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EQUALIZAÇÃO........................................................................................................... 3
Manobra de Valsalva............................................................................................... 4
Apnéia completa...................................................................................................... 7
Apnéia Estática........................................................................................................ 8
À medida que o tempo de mergulho avança, a PPO2 vai diminuindo e a PPCO2 vai
aumentando.
O óbvio é, no final do mergulho em apnéia, estarmos com PPO2 baixa e PPCO2 alta.
EQUALIZAÇÃO
Equalização por Roberto Nakamura
Esta é a forma mais fácil e natural de se equalizar. Com o nariz tapado, faz-se o o
movimento de mastigar e engolir, projetando a cabeça (mais precisamente o queixo)
para a frente. Nesse caso, quase que naturalmente a compensação acontece.
A menor pressão do ouvido, mais a maior pressão dos pulmões, vai ajudar na
manobra, não requerendo pressurização (fazer pressão com o nariz e boca tapados).
Essa técnica vai bem para aquelas que têm as trompas de Eustáquio mais livres e
que dificilmente têm problemas com a equalização.
Recomenda-se a utilização dessa técnica somente após o mergulhador estar
habituado às técnicas que demandam pressurização. Isto serve para prevenir
eventuais desconfortos até estar habituado ao processo de equalizar.
Manobra de Valsalva
Herman Frenzel foi um comandante da Luftwaffe que ensinou esta técnica aos
pilotos de bombardeiros durante a Segunda Guerra Mundial. A mudança de pressão
na aviação comercial é geralmente muito mais sutil e ocorre mais devagar que no
mergulho. Já um piloto de bombardeiro experimenta a mudança de pressão mais
rápido, bem parecido como quando se mergulha. A técnica desenvolvida para voar é
fechar as cordas vocais, assim como se você fosse levantar um peso pesado. O
nariz é pinçado e faz-se um esforço para fazer um som gutural “gã”. Fazendo isso,
você levanta o último terço da língua e o “Pomo de Adão” se eleverá. Esta técnica
também é chamada de “pistão da garganta”. É como se o mergulhador usasse a
língua como um pistão, que empurra o palato mole para cima. Esta manobra
comprime o ar na garganta e o esforço de pressurização pode ser sentido na parte
mole do nariz. Um mergulhador pode praticar essa técnica observando a parte mole
do nariz inflar ao mesmo tempo que move o pomo de adão para cima e para baixo.
Bobbing the "Adams Apple" is good practice for dive-bomber pilots and scuba divers
alike. Esta técnica pode ser utilizada a qualquer momento, o esforço é breve e pode
ser repetido várias vezes, mesmo rapidamente.
Exercício introdutório.
Para começar; só um exercício. Realizá-lo ao menos durante as duas primeiras
semanas.
1) Trabalho Inicial.
Apnéias parciais.
Nestes exercícios são realizados, de forma isolada, a apnéia hipercápnica e a
apnéia hipóxica que são classificadas, respectivamente, como a fase II e a fase III
da apnéia:
Apnéia completa
Apnéia Estática
Apnéia Dinâmica
O treino de dinâmica tem várias formas com vários objetivos diferentes, em nosso
caso daremos o treino em questão, que é o treino básico de dinâmica.
Este treino consiste em trabalhar a perna para a batida de nado livre, desenvolver a
capacidade de adaptação a níveis altos de gás carbônico e baixo de oxigênio,
melhorar a técnica de batidas de perna, encontrar uma velocidade de propagação
ideal. Melhorando todos os itens citados anteriormente, o atleta realizará percursos
cada vez maiores.
O treino começa com nado de superfície mantendo uma cadência respiratória de um
ciclo por cada cinco pernadas de esquerda. Esta fase tem duração de 20 minutos a
uma velocidade que eleve os batimentos a um nível suportável e constante por todo
percurso. Os batimentos deverão estar em torno de 100 bpm. Assim que termine os
20minutos começa o treino de tiros submerso. Dez tiros de 25m tentando reduzir o
tempo para realizar esta distância. O descanso deve ser de 1’00” ou de 5
respirações em alta freqüência, sendo imperativo não respirar além do especificado,
e ainda realizar os tiros em alta velocidade.
O objetivo é elevar rapidamente a taxa de gás carbônico no sangue, e fazer o corpo
trabalhar com taxa baixa de oxigênio devido a pouca ventilação e consumo durante
o exercício.
Terminando esta série começa a de cinco tiros de 50m com 2’00” de descanso ou 20
respirações.
Com o fim do tiro de 50m dará inicio ao deslocamento máximo, que tem por objetivo
a maior distância em apnéia, esta prova exige do apneista de segurança uma
atenção redobrada. O apneista de segurança deve acompanhar de perto, pronto a
realizar o resgate a qualquer momento. Se o atleta anunciou uma distância de 75m o
apneista de segurança deverá segui-lo lado a lado nos últimos 25m.
Procedimentos de segurança no máximo deslocamento:
O atleta sempre dirá ao apneista de segurança sua distância desejada, podendo
esta ser ultrapassada. O apneista fica preparado para acompanhar o atleta a partir
dos 25m anteriores ao anunciado. Uma observação deve ser feita, se o atleta faz
50m com dificuldade não pode anunciar 100m , é por em risco a própria
segurança. O apneista de segurança estará nadando na superfície bem próximo do
atleta, pronto para agir da mesma forma como foi citado no treino de estática. O
apneista de segurança deve estar usando mascara, tubo respirador, nadadeiras, e
se achar necessário, uma prancha ou bóia.
O atleta deve utilizar o equipamento básico para o nado de superfície, e para os
deslocamentos em apnéia deve tirar o tubo respirador.