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Universidade de São Paulo

Instituto de Ciências Biomédicas


Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento

Tecido Muscular

Evandro L. O. Niero
Luciana H. Osaki
Bloco I - Tecido muscular e estrutura do músculo estriado
esquelético

Bloco II – Estrutura da fibra muscular estriada esquelética:


sarcômero e túbulos T

Bloco III - Mecanismo de contração muscular e junção


neuromuscular

Bloco IV - Anabolizantes e o músculo estriado esquelético


Tecido Muscular

Bloco I
Tecido muscular e estrutura do músculo
estriado esquelético
Características gerais
- Origem mesodérmica
- Contração

Sobotta, 2006 Moore e Persaud, 2008


Tipos de músculo

Junqueira e Carneiro, 2008


Tipos de músculo

Gartner e Hiatt, 2007


Discos
intercalares

Músculo Cardíaco
Junqueira e Carneiro, 2008

Junqueira e Carneiro, 2008


Músculo Esquelético Músculo Liso
Músculo Estriado Esquelético
- mioblastos
-diâmetro variado (sexo,
idade, estado nutricional)
- exercício: hipertrofia

Célula muscular Fibra muscular


Membrana celular Sarcolema
Citoplasma Sarcoplasma
Retículo Retículo
Machado-Santelli, 2003 endoplasmático liso sarcoplasmático
Corte transversal de uma célula
muscular estriada esquelética

Kierszenbaum, 2008
perimísio célula corte transversal endomísio
satélite de uma miofibrila
célula satélite mionúcleo

http://anatpat.unicamp.br/taduchenne.html
Células satélites

Kierszenbaum, 2008
Organização do Músculo Esquelético
Epimísio Perimísio Endomísio

músculo fascículo
Endomísio sarcolema

sarcoplasma

núcleo

fibra Gartner e Hiatt, 2007


Organização do Músculo Esquelético

Junqueira e Carneiro, 2008


Rede de capilares

Junqueira e Carneiro, 2008


Transição músculo-tendão fibra
muscular

tendão

Junqueira e Carneiro, 2008


Tecido Muscular

Bloco II
Estrutura da fibra muscular estriada
esquelética: sarcômero e túbulos T
Organização das
fibras musculares
esqueléticas

Junqueira e Carneiro, 2008


Organização das fibras musculares esqueléticas

Banda A

Linha Z

Banda I
Junqueira e Carneiro, 2008
Junqueira e Carneiro, 2008
Filamentos finos de actina, tropomiosina e troponina

Junqueira e Carneiro, 2008


Filamentos grossos de miosina
caudas

Cadeias leves

Gartner e Hiatt, 2007; Kierszenbaum, 2008


Titina e nebulina
disco Z
nebulina linha M miosina
actina

titina

disco Z
Kierszenbaum, 2008
lâmina basal Desmina e plectina
sarcolema

α-actinina

desmina

plectina

disco Z
αB-cristalina
actina
miosina

Kierszenbaum, 2008
Retículo sarcoplasmático
- armazena e regula o fluxo de íons Ca2+
Sistema de túbulos transversais
- contração uniforme de cada fibra muscular esquelética

Alberts et al., 2008


Tecido Muscular

Bloco III
Mecanismo de contração muscular e junção
neuromuscular
Músculo esquelético relaxado
Filamento
de actina

Filamento disco Z
de miosina
disco Z

Filamento
de actina

Filamento
de miosina

Kierszenbaum, 2008
Músculo esquelético contraído
Junqueira e Carneiro, 2008
actina

miosina

Geração de força
miosina com
ATPase
actina ativada

tropomiosina

troponina
http://www.sci.sdsu.edu/movies/actin_myosin_gif.html
Junção mioneural (placa motora)
Nervo Botão sináptico
Gartner e Hiatt, 2007; Kierszenbaum, 2008

Placa motora
Fibra muscular
Junqueira e Carneiro, 2008
terminal
axônico

Kierszenbaum, 2008
… as muitas faces de uma pessoa com botox…

www.bbc.co.uk/science/hottopics/extremecosmetic/botox.shtml#animation
Interação da cadeia pesada da TB com a terminação neuromotora

http://www.sbbq.org.br/revista/mtdidaticos/bioq_beleza.pdf
Contração
miosina com
ATPase
actina ativada

tropomiosina

troponina

http://www.sci.sdsu.edu/movies/actin_myosin_gif.html
Tecido Muscular

Bloco IV
Anabolizantes e o tecido muscular estriado
esquelético
Tópicos a serem abordados
- Conceito de hormônios andrógenos

- Testosterona e seus efeitos fisiológicos

- Hormônios sintéticos: esteróides androgênicos anabólicos

- Uso medicinal dos esteróides androgênicos anabólicos

- Problemas causados pelo mau uso dos esteróides


androgênicos anabólicos
Hormônios andrógenos
Músculos, ossos, folículos pilosos da pele, fígado, rins, órgãos
hematopoiéticos, sistema nervoso, órgãos reprodutivos
Testosterona no feto
•Desenvolvimento dos
ductos de Wolff
•Desenvolvimento da
genitália externa

Testosterona : ação
na puberdade no
http://www.unifesp.br/dmorfo/histol
homem ogia/ensino/utero/embriologia.htm

Modificado de :
http://www.artigonal.com/medicina-artigos/acao-do-hormonio-testosterona-no-homem-e-na-mulher-4579408.html
Testosterona : produção pela célula de Leydig
Testosterona
- Ligação a receptores de andrógenos
- efeitos variam com a célula

Kicman, 2008
Esteróides androgênicos anabólicos
- Hormônios sintéticos derivados de testosterona
- Efeitos anabólicos
- Ligam-se ao receptor de andrógeno nas células musculares estriadas
esqueléticas
- Drogas controladas em vários países (Austrália, Argentina, Brasil, Canadá,
Estados Unidos, Reino Unido)

•Androxon
•Durateston
•Deca-durabolin

http://www.cebrid.epm.br/folhetos/anabolizantes_.htm
Esteróides androgênicos anabólicos: efeitos
anabólicos no músculo estriado esquelético
-Reparo celular mais rápido
-Diminui geração de radicais livres pelas células
-Maior produção de proteínas (miofilamentos)
-Aumento no número de núcleos nas fibras (causado pela
hipertrofia)
-Proliferação das células satélites
-Provável recrutamento de células mesenquimais
pluripotentes
-Treino vigoroso aumenta número de receptores de
andrógenos
Esteróides androgênicos anabólicos
Efeitos anabólicos

Kadi, 2008
Esteróides androgênicos anabólicos
Hipertrofia muscular

Fibra Fibra
muscular muscular

http://www.uff.br/WebQuest/pdf/musc.htm
Miofibrila Miofibrila

Miosina Miosina

Actina
Actina

http://www.anabols.com/loja/product_info.php?products_id
=162&osCsid=158873026337a6ce01905aa1acc7e5eb
Esteróides androgênicos anabólicos:
uso médico

- Homens jovens com déficit na produção de testosterona


- Doenças neurológicas que afetam os músculos
- Reposição hormonal em idosos
- Alguns tipos de anemias
- Aumento de massa muscular em pacientes soro-positivos.
Esteróides androgênicos anabólicos
Tentativas de maximização de efeitos anabólicos e diminuição
de efeitos androgênicos
Remoção do grupo Esterificação
Adição de dupla ligação metil angular
Adição de
grupo metil
Adição de grupos
ao carbono 2 Adição de grupo 17 α-alquil

Adição de anel
pirazol ao anel A

Adição de grupo 7 α-metil

Adição de clorina ao grupo hidroxila Kicman, 2008


Abuso de esteróides: efeitos sobre fibras musculares
estriadas esqueléticas

- Lesões nos tendões


- Rompimento de fibras musculares

Greg Valentino

http://edfisicaam.blogspot.com/2010/07/maior-biceps-da-america-latina.html
Problemas no uso de esteróides: efeitos sobre fibras
musculares estriadas esqueléticas

- Perda de atividade enzimática


- Presença de agregados amorfos no citoplasma

Camargo Filho et al., 2006


Problemas do abuso de esteróides em mulheres

Aumento exagerado da massa


muscular
Redução das glândulas mamárias

Crescimento de pelos

Alterações de comportamento

Infertilidade
Problemas no uso de esteróides: efeitos sobre fibras
musculares estriadas cardíacas

Morte de células

Zaugg et al., 2001


Problemas no uso de esteróides
Derrame
Dependência
Agressividade

Calvície
Oleosidade
Espinhas
Aterosclerose
Infarto
Lesões

Hepatocarcinoma
Insuficiência renal

Menor no de espermatozóides
Aumento da próstata
Impotência
Referências Bibliográficas
-ALBERTS, B. et al. Molecular Biology of the Cell. 5a ed, 2008.
- CAMARGO FILHO, J.C.S. et al. Efeitos do esteróide anabólico nandrolona sobre o músculo sóleo de ratos submetidos a
treinamento físico através de natação: estudo histológico, histoquímico e morfométrico. Rev Bras Med Esporte. 2006 12(5):
243-247.
-GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de Histologia em Cores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
-JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 11 ed., 2008.
- KADI, F. Cellular and molecular mechanisms responsible for the action of testosterone on human skeletal muscle. A basis for
illegal performance enhancement. Br J Pharmacol. 2008 Jun;154(3):522-8.
- KICMAN, A.T. Pharmacology of anabolic steroids. Br J Pharmacol. 2008 Jun;154(3):502-21.
-KIERSZENBAUM, A. L. Histologia e Biologia Celular: Uma Introdução à Patologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
- MACHADO-SANTELLI, G.M. Histologia – imagens em foco. 2003
- MOORE K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 7 ed., 2008.
-SOBOTTA, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 22 ed., 2006.
-STEPHEN, S. A. et al. Botulinum Toxin as a Biological Weapon. JAMA, 285(8): 1059-1070, 2001.
-YOUNG, B. et al. Wheater: Histologia Funcional: Texto e Atlas em Cores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
- Bioquímica da Beleza. Instituto de bioquímca, Universidade de São Paulo, 2005.
Disponível em: http://www.sbbq.org.br/revista/mtdidaticos/bioq_beleza.pdf
- ZAUGG, M. et al. Anabolic-androgenic steroids induce apoptotic cell death in adult rat ventricular myocytes. J Cell Physiol.
2001 Apr;187(1):90-5.
Gravação e Edição
Centro Multimeios
Supervisão CCE USP
Profa Dra Patrícia Gama
ICB USP
Plataforma Telemedicina
Apoio Técnico Prof Dr Chao Lung Wen
Aula: Tecido Muscular Ana Lúcia Mota Estação Digital Médica
Preparação e apresentação ICB USP Faculdade de Medicina USP
Evandro Luís de Oliveira Niero
Luciana Harumi Osaki

Realização
Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento
Programa de Pós- Graduação em Biologia Celular e Tecidual
Instituto de Ciências Biomédicas
Universidade de São Paulo

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