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Fórmulas para amplificadores operacionais (M251)

Os amplificadores operacionais fazem hoje parte de uma grande quantidade de projetos eletrônicos.
Criados originalmente para realizar operações matemáticas, hoje eles estão presentes em circuitos de
interface de sensores, condicionamento de sinais, osciladores, filtros e em muitos outros casos. Nesse
artigo damos uma boa quantidade de fórmulas e configurações básicas usando amplificadores
operacionais, de grande utilidade para a realização de projetos.
(Obs.: Estas mesmas fórmulas também podem ser encontradas isoladamente nesta seção, procurando-
se pelo nome do item)
O leitor deve entretanto levar em conta que as pequenas diferenças entre os diversos tipos de
amplificadores operacionais pode influir nos resultados práticos, quando as fórmulas descritas forem
aplicadas. Eventualmente otimizações do circuito podem ser necessárias.
 
1. Amplificador Não Inversor
Na configuração de amplificador não inversor, mostrada na figura 1, a fase do sinal de saída é a mesma
do sinal de entrada. O ganho é determinado pelo resistor de realimentação. As fórmulas dadas a seguir
são usadas para determinar esse ganho.
 

 
Fórmula 1
Ganho:

 
 
Onde: G é o ganho
R1 e R2 são as resistências em ohms (?)
 

Fórmula 2
Ganho de tensão:

 
Onde: Uout é a tensão de saída em volts (V)
Uin é a tensão de entrada em volts (V)
R1 e R2 são as resistências em ? (?)
 
Obs.: A tensão de saída não pode exceder a tensão de alimentação.
 
Exemplo de Aplicação:
No circuito mostrado na figura 2, R2 é um resistor de 100 k? e R1 é um resistor de 10 k? resistor.
Determine o ganho.
 

 
Dados: R1 = 10 k?
R2 = 100 k?
G=?
 
Aplicando a fórmula 1:

 
 
Amplificador Inversor
A polaridade do sinal de saída é oposta à do sinal de entrada. A configuração básica de um amplificador
operacional inversor é mostrada na figura 3.
 

 
 
Fórmula 3
Ganho do amplificador inversor:

 
 
Onde: G é o ganho
R1 e R2 são as resistências em ?
 
Seguidor de tensão
O seguidor de tensão é uma configuração especial onde R1 e R2 são nulos (zero). Essa configuração tem
um ganho de tensão unitário (1), conforme mostra a figura 4.
 

 
 
Amplificador Somador
A configuração básica de um amplificador somador usando um amplificador operacional é mostrada na
figura 5. A tensão de saída é dada pela soma algébrica das tensões de entrada, multiplicada pela relação
entre R2 e R1.
 

 
 
Fórmula 4
Amplificador somador:

 
 
 
Onde: Uout é a tensão de saída em volts (V)
U1, U2....Un são as tensões de entrada em volts (V)
R1, R2 são as resistências em ?
 
Exemplo de Aplicação
No amplificador somador mostrado na figura 6, R2 tem 100 k ?, e R1 10 k ?. Determine a tensão de saída
quando as tensões de entrada são U1=100 mV, U2 = -200 mV e U3 = 250 mV.
 

 
Dados: R2 = 100 k?
R1 = 10 k?
U1 = 100 mV
U2 = -200 mV
U3 = 250 mV
Uout = ?
 
Aplicado a fórmula 4

 
 
Uout = 10x(150x103) = 1500 mV = 1.5 V
 
Amplificador Subtrator
Não confundir com o diferenciador. O subtrator ou amplificador diferença produz uma tensão de saída que
é a diferença das tensões aplicadas em suas entradas. Essa configuração é mostrada na figura 7.
 
 
 
Fórmula 5
Subtractor:

 
 
Onde: Uout é a tensão de saída em volts (V)
U1 e U2 são as tensões de entrada em volts (V)
R1 e R2 são os resistores em ?
 
Obs: a tensão de saída deve ser menor que a tensão de alimentação.
 
 
CMRR versus dB
CMRR significa Common Mode Rejection Ratio ou Relação de Rejeição em Modo Comum. O CMRR
define a habilidade que um amplificador tem de rejeitar os sinais aplicados em modo comum nas duas
entradas. A tabela dada a seguir dá alguns valores comuns de CMRR convertidos para a escala de dB:
 

CMRR dB
1 0
10 20
100 40
1 000 60
10 000 80
100 000 100
1 000 000 120
10 000 000 140
 
Diferenciador
Diferenciação (derivada) é o processo usado para se encontrar a variação instantânea de um sinal, pelo
traçado de uma linha tangente ao ponto de interesse no gráfico que representa esse sinal. Conforme
mostra a figura 8 temos um circuito que faz essa operação com um sinal usando um amplificador
operacional.
 

 
 
Formula 6
Diferenciação:

 
 
Onde: Uout é a tensão instantânea em volts (V)
Uin é a tensão de entrada em volts (V)
R é a resistência em ?
C é a capacitância em farads (F)
 
Integração
Na figura 9 mostramos um circuito que realiza a integração de um sinal, usando um amplificador
operacional. A chave é usada para determinar o ponto de partida do processo já que a tensão de saída é
uma função do tempo.
 
 
 
Fórmula 7
Integração:

 
 
Onde: Uout é a tensão de saída em volts (V)
U1, U2, U3....Un são as tensões de entrada em volts (V)
R1, R2, R3....Rn são as resistências em ?
C é a capacitância em farads (F)
 
Amplificador Logarítmico
Num amplificador logarítmico, o ganho depende da tensão de entrada e da corrente de entrada. O circuito
mostrado na figura 10 usa um transistor como elemento de realimentação variável, determinado o ganho
em função da intensidade do sinal de entrada. As fórmulas seguintes podem ser aplicadas no cálculo
desse circuito.
 
 
 
Fórmula 8
Ganho de tensão:

 
Onde: Uout é a tensão de saída em volts (V)
Uin é a tensão de entrada em volts (V)
Iin é a corrente de entrada em ampères (A)
Iout é a corrente de saída em ampères (A)
 
Formula 9
Corrente de entrada:

 
 
Onde: Iin é a corrente de entrada em ampères (A)
Uin é a tensão de entrada em volts (V)
R é a resistência em ?
 
Obs.: a tensão de saída não pode ultrapassar a tensão da fonte de alimentação. Para amplificadores
operacionais comuns, o limite é normalmente de 15 V.
 
Fonte de Tensão
Essa configuração é usada como referência de tensão e se usada com um amplificador operacional de
potência, pode ser utilizada como zener de potência ou regulador de tensão. O circuito é mostrado na
figura 11, e as fórmulas para cálculos são fornecidas em seguida.
 
 
 
Fórmula 10
Fonte de Tensão:

 
 
 
Onde: Uout é a tensão de saída em volts (V)
Uz é a tensão zener em volts (V)
R1 e R2 são as resistências em ?
 
Obs.: Rz é calculado de acordo com as fórmulas tradicionais para diodos zener.
 
Exemplo de Aplicação:
Determine o valor de R2 quando se deseja obter uma referência de tensão na saída de 7 V, utilizando um
diodo zener de 3 V. R1 é dado: 500 ?.
 
Dados: Uz = 3 V
Uout = 7 V
R1 = 500 ?
R2 = ?
 
Usando a fórmula 10:
 
 
 
Isolando R2:

 
 
Fonte de Corrente Constante (carga flutuante)
O circuito mostrado na figura 12 é indicado para cargas flutuantes. O resistor R em série com o diodo
zener é calculado da forma convencional, para circuitos desse tipo.

 
 
Fórmula 11
Fonte de Corrente Constante - carga flutuante

 
 
Onde: IL é a corrente na carga em ampères (A)
Uz é a tensão zener em volts (V)
R1 é a resistência em ? ()
 
Obs.: Rz é calculada de acordo com as fórmula normais para diodos zener
 
Fonte de Corrente Constante (alta corrente)
Uma outra configuração indicada para cargas de alta corrente é a mostrada na figura 13. A tensão de
referência é aplicada à entrada e pode ser fornecida à carga por uma fonte de tensão usando outro
amplificador operacional.
 

 
 
Fórmula 12
Fonte de Corrente Constante - Alta Potência

 
Onde: IL é a corrente na carga em ampères (A)
Uin é a tensão de entrada ou referência em volts (V)
R1, R2 e R3 são as resistências ?
 
Amplificador de Valor Absoluto
Nesse tipo de circuito a tensão de saída é o valor absoluto da tensão de entrada multiplicado pelo ganho
do circuito. O ganho depende da relação entre R2 e R1 de acordo com as seguintes fórmulas. O circuito é
mostrado na figura 14.
 
 
 
Fórmula 13
Amplificador de Valor Absoluto

 
 
 
Onde: G é o ganho
Uout é a tensão de saída em volts (V)
Uin é a tensão de entrada em volts (V)
R1 e R2 são as resistências em ?
 
Obs: a) Uout deve ser menor que a tensão de alimentação
b) R3 é escolhido de acordo com a aplicação. Valores típicos são: R3 = R1.
 
Voltímetro com Amplificador Operacional
Um voltímetro de baixa tensão e alta impedância de entrada pode ser elaborado conforme mostra o
circuito da figura 15.
 
 
 
Fórmula 14
Voltímetro de Alta Impedância

 
 
Onde: Im é a corrente que circula através do indicador em ampères (A)
Uin é a tensão de entrada em volts (V)
R1 é a resistência em ?
 
Obs.: R2 é o resistor limitador de corrente escolhido de acordo com o fundo de escala do instrumento.

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