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Uma Abordagem de Ensino Psicolinguistica Ricardo E. Schiitz Primeira publicagdo 1997 ‘Atualizedo em 8 de setembro de 2019 Essa abordagem ¢ inspirada na abordagem natural ena teoria de aquisicdo de Stephen Krashen. aplicdvel idealmente a pequenos grupos e aulas particulares em paises que néo falam inglés. Temos usado com grande sucesso em nossa escola de ESL no Brasil. Nao seguimos nenhum plano ou curso especifico de licéese livros, mas promovemos o intercdmbio de idiomas e culturas em atividades comunicativas porque acreditamos que o idioma é principalmente o resultado da interacdo humana. Nossa escola se torna um centro de vida e aprendizado bilingiie, com pequenos grupos liderados por um nativo da culturaalvo. O instrutor funciona como um conselheiro e facilitador de idiomas. Respeitamos o estilo de cada instrutor e confiamos em sua capacidade de construir relacionamentos dentro do grupo e criar uma necessidade natural de comunicagao. Também oferecemos aprendizado de idiomas por meio do estudo da gramdtica como um complemento, mas a énfase esté na aquisi¢do de idiomas por meio da comunicacéo, na qual o papel do falante nativo é essencial. ‘A Abordagem Psicolinguistica:: A capacidade de realizar uma comunicacao criativa € eficaz é 0 principal objetivo de todos os alunos. A proficiéncia nao depende do conhecimento linguistico.O conhecimento da linguagem é secundario quando comparado a capacidade funcional de entender e falar, ler e escrever como resultado. Portanto, embora um plano de estudos estruturado possa fornecer algum conhecimento basico de linguagem, é somente através do esforco criativo de comunicar que a competéncia comunicativa completa é adquirida. O processo completo, da escuta passiva a compreensao e do pensamento ativo a fala, precisa ser completamente exercitado. Isso pode ser alcancado apenas através da interacao humana real. O proceso completo de ouvir e entender, e pensar e expressar esses pensamentos que devem ser exercitados. Isso é possivel através do uso da lingua em situacées reais de convivio e auténtico relacionamento humano. Em outras palavras, ninguém adquire habilidades linguisticas significativas apenas com livros, gravacées de audio ou exercicios on-line. Embora esses materiais sejam Uteis quando projetados de acordo com a lingtistica contrastiva, um cérebro precisa de outro cérebro para interagir. Como Stephen Krashen, também acredito que a aquisicdo de idiomas é uma abordagem mais eficaz do que oaprendizado de idiomas . Mas uma combinacao esclarecida de métodos ainda pode fornecer um bom design para o ensino de idiomas. Por esse motivo, acredito que a aquisicao natural através da experiéncia comunicativa da vida real pode ser complementada com exercicios audiolinguais e até com esclarecimentos gramaticais ocasionais. Os materiais de ensino baseados em andlises contrastivas desempenham aqui um papel importante. Sempre que possivel, o aluno deve ter uma experiéncia de vida em um pais que represente bem o idioma ea cultura de destino - por exemplo: Estados Unidos, Canada ou Inglaterra para inglés. Juntamente com a experiéncia de viajar e viver, € especialmente quando isso nao ¢ possivel, também apoio uma abordagem como 0 CLL de Charles Curran (Communicative Language Learning). Curran acredita que o aconselhamento psicolégico e o ensino de linguas estrangeiras estao intimamente relacionados. Ele defende um conceito unificado do homem e diz que fatores fisicos, intelectuais, psicolégicos e emocionais podem influenciar a aquisicao da linguagem.O carinho e um relacionamento intimo entre o instrutor e o aluno, com ambos no mesmo nivel, fornecem a estrutura necessaria. O instrutor desempenha um papel nao autoritario e nao-diretivo e as atividades so centradas no aluno.O foco muda da gramatica e da formacao de frases para um profundo senso de comunicacéo pessoal. Quando a linguagem é usada como um instrumento para satisfazer um forte desejo de comunicacao, os resultados podem ser impressionantes. Levando em consideracao a caracteristica predominante do povo brasileiro - aberto, comunicativo e bom em improvisar-, apoio uma abordagem psicomunicativa como propicia para a aquisicdo étima da linguagem. Levando em consideragao um recurso predominante do brasileiro - aberto, comunicativo, criativo e improvisador,- defenda, com maior convic¢ao ainda, uma abordagem psicolégica-comunicativa para melhor explorar esse talento. Nesta abordagem psicolinguistica, o conselheiro-professor precisa tentar construir um relacionamento pessoal com o aluno. Quanto mais pessoal o relacionamento, mais 0 idioma de destino seré adquirido. Obviamente, esse envolvimento psicolégico depende muito da personalidade do aluno. Portanto, o professor deve estar constantemente alerta e capaz de reconhecer 0s momentos e oportunidades de comunicacao e explorélos quando surgirem. O instrutor deve estar disponivel alerta para saber reconhecer e aproveitar os momentos de abertura do aluno. O elemento chave de uma abordagem psicolinguistica é 0 contato pessoal e intimo entre 0 aluno e 0 orientador. Os interesses do aluno sao explorados e suas préprias. idéias sao usadas como material de ensino.Como na psicandlise, o aprendiz eo conselheiro mergulham na mente um do outro. Em vez de materiais externos (textos, gravacées etc.), 0s pensamentos do aluno, mesmo os de origem neurética, sao discutidos e trazidos a luz em linguagem clara e apropriada. O objetivo é aumentar a carga emocional da conversa, tornando as sessées mais atraentes e envolventes. Recorrendo aos mesmos recursos usados na psicandlise, o conselheiro- instrutor desempenha o papel de confidente e leva a conversa (sempre na lingua- alvo) ao centro do interesse do aluno. 0 instrutor se adapta ao aluno. Se o aluno é introvertido, o instrutor assume um papel de lideranca falando sobre si mesmo, sobre sua experiéncia com a cultura estrangeira, suas dificuldades e fraquezas, abrindo seu préprio coracao, melhorando assim a confianca miitua e criando uma atmosfera para 0 aluno se preparar .Se 0 aluno ¢ extrovertido, o instrutor entende com empatia os pontos de vista do aluno, encorajando-o a se expressar com confianga e precisao. O instrutor ajuda o aluno a reafirmar suas opinides, fornecendo alinguagem exata, um pouco além da capacidade do aluno (entrada compreensivel de Krashen).O aluno vera suas conviccdes em linguagem convincente, com vocabulério e prontincia precisos. Isso aumentard sua autoconfianca e, mais tarde, eles facilmente adaptarao essa capacidade a outras situacées. o instrutor assume um papel de lideranca falando sobre si mesmo, sobre sua experiéncia com a cultura estrangeira, suas dificuldades e fraquezas, abrindo seu proprio coracdo, melhorando assim a confianca mitua e criando uma atmosfera para o aluno se preparar.Se o aluno é extrovertido, o instrutor entende com empatia os pontos de vista do aluno, encorajando-o a se expressar com confianca e precisao. 0 instrutor ajuda o aluno a reafirmar suas opiniées, dando a linguagem exata, um pouco além da capacidade do aluno (entrada compreensivel de Krashen).0 aluno verd suas convic¢des em linguagem convincente, com vocabulario e prondincia precisos. Isso aumentara sua autoconfianca e, mais tarde, eles facilmente adaptarao essa capacidade a outras situagées.o instrutor assume um papel de lideranca falando sobre si mesmo, sobre sua experiéncia com a cultura estrangeira, suas dificuldades e fraquezas, abrindo seu préprio coragao, melhorando assim a confianga muitua e criando uma atmosfera para oaluno se preparar. Se o aluno é extrovertido, o instrutor entende com empatia os pontos de vista do aluno, encorajando-o a se expressar com confianga e precisdo.O instrutor ajuda o aluno a reafirmar suas opinides, fornecendo a linguagem exata, um pouco além da capacidade do aluno (entrada compreensivel de Krashen).0 aluno vera suas convic¢des em linguagem convincente, com vocabulario e pronuincia precisos.|sso aumentard sua autoconfianca e, mais tarde, eles facilmente adaptarao essa capacidade a outras situacdes. Em ver de livros, dudios ou videos, os mesmos pensamentos do aluno-paciente, os ‘mesmos mais intimos e até o fundo neurético, sao discutidos e traduzidos na linguagem correta, convincente e elegante. Nao enfatizamos a corregao de erros, mas a capacidade de comunicacao com iniciantes, porque os obstaculos psicolégicos devem ser superados antes que a precisao linguistica possa ser alcancada. Autoconfianca e independéncia sao os primeiros passos. Ainda assim, formas linguisticas como prontincia e padrées de frases nao so completamente ignoradas. Estes séo discutidos sempre que necessério para abordar os desvios especificos do aluno. Novamente, o instrutor precisa ajustar suas intervencées ao aluno. Os introvertidos normalmente nao tem autoconfianca e, portanto, devem ser menos frequentemente interrompidos e corrigidos do que os extrovertidos. ‘Nao enfatizamos a corregdo de erros de alunos iniciantes porque os obstdculos danatureza psicolégica devem ser vencidos antes de o aluno poder alcancar a preciso gramatical. Alunos introvertidos normalmente precisam de autoconfianga e ndo devem ser interrompidos e corrigidos com a mesma frequéncia que extrovertidos, Essa abordagem psicolégico-comunicativa que recomendamos ¢ ideal para estudantes intermediarios e avancados e requer um instrutor habilidoso. Se nao for totalmente bilingue, a pessoa deve ser um falante nativo do idioma de destino com algum dominio do idioma nativo dos alunos. Além da qualificacao do instrutor, os grupos de terapia da linguagem devem ser muito pequenos e homogéneos, sendo a afinidade entre os membros do grupo muito importante.

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