as escolas do nosso país sejam elas em que Estado da Confederação
estiver.

Uma escola onde todas as diferenças sejam valorizadas, a participação de todos


seja ativa e o planejamento de todas as atividades seja acessível; onde o brincar como
aprendizado e desenvolvimento seja bem elaborado dentro da necessidade de cada
aluno seria o ideal em uma escola inclusiva e participativa.
3 CONCLUSÃO

Enfim com tudo que foi abordado ao longo desse processo de aprendizado
podemos visualizar a evolução do processo de inclusão nos ambientes escolares, onde
foram abordados temas como Projeto LIA, leis onde a deficiência ao longo de sua
história evolutiva se mostrou positiva. Nos dias de hoje a inclusão tem buscado
proporcionar as crianças com deficiência, os mesmos direitos ao aprendizado ao lazer
de que as crianças ditas normais.

Profissionais da educação tem buscado especialização na área da Educação


Inclusiva para melhor atender as necessidades destes alunos portadores de algum tipo
de deficiência, especialização que proporciona mudanças significativas no dia-a-dia do
aluno tanto no aprendizado, como no lazer.

O professor com a implementação de uma grade curricular adaptada para cada


tipo de deficiência, brincadeiras adaptadas, brinquedos adaptados, enfim tudo que
possa no final proporcionar a verdadeira inclusão na escola regular de uma criança com
deficiência.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, I. Brinquedos inclusivos mudam rotina de crianças com deficiência. 2018.


Disponível em: < https://observatorio3setor.org.br/NOTICIAS/BRINQUEDOS-
INCLUSIVOS-MUDAM-ROTINA-DE-CRIANCAS-COM-DEFICIENCIA/ >. Acesso em 06
abr. 2020.

BÖHM, O. JOGO, BRINQUEDO E BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO. Chapecó, [2015].


Disponível em: < www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/Ottopaulo-
Böhm.pdf >. Acesso em 21 abr. 2020.

BRASIL. Estatuto da Pessoa com Deficiência - 3. ed. - Brasília: Senado Federal,


Coordenação de Edições Técnicas, 2019. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 03
abr. 2020.

BRASIL. Lei nº 13146, de 06 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa


Com Deficiência. Brasília, DF, 06 jul. 2015. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso
em: 03 abr. 2020.

GALVÃO FILHO, T. Tecnologia Assistiva: favorecendo o desenvolvimento e a


aprendizagem em contextos educacionais inclusivos. In: GIROTO, C. R. M.; POKER, R.
B.; OMOTE, S. (Org.). As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas.
Marília/SP: Cultura Acadêmica, p. 65-92, 2012. Disponível em:
<http://www.galvaofilho.net/TA_educacao.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2020.

GONZAGA, A. Materiais Adaptados Ajudam a Incluir. 2012. Disponível em: <


https://gestaoescolar.org.br/conteudo/350/materiais-adaptados-ajudam-a-incluir>.
Acesso em: 10 abr. 2020.

GOULART, Renata Ramos; LEITE, José Carlos de Carvalho. Deficientes: A questão


social quanto ao Lazer e ao Turismo. Disponível em:
<https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/gt11-deficientes.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2020.

PROJETO LIA. Disponível em:<https://www.projetolia.com.br/?


fbclid=IwAR0TiJKTbqzOY9UzCOuC7JQEGjpW8scq0WJbw4QblehQXhyFB2_xNqtY8o>
. Acesso em 03 abr. 2020.

SANTOS, E. C. dos. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O DESENVOLVIMENTO


INFANTIL. 2013. 31 f. Monografia (Especialização) - Curso de Especialização em
Educação, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2013. Disponível
em: <
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4380/1/MD_EDUMTE_2014_2_32.p
df >. Acesso em: 01 maio 2020.
11

UNICEF - FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (Brasil) (org.). Incluir
Brincando: Guia do Brincar Inclusivo. 2012. Disponível em: <
http://files.unicef.org/brazil/pt/br_sesame_guia.pdf >. Acesso em: 21 abr. 2020.

Você também pode gostar