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PROPOSTA I
GEÓGRAFO
VARGINHA – MG
2.013
2
SUMÁRIO:
Página
Introdução ..................................................................................................03
O PDA Mio p550 apresenta algumas vantagens para aplicações GIS na área ambiental. Tem o
preço mais acessível em relação à maioria dos receptores da mesma categoria; sua precisão
autônoma fica acima de 10 metros e a pós-processada a partir 3 metros. É compatível com
dois softwares gratuitos para Sistemas de Informações Geográficas.
Um receptor para navegação esportiva de baixa precisão com cabo de transferência de dados
para o computador de mesa é sempre útil. É empregado na rápida coleta de pontos de forma
que sejam planejadas sobre imagem de satélite (Base de Imagens do Google Earth) a
regularização ambiental da área em estudo (Um usadinho da Garmin ou Magellan, compatíveis
com a interface do GPSTM PRO).
Em um futuro próximo a Correção Diferencial DGPS vai ficar muito mais facilitada para os
levantamentos de precisão milimétrica. No entanto continuará sendo necessária para
sincronização dos sinais das diversas constelações que compõem o Global Navigation
Satellite Systems .
2 - PRINCIPAIS FONTES DE ERROS NAS LEITURAS AUTÔNOMAS
Observou-se que a utilização simultânea de dois receptores (o Base fixo como referência e o
Rover móvel para levantamento de dados), rastreando os mesmo satélites, elimina quase
todos os erros das leituras, até mesmo o que restou da disponibilidade seletiva. Só não elimina
os erros de operação.
A correção diferencial de dados pode ser feita em tempo real, quando se dispõe de um
receptor de Base, em posição fixa nas proximidades do levantamento. Para tanto se torna
necessário a utilização de dois receptores de boa precisão ou a utilização de dispositivos
receptores dos sinais de rádio das estações de monitoramento de contínuo de satélites.
Pode ser conduzida por pós-processamento no escritório. Neste caso, no lugar do receptor
de Base são utilizadas as estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC).
Assim a estação considerada colhe dados de grande precisão, no mesmo instante em que o
receptor do usuário colhe os seus. O usuário envia os seus dados para a estação considerada,
via Internet, para o processamento. A RBMC está dotada de estações particulares (Santiago &
Cyntra) e públicas, administradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Não perdendo de vista os objetivos desta proposta, vamos considerar aqui apenas a condição
que pode estar mais acessível para quem trabalha no levantamento de dados para a
Regularização Ambiental: a correção diferencial por pós-processamento.
Uma operação descuidada compromete todo um projeto, pois os erros do operador não são
compensados por nenhuma modalidade de correção diferencial. Neste sentido passamos a
enfatizar alguns cuidados imprescindíveis a cada passo da operação.
A geometria de satélites é o primeiro fator de observação que evita erros de operação. Ela é
designada pela Dilution of Precision (DOP) que corresponde a um poliedro invertido, cujas
arestas são as linhas das direções de propagação dos sinais sobre o receptor considerado.
A POD assume diversas componentes de posição e tempo, mas para quem opera handhelds
vai ser considerada apenas a Positional Dilution of Precision (PDOP) que afeta a precisão nas
três dimensões e é parâmetro de configuração. É através deste parâmetro que os handhelds
podem ter os seus filtros aplicados de forma que sejam consideradas as melhores geometrias
e que se possa fazer o planejamento (Plan) das missões. Este planejamento indica as faixas
de horários mais favoráveis para os levantamentos.
A PDOP pode ser teoricamente expressa por valores numéricos de 0 a 10. Significa que se os
satélites estivessem no horizonte possível 0 a geometria seria nula e se posicionados na
posição zenital 10, a geometria seria total. Os valores mais baixos correspondem às
geometrias mais indicadas, mas nos handhelds estão limitados ao PDOP < 6 e quando os
satélites estão em alturas acima 15°, em relação ao ponto estação do receptor.
Tais restrições de limites de altura no horizonte se devem ao fato de que quanto mais distantes
na sua trajetória orbital os satélites estiverem do ponto estação do receptor, mais distorções
existirão nos dados colhidos. Nestas condições ficam aumentadas as refrações na
transposição dos sinais através Ionosfera e Troposfera.
É preciso entender o mapa do céu no receptor (skyplot) para que sejam aplicados os filtros que
reconhecem as geometrias favoráveis dos satélites:
Má Boa
As distorções provocadas pelo mau posicionamento do receptor são por vezes confundidas
com a PDOP, pois estão relacionadas com a maneira pela qual as linhas de propagação dos
sinais dos satélites chegam até ao receptor. Elas aparecem pelo “efeito de sombra”, quando
acontecem interrupções dos sinais pela existência de algum obstáculo físico; também
aparecem pelo multicaminhamento (Multipath) quando existe a reflexão deles em elementos da
superfície terrestre. Na primeira situação é fácil eliminá-las pela escolha de um posicionamento
mais adequado. No multicaminhamento nem sempre, uma vez que os sinais são refletidos em
edificações, lâminas de água e até mesmo no próprio solo.
Os cuidados a serem observados para o planejamento das missões podem ser compreendidos
da seguinte forma:
Escolher pontos de fácil acesso e que evitem a retirada da cobertura vegetal para a colocação
de piquetes ou marcos de vértices;
Escolher dias com céu aberto para as coletas, evitando principalmente as nuvens escuras e
espessas em forma de cúpulas, características de temporais de verão.
Quanto ao receptor:
Utilizar a função PLAN. É através desta função que fica possível planejar as missões para as
faixas de horários mais favoráveis:
Façamos uma experiência para conhecermos a natureza das medidas autônomas: Vamos até
um marco de coordenadas conhecidas e sobre ele registremos as coordenadas lidas,
observando um tempo de aquisição de quinze minutos para cada ponto, no decorrer de 24
horas. Utilizaríamos para isto um receptor autônomo de precisão de 4 a 10 metros (sem pós-
processamento).
Observando a natureza imprevisível das medidas autônomas (brutas) é que teremos a certeza
da necessidade de aprimorarmos a operação cuidadosa.
4.4.1 – AQUISIÇÃO DOS DADOS
Estes tipos antenas foram desenvolvidos para que os handhelds pudessem ser empregados na
navegação, estando dentro de veículos. Existe nestas antenas um imã na base para que elas
possam ser afixadas pelo lado de fora dos veículos. Aqui definimos para elas a função de
centralizar recepção de sinais em cima de cada piquete ou marco que define a locação da área
considerada.
O contêiner da antena pode ser desenvolvido da seguinte forma: escolher uma embalagem
circular em plástico branco, cujos rótulos estampados devem ser removidos com solventes de
tintas; utilizar uma tampa do mesmo material para evitar o aquecimento pela incidência de raios
solares (quando em veículos, estas antenas têm um arrefecimento natural, pelo movimento do
ar na lataria). Esta tampa não pode ser pintada.
O fundo deste contêiner deve ser revestido internamente em papel alumínio com a face
brilhosa voltada para baixo, de forma que sejam diminuídos os efeitos do multicaminhamento
(Multipath) vindo do terreno nas proximidades. No centro deste fundo deve ser adaptada uma
conexão branca de PVC para que o conjunto possa ser afixado na haste. No topo desta
conexão será colada internamente uma chapa de metal circular, paralela com o fundo do
contêiner, onde ficará afixado o imã da antena.
Finalmente será feito um orifício no fundo, do mesmo diâmetro do cabo coaxial. Vide ilustração:
A altura da antena deve ser exata (Recomenda-se 2m), pois será configurada no receptor. As
demais dimensões não são críticas para a qualidade do levantamento. Assim a aparência do
dispositivo tem a ver com a criatividade de cada um, mas sem exageros na amplitude da
qualidade.
O GPS Pathfinder Office é a única opção para registro direto do levantamento para os
receptores da Trimble, visto que os arquivos gerados por eles estão na extensão SSF não são
compatíveis com nenhum outro software para o desenho de mapas.
Uma alternativa para esta condição é o registro indireto do levantamento. Torna-se necessário
um retrocesso nos procedimentos de campo ao ressuscitarmos a velha caderneta de registro
manual. Mas conforme já visto, o tempo de aquisição de pontos é relativamente longo quando
falamos de rotinas apenas para a plotagem se pontos mais precisos. Alguns poucos segundos
adicionais para o registro manual das leituras com certeza não representam uma perda de
tempo importante.
NOTA 4:
COORDENADAS
PONTO Nº DATA / HORA
LATITUDE LONGITUDE ALTITUDE (m)
O GPSTM PRO pode ainda ser útil para captar e calibrar a imagem de satélite (Base
Google Earth) da área estudada, de forma a possibilitar o planejamento da missão:
Captação da imagem:
O programa Google Earth deve estar instalado no computador de mesa;
Abrir no GPSTM PRO o arquivo dos pontos que foram transferidos pela tabela do
programa (pontos coletados por handheld mais preciso);
Selecionar os dois pontos mais distantes entre si;
Clicar no ícone do Google Earth, fazendo com que o programa realize um zoom
automático até a área em estudo;
Anotar em papel rascunho as coordenadas de cada marcador, verificadas nas
propriedades da caixa de diálogo aberta ao clicar com o lado direito do mouse sobre
cada “alfinete”;
Observar e guardar a referência visual no terreno, apontada por cada “alfinete”;
Apagar cada marcador e capturar a imagem, acionando a tecla <Print Screen>;
Abrir o Photo Editor ou Picture Maneger da Microsoft (Office) e colar a imagem
capturada, como nova imagem;
Editar a imagem eliminando excessos e as bordas do GPSTM PRO e salvá-la com o
nome do projeto;
Fechar o Google Earth e o GPSTM PRO;
Calibração da imagem:
Abrir o GPSTM PRO e a imagem a ser calibrada com o nome do projeto. Acionar
uma vez a ferramenta lupa zoom mais para a imagem ocupar a tela do programa;
Verificar em “Ferramentas > Opções > Coordenadas” se a unidade é o GG mm ss;
Com a ferramenta de calibração (a oitava de baixo, da direita para a esquerda)
clicar o cruzamento dos retículos sobre cada posição verificada e anotada nas
propriedades de cada “alfinete”, quando da captação da imagem;
Digitar na caixa de diálogo de cada posição as coordenadas anotadas para cada
posição. A imagem estará assim calibrada.
A viabilidade técnica do método se esbarra na volatilidade dos dados, própria da dinâmica das
constelações de satélites. Assim estamos estudando agora qual o prazo útil entre o pós-
pocessamento da aferição e o pós-processamento dos dados do levantamento.
Bem sabemos que se trata de proposta com viabilidade técnica muito difícil, mas os benefícios
poderiam ser também muito relevantes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LEGISLAÇÃO: