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UNIVERSIDADE PARANAENSE –

UNIPAR
Reconhecida pela Portaria – MEC. n.º 1580, de 09/11/1993, publicada no D.O.U. de 10/11/1993
Mantenedora: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA – APEC.

Unidades:
Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão
Registro Acadêmico: Nome do(a) Acadêmico(a):
00188294 EDUARDA SOARES MARQUES

NOTA DA ATIVIDADE
Atividade Avaliativa

Remota Extraordinária
ATIVIDADE
COMPLEMENTAR
MÉDIA
BIMESTRAL

CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL III

SÉRIE: 5ª 1º SEMESTRE 1º BIM Ano Letivo: 2020

PROFESSOR(A): Sergio Ricardo Tinoco

______________________________________
Data da realização Assinatura do(a) Professor(a)
da Prova.
13/05/2020
ATENÇÃO !
1) Favor preencher todos os campos acima, a fim de facilitar a identificação, em uma possível “Revisão de
Prova”.
2) A “Nota Bimestral” deverá ser registrada no Sistema Informatizado de Lançamento e Alteração de Notas e
Frequência – SINF no item: Diário de Classe.

COMUNICADOS IMPORTANTES PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE


► NAS QUESTÕES DISSERTATIVAS O ALUNO DEVERÁ SER CLARO E PRECISO, DEVENDO OBERVAR O
SOLITIADO EM CADA QUESTÃO A TEOR DA FUNDAMENTAÇÃO.
► RESPONDER A PROVA DE MANEIRA DIGITADA, OBSERVANDO O NUMERO MAXIMO DE (06) SEIS LINHAS PARA
RESPONDER CADA QUESTÃO.
► QUANDO UTILIZADO DOUTRINA, JURISPRUDENCIA OU QUALQUER OUTRA FUNDAMENTAÇÃO E
OBRIGATÓRIA A INDICAÇÃO DA FONTE.
► NÃO SERÁ CONSIDERADA/AVALIADA QUESTÃO QUE CONTENHA PLAGIO.
► AS RESPOSTAS DEVERÃO SER NO PRÓPRIO CADERNO DE QUESTÕES.

QUESTÕES

1) DANIELLE propôs uma ação de indenização contra BASLUTE VEÍCULOS – CASCAVEL e


CASCAVEL SEGUROS S/A. Alega que:
a) é proprietária do veículo RENAULT/LOGAN, de cor prata, ano 2014/2015, de placas ANA 2020 e que
referido automóvel no dia 03/09/2016, por volta das 11:00horas, envolveu-se em um acidente de
transito;
b) que o veículo era segurado pela segura ré;
c) que no mesmo dia do acidente, o automóvel foi levado à concessionária (1ª ré), para os reparos
necessários, tendo naquela ocasião sido afiançado pela primeira ré que o conserto seria realizado no
prazo máximo (30) trinta dias;

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d) que muito embora a segunda ré tenha autorizado/liberado a execução do serviço, a primeira ré


acabou não entregando o veículo no prazo previamente estabelecido, vindo a entregar o automóvel
somente no dia 20 de novembro;
e) que além de entregar o veículo muito tempo depois do prazo ajustado, o automóvel encontrava-se
com vários problemas mecânicos, o que levou a autora a retornar com o carro para a agência, todavia
esta acabou não resolvendo os problemas o que obrigou a mesma a procurar outra oficina mecânica:
f) que em razão de todos estes fatos sofreu prejuízo material na ordem de R$1.342,78 (hum mil,
trezentos e quarenta e dois reais e setenta e oito centavos), com transporte de VAN e UBER e mais
R$330,00 (trezentos e trinta reais) pelos reparos no veículo;
g) que além do dano material teria sofrido também dano moral, pelos transtornos e aborrecimentos
causados.
A primeira ré BASLUTE VEÍCULOS LTDA, ofereceu contestação à lide, arguindo basicamente o
seguinte:
a) que não teria sido estabelecido pela agência prazo para a entrega do veículo;
b) que tão logo o serviço foi autorizado pela seguradora e solicitado as peças foi dado andamento aos
trabalhos;
c) que a autora acompanhou passo a passo a realização dos reparos;
e) que o prazo de entrega teria sido fixado em 60 dias;
f) que nenhum problema mecânico foi realizado por ela;
g) que os danos alegados pela autora não podem ser creditados a ela, pois não deu causa;
h) que inexiste dano moral a ser indenizado. Pede ao final a improcedência da ação.
Já a segunda ré CASCAVEL SEGUROS, contestando o feito, alegou em síntese o seguinte:
a) que a autora já recebeu a indenização devida, relativamente ao conserto do veículo segurado,
conforme pagamento realizado diretamente à oficina, no valor de 12.397,75 (doze mil trezentos e
noventa e sete reais e setenta e cinco centavos), tendo sido liberados os reparos pela seguradora em
14/09/2018;
b) ausência de responsabilidade e/ou ausência de ato ilícito por parte da seguradora;
c) que durante toda a execução dos serviços a seguradora também esteve em contato com a oficina
acompanhando todo o trabalho que vinha sendo realizado, inclusive, em contato com a Autora, o que
demonstra a preocupação da Seguradora com a finalização do conserto realizado, bem como
cientificando o segurado acerca dos procedimentos necessários para que este pudesse finalmente
receber o automóvel devidamente reparado;
d) culpa exclusiva de terceiro, neste caso da primeira ré que teria demorado na entrega do veículo;
e) que o atraso na entrega do automóvel deu-se em virtude da “ausência de peças no mercado”.

Por fim, impugna os danos materiais e morais e pede a improcedência da ação. Diante da problemática
acima responda aos seguintes questionamentos:

a) A segunda ré, seguradora CASCAVEL SEGUROS, seria ou não parte legítima para responder aos
termos da referida ação? Porque? Fundamente.
b) existe relação de consumo neste caso? Em caso positivo, quais os dispositivos do DC seriam
aplicados à espécie?

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c) Teria a autora direito em receber pela indenização pela demora na entrega do veículo? Em caso
positivo, qual o fundamento jurídico?
d) Teria direito a autora a receber lucros cessantes postulados? Fundamente.
e) Estaria demonstrado o dano, culpa e nexo causal neste caso, ensejadores da responsabilidade civil?
Fundamente.

2) JOSE promoveu uma ação de reparação de danos contra MARCOS, eis que seu Pai MATEUS foi
violentamente atropelado e morto na BR-277, que liga Cascavel a Foz do Iguaçu. O veículo dirigido por
MARCOS era de propriedade da empresa BOM SUCESSO S/A. Marcos acabou sendo processado
perante a Vara Criminal de Medianeira, tendo sido condenado a (6) seis anos de prisão, em regime
semiaberto. De posse da sentença criminal JOSE ajuizou a ação tão somente contra a empresa BOM
SUCESSO S/A. Diante da problemática acima, responda aos seguintes questionamentos, de forma
fundamentada:
a) JOSE terá que comprovar a culpa da empresa para receber a indenização? Porque?
b) Que tipo de indenizações Jose teria direito?
c) A decisão tomada pelo juiz da vara criminal, faz coisa julgada no civil? Em caso positivo, não poderia
JOSE promover uma execução de titulo judicial? Porque?

3) Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo
para fins de educação, são responsáveis pela reparação civil de seus hóspedes, moradores e
educandos, porque? Fundamente.

4) O motorista de um automóvel de passeio trafegava na contra-mão de direção de uma avenida


quando colidiu com uma ambulância estadual que transitava na mão regular da via, em alta velocidade
porque acionada a atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do acidente deve ser imputada a
quem? Porque? Qual o fundamento jurídico?

5) Marcos estacionou seu automóvel diante de um prédio de apartamentos. Pouco depois, um vaso de
plantas caiu da janela de uma das unidades e atingiu o veículo, danificando o para-brisa e parte da
lataria. Não foi possível identificar de qual das unidades caiu o objeto. O automóvel era importado, de
modo que seu reparo foi custoso e demorou cerca de dez meses. Dois anos e meio depois da saída do
automóvel da oficina, Marcos ajuíza ação indenizatória em face do condomínio do edifício. De acordo
com o caso acima narrado, responda fundamentadamente às questões a seguir.
a) Considerando que o vaso de plantas caiu da janela de apenas um dos apartamentos, pode o
condomínio alegar fato exclusivo de terceiro para se eximir do dever de indenizar? (Valor: 0,60)
b) Após a contestação, ao perceber que a pretensão de Marcos está prescrita, pode o juiz conhecer de
ofício dessa prescrição se nenhuma das partes tiver se manifestado a respeito? A resposta deverá ser
devidamente fundamentada. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.

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Respostas

1) a. Sim, de acordo com entendimento jurisprudencial, as seguradoras respondem de forma


solidária pelos prejuízos e falhas de oficinas credenciadas.

b. Sim, há relação de consumo neste caso, com aplicabilidade, entre outros, do artigo 14
do Código de defesa do consumidor, que assim dispõe: “Art. 14. O fornecedor de serviços
responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.”
c. É possível que tenha direito a indenização, pois o prazo de 30 dias não foi cumprido.
Tendo necessidade de prorrogar o prazo, de acordo com entendimento jurisprudencial e
doutrinário, a oficina tem o dever de avisar, o que segundo a requerente não foi feito.
d. Sim, tendo em vista todo transtorno causado, inclusive financeiramente pois teve que
arcar com reparos fora da oficina credenciada.
e. Sim, as afirmações da requerente, estando na condição de consumidor, amparada pela
legislação vigente, tem condão para postular exigindo indenização.

2) a. Não há necessidade de comprovar a culpa para haver ressarcimento. O artigo 932 do


Código Civil, inciso III assim dispõe: “Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do
trabalho que lhes competir, ou em razão dele;”. E complementando a esta disposição, o artigo
933 assevera que: “Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente,
ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali
referidos. A responsabilidade da empresa será objetiva.

b. Sem excluir outras reparações, em pagamento das despesas com o tratamento da vítima,
seu funeral e o luto da família e ainda na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto
os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.

c. Sim, e poderia promover a execução do título executivo judicial, pois a sentença penal
condenatória está no rol do artigo 584,II do Código de Processo Civil que determina títulos
executivos judiciais.

3) Sim, consoante ao que dispõe o artigo 932 em seu inciso IV, são estes elencados com
responsabilidade civil por ato de terceiro.

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4) Deve ser imputado ao condutor do veiculo que trafegava na contramão, pois este deu causa
ao acidente.

5) a. Não sendo identificado de onde caiu o vaso de planta, de acordo com disposição do artigo
938 do Código Civil, há imputabilidade de todos os condôminos, não podendo eximir-se por ato
exclusivo de terceiro neste caso.

b. Pode sim ser conhecido de oficio pelo juiz de acordo com artigo 487 inciso II do Código de
Processo Civil, no entanto deve ser oportunizado a manifestação das partes tendo em vista
respeitar o princípio da não surpresa.

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