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NR7120

Materiais Metálicos (LABORATÓRIO)


Profa. Dra. Gigliola Salerno.
gsalerno@fei.edu.br

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
PL ... Média das n-1 avaliações de
 2.P1+ 3.P2 + PL  laboratório.
MF =   P1 e P2 podem ser substituídas

 6  pela P3 na melhor combinação


para o aluno.

Normas de segurança disponíveis em:


http://www.fei.edu.br/mecanica/LabMat/SegLabMat.htm
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] W.D.Callister Jr. “Ciência e engenharia de materiais: uma introdução”, LTC, 5aed, 2000.
[2] W.D.Callister Jr. “Fundamentos da ciência e engenharia de materiais”, LTC, 2aed, 2005.
[3] Colpaert, H. “Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns”, Edgard Blücher, 3aed, 1974.
[4] Coutinho, C.B. “Materiais metálicos para engenharia”, QFCO, 1992.
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aula ML01
PROGRAMA DE LABORATÓRIO

AULA CONTEÚDO Sábado


1 Encruamento. Medição de dureza e observação de microestrutura de amostras 07/02
de latão 8515 deformadas. Técnica de observação metalográfica.
2 Recristalização e endurecimento por redução do tamanho de grão. 14/02
3 Cobre e suas ligas. Endurecimento por solução sólida, analisando cobre puro, 21/02 (PL1)
latão 85-15 e latão 70-30.
4 Alumínio e suas ligas. Endurecimento por precipitação de liga AA7175. 28/02
5 Ligas de Alumínio fundidas. 07/03
6 Sistema Fe-C. Classificação dos aços. Medida de dureza e ensaio Charpy na 14/03
temperatura ambiente em 1010 e 1045. (PL2)
7 Diagramas TTT e CCT. Definições dos tratamentos de Normalização, 21/03
Recozimento, Esferoidização e Têmpera.
8 Temperabilidade. Relação com TTT, CCT e elementos de liga. 11/04
Ensaio Jominy. (PL3)
9 Revenimento. 18/04
10 Cementação. 25/04
(PL4)
11 Ferros Fundidos. 09/05

12 Ferros Fundidos. 23/05(PL5)

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NR7120 – Materiais Metálicos

LABORATÓRIO

Aula 1

•Técnicas de observação metalográfica


•Endurecimento por Encruamento
•Medições de dureza e observação de
microestrutura de amostras de latão 8515
deformadas.

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ANÁLISE METALOGRÁFICA DE
MATERIAIS METÁLICOS
COMPOSIÇÃO
QUÍMICA
ESTRUTURA PROPRIEDADES APLICAÇÕES

PROCESSO DE
FABRICAÇÃO

Metalografia: É um dos principais ramos da metalurgia física, que estuda a


constituição, a estrutura e a textura dos metais, suas ligas e produtos metálicos
e seu relacionamento com as propriedades mecânicas, físicas, químicas e
processos de fabricação.
Estrutura: É tudo que forma intrinsecamente o metal ou a liga, sendo
caracterizada pelo tamanho, forma, distribuição e arranjo das fases presentes e
dos defeitos cristalinos existentes na mesma.
Microestrutura: Termo usado para designar a estrutura metalográfica quando
observada com auxílio de um microscópio.

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IMPORTÂNCIA DO EXAME
MICROESTRUTURAL

Propriedades fortemente Propriedades pouco dependentes


dependentes da microestrutura da microestrutura *
Trabalhabilidade Módulo de elasticidade
Dureza Módulo de cisalhamento
Limite de escoamento Coeficiente de Poisson
Limite de resistência Módulo de compressibilidade
Alongamento Densidade
Resistência ao desgaste Calor específico
Tenacidade Coeficiente de dilatação térmica
Temperatura de transição dútil -frágil
Resistência à corrosão ( * fração volumétrica das fases mantida constante)

Condutividade elétrica

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SEQÜÊNCIA DE ETAPAS PARA PREPARAÇÃO
DE AMOSTRAS PARA EXAME
METALOGRÁFICO
1. Escolha da seção a ser cortada:
longitudinal, transversal ou localizada.
2. Corte
3. Embutimento: em baquelite ou em resina.
4. Identificação
5. Lixamento
6. Polimento
7. Exame sem ataque. Permite observar
trincas, poros, inclusões, etc.
8. Ataque. Para revelar a estrutura do
material.
9. Exame com ataque. Permite observar a
estrutura do material.
10. Tomada de fotografias
11. Relatório
6
Ataque metalográfico
Microestrutura do alumínio

200x 200x

Material: Alumínio AA7175-T1


Microestrutura: precipitados, grãos e subgrãos.
Reagente: Keller [2 ml HF(48%), 5 ml HNO3 (conc.),
3 ml HCl (conc.), 190 ml H2O]
ENCRUAMENTO
(1o mecanismo de endurecimento)

O que acontece ao deformarmos plasticamente


um material metálico?

O material deformado a frio apresenta ENCRUAMENTO,


representado pelo aumento do limite de escoamento!
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ENCRUAMENTO

Avalia-se o grau de encruamento  Ao  AF 


através da “porcentagem de %TF     100
trabalho a frio”:  Ao 

Um dos processos de fabricação que leva ao encruamento é


a laminação. Na laminação de produtos planos (chapas), a
deformação é biaxial (e não uniaxial como nos ensaios de
tração).

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ENCRUAMENTO
Alterações da microestrutura
Cobre Fosforado UNS C12200


Laminação
à frio

6 8 3 12 3
10 a 10 cm/cm 10 cm/cm

Além do aumento da densidade de discordâncias, durante o


encruamento há o alinhamento da estrutura. No material
monofásico após a laminação a frio, os grãos estão
alongados devido a deformação imposta.

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ENCRUAMENTO
Mecanismo de endurecimento

Quanto maior a quantidade de discordâncias,


maior a interação entre elas e maior a
dificuldade de seus movimentos.
Conseqüentemente, maior a dureza e
a resistência do material.
Principal desvantagem:
PERDA DE DUCTILIDADE!

Resumindo: “QUANTO MAIOR A


DEFORMAÇÃO PLÁSTICA APLICADA A
UM METAL, MAIOR A DIFICULDADE EM
CONTINUAR ESTA DEFORMAÇÃO.”

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ENCRUAMENTO
Efeito do encruamento sobre o LRT do Latão C26000

Original 21% TF 50% TF


43 kpsi 62 kpsi 86 kpsi

6% TF 29% TF 60% TF
49 kpsi 69 kpsi 94 kpsi

11% TF 37% TF 69% TF


54 kpsi 76 kpsi 99 kpsi

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ENCRUAMENTO
Microestrutura de aço encruado

100x 500x Prof. Ms. Jorge Kolososki

Peça: Clips de papel


Material: aço ABNT 1010
Processo: trefilação a frio
Microestrutura: ferrita e cementita esferoidizada
Grau de redução: acima de 70%
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ENCRUAMENTO
EXPERIMENTO: Laminação a frio

Espessura Largura Área % trabalho Dureza


(mm) (mm) (mm²) a frio (HV)

Inicial
-

Final

 Ao  AF 
%TF     100 
 Ao 

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