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De frescas às secas, de pedaços à pó – as especiarias valiam mais que ouro.

Roberta Banchieri Ortolan


Universidade Trás os Montes e Alto Douro
al67365@utad.eu

Resumo
Desde que o mundo é mundo o homem se alimenta para sobreviver. Da época das cavernas até os
dias atuais é fácil compreender todas as fases que marcaram o tempo e que se tornaram fatos históricos,
principalmente quando o assunto é comida. Grandes descobertas se revelaram no campo da culinária, por
causa das ervas e especiarias, por volta de, mais ou menos, 50.000 a.C. – estimativa estudada por
arqueólogos.
E é sobre a história das especiarias que este artigo mostra a importância que tiveram na história e
na culinária mundial. Toda cozinha que se preze, desde a mais simples até a mais sofisticada, não “vive”
sem.

Abstract
Since the world is a world, living beings feed themselves to survive. From the time of the caves to
the present day it is easy to understand all the phases that marked the time and that became historical facts,
mainly when the subject is food. Great discoveries have been made in cooking, because of the herbs and
spices, around 50,000 BC - an estimate studied by archaeologists.
And it is about the history of spices that this article shows the importance they have had in history
and in world cuisine. All cuisine that preaches, from the simplest to the most sophisticated, does not "live"
without.

As especiarias, também conhecidas como condimentos, se destacam pelos aromas


e sabores intensos e são de origem vegetal – raiz ou caule, casca (seca ou fresca, em
pedaços ou em pó), semente, fruto e flor. Elas tem sido usadas desde a pré-história e foram
de extrema importância para o comércio. Para cada país ou região, as especiarias tinham
funções distintas, como por exemplo: para fins medicinais; para camuflar o odor e sabor
forte das carnes quando estas começavam a se decompor – uma vez que o clima destas
regiões era quente e sem refrigeração – e no antigo Egito serviam para embalsamar.
Pimenta, canela, noz moscada, gengibre, cravo-da-índia, entres outros, são
exemplos de condimentos usados para melhorar o gosto dos molhos e conservas, que
modificavam o sabor e davam picância e intensidade aos alimentos. A revista Aditivos
Ingredientes, em Condimentos e especiarias: Ingredientes que enriquecem os alimentos,
relata sobre a descoberta das especiarias na pré-história:
A estimativa dos arqueólogos é de que em torno de 50.000 a.C., o homem primitivo
já havia descoberto que partes de certas plantas aromáticas ajudavam a melhorar o
sabor dos alimentos. Para se ter uma ideia do que pode ter acontecido, pode-se
imaginar que o homem primitivo, após assar o produto de sua caça, decidiu protegê-
lo das cinzas provenientes do fogo e outras sujidades. Embalou sua carne assada com
algumas folhas e deixou o conjunto perto das cinzas. Mais tarde, para sua surpresa,
observou que as folhas tinham dado um novo sabor à sua refeição. Neste momento, a
humanidade tinha acabado de descobrir a arte de temperar os alimentos! Esta
civilização antiga que viveu milhares de anos antes de Cristo, dizia que os seus deuses
beberam vinho de sementes de gergelim (ou sésamo) antes de criarem a terra. Dos
hieróglifos nas paredes das pirâmides às escrituras da Bíblia, são encontradas menções
constantes das especiarias e a importância das mesmas na vida desses povos antigos.
Algumas das especiarias, ervas e sementes que conhecemos hoje, já eram cultivadas
pelos povos primitivos do mundo ocidental. (Aditivos Ingredientes 2014: 34).

As caravanas que transportavam as mercadorias e especiarias do oriente,


compunham de quase 4.000 camelos com destino a Nineveh, Babilônia, Cartago,
Alexandria e Roma. Durante muitos anos, o transporte de pimenta, cravo da índia, noz
moscada e canela das Ilhas Molucas (conhecida como Ilhas das Especiarias, na Indonésia)
e o gengibre da China, era feito pela rota de Gílead (Jordania) para o Egito. O caminho
básico, que os navios levavam as especiarias do Oriente para o Ocidente, era cruzar a
costa indiana, enfrentar os piratas do Golfo Pérsico, a costa sul árabe, Mar Vermelho e
Egito. Não era uma viagem fácil, porém todo o prejuízo com saques, tempestades,
naufrágios durante o percurso náutico, eram superados pelos valores altos e lucros no
comércio na era Greco-romana. Aliás, os gregos foram os pioneiros no preparo de uma
bem cheirosa e suculenta refeição, revolucionando a arte culinária no preparo de molhos
e a utilização dessas especiarias em todas as receitas.
O monopólio desse comércio estava nas mãos da Itália, ou seja, Gênova e Veneza,
durante a Idade Média. A demanda de especiarias era muito grande em volume bem como
em valores, por isso, a nobreza e a alta burguesia, é que tinham condições de compra-las
para abastecer a cozinha medieval. As especiarias também serviam como moeda de troca,

(...) uma libra de gengibre valia o preço de uma ovelha; uma libra de macis comprava
três ovelhas ou meia vaca; cravos-da-índia valiam o equivalente a US$ 20. A pimenta
era a mais cara e contada em grão. Nos tempos Elisabetanos, os guardas das docas de
Londres tinham seus bolsos costurados para que não lhes fosse roubada nenhuma
especiaria! No século XI, muitas cidades mantinham suas contas em pimenta;
impostos e aluguéis eram pagos com esta especiaria; para se ter uma ideia do seu
valor, um saco de pimenta valia a vida de um homem (Aditivos Ingredientes 2014:
36).

No século XIII, Marco Polo escreveu um livro sobre sua viagem à Ásia e novas
rotas foram descobertas. Com isso, abriu caminho para o Oriente e o comercio – com
valores e impostos abusivos – que se concentrava nas mãos árabes e que forneciam para
as italianas foram por queda. A Europa toda ficou interessada em novas conquistas,
começando com Portugal, seguido de Espanha, Inglaterra e Holanda.
Vale ressaltar que as especiarias na Europa se tornaram populares por causa de
Portugal, pois os custos das expedições para leva-las às terras lusas encareciam e o
número de intermediadores que participavam dessa tramitação aumentava cada vez mais.
Então, para sair desse ciclo vicioso, cortar parte das despesas, comprar e lucrar com as
mercadorias na região de origem, Portugal e Espanha, com destino ao Oriente, traçaram
rotas alternativas por possuírem maior tecnologia em navegação. No site Índia
Portuguesa, em A História do Império Marítimo Português, conta sobre as expedições, a
viagem de Vasco da Gama para o Oriente e a relação comercial com Portugal:

Com a descoberta de uma rota marítima que ligava diretamente nascente e foz, e com
uma esquadra naval inigualável na altura, nós mudámos a rota mundial dos produtos
que eram comercializados. É esta a razão pela qual somos, ainda hoje, considerados
os “pioneiros da globalização”. (...) Depois de meio século de viagens de
reconhecimento ao longo da costa de África, os Portugueses chegam por fim ao
Oriente, numa significativa viagem de 13000 milhas de Lisboa à costa do Malabar.
O êxito desta arrojada missão de dois anos põe termo ao monopólio árabe do
lucrativo comércio de especiarias e instaura o poder europeu no Extremo Oriente,
que se manteria por quatro séculos (...) (Índia portuguesa, sd)

Os portugueses descobriram e dominaram, a partir da costa do Malabar, as regiões


produtoras de pimenta, noz moscada, canela, macis (que é a casca do fruto da noz
moscada), cravo e gengibre. Com esse intercambio direto de mercadorias e especiarias
facilitado entre Ocidente e Oriente, os comerciantes enriqueceram. Esses condimentos
valiam mais que ouro. Vasco da Gama lucrou muito com a venda das mesmas quando
voltou da Índia. Assim como relata a mensagem, ao Rei de Portugal, em folha de
palmeira, de samorim de Calecute (hoje Kozhikode, costa do Malabar, Índia) em A
História do Império Marítimo Português, “Vasco da Gama, fidalgo da vossa casa, veio à
minha terra, com o que eu folguei. Em minha terra há muita canela, e muito cravo, e
gengibre, e pimenta e muitas pedras preciosas. (...)” A rentabilidade proveniente da
comercialização das especiarias foi tão grande a ponto de financiar a construção do
Mosteiro de Jerónimos (Imagens 1 e 2), patrimônio cultural reconhecido pela Unesco.
Como mostra a Revista Pré.univesp, em Alimentos que mudaram a história:

Tanto que muitos comerciantes enriqueceram devido à venda de especiarias. Para se


ter uma ideia, o valor da pimenta era tão alto que alguns estudos apontam que 60 kg
do tempero chegaram a valer 52 gramas de ouro. Algumas fontes também informam
que o navegador português Vasco da Gama obteve um lucro de 6.000% com o
comércio de especiarias, em sua primeira viagem à Índia. O Mosteiro de Jerónimos,
em Lisboa, foi construído com dinheiro vindo do comércio das especiarias que Vasco
da Gama trouxe das Índias – o conjunto arquitetônico em estilo gótico, rico em
detalhes, demonstrava a riqueza de Portugal na época. Hoje pertence à lista do
Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e
a cultura (Unesco) (Pré.univesp dez 2016/jan 2017)

Mosteiro de Jerónimos, Lisboa

Imagem 1.

Imagem 2.

A ligação entre Ocidente e Oriente também possibilitou novos padrões de vida.


As pessoas mais simples tiveram acessibilidade para comprar pimenta, gengibre e canela
– o que antes eram mercadorias de luxo, passaram a fazer parte da cozinha de classe média
com bastante frequência. Em tempo, enquanto Vasco da Gama desbravava as regiões
indianas, Cristóvão Colombo descobriu a baunilha, pimenta-da-jamaica e pimentões
picantes na América – as rotas estavam disponíveis para buscar as especiarias que
quisessem, escrito em Especiarias valem mais que ouro? :

(...) Portugal, seguido pela Espanha, organizou expedições para a exploração de rotas
alternativas, através dos mares e oceanos, para o Oriente. Foi assim que o continente
americano acabou sendo descoberto. Com o estabelecimento de colônias no
continente americano, as nações europeias introduziram nelas o plantio das
especiarias asiáticas. As especiarias se tornaram mais acessíveis no mercado e
ficaram, então, mais baratas. (Clickideia: 2011)

Como foi descrito anteriormente, Portugal dominou o mercado das especiarias por
quatro séculos, até que apareceu a Holanda, com a intenção de ajudar o Estado holandês
contra a Espanha, coordenando as companhias que participavam do comércio nas Índias
Orientais. As atividades holandesas influenciaram o cabo da Boa Esperança, o
Arquipélago Malaio, Pérsia, China, Índia e Japão. A França contribuiu para enfraquecer
a Companhia Holandesa das Índias, levando quantidade significativa das plantas de noz
moscada, canela e cravo para serem cultivadas na Guiana Francesa e em suas ilhas
Reunião, Seicheles e Maurício – uma vez que o governo francês não investiu no comércio
das especiarias. Assim narra a revista Aditivos Ingredientes, em Condimentos e
especiarias: Ingredientes que enriquecem os alimentos,

Portugal permaneceu com posição dominante no comércio de especiarias até o fim do


século XVI, quando a Holanda entrou na competição. A Companhia Holandesa das
Índias foi criada em 1602 para coordenar as atividades das companhias que
concorriam no comércio nas Índias Orientais e para agir como um braço do Estado
holandês em sua luta contra a Espanha. Seu monopólio se estendia desde o cabo da
Boa Esperança até o estreito de Magalhães. A influência e a atividade holandesa se
expandiram por todo o arquipélago malaio, China, Japão, Índia, Pérsia e pelo cabo da
Boa Esperança. O papel da França no comércio das especiarias foi secundário e não
era apoiado por seu governo; não conseguiram criar um monopólio como fizeram os
árabes, venezianos, genoveses, portugueses e holandeses, porém ajudaram a destruir
o monopólio holandês. Em 1770, pegaram grande quantidade de plantas de cravo,
canela e noz moscada das possessões holandesas e as levaram para serem cultivadas
nas ilhas francesas da Reunião, Mauritius e Seychelles no Oceano Índico e na Guiana
Francesa.

A Companhia Inglesa das Índias Orientais teve a intenção de encontrar alguma


especiaria na América do Norte, porém fracassou nesta questão: lá não havia especiaria
alguma. Por um período de quinze anos, a Rainha Elizabeth I permitiu que o grupo de
comerciantes de Londres tivesse a exclusividade do comércio com as “Índias Orientais”,
tendo o controle total de chás nas colônias. Inglaterra e Holanda entraram em guerra, a
Companhia Holandesa das Índias (enfraquecida pelos franceses) foi extinguida após os
ingleses dominarem Malaca (que era de monopólio holandês) e todos os estabelecimentos
comerciais da região. Para finalizar a parte sobre a rota das especiarias, através das
Companhias das Índias Orientais, a revista Aditivos Ingredientes, em Condimentos e
especiarias: Ingredientes que enriquecem os alimentos, descreve que,

Os ingleses também foram atrás das especiarias. Nessa busca, fizeram importantes
descobertas na América do Norte, mas não acharam especiarias. A Companhia Inglesa
das Índias Orientais (mais tarde chamada Companhia Britânica das Índias Orientais)
foi uma companhia majestática formada por comerciantes de Londres, em 1600, com
o nome de “Company of Merchants of London Trading to the East Indies”, a quem a
rainha Elizabeth I concedeu o monopólio do comércio com as “Índias orientais” por
um período de 15 anos. A Companhia Britânica das Índias Orientais tinha o
monopólio da venda do chá nas colônias. Em 1780, ingleses e holandeses travaram
uma guerra que levou a ruína da Companhia Holandesa das Índias; em 1795, tomaram
Malacca dos holandeses e, um ano mais tarde, todas as propriedades e centros comer-
ciais da região, com exceção de Java. A Companhia Holandesa das Índias foi
dissolvida em 1799.

É certo que as especiarias eram sinônimo de riqueza e status e eram retratadas em


obras de arte da época, através de elaboração da comida (Imagem 3) ou reprodução de
hábitos da alta sociedade, como o de consumir chá por exemplo (Imagem 4). Em A
história sob o olhar da química: as especiarias e sua importância na alimentação
humana, Ronaldo da Silva Rodrigues e Roberto Ribeiro da Silva afirmam que:

As especiarias, tão importantes quando analisadas sob o ponto de vista político e


econômico, tiveram sua relevância social retratada também pela elite artística daquele
período. Muitas pinturas registraram sua utilização na preparação de vários pratos e
na composição de valorizados costumes como, por exemplo, o de consumir chá em
reuniões sociais ou familiares. (Rodrigues e Silva 2010: 86)

Imagem 3. Imagem 4.

Barbieri, Paolo Antonio (1637): Chardin, Jean Baptiste Simeon


“The Spice Shop”. In: Pinacoteca, (1735): "Lady taking tea", In:
Palazzo Comunale, Spoleto. Hunterian Art Gallery,
University of Glasgow.
E a partir do momento que existem obras de arte e literárias que retratam e
descrevem a rotina, os hábitos, a comida e principalmente as especiarias, é porque de fato
tinham sua importância econômica, política e social. Como contam Ronaldo da Silva
Rodrigues e Roberto Ribeiro da Silva em A história sob o olhar da química: as
especiarias e sua importância na alimentação humana,

Assim, não podemos negar que esses alimentos possuem características intrínsecas
que certamente os colocaram em situação de destaque e possibilitaram sua exploração
comercialmente lucrativa. Nesse sentido, encontramos na literatura justificativas
capazes de esclarecer o motivo da extrema valorização das especiarias na época das
grandes navegações com base na forma como eram utilizadas. (Rodrigues e Silva
2010: 86)

Como foi escrito no começo do artigo, as especiarias mudaram o cenário


comercial da história e da culinária mundial. Hoje elas são imprescindíveis na cozinha
fazendo milagres com sabores e aromas na culinária, desde a mais simples até a mais
sofisticada. Se não fossem as rotas, os comércios e as Companhias das Índias, talvez
poucas pessoas saberiam hoje sobre a imensa utilidade tanto para a cozinha e a cosmética
como em propriedades medicinais.

Falando nelas, nas propriedades medicinais, Ronaldo da Silva Rodrigues e


Roberto Ribeiro da Silva em A história sob o olhar da química: as especiarias e sua
importância na alimentação humana, fazem menção de que as funções das especiarias
vindas do oriente não eram para fins culinários e sim terapêuticos e que, a primeiro
momento, os condimentos eram importados como medicamentos para preparar os
alimentos e só depois tiveram a função de temperá-los:

Outra tese considera que muitos desses produtos importados do Oriente não tinham
uma função culinária, mas terapêutica. Flandrin e Montanari (1998) revelam que em
um livro intitulado Le thresor de santé (O tesouro da saúde), publicado em 1607, está
registrado que a pimenta-do-reino
[...] mantém a saúde, conforta o estômago [...], dissipa os gases [...]. Cura os calafrios
das febres intermitentes, cura também picada de cobras. Quando bebida, serve para
tosse [...] mastigada com uvas passas purga o catarro, abre o apetite. O cravo-da-
índia, por sua vez, serve para os olhos, para o fígado, para o coração, para o
estômago. Seu óleo é excelente contra dor de dentes. Serve [...] para as doenças frias
do estômago [...]. Ele ajuda muito na digestão, se for cozido num bom vinho com
semente de funcho. (p. 480-481)
Dessa forma, imaginava-se que todas as especiarias tivessem propriedades
semelhantes. Inclusive essa função medicinal precedia a utilização da especiaria como
condimento, pois os temperos empregados na cozinha no fim da Idade Média foram
importados, a princípio, como medicamento e só depois para temperar alimentos
(Rodrigues e Silva 2010: 86).
O uso desses condimentos na culinária tinha dois propósitos principais: dar mais
aroma e sabor aos alimentos e facilitar a digestão. Tanto na época medieval – quanto nos
dias atuais – a sociedade aprendia comendo, experimentando as especiarias ou
condimentos em suas receitas, fosse pelo intuito medicinal ou somente pelo tempero.
Uma vivência muito além do que o livro podia ensinar e o médico prescrever.

Olhando pelo ponto de vista medicinal, cosmético e culinário, Valéria Alves, no


site Cozinha do Fim do Mundo; e os colaboradores do site Armazém das Especiarias,
comentam sobre as propriedades de algumas dessas especiarias que tanto marcaram e
contribuíram para a história do mundo:

Imagem 5.

A utilização do cardamomo é muito antiga e na Índia é considerado a rainha das


especiarias (o rei é a pimenta). Não somente utilizado como condimento, mas também
por suas propriedades medicinais, ele já era citado em textos védicos por volta de
1.000 A. C. Na cozinha: No Oriente Médio é usado para aromatizar café, na Índia
perfuma pratos à base de arroz e compõem também o Garam Masala e o chá indiano
conhecido como Tchaï. Na Europa encontramos em alguns pães, geleias e compotas.
Em pó pode ser utilizado sobre legumes e carnes brancas. Vai bem com salada de
frutas, maçãs ao forno, sorvetes, cremes e leite quente. No ocidente em pães de
especiarias, muffins, biscoitos e crepes. Na Tailândia, as folhas também são utilizadas
como especiarias para perfumar pratos de origem indiana. Propriedades
medicinais: O cardamomo é reconhecido pela sua eficácia no tratamento dos
distúrbios digestivos, azia, constipação, infecções do fígado e da vesícula biliar. Ele
pode ser utilizado no tratamento de depressão e impotência tendo ainda a reputação
de tonificar o corpo e o espírito. Para a pele: o óleo essencial do cardamomo além de
refrescar a pele e deixá-la mais saudável, clareia as manchas deixando a tez mais
uniforme (Alves 2017: 03).

Imagem 6.

O moscadeiro, por conseguinte a noz-moscada, já era conhecida pelos Gregos e


Romanos. Os árabes tiveram durante muito tempo seu monopólio, ocultando a sua
origem geográfica e assim como os árabes, os Portugueses seguidos dos Holandeses
tentaram também a primasia sobre sua comercialização. Foi somente em meados do
século XIV que ela começou a ser cultivada e comercializada na Malásia, Indonésia,
Antilhas e Sri Lanka. Na cozinha: é raspada para aromatizar sopas, carnes, béchamel,
gratinados, temperar purés à base de batatas, legumes e cogumelos, bem como nas
quiches a base de queijo. Ela deverá ser ralada na hora de sua utilização pois adquirida
moída perde o sabor e as suas propriedades. Propriedades medicinais: são anti-
reumáticas, podendo ser usadas no tratamento de bronquite, diarréia crônica, om
propriedades digestivas, combate a flatulência e as infecções intestinais. A noz-
moscada é amplamente utilizada nas indústrias: frigoríficas, farmacêuticas, tabacarias
e cosméticas. O macis é a pele, a casca que recobre a semente (noz moscada) da fruta
e possui uma coloração que varia entre o vermelho, laranja e amarelo, e se parece com
uma renda. Na cozinha: É utilizada inteira em peixes, carnes brancas e servem para
perfumar molho bechamel, quiches, soufflés de queijo, arroz, ovos, etcs. Em
sobremesas podemos usar em frutas, tortas de maçã e limão e perfumar bebidas
quentes e frias. Propriedades Medicinais: Contém potássio, fósforo, cálcio e
magnésio. É utilizada no combate a diarréia, náuseas e age também como sedativo,
acalmando os problemas respiratórios e dores reumáticas (Alves 2017: 04).

Imagem 7.

O açafrão é o estigma de uma flor, a qual tem como característica a cor lilás e dentro
das quais surgem o vermelho intenso dos estigmas e o amarelo dos estames. A palavra
açafrão vem da palavra Persa ZA´FARAM que significa amarelo. A origem do
açafrão não é muito clara, mas segundo pesquisas são provenientes do Oriente Médio,
uma vez que sua cultura já era conhecida na Ásia Menor A.C. Hoje os maiores
produtores mundiais de açafrão, e que inclui a melhor qualidade são: Irã e Espanha,
porém podemos encontrá-lo no Egito, na Índia (Kashemira), Marrocos e Turquia.
Encontramos a utilização do açafrão no Iraque nas pinturas de mamutes que datam do
período pré-histórico, ou seja, há mais de 50.000 anos. Os Sumérios as utilizavam na
magia há mais de 5.000 A.C. Na cozinha: O açafrão faz parte da culinária de diversas
partes do mundo. Na Índia é indispensável em inúmeras receitas de arroz e doces e
também utilizada na medicina Ayurvédica. Na Arábia Saudita um autêntico café árabe
deve conter cardamomo e açafrão. No norte da Itália e sul da Suíça entra no preparo
do conhecido Risoto. Na Suécia é uma tradição fazer pão de açafrão no dia de Santa
Lúcia, enfim, na Espanha entra na composição da famosa Paella e muitos outros
pratos. Pode também ser utilizado no preparo de peixes, sopas e queijos.
Propriedades Medicinais: O açafrão é um dos vegetais mais ricos em riboflavina,
isto é vitamina B2. É utilizado como regulador dos ciclos menstruais e alivia as dores
lombares que os acompanham. É utilizado como sedativo e tônico para o estômago e
para o sistema nervoso central. No Oriente é usado no tratamento de depressão de leve
a moderada e na China é como calmante no alívio da asma, das cólicas e no tratamento
dos hematomas. Na medicina ayurvédica está classificada entre as plantas aromáticas
com sabor picante, de natureza refrescante com ações digestivas e usada no tratamento
das hemorroidas (Alves 2017: 07).

Imagem 8.
O gengibre é uma das especiarias mais antigas do mundo, e não se sabe ao certo a sua
origem, se é proveniente da Índia ou da China, visto encontrarmos traços de sua
utilização em antigos manuscritos chineses e textos antigos da Índia, onde era usado
como planta medicinal. O gengibre foi uma das primeiras espécies a ser importada
na Europa. Ele era caro, razão pela qual era usado como moeda de troca e sujeito a
taxação. Na cozinha: Utilizado na cozinha créole, indiana e praticamente em toda a
Ásia: Tailândia, Vietnã, Indonésia, Malásia, etc....é um dos ingredientes mais
utilizados em mistura de especiarias. Na cozinha japonesa utiliza-se o gengibre
marinado no vinagre de arroz, o gari (que todos nós conhecemos) para refrescar o
paladar entre uma degustação e outra de sushis. Na cozinha chinesa é utilizado
somente com o intuito de mascarar sabores fortes de alguns peixes, frutos do mar,
frangos e carneiros. Na confeitaria perfumam biscoitos e bolos. Pode ser utilizada em
pó, raiz seca e fresca. Serve para aromatizar o chá e pode ser usado desde o preparo
de uma entrada até a sobremesa. Perfumam carnes, legumes, frutos do mar e peixes.
Também acrescentam um sabor muito especial em molhos, marinadas, vinagretes
e, uma pitada de gengibre ressalta o sabor das frutas maduras. Propriedades
Medicinais: O gengibre é rico em minerais como manganês, fósforo, magnésio, e
ainda cálcio, sódio e ferro. No que concerne às vitaminas encontramos a B1, B2 e B.
Podemos usá-lo como: anti-inflamatório e analgésico natural: alivia artrite, artrose,
fibromialgia e fadiga crônica; digestivo: trata as digestões difíceis, flatulências,
gastrite, úlceras do estômago, diarreia; afecções da garganta e afonia; náuseas e
vômitos: recomendado durantes os primeiros meses da gravidez para aliviar os
problemas de náuseas, sendo extremamente eficaz para o mal do mar durante a
viagem; acelera o metabolismo auxiliando na perda de peso; diabetes: um estudo
científico rigoroso demonstrou um efeito benéfico na consumação de 3 gramas de
gengibre em pó durante 8 semanas aos indivíduos portadores de diabetes tipo 2. O
extrato do gengibre diminui a taxa de glicose do sangue em jejum e da hemoglobina
glicada além de melhorar a resistência à insulina (Alves 2017: 09).

Imagem 9.

A canela, conhecida como uma das especiarias mais antigas é mencionada em antigos
escritos chineses, sânscritos, egípcios e citações no Antigo Testamento. Era
empregada, sobretudo por suas propriedades medicinais, em cerimônias religiosas e
ritos mágicos. Assim como os metais preciosos, joias e tecidos finos, a canela entrou
para a rota da seda e das especiarias desde a Índia e China até a Mesopotâmia, e em
seguida em direção às grandes cidades da Grécia e Roma. Considerada então, tão
preciosa quanto o ouro, tornou-se extremamente cara, tendo o privilégio de usá-la
somente a classe rica e a nobreza. Embora muito cara, a canela era utilizada não
somente como medicamento, mas também em inúmeras bebidas como o Hypocras
(vinho medieval feito com diversas especiarias) que auxiliava a digestão. Conta-se
também que na cozinha dessa época, a canela, a pimenta e outras especiarias faziam
parte de inúmeras receitas, por conta de seus aromas poderosos que mascaravam os
sabores desagradáveis da carne (às vezes putrefata e deteriorada, devido
à precária condição de conservação dos alimentos nessa época). Na cozinha: A
canela perfuma e ressalta o sabor tanto em pratos doces como em salgados. Em pratos
salgados, não podemos pensar no Oriente, sem que ela esteja sempre presente nos
curries indianos, cinco especiarias chinesas, e vai por aí afora o seu uso
diversificado, perfumando e ressaltando os sabores da comida de todos os cantos até
o fim do mundo. Podemos colocar sem medo de errar em bolos, tortas, crumbles,
compotas, salada de frutas, biscoitos, pães, suflês, em bebidas como chocolate quente,
chás, vinho quente, etc. Quando utilizarmos o pó, recomenda-se fazer uso somente ao
final, uma vez que o sabor se torna amargo após algum tempo, ao contrário dos
bastões que suportam longos cozimentos. Propriedades Medicinais: estimula o
sistema imunológico e combate à gripe A (H1N1); anti-inflamatório poderoso auxilia
no alívio das dores musculares e das articulações; combate infecções parasitárias e
bronco-pulmonares; regula o trânsito intestinal devido seu alto teor de fibra; é uma
excelente aliada para aqueles que querem diminuir o peso, visto ser um excelente
inibidor de apetite, especialmente para os que são viciados em açúcar; regula a
glicemia e a produção de insulina, baixando igualmente as taxas de colesterol e
triglicérides. No caso do diabetes, inúmeros estudos comprovaram que ela possui
propriedades muito semelhantes à insulina, as quais ajudam a combater a diabetes do
tipo 2, razão pela qual na Ásia é chamada de “insulina de pobre”; conhecido como o
quarto alimento mais poderoso em antioxidantes previne as doenças
cardiovasculares e certos tipos de cânceres (cólon, estômago, pulmão, seio, ossos,
leucemia e linfomas); auxilia nas infecções contagiosas da pele e do couro cabeludo
e doenças ligadas ao envelhecimento; na higiene bucal é um grande aliado, porém em
doses razoáveis, já que é passível de provocar reações alérgicas em algumas pessoas
(Alves 2017: 10).

Imagem 10.

Cravo da Índia. Foi uma das principais atrações que provocou inúmeras viagens de
navegadores europeus para o continente asiático. Relatos históricos dão conta de que
viajantes arábicos já vendiam cravos na Europa ainda no Império Romano. O cravo-
da-índia é uma especiaria usada há muitos anos na culinária. Pesquisadores apontam
que foram encontradas em escavações de uma cozinha Síria no ano de 1.700 antes de
Cristo! Na cozinha: No Brasil o uso dessa especiaria está mais associado aos doces:
de banana, abóbora, canjica e quase nunca com comida salgada. Em outros países é
adicionada a conservas e picles. Os franceses a espetam em uma cebola com uma
folha de louro para dar sabor a caldos. É muito usada em presuntos e carne de porco.
Combina com carne de caça como veado e javali. No oriente médio e na Índia
aromatiza pratos com carne. Combina com legumes como a batata doce, beterraba,
cenoura e abóbora e é usada também para temperar pratos com arroz. Na Holanda
aromatiza com queijos. Faz parte de muitas misturas de temperos: curries, garam
masala, cinco temperos chineses, has-el-hanout. Entra na mistura sempre em menor
quantidade que as outras especiarias. É um dos principais ingredientes do molho
inglês. Na confeitaria pode ser usada em pães, biscoitos e bolos. Propriedades
Medicinais: O cravo tem sido utilizado, há mais de 2000 anos, como uma planta
medicinal. Tratamento de náuseas, flatulências, indigestão, diarreia, tem propriedades
bactericidas, e é também usado com anestésico e antisséptico para o alívio de dores
de dente. O Professor Gary Elmer, Ph. D. do departamento de Medicinal Chemistry
da University of Washington School of Pharmacy, em Seattle, salienta que “o eugenol
(componente do cravo-da-índia) realmente mata viroses e bactérias”. Ação
antibacteriana, antifúngica, anti-inflamatória, antisséptica, cicatrizante, analgésica,
antiviral e estimulante das secreções gástricas, revelam estudos fitoterápicos. Na
indústria farmacêutica, cosmética e odontológica: o óleo do cravo é usado como
matéria-prima nessas áreas e o conteúdo total de óleo em cravos (de boa qualidade)
chega a 15%. As partes utilizadas do cravo-da-índia são os botões florais e o óleo
essencial (Armazém das Especiarias 2014).
Imagem 11.

Foram os mercadores muçulmanos, na Época das Grandes Navegações que


apresentaram a pimenta-do-reino (nascida na Ásia equatorial) para o mundo. Tanto
a pimenta-do-reino preta como a branca vêm da mesma semente. A diferença está no
processo de secagem. A especiaria preta é colhida antes de amadurecer, seca em
película, que lhe garante mais picância, ardência e, em princípio, mais qualidades. As
brancas esperam mais um pouquinho até amadurecer completamente, passam por um
processo, tem a casca removida, secas no sol e resultam numa pimenta “branca” com
sabor, mais suave. O uso de pimentas-do-reino brancas tem algumas diferenças de
suas coirmãs preta, verde ou rosa. Tanto uma quanto as outras são consumidas
regularmente secas, em grãos ou moídas. Na cozinha: a pimenta-do-reino branca é a
preferida por questões até estéticas em pratos como sopas, purês de batata, peixes,
frangos, carne de porco, suflês e molhos. Essa especiaria ganha preferência
principalmente em vários pratos chineses, na cozinha tailandesa e francesa. Contam
os chefes que o seu sabor aromático e o formigamento que causam ao primeiro contato
ajudam a dar um “toque” especial a estas cozinhas. Muitos chefs profissionais ou do
lar indicam que é melhor usar a pimenta-do-reino triturada e não moída. A triturada,
argumenta, acrescenta mais sabor à comida. Propriedades medicinais: Os valores
medicinais positivos da pimenta-do-reino vêm do seu uso em larga escala na
Ayurveda, terapias antigas e chinesas. Onde era indicada e usada para o tratamento de
artrite, dor nas articulações, intoxicação alimentar, náuseas, congestão nasal. No
ocidente, dizem que ela pode auxiliar como antioxidante, expectorante,
descongestionante, combate ao reumatismo, auxilia o sistema nervoso ao liberar
adrenalina e produz um efeito de saciedade, que, em tese, ajuda no processo de
reeducação alimentar e uma dieta natural (Armazém das Especiarias 2017).

Imagem 12.

Ela tem passaporte mexicano, onde é conhecida por Vanilla, família de orquídeas da
qual descende. Hoje em dia, existem três cultivares principais da baunilha em
produção global. As várias subespécies são Vanilla planifolia, cultivada em
Madagáscar, Reunião e outras áreas tropicais do Oceano Índico; V. tahitensis,
cultivada no Pacífico Sul; e V. pompona, encontrada nas Índias Ocidentais, América
Central e do Sul. A maior parte da baunilha produzida no mundo é da variedade V.
planifolia, conhecida como baunilha “Madagáscar-Bourbon”, produzida numa
pequena região de Madagáscar e na Indonésia. Por ser de uma nobre família de
orquídeas, cumpre também a função de ser usada como planta ornamental: de flores
verde amareladas, e cujo fruto é uma vagem alongada. Na cozinha: Claro que você a
reconhece e soma ao nome a percepção de um sabor adocicado e ao paladar a certeza
de que o alimente é gostoso. Mundialmente, a baunilha é conhecida como
aromatizante de sorvetes, chocolates, bebidas e produtos de confeitaria, além de ser
utilizada em perfumaria e, em pequena escala, como medicinal. A baunilha reforça
uma variedade de pratos doces como pudins, bolos, cremes, suflês e, principalmente,
sorvetes. O sabor da baunilha se destaca em muitos chocolates e produtos de
confeitaria, tais como licor de chocolate. Pode ser ingrediente de caldo de carne,
vitela, peixes e frutos do mar. A história da baunilha está associada à do chocolate.
Os Astecas e os Maias decoravam com baunilha uma bebida espessa à base de cacau.
Propriedades Medicinais: Famosa na culinária mundial, não se sabe se por ser
digestiva, calmante ou apenas pelo seu maravilhoso sabor e aroma, ela faz parte da
farmacopeia homeopática. Estudiosos, fito terapeutas também lhe conferem funções
como afrodisíaca, antiespasmódica, antisséptica, aromatizante, digestiva. A baunilha
tem sido usada para tratar algumas doenças, como lesões estomacais e problemas de
insônia. O seu óleo essencial contém propriedades para tratar a ansiedade e a
depressão. Tem possibilidade de funcionar como antioxidante, conservante e
antimicrobiano. Cosmética: A baunilha é uma das especiarias mais caras do mundo,
devido à quantidade de trabalho necessário para a sua produção. Mas, apesar do custo
é utilizada na indústria de perfumaria, aroma terapia e cosmetologia. Uma vez
integrado no creme, o extrato de baunilha pode agir seletivamente sobre vários fatores
vitais da pele, trabalhando ao mesmo tempo a nível das rugas, da firmeza e da
densidade, da hidratação, da textura, da uniformidade e da luminosidade (Armazém
das Especiarias 2015).

Considerações finais

Então, se for feita uma viagem da época medieval para os dias atuais, será fácil
perceber que as receitas evoluíram, os condimentos são os mesmos, mas que cada região
e cada cultura, possui pozinhos mágicos (especiarias) em suas receitas que transformam
os hábitos alimentares e tornam os pratos mais apetitosos. Sem contar o intercâmbio de
receitas: quem está no Brasil consegue cozinhar uma paella, comida típica espanhola,
com ingredientes e condimentos que são encontrados tanto num quanto noutro país. Tudo
isso graças às embarcações portuguesas, espanholas, holandesas e inglesas, das
Companhias das Índias, que por tantos séculos desbravaram oceanos, lutaram com
piratas, sofreram naufrágios, e novas rotas (e terras) foram descobertas só para possuírem
o monopólio das especiarias. Essas mesmas foram moeda de troca para tudo,
representavam status e poder no setor político, econômico e social, e ainda construíram o
Mosteiro de Jerónimos em Lisboa. É quase impossível negar que a variedade de
especiarias nas mais diversas culturas ainda provocam distintas sensações que aguçam e
estimulam os sentidos, porque além de temperar e conservar os alimentos, elas tinham (e
tem) propriedades medicinais. Hoje revolucionam as culinárias internacionais, ajudam
em tratamento de saúde – tanto em medicamentos controlados, homeopáticos e
fitoterápicos quanto na cosmética (desde um creme para a pele até o shampoo para o
cabelo). E, principalmente, são essenciais na cozinha doméstica: já experimentou estourar
a pipoca com curry? Passar o café com as sementes de cardamomo? E jogar umas pitadas
de canela em pó no molho vermelho do seu espaguete? Frescas ou secas, em pedaços ou
em pó, nenhuma cozinha vive sem as especiarias.
Referências bibliográficas:

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2 – Site Lisbon Lux. disponível em https://www.lisbonlux.com/lisbon/mosteiro-dos-
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3 – Barbieri, Paolo Antonio (1637): “The Spice Shop”. In: Pinacoteca, Palazzo
Comunale, Spoleto. Internet. Disponível em
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Paolo_antonio_barbieri,_spezieria_(palazzo_c
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4 – Chardin, Jean Baptiste Simeon (1735): "Lady taking tea", In: Hunterian Art
Gallery, University of Glasgow. Internet. Disponível em
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5 – Cardamomo, site Green Me. Disponível em https://www.greenme.com.br/usos-
beneficios/3823-cardamomo-propriedades-contraindicacoes (acessado em 14 de
fevereiro de 2018)
6 – Noz moscada e Macis, blog Temperante. Disponível em
http://temperante.blogspot.pt/2011/08/v-behaviorurldefaultvml-o_2925.html (acessado
em 14 de fevereiro de 2018)
7 – Açafrão, site Dicas de Saúde. Disponível em https://www.saudedica.com.br/os-19-
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8 – Gengibre, site Cura Natural. Disponível em
https://www.naturalcura.com.br/beneficios-do-gengibre/ (acessado em 13 de fevereiro
de 2018).
9 – Canela, site Chá Benefícios. Disponível em https://www.chabeneficios.com.br/cha-
de-canela-emagrece-e-e-rico-em-beneficios/ (acessado em 13 de fevereiro de 2018).
10 – Cravo da Índia, site Empório Rosa. Disponível em
http://emporiorosaonline.com.br/cravo-da-india-a-granel-100g.html (acessado em 12 de
fevereiro de 2018)
11 – Pimenta do reino, no site Houston Chronicle. Disponível em
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ingredient-in-diet-6394783.php (acessado em 12 de fevereiro de 2018).
12 – Baunilha, no site Cheesecake a Wish. Disponível em
http://www.cheesecakeawish.com.br (acessado em 12 de fevereiro de 2018)

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