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vibracional de possibilidades
diagnósticas e terapêuticas *
FLOWER ESSENCES: VIBRATIONAL INTERVENTION OF DIAGNOSTIC AND
THERAPEUTIC POSSIBILITIES
Olympia Maria Piedade Gimenes1, Maria Júlia Paes da Silva2, Maria Antonieta Benko3
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Rev Esc Enferm USP Recebido: 06/08/2003
2004; 38(4): 386-95. Aprovado: 07/11/2003
INTRODUÇÃO como arrumamos nele nossas fantasias. É
Essências florais:
dessa configuração que decorre o nosso po- intervenção vibracional
Nosso interesse em estudar os temas li- der de melhorar o mundo, recriando-o cotidi- de possibilidades
diagnósticas e
gados à saúde sob o prisma de um novo anamente, pois o imaginário é o denominador terapêuticas
paradigma, no qual o ser humano é visto e fundamental de todas as criações do pensa-
compreendido em sua totalidade, vem de lon- mento humano. É um lugar de criatividade
ga data e culmina com esta pesquisa que bus- onde desenvolvem-se processos de
ca uma forma de expressar a ação das essên- enfrentamento do destino e onde elaboram-
cias florais no indivíduo. Nesse caminhar fo- se meios representativos, simbólicos,
ram realizados dois cursos de Especialização retóricos e racionais, de finalidade “defensi-
em Terapia Floral na Escola de Enfermagem va” frente à fatalidade da morte(3).
da USP 1998 e 2000, sendo que do primeiro
O imaginário pode ser considerado como
curso resultou o livro Florais: uma alterna-
um mapa com o qual lemos o mundo, pois o
tiva saudável(1) com a publicação dos traba-
real decorre de uma construção simbólica. As
lhos de pesquisa realizados nesse curso, en- imagens são produzidas, entre as pulsões
tre outras tantas iniciativas que divulgassem subjetivas e as intimações do meio cósmico e
essa estratégia de cuidar. Temos feito inter- social, no qual se insere a noção importantís-
namente muitas perguntas, algumas de fun- sima do trajeto antropológico de Durand(2),
do existencial e outras sobre a maneira de que consegue articular o biopsíquico e o só-
sentir o desenrolar da vida, e neste cio cultural, trajeto constante e reversivo
envolvimento com a terapia floral encontra- entre as pulsões subjetivas assimiladoras
mos muitas respostas. Ligadas à academia foi (o biopsíquico) e as intimações objetivas
natural procurarmos métodos que fizessem acomodantes (do meio cósmico e sócio-cul-
esta aproximação buscando metodologias tural), de onde emergem como produto o sím-
para expressar a intervenção com a Terapia bolo e o imaginário.
Floral, podendo ampliar e validar esta manei-
ra de tratar a emoção humana, efetuando tra- Todas as funções da imaginação simbólica
dução ajustada do que é diagnosticado com visam estabelecer, seja para o indivíduo, grupo
instrumentos reconhecidos como o teste ou cultura, uma constante reequilibração
projetivo AT.9 (Teste Arquétipo de 9 elemen- resultante da incidência desestruturadora
tos). A fronteira que estabelecerá os padrões dos fenômenos portadores da angústia origi-
para estudo, uso e pesquisa com as essênci- nal, sobre as já elaboradas produções simbóli-
as florais, ainda está sendo delineada no mun- cas e imaginárias(2). Entenda-se por equili-
do, e certamente ficará tão mais nítida, quan- bração antropológica de Durand, uma constan-
to mais nos utilizarmos de registros e referên- te reequilibração, uma constante complexi-
cias que fundamentem as experiências nesta ficação das produções simbólicas e imagi-
área. Porém, para não simplificar este estudo, nárias reelaboradas, e não o equilíbrio estático,
exploramos a emoção humana, não só verifi- filosófico, de ordem; e entendendo-se por
cando os resultados do uso das essências angústia original, o enfrentamento do tempo
florais, já evidenciados em outros estudos(1), que se esgota e, portanto, anuncia a morte.
mas adentrando no mundo do latente, utili-
zando a Teoria do Imaginário de Durand. G. Durand classificou as estruturas do
imaginário em nível estritamente teórico. A
O imaginário de Gilbert Durand e o teste validação de sua teoria coube a Yves
arquétipo de nove elementos (AT9) de Durand(4), seu discípulo, que criou um mode-
Yves Durand lo normativo num teste projetivo por ele de-
nominado AT.9 (teste arquétipo de nove ele-
O estudo se desenvolveu à luz da Teoria mentos). Esse autor entendeu que se na con-
do Imaginário de Gilbert Durand, mais espe- cepção antropológica de G. Durand a ordem
cificamente através de sua obra “As Estrutu- estrutural do imaginário era pertinente, tam-
ras Antropológicas do Imaginário”(2). Segun- bém seria possível reencontrá-la em fatos re-
do esta teoria o imaginário é como uma rede levantes da criatividade imaginária do homem
de imagens cujo sentido dá-se pela relação comum; e o objetivo desse teste projetivo foi
estabelecida entre elas, organizando-se de
acordo com uma certa lógica, com uma certa
estruturação, de modo que a configuração
o de identificar os núcleos organizadores da
simbolização, os universos míticos que se
constituem ao longo das histórias individu-
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mítica de nosso imaginário depende da forma ais e ou grupais(4). 2004; 38(4):386-95.
Para tal investigação construiu um instru- 1. Qual a idéia central de sua história? Você
Olympia Maria P. Gimenes
Maria Júlia Paes da Silva mento, composto por desenho e narrativa ela- ficou em dúvida entre duas ou mais idéias?
Maria Antonieta Benko borados a partir de nove palavras chaves, a Quais?
saber: queda, espada, refúgio, monstro
devorante, alguma coisa cíclica, personagem, 2. Quando você pensou em sua história, você
água, animal e fogo(4). A escolha destes ele- se lembrou de algum filme ou de algum livro?
mentos não foi aleatória; foram considerados Qual?
seus significados mais profundos, para que
3. Indique entre os 9 elementos da sua
servissem de motivação ao sujeito, funcionan-
história:a) Os elementos mais importantes do
do como estímulos, para fazer emergir a pro-
seu desenho; b) Os elementos que você gos-
blemática da angústia diante do tempo mortal,
taria de eliminar no seu desenho. Por quê?
e os mecanismos e meios que o sujeito encon-
tra para enfrentar e ou resolver cada situação. 4. Como termina a cena que você imaginou?
Este instrumento, AT.9, compõe-se de:
1- Uma parte desenhada onde solicita-se 5. Se você tivesse que participar da cena que
ao sujeito que desenhe uma cena com os se- você compôs, quem você seria? O que você
guintes elementos: Uma queda, uma espada, faria?
um refúgio, um monstro devorante, alguma E finaliza com um quadro de simbolização
coisa cíclica (que gira, que se reproduz ou (Quadro 1) para ser respondido claramente:
que progride), um personagem, água, um ani-
mal (pássaro, peixe, réptil ou mamífero) e fogo; 1. Na coluna A que desenho você fez para
2 - Uma parte escrita, que chamamos de representar cada elemento;
narrativa, com a instrução de escrever a his-
2. Na coluna B qual o papel de cada elemento,
tória de seu desenho, contando o que se pas-
para que ele serve na história;
sa; e
3 - Um questionário com perguntas sobre 3. Na coluna C o que cada elemento significa
a história, com a solicitação de responder com para você, qual sentido ele tem.
atenção às seguintes perguntas:
A B C
Elemento Representado Papel/função Simbolizando
por
Queda
Espada
Refúgio
Monstro
Personagem
Água
Animal
Fogo
Os nove elementos deste teste têm como Nas soluções heróicas, a ação e a lingua-
alvo serem associados, sob os efeitos de uma gem heróica dominam o conjunto da compo-
“energia imaginária”, de modo a fazer emergi- sição. Observa-se que os heróicos costumam
rem certas formas de organização (heróica, ser pessoas mais ou menos racionais, que
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mística, sintética), um acoplamento entre os
nove elementos, constituindo um “sistema”
capaz de informar as estruturas imaginárias
têm uma visão realista do mundo, da dinâmi-
ca da luta pela vida e do uso das armas de
sobrevivência. Já as respostas místicas
2004; 38(4): 386-95. propostas, organizadas pelo sujeito(4). correspondem a pessoas freqüentemente
muito imaginativas, criativas, fantasiosas e espada introduzidos num cenário de jogo,
Essências florais:
pouco agressivas com um certo gosto da in- portanto integrados, sugerindo que se a intervenção vibracional
timidade secreta, uma vontade de união. Os ação heróica ocorrer os elementos estarão de possibilidades
diagnósticas e
que elaboram mecanismo sintético, podem ser integrados. terapêuticas
definidos como pessoas criativamente inteli-
gentes, equilibradas e capazes de buscar res- É importante ressaltar que ciências da saú-
postas pessoais para tudo que está ao seu de demandam qualidade e quantidade o tem-
redor e incide em suas vidas(5). po todo, entretanto, estruturas lógicas de per
si, muitas vezes não conseguem expressar a
Há também no AT.9, formas negativas, realidade. Ancoradas por estas afirmações
onde o domínio da angústia é evidente, e no estabelecemos laços entre o latente (simbóli-
extremo, ocorre o que se identifica como co) de cada criatura e o universo das essênci-
desestruturação de textos e desenhos, im- as florais, numa tentativa de transformar o
possíveis de serem classificados por este pro- abstrato em concreto, dando textura material
tocolo. Nesses desenhos nomeados deses- às idéias, corporificando conceitos, fazendo
truturados, cada elemento é desenhado sem corresponder símbolos às palavras e percep-
compor um conjunto, sem cenário, sem con- ções, conferindo consistência ao que era
texto; na escrita, o sujeito não constrói enre- pensamento.
do, as frases são isoladas revelando grande
dificuldade semântica. Estes desenhos deses- A Terapia Floral
truturados (também chamados de desenhos Falar de terapia floral é falar do caminho
implodidos) e as narrativas sem enredo ou de Edward Bach, um caminho de iniciação
contexto, denotam alto grau de ansiedade e de quem entrou profundamente em contato
altíssimo nível de angústia no dia a dia. com a natureza, numa senda alquimista,
A manifestação heróica de forma negati- para encontrar o manancial curativo laten-
va demonstra, em geral, fracasso total do he- te guardado nas flores. Bach compreendeu
rói; a forma mística negativa revela geralmen- o que já havia sido compreendido por gran-
te o monstro possuindo a espada; já o uni- des médicos como Paracelsus (1493 - 1541)
verso sintético expressa concepções fatalis- e Culpeper (1616 - 1654): que a Natureza é o
tas e pessimistas da evolução humana ou de verdadeiro médico e que o terapeuta é ape-
dualismo sem saída, mortífero. nas seu mediador(7).
Descreveu um elo real entre emoções,
Os micro universos míticos são divi-
somatizações e enfermidades, caminho pelo
didos, cada qual (heróico e místico) em 4
qual também se poderia estabelecer a cura. Por
gradientes (3,5-6):
meio do entendimento da relação das emoções
• super heróico - hipervaloriza o comba- humanas com a energia das flores, estabele-
te onde o monstro é hiperbólico e os demais ceu o que chamou de um “novo sistema de
elementos são esquecidos; heróico integra- cura”, onde aqueles que não são médicos e
do - todos os elementos concorrem para com- nem mesmo enfermeiros, poderiam cuidar de
por o cenário do combate; heróico impuro - seus semelhantes, exercendo prática simples,
heterogeneidade onde um grupo de elemen- por meio do uso das essências florais.
tos fica como que justaposto, como “corpo
Observando as flores e os estímulos que
estranho” evocando o universo místico, po-
desencadeavam em si mesmo, colocou flores
rém sem integração; heróico descontraído ou
em recipiente com água e as expôs ao sol.
atenuado - combate poten-cializado, o herói
Numa manhã de maio veio a grande inspira-
é um herói e o monstro é um monstro; a ação
ção; sol intenso e nos cálices das flores go-
é protelada e o território dividido, cada qual
tas brilhando como diamantes: o orvalho.
movendo-se na sua esfera privada.
Concluiu que os raios de sol transferiam o
• super místico - há escotomização do potencial das flores para a água, assim como
monstro e ou da espada, que desaparecem; fora no orvalho. Esse procedimento incluía
místico integrado - monstro e espada são os 4 elementos, a terra que sustenta a planta,
eufemizados pela disfuncionalização ou o ar que nutre, o fogo que transfere força, e a
emblematização; místico impuro - monstro e
espada disfuncionalizados, figuração arbitrá-
ria criando um “corpo estranho” heróico no
água que absorve os poderes curativos e os
armazena. Dr Bach descobriu assim, como
transmitir as forças do macrocosmo para o
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cenário místico; místico lúdico - monstro e microcosmo, das flores para a água(7). 2004; 38(4):386-95.
Caminhando e observando optou por ela- com compaixão, fluindo com tolerância pelo
Olympia Maria P. Gimenes
Maria Júlia Paes da Silva borar os “remédios” com flores frescas, co- “caminho do meio”: Chicory, Vervain, Vine,
Maria Antonieta Benko lhidas no auge da florada, se possível próxi- Beech e Rock Water (sendo esta última a úni-
mo do dia de São João, quando o sol alcança ca essência feita sem infusão de flor, apenas
toda sua força (para o hemisfério norte). Bach com água potencializada).
foi além, tomou gotas de orvalho, colocou
flores na água e expôs ao sol, viveu as desco- Considerava como doença real e básica
bertas em seu próprio corpo experimentando do homem certos defeitos: orgulho, cruelda-
sintomas emocionais e físicos. Descobriu que de, ódio, egoísmo, ignorância, instabilidade e
tomando a essência da flor os sintomas dimi- a ambição, todos contrários à unidade.
nuíam e que a mesma essência também de- Considerava o orgulho ou arrogância
sencadeava alívio em padrões similares de como a incapacidade de reconhecer a peque-
seus pacientes. Dizia para não nos fixarmos nez da personalidade humana e sua absoluta
na doença, mas para lançarmos um olhar cui- dependência da Alma, e como doença, mani-
dadoso em “como o paciente vê a vida”(7). festando-se pela rigidez. A crueldade uma
Dr. Bach, entre 1930 e 1936, preparou e negação de que tudo está interligado, sendo
classificou, 38 essências, dividindo-as em sete a dor, o resultado deste defeito. O ódio é con-
grupos de atuação, a saber(8): trário ao Amor, portanto o reverso à lei da
Criação, trazendo as conseqüências do isola-
• Para os que sentem medo - flores que tra- mento e perturbações mentais. Assim, quan-
zem encorajamento para realizar desde as do há crueldade, é preciso desenvolver a com-
ações mais simples do cotidiano e até os paixão, buscando no outro e em si mesmo o
enfrentamentos mais desafiantes: Rock Rose, bem, que existe em todos nós; o egoísmo é
Mimulus, Cherry Plum, Aspen, Red Chestnut; também a negação da Unidade, colocando
interesses pessoais acima do bem estar da
• Para os que sofrem de indecisão – flores humanidade e conduzindo à intros-pecção e
que trazem assertividade, clareza de propósi- neurastenia. A cura se dá ao abrir-se para os
to, vigor, esperança, otimismo e fé: Cerato, outros, dirigindo para fora o carinho e a aten-
Scleranthus, Gentian, Gorse, Hornbeam, Wild ção que devotamos a nós mesmos; a igno-
Oat; rância é o fracasso em aprender, é a recusa
em ver a verdade. Na persistência deste de-
• Falta de interesse pelas circunstâncias feito há dificuldades de viver o cotidiano. A
atuais – flores que trazem presença desperta instabilidade, a indecisão, e a falta de deter-
e focada no momento presente, vivificada pela minação ocorrem quando a personalidade se
alegria: Clematis, Honeysuckle, Wild Rose, recusa a ser conduzida por sua própria Alma,
Olive, White Chestnut, Mustard, Chestnut resultando em disfunções que afetam o mo-
Bud; vimento e a coordenação motora. É necessá-
• Para a solidão – flores que ensinam a rio desenvolver a autodeterminação, fortale-
compartilhar os próprios dons, modulando os cendo a mente e a ação. A ambição conduz
ao desejo de poder, sendo assim, uma nega-
ritmos pessoais, favorecendo os relaciona-
ção à liberdade e à individualidade. A perso-
mentos: Water Violet, Impatiens, Heather;
nalidade ambiciosa dita ordens conforme sua
• Para os que têm sensibilidade excessiva às vontade e comanda desconsiderando o ou-
influências e opiniões – flores que nos aju- tro, tendo a aprender que cada um nada mais
dam a fazer transições, atuar com transparên- deve fazer além de encorajar o próximo, aju-
cia e seguir livre de influências limitadoras: dar a ter esperança, a ampliar conhecimentos
Agrimony, Centaury, Walnut, Holly; e repartir experiências(8).
• Para o desalento e o desespero - flores que Nas últimas décadas, usuários de essên-
nos ajudam a estabelecer vínculos por meio cias florais do Dr. Bach sentiram-se impulsio-
da profunda coragem da aceitação do outro e nados a extrair diferentes essências de flores,
de nós mesmos: Larch, Pine, Elm, Sweet o que resultou em termos à disposição novos
sistemas de essências florais. Os conteúdos
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Chestnut, Star of Bethlehem, Willow, Oak,
Crab Apple; descrevendo a ação das mesmas foram sur-
gindo, foram aprimorados e, finalmente,
Rev Esc Enferm USP • Excessiva preocupação com o bem-estar publicados. Essas publicações contêm os
2004; 38(4): 386-95. dos outros - flores que nos ajudam a amar repertórios de uso e indicação das essências
extraídas por esses autores. São verdadeiros O diagnóstico estabelecido utilizando a
Essências florais:
manuais de orientação e sugestões para os escolha das essências florais pela sensibili- intervenção vibracional
terapeutas florais utilizarem em sua prática. dade direta pelas pontas dos dedos, tem o de possibilidades
diagnósticas e
Os outros repertórios escolhidos como refe- tom característico da qualidade curadora das terapêuticas
rência para este trabalho, e também seus cor- essências que compõem a formulação. Por
respondentes sistemas de essências florais, meio de
seguem a mesma compreensão de Bach so-
um nível profundo e não-verbal de cons-
bre o uso das mesmas, e são:
ciência, os métodos vibracionais podem
• Florais da Inglaterra, essências extraí- sugerir questões e essências que estão
das por Julian Barnard, Healing Herbs®, com ocultas à percepção racional; ou talvez,
eles ajudem a refinar a escolha das es-
a estrutura da alma humana representada nas
sências após a entrevista inicial ou ses-
essências de Dr. Edward Bach(9).
são inicial de aconselhamento (9).
• Florais da California, essências extra- Sendo a terapia floral parte dos tratamen-
ídas por Patrícia Kaminski e Richard Katz,
tos vibracionais que conduzem o homem a
Flower Essence Society®, com a solar men-
um processo de integração entre todas as suas
sagem das flores nativas iluminando estados
potencialidades e faculdades, achamos sig-
da alma do homem contemporâneo(9).
nificativo revelar sua ação pautada nas evi-
• Florais do Alasca, essências extraídas dências científicas, como neste caso, o teste
por Steve Johnson, Alaska Project®, trazen- arquetípico de nove elementos AT.9, buscan-
do a força de uma natureza intocada, que se do encontrar uma voz de expressão para pen-
revela com essências sutis, de aceleração e samentos e fenômenos desconhecidos pela
freqüência altamente revitalizadora(10). restrição da palavra, evidenciando, ainda,
componentes desconsiderados ao pensamen-
• Florais da Austrália, essências extraí- to constituído.
das por Ian White, Australian Bush®, tra-
zendo o vigor da tradição e do conhecimento Assim, o objetivo deste estudo foi conhe-
aborígene(11). cer a eventual ação diagnóstica e terapêutica
das essências florais à luz da Antropologia
• Florais da Austrália, essências extraí- do Imaginário de Gilbert Durand.
das por Vasudeva Barnao e Kadanbii
Barnao, Living Essences®, explorando a TRAJETÓRIA METODOLÓGICA
possibilidade de interagir com a vida rom-
pendo limitações(12).
Trata-se de um estudo prospectivo, que
A Terapia Floral é parte de um campo emer- utilizou como instrumento de levantamento
gente de tratamentos e modalidades terapêu- de dados, o teste de Yves Durand e a formu-
ticas, de características não invasivas, consi- lação de essências florais. Foi realizado num
derada importante alavanca de cura, que am- consultório particular, na cidade de São Pau-
plia o universo de ações dos profissionais da lo (SP) e a população foi constituída por 30
saúde(1). Cuidar, e o enfermeiro é um cuidador sujeitos, de ambos os sexos, com idade supe-
por excelência, com o uso das essências flo- rior a dezoito anos, que se tratavam com as
rais, é ir além de sintomas e queixas, é sobre- essências florais e aceitaram participar do
tudo, observar e compreender a criatura hu- estudo, recrutados também em outras insti-
mana em sua maravilhosa complexidade. tuições de saúde da cidade de São Paulo.
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É importante notar que houve significati-
va redução dos indivíduos com protocolos
desestruturados, do 1º para o 2º AT.9, de-
desenhos, a diminuição do universo de an-
gústia, a melhora da capacidade semântica e
a inserção contextualizada de conteúdos num
2004; 38(4): 386-95. monstrando pela estruturação de textos e modelo tempo/espaço.
Os deslocamentos, ou seja, a mudan- micro universos míticos, dos 30 sujeitos,
Essências florais:
ça de gradiente verificada pela análise em seus simbolismos heróicos, místicos intervenção vibracional
dos testes AT.9 da 1ª para a 2ª aplica- e sintéticos, estão representados no de possibilidades
diagnósticas e
ção, conforme as estruturações dos Quadro 2. terapêuticas
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dade curadora das essências florais indicadas.
REFERÊNCIAS
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Trad. de Hélder Godinho. 2ª ed. São Paulo:
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organizacional um estudo sócio-antropológi-
co no universo de uma organização educativa.
[tese] São Paulo (SP): Faculdade de Educação
da USP; 1993.
Correspondência para:
Olympia Maria P. Gimenes
R. Raul Pompéia, 726
Ap. 163 - Pompéia -
São Paulo
CEP - 05025-010 - SP
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2004; 38(4):386-95.