Componente racional e
emocional
Valor de mercado - a quantia mais provável pela qual se
negociaria voluntariamente e conscientemente um
bem, numa data de referência, dentro das condições
do mercado vigente (ABNT, 2001 – item 3.44 da Norma Brasileira para
avaliação de bens – procedimentos gerais – NBR 14653-1)
7. Atividades básicas
7.6 Escolha da metodologia
A metodologia escolhida deve ser compatível com a
natureza do bem avaliando, a finalidade da avaliação e os
dados de mercado disponíveis. Para a identificação do valor
de mercado, sempre que possível preferir o método
comparativo direto de dados de mercado, conforme
definido no item 8.2.1.
TERRAS CULTURAS
terras cultiváveis bens que geram rendimentos
terras cultiváveis em alguns casos pastagens, café, cana, laranja
terras não cultiváveis fruticultura, cult. anuais, etc.
Uma fazenda
(57) CONSTRUÇÕES
parte do processo produtivo
SEMOVENTES
rebanhos
galpões, silos, armazens, cercas, gado leiteiro, de corte, equinos,
casas, currais, estradas, etc. suínos, caprinos, piscicultura, etc.
MÁQUINAS PRODUTOS
motores, implementos adquiridos ou produzidos
tratores, sementes, fertilizantes,
máquinas de benefício, etc. colheitas armazendas, etc.
–n3
Atividades básicas (NBR 14653-3) - pag 233
7. Atividades básicas
7.7 Tratamento dos dados
d) No tratamento dos dados podem ser utilizados, alternativamente e em função da qualidade e
da quantidade de dados e informações disponíveis:
Tratamento por fatores – homogeneização por fatores e critérios, fundamentados por estudos
conforme 7.7.1.1.a, e posterior análise estatística dos resultados homogeneizados.
7.7.1.1.a) Os fatores a serem utilizados neste tratamento deverão ser indicados periodicamente pelas
entidades técnicas regionais reconhecidas, revisados periodicamente e deverão especificar claramente a
região para a qual são aplicáveis. Alternativamente, podem ser adotados fatores de homogeneização
medidos no mercado, desde que este estudo de mercado específico que deu origem seja anexado ao
Laudo de Avaliação.
IMÓVEL
CULTURAS
TERRA CONSTRUÇÕES
INSTALAÇÕES
ETC.
4.000.000,00
Linha
3.000.000,00 Ideal
2.000.000,00
1.000.000,00
0,00
0,00 1.000.000,00 2.000.000,00 3.000.000,00 4.000.000,00 5.000.000,00
Programas para tratamento dos dados
• www.pellisistemas.com.br
• www.ariainformatica.com.br
• www.rubensdantas.com.br/
• www.ctageo.com.br/geoavaliar/
• www.tecsysengenharia.com.br/
• https://www.r-project.org/
• www.castler.com.br/
Segundo Pelli Neto, as hipóteses básicas
para escolha de um modelo são: (28)
1) Primeira hipótese: "a variável
independente corresponde a números
reais que não contenham nenhuma
perturbação aleatória". Para o caso de
dados imobiliários, as variáveis
independentes estão relacionadas com as
características físicas de cada elemento
pesquisados, o qual foi tomado como
referência;
Segundo Pelli Neto, as hipóteses básicas para escolha de um modelo são: (28)
1) Escolha da equação*
– Maior coeficiente de determinação linear (R2)
– Significância das variáveis (ideal menor 10%,
aceitável até 30%)
– Normalidade dos resíduos (que são os erros)
que devem estar aderentes ao % padrão de
64 a 75 (68%), 88 a 95 (90%) e 95 a 100
(95%)
Segundo Sérgio Pires, as hipóteses básicas para escolha de um modelo são: (30)
2) Teste de hipóteses*
– Deve haver consistência com a realidade do
mercado para cada hipótese (aumento da
área = diminuição de valor unitário)
Adaptado de Sérgio Pires, as hipóteses básicas para escolha de um modelo são: (30)
3) Análise de resíduos
– Resíduo relativo é a diferença entre o preço
observado e o valor estimado pelo modelo
• Até 30% = ótimo
• Até 40% = aceitável
• Acima de 40% = nada desprezível, requer atenção
e análise do avaliador: provavelmente as variáveis
não estão explicando a formação de preços
Análise de resíduos*
*Sérgio Alberto
Pires da Silva
Pontos influenciantes ou outliers*
*Sérgio Alberto
Pires da Silva
Segundo Sérgio Pires, as hipóteses básicas para escolha de um modelo são: (31)
4) Intervalo de confiança
– Amplitude = (max. – min)÷valor x 100
< 30% (Grau III de Precisão)
< 40% (Grau II)
< 50% (Grau I)
Segundo Sérgio Pires, as hipóteses básicas para escolha de um modelo são: (31)
5) Colinearidade
– Correlação entre variável dependente e cada
uma das demais variáveis
• Até 40% - fraca
• Até 60% - média*
• Até 75% - forte
• Até 85% - muito forte
• Acima de 85% - fortíssima
• Análise de casos práticos
Atividades básicas (NBR 14653-3) - 51
7. Atividades básicas
7.7 Tratamento dos dados
d) No tratamento dos dados podem ser utilizados, alternativamente e em função
da qualidade e da quantidade de dados e informações disponíveis:
Tratamento por fatores – homogeneização por fatores e critérios,
fundamentados por estudos conforme 7.7.1.1.a, e posterior análise
estatística dos resultados homogeneizados.
7.7.2.1.a) Os fatores a serem utilizados neste tratamento deverão ser indicados
periodicamente pelas entidades técnicas regionais reconhecidas, revisados
periodicamente e deverão especificar claramente a região para a qual são aplicáveis.
Alternativamente, podem ser adotados fatores de homogeneização medidos no
mercado, desde que este estudo de mercado específico que deu origem seja
anexado ao Laudo de Avaliação.
IMÓVEL
TERRA CULTURAS
CONSTRUÇÕES
INSTALAÇÕES
ETC.
4.000.000,00
Linha
3.000.000,00 Ideal
2.000.000,00
1.000.000,00
0,00
0,00 1.000.000,00 2.000.000,00 3.000.000,00 4.000.000,00 5.000.000,00
Produções vegetais segundo a ABNT NBR 14653-3 (136)
10 Procedimentos específicos
10.3 Produções Vegetais
10.3.1 Deve ser empregado o Método da Capitalização da Renda
para a identificação do valor econômico.
10.3.2 No caso de culturas de ciclo longo no primeiro ano de
implantação, recomenda-se utilizar, alternativamente ao Método
da Capitalização da Renda, o custo de implantação, incluídos os
custos diretos e indiretos.
10.3.3 Nas pastagens, emprega-se o custo de formação, com a
aplicação de um fator de depreciação decorrente da diminuição da
capacidade de suporte da pastagem.
10.3.3.1 Também pode ser utilizado o valor presente líquido
dos valores médios regionais de arrendamento de
pastagens nas mesmas condições, pelo período restante de
sua vida útil, deduzidos os custos diretos e indiretos, inclusive o
custo da terra.
Definições (revisão da norma)
• cultura de ciclo curto: Cultura com uma
única safra ou corte
• cultura de ciclo longo: Cultura com mais de
uma safra ou corte
• custo de formação: Custo de fundação e
manutenção da cultura até a primeira safra
ou pastoreio.
• custo de fundação: Quantia gasta para o
preparo e a implantação da cultura
• custo de manutenção: Quantia gasta com
os tratos culturais
Produções vegetais segundo a
ABNT NBR 14653-3 (136)
10 Procedimentos específicos
10.3 Produções Vegetais
10.3.1 Deve ser empregado o Método da Capitalização da Renda para a identificação do
valor econômico.
FINALIDADE DA AVALIAÇÃO?
VE = VPL
VPL = RL x Fa
RL = RB – D
RB = Produtividade x Preço (qual cenário?)
Produtividade = densidade x tecnologia x gerenciamento (risco?)
Preço = histórico ou do dia? (risco?)
D = despesas diretas e indiretas
Diretas = custeio adequado a produtividade
Indiretas, inclusive custo de oportunidade do capital
terra (equivalente a arrendamento?) ou (taxa de atratividade da atividade?)
Kd = (1 - R)n
onde:
Kd = coeficiente de
depreciação
n = idade
R = razão de
depreciação
Estudo - Valores de
Edificações de Imóveis
Urbanos - publicado pelo
IBAPE/SP
(ibape-sp.org.br)
Adequação do Método de
Ross/Heidecke
(165)
Depreciação física e funcional
(pag 168)
Depreciação Depreciação Funcional
Física
Adequada Inadequada Superada Total
ótimo 1,00 0,75 0,50 0,20
bom 0,80 0,60 0,40 0,16
regular 0,60 0,45 0,30 0,12
precário 0,40 0,30 0,20 0,08
mau 0,20 0,15 0,10 0,04
Adequada = edificação está perfeitamente adequada à sua utilização; esta 100% aproveitada e/ou funcional e/ou
utilizada, considerando o imóvel e a região num período de um ano agrícola;
Inadequada = edificação esta parcialmente adequada à sua utilização; aproximadamente 75% de sua capacidade é
aproveitada e/ou funcional e/ou utilizada, considerando o imóvel e a região num período de um ano agrícola;
Superada = edificação está superada, considerando as recomendações técnicas atuais, mas aproximadamente 50% de
sua capacidade ainda é aproveitada e/ou funcional e/ou utilizada, considerando o imóvel e a região num período de um
ano agrícola;
Total = edificação não tem utilidade nenhuma, servindo apenas como
fonte de material usado; 20% aproveitada e/ou funcional e/ou
utilizada, considerando o imóvel e a região num período de um ano
agrícola;
ABNT NBR 14653-1
3.9.3 custo de reedição: Custo de reprodução,
descontada a depreciação do bem, tendo em vista o
estado em que se encontra
3.9.4 custo de reprodução: Gasto necessário para
reproduzir um bem, sem considerar eventual
depreciação
3.9.5 custo de substituição: Custo de
reedição de um bem, com a mesma
função e características assemelhadas
ao avaliando
Outras benfeitorias: cercas ...
Implementos e máquinas agrícolas
(pg. 169)
Implementos e máquinas
agrícolas (pag. 169)
- descrição detalhada
-k)descrição
data da detalhada
data de
vistoria, conclusão,
referência;
resultado
das máquinas da avaliação
e equipamentos e sua
(7.3.2.6),
obras e trabalhos de melhoria das terras (7.3.2.5); - Laudo de uso restrito
das
precisão; terras dos imóveis
l) especificação da avaliação, com grau de fundamentação e
- classificação conforme seção 5 .(página 229)
(9.1.3)
da amostra, conforme
m) local e data do laudo;
n) qualificação legal completa e assinatura do(s) profissional
- Laudo Técnico de
Constatação (10.12)
(is) responsável (is) pela avaliação.
em 5.2.1 (página 230)
Graus de fundamentação
(NBR 14653-3) - pag 242
Para determinação da pontuação, os valores na horizontal não são cumulativos
Item Especificações das Avaliações de Imóveis Rurais
Condição pt Condição pt Condição pt
Número de dados de mercado, efetivamente
1 3(K+1) e no mínimo 5 18 5 9
utilizados
Qualidade dos dados colhidos no mercado de minoria ou
2 todos 15 Maioria 7 0
mesma exploração conforme em 5.1.2 ausência
Visita dos dados de mercado por engenheiro de minoria ou
3 todos 10 maioria 6 0
avaliações ausência
Critério adotado para avaliar construções e custo de reedição por custo de reedição por como variável,
4 5 3 3
instalações planilha especifica caderno de preços conforme anexo A
por caderno de como variável,
5 Critério adotado para avaliar culturas conforme em 10.3 5 3 3
preços conforme anexo A
6 Apresentação do laudo, conforme seção 11 completo 16 simplificado 1
tratamento científico, tratamentos por
Utilização do método comparativo direto de dados
7 conforme em 7.6.1 e anexo 15 fatores, conforme em 12 outros tratamentos 2
de mercado
B 7.6.1 e anexo B
fotográfica 2
8 Identificação dos dados amostrais coordenadas geodésicas ou roteiro de acesso ou
2 1
geográficas croqui de localização
fotográfica 4
Documentação do avaliando, que permita sua
9
identificação e localização coordenadas geodésicas ou
4 croqui de localização 2
geográficas
certidão dominial atualizada 2
Documentação do imóvel avaliando apresentada
10 levantamento topográfico levantamento
pelo contratante refere-se a
planimétrico de acordo com 2 topográfico 2
as normas planimétrico
Nota: Observar de 9.1 a 9.3 desta Norma.
Graus de fundamentação
(pag 243)
9.2.3 Observações referentes à tabela 2
9.2.3.1 No item 1, se houver maioria de opiniões, fica caracterizado o
grau I.
9.2.3.2 k = número de variáveis independentes:
a) variável dependente: preço ou preço unitário;
b) variáveis independentes (exemplos): área, classe de solo, situação,
etc.
9.2.3.3 São obrigatórios em qualquer grau:
a) explicitação do critério adotado e dos dados colhidos no mercado;
b) vistoria do imóvel avaliando;
c) a identificação das fontes;
d) no mínimo 3 dados de mercado, efetivamente utilizados.
9.2.3.4 No caso da impossibilidade de vistoria do imóvel avaliando, o
profissional poderá admitir uma situação paradigma, conforme em 7.3.1
da NBR 14.653-1:2001.
Graus de fundamentação
(pag 244)
9.2.3 Observações referentes à tabela 2
9.2.3.5 É obrigatório nos graus II e III:
a) a apresentação de fórmulas e parâmetros utilizados;
b) no mínimo 5 dados de mercado efetivamente utilizados;
c) a apresentação de informações relativas a todos os dados amostrais e variáveis
utilizados na modelagem;
d) que, no caso da utilização de fatores de homogeneização, o intervalo admissível de
ajuste para cada fator e para o conjunto de fatores esteja compreendido entre 0,80
e 1,20.
9.2.3.6. É condição para o enquadramento no grau III:
a) a vistoria do imóvel e dos dados de mercado por engenheiro de avaliações;
b) a apresentação de laudo completo;
c) a utilização efetiva de, no mínimo, 3 (k+1) dados de mercado;
d) não haver extrapolação;
e) que o nível de significância a (somatório do valor das duas caudas) máximo para a
rejeição da hipótese nula de cada regressor (teste bicaudal) seja de 10%;
f) que o nível de significância máximo admitido nos demais testes estatísticos
realizados seja de 1%.
Graus de fundamentação
(pag 245)
Grau
I II III
Limite mínimo 12 36 71
s
e tn1 , x
2 n -1
TABELA 1: Valores Percentis (tp) para Distribuição de Student, com v
graus de liberdade (v = N - 1). Tabela retirada do livro Princípios de
Engenharia de Avaliações, de autoria do Eng. Alberto Lélio Moreira, ed.
EN-HAP/PINI, 1984.
Níveis de
99% 98% 95% 90% 80%
Confiança
Percentis
t0,995 t0,99 t0,975 t0,95 t0,90
v
1 63,66 31,82 12,71 6,31 3,08
2 9,92 6,96 4,30 2,92 1,89
3 5,84 4,54 3,18 2,35 1,64
4 4,60 3,75 2,78 2,13 1,53
5 4,03 3,36 2,57 2,02 1,48
6 3,71 3,14 2,45 1,94 1,44
7 3,50 3,00 2,36 1,90 1,42
8 3,36 2,90 2,31 1,86 1,40
9 3,25 2,82 2,26 1,83 1,38
10 3,17 2,76 2,23 1,81 1,37
11 3,11 2,72 2,20 1,80 1,36
12 3,06 2,68 2,18 1,78 1,36
13 3,01 2,65 2,16 1,77 1,35
14 2,98 2,62 2,14 1,76 1,34
15 2,95 2,60 2,13 1,75 1,34
16 2,92 2,58 2,12 1,75 1,34
17 2,90 2,57 2,11 1,74 1,333
18 2,88 2,55 2,10 1,73 1,330
19 2,86 2,54 2,09 1,729 1,328
20 2,84 2,53 2,086 1,725 1,325
ABNT NBR 14653:3 (240)
9.1.1 A especificação de uma avaliação está
relacionada tanto com o empenho do
engenheiro de avaliações, como com o
mercado e as informações que possam ser
dele extraídas. O estabelecimento inicial pelo
contratante do grau de fundamentação
desejado tem por objetivo a determinação do
empenho no trabalho avaliatório, mas não
representa garantia de alcance de graus
elevados de fundamentação. Quanto ao grau
de precisão, este depende exclusivamente das
características do mercado e da amostra
coletada e, por isso, não é passível de fixação
a priori.
(revisão da ABNT – sugestão)
B.1.3 Após a homogeneização, devem ser utilizados critérios estatísticos consagrados de eliminação de
dados discrepantes, para o saneamento da amostra.
B.1.4 Os fatores de homogeneização deverão apresentar, para cada tipologia, os seus critérios de
apuração e respectivos campos de aplicação, bem como a abrangência regional e temporal.
B.1.4.1 Os fatores de homogeneização não podem ser utilizados fora de sua tipologia, campo de aplicação
e abrangências regional e temporal.
B.1.4.2 No caso de variáveis qualitativas, não é admitida extrapolação em relação às características da
amostra. Para as demais variáveis, as características quantitativas do imóvel avaliando não devem
ultrapassar em 50% dos limites observados na amostra, resguardado o campo de aplicação do fator de
homogeneização utilizado.
B.1.4.3 Toda característica quantitativa, ou expressa por variável proxy, do imóvel avaliando não deve
ultrapassar o intervalo compreendido entre a metade do limite inferior e o dobro do limite superior da
amostra. Para as demais características qualitativas é vedada a extrapolação em relação aos limites
amostrais.
B.1.4.4 A fonte dos fatores utilizados na homogeneização deve ser explicitada no trabalho avaliatório.
B.1.5 Os fatores de homogeneização que resultem em aumento da heterogeneidade dos valores não
deverão ser utilizados.
Anexos normativos
(NBR 14653-3) pag 262
O atendimento a cada exigência do grau I terá 1 (um) ponto; do grau II, 2 (dois) pontos; e do grau III, 3 (três) pontos.
Tabela 2 – Grau de fundamentação no caso de utilização do
método comparativo direto de dados de mercado com modelos de
regressão linear
(para a identificação do valor do imóvel ou do valor da terra nua)
(Revisão da ABNT – sugestões)
Alta Floresta, MT
Serra da Canastra, MG
Bragança, PA Sta Lucia, SP
Santana do Araguaia, PA