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Reações Químicas
Aspectos Qualitativos
Neilton Santana
Marcos Portnoi
Engenharia Elétrica - UNIFACS
10.Abril.1999
Objetivos
Introdução
A definição de cada tipo será feita durante a discussão dos experimentos que a
exemplificarem.
Parte Experimental
Material Utilizado
Procedimento e Observação
Colocou-se uma quantidade de enxofre em um tubo de ensaio. Levou-se este tubo com
auxílio da pinça à chama do bico de Bunsen. Ao se aquecer, o enxofre mudou de
coloração, ficando mais escuro, ao mesmo tempo em que se liqüefazia. Após pouco
tempo, houve desprendimento de vapor, certamente o gás de enxofre. O aquecimento
foi interrompido após a liquefação e desprendimento do gás.
Discussão
Esta é uma reação de síntese, quando duas ou mais substâncias reagem, produzindo
uma única substância mais complexa. Aqui, o enxofre aquecido reagiu com o oxigênio
do ar, produzindo dióxido de enxofre, ou anidrido sulfuroso.
Material Utilizado
Pinça de metal e de madeira, tubo de ensaio, bico de Bunsen, béquer, pipeta e pêra,
almofariz e pistilo, fita de magnésio (Mg) e sulfato de cobre pentaidratado (CuSO4 .
5H2O).
Procedimento e Observação
Discussão
Mg + O2 2MgO
Material Utilizado
Béquer, tubo de ensaio, pipeta e pêra, vidro de relógio, pinças, bico de Bunsen, bastão
de vidro, termômetro. As diversas substâncias serão relacionadas em cada
experimento. Estes experimentos e sua discussão serão separados em blocos
individuais.
Discussão (a)
Ao se juntar o AgNO3 e o NaCl, houve uma reação produzindo cloreto de prata e nitrato
de sódio. A equação abaixo ilustra isso:
Os sais nitrato de prata e cloreto de sódio estão presentes no tubo de ensaio como íons
de seus elementos combinados, ou seja, Ag+, NO3-, Na+ e Cl-. Ao se juntarem os dois
sais, os íons Ag+ e Cl- se combinam, formando uma molécula do sal cloreto de prata,
que, sendo sólido, precipita-se para o fundo do tubo de ensaio. Isto é uma reação de
precipitação. Os íons Na+ e NO3- permanecem em suspensão aquosa no tubo,
combinados no sal nitrato de sódio.
Verifica-se que houve duas trocas de elementos nesta reação. O íon Ag+ foi deslocado
do nitrato de prata e combinou-se com o íon Cl-, que por sua vez foi deslocado do
cloreto de sódio. Os íons que sobraram formaram o nitrato de sódio. Assim, os dois
compostos reagentes permutaram entre si seus radicais, criando dois novos
compostos. Isso é uma reação de dupla troca.
Permanecendo ainda o NaNO3 na solução. Como todos esses compostos são solúveis,
não se observaria nenhum precipitado, o que de fato ocorreu.
Discussão (b)
O magnésio reage com o ácido clorídrico, "cedendo" seus elétrons para o cloro. Forma-
se assim o cloreto de magnésio. O hidrogênio livre do ácido combina-se na molécula de
gás hidrogênio, saindo para fora do tubo. Tem-se então aqui o magnésio deslocando o
hidrogênio do ácido, formando dele uma outra substância simples, o gás hidrogênio.
Esta reação recebe o nome de reação de deslocamento ou simples troca, pois uma
substância simples reage com uma substância composta, "deslocando" desta uma nova
substância simples.
Mistura-se agora, num tubo de ensaio, 2 ml de solução de nitrato de prata com duas
gotas de ácido clorídrico 0,1 mol/litro. Observa-se a formação de um líquido leitoso,
agitando-se o tubo. Ao se deixar o tubo de ensaio em repouso por algum tempo após a
agitação, notou-se a formação nas paredes do tubo de um precipitado branco, e algum
dele no fundo do tubo. Não houve a formação de uma mistura com duas fases bem
definidas, talvez devido a falta de tempo para que o sólido se precipitasse
completamente, mas sem dúvida notou-se a presença de um sólido após a reação.
Discussão (c)
Discussão (d)
Em tese, estando o zinco à frente do cobre na fila de reatividade de metais, o zinco tem
maior tendência de ceder elétrons que o cobre, ou seja, o zinco reduz o cobre. O cobre
então é deslocado para fora do sal, ficando na forma de cobre metálico de nox zero
(tinha nox +2 quando no sal), enquanto o zinco liga-se ao ânion sulfato, formando o
sulfato de zinco. Esta é mais uma reação de deslocamento.
Finalmente agitou-se o tubo de ensaio, fazendo com que esses filamentos se soltassem
do pedaço de cobre, tornando mais clara sua coloração prateada. O líquido também
tendeu a ficar levemente azulado.
Discussão (e)
2AgNO3 + Cu Cu(NO3)2 + Ag
Discussão (f)
Apesar de que a teoria indica que o alumínio reagiria com o ácido clorídrico, pois está o
alumínio à frente do hidrogênio na lista de reatividade de metais, isso não se confirmou
durante o tempo desse experimento. Dessa reação obter-se-ia cloreto de alumínio e
gás hidrogênio.
Discussão (g)
Temperatura
Concentração Temperatura
Reagente da Mistura
(mol/litro) Inicial (0C)
(oC)
NaOH 0,1 25
25
HCl 0,1 25
NaOH 6 25
45
HCl 6 25
Temos aqui que a primeira mistura não produziu nenhuma alteração de temperatura
observável, enquanto que a segunda mistura, com os reagentes em maior
concentração, produziu um aquecimento, ou seja, liberação de calor.
Esse comportamento ilustra uma reação exotérmica, que é uma reação onde há
liberação ou produção de calor. Isso ocorre porque a energia dos reagentes, ou seja, a
energia de ligação entre os átomos dos reagentes é maior que a energia de ligação
entre os átomos dos produtos formados. Essa "sobra" de energia é liberada para o meio
sob forma de calor.
O inverso é factível, ou seja, uma reação onde a energia interna dos reagentes é menor
que a dos produtos, resultando numa "falta" de energia, que tem de ser fornecida aos
reagentes de forma que se processe a reação. Assim, essa reação absorve calor,
levando o nome de reação endotérmica.
Fosse a reação acima uma reação endotérmica, e havendo calor suficiente para reagir
ao menos alguma quantidade dos reagentes, notar-se-ia uma diminuição da
temperatura da mistura. Ao toque dos dedos, o tubo de ensaio ficaria "frio".
Nota: Em tese, a primeira mistura deveria também haver produzido alguma alteração
de calor, menor que a segunda, tendo em vista a menor concentração dos reagentes.
Isso não se observou, porém.
Discussão (h)
O sulfato ferroso tem uma coloração verde pálida. O permanganato de potássio tem cor
violeta-vermelha profunda. Ao se adicionar o permanganato ao sulfato, esta solução de
sulfato torna-se gradativamente marrom-alaranjada. A cada gota aplicada, o vermelho
do permanganato some, dando lugar ao marrom-laranja já existente no tubo. Após
aproximadamente 7 gotas, o permanganato não mais muda de cor ao cair no líquido, e
cada gota excedente começa a colorir a solução no tubo de vermelho-violeta.
Discussão (i)
Note-se acima a formação de três sais diferentes, e que o número de oxidação (nox) do
manganês e do ferro mudam.
Aqui, os íons permanganato agiram como oxidantes (pois receberam elétrons) e os íons
ferrosos agiram como redutores (pois doaram elétrons, ou seja, reduziram os íons
permanganato). Este é um exemplo de reação de oxi-redução ou redox.
Colocou-se uma solução de KI a 0,25% (2ml) num tubo de ensaio. Igual volume de
solução de nitrato plumboso Pb(NO3)2 foi posteriormente misturado.
Com a mistura, formou-se uma solução de cor amarela. Ao aquecer o tubo na chama
do bico de Bunsen, a cor amarela foi gradativamente sumindo, até que próximo à
ebulição, esta sumiu quase que completamente, tornando a solução incolor. Uma
pequena parte de água evaporou. O aquecimento foi interrompido imediatamente após
a ebulição.
Discussão (j)
Uma reação de dupla troca, formando como produtos o iodeto de chumbo ou plumboso
e o nitrato de potássio. A coloração amarela é típica do chumbo no meio aquoso.
Assim, a cor amarela logo após a mistura indica uma baixa solubilidade do iodeto
plumboso na solução final, existindo assim mais partículas sólidas deste sal em
suspensão ou em precipitado.
Com o aquecimento, a solubilidade do PbI2 aumenta (um sal torna-se mais solúvel em
temperatura mais alta), então mais precipitado se solubiliza, diminuindo a cor amarela.
Chega-se a uma temperatura em que todo o iodeto se solubiliza, resultando no aspecto
incolor da solução no tubo de ensaio.
Conclusão
Adquiriu-se assim um treino valioso para análise qualitativa de uma reação, buscando
os indícios que ilustram as reações envolvidas, e fixou-se com a observação prática
vários conceitos sobre reações.
Bibliografia
Feltre, Ricardo. (1990). Fundamentos da Química; vol. Único, 1. Edição; Ed. Moderna
Ltda., São Paulo.
Russel, John Blair. (1994) Química Geral; vol. I, 2. Edição; Makron Books, São Paulo.
Brady, James E. - Humiston, Gerard E. (1996). Química Geral; vol. II, 2. Edição; Ed.
Moderna Ltda., São Paulo.
Se o precipitado de cloreto de prata for exposto à luz por um longo período, aos poucos o
material que antes era branco vai adquirindo coloração escura pela decomposição do AgCl, que
gera prata metálica (escura) e cloro. Este era um dos princípios utilizados em antigos processos
de revelação fotográfica (não digital).
A precipitação ocorre facilmente porque o AgCl tem uma solubilidade de apenas 1,9mg para cada
litro de água.
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Publicado: 10 de julho de 2014