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DO DIREITO TRIBUTÁRIO
SEMINÁRIO DE CASA
IBET-MANAUS
Aluno: Luan Carlos Brasil Barbosa
Questões
1. Que são fontes do “Direito”? Qual a utilidade do estudo das fontes do Direito
Tributário? Defina o conceito de direito e relacione-o com o conceito de fontes do
direito.
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É também como se diz na obra Fontes do Direito Tributário de Tárek Moysés
Moussallem, que afirma o seguinte: “o nascedouro do direito altera-se de acordo com a
ciência que o investiga”.
A doutrina, por sua vez, revela-se como importante instrumento a ser utilizado
pela Ciência do Direito, mas não como fonte do Direito Positivo. Não se trata, portanto,
de fonte formal do Direito, mas sim de importante ferramenta para compreensão de
conceitos e institutos jurídicos, sendo, normalmente, o resultado da interpretação da lei
no campo da pesquisa científica. Caracteriza-se por apresentar uma linguagem
descritiva do Direito Positivo. Sobre o tema, dispõe o professor Paulo de Barros:
“A doutrina não é fonte do direito positivo, seu discurso descritivo não altera a
natureza prescritiva do direito. Ajuda a compreendê-lo, entretanto não o modifica.
Coloca-se como uma sobrelinguagem que fala da linguagem deôntica da
ordenação jurídica vigente. Nem será admissível concebe-la como fonte da
Ciência do Direito, pois ela própria pretende ser científica.” (CARVALHO,
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Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 23ª ed. São Paulo: Saraiva,
2011, p. 88).
Por fim, no entendimento do professor Paulo de Barros, fato jurídico nada mais é
do que a realidade social descrita no hipotético normativo, sendo por meio dos fatos que
novas normas jurídicas são admitidas no ordenamento jurídico. Não seriam eles fonte
do Direito. Lembramos, por fim, que o fato jurídico é denominado por alguns
doutrinadores como fonte material do direito tributário, ainda que muitas são as críticas
à utilização da palavra “fonte” neste caso.
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Já o Professor Paulo de Barros implica a reflexão quanto a análise do veículo
introdutor de normas, na figura das normas introdutoras e introduzidas, haja vista que
“regra jurídica alguma ingressa no sistema do direito positivo sem que seja introduzida
por outra norma” - (CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário, Linguagem e
Método” - Pag. 436).
O Eminente Professor se destina a analisar, primordialmente, o “Exame dos
Fatos” enquanto Enunciações: conjunto de eventos os quais a ordem jurídica atribui teor
de juridicidade; ou Enunciados: sistema de normas constituídas, sendo: introdutoras e
introduzidas. Como visto na questão anterior, com base Prof. Paulo, se desintegra a
figura dos costumes, a doutrina, os princípios de direito, a jurisprudência, fato jurídico
tributário como fontes do direito. Enquanto a doutrina tradicional, como visto, os
integra no rol de fontes.
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b) Quanto ao objeto – o objeto, como critério de distinção entre direito
positivo e Ciência do Direito, diz respeito à região ôntica para qual cada uma
das linguagens se volta. Todo discurso é dirigido à determinada realidade.
Quando indagamos produzimos uma linguagem interrogativa voltada
especificamente à materialidade sobre a qual queremos informações, isto
porque sempre indagamos sobre algo.
c) Quanto ao nível de linguagem – considerando-se as linguagens do direito
positivo e da ciência do direito, esta se caracteriza como metalinguagem
(Lm) daquela, que se apresenta como linguagem objeto (Lo). Isso porque a
ciência do direito toma o direito positivo como objeto, ela o descreve, isto é,
fala sobre ele.
d) Quanto ao tipo ou grau de elaboração - não podemos esperar que a
linguagem do direito positivo tenha um grau elevado de elaboração próprio
dos discursos produzidos por pessoas de formação especializada, como é o
caso da linguagem da Ciência do Direito, elaborada por um especialista: o
jurista.
e) Quanto à estrutura- o direito positivo, por manifestar-se como um corpo de
linguagem prescritiva, opera com o modal deôntico. Diferentemente, a
linguagem da ciência do direito opera com o modal elético.
f) Quanto aos valores- entre outras características que separam as linguagens
do direito positivo da ciência do direito pode ser destacado o fato de a ambas
serem compatíveis valências diferentes, o que decorre da circunstância de
cada uma apresentar-se sob estruturas logicas distintas.
g) Quanto à coerência- como já tivemos oportunidade de verificar, a
linguagem da ciência do direito é mais trabalhada do que a do direito
positivo. Isto porque o jurista tem mais cuidado na formação de seu discurso,
preocupando-se em levar ao receptor da mensagem um relato preciso acerca
do objeto ao qual se refere. Já o legislador não tem essa preocupação com a
depuração da linguagem.
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A ciência do direito é um corpo de linguagem com função descritiva, que tem
como objeto o direito positivo, caracterizando-se como metalinguagem em relação a ele.
É objetivada num discurso científico, onde os termos são precisamente colados.
5. Que posição ocupa, no sistema jurídico, norma inserida por lei complementar
que dispõe sobre matéria de lei ordinária? Para sua revogação é necessária norma
veiculada por lei complementar (vide anexos I, II, III, IV e V).
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O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI nº 2.076/AC, decidiu que o
preâmbulo não tem valor jurídico-normativo, já que não se encontra no âmbito do
Direito, mas no campo da Política, como pode se notar, in verbis:
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Federal, Emenda n. 42/03 e Lei n. 10.865/04; (b) Pedro Bacamarte realiza uma
operação de importação em 11/08/2005 – este fato é fonte material do direito?; (c)
o ato de formalizar o crédito tributário no desembaraço aduaneiro e efetuar o
pagamento antecipado é fonte do Direito?
(b) sim, uma vez que este fato é previsto na hipótese normativa como capaz de
gerar efeitos jurídicos. Desse modo, estando o fato social juridicizado no texto lei, ele
possui o condão de criar normas jurídicas.
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(i) Enunciados-enunciados: trata-se do conteúdo da mensagem positivada.
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Os enunciados inseridos pelas leis 11.452/07 e nº 10.332/01 passam a pertencer
à Lei nº. 10.168/00, haja vista que, dada a sua vigência, se integram de modo
indissolúvel. A lei introdutora perde a sua qualidade e eficácia na medida que é,
definitivamente, introduzida. Por consequência, a revogação da Lei introduzida faz
cessar os efeitos e eficácia dos dispositivos das leis introdutoras, neste caso, as Leis
11.452/07 e nº 10.332/01.
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