Você está na página 1de 180

Edital FAPERJ nº 19/2011

Programa “PENSA RIO de apoio ao estudo


de temas relevantes e estratégicos para o
Estado do Rio de Janeiro – 2011”

Projeto Roteiros dos Fortes:


Circuitos Turísticos em
Fortes e Fortalezas da Baía
da Guanabara
E-26/110.742/2012
FICHA TÉCNICA

Projeto ROTEIROS DOS FORTES Circuitos Turísticos em Fortes e Fortalezas da Baía de Guanabara
PROJETO INSCRITO NO EDITAL FAPERJ Nº 19/2011 PROGRAMA “PENSA RIO – APOIO AO ESTUDO DE TEMAS RELEVANTES E ESTRATÉGICOS
PARA O ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 2011”, SOB O Nº E-26/110.742/2012
Proponente: PROF. DR. ROBERTO BARTHOLO
LTDS – LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
COPPE – INSTITUTO LUIZ ALBERTO COIMBRA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ENGENHARIA
UFRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Projeto ROTEIROS DOS FORTES Doutorandos e Mestrandos


Instituições executoras: LTDS/COPPE/UFRJ:
Universidades: UFRJ, UFFRJ, UFF Ana Carolina Baker Botelho (http://lattes.cnpq.br/0585940106792712)
Instituição parceira: Ana Elizabeth Valle de Queiroz (http://lattes.cnpq.br/5106310434390355)
Exército/Seção de Projetos da DPHCEx André Fernandes da Paz (http://lattes.cnpq.br/5399173621955960)
Fernanda Tavares Barcelos (http://lattes.cnpq.br/9215140621537745)
José Ezequiel Soto Sánchez (http://lattes.cnpq.br/3677451127550287)
Daniel Zandona (http://lattes.cnpq.br/1995764891307841)
NÚCLEO DE COORDENAÇÃO - LTDS Deise Scandiuzzi (http://lattes.cnpq.br/3245336251258290)
Coordenador Geral Eloíse Botelho (http://lattes.cnpq.br/2389958939659180)
Roberto Bartholo Flávia Mattos (http://lattes.cnpq.br/2421887409087916)
Executiva e Comunicação Visual Gustavo Cleinman (http://lattes.cnpq.br/7032352150841889)
Marisa Egrejas Maria Martha Maciel Alencastro de Souza (http://lattes.cnpq.
Conteúdo br/3752176934631225)
Ana Carolina Baker Botelho Marisa Egrejas (http://lattes.cnpq.br/3569447327084693)
Multimídia Marise Carpenter Elias (http://lattes.cnpq.br/6958158917528527)
Flávia Mattos
Financeira
Marise Carpenter Elias NÚCLEO PARCEIRO
DPHCEx / SEÇÃO DE PROJETOS
NÚCLEO ACADÊMICO Diretor:
Doutores: Gen de Brigada Marcio Roland Heise
LTDS/COPPE/UFRJ: Sub Diretor:
Dr. Roberto Bartholo Cel de Eng. Heider A. Ramiro de Lima
http://lattes.cnpq.br/8226406163217491 Coordenação Executiva:
Dr. Domício Proença Jr. Cel Marcio Bastos Costa
http://lattes.cnpq.br/5299835944080361 Equipe Técnica:
Dr. Francisco Duarte Edgley Pereira de Paula, Rafael Laurino, Flávia do Carmo Pereira,
http://lattes.cnpq.br/9967125649310965 Lydia Frangella, Fernanda Cristina Nunes da Silva Pontes, Israel
Drª Carla Cipolla Lino Quintela de Araujo e Georgia de Souza Oliveira.
http://lattes.cnpq.br/0461777683320592
UFF:
Dr. Aguinaldo Fratucci
http://lattes.cnpq.br/8489517667159662
UFRRJ:
Drª Camila Rodrigues
Nota
http://lattes.cnpq.br/0553713185190974
UNIRIO: As fotografias cujos créditos não se encontram explicitados foram
Drª Andreia Ribeiro Ayres produzidas pela equipe de pesquisadores do LTDS e fazem parte de
http://lattes.cnpq.br/9842197612322062 seu acervo.

2 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
CRIAÇÃO DE ROTEIROS Baker Botelho, Ana Elizabeth Valle de
Coordenação Executiva Queiroz, Flávia Mattos, Maria Marta Ma- Conteúdos
Roberto Bartholo e Marisa Egrejas ciel Alencastro de Souza, Marisa Egrejas Ana Carolina Baker Botelho, Flávia Mattos
Pesquisa e Concepção Aplicação dos questionários Colaboração: José Ezequiel Soto Sánchez
Aguinaldo Cesar Fratucci, Ana Carolina Graduandos do Curso de Turismo da UFF:
Baker Botelho, Ana Elizabeth Valle de Ana Cláudia Xavier Marinho, Anne Louise Produção WEBDOCUMENTÁRIO
Queiroz, Camila Rodrigues, Deise Scan- Gaspar de Abreu, Brenda Mayer Florenti- Coordenação Executiva
diuzzi, Flavia Mattos, Maria Marta Maciel no, Daniella Silva dos Santos, Elaine dos Roberto Bartholo e Flávia Mattos
Alencastro de Souza, Marisa Egrejas Santos Amaral, Higor Araujo de Carvalho, Direção e Produção Multimídia
Colaboração: Eloise Botelho Joana Morais Passos de Jesus, Juliana Al- Andre Paz
Entrevistas com especialistas e gestores ves Vasconcellos, Leonardo Bachur Brans, Assistência de Direção
das fortificações Lisandra Machado Quintanilha, Luiza Al- Marise Carpenter Elias
Aguinaldo Cesar Fratucci, Ana Carolina meida de Lima, Marina Solera Vitti, Rafael Assessoria de Pesquisa e Conteúdo
Baker Botelho, Ana Elizabeth Valle de Quei- Santos de Oliveira, Raviny Oliveira da Silva, Flávia Mattos
Renato da Horta Lima, Tatiana Lino Henri- Fotografia
roz, Camila Rodrigues, Maria Marta Maciel André Paz e Marise Carpenter Elias, Flá-
Alencastro de Souza, Marisa Egrejas ques e Vinicius Alves Santos do Carmo via Mattos
Transcrição e tradução: Ana Carolina Tabulação dos dados da pesquisa de campo Seleção Musical e Sonoplastia:
Baker Botelho e Luís Eduardo Baptista Aguinaldo Cesar Fratucci, Ana Carolina Fabio Neves
Colaboração: Fernanda Tavares Barcelos Baker Botelho, Felipe Cardoso D’Araújo Edição
Inventários turísticos das fortificações Martins (UFF). André Paz, Marise Carpenter Elias
Aguinaldo Cesar Fratucci, Carolina Braun Relatório de pesquisa ”Caracterização dos
de Mello, Victor da Silva Gonçalves e Dei- visitantes das fortificações (moradores e RELATÓRIO TÉCNICO
se Scandiuzzi turistas)” Coordenação Executiva
Colaboração: Ana Carolina Baker Bote- Aguinaldo Cesar Fratucci, Ana Carolina Roberto Bartholo e Marisa Egrejas
lho, Ana Elizabeth, Camila Rodrigues, Elo- Baker Botelho.
Redação
íse Botelho, Flávia Mattos, Maria Martha Colaboração: Deise Scandiuzzi Ana Carolina Baker Botelho, Flávia Mattos,
Alencastro Maciel, Marisa Egrejas Marisa Egrejas
MULTIMÍDIA Colaboração: Ana Elizabeth Valle de Quei-
PESQUISA DE CARACTERIZAÇÃO DOS VISI- Coordenação Executiva roz, Camila Rodrigues, Deise Scandiuzzi,
TANTES DAS FORTIFICAÇÕES Roberto Bartholo e Flávia Mattos Eloise Botelho, Maria Martha Maciel Alen-
Coordenação Executiva Produção WEBSITE castro de Souza
Concepção
Roberto Bartholo, Aguinaldo Cesar Fratuc- Daniel Zandoná, Flávia Mattos Revisão Ortográfica
ci e Ana Carolina Baker Botelho Programação Maria Marta Alencastro Maciel, Ana Caro-
Treinamento dos pesquisadores e Coorde- Daniel Zandoná lina Baker Botelho e Marisa Egrejas
nação de Campo Design e Ilustração Diagramação
Aguinaldo Cesar Fratucci, Ana Carolina Gustavo Cleinmam Marisa Egrejas

Agradecimentos

Agradecemos a todos que, direta ou indiretamente, auxilia- compartilharam mais proximamente suas experiências e co-
ram no alcance dos objetivos desse projeto. nhecimentos.
• Às Unidades Militares, aos Gestores das fortificações e suas
Em especial, gostaríamos de agradecer: equipes, que nos acolheram e acompanharam em diferentes
• Aos pesquisadores e especialistas de diferentes instituições etapas do desenvolvimento do trabalho.
pela disponibilidade para o enriquecimento das nossas pes- • Às equipes da DPHCEx, atuais e anteriores, que foram elos
quisas sobre os sistemas fortificados, ressaltando aqueles que fundamentais no diálogo entre Universidades e Exército.
PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 3
SUMÁRIO

Introdução  7
Professores associados e emergentes   8
Parceiro  8
Equipe de Doutorandos e Mestrandos  9
As fortificações da Baía da Guanabara e a relação com a população da cidade numa perspectiva histórica4 10
As fortificações participantes  14
Objetivos Geral e específicos do projeto  15
Roteirização dialogal: a chave para compreender o desenvolvimento do projeto  16
Diálogos no Sítio Simbólico  17
Reuniões interinstitucionais  18
As múltiplas etapas de um processo dialogal  18
Destaques  19
Ações iniciais  20
Colaboração acadêmica  21
Operacional  21
Aspectos metodológicos  23
Ouvindo os especialistas  24
Participação no 8º SEminário de cidades Fortificadas  26
Diálogo com os gestores  28
Características dos visitantes das fortificações (moradores e turistas)   32
Inventário turístico  40
Estudos bibliográficos e iconográficos  44
Iniciativas afins  46
Sistematização de dados  53
Informações sobre a visitação  56
Fortaleza de Santa Cruz da Barra  56
Forte de Copacabana  58
Fortaleza de São João  60
Fortes São Luiz e do Pico  62
Forte Duque de Caxias  64
Circuitos internos  66
Forte de Copacabana  66
Forte do Pico e São Luiz  68
Fortaleza de Santa Cruz da Barra  70
Fortaleza de São João  72
Forte Duque de Caxias - Caminho Ecológico  74
Forte Duque de Caxias - Circuito Histórico  76
Forte Duque de Caxias - Via Crucis  78
Roteiros de terceiros  80
Rebocador Laurindo Pitta - Passeio Marítimo  80

4 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Turismo do Morro da Babilônia  82
Orla Guanabara e Complexo dos Fortes  84
Orla da Baía da Guanabara (I)- Niterói  86
Orla da Baía da Guanabara (II) - Niterói  88
Produtos  91
Produto 1: Criação de roteiros  92
Roteiros atuais  94
Forte de Copacabana até a Fortaleza de São João  94
Forte de Copacabana até o Mirante da Paz  98
Forte de Copacabana até a Pedra do Arpoador  100
Forte Duque de Caxias e Leme   102
Praça XV até a Fortaleza de Santa Cruz da Barra  104
Fortes do Rio Branco, São Luiz e do Pico até a Fortaleza de Santa Cruz da Barra   108
Urca e Fortaleza de São João  110
Roteiros, circuitos e eventos potenciais  112
Circuito Arquitetônico de Santa Cruz da Barra  112
Circuito Ruínas do Anel e Guanabara  113
Circuito Cara de Cão e Origens  114
Bicicletato nos Fortes, Rio de Janeiro – Niteroi  115
Paisagem Cultural dos Fortes de Niterói  116
Um dia nos Fortes, Rio de Janeiro – Niterói  117
As fortificações vistas das águas da Guanabara  118
Bicicletato, Rio de Janeiro até Niterói  119
Encontros nos Fortes  120
Eventos situados  120
Revivendo a fundação da Cidade  121
Produto 3: Criação do Website  122
Produto 4: Webdocumentário  130
Produto 5: Relatório  134
Recomendações  137
Comentários gerais, perspectivas e desdobramentos  144
Apêndices  146
Apêndice 1: Minicurrículo dos participantes do 8º Seminário de cidades fortificadas  146
Apêndice 2: Diálogos com participantes do 8º seminário  147
Apêndice 3: Diálogo com gestores das fortificações  150
Apêndice 4: Tabela de contatos   151
Apêndice 5: Formulário de pesquisa com visitantes  152
Apêndice 6: Resultados tabulação das pesquisas  155
Apêndice 7: Exemplo de formulário de inventário turístico  175
Apêndice 8: Ficha técnica  178
Apêndice 9: Ficha técnica para roteiros combinados  179

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 5
6 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Introdução

O projeto a que este relatório se refere Foram divididos em circuitos internos, rotei-
foi desenvolvido entre os meses de agos- ros externos atuais, roteiros externos poten-
to de 2012 e março de 2014, com o apoio ciais, percursos de terceiros.
do Edital FAPERJ nº 19/2011 do Programa
“Pensa Rio – apoio ao estudo de temas re- O projeto também elaborou um website
levantes e estratégicos para o Estado do com conteúdos multimídia (http://rotei-
Rio de Janeiro – 2011”, sob o nº Processo rosdosfortes.com.br) com a proposta de
E-26/110.742/2012. entreá-lo à DPHCEx para sua manutenção e
continuidade.
O projeto articulou uma parceria entre as
instituições acadêmicas – UFRJ/COPPE/Pro- Em consonância com a proposta enviada à
grama de Engenharia de Produção/Labora- FAPERJ, a metodologia de Roteirização Dia­
tório de Tecnologia e Desenvolvimento So- logal iniciada no Projeto Palácios do Rio (E-
cial (LTDS), UFF/Curso de Turismo, UFRRJ/ 26/110.793/2010) foi reaplicada e ampliada,
Curso de Turismo e UNIRIO/Curso de Enge- com os necessários ajustes.
nharia de Produção com ênfase em Produ- O projeto considerou os espaços de visitação
ção Cultural – e o Exército Brasileiro (por das fortificações da Baía da Guanabara como
meio de sua Diretoria de Patrimônio Histó- “Sítios Sim­bólicos de Pertencimento” (ZA-
rico e Cultural – DPHCEx). OUAL, 2006), compreendendo-os em sua di-
Como objetivo geral, visou estimular a visita- mensão simbólica e cultural. O projeto visou
ção aos fortes e fortalezas da Baía de Guana- contribuir para estimular a valorização da visi-
bara como patrimônio histórico fluminense tação desses sítios.
e brasileiro, buscando fortalecer os vínculos O presente relatório contém o passo a pas-
identitários e a preservação da memória so- so do desenvolvimento do projeto, desde
cial e cultural. sua concepção até a finalização dos produtos
Para tanto, foi concebido um elenco de rotei- previstos, discutindo aspectos relevantes às
ros de visitação, considerando a integração propostas feitas pela equipe de pesquisado-
entre seis (6) fortificações da Baía de Gua- res participantes.
nabara1 entre si e entre estas e seu entorno.

1.Forte de Copacabana, Forte Duque de Caxias (Leme), Fortaleza de São João (Urca), For-
taleza de Santa Cruz da Barra (Niterói), Fortes São Luiz e do Pico (Niterói).

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 7
Professores associados e emergentes
O projeto foi desenvolvido pelo LTDS, coordenado pelo expertises principalmente nas fases de elaboração e
prof. Roberto Bartholo (proponente). Outros profes- análise, quando o projeto teve as fundamentais cola-
sores vinculados ao Programa de Engenharia de Pro- borações dos professores dos Cursos de Turismo Agui-
dução, como os professores Francisco Duarte, Domí- naldo Cesar Fratucci (UFF), Camila Rodrigues (UFRRJ) e
cio Proença Júnior e Carla Cipolla, emprestaram suas Andreia Ayres (UNIRIO).

Parceiro
A Diretoria de Patrimônio Históri- tural edificado, como fortificações, Cultura, IPHAN, IBRAM, Secretarias
co e Cultural do Exército (DPHCEx) monumentos e sítios históricos; no estaduais e municipais de Cultura,
se encarrega da gestão do Sistema estudo e pesquisa de áreas do co- instituições do Terceiro Setor, além
Cultural dessa instituição, conce- nhecimento ligadas às atividades de outras atividades ligadas à vasta
bendo e conduzindo ações insti- militares; na realização de semi- área da Cultura.
tucionais que permitem desem- nários e encontros sobre assuntos
penhar a missão de preservar e ligados a esses temas; na estrutu- Foi decisiva para a realização do
divulgar o Patrimônio Histórico e ração física e conceitual do Sistema projeto a parceria da rede de uni-
Cultural do Exército. Para isso, atua Cultural no Exército, em nível nacio- versidades com a DPHCEx, com
em diversas direções, como no pla- nal; no intercâmbio e formação de destaque para a receptividade e co-
nejamento de atividades culturais; parcerias com outras instituições, laboração nas diversas fases de sua
na preservação do patrimônio cul- como universidades, Ministério da realização.

8 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Equipe de Doutorandos e Mestrandos
Além dos professores doutores as- zas da Baía de Guanabara e outras de tomada de decisão do projeto.
sociados e emergentes, o desen- em curso no Brasil como estudo de
volvimento do projeto contou com caso. O Forte de Copacabana, uma A criação do website contou com
a participação efetiva de um grupo das fortificações contempladas no uma equipe formada para esse
de especialistas, doutorandos e projeto, serviu de objeto de estu- fim. Participaram dessa realização
mestrandos vinculados ao LTDS. do para a Dissertação de Mestrado o programador Daniel Zandoná
de Ana Elizabeth Valle de Queiroz e o designer e ilustrador Gustavo
O projeto serviu de base a três Te- que, assentada sobre os conceitos Cleinman. A produção do Web Do-
ses de Doutoramento e duas Dis- de lugar, turistificação, patrimônio cumentário teve a participação de
sertações de Mestrado. e memória, procurou identificar André Fernandes da Paz e de Ma-
rise Carpenter Elias. Ambas as pro-
Uma delas, de Marisa Egrejas, estu- como a função original do Forte se duções contaram com a mediação
da a roteirização dialogal ocorrida transformou e que tipo de relação de Flávia Mattos e orientação do
no Projeto Palácios do Rio, e se uti- estabelece com seus visitantes na Professor Roberto Bartholo.
lizou do projeto Roteiros dos Fortes atualidade. Utilizando-se dos mes-
como contraponto às pesquisas de mos campos, Maria Martha Maciel A fase de pesquisa de campo con-
visitação turística ao Palácio, Forta- Alencastro de Souza estudou a di- tou também com a colaboração dos
leza e Morro da Conceição (FAPERJ, nâmica da Roteirização Dialogal a alunos do Curso de Graduação em
Projeto Prioridade Rio, 2010). Ana partir do projeto Palácios do Rio e Turismo da UFF: Ana Cláudia Xavier
Carolina Baker Botelho contribui na as redes de relacionamentos entre Marinho, Anne Louise Gaspar de
temática da relação das fortifica- os atores, observando a forma e a Abreu, Brenda Mayer Florentino,
ções com a cidade do Rio de Janeiro qualidade das interações e as opor- Daniella Silva dos Santos, Elaine
nos tempos mais atuais, tomando tunidades de intervenção social dos Santos Amaral, Higor Araujo de
como estudo de caso o uso públi- surgidas naqueles universos. Carvalho, Joana Morais Passos de
co do Forte Duque de Caxias, no Participaram das pesquisas e da exe- Jesus, Juliana Alves Vasconcellos,
Leme. A pesquisa de Flavia Mattos cução dos produtos as doutorandas Leonardo Bachur Brans, Lisandra
estuda a institucionalização da área Eloíse Botelho, Deise Scandiuzzi e Machado Quintanilha, Luiza Al-
de patrimônio histórico e cultural do mestrando José Ezequiel Soto meida de Lima, Marina Solera Vit-
do Exército Brasileiro e sua atuação Sánchez, que, com suas expertises ti, Rafael Santos de Oliveira, Raviny
frente aos desafios contemporâne- na área do turismo, na área do pa- Oliveira da Silva, Renato da Horta
os, tendo a experiência de Roteiri- trimônio e da matemática, respecti- Lima, Tatiana Lino Henriques e Vini-
zação Dialogal dos Fortes e Fortale- vamente, auxiliaram nos momentos cius Alves Santos do Carmo.
PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 9
AS FORTIFICAÇÕES DA BAÍA DA GUANABARA E A RELAÇÃO
PERSPECTIVA HISTÓRICA4

A ocupação portuguesa do território as fortificações foram construídas de


Poucos anos após, foi transformada
brasileiro está inserida em um mo- maneira sistêmica de forma que se
em fábrica de armas, e atualmente
mento da história europeia em que apoiassem mutuamente na defesa do
abriga a 5ª Divisão de Levantamento
se alcançam tecnologias marítimas território em caso de invasão ou de
do Exército, responsável pela con-
para a navegação de longas distân- tomada do poder por algum inimigo.
fecção e comercialização de cartas
cias visando ao comércio em pontos topográficas (GERSON, 2000, p. 67).
longínquos. A acirrada disputa entre A cada nova tecnologia ofensiva cria- Outro exemplo é o Forte de Santiago,
os países ou reinos que detinham da pelos oponentes, o sistema era na ponta do Calabouço, que durante
tais tecnologias forçou a criação e reorganizado, incluindo ou excluindo o período colonial, abrigou o Quartel
adaptação de formas defensivas al- pontos de defesa, constituindo siste- da Guarda do Vice-Rei; no Primeiro
ternativas às já conhecidas, tanto no mas defensivos diferentes para cada Império, a Casa do Trem de Artilharia
mar quanto em terra. época. Ao se tornarem obsoletas, e o Arsenal de Guerra. No início do
as fortificações eram abandonadas Séc. XX, o conjunto foi remodelado e
Desde sua fundação, a cidade do Rio ou reestruturadas para atender a serviu como Palácio das Grandes In-
de Janeiro teve função estratégica na novas funções. Muitas dessas ainda dústrias, na Exposição Internacional.
defesa do território conquistado pe- se mantêm ativas como quartéis do Atualmente, um pequeno segmento
los portugueses, exigindo a constru- Exército ou da Marinha. E justamen- das antigas muralhas pertencentes
ção de fortificações, mesmo antes de te por servir a outros propósitos, fo- ao edifício do Museu Histórico Na-
tornar-se capital da colônia e princi- ram preservadas e conservadas. cional (http://bit.ly/1uiEd2O acesso
pal porto de escoamento das suas em 27/03/2013) suporta canhões
riquezas. A impossibilidade de cer- Existem alguns exemplos de refun- apontados para onde estava o mar,
camento da cidade suscitou a utiliza- cionalização das fortificações na provocando a curiosidade e a memó-
ção de um sistema aberto de defesa história do Rio, para o uso público ria de quem passa em frente. E ainda,
na orla da Baía da Guanabara. Assim, ou militar, como a Fortaleza da Con- o Forte de Copacabana, que, desar-
ceição, mandada construir em 1715.

10 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O COM A POPULAÇÃO DA CIDADE NUMA

mado a partir de 1987, foi transfor- concentraram-se nas invasões vindas Em função das invasões do século
mado em Espaço Cultural. Dentre do mar (CASTRO, 2009, p. 143). Du- XVIII e da maior cobiça pelo ouro que
os atrativos oferecidos por ele estãorante o período colonial, em diversas chegava das minas, uma nova forti-
o acervo de peças de Artilharia de ocasiões, o cidadão comum portava ficação foi construída no Morro da
Costa dos séculos XIX e XX – perma- armas e era chamado a defender a Conceição. Mas a relação entre for-
nentemente ao ar livre –, o Museu cidade na hora do perigo. Se neces- taleza e os clérigos vizinhos à fortale-
Histórico do Exército, a biblioteca, os
sário, também as mulheres pegavam za, não foi harmônica, e o Bispo ter-
salões de exposição de arte e uma fi-em armas. Dória (2012, p. 151) relata minou conseguindo que as funções
lial da tradicional Confeitaria Colom-
um fato pitoresco ocorrido em 1581: da fortaleza fossem encerradas; o lu-
bo (http://bit.ly/1s7e490, acesso em quando a maioria dos homens esta- gar passou a funcionar apenas como
27/03/2013). Atualmente, diversos va fora da cidade, as mulheres e os depósito de armas e mais adiante,
projetos de cunho social têm lugar padres vestiram elmos militares e fábrica de armas.
em suas dependências. se dispuseram na amurada da For-
taleza de São Sebastião, no Castelo, Bem mais adiante, durante a Guerra
Ao longo dos anos, o carioca tem se como estratagema para espantar as do Paraguai, o Forte de São João foi
relacionado de diferentes maneiras embarcações invasoras francesas. transformado em Depósito de Prisio-
com as fortificações. Nos primeiros Castro (2009, p. 188) narra que essa neiros de Guerra. As instalações e o
tempos, os colonizadores necessita- mesma fortificação, em momento tratamento promoveram o vínculo
vam defender-se tanto de invasores posterior, contou com a participação dos prisioneiros com o Rio, inclusive
europeus como das tribos indígenas de vários colonos na sua reconstru- porque estes podiam sair durante
e as fortificações tornavam-se abri- ção; cada um cedeu um escravo, pelo o dia para prestar alguns pequenos
gos seguros para os ataques de am- tempo de um mês, para a execução serviços. Com o fim da guerra, mui-
bos os lados. Uma vez consolidada a do trabalho. tos deles, libertados, solicitaram
posse do território, as preocupações permissão para ficar definitivamente

4. Este texto sobre o panorama histórico foi apresentado como parte de um ar-
tigo enviado para a Conferência Internacional INVTUR 2014, que se realizou na
Universidade de Aveiro, de 7 a 10 de maio de 2014. Os artigos completos e os re-
sumos alargados selecionados serão publicados numa edição especial da Revista
Turismo & Desenvolvimento (http://www.ua.pt/degei/rtd)

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 11
por aqui (CASTRO, 2009, p. 177). da época. Houve, em consequência, meados da década de 90, o Exército
reservas e desconfianças recíprocas investe na abertura à visitação. Se-
Durante a chamada Questão Christie, que dificultaram os diálogos entre gundo a reportagem de Daniel Stycer
a população, sentindo-se ofendida militares e civis e as fortificações e a na Revista Isto é, nº 1296, publicada
com a afronta inglesa, “mobilizou-se cidade. em 03/08/1994, o Exército, na pes-
para ajudar na defesa, assumindo in- soa do General Zenildo Lucena, havia
clusive a responsabilidade pela cons- Mais recentemente, observamos autorizado a visitação pública em 15
trução ou rearmamento de algumas novo movimento de aproximação e de suas fortificações no Rio de Janei-
fortificações, como o de Copacaba- abertura das fortificações ao público ro. Percebe que, embora obsoletas
na” (idem, p. 99). Anos depois, uma promovido pelo Exército dentro da para a defesa, as fortificações são
revolta entre as forças militares colo- filosofia de “substituição da função preciosos bens patrimoniais perten-
ca esse mesmo Forte em evidência, militar das fortificações coloniais por centes à cidade (SANTOS Jr., 2010).
na dramática história vivida por civis outros projetos comunitários, numa
e militares na famosa Revolta dos 18 verdadeira passagem do ‘repelir ini- E gradualmente, a população e os vi-
do Forte. migos para o receber amigos’” (SE- sitantes vêm abraçando as fortifica-
COMANDI, 2013). Diante da consta- ções, tornando-as “sítios simbólicos
No período politicamente turbu- tação da inadequação tecnológica de de pertencimento” (ZAOUAL, 2006).
lento da Guerra Fria, instaurou-se tais equipamentos para a defesa da O maior exemplo disso é o impressio-
no Brasil um regime civil-militar em cidade contra armamentos contem- nante número de visitantes do Museu
1964, com um projeto geopolítico porâneos, o Exército vem avaliando Histórico do Exército do Forte de Co-
empenhado em fazer do Brasil uma positivamente a abertura das fortifi- pacabana: 671.672 no ano de 2010,
potência regional. As relações en- cações ao público, e alguns esforços 652.234 em 2011 e 737.307 em 2012
tre as fortificações e a população do têm sido realizados com sucesso no (Comunicação pessoal de represen-
Rio de Janeiro não ficaram imunes sentido de tratá-los como atrativos tante do Departamento de Visitantes
às polarizações político-ideológicas turísticos. Vale observar que desde do Exército, em 03 de abril de 2013).

12 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
As fortificações mais antigas que de- tegoria de Paisagem Cultural, pela nio encaminhadas pelo Exército por
pendiam do acuro visual para defla- UNESCO, conferido em 1º de julho meio de sua Diretoria de Patrimônio
grar o processo de defesa precisavam de 2012, pela UNESCO (http://bit. Histórico e Cultural. Não restam dú-
ocupar pontos estratégicos com vista ly/1olrgrr). vidas de que as fortificações foram
panorâmica, principalmente as volta- pontos de ancoragem nessa eleição.
das para o mar. Em aparelhamento Segundo a Ministra da Cultura, Ana
mais recente, a tecnologia possibili- de Holanda, nessa mesma reporta- O desafio que se colocou foi como
tou alcançar distâncias maiores e por gem, o título foi “consequência de aprimorar, de maneira sustentável,
trás de obstáculos, sendo possível um estudo minucioso do IPHAN em o uso público (turístico) das fortifi-
construir fortificações sobre antigos que se avaliou a forma criativa como cações que funcionam sob jurisdição
postos de observação no alto dos o habitante se adaptou à topografia do Exército Brasileiro.
morros e em pontos mais afastados excepcionalmente bela e irregular da
da boca da Baía. Por questões de se- cidade, inventando modos inéditos
gurança, o entorno deveria estar livre, de usufruir a vida”. Para o Presiden-
sem qualquer edificação que pudesse te do IPHAN, “a paisagem carioca é a
comprometer a visibilidade ou o rápi- imagem mais explícita do que pode-
do acesso das tropas, e isso garantiu a mos chamar de civilização brasileira
elas lugares de destaque e com vista com sua originalidade, desafios, con-
privilegiada para toda a Baía, trans- tradições e possibilidades”.
formando-se em verdadeiros marcos A nomeação do Rio de Janeiro como
da paisagem fluminense. Paisagem Cultural dependeu em
Em 2012, o Rio de Janeiro foi a pri- grande parte das fortificações, de
meira cidade do mundo a receber o suas relações com a cidade e das
título de Patrimônio Mundial na ca- propostas de gestão do patrimô-

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 13
AS FORTIFICAÇÕES PARTICIPANTES

Foram escolhidas seis fortificações Para atender aos objetivos de aber-


condições semelhantes, como Gra-
da entrada da Baía da Guanabara, goatá, em Niterói.tura à visitação, a DPHCEx mantém
sendo três no Rio de Janeiro – Forte um portal na Internet com informa-
de Copacabana, Forte Duque de Ca- Na década de 1990 (segundo en- ções sobre cada uma das fortifica-
xias (Leme) e Fortaleza de São João trevista com Cel Antônio Ferreira ções. Em tais páginas encontram-se
(Urca) – e três em Niterói – Fortale- Sobrinho), alguns projetos foram um pequeno histórico, informações
za de Santa Cruz da Barra, Forte São vislumbrados (sistema de barcas in- sobre os equipamentos bélicos, en-
Luiz e Forte do Pico. Esses dois últi-tegradas, cais, teleférico etc.), mas dereço, telefones, e-mails, e outros
mos são ligados diretamente ao For- não chegaram a ser colocados em assuntos (http://bit.ly/1mHDyZp).
te Barão do Rio Branco, responsável prática.
pela administração das visitas. Pela sua importância, localização e
Em 13 de novembro de 2000, foi atratividade, o Forte de Copacaba-
Essas fortificações foram eleitas em emitida, pela antiga Diretoria de As- na conta ainda com a divulgação de
comum acordo com a Seção de Pa- suntos Culturais (DAC), a Portaria nº terceiros, em páginas de instituições
trimônio e Projetos Culturais da 615, normatizando e regulando a ou empresas especializadas em tu-
DPHCEx, por estarem sob jurisdição abertura das fortificações à visitação rismo, como Trip Advisor, RioShow,
do Exército e disponíveis à visitação pública. Foi essa diretoria que deu dentre outras.
quando da escritura do projeto. Tam- origem, ao final do ano 2008, à Dire-
bém por pertencerem ao grupo de toria do Patrimônio Histórico e Cul-
atrativos vinculados à campanha de tural do Exército (DPHCEx), parceira
obtenção do referido título conce- deste projeto.
dido ao município do Rio de Janeiro Desde 2009, já haviam sido realiza-
de Patrimônio Mundial para a Paisa- dos estudos para a visita integrada
gem Cultural. O entendimento, na entre as fortificações5, como o “Pla-
ocasião, é de que tal projeto poderia no de Revitalização e Uso Turístico-
funcionar como piloto para a turis- -Cultural das Fortificações Históricas
tificação de outras fortificações em da Baía da Guanabara”.

Nota:

5. Destaca-se especialmente o trabalho do próprio Cel Ferreira enquanto Comandante da Fortaleza de Santa Cruz da
Barra, propositor do Plano que, em 1990, estimulou a parceria com a Universidade Federal Fluminense e seus diver-
sos Departamentos. Além disso, abriu parte do espaço para locação, atraindo grandes mídias, como emissoras de TV
que se utilizavam da fortificação como cenário de novelas de época. Esse formato de gestão repercutiu largamente,
chamando a atenção da Prefeitura de Niterói, que viu na Fortaleza uma possibilidade de criação de um novo atrativo
turístico para a cidade. (Fonte: a citada entrevista, ocorrida em 04/03/2013, no LTDS, com registro em vídeo.)

14 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
OBJETIVOS GERAL E
ESPECÍFICOS DO PROJETO

Estimular a visitação aos fortes e fortalezas da Baía de


Guanabara como patrimônio histórico fluminense e bra-
sileiro para fortalecer vínculos identitários e promover a
preservação da memória social e cultural.
• Reforçar a contribuição interinstitucional (acadêmico
e extra-acadêmico)
• Ampliar o acervo cultural da população, a oferta de
Forte do Pico e atrativos turísticos e o acesso público aos bens patri-
Forte São Luiz moniais fluminenses;

Fortaleza de São João • Elaborar plano de roteirização para visitação turística


Forte Duque de Caxias de Fortes e Fortalezas da Baía de Guanabara;
Fortaleza de San-
Forte de Copacabana • Reaplicar, ampliar e adequar o escopo da metodo-
ta Cruz da Barra
logia de Roteirização Dialogal utilizada no projeto
“Palácios do Rio” no presente projeto “Roteiro dos
Fortes”;
• Aparelhar ambiente multiuso com novas tecnologias
de comunicação e informação para suporte às rede
de pesquisadores do projeto em sua vigência desse e
como legado à comunidade acadêmica da UFRJ.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 15
ROTEIRIZAÇÃO DIALOGAL: A CHAVE PARA
COMPREENDER O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Os roteiros são ferramentas resultantes dos planejamen- ções são constituídas pelos trabalhos de Tavares (2002),
tos destinados a visitação. Estes, por sua vez, têm origem Bahl (2004a e 2004b) e Cisne (2010) no Brasil, e Figueira
em inventários turísticos, levantamentos históricos e da (2013) em Portugal, que serviram de suporte para algu-
análise do potencial de atratividade, organizados de ma- mas discussões ocorridas entre a equipe desenvolvedora
neira estratégica visando a oferecer atendimento ade- ao longo do projeto.
quado aos visitantes.
Com base nessa visão e em experiências anteriores,
Os diálogos, as parcerias, as oportunidades e as prioriza- apontamos a Roteirização Dialogal como uma ferramen-
ções que ocorrem durante a fase de planejamento com- ta metodológica para projetos de turismo situado. Esta
põem os roteiros por meio dos quais é possível identificar vem sendo desenvolvida experimentalmente pelo LTDS.
os valores assumidos e defendidos por quem os desenhou. Trata-se da criação de roteiros turísticos realizada em diá-
Nessa perspectiva, os roteiros tornam-se também propo- logo com os moradores, frequentadores e trabalhadores
sitores de sentidos e significados subjetivos, revelador de um lugar de interesse turístico (homo situs, como em
dos posicionamentos pessoais e institucionais de quem os ZAOUAL, 2006). Seu diferencial em relação aos roteiros
criou (EGREJAS, FRATUCCI & BARTHOLO, 2014). tradicionais está em não ter seu traçado determinado
em gabinete (de maneira exógena) ou à revelia, mas sim,
Enquanto a interpretação do patrimônio tem mereci-
em interlocução com os que consideram o sítio turístico
do a atenção de pesquisadores, o mesmo não aconte-
como um lugar de referência simbólica. Nessa acepção,
ce quando se trata da construção de roteiros turísticos.
observa-se o privilégio dos valores humanos em relação
As pesquisas bibliográficas relacionadas à concepção
aos valores comerciais e utilitários, favorecendo as rela-
de roteiros turísticos apresentam resultados superfi-
ções interpessoais e significativas entre visitantes e visi-
ciais com caráter predominantemente técnico. As exce-
tados (EGREJAS, BURSZTYN & BARTHOLO, 2013).

16 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
DIÁLOGOS NO SÍTIO SIMBÓLICO

A interlocução com uma instituição fortemente hie-


rárquica como o Exército foi oportunidade de grande
aprendizado para toda a equipe de desenvolvimento do
projeto, uma vez que a tônica do trabalho proposto esta-
va no diálogo com o sujeito situado (homo situs), para a
criação de um produto em benefício comum.
A parceria com a DPHCEx foi fundamental para o alcance
dos objetivos. Além de facilitar o acesso e a comunicação
com os diversos setores, comandos e Unidades Militares,
ela também auxiliou na pesquisa nos arquivos do Exército.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 17
AS MÚLTIPLAS ETAPAS DE UM PROCESSO DIALOGAL

Reuniões interinstitucionais
Atendendo ao Edital FAPERJ Pensa Rio 2011, o projeto ve de refletir a riqueza dinâmica e cultural proporciona-
foi desenvolvido pelo LTDS em conjunto com os Cursos da em sua vivência.
de Turismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) e
da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A ação inaugural do projeto foi de planejamento con-
Não se tratou de um projeto de intervenção, mas de con- junto com a Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural
cepção de um elenco de possibilidades de roteiros turís- do Exército, parceira no projeto, para apresentar deta-
ticos e materiais multimidiáticos, tomando como princí- lhadamente a estrutura-base, embrionária, e deliberar
pio sua construção de maneira dialogal. em conjunto sobre os passos seguintes. Ficou acordado
entre as partes que a atuação dos parceiros seria mais
Durante os nove primeiros meses do projeto, de julho intensa em momentos decisórios e na interface com as
de 2012 a abril de 2013, foram realizadas reuniões se- demais áreas e unidades do Exército, enquanto a equipe
manais de trabalho com a participação regular da equi- das Universidades atuaria nos planejamentos e ativida-
pe formada pelos professores das instituições coligadas, des operacionais.
doutorandos e mestrandos. Após esse período, a dinâ-
mica natural do projeto e das atividades necessitou de
encontros mais espaçados, permanecendo a equipe
trabalhando em duplas nas diversas Unidades Militares
pesquisadas, como será explicado adiante.
Na etapa inicial do projeto, buscou-se adequar e estrutu-
rar a metodologia do trabalho a partir de discussões te-
órico-metodológicas dentro da equipe. Nessas ocasiões,
foi reafirmada a intenção de apoiar e ampliar em escala
a estrutura metodológica utilizadas no projeto anterior
(Palácios do Rio), mas, tal como aquele, ter o diálogo
com os sítios como seu principal norteador. Isso significa
dizer que o projeto possuiu uma metodologia consisten-
te, mas aberta à reconfiguração porventura apresentada
pelo sítio simbólico.
Nesse sentido, um de seus maiores desafios foi a orga-
nização das ações num sistema metodológico coerente
com os princípios de flexibilidade, que ao mesmo tempo
organize meticulosamente o percurso, mas não se esqui-
18 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Destaques
Embora a motivação para o projeto tenha sido o turismo, em 2008, que nos apresentou o estado da arte em rela-
o principal valor cultuado pelo LTDS foi a aproximação da ção à disposição política e operacional para a abertura à
população com as fortificações, convergente com a ideia visitação e ao uso público dos bens patrimonializados no
de que o espaço será tanto mais turístico quanto mais Exército.
estreitos forem os vínculos entre ele e a população local.
Outro ponto de destaque logo no início do projeto foi
Assim sendo, o projeto destinou-se a construir um elen- o aparelhamento e construção do espaço multiuso com
co de roteiros entendidos como possibilidades de per- tecnologias de comunicação e informação para encon-
cursos, e não “o” roteiro ou o “roteiro dos roteiros”. Ou tros de trabalho presenciais e virtuais da rede de pesqui-
seja, não se pretendeu chegar ao roteiro único e sim a sadores do projeto. Como se tratava de uma fase mais
um elenco que pode ser combinado entre si de maneiras demorada, foi logo colocado em produção, de maneira
diversas, cujos resultados se mostrem plurais e não ne- que pudesse beneficiar o quanto antes a comunicação
cessariamente sequenciais ou integrais. interinstitucional, trazendo mais segurança no desenvol-
vimento de propostas inovadoras que dependessem de
Cada fortificação militar, cada unidade, tem o seu coman- aporte tecnológico.
do administrativo e todas as intervenções ou alterações
devem ser aprovadas por ele. A DPHCEx tem entrada
técnico-normativa exclusivamente no que tange às ques-
tões históricas e culturais desses espaços. Em respeito à
hierarquia militar, todas as solicitações e contatos com
as fortificações deveriam ser realizadas por intermédio
da própria DPHCEx, que faria a mediação entre as equi-
pes das Universidades e os comandos das unidades e
zelando pelo atendimento das necessidades do projeto.
Logo de início, nossos parceiros colocaram à nossa dis-
posição dados primários e secundários que já estavam
digitalizados. Ressaltando que os objetivos do projeto
também são os seus, se dispuseram a facilitar o acesso
aos dados que ainda não estavam sistematizados, abrin-
do seus arquivos aos nossos pesquisadores.
Dentre os documentos indicados, vale destacar as “Nor-
mas para a preservação e difusão do Patrimônio Cultural
do Exército Brasileiro” (http://bit.ly/1pEtBuH), publicado
PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 19
Ações iniciais
A concepção do projeto para a sub- O evento também deu ensejo à pri-
missão ao processo de seleção ao meira apresentação pública do pro-
Edital Pensa Rio 2011 foi precedida jeto, pelo coordenador, Prof. Bartho-
por uma série de visitas técnicas às lo, e ao início de inúmeras conversas
fortificações eleitas para participa- e apresentações.
rem do projeto, a convite do próprio
parceiro. Nessas ocasiões, a equipe O evento organizou uma visita técnica
de pesquisadores do LTDS foi acom- às fortificações. Essa atividade incen-
panhada pelos professores das insti- tivou os participantes a apresentarem
tuições acadêmicas envolvidas, por suas impressões e seus depoimen-
oficiais da DPHCEx, pelos oficiais tos, gravados em mídia digital, servi-
comandantes das fortificações e por ram de suporte para a compreensão
alguns soldados-guias. das questões específicas relativas ao
tema.
Uma vez agraciados pela seleção, a
primeira ação do projeto foi apoiar A atividade contou com o apoio da
a DPHCEx e participar na realização Marinha do Brasil, que forneceu o
do 8º Seminário de Cidades Fortifica- transporte marítimo.
das e do 3º Encontro de Gestores de O Seminário serviu para a equipe
Fortificações6, ocorrido no Forte de conhecer mais profundamente os
Copacabana no período de 22 a 26 problemas recorrentes e as soluções
de Outubro de 2012. A intenção da propostas, as expectativas e os re-
equipe era aproveitar a ocasião privi- cursos disponíveis, as características,
legiada e realizar imersão nos assun- os estudos realizados, e as institui-
tos relativos à gestão das fortifica- ções envolvidas.
ções como pano de fundo essencial
para conceber o planejamento dos
roteiros da maneira dialogal precon-
cebida. Naquele momento, foram
realizadas oito entrevistas com espe-
cialistas e questionários que foram
incluídos nas pastas dos participan-
tes e recolhidos ao final do evento.
20 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Colaboração acadêmica Operacional
Em ação parceira com a DPHCEx, o No rol das ações iniciais há, tam-
LTDS propôs lançar uma edição espe- bém, a criação de logotipo, marca,
cial do CVT - Caderno Virtual de Tu- identidade visual, papel timbrado e
rismo relativa ao assunto “Turismo outras papelarias, e, ainda, a con-
em Fortificações”, vinculada a esse fecção de camisetas que serviram
evento. Foi levada ao ar em outubro de uniforme para pesquisadores e
de 2013, contando com artigos de auxiliares.
especialistas, uma entrevista, litera-
tura clássica sobre o tema, relato de
experiência, e o projeto em desen-
volvimento (http://bit.ly/1heIcWO).

6. Os seminários tiveram início no Uruguai, sob a coordenação do Espacio Cultural Al Pie de La Muralla. Sua sexta
edição foi realizada em Florianópolis, SC, sob os auspícios da Universidade Federal de Santa Catarina e a sétima, em
Bertioga, SP, promovida pela Prefeitura local. Os encontros têm como finalidade o intercâmbio entre especialistas
de diferentes países (onze, na última edição) e a apresentação das ações que vem sendo desenvolvidas em relação
à sustentabilidade, parcerias, projetos, captação de recursos, manutenção, conservação dos edifícios e acervos,
pesquisa e documentação, divulgação, corpo técnico, educação patrimonial, visitação e turismo, acessibilidade, uso
adequado dos espaços, entre outros temas. http://cidadesfortificadas.ufsc.br

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 21
22 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Aspectos metodológicos
A metodologia utilizada apoiou-se sobre um levan­tamento que se divi-
diu em sete recortes:
1. Ouvindo os especialistas
2. Participação no 8º Seminário de Cidades Fortificadas
3. Diálogo com gestores
4. Características dos visitantes das fortificações
5. Inventário Turístico
6. Estudos bibliográficos e iconográficos
7. Iniciativas afins
Não se deve tomar o sequenciamento temporal indicado de maneira
rígida. Em diversos momentos, as atividades foram simultâneas.
A apresentação de cada um dos recortes está estruturada consideran-
do as categorias abaixo, identificadas pelos ícones:

Levantamento de dados e instrumentos

Critérios de análise

Resultados alcançados

Lições aprendidas

Em alguns casos, apresentamos algumas


proposições especialmente relacionadas
ao item abordado.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 23
OUVINDO OS ESPECIALISTAS

O primeiro levantamento iniciou com entrevis- de entrevista foram encaminhadas a eles com an-
tas aos especialistas durante o citado Seminário. tecedência solicitando suas aquiescências, a au-
Ao longo do desenvolvimento do projeto, outros torização para a publicação e o agendamento de
especialistas foram sendo consultados, em datas horário de entrevista durante o evento. A lista de
marcadas para esse fim e, na medida do possível, pessoas entrevistadas e seus currículos encontra-
tiveram seus depoimentos registrados como insu- -se no Apêndice 1.
mo ao desenvolvimento do projeto. As questões

Os assuntos discutidos nas entrevistas foram ca- os possíveis sentidos e usos das fortificações na
tegorizados e os trechos que apontavam para o contemporaneidade. Queríamos identificar, por
“novo papel dos fortificações” foram colocados seguinte, quais as ênfases sugeridas por eles – se
em relevo. Na ocasião em que tais dados fo- funções de cunho social, arquitetônicas, urbanís-
ram tratados, mostrava-se importante identifi- ticas, bélicas, históricas – bem como suas opini-
car quais as impressões dos especialistas sobre ões quanto ao uso turístico.

• Há consenso quanto ao fato de que os fortes cultural do Brasil.


e fortalezas da Baía de Guanabara só perdu-
raram no tempo graças à consciência de pre- • Há consenso quanto a importância do papel
servação patrimonial que é um dos objetivos do Exército para a preservação e conservação
do Exército Brasileiro, evitando com isso que das fortificações como sítios simbólicos da
as fortificações sofressem qualquer tipo de identidade nacional brasileira.
especulação imobiliária e degradação am- • Há consenso sobre necessidade de dinamizar
biental do sítio histórico. os usos públicos, salvaguardadas as vocações
• Há uma variedade de entendimentos em re- de cada fortificação.
lação aos novos papéis dos fortificações da • Há um importante esforço de parte de es-
Baía de Guanabara, com cada especialista ob- pecialistas na busca de novas possibilidades
servando o tema e construindo um discurso a para o uso e a conservação das fortificações.
partir de sua própria perspectiva disciplinar. O desafio está em apontar soluções criativas
• Há consenso quanto à obsolescência bélica e factíveis, que alcancem aumentar o interes-
da Artilharia de Costa das fortificações da se da sociedade para com esse patrimônio,
Baía de Guanabara e quanto à sua inestimá- vinculando passado, presente e futuro.
vel importância como patrimônio histórico e • Há consenso em que o uso turístico pode ser

24 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
positivo e contribuir para a conservação do • Há consenso em relação à importância do uso
patrimônio histórico, porém não há consenso público (não estritamente turístico) das forti-
com relação às modalidades de visitação tu- ficações, estreitando os vínculos do Exército
rística a serem priorizadas. Brasileiro com a sociedade civil.

• A configuração do Sistema Defensivo da Baía ca das fortificações, como elemento de uma


da Guanabara ocorreu em sucessivas cama- estratégia de estreitamento de seus vínculos
das históricas. com a população.
• Há uma obsolescência das fortificações para • A relevância das parcerias entre as esferas pú-
o desempenho das funções para as quais fo- blica, privada e sociedade civil, para a viabili-
ram originalmente criadas. zação de projetos que valorizem o patrimônio
histórico e as relações entre as fortificações e
• A importância da abertura à visitação públi- as cidades.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 25
PARTICIPAÇÃO NO 8º SEMINÁRIO DE CIDADES
FORTIFICADAS

O Seminário também ofereceu oportunidade ços eletrônicos do público inscrito, apresentando


para o levantamento dados a partir de questioná- os objetivos do projeto e solicitando que as res-
rios semiabertos enviados para todos os endere- postas fossem encaminhadas para o LTDS.

Os questionários distribuídos para o conjunto encontram apensadas ao final deste documen-


dos participantes do Seminário não atendeu às to (Apêndice 2). Para não comprometer estatis-
nossas expectativas, uma vez que não consegui- ticamente os resultados da pesquisa, optamos
mos alcançar um número representativo de res- por abandoná-los, ficando registrada, apenas, a
postas. A estratégia não foi acolhida pelos par- resposta de um dos participantes que se sentiu à
ticipantes como o esperado e apenas 10% dos vontade para fazer suas considerações de apoio
questionários foram respondidos e reenviados. ao projeto, sem se ater ao questionário proposto
O conjunto de perguntas e uma das respostas se (no mesmo Apêndice 2).

26 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O instrumento não se mostrou adequado para co tempo para o preenchimento do questionário,
um evento carregado de atividades e com pou- não tendo alcançado a devida evidência.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 27
Nota: no âmbito deste projeto, consi-
DIÁLOGO COM OS GESTORES deramos gestores os militares que se
encarregam diretamente da visitação
pública nas fortificações históricas.

O terceiro procedimento de levantamento de da- do projeto em suas reuniões semanais.


dos objetivou registrar as ações e os propósitos
dos gestores das seis fortificações para o presente, Foi dividido em três blocos de questões: como os
e as expectativas e visões para o futuro. A intenção gestores percebiam a visitação atual; a relação
era ouvi-los em relação ao uso público das fortifi- entre a fortificação e seu entorno; e as ações em
cações, corroborando com os princípios dialógicos andamento implicadas na visitação.
defendidos pelo projeto. As entrevistas ocorreram Como metodologia de trabalho, dividimos a equipe
a partir de um roteiro de perguntas aberto, pre- de pesquisadores pelo número de fortificações e, a
viamente disponibilizado, que orientou a tomada partir de então, cada dupla ficou responsável por
de depoimentos sobre os pontos de interesse do coordenar os trabalhos de levantamento de dados
projeto (Apêndice 3). Este roteiro de questões foi em sua fortificação. O quadro com as informações
criado e amplamente discutido pelos participantes das unidades encontram-se no Apêndice 4.

As entrevistas com os gestores e a observação resultados das entrevistas foram utilizadas para
dos pesquisadores produziram um conjunto dos a sistematização das informações sobre as condi-
dados levantados que serviram à análise do po- ções de abertura à visitação de cada fortificação
tencial turístico de cada fortificação e do conjunto e no relacionamento que mantinham com o en-
delas, identificando os pontos frágeis e os pontos torno. Esse levantamento não teve como objeti-
consistentes ou potentes; ponderamos sobre as vo proceder a análises mais aprofundadas, sendo
necessidades de alteração de procedimentos in- utilizado apenas como instrumento provocador
ternos ou externos; identificamos os diferenciais de diálogo. Para isso, foram organizados tendo
a serem explorados; examinamos os problemas como categorias os seguintes temas: gestão, co-
iminentes, além de estimarmos os impactos das municação, projetos, atrativo turístico, progra-
visitas potenciais a partir de novos roteiros. Os mas, grupos e eventos comemorativos.

28 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
• Os diversos encontros promovidos no âm- rico e dinamização das atividades culturais
bito do projeto serviram para fortalecer o e de visitação. Atualmente, todas as forti-
diálogo com gestores. ficações, com exceção da Fortaleza de São
João, assumiram a cobrança de ingressos a
• O conhecimento dos gestores sobre as vi- preços populares e acessíveis, bem como
sitações, ainda que não totalmente siste- políticas de isenção e descontos.
matizados, foram suficientes para traçarem
um quadro das características mais típicas • Quanto à recepção dos visitantes, foram
ou recorrentes dos visitantes. constatadas diferentes modalidades, va-
riando da opção da visita autoguiada (como
• Foram identificados problemas comuns a ocorre no Forte de Copacabana) às exclusi-
todas as fortificações estudadas, cujo en- vamente acompanhadas e mediadas pelos
frentamento é preponderantemente feito soldados-condutores (como na Fortaleza
por cada fortificação isoladamente e de- de Santa Cruz da Barra). No caso das visi-
pende em larga medida de iniciativas indi- tas mediadas, as fortificações se utilizam
viduais localizadas. dos soldados que a cada ano se alistam no
• Há uma tendência para a convocação de Serviço Militar naquelas unidades, ou do
militares da Reserva para assumirem esses serviço dos que, após o período obrigató-
postos de gestão relacionados ao patrimô- rio, optam por se engajarem à corporação,
nio (p. ex., os Coronéis Joel Corrêa, do For- permanecendo por mais sete anos.
te Duque de Caxias, e Thadeu de Macedo, • Os soldados condutores são escolhidos se-
da Fortaleza de São João), justamente para gundo os critérios de manifestação de inte-
suprir esta dificuldade da exigida mobili- resse, conhecimento de idiomas e de perfil
dade dos quadros oficiais, tendo em vista para o exercício da função, e recebem ca-
que os gestores das fortificações obedecem pacitação pelas próprias Unidades Milita-
aos procedimentos gerais de promoção do res para a recepção de visitantes e para a
Exército, podendo a maioria ser deslocada interpretação do patrimônio, em número
para outras funções a cada início de ano. variado, dependendo da fortificação.
• Diante do ponto acima descrito, vale ressal- • Quanto à qualificação dos soldados con-
tar que os planos de visitação ficam limi- dutores, também diferem quanto à meto-
tados a uma visão de curto prazo. Ou seja, dologia utilizada por cada fortificação. Em
ainda que o gestor tenha feito o esforço de alguns casos, uma apostila é disponibili-
se especializar no tema da gestão voltada zada para que o conteúdo seja aprendido,
ao turismo ou à recepção de público, isso memorizado e ocasionalmente exposto ao
não garantirá sua permanência na função visitante. Em algumas fortificações os pro-
de gestor de uma edificação com valor cedimentos são mais rigorosos e envolvem
histórico-cultural, podendo ser substituído arguição, treinamento prático, prova de
por outro gestor nem sempre sensível à im- conteúdo, de domínio de grupo e posturas
portância do patrimônio simbólico. éticas.
• A visitação escolar foi manifestadamente
• Quanto à relação com o entorno, foram
importante para todos os gestores.
identificadas algumas ações regulares e ou-
• As fortificações enfrentam dificuldades fi- tras eventuais. A Fortaleza de São João, vis-
nanceiras para a manutenção do sítio histó- ta em seu aspecto mais amplo, atende aos
desportistas em eventos esportivos públi-

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 29
cos, além de receber jovens e crianças em tema da ecologia com ações de reflores-
sua Colônia de Férias, a mais antiga do país, tamento dos morros da região, que datam
mas não desenvolve programas específicos desde 1987, integrando, inclusive o Conse-
de relacionamento com o entorno. Em Nite- lho Consultivo das antigas APAs do Morro
rói, o Forte Barão do Rio Branco, que abriga do Leme e do Urubu, e do Morro da Babi-
o Grupo Monte Bastione (21 GAC) e admi- lônia. Importante citar a tradicional Colônia
nistra os fortes históricos São Luiz e do Pico, de Férias realizada há mais de 45 anos, que
apoia alguns projetos sociais na região, ce- congrega as escolas do entorno e de dife-
dendo o espaço para suas atividades (como rentes bairros da cidade. Mensalmente, ini-
por exemplo as atividades esportivas rea- ciativas de caráter religioso se desenvolvem
lizadas com crianças e jovens do entorno). por meio de uma Via Sacra com o apoio da
Realiza anualmente a Caminhada Ecológica Capelania.
que interliga os Fortes Barão do Rio Branco,
São Luiz e do Pico à Fortaleza de Santa Cruz • Com exceção dos Fortes São Luiz e do Pico,
da Barra e atrai moradores dos arredores e as demais fortificações alugam seus espa-
de outras regiões mais longínquas das cida- ços para eventos, o que termina ajudando
des do entorno. A Fortaleza de Santa Cruz na divulgação do espaço.
da Barra, além de participar da citada Ca-
minhada Ecológica, mantém ações pontuais • Não foi percebida a existência de um pro-
nas comunidades do entorno com palestras cedimento padrão para as parcerias entre
e ações humanitárias em dias comemora- as esferas pública e sociedade civil, sendo
tivos, como p. ex. no Dia do Soldado. Na administradas da forma mais conveniente
Fortaleza de Santa Cruz da Barra, também para cada uma delas, respeitando-se a le-
foi possível percebermos algumas ativida- gislação em vigor. O procedimento mais re-
des conjuntas entre militares e moradores corrente é realizar contratos pelo período
do Bairro vizinho de Jurujuba, com relação de 3 meses, o que os torna mais ágeis. A
aos preparativos em comemoração ao dia demora nos processos burocráticos para a
de Santa Bárbara (4/12). No Forte de Copa- realização dos projetos de prazo mais longo
cabana, o estreitamento da relação entre a foi lamentada por todos os gestores.
fortificação e a comunidade se dá principal-
• Em uníssono, os gestores declararam esta-
mente pela abertura do espaço para ativi-
dades culturais promovidas e frequentadas rem buscando ampliar as ações de divulga-
pelos moradores do bairro e adjacências, ção das visitas. Com exceção do Forte de
por exemplo, os jovens do Projeto dos Vio- Copacabana, evidenciaram que a insuficiên-
lões do Forte, oriundos principalmente das cia de infraestrutura e de suportes técnicos
comunidades do Cantagalo, Pavão e Pavão- para ambientes tombados pelo Patrimônio
zinho e as senhoras que freqüentam o ate- – que implica a redução da capacidade de
liê de pintura. No Forte Duque de Caxias, carga – não permite maiores investimentos
o envolvimento maior está relacionado ao na divulgação da fortificação como atrativo
turístico.

30 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
• Constatamos que o nível de articulação das • A abertura das fortificações impõe uma ade-
fortificações em relação à gestão da visitação quação do Exército a novas atividades de inte-
pública é reduzido. ração com a sociedade civil em diferentes âm-
bitos, como cultura, arte, esporte, lazer, meio
• Há reconhecimento crescente pelas Unidades ambiente e turismo.
Militares da importância da visitação pública
no interior dos seus sítios históricos.

• Indicamos especialmente o trabalho em par- rão advir de apoios financeiros de empresas


ceria com Guias credenciados pelo Ministério do trade turístico.
do Turismo (atuando em dupla com os solda-
dos condutores), visando assegurar a conti- • Aconselhamos, ainda, o estabelecimento de
nuidade e a melhor qualificação na prestação convênios para a oferta de estágio a estudan-
do serviço. As remunerações dos Guias pode- tes universitários e de escolas técnicas.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 31
CARACTERÍSTICAS DOS VISITANTES DAS
FORTIFICAÇÕES (MORADORES E TURISTAS)
O projeto buscou mapear características dos visitantes das fortificações com base em um levantamento de
dados primários com o objetivo de responder as seguintes questões: Quem visita as fortificações? De que
maneira a visita foi realizada? Quais as motivações para a visita? Como avalia a experiência?
Os dados obtidos (quantitativos e qualitativos) estão apensados a esse relatório no Apêndice 6.

O instrumento de pesquisa utilizado foram for- Luiz e do Pico. Para cada unidade havia uma equi-
mulários de entrevistas cuja aplicação a campo pe interinstitucional de pesquisadores conformada
contou com relevante respaldo institucional da por um(a) coordenador(a) e quatro estudantes de
DPHCEx, dos gestores das Unidades Militares e graduação em turismo. Com identificação comum
das fortificações relacionadas. pela camiseta do projeto, as equipes trabalharam
nos turnos das 9 h às 12 h e das 13 h às 16 h. As
O levantamento aconteceu nas seguintes unida- unidades colaboraram com a segurança no ar-
des de observação: 1. Forte de Copacabana, 2. mazenamento dos tablets ao longo do período e
Forte Duque de Caxias, 3. Fortaleza de São João, com o acesso ao sinal de internet, tanto quanto
4. Fortaleza de Santa Cruz da Barra e 5. Fortes São possível.

32 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
* Nota: Nesse item apresentamos um resumo da pesquisa de caracterização do visi-
tante das fortificações. Feita inicialmente como insumo para a criação dos roteiros,
no prosseguimento do projeto, entendemos por bem tratá-la como um produto au-
tônomo, sendo este o produto 2. Mais informações sobre este e os demais produtos
na pág. 91 e no Apêndice 6.

Intrumentos para a coleta e armazenamento de Caso contrário, aplicou-se o formulário para tu-
dados ristas (em português, espanhol ou inglês). Com
vista a facilitar o processo de comunicação, as
Para a coleta de dados, foram feitas entrevistas mesmas perguntas e opções de resposta presen-
em formato digital junto a pessoas com idade tes nos formulários digitais foram impressas e im-
igual ou superior a 14 anos. Os formulários digi- permeabilizadas no formato de fichas (tamanho
tais eram aplicados no momento da saída da for- A5) como material de apoio aos entrevistadores.
tificação, numa frequência de abordagem 1:5, ou
seja, uma entrevista a cada cinco visitantes (in- Como parte do levantamento, logo após o grupo
clusive para os grupos). Os instrumentos foram de perguntas fechadas, foi ralizada uma pergunta
criados para atender a dois grupos de público dis- aberta de caráter qualitativo.
tintos: visitantes moradores e visitantes turistas
(Apêndice 5). Ao final de cada dia, os dados armazenados nos
tablets eram remetidos (uploads) ao servidor. Para
Aplicou-se o formulário para visitantes morado- facilitar consequentes análises por parte dos inte-
res (em português) quando o(a) entrevistado(a) grantes da equipe, os dados gerados pelo programa
declarou-se residente em municípios das regiões DroidSurvey (.sps) foram exportados para planilhas
metropolitanas do Rio ou de Niterói (Quadro 1). Excel (.xlx) de uso corrente.

Quadro 1: Lista dos municípios de residência para os visitantes moradores

Moradores Municípios da região metropolitana


Rio de Janeiro Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis, Mesquita, Belford Roxo e São João do Meriti
Niterói São Gonçalo e Magé

Treinamento para o levantamento dos procedimentos de uso do formulário digital,


assim como a retirada de dúvidas, registros dos
Foram realizadas duas oficinas de preparação contatos telefônicos e integração do grupo. Nes-
para a saída a campo. A primeira, acontecida sa oportunidade foram distribuídas as ajudas de
nas dependências do LTDS/COPPE/UFRJ, Rio de custo para os pesquisadores, conforme Relatório
Janeiro, teve ênfase na postura profissional de Financeiro.
abordagem aos entrevistados e no rigor da ali-
mentação digital dos dados. A segunda, aconte-
Ação piloto
cida no campus Valonguinho da UFF, Niterói, con-
tou com a participação de cerca de 25 pessoas Uma ação piloto foi realizada no Forte de Copaca-
entre pesquisadores das universidades parceiras bana nos dias 16, 17, 19, 20,22, 23 e 24 de março
e estudantes de graduação em turismo da UFF. de 2013, coordenada por duas pesquisadoras inte-
Nessa atividade foram ressaltados os propósitos grantes do LTDS⁄UFRJ e executada por quatro alu-
do levantamento, a importância da objetividade nas dos cursos de turismo da UFF, sendo duas para
na condução das perguntas dos formulários, as cada turno (manhã e tarde) e destas, uma bilíngue
posturas no trato com os entrevistados, assim (para inglês ou espanhol). Essa ação piloto teve
como do compromisso de fidelidade na alimenta- como objetivo testar os instrumentos de coletas e
ção das respostas. Também foi feita uma revisão avaliar as facilidades e dificuldades operacionais.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 33
Recolhimento e ordenamento de dados primários Maio foi a época escolhida pela equipe devido
aos seguintes critérios: mês em que chove pouco
Realizados os necessários ajustes nos formulários e com apelo de visitação pelos dias luminosos e
e procedimentos de abordagem, procedeu-se ao bonitos, mês que foge dos extremos das altas e
levantamento de campo para a caracterização dos baixas estações de turismo.
visitantes do conjunto de fortificações militares, no
período de 18 a 25 de maio de 2013 (Quadro 2).

Quadro 2: Cronograma do levantamento de campo

Data
Unidade de observação Cidade Dias da semana
(Maio de 2013)
Forte de Copacabana 18 e 19 Sábado e Domingo
Forte Duque de Caxias Rio de Janeiro 21 e 22 Terça-feira e Quarta-feira
Fortaleza de São João 24 e 25 Sexta-feira e Sábado
18 e 19 Sábado e Domingo
Fortaleza de Santa Cruz 21 e 22 Terça-feira e Quarta-feira
Niterói
24 e 25 Sexta-feira e Sábado
Fortes São Luiz e do Pico 18, 19 e 25 Sábado e Domingos*
* As visitações de moradores e turistas se dão nos finais de semana. Os dias de semana são destinados às escolas
previamente agendadas.

34 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Quantidade de entrevistas realizadas por unidade de observação
Foi entrevistado um total de 900 visitantes (Quadro 3), na seguinte distribuição:

Quadro 3: Total de visitantes entrevistados por unidade de observação

Total de visitantes entrevistados


Unidades de Observação Cidades
(moradores e turistas)
Forte de Copacabana 438
Forte Duque de Caxias Rio de Janeiro 168
Fortaleza de São João 122
Fortaleza de Santa Cruz 115
Niterói
Fortes de São Luiz e Pico 57
TOTAL 900

Sondagem qualitativa aberta: “Em poucas palavras, qual é o seu senti-


mento em relação a este forte?” A intenção era
No período das entrevistas, realizamos uma son- obter um mapeamento das sensações associadas
dagem qualitativa com base em uma pergunta às visitações.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 35
O ordenamento dos dados qualitativos e quanti- definidas pela equipe do projeto de acordo com as
tativos de caracterização do público foi realizado perguntas orientadoras da pesquisa (Quadro 4).
por meio de um conjunto de variáveis descritivas

Quadro 4: Perguntas orientadoras e respectivas variáveis para a caracterização dos visitantes

Perguntas Variáveis descritivas


Quem visita as fortificações? • Moradores e turistas (nacionais e estrangeiros)
• Local de residência dos visitantes moradores
• Condição militar ou civil
• Gênero
• Faixa etária
• Escolaridade
• Visitação individual, em família ou em grupos
• Frequência de visitação dos moradores àquela fortificação
• Visitas anteriores a outras fortificações da Baía de Guanabara
Como foi a visita? • Recepção e atendimento pelo pessoal do Exército
(De que maneira ela foi rea- • Avaliação dos equipamentos e serviços oferecidos (estacionamento, ma-
lizada) pas e folhetos, sanitários, serviços de alimentação, adequação do am-
biente para as crianças e para os portadores de mobilidade reduzida,
sinalização interna e externa, duração da visita)
Por que fazer a visita? • Principais motivações para a visita às fortificações
Como foi a experiência? • Intenção de repetir a visita
• Intenção de indicar as fortificações a outras pessoas
• Sensação provocada pela visita

36 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Uma síntese dos resultados da pesquisa é apresentado a seguir:

as nas entrevis-
en te não foram incluíd
preponderam os civ
is re lati va m s escolas, contin-
tas as crianças da
Quem visita? aos militares. ente significativo
gente estatisticam
- ções.
edominam sobre Em todas as fortificações há equi das visita
Os moradores pr
s as fortificações, líbrio entre visitantes dos gêneros itas em famí-
os turistas em toda ba - pa ra Pr eponderam as vis
rte de Co pa ca inino, ta nt o infira que há
com exceção do Fo Em masculino e fem s. lia , permitindo que se
na onde a relação
se in ve rte .
moradores quanto
para tu ris ta rtificações como
on - identificação das fo
há cla ra pr ep lazer, pelos vi-
meio aos turistas, m vis ita ntes ad ul tos (de espaços familiares de
derância dos nacio
nais. Prepondera s idosos, sitantes entrevistado
s.
26 a 50 anos), seguidos do
frequentes em o visitantes me- feitas sem
Os visitantes mais te s com os jovens com Pr ep onderam visitas
s são re sid en sobre as
todas as fortificaçõe de nos frequentes. re gu laridade periódica
seguidos pe lo s dicando uma
no Rio de Janeiro, Ca - nt es co m ní- primeiras visitas, in
, Duqu e de Prepondera m vis ita ações na vida
Niterói, São Gonçalo rio , se gu id os , be m de integração das fortific
xias e Nova Iguaçu
. vel universitá e fun- cotidiana dos visitant
es.
lo nge, pe los de nível médio
ficações, nas vi- damental. Deve ser destacado que
Em todas as forti
opção de lazer,
sitas feitas como

lhetos usados como material comu- Fortes de São Luiz e do Pico e For-
De que maneira foi realizada? taleza de Santa Cruz da Barra.
nicativo de apoio à visitação.
A maioria dos entrevistados avaliou Grande parte dos visitantes de todas
o atendimento pelo pessoal do Exér- Número expressivo de visitantes
avalia como ruins os serviços sanitá- as fortificações avaliou como “ruim” o
cito como ótimo ou bom. quesito “adequação do ambiente para
rios disponíveis nas fortificações.
Grande parte dos visitantes chega pessoas com mobilidade reduzida”.
às fortificações de carro, o que pode Apenas o Forte de Copacabana apre-
sentou um equilíbrio entre as avalia- O tempo médio de permanência
ser indicativo de precariedades na mais alto dos visitantes nas fortifica-
mobilidade urbana e acessibilidade ções “ótima” e “boa” para os servi-
ços de alimentação ofertados. ções é na Fortaleza de São João, de-
nas cidades do Rio de Janeiro e Ni- pois, no Forte de Copacabana (mais
terói. Há expressivos valores de avaliação de três horas).Predominam nas de-
Há expressivo desconhecimento em “ruim” para o quesito “adequação mais fortificações visitas com dura-
relação à existência de mapas e fo- do ambiente para as crianças”, nos ção entre uma e duas horas.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 37
ze r a visita?
Por que fa ara as visi-
e m otivação p
ais freqü e n te d tar a natu-
A opção m fi ca ç õ e s foi “desfru
as as forti
tas em tod al”.
isagem loc
reza e a pa onhecer/
a is fr e q ü ente foi “c m ex-
opção m militar”, co gar
A segunda histórico e
tr im ô n io nde este lu
rever o pa aleza de São João, o des físicas/
ceção da F
ort
ç ã o “ p rati car ativida
pela op
é ocupado
.
esportivas”

segurança e fruição da beleza sua população e simbolismo


Como foi a experiência da denso como local de fundação
cênica em meio a um contexto
visita? urbano turbulento. da cidade do Rio de Janeiro.
A grande maioria, tanto de mora- No caso da Fortaleza de Santa
• No caso do Forte Duque de Ca- •
dores como de turistas, manifesta Cruz da Barra, a prevalência do
xias, o equilíbrio entre as três
interesse em repetir suas visitas às campo “cultura” com diversi-
sensações pode indicar que a
fortificações e recomendar o pas- ficada distribuição dos senti-
vida no bairro do Leme ofere-
seio para outras pessoas. mentos a ele associados, pode
ce aos moradores condições de
relativa tranquilidade em com- indicar a densidade do valor
As principais sensações associadas
paração a Copacabana, permi- histórico-patrimonial do sítio.
pelos visitantes às suas experiên-
cias nas fortificações são referidas tindo que a fruição dos outros
• No caso dos Fortes São Luiz e do
a três campos identificados por campos (“beleza” e “cultura”)
Pico, a prevalência dos campos
três palavras-chave: “beleza”, “paz” apareça com mais intensidade.
“cultura” e “beleza” com for-
e“cultura”. te menção a maravilhamento
• No caso da Fortaleza de São
João, a prevalência do campo diante da beleza cênica e valo-
• No caso do Forte de Copaca-
“cultura” e a particular ênfase rização da memória histórica
bana, a prevalência do sen-
na menção ao pertencimento podem ser indicativos de que os
timento de “paz” pode estar
podem estar associadas a pe- visitantes cheguem a esse lugar
associada à possibilidade de se
culiaridades do bairro da Urca, de difícil acesso com disposições
encontrar um sítio onde seja
com forte presença militar em e propósitos bem definidos.
possível lazer em condições de

38 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O conjunto de variáveis descritivas apresentado uma perspectiva individual, para cada uma das
pela equipe do projeto para o levantamento de fortificações e do conjunto delas. O recolhimento
campo da demanda dos visitantes, cujos resulta- em longo prazo destes registros permitirá o tra-
dos e análises são apresentados neste documen- çado de curvas históricas de comportamento e a
to, poderão se converter em indicadores úteis geração de um perfil dos visitantes das fortifica-
para a conformação de um sistema de monitora- ções da Baía de Guanabara. Projetos de parcerias
mento da satisfação do visitante (levantamentos com centros de pesquisa e universidades pode-
periódicos, tanto na alta quanto na baixa estação, rão ser estabelecidas no sentido de viabilizar as
e no decorrer de vários anos – série histórica), em ações propostas.

• As fortificações do Rio e de Niterói mostraram tação e ampla divulgação destes tipos de ro-
bom poder de atração junto aos moradores teiros é estratégica por estimular o aumento
das adjacências. Assim, a integração entre as da visitação em curto prazo.
fortificações e atrativos turísticos e culturais
de seus arredores deve servir para valorizar • Para um crescimento a médio e longo prazo,
a cidade a partir do patrimônio existente nas vale pensar em roteiros que, aplicando os
regiões mais próximas às residências dos visi- ajustes necessários para sua execução, re-
tantes moradores. sultarão em impacto positivo, tanto no incre-
mento das visitações quanto na valorização
• Os roteiros devem favorecer a mobilidade ur- do patrimônio pela sociedade.
bana de forma alinhada às tendências atuais
pelo uso de transporte público (ônibus, bar- • Sugere-se a idealização de roteiros entre as
cas e metro), bicicletas e caminhadas a pé. fortificações do Rio, entre as fortificações de
Niterói e entre as do Rio e de Niterói, colo-
• Os roteiros devem apoiar-se em elementos cando em evidência a paisagem cultural, e
já presentes na paisagem cultural do Rio e estimulando uma visão desse conjunto.
de Niterói, facilitando a sua implementação.
Evidenciam-se as feiras locais, diversidade de • Os dados sugerem a elaboração de propostas
padrões arquitetônicos, monumentos e ruas que considerem o público de terceira idade e
históricas entre outros. do crescente aumento dessa faixa etária na
população do país.
• É importante o desenho de propostas de ro-
teiros que possam ser apropriados imediata- • Para maior atração do público jovem, há que
mente por visitantes, sem a necessidade de se considerar o uso da web pelo seu poder
maiores intervenções e gastos. A implemen- de comunicação digital e imagética, especial-
mente junto a este segmento.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 39
INVENTÁRIO TURÍSTICO

O quinto procedimento de levantamento de da- utilização turística, identificação de fatos e perso-


dos foi um inventário turístico. Para dar cumpri- nagens relevantes, recolhimento de histórias de
mento a essa fase, optou-se por utilizar uma sele- vida, caracterização dos aspectos arquitetônicos
ção de itens dos formulários disponibilizados pelo das edificações, identificação do acervo atual, do
Ministério do Turismo, elencando aqueles cujas estado de conservação dos equipamentos, levan-
respostas auxiliassem diretamente na tarefa de tamento dos aspectos legais e os relacionamen-
caracterização da infraestrutura de visitação atu- tos já estabelecidos com instituições públicas ou
al, no que respeita à acessibilidade, sinalização e privadas ligadas ao trade turístico (Apêndice 7).

Os resultados do inventário foram categorizados lização de serviços de prestadores locais. Esses


por fortificação segundo os propósitos de ade- dados também foram úteis para compor as Reco-
quação dos roteiros aos espaços físicos e de uti- mendações ao parceiro.

• A grande peculiaridade das fortificações do dificulta a realização de roteiros com pesso-


entorno da Baía da Guanabara é a integração as inexperientes em passeios de bicicleta no
entre os usos militares e de visitação pública. trânsito. Como exceção, citamos os Fortes de
Trata-se em larga medida, de uma peculiari- Copacabana e Duque de Caxias, que são inter-
dade brasileira, que, ao mesmo tempo con- ligados por uma ciclovia que percorre toda a
fere particular encanto e entrave operacional Avenida Atlântica.
como espaço de visitação. Suas existências
atraentes tal como se apresentam hoje e seu • Quanto ao uso de transportes marítimos, al-
estado de conservação são evidentemente gumas das seis fortificações têm cais com
decorrentes do pertencimento ao Exército potencial para a utilização (São João e Santa
por longo tempo. Cruz da Barra), mas sem aparelhamento ade-
quado de atracadouros para embarque e de-
• Os acessos às fortificações são principalmen- sembarque de prestadores de serviços marí-
te por vias rodoviárias. Algumas fortificações timos. Isso impossibilitou o investimento em
contam com estacionamento para automó- roteiros dessa natureza.
veis, com limite reduzido de vagas. O mesmo
acontece em relação aos estacionamentos • Os espaços físicos internos são adaptados
para transportes coletivos. Quanto aos ônibus precariamente para atender à demanda de
de linha, nem todos os pontos de parada são pessoas com necessidades especiais de loco-
próximos do portão de entrada. moção (principalmente por suas condições de
bens tombados pelos Institutos de Patrimô-
• Os acessos por ciclovias são precários ou ine- nio).
xistentes na maioria das fortificações, o que

40 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
• Com relação à sinalização (indicativa e inter- carece de regularidade no oferecimento dos
pretativa) interna do atrativo, em geral, há serviços.
necessidade de melhorias quanto à qualida-
de das informações dadas, no uso de idiomas • Para atender à visitação, as fortificações pos-
estrangeiros, no formato e tipo e na padroni- suem guaritas e serviços que buscam situar o
zação da identidade visual para todas as forti- visitante, seja por meio dos centros de infor-
ficações. mação turística, dos museus ou dos guiamen-
tos.
• Todas as fortificações estão abertas à visita-
ção de terça-feira a domingo, com horários de • Com relação aos serviços de apoio à visitação,
funcionamento diferenciados entre elas. Os a maioria das fortificações não possui lancho-
Fortes São Luiz e do Pico têm uma condição netes, restaurantes, lojas de souvenires, es-
excepcional de visitação, funcionando como paço para eventos, à exceção do Forte de Co-
atrativo turístico apenas nos fins de semana e, pacabana, que se encontra mais aparelhado
eventualmente, durante a semana para aten- para o atendimento ao visitante.
der a grupos de estudantes. • As fortificações possuem aspectos arquitetônicos,
• O Forte São Luiz e o Forte do Pico se utilizam causos e personagens relevantes que precisam
dos serviços de transporte de passageiros ser salientados como elementos constituintes da
terceirizados que atendem os visitantes que visita e do guiamento. Também, é necessário que
desejam conhecer a parte alta da área mili- os soldados tenham formação para atendimento
tar. Uma empresa atende a grupos de escolas, a grupos específicos e de estudantes.
com agendamento prévio, mas tal empresa • O patrimônio natural e cultural das fortifica-

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 41
ções é parcialmente protegido por lei, mas as tante monitoramento e atualização.
edificações, acervo e equipamentos, na maio-
ria delas, apresentam necessidade de melhor • A Fortaleza de Santa Cruz da Barra e o Forte de
conservação. Copacabana figuram mais comumente que as
demais nos roteiros oferecidos pelas agências
• O serviço de acolhimento necessita de cons- de viagens e empresas ligadas ao trade turístico.

42 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
• A adequação das estruturas para a visitação • Ações integradas podem ser importantes
ainda está processo. para a valorização do patrimônio de todas as
fortificações.
• A visitação pode ser elemento positivo em fa-
vor da conservação.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 43
ESTUDOS BIBLIOGRÁFICOS E ICONOGRÁFICOS

Concomitante a esses levantamentos em campo, Santa Cruz da Barra e do Forte do Pico.


foram realizados estudos bibliográficos e icono-
gráficos em fontes primárias e secundárias, com Destacamos especialmente o trabalho pionei-
o intuito de pôr em relevo dados que pudessem ro do arquiteto e pesquisador Roberto Tonera
ser importantes para a criação dos roteiros. Em- (UFSC), de criação de um website (http://www.
bora não fosse do alcance deste projeto elaborar fortalezas.org), que abriga uma grandiosa base
interpretações do patrimônio, esse sexto proce- de dados sobre fortificações. Essa base de dados,
dimento auxiliou na escolha de pontos atraentes referenciada em nosso próprio website, nos auxi-
para diversos públicos. liou na categorização das seis fortificações flumi-
nenses.
Os levantamentos de fontes primárias se apoia-
ram nas entrevistas descritas no item ”Ouvir os As imagens relativas ao projeto levantadas na
especialistas” (consultar a p.page 23). internet ao longo de todo o período de trabalho
foram armazenadas em diretório virtual compar-
Foram realizados levantamentos de fontes secun- tilhado com acesso interinstitucional. Esse pro-
dárias em diversas acervos, como os do Arquivo cedimento – realizado com todos os cuidados
Histórico do Exército, IPHAN, Arquivo Histórico da necessários ao uso privativo e exclusivo – possi-
DPHCEx, Biblioteca do Centro de Estudos de Pes- bilitou a indexação e o rápido acesso aos dados
soal – Forte Duque de Caxias, Museu Histórico do entre todos. O mesmo espaço virtual possibilitou
Exército – Forte de Copacabana, Museu de Des- à equipe a troca de ideias e comentários sobre
porto e Museu Histórico da Fortaleza de São João, cada uma das imagens ou textos armazenados de
jornais de época, acervo histórico da Fortaleza de maneira fluida.

Como dito anteriormente, a metodologia utilizada Igualmente, buscamos conduzir as pesquisas no


neste projeto advém de uma experiência bem-su- intuito de prover acervo suficiente para ser pos-
cedida que nos balizou quanto à importância e ne- sível criar propostas que contemplassem a meto-
cessidade de cada insumo, primário ou secundário. dologia de Roteirização Dialogal (consultar p.page
16). Para isso, conjugamos três fontes de na-
Assim, usando o trabalho de Zaoual (2006, 2009 e turezas diversas, o que nos proporcionou novos
2012) como base teórica para a pesquisa, tomamos modos de compreensão do espaço pesquisado.
como hipótese serem as fortificações Sítios Simbóli- Estudos foram realizados na intenção de compre-
cos de Pertencimento dos que ali vivem, trabalham ender os sistemas defensivos utilizados na Baía
ou visitam, e buscamos levantar dados que auxilias- de Guanabara ao longo dos séculos.
sem a verificação do cabimento de tal condição.

44 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O projeto resultou de uma síntese dos elementos tencimento e a abordagem histórica de Castro
anteriormente mencionados: as informações de (2009). O projeto buscou ainda expressar seus
fontes primárias e secundárias foram interpre- resultados através de diversos meios comuni-
tadas com o apoio do marco referencial teórico, cativos, a escrita textual e a comunicação visual
buscando articular a proposta de Roteirização apoiada em recursos da web.
Dialogal, a teoria dos Sítios Simbólicos de Per-

• As obras fundamentais foram Castro (2009) e tura para a visitação, integrando-os numa
CVT - Caderno Virtual de Turismo Edição Es- afirmação identitária das cidades do Rio de
pecial Turismo em Fortificações (2013), além Janeiro e Niterói.
das entrevistas.
• A exploração de novos meios comunicativos
• A metodologia da Roteirização Dialogal reve- (imagéticos e digitais) se revela muito mais
lou-se elemento importante para facilitação do poderosa do que a comunicação estritamen-
diálogo e entendimento entre a Universidade te textual.
e o Exército. No caso deste projeto, foi possível
se apoiar sobre a iniciativa precedente (Proje- • A intencionalidade do projeto ultrapassa a di-
to Palácios do Rio), que fortaleceu vínculos de mensão acadêmica, restrita à compreensão de
confiança recíproca entre as partes. especialistas de determinados campos de saber.

• A articulação entre a teoria dos Sítios Sim- • A combinação de texto e imagem se afirmou
bólicos de Pertencimento e a perspectiva das como importante suporte para a transmissão
camadas históricas revelou-se fecunda para da mensagem para o público extrauniversitá-
a compreensão dos Sistemas Defensivos da rio e civil, mas também para estabelecer vín-
Baía da Guanabara e a valoração da sua aber- culos de diálogo com o público militar.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 45
INICIATIVAS AFINS

O sétimo procedimento de levantamento disse treitamento de laços e entendimentos acerca das


respeito às experiências de uso público e turístico experiências nacionais e internacionais. Foram
de fortificações - no Brasil e em outros países - realizados levantamentos de dois tipos: visitas
que mantêm esse tipo de bem patrimonial aberto técnicas pela equipe de pesquisadores e a busca
à visitação, funcionando como uma forma de es- em páginas da internet.

Visitas Técnicas agentes privados (em Santos); e com outras Uni-


versidades (em Florianópolis). Duas pesquisado-
Foram realizadas duas visitas técnicas que nos ras estiveram presentes na apresentação do pro-
proporcionaram ampliar a visão da visitação em jeto de Santos (SP). Três pesquisadoras aceitaram
regiões análogas (no Brasil) e perceber as singula- o convite para apresentação deste projeto no V
ridades dos casos, bem como fortalecer as inter- Encontro dos Integrantes do Sistema Cultural do
locuções com o Exército e com representantes da Exército Brasileiro, em Florianópolis, SC.
Prefeitura de Guarujá, pesquisadores do IPHAN,

46 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Santos:
mês, uma empres
Roteiro dos Fo a de transpor-
rtes – Vertente te marítimo de pass bit.ly/1iZFgl3).
Colonial. O proj ageiros que ge Essa fundação
eto é coorde- opera na Baía de Sant rencia os arqu
nado pela Prefei os realiza da Pr ivos públicos
tura Municipal, um passeio gratuito efeitura de Sant
os e a me-
pela Secretaria para os alu- m
de Cultura, Se- nos das escolas mun ória documenta
cretaria de Turi icipais. Com fic l e iconográ-
smo de Santos apoio de comercian a da Cidade,
e pela Prefeitura tes locais, salv ga rantindo a
Municipal do são oferecidos lanches aguarda, a pres
ervação e a
Guarujá, com o ap aos estu- dissem
oio cultural da dantes. O percurso in inação desse patr
imônio.
Central de Fretes clui visita Ali,
, Barcas Fabia- ao Museu Casa do Tr assistimos a um

na, Funceb, Soci em Bélico, bre a co de o so-
edade Visconde ao Porto de Santos e lonização da cida
de São Leopoldo à Fortaleza Sant de de
(mantenedora de Santo Amaro. Todo os, o papel das fo
rti fic
da UniSantos) e o trajeto e todo ações
UniSantos, e é é realizado em uma ho o trabalho rela
incentivado espe ra e meia. com cionado
cialmente pelo a conservação do
Cel. Elcio Secom Na ocasião em ni patrimô-
andi, reforma- qu e fizemos o o (r estauração dos
do do Exército pe rcurso marítimo acervos
(www.secoman- na Baía de históricos - com imagen
di.com.br). Santos, estava s dos
em negociação arquivos - o antes
a inclusão de m e de po is da
O projeto Piloto ais um atrativo restauração). E en
teve início em na vi sita regular ofer tr ev is ta mos
março de 2012 ec id a o historiador qu
. Uma vez por estudantes: a Fund ao s e pa rti ci pou da
ação Arqui- produção do vídeo e da
vo e Memória de elabo-
Santos (http:// ração do roteiro.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 47
s de vi-
co m m el ho ri a das condiçõe
turística, rtanto, de
para a recepção pl i- si ta çã o depende, po
materia l ex ansporta-
Florianópolis: infraestrutura, do ne go ci ações com os tr
ão, além realizada
s pr in ci pa is fo rtificações cativo e sinalizaç os de do re s. A visita técnica ida
Três da iç
lis es tã o so b a res- atendimento e dos serv em Fl or ia nó polis foi enriquec
de Florianópo ve rsidade manutenção e conser
vação em
tros atrativos tu
rísticos
da de da U ni po si - co m ou au-
ponsabili ar in a, fa- pleno funcionamento e ex co m o as obras de rest
nt a C at lo ca is ,
Federal de Sa culturais e Hercílio Luz,
uma
e do pr oj et o Forta- ção de manifestações ro da Po nt
zendo part oriana. e o museu
Ilh a de Sa nt a Catarina, locais de origem aç fa ze nda de ostras n-
lezas da
e di vu lg a o pa tri- ad e ap re se nt a- pa rti cu la r de Dudevant dos Sa
que mantém sar da qual id a me-
stór ic o. D ua s das for- Ape aç õe s tê m vi si tação tos Teixeira, que guarda
hi fic res
mônio
rt al ez a de Sa nta da, as forti rm it e su a ca - m ór ia e ex põ e viaturas milita
tificações – Fo que pe rra
ra de A nh at om irim, aquém do
rg a po r de pe nd e- usadas desde a Primeira Gue
Cruz da B ar cidade de ca , também, o
rtal ez a de Sa nto Antônio pa te rc ei ro s. A s empresas Mundial. Visitamos ente
e Fo
– es tã o em ilhas e rem de s qu e op er am Fo rt e Sa nt ana, que atualm
de Ratones sportadora para- abriga o Museu da Políc
ia Mili-
sí ve is ap en as por trans- tran tu rí stico s fa ze m de
são aces
o. U m a te rc ei ra – com fins – 20 m in ut os – ta r. N a U ni ve rsidade Federal
porte marítim da Ponta das mui
to curtas
pede Santa Catarina, visitamos
a Co-
de Sã o Jo sé õe s, o qu e im
Fortaleza s fortificaç o Fortale-
a –, to da vi a, po ssui acesso na si ta nt es pe rm aneçam ordenação do Projet Aço-
Gross ição, que os vi ir zas e o Núcleo de Estudos
e, po r es sa co nd nt e pa ra us uf ru
rodoviário, técnica. tempo suficie fortifi- rianos, onde pudemos
usufruir
de no ss a vi si ta pl ar ta nt o as as
foi alvo e contem
en te qu an to a de uma exposição de fotografi
m
nstatar que a cações direta . A sobre a cultura deste povo
.
Ali, pudemos co em qu e of er ec em
tá aparelhada bela paisag
fortificação es

48 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Foto: arquivo DPHCEx

Foto: arquivo DPHCEx


Foto: arquivo DPHCEx

Foto: arquivo DPHCEx

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 49
Buscas em páginas da internet do, seria um esforço desnecessário uma vez que
tal trabalho já é realizado com excelência pelo
Para o desenvolvimento do projeto, considera- projeto Fortalezas.org (http://fortalezas.org) co-
mos que o mapeamento de iniciativas de abertu- ordenado por Roberto Tonera.
ra à visitação pública nas diversas partes do mun-

No primeiro caso, foram destacadas especial- Quanto às duas visitas técnicas, os critérios uti-
mente as experiências apresentadas no 8º Se- lizados para a escolha dos projetos a serem visi-
minário de Cidades Fortificadas, em função do tados foram disponibilidades oportunas. Nelas
posicionamento de seus representantes a favor foram observadas a estrutura e as estratégias de
da valorização das fortificações, da compreensão visitação, as infraestruturas disponíveis, as rela-
de tais edificações como portadoras de história e ções com as comunidades do entorno, tempo de
de conhecimento, e na busca de criar visibilidade visita, custos, encadeamento com outros recur-
para tais bens patrimoniais. sos, a relação com prestadores de serviços, den-
tre outros pontos.

50 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
• As visitas técnicas reforçaram a singularida- • Em situações análogas, a mobilidade, o aces-
de das fortificações e fortalezas da Baía de so e a parceria com a iniciativa privada trouxe-
Guanabara (espaços sob a administração do ram algumas dificuldades. Em Santa Catarina,
Exército e em funcionamento, com quartéis), as empresas operadoras priorizam os aspec-
tanto em nível nacional, quanto no interna- tos econômico-financeiros, o que dificulta o
cional, considerando o fluxo de visitação. As melhor atendimento. Em Santos, as empresas
experiências visitadas estão sob a administra- parceiras no projeto oferecem o serviço gra-
ção das Prefeituras de Santos e Guarujá e da tuito às escolas apenas em dias e horários em
Universidade Federal de Santa Catarina. que há baixo interesse turístico.

• A importância de integrar e complementar a cultural necessária à melhor compreensão do


visita às fortalezas a outros circuitos e roteiros espaço visitado.
mais amplos.
• As experiências indicaram que os roteiros a
• A inclusão da visita à fazenda de ostras, ao serem criados não deveriam estar concentra-
museu de viaturas, visita às fortalezas, bem dos na utilização do serviço de terceiros. O
como o convite às artesãs açorianas para que não quer dizer que não devam ser utili-
conversarem com os participantes e expo- zados, mas apenas que não se deve ficar re-
rem seus produtos trouxeram a ambientação duzido a eles.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 51
52 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Sistematização de dados

Os levantamentos acima referidos realizados no âmbito do


projeto, tanto de fontes secundárias (histórico, panorama atu-
al, etc.) como de fontes primárias (entrevistas, questionários,
inventários, etc.), foram sistematizados em fichas técnicas que
auxiliaram na formatação dos roteiros.
A composição em formato de fichas técnicas conferiu flexibili-
dade e abertura para as diversas possibilidades de montagens
suscitadas pela metodologia de Roteirização Dialogal. Ao mes-
mo tempo, esse formato auxiliou a organizar os dados para
uma utilização rápida e confiável.
As categorias inicialmente utilizadas foram: informações ge-
rais sobre as fortificações; o desenho dos circuitos internos tal
como são realizados atualmente; e alguns exemplos de rotei-
ros realizados por terceiros que incluem as fortificações em
suas operações.
As mesmas fichas técnicas foram utilizada mais adiante, no
momento de construção dos novos roteiros.

Informações gerais sobre as fortificações

Circuitos internos

Roteiros de terceiros

Destaca-se a diferença adotada nesse projeto entre circuito e roteiro, em


que o primeiro se refere à circulação feita internamente às fortificações, e
o segundo termo define o percurso realizado entre as fortificações e dife-
rentes pontos de interesse turístico ou simbólico, voltando ou não ao ponto
de saída (circular).

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 53
SISTEMATIZAÇÃO DE DADOS

Informações gerais
sobre as fortificações
Informações genéricas de interesse turís-
tico, tais como breve histórico, horário de
funcionamento, localização, valor do in- Circuitos internos
gresso, limitações, se possui guia local e
Informações específicas sobre a orga-
como o serviço pode ser contatado.
nização dos circuitos internos já exis-
Essas fichas foram de uso restrito do proje- tentes nas diversas fortificações, tais
to como base para a construção dos rotei- como o ponto de partida, o tempo de
ros e do website. duração, a extensão do percurso, re-
comendações, limitações e pontos de
destaque que devem ser observados
por serem de excepcional interesse.

Roteiros de outras insti- Essas informações foram tornadas pú-


tuições e/ou parceiros blicas no website do projeto.
do projeto Dada a dinâmica das atividades cultu-
Informações sobre roteiros atualmente rais, recomenda-se que sejam confir-
existentes e operados por terceiros que madas antes dos passeios, pois estão
incluem a visita a alguma das fortificações. sujeitas à mudanças sem aviso prévio.

As informações de tais fichas foram reco-


lhidas nas páginas das próprias institui-
ções, sendo pois, de sua inteira responsa-
bilidade quaisquer mudanças posteriores
ao encerramento do projeto.

54 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Ficha Técnica para a elaboração de roteiros

I RO DO
ROTE COM
BINA
ÇÃ O DE
BORA DOVIA
RIO
R A E LA RO
IC A PA O
TÉCN MAR
ÍTIM
FICHA
L ET A
: BICIC
C IR CUITO A PÉ
E DO
NOM IDADE
OD AL
M
:
ICO: ATIVO DIFÍC
IL
PÚBL O CONVID A: ÇADA
U M ID AN
RES PART DA: ADA
AV
O DE :
PONT DE CHEG DURAÇÃO
A
M ODER
O E
PONT MÉDIO D CURSO: LEVE
O R
TEMP ÃO DO PE SO:
NS UR
EX T E PERC DADE
A DO UL
MAP D IF IC
L DE
NÍVE RSO: RCURSO: O
ERCU E OTEIR
à O DO P PARA O P IR O : T E S DO R
R IÇ S
DESC ENDAÇÕE A TÉCNIC ÃO DO RO BRE OS F
M
RECO S DE PARA
D
L ANTA
A :
Ç
Ç ÕES S
T
O
E O R
1
O P
A IM INFORM A
PONT DAS PAR
AN
D EM
E:
FORT
E DO RICO: T O:
N O M MEN
E V E HISTÓ UNCIONA :
BR
RIO D
EF S: ENTO
TATO GENDAM ÁRIO:
HORÁ EÇO/CON / A E T
R RES) ICICL
ENDE SO (VALO ENTO/ B
ES M
INGR STACIONA ÇÃO
E ENTA
TS
TOILE OS DE ALIM
UR A

IÇ ADE: :
SERV S:
SIBILID ESSO
UT

IR
ACES E SOUVEN A DE INGR
ESTR

D D
LOJA A DE VEN IDE: O
IT IO GU CURS
GUAR CAL/AUD O PER
INFRA

L O : O S D
GUIA CONFERIR ATIV
S ATR
E A PENA : . IN T E RNO E O UTRO
VA L EGAR IRCUITO ÕES SOB R
O CH C Ç
COM ÇÕES DO RMA
A INFO
LIMIT
: T O:
TIVO MEN
ATRA AÇÃO: IONA NDAMEN
TO:
C AL IZ FU NC E
LO D E )/ AG
RIO RES
HORÁ SO (VALO
ES O:
INGR HISTÓRIC
R E V E
B

J
/UFR 94.
OPPE – 2562-82
o–C
P roduçã 562-8297
e
ria d -8295 – 2
enha
e Eng Tels: 2562
ma d .
l – P rogra ersitária
ocia Univ r
nto S idade j.b
lvime ologia, C @pep.ufr
envo n s
g ia e Des tro de Tec j.br – ltd
T ecnolo 3 – Cen .ltds.ufr
rio de la F12 www
orató s, 149, sa
– Lab o
LTDS veira Ram
da S il
thos
Av. A

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 55
INFORMAÇÕES SOBRE A VISITAÇÃO
Fortaleza de Santa Cruz da Barra
agosto até a presente data.
2010 – Foi eleita como uma das Sete Ma-
ravilhas da cidade de Niterói.
Utilização original:
Foi construída originalmente com objeti-
vo de realizar a segurança contra invaso-
res. Foi estabelecida para ser um ponto
de eterna vigilância que posteriormente
constituiu a principal estrutura defensiva
integrante do sistema de defesa da entra-
da da baía de Guanabara, durante o perí-
odo da Colônia e do Império.
Utilização atual:
Atualmente a Fortaleza é uma unidade
operacional do Exército Brasileiro, abri-
gando a Artilharia Divisionária da 1ª di-
visão do Exército. Além disso, funciona
como atrativo turístico que oferece visi-
tas guiadas por soldados treinados que,
em aproximadamente quarenta minutos,
relatam os fatos mais importantes ocorri-
dos na Fortaleza.
Situação e ambiência:
A Fortaleza de Santa Cruz está localizada
no município de Niterói, no Estado do Rio
de Janeiro, fazendo parte do sistema de
fortificações que protegiam o entorno da
Baía de Guanabara. A fortificação se situa
no Bairro de Jurujuba, em um promontó-
rio que delimita a parte oriental da en-
trada da baía da Guanabara. Dista 1,5km
Informações históricas: 1730 – Foi determinado o seu rearmamento.
1555 – Onde hoje se ergue a Fortaleza 1831 - Passa a funcionar como presídio político.
de Santa Cruz da Barra, Nicolau Durand 1839 – Construída a estrada que dá aces-
de Villegaignon instalou as primeiras so à Fortaleza. Até esta data todo o aces-
peças de artilharia, constituída por dois so à fortificação era feito pelo mar.
canhões. 1863 – Início da construção da edificação
1578 - Foi efetivamente ocupada pelos atual da Fortaleza.
portugueses, que se utilizaram das ins- 1889 – Instalada na fortificação uma fá-
talações primitivas e aprimoraram-nas, brica de gás para iluminação.
sendo denominada de Bateria de Nossa
Senhora da Guia. 1892 – O sargento Silvino de Macedo,
um dos graduados presos na fortaleza,
1599 – Repeliu a entrada do corsário holan- comandou uma revolta com objetivo de
dês Oliver Van North, utilizando os canhões forçar a renúncia do vice-presidente Flo-
pela primeira vez para alvejar o navio. riano Peixoto para que Deodoro da Fon-
1612 – Contava com 20 peças de artilha- seca reassumisse o poder.
ria, quando passou a se chamar Fortale- 1893 – Eclodiu a Revolta da Armada, ain-
za de Santa Cruz da Barra. Neste ano foi da contra o governo de Floriano Peixoto.
erguida a Capela de Santa Bárbara, a se- Nesse contexto esperava-se a adesão à
gunda mais antiga da cidade de Niterói. revolta por parte do comandante da For-
1624 – O perigo de novas invasões susci- taleza, o que não ocorreu. Por conta disso
taram melhorias, realizadas por Salvador houve um conflito contra o Forte de Ville-
Correia de Sá e Martins Correia de Sá. gaignon, adepto à rebelião, que resultou
1696 – Mais uma vez, perigos iminentes na destruição parcial da Capela de Santa
levaram a uma reforma na fortificação Bárbara.
permitindo aumentar o poder de fogo 1912 – Reforma na capela.
sobre a barra. 1922 - No contexto das revoltas do Te-
1710 – Impediu a invasão de Duclerc com nentismo, a sua artilharia abriu fogo con-
o fogo de sua artilharia cruzado com o da tra o Forte de Copacabana.
Fortaleza de São João. 1939 – Tombada pelo IPHAN.
1711 – Foi desguarnecida por ordem do 1955 – Realizado o último disparo sua artilharia
Governador Francisco Castro Morais e,
por isso, não conseguiu impedir a inva- 1993 – Deu-se início à caminhada em
são de René Duguay-Trouin. comemoração ao dia do soldado que se
realiza todos os anos perto do dia 25 de

56 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
da Fortaleza de São João, localizada no se construiu a fortificação. ESTACIONAMENTO: Capacidade para 20
Morro Cara de Cão, na parte ocidental A edificação atual tem três andares quem automóveis, 4 vans, 2 ônibus de turismo
da entrada da baía, na cidade do Rio de incluem duas ordens de casamatas e um BICICLETÁRIO: sim
Janeiro. terceiro andar equipado com canhões de ÔNIBUS: Ponto final da linha da Neltur.
Características construtivas: grosso calibre. Suas paredes têm mais de
um metro de espessura e, além das ca- TOALETES: 01 toalete na área externa; 01
A princípio, a Fortaleza foi construída com samatas, possui masmorras e o paiol em toalete dentro da Fortaleza (não adapta-
madeira, mas por não ter sido uma cons- pedra de cantaria. dos para cadeirante).
trução muito resistente deve que ser re- SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO: Loja de su-
construída e reparada. Posteriormente foi Lendas e causos relacionados: venir/lanchonete
construído um parapeito de pedra, que Uma das lendas diz respeito à imagem ACESSIBILIDADE : Não possui.
originou as atuais muralhas de pedra. de Santa Bárbara que atualmente fica na LOJA DE SOUVENIR: Sim
“Considerada dos mais primorosos con- capela da Fortaleza. Dizem que a imagem
juntos de arquitetura de fortificações de foi levada para aquele templo por engano GUIA LOCAL: Soldado acompanha a visitação.
todo país. Edificada em pedra sobre uma e, sempre que tentavam removê-la dali, o AUDIO GUIDE: Não existe
ponta rochosa, com planta poligonal, de- que na época somente poderia ser feito ESPAÇOS DISPONÍVEIS PARA EVENTOS:
finida por suas muralhas, em cujo interior por mar, aconteciam inexplicáveis revira- Salão do Paiol
desenvolveram-se as edificações. As ruas voltas nas condições de navegabilidade,
internas estão calçadas de paralelepípe- impossibilitando seu transporte. Foram VALE A PENA SABER: A Fortaleza de San-
dos, inclusive a praça. As muralhas do tre- muitas tentativas até que finalmente a ta Cruz da Barra é considerada um dos
cho mais avançado para o mar possuem imagem foi deixada na capela, pois era mais valiosos exemplares da arquitetura
duas linhas de aberturas quadrangulares ali, conforme foi concluído, onde a santa militar luso-brasileira e eleita, no ano de
que correspondem, no interior, a série de queria ficar. 2010, uma das Sete Maravilhas da cidade
arcos com cercadura de cantaria. Os quar- de Niterói.
Existem inúmeros “causos” e lendas que
téis, que se desenvolvem junto às mura- se relacionam à Fortaleza de Santa Cruz, COMO CHEGAR:
lhas, são de pedra com paredes inclina- dentre eles histórias de amor; fantasmas; Partindo da Praça Araribóia, centro de
das” (livro de Tombo Belas Artes IPHAN). prisões e masmorras, tortura, fugas etc.. Niterói; seguir à direita pela avenida li-
A característica mais marcante no estilo Um caso de amor proibido entre a filha torânea, passando pelos bairros de São
da construção da fortificação é chamada do Capitão Potyguara e um praça, levou a Domingos, Gragoatá, Boa Viagem, Ingá e
de Baluarte. O Baluarte consiste em um moça apaixonada a jogar-se do penhasco Icaraí. No bairro de Icaraí, percorrer toda
estilo adotado para fortificações ou ar- por, não ter o consentimento do pai, nem a extensão da praia e seguir pela Estrada
quitetura militar, que surgiu na Itália no esperanças de ficar com seu amado. Leopoldo Fróes, até o bairro de São Fran-
séc. XV, possuindo um formato normal- A Fortaleza servia como prisão no perío- cisco. Continuar seguindo pela avenida li-
mente pentagonal assemelhando-se a do da Colônia e do Império tendo detido torânea até o bairro de Jurujuba. No final
uma estrela. José Bonifácio, tutor de D. Pedro II, Bento dessa praia, entrar à esquerda na Estrada
A matéria prima utilizada em sua com- Gonçalves, um dos líderes da Revolução General Eurico Gaspar Dutra e seguir até
posição, como em muitas outras obras Farroupilha, o Capitão Juarez Távora e Es- o final, onde está localizada a Fortaleza
históricas é o gnaisse facoidal, uma rocha tillac Leal, os únicos que conseguiram fu- de Santa Cruz da Barra.
que foi a principal matéria prima durante gir da prisão, Plínio Salgado, e, há indícios LIMITAÇÕES DO CIRCUITO INTERNO:
os três períodos arquitetônicos em que de que Luiz Carlos Prestes também teve Não é permitido fotografar ou filmar a
passagem por lá. parte operacional do quartel.
Informações operacionais: Difícil acesso para pessoas com dificulda-
des de locomoção.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Visita-
ção regular: visitas guiadas de terça-feira Não possui sala para visitantes.
a domingo, das 10h às 17h. Quando chove, o circuito é interrompido.
Visitação durante o horário de verão: de TRANSPORTE PÚBLICO: Ônibus urbano
dezembro a fevereiro até as 18h. (linha 33) até o bairro de Jurujuba.
ENDEREÇO: Est. Gen Eurico Gaspar Dutra, FREQUÊNCIA: De segunda a sexta – a
s/n° - Jurujuba - Niterói - RJ. cada 15 minutos a partir do Terminal
CONTATOS INTERNOS: Tel: 2710-2354 Ra- João Goulart, centro de Niterói.
mal 2047 Sábados, Domingos e Feriados – a cada
SEÇÃO DE RELAÇÕES PÚBLICAS: Tel: (21) 30 minutos.
2710-2354 Ramal 2025 Obs.: Os ônibus chegam até a Fortaleza
Mail: e5_ad1@yahoo.com.br apenas em horários especiais de início e
final de turno dos soldados.
WEBSITE:www.ad1de.eb.mil.br
Alguns veículos da frota são adaptados
INGRESSO: Valor da entrada: R$ 6,00 para portadores de necessidades espe-
para maiores de 3 anos. ciais.
GRATUIDADES: Crianças até 3 anos e ido- Aos fins de semana, há a opção do roteiro
sos maiores de 79 anos turístico, realizado pela van da NELTUR,
Maiores de 60 anos e estudantes com que funciona de 10h às 16h, com saídas
carteirinha pagam meia entrada. de 1h em 1h.
AGENDAMENTO: agendamentofscb@yahoo.
com.br, agendamentofscb@gmail.com

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 57
INFORMAÇÕES SOBRE A VISITAÇÃO
Forte de Copacabana
a ponta do Arpoador.
Características construtivas
Fortificação em formato de casamata,
com as paredes externas apresentando
12 metros de espessuras voltadas para o
mar. Apresenta cúpula encouraçada, que
abriga dois canhões de 305mm
O seu interior é composto por câmaras de
tiro, cozinha, depósito de víveres, paiol
de munição, alojamento para oficiais e
praças, almoxarifado, cisterna d’água e
enfermaria.
O Pórtico de entrada do Forte foi constru-
ído entre 1918 e 1920.
Lendas e causos relacionados
No final do século XVI e durante grande
parte do século XVII, eram frequentes no
Rio de Janeiro mercadores que comercia-
lizavam entre o Brasil e o Peru. Provavel-
mente, algum desses mercadores trouxe
para o Brasil uma réplica da imagem da
Virgem de Copacabana, santa venera-
da pelos habitantes do Lago Titicaca, na
fronteira entre a Bolívia e o Peru. Essa
imagem foi abrigada numa capelinha,
construída por pescadores sobre uma
rocha na área de Sacopenapan – antiga
denominação para a região que vai da
Praia de Copacabana até a Lagoa Rodrigo
de Freitas.
A capelinha erguida pelos pescadores foi
substituída por outra, no século XVIII, por
Informações históricas PERSONAGENS RELEVANTES: ordem do Bispo D. Antônio do Desterro,
1908 - Iniciada a edificação da fortificação Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, para pagar uma promessa à Virgem de
1914 - 28 de setembro: Inauguração Gover- Ministro da Guerra à época do lançamen- Copacabana, após se salvar de um tem-
no Hermes da Fonseca. Classificado como to da pedra fundamental do Forte de Co- poral na altura do Arpoador, quando re-
forte de primeira classe pacabana, foi responsável pela sua cons- tornava de uma viagem à África.
1918 - Aquisição do terreno adjacente e de- trução. Major Luiz Eugênio Franco Filho,
dirigiu a construção do Forte de Copaca- Informações operacionais
molição da Igrejinha lá existente e edificada HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Museu
bana. Tenente Antônio Siqueira Campos,
1986 – Portaria Nº 061, de 16/12/1986, or- Histórico do Exército/Forte/Exposições:
militar que participou do movimento 18
dena a criação do Museu Histórico do Exér- de terça a domingo e feriados, das 10h às
do Forte, ocorrido em julho de 1922.
cito e Forte de Copacabana 18h. Área externa/ Cafés e Loja: de terça
1987 – Portaria Nº 016, de 04/06/1987, ex- Utilização original a domingo e feriados, das 10h às 20h
tingue o 3º Grupo de Artilharia da Costa e o Defesa do território e artilharia ENDEREÇO: Praça Coronel Eugênio Fran-
antigo Museu do Exército, transferindo seu co nº 1 –Posto 6 – Copacabana. Tel: 2521-
Utilização atual 1032. http://www.fortedecopacabana.com
acervo para o Forte de Copacabana
Abriga o Museu Histórico do Exército
1992 – A antiga fortificação é aberta à visi- (com exposição permanente: “O Exército
tação pública com uma exposição sobre o na formação da nacionalidade” com pe-
cotidiano do Forte de Copacabana ças dos períodos colonial, imperial e re-
1996 - Ministro do Exército Gen. Zenildo de publicano). O museu também disponibi-
Lucena inaugura o Salão Colônia - Império liza espaços para exposições temporárias
com a exposição de longa duração: “O Exér- e uma loja de conveniência. O Café 18 do
cito na formação da Nacionalidade” Forte e a filial da Confeitaria Colombo fi-
1998 - Inauguração do Salão República e cam abertos até as 20 h.
do Gabinete de Curiosidades Auditório Santa Bárbara e Campo de
2000 - Inauguração do Salão de Exposi- Marte podem ser utilizado para eventos.
ções Temporárias
Situação e ambiência
2008 – Inauguração da Sala dos Presiden-
Localizado no promontório entre as
tes Militares do Brasil
praias de Copacabana e de Ipanema, de
2012 - Modernização do Museu com pro- onde tem-se ampla visão da orla de Co-
cesso de revitalização dos espaços. pacabana, praias do Diabo e do Inferno e

58 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
CONTATOS INTERNOS: Cel Coronel Luiz An- mentar R$10,00 (portadores de deficiên- MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS NO
tonio Fortes (comandante) Tel: 2522-6263. cia visual não pagam). ATRATIVO: Bandeiras do Levante 18 do
comandante@fortedecopacabana.com LOJA DE SOUVENIR: Vitacura (produtos Forte, Sabre do Tenente Siqueira Cam-
Major Armada (historiador): Tel: 9830-1129 com caráter militar e lembranças do Rio: pos, Réplica da Santa Nossa Senhora de
camisetas, bonés, chaveiros, canetas, Copacabana doada pela Força Aérea Bo-
INGRESSO: Bilheteria: Adultos - R$ 6,00; liviana, Pedaço de projétil, Mobiliário da
Estudantes - R$ 3,00; Maiores de 60 anos etc). De terça a domingo e feriados, das
10 às 20 horas. Tel: 2267-6266/ contato@ Fortificação.
- R$ 3,00; Gratuidade - Militares das For-
ças Armadas, maiores de 80 anos, grupos vitacura.com.br. www.vitacura.com.br COMO CHEGAR: De ônibus: linhas 121,
agendados e menores de 10 anos. OBS: GUIA LOCAL: Visita mediada pelos guias 126, 127, 484 e 455. De Metrô: Estação
pagamento em dinheiro. (soldados) capacitados pelo historiador Cantagalo. De carro: Sentido Centro-Zo-
do Forte, Major Armada. na Sul: pegar o Aterro do Flamengo ou o
AGENDAMENTO: Somente no site. Visita Túnel Rebouças. Sentido Barra- Zona Sul:
gratuita, mediada pelos guias (soldados), ESPAÇOS DISPONÍVEIS PARA EVENTOS: pegar o Elevado do Joá e a Avenida Nie-
de terça a domingo, às 13 horas, median- Salão de Eventos Culturais (espaço clima- meyer.
te agendamento (formulário disponível tizado, com 170 m², com capacidade para
no site/seção Fale Conosco). 150 pessoas sentadas ou 180 em pé. Pos- OBS: NÃO HÁ ESTACIONAMENTO NO FORTE
O agendamento é feito com no mínimo sui hall de entrada, cozinha e banheiro). LIMITAÇÕES DO CIRCUITO INTERNO: Não
03 dias de antecedência e no máximo Espaço Major Pradel (área livre de aproxi- é permitido fotografar ou filmar no inte-
com 30 dias (a seção de Relações Públi- madamente 400m². Capacidade para 250 rior do Museu, da Fortificação e do Salão
cas envia e-mail de confirmação). Grupo: pessoas sentadas ou 400 em pé). de Exposição Temporária, sem a autoriza-
mínimo de 15 e máximo de 50 pessoas. ção prévia do MHEx/FC.
Praça Siqueira Campos (área livre de apro-
SETOR EDUCATIVO: Projeto Brincando se ximadamente 500m². Capacidade para A Alameda Octavio Corrêa, principal via
aprende. Atividades direcionadas para o 400 pessoas sentadas ou 600 em pé). do circuito interno de visitação, tem uma
público infanto-juvenil de escolas públi- ligeira inclinação, apresentando dificul-
Campo de Marte (área de aproximada- dade para a locomoção de cadeirantes.
cas e privadas. brincandoseaprende@ mente 4.400m². Capacidade para 2.000
fortedecopacabana.com pessoas sob estrutura coberta e 8.000 O acesso à cúpula é restrito para pessoas
SERVIÇOS: ESTACIONAMENTO: Não exis- pessoas ao ar livre). com difculdade de locomoção.
te estacionamento para visitantes. BICI- Auditório Santa Bárbara (espaço clima- Outras atividades regulares: Banda no Forte,
CLETÁRIO: Capacidade para 06 bicicletas. tizado com capacidade para 99 pessoas Sarau no Museu, Música no Museu, Chori-
TOILETS: 01 toilete na Alameda Octavio em poltronas confortáveis e 45 pessoas nho no Forte, Coral Vozes do Forte, Orques-
Corrêa (adaptado para cadeirante), 01 em cadeiras de apoio. Possui recursos tra Violões do Forte, MPB no Forte, Encontro
toillete dentro do Museu Histórico do para teatro, produção multimídia, som e de Corais, Centro de Literatura , Curta com
Exército. iluminação especial, além de banheiros Teatro, Interdanças no Forte, MPB no Forte
SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO: Confeita- feminino e masculino). Troca da Guarda, Jornada Técnica dos Inte-
ria Colombo (café, almoço e lanche), De Galeria de Arte (salão climatizado, com
terça a domingo e feriados, das 10 às 20 grantes do Sistema Cultural do Exército (1
área com 230 m². Dispõe de hall de entra- vez ao ano), Semana Cultural 18 do Forte
horas. Tel: 3201-4049 /contato@confei- da, sanitários e sala de apoio. Pode abrigar
tariacolombo.com.br. www.confeitaria- (junho), Semana Cultural Aniversário do For-
250 pessoas sentadas ou 300 em pé).
colombo.com.br/site/cafe-do-forte. te (setembro), Exposição de carros antigos,
Obs: o uso desses espaços é limitado e Exposições temporárias.
Café 18 do Forte (café, almoço e lanche), está sujeito a diferentes condições, de-
De terça a domingo e feriados, das 10 às pendendo de cada espaço. No momento,
20 horas. Tel: 2523-0171. o aluguel do salão de Eventos Culturais
ACESSIBILIDADE: Rampas em todo o cir- está suspenso.
cuito de visitação (exceto Cúpula dos Ca- VALE A PENA CONFERIR:
nhões). Toaletes adaptados para cadeira
de rodas na Alameda Octavio Corrêa. Ele- Cúpula dos canhões. Vista da orla de Co-
vador no Museu Histórico do Exército. 01 pacabana, das Ilhas Cagarras e de Niterói
cadeira de rodas disponível para emprés- (fotógrafos são presença constante no
timo (solicitar na recepção/pórtico). espaço). Confeitaria Colombo. Troca da
Guarda com uniforme do Império (a cada
AUDIOGUIA: serviço em português, in- 1hora e 20 minutos/sucesso de público).
glês, francês e espanhol – valor comple-

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 59
INFORMAÇÕES SOBRE A VISITAÇÃO
Fortaleza de São João
Fatos históricos relevantes
1565 - Local de Fundação da cidade do
Rio de Janeiro.
PERSONAGEM RELEVANTE: Estácio de Sá,
fundador da cidade.
Lendas e causos relacionados:
“Em 13 de setembro de 1565, (...) foi
solenemente inaugurada a fortaleza, no
Morro cara de cão, quando tomou posse
o alcaide-mor da cidade, em uma cerimô-
nia medieval: ‘Detendo-se o Governador
com as mais pessoas à porta principal da
Cidadela e Fortaleza lhe disse que cer-
rasse as portas, o que fez o alcaide-mor
com suas próprias mãos, bem como os
dois postigos sobrepostos nela com suas
aldravas de ferro e ficando Estácio de
fora das portas e muros. Perguntou-lhe o
alcaide-mor que estava dentro se queria
entrar e quem ele era. Ao que respondeu
que queria entrar e que era o Capitão da
cidade de São Sebastião, em nome de
El-Rei Nosso Senhor, e imediatamente
lhe foi aberta a porta, dizendo o alcaide-
-mor que reconhecia por seu Capitão em
Nome de Sua Alteza, de cuja Cidade e
Fortaleza era.’” (Castro, 2009, p, 140.)
Informações operacionais
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Terças a
Domingo – 10h-12h e 13:30 – 16h.
AGENDAMENTO: é necessário. Capacida-
de máxima: 40 pessoas por vez.
ENDEREÇO/CONTATOS: Av. João Luiz
Alves, s/nº, Urca. Rio de Janeiro, Cep.:
Informações históricas toria de Pesquisa e Estudo de Pessoal. Na 22291-090. Tel: 2586-2291, 2586-2223 –
1565 –Local onde Estácio de Sá desem- sua área também está instalada a Escola mail: sitiohistorico.fsj@gmail.com
barcou para reintegrar a ocupação territo- Superior de Guerra do Exército Brasileiro.
WEBSITE: http://www.dphcex.ensino.
rial de Portugal contra os franceses, levan- Situação e ambiência: eb.br/?page=de_saojoao
tando o fortim, Forte de São Martinho
A Fortaleza está localizada na área do INGRESSO: Gratuito para visitantes. Para
1572 Construção do Forte São Teodósio, Morro Cara de Cão, no bairro da Urca, os moradores da Urca, existe uma taxa
no alto do morro Cara de Cão na ponta ocidental da entrada da Baía de anual para a utilização das praias.
1618 – Renomeado para Fortaleza de São João Guanabara. Sua localização é privilegiada ESTACIONAMENTO/ BICICLETÁRIO – Sim.
1831 – Desarmada e desativada por con- tendo ao seu lado o morro do Pão de Açú- Mas as vagas são poucas.
ta da abdicação de D. Pedro I car e à sua frente a Enseada de Botafogo.
TOILETS: Dois para uso público.
1855 – Fundação da Escola de Aplicação Características construtivas SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO: 02 Quios-
do Exército (Atual Escola Militar) A Fortaleza era composta por um con- ques que oferecem bebidas, salgadinhos
1862 – Participou da “Questão Christie” junto de quatro fortes interdependentes: industrializados e alguma produção ca-
contra os ingleses São José (1578), São Teodósio (1572), São seira (sanduíches e bolos)
1872 – Reforma e modernização da For- Martinho (1565) e são Tiago (1618). Des- ACESSIBILIDADE: Há algumas rampas de
taleza por ordem de D. Pedro II ses, restam atualmente apenas as ruínas acesso, mas não existe nenhum equipa-
1893 – Luta contra a Revolta da Armada do Forte São Teodósio, no alto do Morro mento no Forte São José, sendo inade-
Cara de Cão, e o Forte de São José. quado para cadeirantes ou pessoas com
1938 – Tombamento do Portão da Forta- dificuldades de locomoção.
leza pelo IPHAN O Forte de São José é um conjunto de 17
casamatas, construídas em pedra lavra- LOJA DE SOUVENIR: não há.
1991 – Extinção do Segundo Grupo de da, com paredes de 1,40m de espessura,
Artilharia da Costa e instalação do Centro GUIA LOCAL/AUDIO GUIDE: Soldado des
coroadas por plataforma e parapeito de
de Capacitação Física do Exército. granito da mesma dimensão. Integra o VALE A PENA CONFERIR: Portão histórico
conjunto um grande paiol de 34 X 11 me- de acesso à Fortaleza, alguns canhões do
Utilização original tros, em formato abobadado (atualmen- século XVI, o Marco de Fundação da Cida-
Fortificação para defesa da entrada da te utilizado como Museu). de e a ousada arquitetura das casamatas
Baía de Guanabara. de pedra lavrada do Forte São José.
O Portão da Fortaleza, tombado pelo
Utilização atual: IPHAN em 1938, é uma construção de al- COMO CHEGAR: A partir da Praia de Co-
venaria, com vão em arco abatido, lade- pacabana, seguir pela Avenida Princesa
Sede do Centro de Capacitação Física do Isabel, Túnel Novo, Avenida Venceslau
Exército e da Diretoria de Pesquisa e Es- ado por sólidas pilastras e encimado por
um frontão com volutas barrocas, termi- Brás até a Universidade Federal do Rio
tudo de Pessoal. Administrada pela Dire- de Janeiro. Entrar a direita na Avenida
nando em uma pira.

60 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Pasteur até a Praia Vermelha. Entrar a es-
querda na Rua Ramon Franco, seguir pela
Avenida Portugal (beira mar), Avenida
São Sebastião até o final. Entrar a direita
na Alameda Floriano Peixoto.
Ônibus urbanos (linhas: 107, 478, 513) e
sistema de Integração do Metrô (Estação
Botafogo). Alguns veículos das linhas são
adaptados para portadores de necessida-
des especiais.
A ciclovia é próxima, mas, não chega até
o Forte, apesar do hábito difundido entre
os moradores locais andarem de bicicleta.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 61
INFORMAÇÕES SOBRE A VISITAÇÃO
Fortes São Luiz e do Pico
Situação e ambiência:
Os fortes estão localizados no alto do Mor-
ro do Pico, na ponta oriental da entrada da
Baía da Guanabara. Na parte baixa desse
morro estão a Fortaleza de Santa Cruz e o
Forte Barão do Rio Branco.
Do Forte do Pico é possível ter-se uma visão
privilegiada de quase 360º da baía de Guana-
bara e, uma visão completa do seu sistema de
defesa.
O Forte de São Luiz encontra-se em ruínas,
que são mantidas em estado regular de
conservação.
De um modo geral, o Forte do Pico encon-
tra-se em bom estado de conservação.
Características construtivas
O Forte de São Luiz é feito de pedras por-
tuguesas, aglutinante de óleo de baleia,
calcário e mariscos triturados. O Portal
têm arquitetura inspirada na arquitetura
francesa da época e tem a seguinte ins-
crição:
“Joseph I, imperante, Fidel.mo Portugali
Rege, Provident.mo Principe, Arxs Hacc,
Divo Aloísio Sacrata. Fundataest 1775”.
Ainda no Portal tem-se o seguinte texto:
“No referido para repelir a invasão de
inimigos, foram começados muros e em
menos de três anos concluídos sob Luiz
de Almeida, 2º Marquês de Lavradio, que
para a construção dessa obra, que até en-
tão ninguém ousara, moveu toda pedra,
tão grande trabalho tendo sido confiado
a sua firme energia sob tumulto que de-
Informações históricas suprir as necessidades do Forte São Luiz balde se opôs de iminente guerra com os
1567 – Construção de um posto para ob- 1938 – Incorporação dos Fortes de São Luiz espanhóis.”
servação e vigilância da Bateria Nossa Se- e do Pico ao Forte Barão do Rio Branco O Forte do Pico foi esculpido na rocha
nhora da Guia viva. Foram feitas escavações na rocha
Utilização original
1775 – Construção do Forte de São Luiz, no para a abertura das suas galerias do tipo
governo do Marquês do Lavradio Originalmente funcionou apenas um posto casamatada, onde se encontram quatro
de observação e vigilância de apoio Bateria canhões FriendKrupp, de 280mm, capa-
1811 – Extinção do Comando do Forte do de Nossa Senhora da Guia. Após a constru-
Pico e incorporação da sua guarnição à For- zes de lançar granadas de 345kg a uma
ção dos fortes, passou a ser ponto de apoio distância de 12km, a cúpula do telêmetro
taleza de Santa Cruz à Fortaleza de Santa Cruz e a câmara de tiro.
1831-1863 – Período de abandono do For-
te de São Luiz Utilização atual: Os muros de ambas as construções são
Atualmente funciona apenas como atrativo construídos com as próprias pedras locais.
1863 – Reativação do Forte de São Luiz em
razão da “Questão Christie” turístico. Do ponto de vista funcional mili- Fatos históricos relevantes
tar, ele é uma estrutura desativada.
1913 - 918 - Construção do Forte do Pico para 1891 – 1892 - As tropas do Forte de São

62 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Luiz ajudaram na recuperação da Forta-
leza de Santa Cruz contra os rebelados
liderados pelo 2º Sargento Silvério Ma-
cedo, que abriram fogo contra Forte São
João e Fortaleza da Laje.
PERSONAGENS HISTÓRICOS RELEVAN-
TES: Luiz de Almeida, 2º Marquês de
Lavradio, governador responsável pela
construção do Forte de São Luiz
Lendas e causos relacionados:
O local era reduto de índios, que usavam as mon-
tanhas para atacar a Fortaleza de Santa Cruz.
Outros atrativos internos:
Portal de acesso do Forte de São Luiz,
Painel de azulejos pintados em Portugal
e Busto em homenagem a Portugal, 4
obuseiros (canhões) de 1912, Capela de
Nossa Senhora de Fátima.
Informações operacionais
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Visitação:
visitas guiadas aos sábados, domingos e fe-
riados nacionais, das 9h às 16h. No verão o
horário é estendido até as 18h30.
ENDEREÇO: Alameda Marechal Pessoa
Leal, 265 – Jurujuba – Niterói - RJ
CONTATOS: www.tamandoa.com.br ta-
mandoa@tamandoa.com.br (Traslado
exclusivo) SEÇÃO DE RELAÇÕES PÚBLI-
CAS: Telefone/Fax: 2710-7840.
INGRESSO: Valor da entrada: R$ 10,00.
50% de desconto: Maiores de 60 anos,
professores e estudantes com carteira da
instituição de ensino e crianças entre 6
e 12 anos. Isentos: maiores de 75 anos, SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO: Nenhum. ar seguindo pela avenida litorânea até o
crianças até 5 anos, portadores de ne- ACESSIBILIDADE: Não possui. bairro de Charitas. Seguir pela Avenida
cessidades especiais, guias de turismo e LOJA DE SOUVENIR: Não há. Carlos Ermelindo Marins até a localidade
fotógrafos credenciados em serviço. da Praia da Várzea. Entrar à esquerda na
GUIA LOCAL: Soldado acompanha o rotei- Alameda Marechal Pessoal Leal e seguir
Vans: operam no intervalo de 30 minu- ro até o Forte de São Luiz. Depois o visi- até o portão de acesso do Forte Barão do
tos, iniciando às 9 horas (às 10 horas tante fica por conta própria. Rio Branco, onde se localizada o estacio-
quando no horário de verão). Sobem 16 AUDIO GUIDE: Não existe namento do conjunto de fortes.
pessoas por vez.
COMO CHEGAR: Partindo da Praça Ara- LIMITAÇÕES DO CIRCUITO INTERNO: Difí-
AGENDAMENTO: Temporariamente sus- ribóia, Centro de Niterói; seguir à direita cil acesso para pessoas com dificuldades
penso. pela Avenida Litorânea, passando pelos de locomoção. O acesso entre o Forte de
ESTACIONAMENTO: Capacidade para 50 carros. bairros de São Domingos, Gragoatá, Boa São Luiz e Forte do Pico é feito por uma
TOILETS:01 sanitário masculino e femini- Viagem, Ingá e Icaraí. No bairro de Ica- via pavimentada íngreme. Quando cho-
no na recepção (não adaptado para de- raí, percorrer toda a extensão da praia ve, o circuito é interrompido.
ficientes). 01 sanitário no Forte de São e seguir pela Estrada Leopoldo Fróes
Luiz, (não adaptado para deficientes). até o bairro de São Francisco. Continu-

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 63
INFORMAÇÕES SOBRE A VISITAÇÃO
Forte Duque de Caxias
2013). Do seu alto, desfruta-se de bela vista
panorâmica da Baía de Guanabara, Nite-
rói e Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro
considerando as praias do Leme e de Co-
pacabana, Pão de Açúcar, Corcovado, entre
outros.
Características construtivas
Nele destacam-se o antigo portão de armas
em cantaria no Mirante da Bandeira e dois
obuseiros Krupp de 280mm, localizados em
poços escavados na rocha, protegidos por
casamatas de concreto.
Participação em fatos históricos
relevantes
1922: O Forte do Leme foi atingido por
dois tiros vindos dos canhões do Forte de
Copacabana na intervenção história do
Forte de Copacabana - Os 18 do Rorte
1924: Revolta do Encouraçado São Paulo
1930: Ação contra o navio mercante de Baden
1932: Revolução Constitucionalista
1935: Intentona comunista
1938: Movimento Integralista
1945: 2° Guerra Mundial
1955: Intervenção do Cruzador Tamandaré
PERSONAGENS HISTÓRICOS RELEVAN-
TES: Em 1789, o Forte do Vigia foi guar-
necido pela Companhia dos Dragões de
Foto: Carol

Minas, onde servia o Alferes Joaquim


José da Silva Xavier – o Tiradentes – pou-
cos dias antes de sua prisão.
Informações históricas 2010 - Reabriu as suas portas ao público em Lendas e causos relacionados:
1776-1779 – Construção do Forte por or- 24 de setembro. Em fevereiro de 1943, um dos soldados em vi-
dem do Vice-Rei, Marquês de Lavradio. 2102 - Parte dos territórios das cidades de gília deu o alarme de que submarinos alemães
1776 – Denominação de Forte da Vigia. Niterói e do Rio de Janeiro, incluindo este estavam próximos à barra. O Capitão Sadock
forte, recebeu o título UNESCO de Patrimô- de Sá ordenou fogo, sendo seguido pelas arti-
1823 – Artilhado após a independência, pelo nio Cultural da Humanidade. lharias do Forte de Copacabana e das Fortale-
receio de um ataque da esquadra portuguesa. zas de São João e de Santa Cruz. Após alguns
1913-1917 – O presidente Hermes da Fon- Utilização original minutos de bombardeio, verificou-se que os
seca determina a elaboração do projeto A fortificação na ponta da Vigia (mirante) submarinos eram na realidade, baleias que, fe-
para a construção do Forte do Leme sobre tinha a função de alertar as fortificações lizmente, não foram atingidas. O comandante
ruínas do Vigia. O projeto, aprovado e con- vizinhas quanto a aproximação de embarca- do forte, submetido a Corte Marcial, foi absol-
cluído, ficou a cargo do Engenheiro Augus- ções pelo sul da barra da Baía de Guanabara. vido, haja vista que à época o país não dispu-
to Tasso Fragoso e a coordenação, do Ma- nha de tecnologias (radar, sonar) que pudes-
jor Arnaldo Paes de Andrade. Utilização atual: sem diferenciar uma baleia de um submarino.
1935 – Episodio internacional do navio ale- O CEP/FDC tem em seu quadro de organiza-
mão Baden. ção a Divisão Forte Duque de Caxias desti- Outros atrativos internos:
nada especificamente para a coordenação Memorial a Duque de Caxias, exposições his-
1935 – Forte do Leme ganha o nome de tóricas fixas e 15 esculturas de representação
Duque de Caxias por decreto nº 305 do da preservação dos valores históricos e cul-
turais e ambientais. da Via Sacra da artista plástica Mazeredo.
Presidente Getúlio Vargas.
Hoje contam com os seguintes circuitos ATVIDADES REALIZADAS NO ATRATIVO:
1965 – Foi desativado passando a sediar Primeiras sextas feiras do mês: Via Sacra,
o Centro de Estudos de Pessoal (CEP) do abertos ao público: Sítio Histórico Duque de
Caxias, Caminhada Ecológica e Via Crucis. percorrendo as quinze estações locali-
Exército. zadas na trilha de acesso a fortificação.
1987 – Início do reflorestamento do Mor- Situação e ambiência: Esse trabalho é realizado pelo capelão do
ro do Leme e tombamento do Forte pelo Está implantado no topo de um costão ro- serviço religioso do Comando Militar do
Conselho Municipal de Cultura (Decreto choso do morro do Leme, na cota de 124 Leste.
Municipal No 6.933/87). metros acima do nível do mar. Conserva
1990 – Criação da Área de Proteção Am- vegetação de Mata Atlântica, numa área Informações operacionais
biental (Decreto Municipal No 9.779 de 12 de 28 hectares. Até 2013, o Forte inseria- HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: de terça
de novembro). -se na Área de Proteção Ambiental (APA do a domingo e feriados, das 9h30 às 16h30
2008 – O CEP teve sua denominação alte- morro do Leme) agregada ao recém-criado ENDEREÇO/CONTATOS: Praça Almirante
rada para Centro de Estudos de Pessoal e Parque Natural Municipal Paisagem Cario- Júlio de Noronha - s/nº, Leme, Rio de Ja-
Forte Duque de Caxias (CEP/FDC). ca (Decreto N.º 37.231 de 05 de junho de neiro - RJ. Centro de Estudos de Pessoal/

64 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Forte Duque de Caxias - www.cep.ensino.
eb.br; Comando Militar do Leste - www.
cml.eb.mil.br. Diretoria do Patrimônio
Histórico e Cultural do Exército - www.
dphcex.ensino.eb.br. E-MAIL: divisaodo-
forte.cep@gmail.com, (21) 3223-5076 /
3223-5034
INGRESSO/AGENDAMENTO: R$ 4,00. Es-
tudantes pagam meia. Idosos acima de
65 anos e criança abaixo de 10 anos en-
tram de graça. Guias e escolares de esco-
las públicas estão isentos.

Foto: Teresa Botelho


ESTACIONAMENTO/ BICICLETÁRIO: 5 va-
gas para automóveis, 2 para ônibus e 12
para bicicletas
TOILETS na parte alta do roteiro, depois
de 20 min de caminhada.
SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO: Máquina
de refrigerante.
ACESSIBILIDADE: Transporte motorizado
para pessoas com dificuldades de locomo-
ção somente com agendamento prévio.
LOJA DE SOUVENIR: Ausente
GUARITA DE VENDA DE INGRESSOS: con-
tornando a Praça Almirante Júlio de No-
ronha, após a entrada dos carros, próxi-
ma aos canhões externos.
GUIA LOCAL/AUDIO GUIDE: Visitas auto-
Foto: Teresa Botelho

guiadas. As escolas podem solicitar com


antecedência o acompanhamento de um
soldado-guia do forte.
Foto: Carol
Foto: Carol

SERVIÇO DE SETOR EDUCATIVO: Colô-


nia de Férias (edição 49), Visitas guia-
das, material didático (sem circulação
no momento), placas interpretativas da
paisagem (Projeto Visadas), placas infor-
mativas sobre fauna e flora locais, sala de
áudio visual, Memorial a Caxias, exposi-
ção histórica permanente.
SALAS DISPONÍVEIS PARA EVENTOS: Es-
paço para exposições temporárias
COMO CHEGAR: pegar um ônibus que
faça ponto final no Leme e saltar no últi-
mo ponto. 190 - Rodoviária x Leme; 472
- Triagem x Leme; 536 - Vidigal x Botafogo
(via Avenida Niemeyer/Jóquei); 539 - Ro-
cinha x Leme (via Estrada da Gávea/Co-
pacabana); 538 - Rocinha x Botafogo (via
Estrada da Gávea/Jóquei ); 523 - Alvorada
x Leme (via Copacabana).
LIMITAÇÕES DO CIRCUITO INTERNO: Não
funciona em dias de chuva. Na dúvida, o
visitante deve telefonar confirmando o
funcionamento. Facilidade de banheiros
somente na parte de cima do Forte.
OBESRVAÇÕES: O Turismo é apenas uma
das frentes de atuação do forte bastan-
te envolvido com a visitação de alunos
de escolas e colégios. Temas tratados
na visitação: interpretação da paisagem,
valores da força terrestre, o histórico do
FDC e a importância da conservação am-
biental.
Foto: Teresa Botelho

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 65
CIRCUITOS INTERNOS
Forte de Copacabana

Debruçado sobre a Baía de Guanabara, o For- conjunto do Forte de Copacabana e Museu His-
te de Copacabana, que no passado vigiava, hoje tórico do Exército é um patrimônio material do
contempla placidamente a “Princesinha do Mar”, povo do Rio de Janeiro e foi eleito, em 2013, o
como é carinhosamente apelidada a praia de Co- 5º melhor museu do Brasil para visitação pelo
pacabana. Ao adentrar o complexo, o visitante TripAdvisor. Para vivenciar essa experiência, o vi-
poderá contemplar uma bela paisagem natural sitante pode agendar sua visita pelo site, solici-
que se descortina, o que enriquece o sentido da tando o acompanhamento de um guia, ou pode
visita cultural. A partir do portão que divisa a Av. simplesmente chegar nos horários de funciona-
Atlântica com o sítio histórico, o visitante perce- mento e, seguindo a sinalização local, caminhar
be claramente a presença do Exército e encontra nos espaços da fortificação, do museu e, ainda,
várias referências, em seus diferentes ambientes, desfrutar da ampla paisagem do alto da cúpula
da trajetória histórica dessa instituição e sua rela- dos canhões. Por fim, ainda é possível descansar
ção com a cidade. depois da visita sentado numa das simpáticas me-
sinhas dos cafés ao longo da mureta apreciando
Mais que um polo turístico e cultural carioca, o os recortes do litoral carioca provocados pelo mar.

O percurso

A visita tem início no Pórtico de en- Defensivo da Baía de Guanabara, a o trabalho de Marechal Rondon
trada do complexo Museu Históri- construção do Forte de Copacaba- na Amazônia, o Levante dos 18 do
co do Exército/Forte de Copacaba- na e o Levante dos 18 do Forte. Forte e a participação da Força Ex-
na onde se encontra um soldado Encerrada a visita no interior da for- pedicionária Brasileira na 2ª Guerra
de prontidão, trajando o uniforme tificação, o visitante poderá seguir Mundial. Contíguo ao Salão Repú-
da Guarda Imperial. Ainda no pór- até a Cúpula dos Canhões, local de blica está o Salão dos Presidentes
tico, na parte voltada ao interior visão privilegiada da orla de Copa- Militares composto de acervo mu-
do complexo, está inscrito “Si vis cabana e da cidade de Niterói. seológico sobre os presidentes mi-
pacem para bellum”, que significa: litares do Brasil.
“se queres a paz prepara-te para a Ou retornar pela Alameda Octavio
Corrêa, passando pela área des- A última sala de visitação do Museu
guerra”. é o Gabinete de Curiosidades que
tinada à alimentação e compras.
Seguindo pela Alameda Octavio Encontra-se à esquerda o Museu apresenta acervo museológico di-
Corrêa, à direita está a sala de apoio Histórico do Exército, cujas salas versificado contendo objetos que
ao turista onde um vídeo institucio- de exposição estão dispostas em pertenceram a pessoas importan-
nal introduz o visitante à história do dois andares. O circuito interno ao tes ligadas ao Exército Brasileiro.
complexo. A sala é composta por museu tem início no Salão Colônia/ Concluída a visita ao Museu, o visi-
painéis que abordam a história do Império cujo tema é “O Exército na tante poderá apreciar a paisagem
Forte de Copacabana e a criação do formação da Nacionalidade”. Esse da orla de Copacabana utilizando,
Museu Histórico do Exército. salão é composto por 10 módulos, inclusive, uma das lunetas pano-
Saindo da sala de vídeo, o visitante que apresentam vários fatos da his- râmicas que fazem parte do Pro-
tem a oportunidade de conhecer a tória do Brasil sob a ótica da histó- jeto Visada. Esse projeto pretende
fortificação que foi construída em ria militar, abrangendo o período integrar os fortes que compõem o
forma de casamata. Ao percorrer entre 1500 e 1889. Sistema Defensivo da Baía de Gua-
suas galerias encontram-se as câ- O salão seguinte é denominado nabara.
maras de tiro, um oratório com a Salão República e sua temática diz Também é possível fazer um lanche,
réplica de N. S de Copacabana, cú- respeito à atuação do Exército no comprar uma lembrança na loja de
pulas com canhões, paiol de muni- período Republicano até 1945, final souvenires, visitar alguma exposi-
ção, a antiga sala do comandante, da 2ª Guerra Mundial. Os módulos ção temporária, além de participar
além de espaços preparados com destacam, entre outros assuntos, de algum evento do momento.
painéis que abordam o Sistema

66 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Operacional
PONTO DE PARTIDA: Pórtico de entrada; VALE A PENA CONFERIR: Cúpula dos canhões, vista da orla
PONTO DE CHEGADA: Pórtico de entrada; de Copacabana, das Ilhas Cagarras e de Niterói, Confeita-
ria Colombo, troca da Guarda com uniforme do Império (a
TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO: 2 horas para percorrer os três cada 1hora e 20 minutos), lunetas panorâmicas (Projeto
espaços abertos à visitação (fortificação, museu e cúpula Visada) que permitem visualizar na paisagem da cidade as
dos canhões); fortificações que integram o Sistema Defensivo da Baía de
EXTENSÃO DO PERCURSO: Aproximadamente 1km Guanabara.
RECOMENDAÇÕES PARA O PERCURSO: Por questões de COMO CHEGAR: De ônibus: Linhas 121, 126, 127, 484 e 455.
segurança, os soldados solicitam que as pessoas, principal- De Metrô: Estação Cantagalo + 15 minutos a pé. De carro:
mente crianças, não sentem ou se inclinem sobre a murada Sentido Centro-Zona Sul: pegar o Aterro do Flamengo ou o
do forte, que fica junto ao mar. Importante também estar Túnel Rebouças; sentido Barra-Zona Sul: pegar o Elevado do
atentos ao trajeto durante a visita à cúpula dos canhões. Joá e a Avenida Niemeyer.
PONTOS DE APOIO AO VISITANTE: Banheiros e bebedouros OBS: NÃO HÁ ESTACIONAMENTO NO FORTE
na Alameda Octavio Corrêa;

Limitações do circuito interno

Não há estacionamento no Forte. nos caminhos de acesso. tiza e a sala, na verdade, fica restrita a
Para fotografar ou filmar no interior Apesar de o Forte aceitar até 50 pes- um espaço de exposição sobre a his-
do Museu, da Fortificação e do Salão soas por vez, grupos com mais de 20 tória da criação do Museu Histórico do
de Exposição Temporária, é necessária não se locomovem com facilidade por Exército.
uma autorização prévia do MHEx/FC. entre os espaços da fortificação e do Elementos relevantes como o pórtico,
Pontos importantes como a Alameda museu, muitas vezes estreitos. Com a inscrição de época, a figura viva do
Octavio Corrêa, principal via do circui- isso, aproveitam menos o guiamento. soldado em uniforme do período im-
to interno de visitação e acesso à cú- A sala de vídeo/apoio ao turista está, perial, a cerimônia de troca da guarda
pula dos canhões ainda têm restrições em geral, vazia ou com um guia-solda- e as lunetas do projeto visada pode-
para a locomoção de cadeirantes. O do apenas tomando conta do espaço. riam ser mais valorizadas. A falta de
primeiro, de forma mais branda, por Não acontece, efetivamente, a pres- informação turística sobre esses atra-
uma ligeira inclinação do caminho, o tação do serviço ao visitante. Assim, a tivos os torna pouco percebidos pelos
que exige maior esforço ou auxílio. Já o proposta de iniciar o guiamento com a visitantes.
segundo, pela presença de escadarias história do Forte por ali não se concre-

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 67
CIRCUITOS INTERNOS
Forte do Pico e São Luiz

Os Fortes de São Luiz (Século XVIII) e do Pico (Sé- Santa Cruz da Barra). Em 1811 seu comando foi
culo XX) estão abertos ao público como atração extinto e incorporado à Fortaleza de Santa Cruz
turística desde 1998. Estas fortificações cativam da Barra que hoje assume a conservação de suas
a todos os seus visitantes tanto pela sua impor- ruínas.
tância histórica dentro de um sistema de defesa
da Baía de Guanabara, quanto pela exuberância O Forte do Pico destaca-se por uma condição in-
de sua paisagem com ângulos inesperados e pou- comum que permite ao visitante os encantos de
co conhecidos da baía, além do azul profundo do uma vista de quase 360 graus. Em dias claros é
Oceano Atlântico, do brilho das cidades de Nite- possível avistar a Serra dos Órgãos, incluindo o
rói e do Rio de Janeiro, pontas opostas da Baía de Pico do Dedo de Deus. A construção concluída em
Guanabara. 1917 exala imponência militar e suas guaritas e
muros de pedra comunicam parte da nossa his-
O Forte de São Luiz foi construído entre 1769 e tória. Assim como os fortes de Copacabana e Du-
1775, no governo de Marquês de Lavradio. Dessa que de Caxias, no Leme, Rio de Janeiro, o Forte
época resta o portal, suas muralhas de até 15m do Pico conta com obuseiros Krupp de 280 milí-
de altura, a ruína dos alojamentos dos soldados metros, importados da Alemanha, responsáveis
e outros detalhes arquitetônicos. De forte apelo pela defesa mais recente da Baía de Guanabara.
cultural e histórico, conta com um portal inspirado Com tiros mergulhantes de alto valor na função
na arquitetura francesa. Esta imponente posição militar de defesa da costa, eram capazes de lan-
militar sucedeu o posto de observação e vigilân- çar granadas de 345kg a uma distância de 12km
cia da entrada da Baía de Guanabara construída de forma a atingir navios que se abrigassem por
200 anos antes, como posição de apoio à então trás das ilhas. Esses obuseiros ficaram em uso até
Bateria Nossa Senhora da Guia (atual Fortaleza de 1956, quando foram desativados.

O percurso

A visita tem início pelo Forte Ba- (patrono da Divisão de Artilha- da, encontrará o painel em ho-
rão do Rio Branco, acesso aos ria do Exército Brasileiro). Aí menagem ao poeta português
Fortes São Luíz e do Pico, situ- tem-se um primeiro ângulo de Fernando Pessoa e adentrará o
ados em diferentes altitudes. visão da paisagem para o Rio de Forte do Pico. Chegando ali, o vi-
Ao entrar no Forte Barão do Rio Janeiro. Continuando o caminho, sitante terá as opções de conhe-
Branco o visitante percorrerá o visitante chegará a um ponto cer o Museu Marechal Osvaldo
uma trilha, bastante íngreme e importante da função militar da Cordeiro de Farias, inaugurado
sinuosa, em companhia de um fortificação, com vista estratégica em 2007, que tem como tema a
soldado, para chegar ao Forte para a Baía de Guanabara e parte Força Expedicionária Brasileira,
São Luiz. Neste ponto, o visitan- da enseada de São Francisco. e também outros elementos mi-
te poderá observar a suntuosi- litares como o gerador e os obu-
dade do conjunto formado pela Subindo um pouco mais, o visi- seiros, de épocas mais recentes.
muralha e portal de entrada. É tante poderá descansar à sombra
sucedido pelas ruínas dos anti- de uma árvore ao lado da imagem Ali se descortina um dos mais
gos alojamentos de soldados e de Nossa Senhora de Fátima. belos panoramas da Cidade do
pelo Busto do Coronel Mallet Rio de Janeiro.
Continuando a íngreme subi-

68 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Operacional

PONTO DE PARTIDA: Setor de Relações Públicas do Forte Com vista ampla da Baía de Guanabara, o visitante tem uma
Rio Branco, Alameda Marechal Pessoal Leal 265 (Jurujuba) boa visibilidade de outros fortes integrantes do sistema de
PONTO DE CHEGADA: o mesmo. defesa da baía como a Fortaleza de Santa Cruz da Barra,
Forte Laje e a Fortaleza de São João, com destaque para a
TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO: 1 hora. bateria de São José, facilmente evidenciada à direita do Pão
EXTENSÃO DO PERCURSO: Aproximadamente 1km. de Açúcar, em posição oposta à Fortaleza de Santa Cruz da
RECOMENDAÇÕES PARA O PERCURSO: Antes de realizar a Barra.
visita é recomendável a confirmação via telefone para se Portal de acesso do Forte de São Luiz, inspirado na arquite-
certificar de que os Fortes estão abertos. tura francesa.
É recomendável utilizar tênis, roupa confortável, garrafa 4 canhões obuseiros de 1912.
d’água, protetor solar. Em dias mais frios ou ventosos, levar
um casaco corta vento e chapéus.
COMO CHEGAR: Partindo da Praça Araribóia, centro de Ni-
PONTOS DE APOIO AO VISITANTE: 01 sanitário masculino e terói, seguir à direita pela avenida litorânea, passando pelos
feminino na recepção (não adaptado para deficientes); 01 sa- bairros de São Domingos, Gragoatá, Boa Viagem, Ingá e Ica-
nitário no Forte de São Luiz (não adaptado para deficientes). raí. No bairro de Icaraí, percorrer toda a extensão da praia
e seguir pela Estrada Leopoldo Fróes, até o bairro de São
VALE A PENA CONFERIR: Ambos fortes trazem uma bela Francisco. Continuar seguindo pela avenida litorânea até
vista para as cidades de Niterói e do Rio de Janeiro, eviden- o bairro de Charitas. Seguir pela Avenida Carlos Ermelindo
ciando acidentes geográficos da Baía da Guanabara como a Marins até a localidade da Praia da Várzea. Entrar à esquer-
enseada de Jurujuba, de São Francisco, o Morro do Corco- da na Alameda Marechal Pessoal Leal e seguir até o portão
vado com a estátua do Cristo Redentor e o Pão de Açúcar e de acesso do Forte Barão do Rio Branco, onde se localizada
Cara de Cão, primeiro local de fundação da cidade em 1565. o estacionamento do conjunto de fortes.

Limitações do circuito interno

Difícil acesso para pessoas com dificul- rompido. do Pico é realizado exclusivamente por
dades de locomoção. Ausência de serviços de alimentação. um serviço terceirizado de van.
A trilha entre o Forte de São Luiz e For- Nos finais de semana e feriados nacio- Durante a semana os Fortes recebem
te do Pico são íngremes e irregulares. nais o acesso entre o Forte Barão do apenas visitas agendadas pelas esco-
Em dias de chuva, o circuito fica inter- Rio Branco até os Fortes de São Luiz e las.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 69
CIRCUITOS INTERNOS
Fortaleza de Santa Cruz da Barra

Surgida da antiga bateria de Nossa Senhora da A Capela de Santa Bárbara, de pedra fundamental
Guia, a atualmente denominada Fortaleza de San- datada de 1612; os canhões dos séculos XVIII, XIX
ta Cruz da Barra pode ser considerada uma das e XX (a maior coleção de canhões Withworth do
mais significativas edificações militares brasileiras mundo) e o Paiol Imperial formam parte de um
(SACEM, 2004) . A fortificação encerra uma posi- conjunto variado de pontos de visitação, com ên-
ção militar fundamental na antiga defesa da Baía fase no passado colonial brasileiro.
de Guanabara por mais de quatro séculos.
A Fortaleza de Santa Cruz da Barra impressiona o
Com uma trajetória tão extensa e relevante, en- visitante com suas imponentes muralhas, que des-
contramos no ambiente dessa Fortaleza referên- pertam a reflexão e a curiosidade sobre a sua par-
cias arquitetônicas e militares de diferentes épo- ticipação em importantes momentos históricos na
cas. defesa da cidade do Rio de Janeiro e do país.

O percurso

Logo na chegada à Fortaleza o visi- Capela de Santa Bárbara do piso original.


tante encontra uma representação Busto do Marechal Mallet, patrono Bateria 2 de Dezembro
de época de um soldado. da Divisão de Artilharia do Exército Pátio Imperial
A partir deste ponto, ele avista o Bateria de Santa Tereza
Cais Imperial, que por muitos sé- Local da fuga do Capitão Juarez Tá-
culos foi o único ponto de acesso Mirante do Pontal – ponto de me- vora
e provisão da Fortaleza. Na sequ- nor distância entre as cidades do Masmorras
ência do trajeto, destacam-se os Rio de Janeiro e Niterói
seguintes pontos de visitação do Mirante de Niterói
Espaço Cultural do Farol – visitação
conjunto da Fortaleza: interna, com destaque para o piso Prisões
Relógio do Sol em vidro que permite a observação Retorno para o Portal Colonial

70 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Operacional

PONTO DE PARTIDA: Praça do estacionamento da Fortaleza. VALE A PENA CONFERIR: A Fortaleza de Santa Cruz da Barra
PONTO DE CHEGADA: Idem. é considerada um dos mais valiosos exemplares da arquite-
TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO: cerca de 1 hora. tura militar luso-brasileira e eleita, no ano de 2010, por um
júri popular, uma das Sete Maravilhas da cidade de Niterói.
EXTENSÃO DO PERCURSO: Aproximadamente 500 metros.
COMO CHEGAR: Partindo da Praça Araribóia, centro de Ni-
RECOMENDAÇÕES PARA O PERCURSO: Tênis, roupa con- terói; seguir à direita pela avenida litorânea, passando pelos
fortável, garrafa d’água, protetor solar. Em dias mais frios bairros de São Domingos, Gragoatá, Boa Viagem, Ingá e Ica-
ou ventosos, levar um casaco para proteger-se do vento e raí. No bairro de Icaraí, percorrer toda a extensão da praia
chapéus. Não é permitido fotografar ou filmar a parte ope- e seguir pela Estrada Leopoldo Fróes, até o bairro de São
racional do quartel. A visitação é guiada, a cada 30 minutos. Francisco. Continuar seguindo pela avenida litorânea até o
PONTOS DE APOIO AO VISITANTE: 1 sanitário na área exter- bairro de Jurujuba. No final dessa praia, entrar à esquerda
na e 1 sanitário dentro da Fortaleza. 1 lanchonete na praça na Estrada General Eurico Gaspar Dutra e seguir até o final,
de estacionamento. 50 vagas para automóveis. 1 loja de onde está localizada a Fortaleza de Santa Cruz da Barra.
souvenir.

Limitações do circuito interno

Difícil acesso para pessoas com dificuldades de locomoção. Quando chove o circuito fica interrompido.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 71
CIRCUITOS INTERNOS
Fortaleza de São João

A história da Fortaleza de São João está intima- À esquerda do Portão Histórico da Fortaleza, na
mente relacionada com a fundação da cidade Praia de Fora, avista-se a entrada da Baía de Gua-
do Rio de Janeiro. Erguida por Estácio de Sá, por nabara e as fortificações que faziam parte do Sis-
ocasião da fundação da cidade, e situada entre os tema de Defesa situadas em Niterói. À direita do
Morros Cara de Cão e Pão de Açúcar, a Fortale- Portão, na Praia de Dentro, é possível ver o Cen-
za, então um pequeno fortim, foi a base de onde tro da cidade do Rio de Janeiro, os altos edifícios
os portugueses se lançaram às batalhas contra os em contraste com as montanhas que desenham o
invasores franceses pela posse do território. Ao relevo da cidade. Também desse ponto é possível
longo dos séculos, em tempos de guerra e paz, a ver a Ilha de Villegagnon, de onde os franceses
Fortaleza de São João guardou a entrada da Baía combatiam os portugueses nos históricos primei-
de Guanabara e a florescente cidade de São Se- ros dias. Do Forte São José tem-se a vista direta e
bastião do Rio de Janeiro. Atualmente, preservan- frontal da imponente Fortaleza de Santa Cruz da
do o passado e com olhos no futuro, tornou-se Barra e o Forte da Laje.
novo polo turístico, cultural e ecológico.

O percurso

A visita é iniciada no Museu do Des- leva aos Redutos de São Martinho (1572), Bateria Mallet (1901) e pelo
porto, seguindo depois para a Praia (1565) e de São Diogo. Sobem pela Canhão Armstrong (conhecido
de Fora e para a Praça da Fundação. ladeira de acesso ao final do Morro como Vovô). A visita no Forte São
De lá, os visitantes caminham lade- Cara de Cão, passando pela Capela José é completada com a entrada
ando a muralha do Forte seguindo de N. S. da Guia. Antes de chegar nas casamatas e no Museu Históri-
para o Portão Histórico, passando ao Forte de São José (1578), pas- co, montado no antigo paiol.
pela ponte (antes, levadiça) que sam pelas Baterias de São Teodósio

72 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Operacional

PONTO DE PARTIDA: Ainda na portaria, um soldado é desta- de e a ousada arquitetura das casamatas de pedra lavrada
cado para acompanhar o(s) visitante(s) no circuito interno, do Forte São José.
cujo ponto de partida é o Museu do Desporto, localizado A Fortaleza era composta por um conjunto de quatro fortes
próximo às quadras e à pista de corrida, entre a Praia de interdependentes: São José (1578), São Teodósio (1572),
Dentro e a Praia de Fora. São Martinho (1565) e são Tiago (1618). Desses, restam
PONTO DE CHEGADA: Ponte que liga o Reduto de São Mar- atualmente apenas as ruínas do Forte São Teodósio, no alto
tinho ao cais e à portaria. do Morro Cara de Cão, e o Forte de São José, um conjunto
TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO: de 1h30min a 2 horas, consi- de 17 casamatas construídas em pedra lavrada, com pa-
derando o percurso completo. redes de 1,40m de espessura, coroadas por plataforma e
parapeito de granito da mesma dimensão. Tem ainda um
EXTENSÃO DO PERCURSO: 3 km, ida e volta. grande paiol de 34 X 11 metros, em formato abobadado.
RECOMENDAÇÕES PARA O PERCURSO: Sapatos confortáveis e O Portão da Fortaleza, tombado pelo IPHAN em 1938, é
garrafa de água. Em geral, é recomendado o uso de automó- uma construção de alvenaria, com vão em arco abatido, la-
vel, desde que exista uma vaga para o soldado condutor. deado por sólidas pilastras e encimado por um frontão com
PONTOS DE APOIO AO VISITANTE: Somente no final do per- volutas barrocas, terminando em uma pira.
curso o visitante encontra um quiosque e banheiros próximos. COMO CHEGAR: Ônibus urbanos (linhas: 107, 478, 513) e
VALE A PENA CONFERIR: Portão Histórico de acesso à Forta- sistema de Integração do Metrô (Estação Botafogo).
leza, canhões do século XVI, o Marco de Fundação da Cida-

Limitações do circuito interno

O passeio não é realizado em dias de chuva. O acesso ao No trecho que vai do Reduto São Teodósio ao Forte São
Forte São José para pessoas com limitação de mobilidade José não existe quaisquer apoios de sanitários, água ou
deve ser feito por automóvel. No Forte São José, o acesso primeiros-socorros.
às casamatas é feito por escadas.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 73
CIRCUITOS INTERNOS
Forte Duque de Caxias - Caminho Ecológico

“Conhecer o Forte Duque de Caxias é apre- almente, as árvores plantadas se integram à flo-
ciar um pouco da rica história e da cultu- resta remanescente formando um grande ma-
ra da cidade maravilhosa, bem como de seus ciço verde que pode ser observado na orla, de
encantos”(DPHCEx, 2008, http://www.dphcex. Copacabana até o Leme, preservado pelo Centro
ensino.eb.br/?page=vigia). É com esse convite de Estudos de Pessoal-Forte Duque de Caxias do
que o Centro de Estudos de Pessoal-Forte Duque Exército Brasileiro. Em junho de 2013, conside-
de Caxias - CEP/FDC estimula as escolas do Rio rando a importância ecológica e paisagística do
de Janeiro a conhecerem o patrimônio histórico, local e arredor, foi criado o Parque Natural Mu-
cultural e ambiental resguardado pelo Exército. nicipal da Paisagem Cultural Carioca, que englo-
Todos os que visitam o Forte passam por uma es- ba as Áreas de Proteção Ambiental do Leme, do
trada sinuosa, arborizada e fresca, rodeada por Morro da Babilônia e de São João. Percorrendo
rica diversidade de espécies vegetais e animais. o Caminho Ecológico, aprendemos com essa his-
Mas nem sempre foi assim. Nas décadas de 80 e tória de conservação. Em cerca de 50 minutos de
90, o capim colonial (Panicum maximum) domi- passeio, alunos de escolas e visitantes, nacionais
nava a paisagem e pressionava os remanescentes e estrangeiros, encantam-se com a paisagem, e a
de Mata Atlântica. Os incêndios provocados por exuberância da biodiversidade da Mata Atlântica.
buchas de balões dos festejos juninos que caí- Chamam atenção as orquídeas, os pássaros e as
am acesos, ao mesmo tempo que debilitavam a borboletas. Ao final do caminho, o visitante tem
mata, favoreciam o avanço do capim. Assim, em a oportunidade de conhecer o sítio histórico do
1987, teve início uma importante parceria de re- Forte Duque de Caxias, com instalações antigas e
florestamento entre o Exército, a Associação dos salas com painéis e vídeos interpretativos, além
Moradores e Amigos do Leme e a Prefeitura do de contemplar uma vista deslumbrante das praias
Rio de Janeiro. Somente no Morro do Leme fo- do Leme e Copacabana, do maciço da Tijuca e da
ram recuperados 4 ha de área degradada. Com o Baía de Guanabara, com destaque à cidade de Ni-
sucesso da missão, foi criada a Área de Proteção terói e os contornos do Parque Nacional da Serra
Ambiental (APA) do Leme, em 1990. No ano se- dos Órgãos. (Centro de Estudos de Pessoal/Forte
guinte, o reflorestamento estendeu-se por mais Duque de Caxias – CEP/FDC. Vetor Preservar. IN-
12 ha nos morros do Urubu e da Babilônia. Atu- FOCEP, 2012, pp. 79-97)

O percurso

O Caminho Ecológico é uma subi- integra à paisagem carioca onde para conhecer o sítio histórico do
da agradável e, toda pavimentada o Cristo Redentor, o Morro Dois Forte Duque de Caxias. O portal
por paralelepípedo, é sombreada Irmãos e a Pedra da Gávea des- de cantaria dá acesso a um espa-
pela Mata Atlântica. Este circui- pontam por entre praias, flores- ço histórico-cultural sui generis,
to apresenta ao visitante grande tas e cidade. O Projeto Visadas rico em informações e curiosida-
riqueza de fauna e flora. Placas dispõe neste local de uma luneta des histórico-militares, destacan-
informativas e de interpretação que permite observação aproxi- do-se os obuseiros, armamentos
ambiental estão dispostas ao lon- mada de elementos da paisagem, de Artilharia de Costa. Neste es-
go do caminho. destacando-se nessa vertente, o paço, um segundo Mirante ofe-
Forte de Copacabana, também rece uma bela paisagem onde se
Plantas, flores e animais da Mata componente do Sistema Defensi- destacam a cidade de Niterói, o
Atlântica garantem a atração o vo da Baía de Guanabara. Dedo de Deus, no Parque Nacio-
frescor até a chegada ao Mirante nal da Serra dos Órgãos, além dos
da Bandeira, a 124 metros acima Vale a pena que o visitante siga o outros fortes do antigo sistema
do nível do mar. No primeiro Mi- passeio, subindo por um caminho defesa da Baía de Guanabara.
rante, uma bandeira brasileira se sombreado por amendoeiras,

74 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Operacional

PONTO DE PARTIDA: Platô de recepção dos visitantes do PONTOS DE APOIO AO VISITANTE: banheiro e bebedouro no
Forte Duque de Caxias, no Leme. primeiro mirante; máquina de refrigerante no portão de entra-
PONTO DE CHEGADA: Idem. da do Quartel de Guerra.
TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO: 50 min. VALE A PENA CONFERIR: O Circuito do Sítio Histórico Duque
de Caxias
EXTENSÃO DO PERCURSO: 700m (1,4 km ida e volta)
COMO CHEGAR: pegar um ônibus que faça ponto final no
RECOMENDAÇÕES PARA O PERCURSO: Tênis, roupa confortá- Leme. 190 - Rodoviária x Leme; 472 - Triagem x Leme; 536
vel, garrafa d’água, protetor solar. Em dias mais frios ou vento- - Vidigal x Botafogo (via Avenida Niemeyer/Jóquei); 539 -
sos, levar um casaco para proteção contra o vento e chapéus Rocinha x Leme (via Estrada da Gávea/Copacabana); 538
com cordinha para amarrar. Se for com crianças, vale a pena - Rocinha x Botafogo (via Estrada da Gávea/ Jóquei ); 523
levar um lanche leve, frutas, biscoitos. Lá em cima há apenas - Alvorada x Leme (via Copacabana).
bebedouros e uma máquina de refrigerantes. Os visitantes de-
vem respeitar as normas de conduta para ambientes naturais.

Limitações do circuito interno

O Forte não funciona em dias de chuva. Na dúvida, o visi- Sanitários somente na parte de cima do Forte.
tante deve telefonar confirmando o funcionamento.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 75
CIRCUITOS INTERNOS
Forte Duque de Caxias - Circuito Histórico

Construído no alto de um costão rochoso, de nos apresentam os principais eventos do forte.


onde se vislumbra a Baía de Guanabara, com a Curiosidades militares como um transportador
sua caprichosa geografia e contrastantes tons de das granadas de 300 kg dos obuseiros ou os equi-
verde fundidos ao azul do mar, o Forte do Leme, pamentos utilizados nos cálculo dos ângulos de
ou mais precisamente, o Forte Duque de Caxias, disparo também podem ser encontradas. Exposi-
tem suas origens em 1776, oriundo do Forte da ções temporárias completam o passeio às galerias
Vigia. O Forte encontra-se bem preservado pelo que, em homenagem ao patrono do Exército, aco-
Exército e, reaberto à visitação pública em 2010, lhem o Memorial a Duque de Caxias.
já foi visitado por mais de 50 mil pessoas. O pon-
to de partida para o circuito Sítio Histórico Duque Na parte externa da exposição, elevam-se, prate-
de Caxias nos convida a conhecer a riqueza des- ados, 4 obuseiros giratórios Krupp de 280 mm, fa-
se sítio, um patrimônio tombado pelo Conselho bricados especialmente para serem instalados em
Municipal de Cultura em 1987. O passeio tem iní- dois poços cavados na rocha. Protegidos por casa-
cio pelo “Caminho Ecológico”, que se desenvolve matas de concreto, seus projéteis têm a capaci-
por uma agradável ladeira de paralelepípedos. dade de sobrepor, em trajetória curva, os morros
Contornando o Costão, plantas, flores e animais da Urca e do Pão de Açúcar, naturais barreiras ge-
da Mata Atlântica garantem o frescor e o entrete- ográficas. No Mirante da Baía de Guanabara, por
nimento até o Sítio Histórico do Forte Duque de uso de duas lunetas estrategicamente dispostas e
Caxias. A 124 metros acima do nível do mar, uma apoio de placa de interpretação da paisagem, po-
bandeira brasileira flamula ao vento e se integra demos avistar outros fortes integrantes do antigo
à espetacular paisagem carioca onde o Cristo Re- sistema defesa da Baía de Guanabara, assim como
dentor, o Morro Dois Irmãos e a Pedra da Gávea outros elementos que se destacam no horizonte
despontam por entre praias, florestas e cidade. O como o Dedo de Deus, no Parque Nacional da Ser-
portal de cantaria do Quartel de Guerra do Forte ra dos Órgãos, presente na bandeira do Estado do
Duque de Caxias nos dá acesso a antigos paióis Rio de Janeiro. O Sítio Histórico nos revela que o
de armazenamento de explosivos e munição. Re- Forte Duque de Caxias mantém sua vocação ina-
formados, estes compõem o sui generis espaço ta de proteger nossa baía, mas que agora, só tem
histórico-cultural, onde painéis interpretativos “olhos” para as infinitas belezas da Guanabara.
(CEP/FDC, 2012, pp. 79-97) .

Operacional

PONTO DE PARTIDA: Platô de recepção dos visitantes do primeiro mirante; máquina de refrigerante no portão de entra-
Forte Duque de Caxias, no Leme. da do Quartel de Guerra.
PONTO DE CHEGADA: Idem. VALE A PENA CONFERIR: O Projeto Visadas com 2 lunetas à
TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO: 1hora e meia. disposição dos interessados em ver mais de perto, outros
fortes da Baía de Guanabara e elementos das belas paisa-
EXTENSÃO DO PERCURSO: 700m (1,4 km ida e volta) gens da face norte da cidade do Rio de Janeiro e as belas
RECOMENDAÇÕES PARA O PERCURSO: RECOMENDAÇÕES praias de Niterói. Um totem auxilia os visitantes na interpre-
PARA O PERCURSO: Tênis, roupa confortável, garrafa d’água, tação da paisagem.
protetor solar. Em dias mais frios ou ventosos, levar um casa- COMO CHEGAR: COMO CHEGAR: pegar um ônibus que faça
co para proteção contra o vento e chapéu com cordinha para ponto final no Leme. 190 - Rodoviária x Leme; 472 - Triagem
amarrar. Se for com crianças, vale a pena levar um lanche leve, x Leme; 536 - Vidigal x Botafogo (via Avenida Niemeyer/Jó-
frutas, biscoitos. Lá em cima há apenas bebedouros e uma má- quei); 539 - Rocinha x Leme (via Estrada da Gávea/Copa-
quina de refrigerantes. cabana); 538 - Rocinha x Botafogo (via Estrada da Gávea/
PONTOS DE APOIO AO VISITANTE: banheiro e bebedouro no Jóquei ); 523 - Alvorada x Leme (via Copacabana).

76 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O percurso

A visita tem início pelo Cami- Sítio Histórico, o visitante deve so ao Museu a céu aberto que
nho Ecológico, uma agradável seguir por entre castanheiras, expõe um conjunto de quatro
subida toda pavimentada em um agradável acesso às edifica- obuseiros encravados na pedra.
paralelepípedo e sombreada ções do Museu do Forte marca- Neste ponto, o Mirante da Baía
pela Mata Atlântica. Ao térmi- do por um imponente portal de de Guanabara e a bela vista da
no do caminho, o visitante en- cantaria que anuncia o Quartel cidade de Niterói, onde o pro-
contrará o Mirante da Bandeira de Guerra do Forte Duque de jeto Visadas apoia o visitante
que descortina a face Sul do Rio Caxias. Este dispõe no seu in- na distinção e interpretação da
de Janeiro onde a brancura das terior de sala de exibição de paisagem pela presença de um
areias das praias de Copacaba- vídeo, sala com painéis históri- pequeno mapa indicativo dos
na e do Leme contrasta com o cos, memorial em homenagem elementos da paisagem e mais
azul do mar e o verde das mon- a Duque de Caxias, exposições uma luneta. É interessante per-
tanhas sob a bênção do Cristo temporárias, carro para trans- ceber a importância da Baía de
Redentor, no Morro do Corco- porte das granadas de 300 kg Guanabara evidenciada pelos
vado. Nesse mirante está insta- dos obuseiros, equipamentos imponentes fortes que se desta-
lada uma das lunetas panorâmi- de cálculo dos ângulos de dispa- cam nesta vista, integrantes do
cas que fazem parte do Projeto ro e sala com atividades de edu- sistema de defesa do porto da
Visadas, que pretende integrar cação ambiental. cidade do Rio de Janeiro. Nesse
os fortes que compuseram o ponto, pode-se também avistar
Sistema Defensivo da Baía de Ao deixar esse espaço o visi- a “face oculta” do Pão de Açúcar.
Guanabara. Para a chegada ao tante tem, à sua direita, o aces-

Limitações do circuito interno

O Forte não funciona em dias de chuva. Na dúvida, o visi- Facilidade de banheiros somente na parte de cima do Forte.
tante deve telefonar confirmando o funcionamento.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 77
CIRCUITOS INTERNOS
Forte Duque de Caxias - Via Crucis

A Via Crucis está disposta ao longo do Caminho râmica da estátua do Cristo Redentor abençoan-
Ecológico na subida ao Sítio Histórico do Forte do a cidade do Rio de Janeiro. Para conhecer mais
Duque de Caxias. De cor verde, as esculturas va- o local, em dias de céu limpo, vale a pena passar
zadas integram-se à Mata Atlântica com suas bor- pelo Circuito Sítio Histórico Duque de Caxias e, no
boletas, pássaros e lianas. O percurso de 700 m mirante da Baía de Guanabara, contemplar a be-
metros todo pavimentado em paralelepípedo vai leza dos contornos do Parque Nacional da Serra
aos poucos revelando diferentes paisagens e tem dos Órgãos, com especial destaque ao esplendor
seu auge na Estação da Ressurreição, que, sendo do Dedo de Deus, presente, inclusive, na bandeira
a última do percurso, soma-se à bela visão pano- do Estado do Rio de Janeiro.
Foto: Carol

O percurso

A visita tem início no Platô de cor verde, integradas ao verde da Encerrado o circuito da Via Cru-
recepção dos visitantes do Forte mata. O circuito tem seu auge na cis, o visitante poderá avançar
Duque de Caxias, no Leme, pon- 15ª Estação – a da Ressurreição, na subida ao Sítio Histórico do
to de partida de uma agradável já nas proximidades do Mirante Forte que conta em sua área
subida conhecida como Caminho da Bandeira Nacional de onde externa, vizinha à Cúpula dos
ecológico. Nelas estão dispostas, se pode avistar toda a beleza do Canhões, com um Mirante para
à direita do visitante, as 15 esta- Cristo Redentor no morro do Cor- a Baía de Guanabara com vista
ções da Via Sacra esculpidas pela covado, abençoando a o Rio de privilegiada para a cidade de Ni-
artista plástica Marli Azeredo, de Janeiro, a Cidade Maravilhosa. terói e a Serra do mar.

78 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Operacional

PONTO DE PARTIDA: Platô de recepção dos visitantes do as árvores plantadas se integram à floresta remanes-
Forte Duque de Caxias, no Leme. cente, conformando um grande maciço verde de Mata
PONTO DE CHEGADA: Idem. Atlântica. Em junho de 2013, considerando a importân-
cia ecológica e paisagística do local e arredor, foi criado
TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO: 50 min. o Parque Natural Municipal da Paisagem Cultural Ca-
EXTENSÃO DO PERCURSO: 700m (1,4 km ida e volta) rioca, que engloba as Áreas de Proteção Ambiental do
RECOMENDAÇÕES PARA O PERCURSO: RECOMENDAÇÕES Leme, do Morro da Babilônia e de São João.
PARA O PERCURSO: Tênis, roupa confortável, garrafa d’água, • A visão da Ilha de Condutuba (do tupi cotyn-tyba: abun-
protetor solar. Em dias mais frios ou ventosos, levar um casa- dância de árvores de vela que servem para mastros).
co para proteção contra o vento e chapéu com cordinha para De pequenas dimensões e distante 800m do Morro do
amarrar. Se for com crianças, vale a pena levar um lanche leve, Leme, integra o recém-criado Parque Monumento Na-
frutas, biscoitos. Lá em cima há apenas bebedouros e uma má- tural Carioca.
quina de refrigerantes. • Costão rochoso e sua biodiversidade como cactos, bro-
PONTOS DE APOIO AO VISITANTE: banheiro e bebedouro no mélias, orquídeas, diferentes tipos de lagartos e insetos.
primeiro mirante; máquina de refrigerante no portão de entra- Merece destaque a Velózia-roxa (Pleurostima purpúrea),
da do Quartel de Guerra. que embora se pareça com um capim, é uma espécie tí-
VALE A PENA CONFERIR: (na ordem da subida) pica dos afloramentos rochosos do Rio de Janeiro (Sen-
• Placa com o histórico da Área de Proteção Ambiental na, P.L. Ocupação humana, alteração ambiental & con-
do Leme, uma parceria de reflorestamento iniciada em servação da natureza no Bairro do Leme, Rio de Janeiro.
1987 entre o Exército, a Associação dos Moradores e Monografia de conclusão de Curso de Especialização em
Amigos do Leme e a Prefeitura do Rio de Janeiro. O Análise e Avaliação Ambiental, Puc-Rio, 1993).
sucesso da recuperação iniciou pelo Morro do Leme, • O projeto de iluminação permite que, à noite, o Forte
com a recuperação de 4 ha de área degradada, inva- seja avistado de vários pontos da orla carioca.
dida pelo capim colonião. Foram plantadas espécies COMO CHEGAR: COMO CHEGAR: pegar um ônibus que faça
nativas, frutíferas e de rápido crescimento. Com o su- ponto final no Leme. 190 - Rodoviária x Leme; 472 - Triagem
cesso da missão, foi criada a Área de Proteção Ambien- x Leme; 536 - Vidigal x Botafogo (via Avenida Niemeyer/Jó-
tal (APA) do Leme, em 1990. No ano seguinte, 1991, o quei); 539 - Rocinha x Leme (via Estrada da Gávea/Copa-
reflorestamento estendeu-se por mais 12 ha no Morro cabana); 538 - Rocinha x Botafogo (via Estrada da Gávea/
do Urubu e parte do Morro da Babilônia. Atualmente, Jóquei ); 523 - Alvorada x Leme (via Copacabana).

Limitações do circuito interno

O Forte não funciona em dias de chuva. Na dúvida, o visi- Sanitários somente na parte de cima do Forte.
tante deve telefonar confirmando o funcionamento.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 79
ROTEIROS DE TERCEIROS
Rebocador Laurindo Pitta - Passeio Marítimo
* As informações constantes no item Roteiros de Terceiros foram obtidas em meios de divulgação das próprias instituições. Reco-
mendamos a verificação de alguma mudança após a finalização deste projeto.

Passeio marítimo guiado pela Baía da Guanabara, sem desembarque, no rebocador Laurindo Pitta, da
I Guerra Mundial.

MODALIDADE: Marítimo TO: 1h e 30minutos APOIO AO VISITANTE: Lanchonete,


banheiros e loja de souvenires no
FORTES ENVOLVIDOS: Forte da RECOMENDAÇÕES PARA O PAS- espaço cultural a Marinha, vizinho
Laje, Fortaleza de São João, Forta- SEIO: Sapatos do tipo tênis e rou- ao local de embarque e desem-
leza de Santa Cruz da Barra pa confortável. Protetor solar e um barque dos passageiros. Estacio-
agasalho para se proteger do ven- namento no local (poucas vagas).
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMEN- to frio que sopra na barra.

Operacional

OPERADOR: Marinha do Brasil. O ingresso é vendido na bilheteria do Espaço so-


mente no dia do passeio, a partir das 11h. Pre-
CONTATOS: http://www.mar.mil.br/dphdm/pitta/ ços: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,00 (militares e de-
pitta_passeio.htm pendentes, crianças até 12 anos e maiores de 60
TEL: (21) 2104-6992 e 2104-6721 anos). Não funciona: 1º de Janeiro, na Sexta-feira
da Paixão, no Carnaval, no dia de Finados (2 de
INFORMAÇÕES OPERACIONAIS: Saídas de quinta novembro), 24, 25 e 31 de dezembro.
a domingo, às 13h15 e às 15h15.

80 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O que observar...

Estação das Barcas com os catamarãs que fazem ses para, junto com a Fortaleza de Santa Cruz da
o trajeto Rio – Niterói; Aeroporto Santos Dumont; Barra, proteger a entrada da Baía de Guanabara;
Escola Naval (a muralha na base do edifício são Enseadas de Niterói; Serra do Mar; Fortaleza de
os resquícios da primeira fortificação construída Santa Cruz da Barra; Museu de Arte Contemporâ-
na Baía da Guanabara, pelos franceses, em 1555), nea - MAC, obra de Oscar Niemeyer (em Niterói);
na Ilha de Villegagnon; Ilha Fiscal; Aterro do Fla- Ilha de Boa Viagem; Diretoria de Hidrografia e na-
mengo; Pão de Açúcar; Fortaleza de São João; Ilha vegação; Ilha das Enxadas; Ilha das Cobras.
da Laje/Forte da Laje, construído pelos portugue-

DESTAQUES: dos quais destacamos a bela Galeota de Dom


João VI. Atracados ao cais estão o Navio-Museu
O convés inferior do Laurindo Pitta, uma espécie Bauru, contratorpedeiro-escolta que participou
de “porão”, abriga uma exposição permanente da Segunda Guerra Mundial, e o Submarino-Mu-
que conta sobre a participação da Marinha na 1ª seu Riachuelo, além da curiosa réplica da Nau de
Guerra Mundial. Pedro Álvares Cabral. Espaço Cultural da Marinha
Espaço Cultural da Marinha – vizinho ao local de situa-se na Av. Alfred Agache, s/n, Centro. Aberto
saída do rebocador, apresenta atrativos náuticos à visitação de terça a domingo, das 12 às 17 ho-
ras. Entrada gratuita.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 81
ROTEIROS DE TERCEIROS
Turismo do Morro da Babilônia
* As informações constantes no item Roteiros de Terceiros foram obtidas em meios de divulgação das próprias instituições. Reco-
mendamos a verificação de alguma mudança após a finalização deste projeto.

O percurso se faz por antigos caminhos estabele- Do alto do Morro da Babilônia, atual Parque Na-
cidos ao longo da história de defesa militar do Rio tural Municipal Paisagem Carioca, o visitante tem
de Janeiro, muitos deles superpostos pelas trilhas o privilegio de avistar desde os mirantes naturais,
ecológicas onde se realiza o passeio. Enquanto o pontos significativos da cidade como o Cristo Re-
passado se vê evidenciado por antigas seteiras e dentor, a praia de Copacabana e a enseada de Bo-
sinalizador semafórico do período colonial e casa- tafogo desde uma perspectiva menos conhecida.
matas do tempo da II Guerra Mundial, o presente Este roteiro vai além do convencional ao trazer
se manifesta pelo verdor presente no ambiente, ao visitante a oportunidade de conhecer os tra-
conquistado por significativas ações de reflores- balhos de ecoturismo, reflorestamento e serviços
tamento empreendidas nos Morros do Leme, sociais desenvolvidos pela cooperativa no Morro
Urubu e Babilônia a partir do final dos anos 80. da Babilônia.

MODALIDADE: A pé calçado fechado e confortável. Calça comprida para


proteger as pernas, mas quem preferir pode usar ber-
FORTES ENVOLVIDOS: Forte Duque de Caxias muda. Água, chapéu, repelente e protetor solar são
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO: 1h e 30minutos importantes e, certamente, a máquina fotográfica
que não pode faltar.
RECOMENDAÇÕES PARA O PASSEIO: Documentos,

Operacional

OPERADOR: Coopbabilonia Leme, Rio de Janeiro, RJ. Telefone: (21)22956649


CONTATOS: Coopbabilonia.blogspot.com.br, coo- INFORMAÇÕES OPERACIONAIS: Agendamento
pbabilonia@yahoo.com.br, ecobabilonia@gmail. prévio e os valores cobrados podem ser obtidos
com. Endereço: Ladeira Ary Barroso, anexo 164, pelo telefone ou no local.

82 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O que observar...

Ruínas Históricas; casamata da época da 2a Guer- gos; viveiro com mudas da Mata Atlântica; Praia
ra Mundial; ruína no topo do Morro da Babilônia; de Copacabana; visual da Enseada de Botafogo.
Forte Duque de Caxias; detalhe dos azulejos anti-
Foto: Blog: http://coopbabilonia.blogspot.com.br/

DESTAQUES: Forte Duque de Caxias, referência militar de todo


esse território no período colonial e da República,
A fauna e a flora do lugar, o crescimento da cidade cujo acesso se dá pela Praça Almirante Júlio de
entremeado por morros recobertos de floresta. Noronha, no Bairro do Leme.
Vale a pena esticar o passeio e fazer uma visita ao

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 83
ROTEIROS DE TERCEIROS
Orla Guanabara e Complexo dos Fortes
* As informações constantes no item Roteiros de Terceiros foram obtidas em meios de divulgação das próprias instituições. Reco-
mendamos a verificação de alguma mudança após a finalização deste projeto.

Passeio por Niterói, cidade de especial beleza na- ma de defesa da Baía de Guanabara, a Fortaleza
tural que conta com interessantes bens patrimo- de Santa Cruz da Barra, (guarnecida até hoje) e os
niais como as fortificações de Artilharia de Costa e Fortes São Luiz e do Pico apresentam, além das
a segunda maior coleção de obras arquitetônicas referencias históricas e culturais, mirantes com
de Oscar Niemeyer. Com duração de dia inteiro, o vistas panorâmicas de belíssimas paisagens. Na
passeio pela manhã se desenvolve com visita às parte da tarde, têm destaque as obras de Oscar
fortificações. Importantes protagonistas na histó- Niemeyer.
ria do Brasil e componentes importantes do siste-

MODALIDADE: Van + a pé. RECOMENDAÇÕES PARA O PASSEIO: Sapatos do tipo


FORTES ENVOLVIDOS: Fortaleza de Santa Cruz da Bar- tênis e roupa confortável. Protetor solar e um agasa-
ra, Fortes de São Luiz e do Pico. lho para proteger contra o vento.

TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO: 9 horas


FOTO: http://www.viagemeetc.com.br/index.php/br/receptivo/203-orla-guanabara-fds

Operacional

OPERADOR: Empresa Viagem & Etc necessário um mínimo de 10 pessoas para sua
realização. Para a visitação durante a semana, há
CONTATOS: +55 (21) 3617-6100. Rua Cel Moreira oferta de serviço para grupos menores (de 3 e 4
César, 160, sala 510 - Ed. Tiffany - Icaraí - Niterói - pessoas, mínimo), em carros utilitários.
Rio de Janeiro – Brasil.
Ambos os roteiros são de dia inteiro, com saída às
http://www.viagemeetc.com.br/index.php/br/ 8h e retorno às 17h30 (almoço incluído).
receptivo/203-orla-guanabara-fds
Crianças de até 2 anos não pagam, a partir de 2
INFORMAÇÕES OPERACIONAIS: A empresa ofere- anos pagam valor integral.
ce 2 tipos de serviços: Roteiros de finais de se-
mana, sábados, domingos e feriados; e Roteiros Há saídas das seguintes localidades: de hotéis do
para os dias de semana. Para ambos os casos, os Leblon, Ipanema, Copacabana, Praia de Botafogo,
passeios em van têm guiamento bilíngue, sendo Praia do Flamengo e Aeroporto Santos Dumont.

84 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O que observar...

Roteiro de sábados, domingos e feriados Roteiro em dias de semana


Ponte Rio – Niterói; Praça da República ; Praia de Ponte Rio – Niterói; Caminho Niemeyer; Museu
Icaraí; Fortaleza de Santa Cruz da Barra; Comple- de Arte Contemporânea; Praia das Flechas/Pedra
xo de Fortes; Estação de Charitas; Caminho Nie- do Índio/Pedra de Itapuca; Praia de Icaraí; Esta-
meyer; Museu de Arte Contemporânea; Praia das ção de Charitas; Fortaleza de Santa Cruz da Barra;
Flechas/Pedra do Índio/Pedra de Itapuca. Parque da Cidade.

DESTAQUES: nabara e fazem parte do Sistema Defensivo da


cidade.
A vista do Pão de Açúcar
O Museu de Arte Contemporânea, um dos mar-
Os fortes e fortalezas que beiram a Baía de Gua- cos da arquitetura de Oscar Niemeyer.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 85
ROTEIROS DE TERCEIROS
Orla da Baía da Guanabara (I)- Niterói
* As informações constantes no item Roteiros de Terceiros foram obtidas em meios de divulgação das próprias instituições. Reco-
mendamos a verificação de alguma mudança após a finalização deste projeto.

Num passeio turístico de van, o visitante observa com realce para a Fortaleza de Santa Cruz da Bar-
monumentos históricos e contemporâneos signi- ra, uma das componentes do sistema defensivo
ficativos da cidade de Niterói. No trajeto, o visi- da Baía de Guanabara.
tante desfruta belas paisagens, natural e cultural,

MODALIDADE: Rodoviário RECOMENDAÇÕES PARA O PASSEIO: Caso o visitante


FORTES ENVOLVIDOS: Fortaleza de Santa Cruz se interesse por aprofundar a visita na Fortaleza de
da Barra Santa Cruz da Barra, vale a pena um contato prévio
com os organizadores. Ligar nos dias de chuva para
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO: 2 horas confirmação do passeio.
fOTO: http://www.niteroiturismo.com.br/pt_contato_cit.htm

Operacional

OPERADOR: Neltur Somente aos sábados, domingos e feriados na-


cionais. Horários da van: 10h / 11h / 12h / 13h /
CONTATOS: NELTUR - SÃO FRANCISCO (das 9h às 14h / 15h / 16h
17h). Estrada Leopoldo Fróes, 773 - São Francisco.
Tel.: 55(21)2710.2727 ramais: 19 e 20. e-mail: tu- Local de saída: do Centro de Atendimento ao Tu-
rismo@neltur.com.br. Disque Turismo: 0800 282- rista na Praça Araribóia (barcas em Niterói).
7755. http://www.niteroiturismo.com.br/pt_con-
tato_cit.htm APOIO: Na estação das barcas, Praça Araribóia -
sanitários e serviços de alimentação.
INFORMAÇÕES OPERACIONAIS:Funcionamento:

86 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O que observar...

IDA VOLTA
Praça Araribóia; Cantareira; Museu de arte Con- Fortaleza de Santa Cruz da Barra ; Campo de São
temporânea; Praia de Icaraí; São Francisco; Esta- Bento;Centro Histórico; Caminho Niemeyer e as
ção Charitas e vistas panorâmicas do litoral. vistas panorâmicas do Rio de Janeiro e de Niterói.

DESTAQUES: Santa Cruz da Barra e o Museu de Arte Contem-


porânea (MAC).
O contraste arquitetônico entre a Fortaleza de

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 87
ROTEIROS DE TERCEIROS
Orla da Baía da Guanabara (II) - Niterói
* As informações constantes no item Roteiros de Terceiros foram obtidas em meios de divulgação das próprias instituições. Reco-
mendamos a verificação de alguma mudança após a finalização deste projeto.

Um passeio de barco pela Baía de Guanabara, de onde se pode contemplar a cidade na perspectiva
do mar para a terra.

MODALIDADE: Marítimo RECOMENDAÇÕES PARA O PASSEIO: Roupas e cal-


FORTES ENVOLVIDOS: Forte de São João, Forte da çados confortáveis. Chapéu e protetor solar.
Laje, Fortaleza de Santa Cruz da Barra e Forte de Agasalho leve para proteção contra o vento que
Gragoatá. sopra na baía.
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO: 2 horas

Operacional

OPERADOR: Saveiros Tour Crianças até 4 anos não pagam e de 5 a 10 anos


pagam 50% do valor.
CONTATOS: Av. Infante Dom Henrique S/N- lojas
13 e 14 – Marina da Glória (Aterro do Flamengo) Estudantes e brasileiros acima de 60 anos pagam
- Rio de Janeiro. Reservas pelo tel.: 55(21)2225- 50% do valor.
6064. http://www.saveiros.com.br/
OBS 1.: O passeio é apenas contemplativo e não
INFORMAÇÕES OPERACIONAIS:O passeio é di- oferece paradas para desembarque ou mergulho.
ário. O embarque e o desembarque ocorrem na
Marina da Glória. OBS 2.: O roteiro poderá ser alterado ou cancela-
do de acordo com as condições meteorológicas.
Horário do embarque: 09h30m / Horário do de-
APOIO AO VISITANTE: Banheiros a bordo. Durante o
sembarque: 11h30m.
passeio são servidas frutas tropicais a bordo.

88 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O que observar...

Praia do Flamengo; Enseada de Botafogo; Bairro Rio-Niterói; Ilhas Fiscal e de Villegagnon; edifícios
da Urca; Pão de Açúcar; Fortes de São João e da do Centro urbano do Rio de Janeiro; Museu de
Lage, a Fortaleza de Santa Cruz da Barra; Praias Arte Moderna; Monumento aos Pracinhas.
de Niterói; Museu de Arte Contemporânea; Ponte
fOTO: http://www.saveiros.com.br/

fOTO: http://www.saveiros.com.br/

DESTAQUES: cos da arquitetura de Oscar Niemeyer.


A vista das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói A Ilha Fiscal e seu castelo, em estilo neogótico,
de um novo ângulo, do mar para a terra. inspirado nos castelos franceses do século XIV.
Os fortes e fortalezas que beiram a Baía de Gua- O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda
nabara e fazem parte do sistema defensivo da ci- Guerra Mundial, conhecido como Monumento
dade. aos Pracinhas, que presta homenagem à memó-
ria dos soldados brasileiros mortos em combate
O Museu de Arte Contemporânea, um dos mar- na Itália.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 89
90 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Produtos

Todo o conjunto acima - levantamentos e sistematizações - serviu de


base para a criação de 5 produtos em consonância com a metodologia
adotada de Roteirização Dialogal.
Os Roteiros (produto 1) foram estruturados de maneira que se mos-
trassem flexíveis e abertos a diversas possibilidades de montagens. Ou
seja, um conjunto de opções de roteiros a serem escolhidos e combina-
dos pelos potenciais visitantes das fortificações.
Uma parte do levantamento que serviu de insumo para a criação dos
roteiros - a pesquisa Visitantes e visitas, uma caracterização de seis
fortificações da Baía de Guanabara - terminou sendo tratada como um
produto autônomo (produto 2), dada a sua importância para os gesto-
res das fortificações e pelas possibilidades que oferece de desdobra-
mento futuro (já apresentada em resumo nas págs. 32 a 39).
O terceiro produto, o Website “Nós no Forte”, por sua vez, apresenta-
-se como uma ferramenta a serviço da visitação às fortificações. Como
parte dos conteúdos disponibilizados nessa mídia, foi elaborado o quar-
to produto, um Webdocumentário intitulado “Nós do Forte” expondo
o enraiza­mento das 5 unidades fortificadas na vida cotidiana das cida-
des do Rio de Janeiro e Niterói, exemplificados por meio dos testemu-
nhos de cinco pessoas.
Este próprio Relatório Final é o 5º produto, cuja proposta é disponibili-
zá-lo para download no site.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 91
PRODUTO 1: CRIAÇÃO DE ROTEIROS

Oficina de Criação de Roteiros tribuir para a ressignificação dos espaços não con-
sagrados (ex.: as próprias fortificações, Mirante
A primeira etapa de elaboração dos roteiros foi da Paz, etc.) e, de maneira ampla, integrando-os à
realizada pela equipe do projeto, reunindo os vida vivida das cidades/espaços cotidianos (feiras,
múltiplos olhares sobre os vários sítios fortifica- praias, caminhadas ao ar livre, etc.).
dos e seus entornos, numa abordagem interdisci-
plinar. De maneira geral, os roteiros foram pensa- Em alguns casos tentamos identificar iniciativas
dos de forma a valorizar o patrimônio material e potenciais (não tão visíveis e/ou não-reconhe-
imaterial das cidades e estreitar os laços entre as cidas), que pudessem ser organizadas/poten-
Unidades Militares - que administram esses espa- cializadas no aproveitamento do fluxo turístico
ços - e a sociedade mais ampla (prioritariamente (crescente e/ou já consolidado) dirigido às forti-
com os próprios moradores das cidades). ficações, favorecendo iniciativas de base comuni-
tária.
Na ótica do planejamento e valorização do desen-
volvimento local, os percursos foram concebidos Para tal, realizamos uma série de reuniões com
levando-se em conta as características dos bair- o objetivo específico de estudar os diferentes
ros em que cada uma das fortificações estudadas aspectos territoriais, temáticos e simbólicos dos
se encontra (pensar roteiros para Copacabana é possíveis percursos. A ideia era incluir nos possí-
diferente de se pensar roteiros em Jurujuba, ou veis traçados, sentidos e recomendações valiosas
mesmo na Urca, ou no Leme). para um melhor aproveitamento do passeio (ou
num futuro projeto de execução).
Um dos aspectos que marcou a etapa de “Oficina
de Elaboração de Roteiros” foi a ênfase dada aos Cabe ressaltar que fizemos isso em duas partes: a
espaços do cotidiano das cidades (dos bairros das primeira, dedicada às possibilidades reais e exis-
orlas do Rio de Janeiro e Niterói), no caminho en- tentes na atualidade (Roteiros atuais - disponíveis
tre as fortificações da Baía de Guanabara de modo para consulta no website do projeto), e a segun-
que pudessem ser “combinados/associados” com da, condicionadas a ajustes e melhoramentos fu-
a visita às fortificações. Assim, destacamos lugares turos (Roteiros, Circuitos e Eventos potenciais).
e aspectos locais que consideramos significativos,
conjugados aos espaços culturais já consagrados Ao final dessa etapa elaboramos um elenco de
(Museus, espaços culturais, etc.), buscamos con- possibilidades, listadas a seguir:

92 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Roteiros atuais
Informações específicas sobre
os roteiros criados que se uti-
lizam de meios ou formas já
existentes e, portanto, podem
ser executados imediatamen-
te, nas condições atuais. Divi-
dem-se em roteiros que inte-
gram cada fortificação ao seu
entorno, e os que conectam
mais de uma fortificação entre
si e ao entorno. As fichas con-
tam ainda com breves históri-
cos das localidades, distâncias
a serem percorridas, tempos
médios dos deslocamentos,
destaques, restrições e pontos
de apoio. São elas:
Forte de Copacabana até a
Fortaleza de São João (Urca);
Forte de Copacabana até o
Mirante da Paz; Forte de Co-
pacabana até a Pedra do Ar-
poador; Urca e Fortaleza de
São João.

Roteiros, circuitos e eventos potenciais


Informações específicas relativas a propostas de novos roteiros, circuitos e eventos, formuladas pela
equipe do projeto, cuja realização depende de ajustes, quer seja da parte da DPHCEx, quer seja da
parte dos comandos das fortificações, ou ainda de ações de maior complexidade articuladas junto a
outras instâncias. Nesse item foram também incluídos os roteiros, circuitos e eventos em andamento
ou em estudo, concebidos pelos responsáveis das fortificações.
Roteiros potenciais Bicicletato nos Fortes: Rio de Janeiro – Niteroi; Paisagem Cultural dos Fortes de
Niterói; Um dia nos Fortes: Rio de Janeiro – Niterói; Os Fortes vistos das águas da Guanabara; Forte
Duque de Caxias e Leme; Praça XV até a Fortaleza de Santa Cruz; Fortes do Rio Branco, São Luiz e
do Pico até a Fortaleza de Santa Cruz da Barra.
Circuitos potenciais Circuito Arquitetônico de Santa Cruz, Niterói; Circuito Ruínas do Anel e Guana-
bara, Leme; Circuito Cara de Cão e Origens, Urca.
Eventos potenciais Bicicletato: Rio de Janeiro – Niterói; Encontros nos Fortes; Eventos Situados; Re-
vivendo a Fundação da Cidade: Urca.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 93
ROTEIROS ATUAIS
Forte de Copacabana até a Fortaleza de São João
Passear pela orla que liga 3 belas fortificações militares – Forte de Copacabana, Forte Duque de Caxias e
Fortaleza de São João – nos instiga a conhecer a história do Brasil, desde os tempos da conquista colonial até
o presente. Sair da agitada Copacabana, pedalando pela Avenida Atlântica rumo ao marco de fundação da
cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1565, por Estácio de Sá, propicia ao visitante uma boa dose de
emoção e curiosidade sobre o papel dos fortes e sua integração à vida da cidade. Vizinhos à Avenida Atlânti-
ca, o Forte de Copacabana e o Forte Duque de Caxias interagem com o palco natural da praia de Copacabana
onde se realizam importantes eventos para a cidade e para o Brasil. Um exemplo é o famoso “Reveillon do
Rio”, grande festa onde cerca de 2 milhões de pessoas comemoram a chegada do Ano Novo. Acompanhado
pelas ondas do mar e as mundialmente conhecidas “ondas do calçadão”, o visitante desfrutará, ao ar livre, a
beleza e significância dos marcos arquitetônicos, esculturas e monumentos da cidade. Ao sair de Copacaba-
na, o visitante chegará ao Leme, de contrastante tranquilidade, onde, assim como na Urca, história, cultura,
arte, música, esportes e boa comida dão vida ao dia a dia de seus habitantes e enriquecem a bela geografia
que exibe a Pedra do Leme, o morro Cara de Cão, o Pão de Açúcar, a Baía de Guanabara e a Mata Atlântica.
Um roteiro para quem se sente carioca de coração!

FORTES ENVOLVIDOS: Forte de Copacabana, Forte Duque de Caxias e Fortaleza de São João
DISTÂNCIA: 4,2 km
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO (SEM PARADAS): 40 min
RESTRIÇÕES DO ROTEIRO: Em dias de forte ressaca do mar, o percurso deve ser evitado
APOIOS: Banheiros públicos e quiosques para água e beliscos ao longo da Avenida Atlântica

94 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Primeira parte: Copacabana - Leme de bicicleta
O que observar no caminho...
Colônia de pescadores - vizinha Estátua do escritor Carlos Estátua de Ary Barroso – De Leo
ao forte de Copacabana, os pes- Drummond de Andrade – de Santana. Inaugurada em 19 de
cadores coordenam o Ecoponto, Leo Santana. Foi instalada em dezembro de 2003, presenteia os
um projeto que visa estimular a 2002, em comemoração ao passantes com um cenário dos
reciclagem e combater a polui- centenário do nascimento do tempos da boêmia do composi-
ção no mar, principalmente com poeta. Em frente à Rua Rainha tor.
garrafas PET. Elizabeth.
Escultura de Ângelo Venosa, de
Estatua do músico Dorival Copacabana Palace – foi o pri- 1990. Com suas formas orgâni-
Caymmi, de Otto Dumovich, meiro grande edifício em Copa- cas em aço , ficou popularmen-
inaugurada em 2008. Uma ho- cabana, inaugurado em 1923. te conhecida como escultura da
menagem ao compositor que Tornou-se patrimônio histórico, “Baleia”.
teve o mar como um de seus te- sendo tombado nas esferas fe-
mas preferidos. Em frente à Rua deral, estadual e municipal. Obelisco marco da construção
Francisco Otaviano. da Av. Atlântica – de autor des-
Parque Natural Municipal da conhecido, foi doada em 1919,
Calçadão mosaico de pedras Paisagem Carioca – Compõe o pelos moradores em comemo-
portuguesas – O mosaico de cenário verde que nos relembra ração à nova avenida. Atual-
pedras portuguesas das cal- os importantes acordos interna- mente se localiza no Leme.
çadas centrais e próximas aos cionais firmados na Rio-92. A re-
edifícios é uma composição de constituição da Mata Atlântica foi Estátua de Duque de Caxias –
Roberto Burle Marx. Ele criou uma ação de reflorestamento co- Luís Alves de Lima e Silva com
desenhos harmonizados com as laborativa, iniciada em 1987, en- uma inscrição de sua célebre
ondas pretas e brancas originais volvendo o Exército, a prefeitura, frase “Sigam-me os que forem
da calçada junto à faixa de areia. organizações locais e voluntárias. brasileiros”.

DESTAQUES: e academia para a 3ª idade. Nas vizinhanças


• O caminho dos pescadores na ponta do Leme da praça podem ser observados o Portal do
• Praça Almirante Júlio de Noronha, antiga Pra-
Quartel de Paz e dois canhões de bronze no
ça da Vigia. Localizada no começo da Av. Atlân- pátio de acesso ao Centro de Estudos de Pes-
tica e da Rua Gustavo Sampaio. Tipicamente soal /Forte Duque de Caxias (CEP/FDC).
carioca, a praça é frequentada por moradores • Banho de mar noturno (autorizado no perío-
e familiares a passeio, pois é bem arboriza- do do horário de verão, geralmente de outu-
da e agradável, com estrutura para crianças bro a fevereiro).

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 95
ROTEIROS ATUAIS
Forte de Copacabana até a Fortaleza de São João

Segunda parte: Leme - Urca de bicicleta...

O que observar no caminho...


Instituto Benjamim Constant Museu de Ciências da Terra – Bicicletário – na Praia Verme-
– custeado por D. Pedro II, é re- Construído para ser o Pavilhão lha, próximo à Pista Claudio
ferência nacional na educação dos Estados na grande Exposi- Coutinho. O restante do trajeto
de desde 1896, quando a sede ção de 1908 que comemorou o é feito a pé.
do então “Imperial Instituto dos 1◦ Centenário de Abertura dos
Meninos Cegos” ficou pronta. Portos do Brasil.

...Urca a pé

Praça General Tibúrcio – com Igreja de Nossa Senhora do Bra- veira. Fechado em 1946 em função
forte presença militar, destacam-se sil (Avenida Portugal, 772) – de es- da proibição do jogo no Brasil, deu
os seguintes monumentos: tilo neocolonial hispânico, encerra lugar de 1950 a 1988, à TV Tupi do
vitrais de cores fortes, representan- Rio de Janeiro, fechada em 1980.
Monumento aos Heróis de La- do cenas da história do Brasil e da Atualmente, o prédio foi reforma-
guna e Dourados – de 1938. Apro- expansão religiosa. Ornamentos de do e abriga o Instituto Europeu de
veita o bronze de antigos canhões pó de pedra contrastam com os de- Design.
utilizados na Guerra do Paraguai talhes em madeira escura da cripta
na homenagem aos soldados. E o que recebe a imagem de Nossa Sra. Primeira Rua do Rio de Janeiro
Monumento aos Soldados que do Brasil. (atual Av. de São Sebastião) – inicia
enfrentaram a Intentona Comunista numa escadaria ao lado da entrada
(próximo ao Pão de Açúcar). Estátua de bronze de São Pe- da Fortaleza de São João e chega
dro – de Edgard Duvivier, dentro até os fundos do antigo Cassino, la-
Desse ponto, segue-se pela Av. do mar da Baía de Guanabara, bem deando a pedra do Morro da Urca.
Pasteur, no sentido de retorno, em frente à Igreja de Nossa Senho-
até a entrada da Av. Portugal, do- Beirando o mar: vista da enseada
ra do Brasil.
brar à direita e subir a ponte. de Botafogo, Cristo Redentor e
Instituto Cravo Albin – dedicado edifícios do Centro do Rio. Próximo
Quadrado da Urca – foi a primei- à pesquisa e à exposição de obras ao Aeroporto Santos Dumont está
ra piscina pública da cidade, ainda da MPB. Vistas sob agendamento. a Escola Naval, montada sobre o
usando as águas da Baía de Gua- que restou do antigo forte constru-
nabara, preparada para as provas O antigo Hotel Balneário e Cas- ído por Villegagnon, em 1555.
aquáticas dos Jogos de 1922. Essa sino da Urca – com arquitetura
piscina foi a principal da cidade até Art Déco, surgiu nos anos 20 como Pelas ruas internas da Urca, po-
o surgimento da piscina do Clube de Hotel Balneário, construído pela derá desfrutar da tranquilidade lo-
Regatas Guanabara. Atualmente, Empresa Urca, mas sua fama e cal e observar as casas, as praças e
esse espaço abrigas embarcações prestigio internacional ocorreram o modus vivendi dos habitantes.
da colônia de pescadores profissio- nos anos 30 e 40, quando transfor-
Depois da visita à Fortaleza, re-
nais. mado em Cassino. Promoveu mu-
tornar pela Rua Ramon Franco
sicais reunindo artistas brasileiros
Mirante da Rosa dos Ventos – para buscar as bicicletas na Praia
como Carmen Miranda, Grande
Logo após a ponte, o mirante avança Vermelha. Ali mesmo você poderá
Otelo, Oscarito, Herivelto Martins,
para o mar e oferece uma bela vista. tomar uma saudável água de coco
Marlene, Emilinha, Dalva de Oli-
para se reidratar.

96 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
DISTÂNCIA: aproximadamente 4,0 km
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO (SEM PARADAS): 40 min até a Fortaleza, mais 30 min de retor-
no ao bicicletário. A visita à Fortaleza é feita em 1h30m
RESTRIÇÕES DO ROTEIRO: A Ciclovia Stuart Angel Jones vai somente até a Praia Vermelha. O percur-
so inclui 413 m de ciclovia de mão única dentro do Túnel Novo
APOIOS: Algumas casas de comércio (padaria, bares, restaurantes, tendinhas) ao longo do caminho,
ou os quiosques e sanitários dentro da Fortaleza

DESTAQUES: Fortaleza, na Praça da Fundação.


• No Museu de Ciências da Terra, a exposição • Pôr do sol na mureta da Urca – ponto de en-
permanente “No Tempo dos Dinossauros”, contro dos cariocas, com bela vista da Baía de
com fósseis de vertebrados que viveram no Guanabara.
Brasil durante a Era Mesozóica e a ambien- • Pista Claudio Coutinho – vale a pena dar uma
tação arqueológica. Outro destaque curioso esticada no programa para conhecer o Ca-
do acervo é a Rocha Cabeluda. Vale a visita! minho do Bem-te-vi na e ver o pôr do sol na
E ainda, as duas esculturas – leão e águia – Praia vermelha, quando o reflexo da luz do sol
que ladeiam a escadaria de acesso ao Museu confere tonalidade rosada à areia.
causam impacto! • Teleférico do Pão de Açúcar
• A imagem de Nossa Senhora do Brasil – na
• Ônibus anfíbios – Duas empresas iniciaram
Igreja de mesmo nome. De 1997, evidencia suas operações no verão de 2014. O trajeto
características brasileiras nos traços fisionô- rodoviário e marítimo estão em experimen-
micos da Virgem, no mapa do Brasil onde se tação e pode haver alterações. O ponto de
apoia a imagem e nas características étnicas embarque e retorno é na Praça Gen Tibúrcio.
dos anjos que a cercam. Uma novidade! Passeios de terça a domingo,
• O marco de fundação da Cidade, dentro da das 10 às 19 horas.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 97
ROTEIROS ATUAIS
Forte de Copacabana até o Mirante da Paz
Após visitar o complexo do Museu Histórico do Exército/Forte de Copacabana, conhecer sua história e apre-
ciar a bela vista do arco das praias de Copacabana e Leme, vale a pena conferir o panorama do Mirante da
Paz. Com a visão de 360°, esse mirante oferece ao visitante belas vistas para a praia de Ipanema, as Ilhas
Cagarras, a comunidade Cantagalo, o Corcovado, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Jardim Botânico, o Morro Dois
Irmãos e o bairro de Ipanema. Neste lugar, a produção musical tem grande destaque como atesta a difusão
mundial da canção Garota de Ipanema, de Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim, bem como a presença
de grandes mestres do samba carioca como Roberto Silva e Bezerra da Silva, na Comunidade de Cantagalo.

FORTES ENVOLVIDOS: Forte de Copacabana


TRECHOS: Forte de Copacabana - Mirante da Paz
MODAL: Bicicleta ou a pé
DISTÂNCIA: 1,7 km
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO (SEM PARADAS): 30 minutos
RESTRIÇÕES DO ROTEIRO: Não há
APOIOS: O trajeto conta com vários empreendimentos que oferecem serviços de alimentação. Há
banheiros públicos ao longo do percurso

O que observar no caminho...


Forte de Copacabana — locali- fensiva, passou a abrigar o Mu- também lojas especializadas em
zado no promontório entre as seu Histórico do Exército. skate, patins, trekking, escala-
praias de Copacabana e Ipane- das, lutas e bicicletas, estúdios
ma, tem sua história ligada à Antigo Cassino Atlântico — pal- destinados a tatuagem e outros
Igrejinha do Século XVIII ergui- co de shows de renomados ar- espaços criativos.
da no local em devoção à San- tistas como Carmem Miranda,
ta que deu nome também ao esta antiga edificação, em estilo Igreja da Ressurreição — a
bairro. Foi idealizado, no final art déco foi demolida para dar primeira sede da Paróquia da
do século XIX para compor o en- lugar, em 1970, a um grande Ressurreição foi a Igrejinha de
tão sistema de defesa da cidade empreendimento. Hoje no lo- Nossa Senhora de Copacabana,
do Rio de Janeiro. Sua função cal, bem em frente ao Forte, se demolida para a construção do
principal era impedir a aproxi- encontra um prédio que abriga Forte. No entanto, em 1953, foi
mação de navios inimigos que um hotel de rede internacional construída uma capela provisó-
pudessem ameaçar a entrada e um shopping Center com ga- ria dentro do próprio forte, para
da Baía de Guanabara. Com sua lerias de arte e antiquários. Aos reconduzir a imagem da san-
construção iniciada em 1908, Sábados, o espaço é tomado ta ao bairro. Em 1970, foi feito
foi inaugurado em 1914. Seus por uma Feira de Antiguidades. um acordo entre o Ministério
potentes canhões alemães Kru- do Exército e a paróquia, que
Galeria River — foi consagrada aceitou ceder o antigo terreno
pp tornaram este forte a mais nos anos 70 e 80, quando o surfe da demolida Igrejinha de Nossa
moderna e poderosa fortifica- era moda na Praia do Arpoador, senhora de Copacabana em tro-
ção da América do Sul, no início vendendo de equipamentos a ca de uma área de grande mo-
do século XX. Em 1987, já não roupas para surfistas. Esse re- vimento à rua Francisco Otavia-
exercendo mais sua função de- duto de esportistas, hoje, abriga

98 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
no, 99. Inaugurada em maio de leias que ali se dava. Hoje, é um esse nome em homenagem a
1975, compõe-se de amplo sa- ponto turístico muito frequen- Manuel Luis Osório, General de
lão sem colunas e fachada com tado, reconhecido pela bela destaque na Guerra do Para-
portas de vidro como marco paisagem e sensacional pôr do guai. O busto do general Osório
simbólico às concorridas missas sol. Dadas as características das fica próximo ao belo Chafariz
ao ar livre outrora celebradas ondas, muitos praticam o surfe das Saracuras, uma obra do sé-
na Igrejinha. nesta ponta, conhecida como culo XVIII de autoria do Mestre
Praia do Arpoador. Valentim, tombada pelo Institu-
Parque Garota de Ipanema — to do Patrimônio Histórico e Ar-
localizado em frente à praia Praia do Diabo — praia peque- tístico Nacional (IPHAN).
de Ipanema, o parque integra na e de mar aberto, recebeu esse
a Área de Proteção Ambiental nome devido à violência de suas Mirante da Paz – o acesso é fei-
(APA) das pontas de Copaca- águas. Fica localizada entre o Ar- to por um elevador na Estação
bana e do Arpoador e oferece poador e o Forte de Copacabana. do Metrô General Osório (saída
aos visitantes um mirante com para o Complexo Rubem Braga
vistas espetaculares. Conta com Casa de Cultura Laura Alvim – – no cruzamento das Ruas Tei-
playground e espaços para prá- residência da grande anfitriã do xeira de Melo e Barão da Torre),
ticas esportivas como quadra teatro Laura Alvim, desde 1986 que funciona das 5 horas da
poliesportiva e rinque de pati- abriga um Centro Cultural com manhã à meia-noite. Das 9 às
nação. Uma ciclovia liga o par- cinema, teatro, galeria de arte e 18 horas, o Mirante conta com a
que ao Forte de Copacabana. museu. presença de monitores do Pro-
Praça General Osório – aberta jeto Rio Top Tour que estão ap-
Pedra do Arpoardor — a pedra tos a dar informações. O acesso
fica no final da Praia de Ipane- no século XIX por iniciativa do
Barão de Ipanema, fundador ao elevador é gratuito.
ma, devendo seu nome à antiga
atividade de arpoamento de ba- da Vila de Ipanema. Recebeu

DESTAQUES: • Pôr do sol na Pedra do Arpoador.


• Forte de Copacabana com belos panoramas • Feira Hippie de Ipanema com produtos arte-
acompanhados de petiscos e sucos ao ar livre. sanais (aos domingos, das 7 às 19 horas, na
• Acervo sobre cinema na Casa de Cultura Laura Alvim. Praça General Osório)
• Pesca de lazer na Pedra do Arpoador. • Vista panorâmica no Mirante da Paz.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 99
ROTEIROS ATUAIS
Forte de Copacabana até a Pedra do Arpoador
Esse roteiro realça três pontos turísticos importantes para o Rio de Janeiro e para o Brasil: a praia de Copaca-
bana, o Forte de Copacabana e a Praia de Ipanema. Ambas as praias foram imortalizadas pela poesia e mu-
sicalidade da Música Popular Brasileira. A praia de Copacabana, pela composição “Copacabana Princesinha
do Mar”, de Alberto Ribeiro, Braguinha e Jack Lawrence, interpretada por Dick Farney. A praia de Ipanema,
por “Garota de Ipanema”, de autoria de Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim, com versões e interpre-
tações de artistas brasileiros e estrangeiros.
Foto: Renato Salero

FORTES ENVOLVIDOS: Forte de Copacabana


TRECHOS: Forte de Copacabana - Parque Garota de Ipanema - Pedra do Arpoador
MODAL: A pé
DISTÂNCIA: 1 km
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO (SEM PARADAS): 20 minutos
RESTRIÇÕES DO ROTEIRO: A pequenina Praia do Diabo tem no seu nome a indicação das forças das
correntezas que por lá passam; por isso é mais frequentada por surfistas
Em dias frios, chuvosos ou com muito vento, o roteiro pode ser desconfortável, perdendo grande par-
te de seu brilho encantamento
APOIOS: Sanitários disponíveis no Forte Copacabana

100 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O que observar no caminho...
Este roteiro contorna uma pe- enorme pedra. Os atrativos são cho interliga uma movimentada
quena península de rocha que diversos para aqueles que gos- área dos bairros de Copacabana
recebe o Forte de Copacaba- tam de natureza, onde o verde e Ipanema apresentando ao vi-
na, a praia do diabo e o Arpo- das árvores contrasta com o sitante um pouco do cotidiano
ador, parte inicial da Praia de azul do mar e o tom vermelho- da cidade.
Ipanema evidenciada por uma -amarelado das pedras. O tre-

DESTAQUES NO FORTE DE COPACABANA: NO PARQUE GAROTA DE IPANEMA:


• Belos panoramas acompanhados de petiscos • Mirante com vistas espetaculares e espaços
e sucos ao ar livre. para práticas esportivas.
• Projeto Visadas, cujas lunetas permitem a • Um coco gelado ao pôr do sol na Pedra do Ar-
visualização de outros fortes do Sistema De- poador.
fensivo da Baía de Guanabara, da cidade de • Shows e apresentações de variados artistas
Niterói e belos recortes da Serra do Mar. no calçadão do Arpoador.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 101
ROTEIROS ATUAIS
Forte Duque de Caxias e Leme
O Forte Duque de Caxias, popularmente conhecido como Forte do Leme, interage com a praia do Leme
acompanhada pelas ondas do mar e pelas mundialmente conhecidas “ondas do calçadão” da Avenida Atlân-
tica. Nesse bairro, história, cultura, arte, música, esportes e boa comida se somam à bela paisagem e dão
vida ao dia a dia de seus moradores. Os modernos quiosques e as tradicionais barraquinhas próximas à Pedra
do Leme oferecem sombra, assentos, petiscos e um belo horizonte para contemplação. A praia estimula a
descontração no bairro e o mar de tonalidade verde-garrafa e a fina areia branca compõem um ambiente
de beleza única. Uma caminhada pelo calçadão da Avenida Atlântica e o exercício na Academia para Terceira
Idade na Praça Almirante Júlio de Noronha são uma boa opção pela saúde. A praça se oferece como espaço
democrático para exercícios individuais ou em grupo, assim como para encontros e bate-papos. Também não
falta espaço para os praticantes de skate, os passeios de bicicleta e, no final da tarde, uma boa roda de violão
com os amigos ou um tradicional jogo de bola. Já os desportistas podem optar: surfe, bodyboarding, vôlei
e frescobol, na grande faixa de areia da praia. O variado comércio local oferece suporte para um passeio de
dia inteiro, com ofertas variadas de preços e cardápios, para almoço e jantar. As opções podem incluir mú-
sica ambiente, apresentações ao vivo, fotos de época, exposições artísticas e mesmo televisões de grandes
telas para assistir às finais do futebol. Fica o convite para conhecer seus quarteirões e buscar por algo de seu
agrado.

FORTES ENVOLVIDOS: Forte Duque de Caxias


TRECHOS: Forte de Copacabana - Parque Garota de Ipanema - Pedra do Arpoador
MODAL: A pé
DISTÂNCIA: 700 metros
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO (SEM PARADAS): 20 minutos
RESTRIÇÕES DO ROTEIRO: Em dias de ressaca do mar, o banho deve ser evitado, assim como o Ca-
minho dos Pescadores
APOIOS: Banheiros públicos e quiosques para água e beliscos ao longo da Avenida Atlântica, bares e
restaurantes diversos pelo bairro

102 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O que observar no caminho...
Calçadão mosaico de pedras pla e ventilada com ambiente os que forem brasileiros” .
portuguesas – a restauração da para as crianças se expandirem
calçada original foi de Roberto e academia para 3ª idade. Nas Estátua de Ary Barroso. De Leo
Burle Marx, que preservou o vizinhanças da praça podem ser Santana. Inaugurada em 19 de
acabamento em pedras portu- observados o Portal do Quartel Dezembro de 2003, possibilita
guesas pretas e brancas, acen- de Paz e dois canhões de 1823, os passantes a interagirem com
tuando, porém, a sinuosidade localizados na área externa de a imagem do cantor, numa refe-
de suas curvas . acesso ao Centro de Estudos de rência aos tempos da boêmia.
Pessoal /Forte Duque de Caxias Escultura de Ângelo Venosa,
O caminho dos pescadores – na (CEP/FDC).
pedra do Leme com interessan- de 1990. Com suas formas orgâ-
te proximidade ao mar. Obelisco marco da construção nicas em aço, ficou popularmen-
da Av. Atlântica, autor desco- te conhecida como escultura da
Praça Almirante Júlio de No- nhecido, de 1919. Doado pelos “Baleia” por lembrar o esqueleto
ronha – a antiga Praça da Vigia moradores em comemoração à desse mamífero. Refere-se a uma
(antigo Forte da Vigia) é agradá- abertura da avenida . história contada no bairro de que
vel e bem arborizada, boa para duas baleias teriam encalhado na
passear no domingo com a fa- Estátua de Duque de Caxias praia, atraindo a atenção e visita
mília. Vizinha ao Forte do Leme, (1803—1880), Luís Alves de de D. Pedro II ao então longínquo
no começo da Av. Atlântica e Lima e Silva, com uma inscrição areal da praia, dominado por pi-
da Rua Gustavo Sampaio, é am- de sua célebre frase “Sigam-me tangueiras e cajueiros.

DESTAQUES: • Trilha pelo Morro da Babilônia - caminhadas


• O caminho dos pescadores ecológicas pelo Parque Natural Municipal Pai-
• O Portal do Quartel de Paz
sagem Carioca com visual privilegiado, visita
à comunidade, ruínas históricas e casamatas
• Estátua de Ary Barroso
militares.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 103
ROTEIROS ATUAIS
Praça XV até a Fortaleza de Santa Cruz da Barra
Com referênciais históricas comuns, as duas antigas capitais do Estado (Rio de Janeiro e Niterói) estão inter-
ligadas pela beleza da Baía de Guanabara. As cidades oferecem a seus moradores e visitantes a oportuni-
dade de conhecer um pouco da história do Brasil, dos tempos coloniais até os dias atuais. Situada em local
estratégico na entrada da barra da baía, a Fortaleza de Santa Cruz da Barra teve, ao longo de mais de quatro
séculos, papel relevante na defesa do porto e da cidade do Rio de Janeiro. Em bom estado de conservação,
as largas paredes da Fortaleza, além de resistirem à força das ressacas do mar, se integram a um conjunto
arquitetônico colonial imponente com pátios, abóbadas, capela e três baterias de artilharia dispostas em
diferentes níveis. Este roteiro, além da beleza da paisagem, evidencia o contraste da arquitetura colonial da
fortificação com as construções modernas de Oscar Niemeyer. Depois de Brasília, Niterói é segunda cidade
no mundo a abrigar as obras projetadas pelo arquiteto, dispostas ao longo do Caminho Niemeyer . O visitan-
te percorre os roteiros por diferentes meios de transporte: inicia de barca, saindo da estação hidroviária da
Praça XV em direção à Estação Araribóia, em Niterói; segue por ônibus de linha tomado no Terminal Rodo-
viário João Goulart, próximo à Praça Araribóia (verificar os horários abaixo); termina com uma caminhada a
pé até a Fortaleza de Santa Cruz da Barra. Um percurso variado que exige disponibilidade de tempo e alguma
determinação do grupo.

FORTES ENVOLVIDOS: Fortaleza de Santa Cruz da Barra


TRECHOS: Fortaleza de Santa Cruz da Barra
MODAL: Barca + a pé + ônibus + a pé
DISTÂNCIA: 13 km
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO (SEM PARADAS): 6 horas ida (30minutos de barca + 1hora a pé+
45 minutos de ônibus+ 45 minutos a pé) + volta
RESTRIÇÕES DO ROTEIRO: Em dias frios, chuvosos ou com muito vento, a viagem nos decks ou partes
abertas pode ser desconfortável. Longo percurso com falhas de infraestrutura de apoio como banhei-
ros, pontos de alimentação, etc. Nem todos os horários da Linha 33 – Jurujuba – chegam até a Fortaleza
de Santa Cruz da Barra, sendo seu ponto final ao lado da Igreja de São Pedro. Deste ponto em diante,
o caminho deverá ser feito a pé pelo visitante. São 2,5 km até a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, cami-
nhando pela beira de uma via litorânea asfaltada que, apesar da imperdível vista, ainda não conta com
calçada para pedestres. Dica importante: horários de saída da linha 33 – Viação Miramar até a Fortaleza
de Santa Cruz da Barra: Seg a Sex: 05:30 h, 06:00 h, 06:30 h, 11:00 h, 00:00 h, 12:30 h, 16:30 h , 17:00
h, 17:30 h, 20:00 h. Sáb, Dom e Feriados: 05:30 h, 07:00 h, 08:30 h, 10:00 h, 11:30 h, 13:00 h, 14:30 h,
16:00 h , 17:30 h. Conferir na ida os horários de retorno, ou deverá ser feito a pé
ACESSOS: Ônibus da linha 33 – Jurujuba – tem saídas com horários regulares a partir do Terminal Rodo-
viário João Goulart
APOIOS: Nas Estações das Barcas existem bares, lanchonetes e banheiros. No interior das embarcações,
em geral, é possível a compra de refrigerantes e comestíveis simples. Conta também com banheiros
Em Niterói, ao lado da estátua do Índio Araribóia funciona o Centro de Atendimento ao Turista na Es-
tação das Barcas (diariamente, das 9h às 17h). Neste mesmo local, podem ser tomados os ônibus da
Neltur aos sábados e domingos das 10 às 16h

104 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Rio de Janeiro
O que observar no caminho...
Estação das Barcas – está locali- e do Império. Após a Proclama- torre, com pirâmide de granito
zada na Praça XV de Novembro, ção da República, nele foram ao alto, em pedra de Lioz portu-
um aterramento da antiga praia instalados os Correios e Telégra- guesa, e brasão do Vice-Rei D.
da Piaçaba, de relevância histó- fos. Em 1938, foi tombado pelo Luís de Vasconcelos e Sousa, em
rica. Abrigou o primeiro porto Patrimônio Histórico e Artístico mármore branco.
do Rio responsável pela cres- Nacional – IPHAN. Restaurado
cente atividade econômica da em 1980, tornou-se um Centro Igreja de Nossa Senhora do
cidade e do Brasil até o início do de Exposições e Eventos. Carmo – antiga Sé da cidade do
século XX. Rio de Janeiro entre os anos de
Chafariz do Mestre Valentim – 1808 e 1976. Funcionou como
Paço Imperial – construído em também conhecido como Cha- Capela Real e depois Capela Im-
1743, foi usado como Casa dos fariz da Pirâmide, foi construído perial, durante o século XIX. Seu
Vice-Reis do Brasil. Com a che- a partir de um desenho de 1790 interior é ricamente decorado
gada da corte de D. João VI ao do Marechal Jacques Funck, com madeira talhada e revesti-
Rio de Janeiro, em 1808, e a ele- com supervisão do Mestre Va- da a ouro no estilo rococó, ten-
vação da colônia à condição de lentim. Junto à fonte, escava- do sido recentemente restaura-
Reino Unido a Portugal e Algar- ções recentes restauraram o da. As escavações arqueológicas
ves, o Paço foi transformado em antigo cais do século XVIII. Con- no interior da igreja valem a vi-
sede dos governos do Reinado cluído em 1789, em formato de sita.

Niterói

Estação Praça Araribóia – data ampliação e modernização de Estado do Rio de Janeiro, muitos
de 1908 a inauguração da pri- seus serviços. deles digitalizados.
meira estação de barcas neste
local. A edificação foi arrasada Terminal Rodoviário João Gou- Centro de Memória da Histó-
durante a Revolta das Barcas lart – do arquiteto com premia- ria e da Literatura Fluminense
em 22 de maio de 1959, quan- ção internacional e ex-prefeito – localizado nas dependências
do populares reivindicavam da de Niterói, João Sampaio. do Memorial Roberto Silveira.
companhia administradora a Abriga a primeira biblioteca vir-
Teatro Popular (atualmente Te- tual da cidade, dedicada exclusi-
melhoria do transporte e o re- atro Oscar Niemeyer) – obra de vamente a autores fluminenses.
baixamento dos preços. Naque- Niemeyer, a casa tem capacida-
le tempo, ainda sem a presença de para um publico de 450 pes- Praça JK – inserida nessa obra
da Ponte Rio-Niterói, as barcas soas e oferece palco com boca de Niemeyer, merece desta-
eram o único serviço de trans- de cena interna e externa. que a escultura em bronze, em
porte disponível entre a então tamanho natural, que retrata
capital do Estado e o Rio de Ja- Centro de Memória Roberto conversa entre o arquiteto e o
neiro, então capital federal. In- Silveira – abriga importante ex-presidente da república Jus-
cendiada, a estação foi recons- acervo histórico e iconográfico celino Kubitschek, figuras em-
truída naquele mesmo ano; a de Niterói, com títulos sobre a blemáticas na construção de
antiga estação vem se adaptan- vida do ex-governador Roberto Brasília.
do ao século XXI com obras de Silveira, a cidade de Niterói e o

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 105
O que observar no caminho... Continuação.

Centro do Cinema Brasileiro – o Ilha da Boa Viagem – ligada ao coleção de João Leão Sattamini
projeto do arquiteto, de 2001, continente por uma estreita fai- Neto, com 1.217 obras de arte
só pode ser visto externamente, xa de areia e por uma ponte de contemporânea. Também, ofe-
pois não está aberto à visitação. concreto construída em 1909, rece serviços de restaurante,
com cerca de 120 metros de ex- cafeteria, chá e agenda musical.
Forte Gragoatá – a permissão tensão. No topo da ilha avista-se
de visitação está limitada ape- a Capela de Nossa Senhora da Praia de Icaraí – é a praia mais
nas à parte externa. Monumen- Boa Viagem e as ruínas do Forte famosa da cidade fluminense
to tombado pelo Patrimônio da Boa Viagem, construído em e abriga, à sua direita, a Pedra
Histórico e Artístico Nacional e 1663, e um dos componentes do índio e a Pedra de Itapuca.
citado pelos historiadores como do então sistema fortificado de Densamente construída, na sua
o 2º forte mais antigo da Baía de defesa da Baía de Guanabara. orla, destacam-se os prédios em
Guanabara, atualmente sedia a estilo arte déco do antigo Cine-
2ª Circunscrição de Serviço Mi- Museu de Arte Contemporâ- ma Icaraí e da Reitoria da Uni-
litar. Seu formato poligonal irre- nea de Niterói – projetado por versidade Federal Fluminense.
gular deve-se à engenharia de Oscar Niemeyer, é a atração Nela se realiza uma tradicional
ajuste da construção às carac- turística mais visitada de Nite- queima de fogos pela passagem
terísticas da formação rochosa rói. Compõe-se de uma cúpula do Ano Novo e diversos eventos
onde foi instalado, com sólidas de concreto, com 16 metros de esportivos (corridas, campeona-
muralhas que avançam sobre o altura e 50 metros de diâme- tos de vôlei e futevôlei, etc.)
lado do mar, estrutura, em par- tro, que surge de um espelho
te, alterada em 1909. Chamam d’água. Uma rampa helicoidal Saco de São Francisco – bairro
atenção os muros brancos e só- leva os visitantes a um mirante residencial e de referência para
lidos e as altaneiras guaritas de- com vista para a Baía da Guana- as atividades noturnas da cida-
bruçadas sobre o mar. Também, bara, o Pão de Açúcar e parte da de devido a seus bares, restau-
o portão de acesso todo talhado cidade do Rio de Janeiro. O Mu- rantes e casas noturnas.
em madeira de lei. seu foi construído para abrigar a Igreja de São Francisco Xavier

106 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
– considerada uma relíquia por nais de tarde pela presença de ra – localizada na boca da barra
sua antiguidade e seu valor his- vários quiosques que se somam da Baía de Guanabara, a Forta-
tórico, está localizada em uma à bela vista. leza tem importante papel his-
pequena elevação entre as tórico, cujo protagonismo tem
praias de São Francisco e Chari- Enseada de Jurujuba – de águas inicio em 1555, quando Ville-
tas. No seu interior destaca-se a escuras e frias, nela se encontra gagnon instala nesse local, as
imagem de São Francisco Xavier uma tradicional colônia de pes- primeiras peças de artilharia.
em madeira laminada a ouro. cadores e a igreja de São Pedro. Avança com os portugueses na
De seu pátio frontal se descorti- Ali ocorre, anualmente, uma defesa da fundação da cidade
na uma ampla visão do Saco de das mais importantes festas do Rio de Janeiro (1565) e che-
São Francisco e da cidade do Rio religiosas da cidade, que inclui ga à República com a instalação
de Janeiro. procissão marítima em devoção de canhões de defesa da Baía
ao santo padroeiro. de Guanabara durante a II Guer-
Estação Hidroviária de Chari- ra Mundial. Essa importância
tas – inaugurada em 2004, com Praias de Adão e da Eva – lo- na função de defesa militar da
a assinatura do arquiteto Oscar calizadas junto à entrada da cidade e do país, está presente
Niemeyer, é o ponto final do Baía da Guanabara, oferecem não só nos armamentos, mas
Caminho Niemeyer que se es- tranquilidade e excelente vista também, na arquitetura militar.
tende por 11 km de extensão da paisagem do Rio de Janeiro. Muralhas, pátios, celas, arcos,
ao longo da orla da cidade, do Embora vizinhas, estão separa- escadas e casamatas misturam
Aterro da Praia Grande (no Cen- das por uma formação rochosa várias épocas e chamam a aten-
tro) até o bairro da Charitas. Seu que se transpõe por uma esca- ção dos visitantes, assim como
salão panorâmico de embarque daria. Por sua ambiência, foram a Capela de Santa Bárbara, do
de passageiros tem vista para a tombadas como monumentos século XVIII, com lendas e his-
Baía de Guanabara. naturais pela Prefeitura Munici-
pal de Niterói, em 1994. tórias. A bela vista que oferece
Praia de Charitas – é muito uti- do Rio de Janeiro completa o
lizada nos finais de semana e fi- Fortaleza de Santa Cruz da Bar- passeio.

DESTAQUES NO RIO: EM NITERÓI:


• Na Praça XV, o Paço Imperial e Chafariz do • Museu de Arte Contemporânea de Niterói e a
Carmo, de Mestre Valentim Capela de Santa Bárbara, na Fortaleza de San-
ta Cruz da Barra.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 107
ROTEIROS ATUAIS
Fortes do Rio Branco, São Luiz e do Pico até a
Fortaleza de Santa Cruz da Barra
A localização dos conjuntos dos Fortes da margem oriental da Baía de Guanabara oferece ao visitante a pos-
sibilidade de vivenciar uma experiência que combina o contato e o aprofundamento do conhecimento sobre
o patrimônio histórico e arquitetônico dos fortes, com vistas amplas e diferenciadas da paisagem de toda a
Baía de Guanabara. O roteiro integra três fortificações que tiveram especial protagonismo no período colonial,
em reação à tentativa de domínio do território pelos franceses: Forte Rio Branco, construído em 1730; Forte de
São Luiz, construído entre 1769 a 1775 e a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, construída a partir do século XVI,
passando por ampliações até meados do século XIX. Dentre suas vistas panorâmicas, merece destaque no Forte
do Pico, a 230 metros de altitude, a visão conjunta do Sistema Defensivo da Baía de Guanabara.

FORTES ENVOLVIDOS: Fortes do Rio Branco, do Pico, São Luiz e Fortaleza de Santa Cruz da Barra
MODAL: Carro ou ônibus + Van
DISTÂNCIA: 2,5km
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO (SEM PARADAS): De Van - 5 minutos.
RESTRIÇÕES DO ROTEIRO: O acesso à praia de Fora é restrito, sendo permitido o banho e a permanên-
cia no local apenas aos visitantes portadores de autorização prévia. Este roteiro é inadequado a pessoas
com mobilidade reduzida (idosos e deficientes) e não é recomendado para crianças com menos de 12 anos.
ACESSOS: Partindo de Charitas, o visitante poderá seguir de carro ou ônibus da linha Miramar 33 até
a entrada do Forte Barão do Rio Branco, em Jurujuba. A partir do ponto de recepção no Forte Barão
do Rio Branco o acesso é realizado em van até os Fortes São Luiz e do Pico. No retorno ao Forte Barão
do Rio Branco, o visitante pode continuar o percurso até a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, de carro
ou de ônibus, pela linha 33.
APOIOS: No início do percurso, no ponto de recepção, tem-se sanitários e água potável. Nos Fortes de
São Luiz e do Pico, há sanitários. Na Fortaleza de Santa Cruz da Barra estão disponibilizados: sanitários,
loja de souvenires, lanchonete.

108 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
O que observar no caminho...
Forte Rio Branco - Sua constru- governo de Luiz de Almeida, 2º encontram dois canhões de 178
ção inicial data de 1555, ocasião Marques do Lavradio. Em 1811 milímetros, instalados em 1942.
da primeira invasão francesa ao seu comando foi extinto e in- Cruzando a guarita de acesso,
Rio de Janeiro, quando foi cria- corporado à Fortaleza de San- tem-se a Capela de Santa Bár-
do no local um observatório. ta Cruz da Barra. O local ficou bara, construída no século XVIII,
Em 1567 este posto foi armado abandonado entre 1831 e 1863, em cujo interior há uma imagem
e transformado na Bateria da quando foi reativado em razão em tamanho natural (1,43m) da
Praia de Fora com as primeiras da Questão Christie. O Forte de santa padroeira. Essa imagem é
bocas de fogo. Em 1711 a bate- São Luiz é feito de pedras portu- cercada de lendas e histórias. A
ria contava com seis peças, e, guesas, óleo de baleia, calcário Fortaleza possui três baterias de
em 1730, com 24. Naquele ano e mariscos triturados. O Por- artilharia disposta em três ní-
começou a construção do forte. tal foi inspirado na arquitetura veis distintos, construídos uma
Entre os anos de 1710 e 1711, o francesa da época. por sobre a outra. A Bateria de
forte participou das ações con- Santa Tereza, ou do Imperador
tra os piratas franceses Duclerc Forte do Pico - Esculpido dire- - uma espécie de terraço -, se
e Duguay-Trouin. Atualmente tamente na rocha, a construção sobrepõe à Dois de Dezembro,
encontra-se guarnecido pelo do Forte do Pico durou de 1913 composta por 21 casamatas e,
21º Grupo de Artilharia de Cam- a 1918. Foram realizadas esca- sob as demais, a mais antiga, a
panha, Grupo Monte Bastione vações na rocha para a abertu- Bateria Vinte e Cinco de Março,
(21 GAC). Em 1938, incorporou ra das suas galerias do tipo ca- composta por 20 casamatas.
os fortes São Luiz e do Pico. samatada, onde se encontram Próximo à bateria mais antiga
quatro canhões Friend Krupp, ficava o paredão de fuzilamen-
Praia de Fora - a primeira das de 280 mm - capazes de lançar to: um muro de rocha com uma
praias oceânicas de Niterói tem granadas de 345kg a uma dis- fonte natural utilizada para lim-
seu acesso restrito às pessoas tância de 12km -, a cúpula do par o local da execução. A For-
autorizadas pelo Exército. De telêmetro e a câmara de tiro. taleza, em seu conjunto, é uma
areias claras, propícia ao banho, construção sólida, com grossas
com extensão aproximada de Fortaleza de Santa Cruz da Bar- paredes de cerca de um metro
300 metros. ra - localizada na boca da barra
da Baía de Guanabara, a Forta- de espessura; possui casama-
Forte São Luiz - O Forte de São leza está instalada em um pro- tas, corredores e masmorras
Luiz teve suas origens em 1567, montório rochoso, à frente dos em pedra de cantaria, notáveis
quando ali foi construído um Morros do Pico e dos Macacos. trabalhos de arquitetura militar.
posto para observação e vigi- A primeira construção de 1556 Tendo em vista o alto mérito
lância da Bateria Nossa Senhora foi feita por Villegagnon. A par- histórico e arquitetônico, em
da Guia. A construção do forte tir do seu portão de acesso, 1939, o IPHAN tombou parte do
ocorreu entre 1769 e 1775 no chega-se a uma praça onde se complexo de edificações.

DESTAQUES: • A Capela de Nossa Senhora de Fátima


• Portal de acesso aos Fortes São Luiz e do Pico • Vista para todo o sistema de defesa da Baía de
• Painel de azulejos pintados em Portugal e Guanabara a partir do Forte do Pico
busto em homenagem a Portugal • A Capela de Santa Bárbara e as baterias de
• Quatro obuseiros (canhões) de 1912 artilharia na Fortaleza de Santa Cruz da Barra

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 109
ROTEIROS ATUAIS
Urca e Fortaleza de São João
Aproveitar o final de semana para passear pelas ruas da Urca permite ao visitante desfrutar um ambiente
pacato e acolhedor, com muita história para contar. O bairro tem sua origem em um grande aterro com arru-
amento e loteamento aprovado em 1922. Foi desenhado às bases dos morros da Urca e Pão de Açúcar, que
originalmente, por serem desligados do continente, compunham a Ilha da Trindade. Aspectos como esses
guardam elementos marcantes da nossa história, como os primórdios da cidade de São Sebastião do Rio de
Janeiro (1565), cujo local de fundação encontra-se no interior da Fortaleza de São João. Compatível com os
diferentes interesses e idades dos membros da família, o passeio pela Urca oferece diversidade: museus,
praias, praças, casarios variados, caminhadas ecológicas, bares, restaurantes e teleférico. Bem estruturado,
bairro pequenino, pitoresco, plano e tranquilo conta com praças e esquinas de fácil localização, ideais como
pontos de encontro do grupo, ao longo do dia. O roteiro Urca - Fortaleza de São João é para aqueles que
buscam um programa sem pressa, descontraído e agradável. O contato com o patrimônio rico em história,
cultura, beleza e transformações urbanas nos instiga a pensar em como fazer do Rio de Janeiro uma cidade
mais agradável.

FORTES ENVOLVIDOS: Fortaleza de São João


TRECHOS: Urca-Fortaleza de São João
MODAL: A pé
DISTÂNCIA: 2,5Km + 3 Km dentro da Fortaleza
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO (SEM PARADAS): 40min + 1h30m dentro da Fortaleza
RESTRIÇÕES DO ROTEIRO: Praia da Urca, não recomendada para banho
APOIOS: Banheiro público e quiosque na Fortaleza. Ônibus de Integração Metro Botafogo-Urca (linha 513)

O que observar no caminho...


Avenida Pasteur – construída como cartão de apresentação, obras de ampliação, foi rede-
sobre um aterro que na antiga marco referencial de uma nova nominado Instituto Benjamin
Praia da Saudade, foi balneário capital para uma recém-criada Constant (IBC), em homenagem
bastante utilizado para banhos República . Hoje, abriga o Museu ao seu terceiro diretor. É de res-
de saúde até o final dos anos 20. de Ciências da Terra do Depar- ponsabilidade do Ministério da
tamento Nacional de Produção Educação e atua na promoção
Antigo Hospício Pedro II – inau- Mineral – DNPM. Belo prédio de de oportunidades educacionais
gurado em 1852, hoje é ocupa- arquitetura neoclássica, conta para os portadores de deficiên-
do pelo campus da Praia Verme- com exposição permanente de cia visual.
lha da Universidade Federal do coleções de minerais, rochas,
Rio de Janeiro. fósseis e meteoritos. A entrada O quadrado – foi a primeira pis-
é gratuita e a visita de grupos cina da cidade, ainda usando
Antigo Palácio dos Estados – as águas da Baía de Guanaba-
(Av. Pasteur, 404). Elegante, foi deve ser agendada por telefone.
ra, preparada para os Jogos de
construído para a Exposição Na- Instituto Benjamin Constant- 1922, com estrutura adequada
cional de 1908 que comemora- Av. Pasteur, 350-368 – foi criado às provas de natação, platafor-
va o centenário do Decreto de pelo Imperador D.Pedro II em ma de saltos e trave para os jo-
Abertura dos Portos às Nações 1854, com o nome de Imperial gos de polo aquático Essa pisci-
Amigas. Promovida pelo Gover- Instituto dos Meninos Cegos. A na foi a principal da cidade até o
no Federal, a exposição serviu partir de 1890, o Instituto, em surgimento da piscina do Clube

110 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
de Regatas Guanabara. em frente à Igreja de Nossa Se- gar de 1950 a 1988, à TV Tupi
nhora do Brasil. do Rio de Janeiro, fechada em
Igreja de Nossa Senhora do 1980. Hoje abriga o IED, Institu-
Brasil (Avenida Portugal, 772) –O antigo Hotel Balneário e Cas- to Europeu de Design.
de estilo neocolonial hispânico,sino da Urca – Surgiu nos anos
encerra vitrais de cores fortes,20 como Hotel Balneário, cons- Praia da Urca
representando cenas da história truído pela Empresa da Urca,
do Brasil e da expansão religiosa.
mas sua fama e prestígio inter- Primeira Rua do Rio de Janeiro
Ornamentos de pó de pedra con- nacional se deu nos anos 30 e (atual Av. de São Sebastião) – ini-
trastam com os detalhes em ma- 40, quando transformado em cia numa escadaria ao lado da
deira escura da cripta que recebe
Cassino, promovendo musicais entrada da Fortaleza de São João
a imagem de Nossa Sra do Brasil.e reunindo artistas brasileiros e chega até a Praia da Urca lade-
como Carmen Miranda, Herivel- ando o Morro.
Estátua de bronze de São Pedro to Martins e Dalva de Oliveira.
– de Edgard Duvivier, dentro do Fechado em 1946, dada a proi- Fortaleza de São João – Em es-
mar da Baía de Guanabara, bem bição do jogo no Brasil, deu lu- paço de grande beleza e signifi-
cado histórico. Vale a visita!

DESTAQUES: bastião, que começava dentro da Fortaleza.


• No Museu de Ciências da Terra, a exposição • Local de fundação da Cidade, dentro da Forta-
permanente – “No Tempo dos Dinossauros” leza, na Praça da Fundação.
com fósseis de vertebrados que viveram no • Pôr do sol na mureta da Urca – ponto de en-
Brasil durante a Era Mesozóica, suas origens e contro dos cariocas, com vista privilegiada da
descendentes até os dias de hoje. Baía de Guanabara.
• A imagem de Nossa Senhora do Brasil – na • Pista Claudio Coutinho – vale a pena dar uma
Igreja de mesmo nome. De 1997, evidencia esticada no programa para conhecer o Cami-
características brasileiras nos traços fisionô- nho do Bem-te-vi que ladeia os Morros da
micos da Virgem, no mapa do Brasil onde se Urca e Pão de Açúcar pelo lado da Praia Ver-
apoia a imagem e nas características étnicas melha.
dos anjos que a cercam. • Teleférico do Pão de Açúcar.
• Primeira Rua do Rio de Janeiro – Rua São Se-
• A Fortaleza!

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 111
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
Circuito Arquitetônico de Santa Cruz da Barra

TIPO: Circuito interno


FORTIFICAÇÕES ENVOLVIDAS: Fortaleza de Santa Cruz da Barra
MODAL: A pé

A Fortaleza de Santa Cruz da Barra, construída ao do concreto armado, as pedras foram cortadas,
longo dos séculos XVII, XVIII e XIX, é um precioso entalhadas e montadas, exigindo dos artesãos es-
exemplar da arquitetura militar luso-brasileira. tudo minucioso de suas formas. A perfeição de
A fortificação integra a paisagem cultural flumi- suas abóbodas e arcos desafia as habilidades de
nense eleita pela UNESCO, em 2012, Patrimônio engenheiros e arquitetos até os dias de hoje.
Mundial da Humanidade. Seu tombamento se
deve, em grande parte, às técnicas construtivas Este circuito oferece oportunidade de, através do
da arquitetura militar do estilo de Sébastien Vau- conhecimento de técnicas arquitetônicas, com-
ban (1633 – 1707), arquiteto militar francês. Me- preender e interpretar a história do Rio de Janei-
rece destaque a precisão com que, prescindindo ro e do Brasil.

se...
o d e ri a s e r implantado re ta tivo de apoio
à visi-
P a l in te rp -
r e la b o ra do novo materi a c e ss ív el a o público inte
...fo uagem dos;
ento, em ling os especializa
tação e guiam enas a círculos acadêmic In-
ressado e nã
o ap
c n ica e sp e cífica para a
ção té
verem forma
...os guias ti
Patrimonial. om escolas té -
cni-
terpretação vas p a rc e ri a s c
belecidas no o conti
...forem esta s, v is a n d o a atualizaçã
o
tos acadêmic
cas e institu ais e da qua
lificação.
d o s m ate ri
nuada

112 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
Circuito Ruínas do Anel e Guanabara

TIPO: Circuito interno


FORTIFICAÇÕES ENVOLVIDAS: Forte Duque de Caxias (e resquícios dos Fortes do Anel e Guanabara)
MODAL: A pé

Circuito de visitação aberta ao público cujos atra- do Anel era parte integrante das obras do Forte
tivos principais são os antigos Fortes do Anel e da Vigia, erigido em substituição à antiga fortifi-
da Guanabara, componentes do território militar cação situada na ponta da Vigia, com o propósito
do Centro de Estudos de Pessoal/Forte Duque de de defender o acesso à retaguarda da Baía, pelas
Caxias, no Leme, Rio de Janeiro. Os fortes estão atuais praias do Leme e de Copacabana.
localizados na orla atlântica, no sopé do atual
Morro do Leme. Embora de forma incipiente, Em 1913, no período republicano inicia-se a cons-
esse circuito já existe, mas só recebe visitações trução nesse mesmo sítio de uma moderna forti-
controladas, sob autorização do Comandante. ficação, nomeada em 1935, Forte Duque de Ca-
xias. Atualmente, na ponta do Anel estão ruínas
No período do Vice-Reinado, no Brasil integra- de valor patrimonial, como o muro em cantaria e
vam o Sistema Defensivo Sul da barra da Baía de a escada esculpida diretamente na Pedra do Anel.
Guanabara, os fortes da Vigia, no alto do morro
do Leme, e o forte da ponta do Anel, em cujos Este circuito oferece a oportunidade de, através
lados, na segunda metade do século XVIII, foram da visita a resquícios de elementos do sistema co-
iniciadas as obras do Forte Guanabara, no sopé lonial de defesa da Baía de Guanabara, compre-
do Morro do Leme, e destinado a cruzar fogos ender e interpretar a história do Rio de Janeiro e
com a Fortaleza de Santa Cruz da Barra. O Forte do Brasil.

...
s e r im plantado se o de
Po d e ri a
o m a te ri a l interpretativ
do nov uagem
...for elabora e g u ia m e nto, em ling sa
ação e não apena
apoio à visit te re ss a d o
público in
acessível ao o s e specializado
s;
a d ê m ic cífica
círculos ac a ç ã o técnica espe
verem fo rm
...os guias ti imonial;
te rp retação patr es-
p a ra a in
a s n o v a s p arcerias com
...forem esta
belecid isando a
sti tu to s a cadêmicos, v a-
colas técnica
se in
a d o s m a te riais e da qu
continua d
atualização
poio
lificação;
e n to s n a e strutura de a
...houver me
lhoram cesso às
v is ita nte s d a trilha de a de
e segurança
aos
o ra m e n to s, instalação
como: e sc s-chave
ruínas, tais ã o d e a p o io em ponto l-
degraus e co
rrim
re ta ç ã o d a paisagem cu
de Interp
e sinalização
ão,
tural. o p e rc u rs o da visitaç
esenhad o ofere-
... fosse red ri co p a ra os visitantes, ção
mais repeti
tornando-o a je to c o mpleto sem
m tr
cendo-lhes u
tr il ha.
da mesma

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 113
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
Circuito Cara de Cão e Origens

TIPO: Circuito interno


FORTIFICAÇÕES ENVOLVIDAS: Fortaleza de São João, em especial, o Forte São José
MODAL: A pé

Circuito de visitação ao local de origem da ocupa- antigo do Brasil, o Forte São José.
ção territorial portuguesa na atual cidade do Rio
de Janeiro, de grande beleza cênica, denso simbo- O Morro Cara-de-Cão é um sítio ambientalmen-
lismo identitário e ambientalmente preservado. te preservado, de vegetação de Mata Atlântica,
com rica diversidade de fauna e flora. Ao invés
A fundação da cidade do Rio de Janeiro se associa de retornar pelo mesmo caminho, a proposta é
ao combate dos portugueses contra a ocupação aproveitar uma antiga trilha que corre o cume do
francesa. Em 1565, sob comando de Estácio de morro para a observação da vegetação original,
Sá, os portugueses aportam no istmo situado en- pássaros e pequenos animais em seus habitats.
tre os morros Cara-de-Cão e Pão de Açúcar, local
onde fundam a Cidade de São Sebastião do Rio Este circuito oferece oportunidade de articular a
de Janeiro. A edificação, em praia protegida pelo visita ao Marco Zero de fundação da Cidade do
Morro do Pão de Açúcar, de uma fortificação que Rio de Janeiro com uma caminhada ecológica, fa-
foi embrião da atual Fortaleza de São João, teve zendo do encontro com a paisagem cultural um
papel estratégico na ocupação territorial portu- momento de aprendizado que propicia melhor
guesa e expulsão dos franceses. Neste mesmo sí- compreender e interpretar a história do Rio de
tio foi construído, em 1578, o terceiro forte mais Janeiro e do Brasil.

se... ção e
implantado poio à visita
Poderia ser interpre ta tiv o d e a
ado e
o r e la b o ra do material ss íve l a o p ú blico interess
.. .f m ac e
em linguage icos especia
lizados;
guiamento, d ê m
o a p e n a s a círc u lo s a ca
e sp e c ífic a para a inter-
nã técnic a
v e re m formação l;
...os g u ia s ti
p a is agem cultura s
ta ç ã o p a trimo n ia l d a
a s c o m e sc olas técnica
p re s parce ri ada
m e st a b e lecidas nova a a tu a li za ção continu
...fo re visan d o
acadêmicos,
e institutos ão;
m a te ri a is e da qualificaç e st ru tura de apo
io e
dos q u a d a i-
r im p la n ta ção de ade o m e sc o ra mentos, corr
...houv e trilha, c reta-
u ra n ç a a o s visitantes na e e si n a li za ção de Interp
seg s-chav
io em ponto
mãos de apo l. cional,
gem cultura ação conven
ção da paisa u rs o d a v is it a-
e re d e se n hado o perc s, o fe re c e ndo-lhes um tr
... foss isitante lta.
to rn á -lo m ais rico aos v e sm a tr ilh a de ida e vo
para o da m
sem repetiçã
jeto completo

114 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
Bicicletato nos Fortes, Rio de Janeiro – Niteroi

TIPO: Roteiros dos Fortes e seus arredores


FORTIFICAÇÕES ENVOLVIDAS: Forte de Copacabana – Forte do Leme – Fortaleza de São João - Forte
Barão do Rio Branco – Fortaleza de Santa Cruz da Barra
MODAL: Bicicleta e barcas catamarãs

A mobilidade urbana é questão crítica para a qua- O percurso modular de Niterói se compõe dos
lidade de vida nas grandes cidades brasileiras. O seguintes trechos: Caminho Niemeyer – Forte
Grande Rio se inclui nesse quadro. O uso da bici- Gragoatá – Charitas – Forte Barão do Rio Branco
cleta passou a ter, além de uma dimensão estrita- – Fortaleza de Santa Cruz da Barra.
mente funcional, um forte conteúdo simbólico. A
promoção de roteiros de visitação a fortificações O percurso modular do Rio de Janeiro se compõe
da Baía de Guanabara apoiados nesse modal de dos seguintes trechos: Forte Copacabana – Forte
transporte pode ter sentido estratégico que aponta do Leme – Fortaleza de São João – Forte de San-
para alternativas de reorganização cultural da vida tiago (Museu Histórico Nacional, Praça XV).
urbana. Estes roteiros são convergentes com essa Nos fins de semana, utilizando o modal barcas de
tendência. Foram concebidos em formato modular, transporte marítimo é possível integrar os dois
com trechos autônomos, bicicletários em cada um roteiros em um roteiro unificado.
dos pontos de origem e fim, e oferta de bicicleta.

se...
implantado
Poderia ser o m a n dos das forti
fica-
e/ou o s c stitui-
...a DPHCEx o d iá lo go junto a in
ce re m ara
ções fortale d e p o lí ti c a s públicas p
toras io de
ções promo a n a e m N iterói e no R
rb -
a mobilidad
eu
à e fe tiv a çã o e manuten
vistas ão e
Janeiro, com es de trânsito, sinalizaç
diçõ
ção das con g o d e to da a ciclovia
.
o lo n
segurança a a rc e rias com em
presas
mu la d a s p
...forem esti
de aluguel.
de bicicletas ic le tários nos in
terva-
ala d o s b ic
...forem inst
d u los.
los dos mó

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 115
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
Paisagem Cultural dos Fortes de Niterói

TIPO: Roteiros dos Fortes e seus arredores


FORTIFICAÇÕES ENVOLVIDAS: Fortaleza de Santa Cruz da Barra
MODAL: A pé

A trilha que liga a Fortaleza de Santa Cruz da Bar- A Caminhada atravessa região de impressionan-
ra – FSCB ao complexo de Fortificações Barão do te beleza cênica, permitindo vislumbrar tanto as
Rio Branco/São Luiz/do Pico, data do século XVIII águas do Atlântico, quanto as da Baía da Guana-
e teve importância estratégica no sistema de de- bara, além da exuberância da vegetação.
fesa da Baía da Guanabara. O Morro do Pico, em
Niterói, foi escolhido para a construção de um A beleza natural não é o único atrativo; nas pro-
forte por ser ponto privilegiado de observação. O ximidades do percurso está localizada a “Bateria
Forte São Luiz, importante posto de observação Mascarada” (canhões, paióis e casamata, onde
do sistema de defesa da Baía de Guanabara (que estão os canhões da Fortaleza de Santa Cruz da
tinha como núcleo principal a Fortaleza de Santa Barra, instalados no início do séc. XX), oculta em
Cruz da Barra) foi inaugurado em 1775. Anos mais meio à vegetação remanescente da Mata Atlân-
tarde, já na época republicana, foi edificada ou- tica.
tra parte da fortificação, localizada no ponto mais
Esse roteiro, muito mais que um único evento
alto do terreno, chamado, então, Forte do Pico.anual, tal como ocorre atualmente, pode ofere-
Nos últimos 20 anos tem sido realizado como cer aos visitantes valiosa oportunidade de conhe-
parte das comemorações do Dia do Soldado, em cer a estrutura dos sistemas de defesa da Baía
25 de agosto, um evento de periodicidade anual de Guanabara, elementos de sua história mais
com forte apoio popular: a Caminhada Ecológica recente, bem como ter acesso a paisagens de no-
que, segundo dados da Neltur, contou, em 2012, tável beleza cênica.
com a participação de cerca de 10 mil pessoas.

r com
la n ta d o s e ... d e c a rg a p ara implanta
imp pacidad e mite.
Poderia ser d e v ia bilidade e ca te n a frequência li
u d o lm e n
...for realizad
o est nual, idea ões envolvid
as.
m a is e st re ita do que a a s fo rti fi ca ç
periodicidad
e andos d , em
rtic u la ç ã o e ntre os com
à v is it a ç ã o e guiamento s
ior a o de apoio s acadêmico
...houver ma in te rp re tativ a s a c írc u lo
do material ão apen
...for elabora p ú b li co in te ressado e n
cessível ao ção patrimo
nial
linguagem a in te rp re ta
especializad
os; a para a
a çã o té c n ica específic
verem form stitutos acad
ê-
...os guias ti l; c n ic a s e in
da paisagem
cultura escolas té ação;
s n o v a s p a rcerias com ri a is e da qualific
e le c id a o s m a te an-
...forem esta
b
a li za ç ã o c ontinuada d io e se g u ra nça aos visit
do a a tu de ap o have e
micos, visan d e a d e q u ada estrutura d e a p o io em pontos-c
plantaçã o corrimã o
...houver im o m e sc oramentos,
a tril h a , c ural..
tes em toda ta ç ã o d a p aisagem cult
e Interpre
sinalização d

116 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
Um dia nos Fortes, Rio de Janeiro – Niterói

TIPO: Roteiros dos Fortes e seus arredores


FORTES ENVOLVIDOS: Rio de Janeiro: Forte de Copacabana, Forte Duque de Caxias, Fortaleza de São
João. Niterói: Fortaleza de Santa Cruz da Barra e Fortes São Luiz e do Pico.
MODAL: Rodoviário

A visitação às fortificações pode ser uma atividade Copacabana, após completar a série programada
programada, ocupando todo um dia da semana (a de visitações.
ser definido pelos gestores das fortificações) com
vistas à acolhida de grupos previamente inscritos O acesso ao Roteiro de Niterói será por modal
para tal atividade numa visitação integrada atra- rodoviário com saída e retorno ao Caminho Nie-
vés de um modal rodoviário (ônibus, van, etc.). meyer (estação das barcas), após completar a sé-
rie programada de visitações.
O percurso do Rio de Janeiro integra visitações às
três fortificações (Forte de Copacabana, Duque de Com uma programação de tempos mais curtos,
Caxias e Fortaleza de São João), numa programa- em cada sítio pode ser também possível integrar,
ção com duração e sequenciamento pré-definidos. pelo mesmo modal rodoviário, visitações às for-
talezas do Rio e Niterói.
O percurso de Niterói integra visitações aos três
Fortes (Fortaleza de Santa Cruz da Barra e FortesNiterói: tem início na Estação Charitas, desenvol-
São Luiz e do Pico), nas mesmas condições. ve-se com visitas internas a três fortificações da
entrada da Baía de Guanabara: Fortaleza de Santa
O acesso ao Roteiro do Rio de Janeiro será por Cruz da Barra, Fortes São Luiz e do Pico e retorna
modal rodoviário com saída e retorno ao Forte de ao ponto inicial.

se...
implantado
Poderia ser e-
r d is p o n ib il ização do n
...houve rte para os
gru-
ri o tr a n sp o
cessá s de par-
o s d e v is itantes atravé o
p
c o m e m p re sas de turism
cerias rio.
u d e tr a n sp orte rodoviá
e/o tem-
v e r p la n e ja mento dos
...hou l
a re a li za ç ão sequencia
pos para
rogramadas.
das visitas p -
a d e q u a d o suporte logís
...houver ento das insc
ri-
a ra a te n d im
tico p s paco-
s e c o m e rc ialização do
çõ e
tes turísticos.
u m a d e se jável padroni-
...houver ais informati
vos
n o s m a te ri
zação alização
p o n ib il iza d os e na sin
dis
s.
dos atrativo

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 117
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
As fortificações vistas das águas da Guanabara

TIPO: Roteiros dos Fortes e seus arredores


FORTES ENVOLVIDOS: Variável, dependendo de onde seja possível realizar atracamento.
MODAL:Marítimo

No Espaço Cultural da Marinha, visita-se a répli- O passeio permite também visitação a algum des-
ca, em escala real, de uma caravela portuguesa ses Fortes onde seja possível a atracação das em-
ali atracada. Em seguida, a bordo do rebocador barcações. O retorno ao ponto de partida deve
Laurindo Pitta ou outra embarcação, realiza-se ser programado na expectativa de poder visuali-
um percurso de observação da paisagem cultural zar no retorno o pôr do sol e o acender das luzes
e dos fortes da Baía de Guanabara, em particular. da cidade a partir do mar.

do
ta d o s e.. . v is it a à ca ra vela e o uso
implan a para
Poderia ser n c e rt a d a com a Marinh
a ação c o pú-
...for realizad a tr a c a d o u ro ou marina
modal maríti
mo. ortes, um
p e lo m e n os um dos F
ído, em to, em
...for constru à v is ita çã o e guiamen s
blica. te rp re tativo de apoio a s a c írc u lo s acadêmico
in en
do material do e não ap
...for elabora ível ao público interessa
cess nial
linguagem a in te rp re ta ção patrimo
especializad
os; a para a
a ç ã o té c n ica específic
verem form stitutos acad
ê-
...os guias ti l; c n ic a s e in
da paisagem
cultura escolas té ação.
s n o v a s p a rcerias com ri a is e da qualific
b e le c id a o s m ate
...forem esta nuada d
n d o a a tu a lização conti
micos, visa

118 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
Bicicletato, Rio de Janeiro até Niterói

TIPO: Eventos potenciais


FORTES ENVOLVIDOS: Forte de Copacabana e Fortaleza de Santa Cruz da Barra.
MODAL: Bicicleta

Com periodicidade anual, são promovidos even- Rio de Janeiro, do Forte de Copacabana ao Monu-
tos simultâneos, numa manhã de domingo, no mento dos Pracinhas, e em Niterói, do Caminho
Rio e em Niterói. Em roteiro aberto ao público, Niemeyer até a Fortaleza de Santa Cruz da Barra.
ciclistas partem, em percurso de ida e volta, no

a-
a s e r im p la ntado se... a s in sti tu iç ões e organiz
Poderi s com ou tr visan-
o n c re ti za das parceria u e p a ra a s Prefeituras,
...forem c
e p ri va d a s, com destaq n e ja m e n to e execução.
s la
ções pública colaborativa
para p nto do
a u m a a rti c u la ç ã o
a li za ç ã o e ordename -
d o
c re ti za d a s ações de si
n
a ra a s b ic ic letas nos tre
...forem con lusivas p o no
d e fin iç ã o d e faixas exc m o d o p re cário, tais com
trânsito, xista de
o n d e fa lt e ciclovia ou e
chos ara ga-
te ri o r d e tú neis. c a m e n te n ecessárias p
in s especifi
re m c o n c re tizadas açõe
...fo co. uindo
ti r se g u ra nça do públi o o a p o io logístico, inc
ra n listas to d
p o n ib il izado aos cic urso.
...fo r d is
é d ico a o lo ngo do perc ic letas de alugue
l.
e n to m s d e b ic
atendim empresa
m u lad a s p arcerias com
...forem esti

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 119
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
Encontros nos Fortes

TIPO: Eventos potenciais FORTES ENVOLVIDOS: Todos os interessados

Como ampliação de atividades culturais em curso te, que ofereça ao público em geral oportunida-
nas fortificações, organizar uma Agenda Cultural de de interagir com personalidades dos diversos
na forma de programação de eventos de periodi- campos da cultura.
cidade mensal flexível, diversificado e abrangen-

s;
p la nta d o se... s d a s U n id a des Militare
im Pública
Poderia ser tic a de Relações g ra m ação integra
da.
do n a p o lí m a p ro
...for prioriza vidos nu
ç ã o d o s e ventos promo
cula
...houver arti

ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS


Eventos situados

TIPO: Eventos potenciais FORTES ENVOLVIDOS: Todos os interessados

Os Fortes podem sediar um elenco diferencia- ser tanto oficinas de pintura, fotos, imagens ou
do de atividades com periodicidade variável de gravuras, estimuladas pela beleza cênica de seus
modo a promover maior integração com a vida sítios, como também festivais diversos (p ex. de
social do seu entorno. Como cada sítio tem sua bandas e fanfarras, literatura de cordel, pipas or-
especificidade, não é desejável fixar formato namentais, gastronômico, etc.).
prescritivo único para tais atividades. Elas podem

ares;
r im p la ntado se... a s d a s U nidades Milit
Poderia s e ú b li c ativi-
a p o lí ti ca d e Relações P rn o e a d e quação das
...for prioriza
do n cada ento
d a s e sp e c ificidades de
squisa
...houver pe
stas.
dades propo

120 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
ROTEIROS, CIRCUITOS E EVENTOS POTENCIAIS
Revivendo a fundação da Cidade

TIPO: Eventos potenciais


FORTES ENVOLVIDOS: Fortaleza de São João e Fortaleza de Santa Cruz da Barra

A integração das fortificações na vida da cidade especifico: uma teatralização in situ da fundação
se justifica pelo papel fundamental que elas de- da cidade, aberta ao público em geral, mas com
sempenharam desde sua fundação. Isso se faz foco prioritário nas escolas. A apresentação teria
muito claro no caso da Fortaleza de São João e periodicidade anual, sendo realizada no mês de
a Fortaleza de Santa Cruz da Barra e a cidade de comemoração da fundação da cidade.
Niterói. Ambas poderiam realizar evento cultural

s;
im p la nta d o se... a s d a s U n id ades Militare
Poderia ser a de Relaçõe
s Públic
o lí ti c teatro.
...for prioriza
d o n a p
o m e sco la s e grupos de
erias c
movidas parc
...forem pro

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 121
PRODUTO 3: CRIAÇÃO DO WEBSITE

Nós no Forte Para tanto, buscou-se criar páginas atraentes que


requerem nenhuma ou pouca intervenção diária
A criação de um website foi um dos compromis- e outras que, por meio de links, são atualizadas
sos assumidos no projeto. Para desenvolvê-lo à medida em que as páginas próprias das unida-
foram necessárias pesquisas e interlocuções di- des fortificadas são alteradas. Com isso, o websi-
versas que orientaram a sua concepção, seu de- te Nós no Forte, se manterá atualizado sem que
senvolvimento e o seu formato final. haja necessidade de assunção de trabalho extra
Desde o início, nossa ideia foi entregar este pro- por parte do parceiro.
duto ao parceiro pronto para uso. Entretanto, Além disso, é possível que, com o passar do tem-
essa proposta esbarrava na questão de sua manu- po, a DPHCEx possa estimular a adoção de um
tenção futura pelo Exército. Dessa forma, em sua padrão comum - de preferência harmônico ao
elaboração foram tomados os devidos cuidados design deste website - para todas as homepages
para que, ao invés de ser um problema, ele viesse das fortificações - principalmente no quesito “Vi-
a somar nas ações de abertura das fortificações à sitação” - facilitando o internauta em suas buscas.
visitação pública sem sobrecarregar os parceiros
em sua manutenção cotidiana.

*“Nós no Forte” e “Nós do Forte” foram expressões atribuídas ao


website (Roteiros dos Fortes da Baía de Guanabara) e ao webdocu-
mentário (produzido no âmbito do projeto), respectivamente, como
forma de representar os vínculos de pertencimento de visitantes e
demais pessoas que se relacionam e identificam-se com esses espa-
ços fortificados de maneira integrada à vida da cidade.

122 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 123
Website “Nós no Forte”

A concepção do website “Nós no Forte” seguiu de tudo, para o morador”.


os valores norteadores do projeto Roteiros dos
Fortes, apresentados de modo sintético no item • Valorização da parceria entre a universidade e
Roteirização Dialogal na busca de integrar diag- a DPHCEx como canal profícuo na divulgação
nósticos e lições aprendidas. Elementos de base dos fortificações.
para tal realização foram: Sua concepção apoiou-se em consultas a outros
• Respeito às especificidades e identidades lo- websites que divulgam as fortificações da Baía
cais de cada fortificação. de Guanabara, sejam vinculados ao Exército
(DPHCEx, das Unidades Militares, Funceb etc.) ou
• Superação de abordagens herméticas e frag- não (agências de turismo, prefeituras etc.). A par-
mentadas em relação às narrativas históricas tir desse levantamento foi possível constatar que:
de cada fortificação.
• Algumas Unidades Militares ou não usam we-
• Valorização da visão do conjunto das fortifi- bsite como canal de comunicação para a vi-
cações que compuseram os antigos sistemas sitação às Fortificações, ou, quando os usam,
de defesa da Baía de Guanabara em dimensão apresentam informação desatualizada ou co-
regional. municada de maneira pouco atrativa.
• Respeito à máxima: “um lugar, para ser bom • Não é possível garantir a fidedignidade das
para o turista, é preciso que seja bom, antes informações disponibilizadas por alguns sites

124 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
não vinculados ao Exército. “Nós” dessa rede em sua vivência cotidiana.
• Os eventos e atividades culturais são pouco O website foi estruturado nos seguintes menus,
divulgados à população, uma vez que essas campos e sessões: Menu principal; Menu; Iní-
informações, em geral, circulam exclusiva- cio; Visitação; Webdocumentário; Mais; Agenda;
mente nos sites de cada unidade militar. Compartilhamento nas Redes Sociais.
Embasado por esses valores, o website foi desen- Para além da estruturação dos campos e sessões,
volvido com a finalidade de compartilhar os dife- a produção do website envolveu a adaptação e
rentes resultados do Projeto, mas sem a intenção revisão dos conteúdos produzidos no decorrer do
de ser um “site do projeto”, o que a nosso ver projeto e a criação de novos conteúdos (textos
seria uma forma reducionista de encarar a ferra- da sessão Mais), como forma de compartilhar, de
menta. Em vez disso, pensamos em um site que maneira simples e direta, reflexões e olhares da
atraísse principalmente o público visitante nacio- equipe sobre os seus próprios aprendizados.
nal, que embora já visite algumas das fortifica-
ções da Baía de Guanabara, ainda pouco conhece O resultado final da produção conceitual do web-
sobre o seu conjunto dos Sistemas de Defesa. O site Roteiros dos Fortes será compartilhado com
desenvolvimento da ferramenta também visou a DPHCEx e Unidades Militares envolvidas, para
estreitar vínculos entre as fortificações e outros possíveis ajustes e encaminhamentos quanto à
sítios urbanos, de modo a ampliar a tessitura dos sua continuidade.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 125
Menu principal - permanente em todas as sessões, como possibilidade de orientar a navegação e per-
mitir o retorno às páginas anteriores e posteriores, contendo os seguintes campos: Início, Visitação,
Webdocumentário, Mais e Agenda.

Menu sobre o projeto (projeto/site/parceiros/contatos) - contendo o Relatório do Projeto Roteiros


dos Fortes: circuitos turísticos em fortes e fortalezas da Baía de Guanabara – Edital Faperj - Pensa Rio

126 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Início – campo contendo cinco destaques (entre eles uma galeria de fotos) e as principais chamadas
do site: os “roteiros”, que inspiraram a elaboração do projeto e o “webdocumentário”, que consolidou
a ênfase na relação simbólica de pessoas com as fortificações.

Visitação – subdividido em três sessões: Roteiros, Circuitos Internos e Escolas. Este campo dá acesso
aos roteiros atuais, criados no âmbito do Projeto, fornece informações sobre os circuitos internos das
fortificações da Baía de Guanabara e busca facilitar os agendamentos das escolas. A sessão Roteiros
contém mapas de localização e opções de percursos na orla da Guanabara, ligando as fortificações
entre si e/ou a outros pontos de destaque no caminho. A sessão Circuitos Internos contém informa-
ções, dicas, política de visitação e destaques dos percursos. E a sessão Escolas contém informações de
interesse para uso pedagógico.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 127
Webdocumentário – campo que dá acesso ao webdocumentário “Nós do Forte”, elaborado no âmbito
do projeto, traz depoimentos de pessoas que criaram vínculos muito especiais com essas fortificações.
O desenvolvimento do webdocumentário será apresentado adiante em detalhes.

Mais – campo que contém as sessões “História e aprendizado” e “Fortes da Baía de Guanabara”, com
textos variados que inspiram o aprofundamento sobre os sentidos das fortificações no passado e no
presente, e ainda, destaques históricos e pitorescos relacionados às fortificações estudadas e suges-
tões para o melhor aproveitamento das visitas por professores e alunos.

128 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Agenda – campo destinado a agregar futuramente os eventos e atividades socioculturais realizadas nos
fortes e fortalezas do projeto, como forma de valorização dos vínculos existentes entre a sociedade mais
ampla e as atividades internas das Unidades Militares. (Atualmente com links para as Unidades Militares).

Compartilhamento nas Redes Sociais - O website Roteiros dos Fortes, além de agregar e difundir
informações de maneira qualificada, sistematizada e num formato aprazível, visa contribuir para o
enriquecimento da experiência de visitação das fortificações sob a guarda do Exército Brasileiro e seus
arredores. Para isso, possui a interface com as Redes Sociais, consideradas atualmente um canal dina-
mizador de informações e conteúdos.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 129
PRODUTO 4: WEBDOCUMENTÁRIO

A produção do webdocumentário “Nós do Forte” envolveu as seguintes etapas:

1. Formação da equipe e encontros preparatórios dos vídeos e do wedocumentário (páginas na in-


ternet); iii) aquisição dos equipamentos, softwa-
i) idealização da proposta com base nos valores res, materiais; iv) planejamento da produção e
do projeto Roteiros dos Fortes; ii) decisão sobre roteirização dos vídeos e do webdocumentário.
a utilização dos softwares para edição e produção

2. Delineamento da proposta e levantamento de to: Comando Militar do Leste, Departamento de


possíveis personagens Educação e Cultura do Exército e nas próprias
Unidades Militares para as devidas autorizações
Nessa etapa acordamos que realizaríamos cinco e realização das filmagens. Os personagens foram
minivídeos (um para cada fortificação) e um mi- escolhidos a partir da diversidade de possibilida-
nivídeo de introdução, com duração média de des que queríamos representar. Para identificar
aproximadamente 4 minutos (em sintonia com os essas possíveis pessoas realizamos contatos nas
formatos produzidos para web), que retratassem Unidades Militares, na DPHCEx e nas demais re-
vínculos especiais entre diferentes pessoas e as des sociais, pedindo indicações de pessoas com
fortificações contempladas na proposta. E assim o perfil adequado, com algo interessante a dizer
não faríamos um vídeo sobre as fortificações, sobre sua relação com a fortificação. Priorizamos
mas com elas. Essa escolha teve como motivação olhares externos, ou recém-incorporados na or-
oferecer ao público a possibilidade de um olhar ganização militar. A partir desse levantamento,
para além dos dados históricos ou estritamen- compusemos um universo mais amplo de indica-
te militares, ou de linguagem institucional. Para ções. E por meio de contatos e entrevistas com
tanto, foram realizados contatos para autorização essas pessoas, ajustamos as escolhas a partir da
das filmagens nas diversas instâncias do Exérci- visão de conjunto.

130 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
3. Realização das Filmagens 4. Edição dos vídeos
As filmagens foram previamente agendadas e re- As imagens captadas foram tratadas e editadas com
alizadas com cada um dos participantes nas forti- softweares do pacote Final Cut X (Final Cut, Com-
ficações (e quando conveniente em seus espaços pressor, Motion) e do Adobe CreativeSuite (Pho-
de origem, suas próprias residências e nas ativi- toshop, AfterEffects). Foram editados seis pequenos
dades do cotidiano). Todos os participantes auto- vídeos, um sobre cada personagem, totalizando
rizaram e cederam suas imagens para a realização cinco vídeos, e um breve vídeo introdutório ao we-
do trabalho. bdocumentário. Os vídeos foram editados de acor-
do com a tonalidade dos encontros com os perso-
nagens, uns mais alegres e entusiasmados, outros
mais nostálgicos. A duração de cada vídeo varia de
acordo com o material captado nas filmagens.

5. Realização do webdocumentário sibilidades de navegação através de uma série


de links interativos. Enquanto assiste a um dos
Os seis vídeos foram concebidos e editados para vídeos, por exemplo, do soldado Hungria, o inter-
estarem inseridos em uma plataforma digital in- nauta pode acessar informações complementa-
terativa que se apresenta como um webdocu- res sobre a Fortaleza de Santa Cruz da Barra ou
mentário, disponibilizado na internet e passível sobre o próprio personagem; visitar outros sites
de ser compartilhado em qualquer outro site e vinculados ao vídeo, por meio de links, como o do
pelas mídias sociais mais usadas (Facebook, Twit- Roteiro dos Fortes, com as sugestões de roteiros
ter, Google + Youtube). O material foi composto turísticos; ou navegar para outras páginas dentro
basicamente por uma página HOME, um vídeo do próprio webdocumentário. A montagem de
introdutório, um MENU de apresentação dos ví- todo esse material foi realizada através do sof-
deos e os próprios vídeos dos personagens. Em twear Klynt, próprio para webdocumentários, e
todas essas páginas estão disponibilizados con- do Photoshop.
teúdos adicionais informativos e diferentes pos-

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 131
Para compor a etapa de filmagens, ele-
gemos os seguintes perfis de persona-
gens para cada uma das fortificações:

Forte Copacabana: Dario

Ex-morador do bairro de Quintino Bocaiúva,


onde residiu por 74 anos, Dario, hoje aos 79
anos, é um dos moradores de Copacabana.
Foi contatado para participar do projeto,
pois além de ser um novo morador do bair-
ro, tornou-se um dos muitos frequentadores
assíduos do Forte de Copacabana, ao qual se
associou para utilizar a área de pesca, nos ar-
redores da cúpula encouraçada do forte, jun-
to às pedras que levam ao mar. E nesse con-
vívio com o lugar conheceu muitas pessoas
e encontrou uma maneira singular de repro-
duzir suas relações de vizinhança e amizade.

Fortaleza de São João – Urca:


Pedro
Estudante do 4º ano de um colégio situado
no Cosme Velho, Pedro (10 anos) conheceu
a Fortaleza de São João (Urca) em um pas-
seio extraclasse promovido pela professora.
Foi contatado por nós por ter se encantando
com a visita. Pedro tornou-se um ícone dos
muitos alunos que visitam as fortificações e
levam pra casa suas experiências e aprendi-
zados.

132 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Fortaleza de Santa Cruz da Barra
– Jurujuba: Hungria
O soldado é natural da cidade de Niterói e
ingressou no Exército pelo alistamento obri-
gatório, lotado na Fortaleza de Santa Cruz
da Barra. Lá desempenhou, entre outras
funções operacionais, a função de soldado-
-condutor de visitantes. Hungria expressou
no vídeo todo o acolhimento e emoção que
transmite aos visitantes nas narrativas sobre
a Fortaleza e por ser esta uma experiência
que marcou sua vida.

Forte Duque de Caxias - Leme:


Karina
Das areias das praias vizinhas às fortificações,
ora da Urca (Fortaleza São João), ora do Leme
(Forte Duque de Caxias), surgiu uma das pai-
xões de Karina: o vôlei. E o exercício dessa
atividade, realizada naqueles arredores fez
com que as fortificações estivessem sempre
presentes na sua paisagem, em sua vida. Há
alguns anos Karina “comanda” a tradicional
Colônia de Férias do Forte do Leme, estrei-
tando os laços com o próprio Forte, e tam-
bém, dando continuidade ao acolhimento de
crianças e jovens nesses espaços.

Fortes São Luiz e do Pico – Juru-


juba: Luciano
Nasceu e ainda vive nos arredores dos Fortes
Barão do Rio Branco, São Luiz e do Pico, em
Jurujuba. É filho de Mario Coraça, uma lide-
rança local ligada à pesca, e neto de Carlos
Hermelindo Marins, nome de uma rua do
bairro. Ambos já falecidos. Luciano foi esco-
lhido para dar seu depoimento sobre sua lon-
ga trajetória no lugar, que guarda também as
vivências dos seus antepassados.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 133
PRODUTO 5: RELATÓRIO

Ao cabo do trabalho, foi organizado este docu- Apensados a este documento, encontram-se ain-
mento contendo o plano de roteirização para a da os instrumentos de pesquisa produzidos ao
visitação turística de Fortes e Fortalezas da Baía longo do período, tais como tabelas, gráficos,
de Guanabara, e um segundo, dedicado à presta- fotos, questionários, entre outros, que serviram
ção de contas. para orientar as decisões, corroborar as escolhas
e justificar os processos.
Neste documento, constam ainda os resultados
alcançados em relação aos objetivos perseguidos Antes de tornar público, o resultado do trabalho
pelas instituições envolvidas no projeto e os ser- passou pela validação dos parceiros. Após essa
viços prestados à população do Rio de Janeiro. etapa, foram realizados os ajustes necessários e
recomendados.

134 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Edital
Progra FAPER
ma “P J nº 19
de tem E N SA RIO /2011
as rele de apo
vantes io ao e
Estado e estra studo
do Rio tégico
de Jan s para
eiro – o
2011”

Proje
to Ro
teiros
d
Turist ircuito os Fortes
C
Forta icos em Fs :
lezas ortes
da Ba e
Guan ia da
E abara
-26/1
10.74
2/201
2

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 135
136 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Recomendações

Neste item estão listadas as recomendações especifica-


mente dirigidas à DPHCEx, como consequência dos resul-
tados do projeto.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 137
RECOMENDAÇÕES

1.A promoção da visitação pública impõe melhorias técnico-operacio- 2.A promoção da visitação públi-
nais para o aprimoramento da hospitalidade. ca impõe uma ação estratégica vi-

A pesquisa de campo realizada investimento na sinalização inter- Esta é uma questão que transcende
(questionário e inventário) apon- pretativa com identidade visual as condições de visitação das for-
tou para a necessidade de me- comum, interna a cada fortifica- tificações apenas. Ela diz respeito
lhorias nos equipamentos de re- ção e para o conjunto das fortifi- às condições de vida da população
cepção de visitantes (tais como cações, reforçando entre elas o brasileira em grandes metrópoles,
sanitários, sinalização, serviços de conceito de Sistemas Defensivos. como o Grande Rio. A promoção
alimentação, lojas de lembranças da visitação tem, aqui, um dos seus
etc.) e sua melhor adequação para Mostra-se também importante maiores obstáculos estruturais. A
o atendimento aos idosos e porta- instituir um conselho de curado- pesquisa de campo evidenciou que
dores de necessidades especiais. ria para os espaços expositivos e este problema não diz respeito
Também são desejáveis melhorias para a promoção de eventos so- apenas à acessibilidade, reconhe-
nos padrões de comunicação (do ciais nas fortificações, e a criação cidamente difícil, de localidades
tipo material interpretativo, de de um grupo técnico dedicado ao como o Forte do Pico. Melhorias
divulgação, educativo etc.), com monitoramento permanente dos da mobilidade urbana terão certa-
destaque para a facilitação e a padrões de desempenho de hos- mente forte impacto nas visitações
agilidade das condições de agen- pitalidade, capacidade de carga e de todas as fortificações, tanto
damento de visita, tanto para gru- impacto das visitações. no sentido de uma diminuição do
pos como para indivíduos, bem peso relativo do modal automóvel
como a padronização nas formas (e crescimento do peso relativo de
de guiamento. Aconselhamos o modais como metrô e transportes

138 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
sando à melhoria do acesso e da 3.A promoção da visitação pública impõe uma adequação da comuni-
mobilidade urbana. cação entre as fortificações e a sociedade às novas tecnologias comu-
nicativas da web.
coletivos), mas também na vitali- Isto significa reconhecer que as A visitação virtual propiciada pela
zação do modal náutico na Baía de visitações não possuem apenas rede deve ser incluída numa es-
Guanabara (com implicação direta uma dimensão física presencial tratégia mais ampla e dinâmica de
para a visitação das fortificações, dos visitantes nos espaços visita- comunicação entre o Exército e a
se associado com obras de enge- dos, mas também uma dimensão sociedade. Não se trata apenas de
nharia voltadas para a construção imaterial de visitação virtual como fornecer informações úteis para
de atracadouros e cais). Nesse ida reversa, ou seja, das fortalezas potenciais visitantes (moradores
contexto, uma importante ação aos visitantes, servindo de convite ou turistas). Trata-se de fortalecer
estratégica seria a articulação das para a visitação física. Esta possi- vínculos identitários entre as forti-
unidades fortificadas com as pre- bilidade se efetiva na abertura de ficações e o público em geral como
feituras de suas cidades, mas não novos espaços de experiência pe- sítios simbólicos de pertencimen-
apenas isso. Dado que a mobilida- los impactos da web, redesenhan- to, valorizando o patrimônio his-
de urbana vem sendo crescente- do os padrões de organização tórico e cultural, fazendo uso de
mente reconhecida como entrave cultural contemporânea. Apenas limites criteriosos (capacidade de
crítico para a qualidade de vida da o uso de e-mail e telefone como carga, legislação pertinente, etc.)
maioria da população brasileira, é ferramentas comunicativas para para a conservação tanto do patri-
necessidade urgente uma política agendamento e monitoramento mônio construído quanto natural.
de mobilidade urbana, tanto no ní- das visitações é certamente muito
vel estadual quanto federal. pouco nesse novo contexto.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 139
RECOMENDAÇÕES

4.A abertura das fortificações à visitação pública deve priorizar o estreitamento dos vínculos com os moradores
de seus entornos visando promover a integração com a vida cotidiana das cidades.
Recomenda-se a promoção de proje- to da demanda (possivelmente reali- a diferentes públicos (idealmente, um
tos de cunho social que tenham por zado em cooperação com instituições material bilingue).
base as fortificações abertas à visi- técnicas e/ou acadêmicas).
tação pública. Tais projetos devem Terceira idade: principalmente em
priorizar os moradores do entorno Da mesma forma, sugere-se a cons- Copacabana e Leme, pelo número
imediato, sem exclusividade. Isto sig- trução e revisão periódica de planos considerável de moradores nessa
nifica tanto participar das agendas de de uso turístico (serviços, roteiros, ca- faixa de idade no entorno. Como su-
eventos desses sítios, como induzir a pacitação profissional, calendário de gestão, a criação de atividades que
realização de novos eventos a serem eventos etc.) para cada fortificação, contribuam para a qualidade de vida
nelas incluídos. mas também para o conjunto delas. do visitante idoso, individual e coleti-
vamente, que tanto privilegiem a saú-
Recomenda-se, também, a promoção Por fim, as ações deveriam ser seg- de física quanto mental deste, pro-
de eventos de abrangência mais am- mentadas por seus focos diferencia- movendo sua inserão social naqueles
pla, promotores de diálogos entre o dos: espaços.
Exército e a sociedade, tais como os Crianças: têm sido mais contempla-
Seminários anuais de Cidades Fortifi- Público jovem: essa faixa necessitará
das nas visitas de escolas e nas colô- de um esforço de indução de deman-
cadas com encontros de especialistas nias de férias; aconselhamos o inves-
e agentes sociais envolvidos com ini- da; sugere-se inovar investindo em
timento na criação de um programa atividades artísticas, culturais e digi-
ciativas baseadas nas fortificações. educativo que ultrapasse uma sim- tais. Sugerimos, também, o investi-
Aconselha-se que a abertura das ples visita, mais lúdico e atraente, e mento na criação de um ambiente de
fortificações à visitação pública seja o esforço na construção de material estudos e pesquisa para estudantes.
acompanhada por um monitoramen- didático, arte-educativo, com acento
na educação patrimonial e destinado Professores e educadores: recomen-

140 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
5.A abertura das fortificações à visitação pública deve se articular
com novas parcerias com a sociedade brasileira.
damos a estruturação de um progra-
O fortalecimento da hospita- instituições (tais como universida-
ma específico para sensibilizar os pro-
fessores para educação patrimonial, lidade a serviço da visitação des e institutos de pesquisa) e novos
de modo que possam, autonoma- às fortificações é elemento protagonistas (tais como escolas téc-
mente, orientar seus próprios alunos estratégico para alavancar nicas, fundações, organizações não-
em futuras visitas às fortificações, novas parcerias cooperativas -governamentais e empresas) pos-
atendendo às diferentes demandas entre o Exército e diversas sam também assumir, sob comando
do currículo escolar (a exemplo do instituições e organizações do Exército, parcelas de responsabi-
que acontece há algum tempo no (públicas e privadas), contri- lidade na promoção das visitações.
Museu Histórico Nacional). buindo para a conservação
e sustentabilidade desse pa-
Sugerimos a formação de um qua- trimônio. Há de haver, para
dro de guias capacitados não apenas além do já explicitado no do-
para a replicação de conteúdos, mas cumento interno do Exército
também para o acolhimento específi- “Normas para a abertura das
co dos visitantes. Esta pode ser uma fortificações a visitação”, uma
boa oportunidade de estreitamento ação articulada voltada para a
de vínculos entre as fortificações e formação de recursos huma-
seus entornos, por meio de parcerias
nos, a captação de recursos fi-
militares-civis, e com os diversos seg-
nanceiros e o desenvolvimen-
mentos da sociedade mencionados
to de recursos tecnológicos,
anteriormente.
num processo em que novas

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 141
RECOMENDAÇÕES

6.A abertura dos fortificações à visitação pública

A abertura das fortificações à visita- Recomenda-se que seja considera-


ção colocou a DPHCEx diante de no- da a possibilidade de uma inovação
vos desafios e impôs a necessidade institucional como resposta a todo o
de uma adequação: não ter por foco conjunto de questões colocadas pela
o reforço de uma afirmação identitá- abertura das fortificações à visitação
ria interna, mas sim, instituir-se como pública. Essa inovação se daria no
uma agência de diálogo empenhada âmbito do próprio Exército, configu-
por posicionar o Exército frente às rando-se como um redesenho insti-
grandes transformações do mundo, tucional da Diretoria do Patrimônio
da cultura contemporânea, e da so- Histórico e Cultural da instituição.
ciedade brasileira em particular.
Esse redesenho já se apresenta em
As novas demandas necessitam en- estado embrionário nos desenvol-
contrar um novo domicílio institucio- vimentos recentes observados no
nal apto a dar-lhes adequadas res- caso do Forte de Copacabana. Con-
postas. O incremento da visitação às sideramos que o vínculo da DPHCEx
fortificações da Baía da Guanabara com as fortificações não deva ser
coloca o Exército diante do desafio de estritamente técnico para o adequa-
estabelecer novas parcerias e alian- do enfrentamento das fragilidades
ças em diferentes níveis e esferas. associadas ao desafio estratégico

142 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
imposto por um reposicionamento Reconhecendo o esforço dos atuais
do Exército na cultura brasileira con- gestores, recomendamos investir em
temporânea. sua capacitação e promover uma sis-
temática troca de experiências e mú-
O Exército brasileiro é guardião de tuo aprendizado. Este pode ser, por
um vasto patrimônio edificado nas exemplo, um importante novo papel
orlas do Rio de Janeiro e Niterói. A a ser assumido de modo coordenado
abertura das fortificações à visita- pela DPHCEx.
ção pública colocou tanto a DPHCEx,
como os comandos e gestores de As ações que venham a ser desen-
cada uma dessas Unidades Milita- volvidas no sentido de promover
res diante de novas questões. Ain- inovações institucionais na DPHCEx,
da que a visitação pública possa ser podem ter no caso das fortificações
percebida como uma missão apenas da Baía da Guanabara, sua experi-
subsidiária para uma instituição da ência-piloto passível de ser, com as
defesa nacional, como o Exército, necessárias adaptações, reaplicada
deve ser considerado que o adequa- e multiplicada em outras situações e
do posicionamento do Exército na localidades brasileiras.
cultura é também parte integran-
te da estratégia de defesa nacional.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 143
COMENTÁRIOS GERAIS, PERSPECTIVAS E
DESDOBRAMENTOS

Valores mais altos de Base Comunitária, Diversidade de Egrejas, M., Fratucci, A. C. e Bartholo,
Olhares e Experiências Brasileiras, 1. R. Visitantes e visitados: proposta de
Como já foi exaustivamente dito, o ed, Rio de Janeiro, Letra e Imagem. Roteirização Dialogal para os fortes e
desenvolvimento desse projeto se fortalezas da Baía da Guanabara. Re-
pautou antes de tudo na relação en- Botelho, A. C.; Egrejas, M. e Bartholo, vista Turismo & Desenvolvimento, n
tre as pessoas. Seu grande valor, a R. A turistificação da Zona Portuária 21/22, v.1, p.151-158.
heterogeneidade das equipes. do Rio de Janeiro: por um Turismo Si-
tuado no Morro da Conceição, Brasil. Egrejas, M, Bursztyn, I & Bartholo, R.
Outro ponto que se apresentou X ANPTUR - Seminário da Associação 2013, La valoración del diálogo en la
como uma questão a ser especial- Nacional de Pesquisa e Pós-Gradua- construcción e implementación de
mente cuidada foi a necessidade de ção em Turismo. Caxias do Sul, RS, 9 rutas turísticas: proyetos Palacios de
sistematização de uma metodologia a 11 de outubro de 2013. Rio y Central de Turismo Comunita-
de natureza flexível, que se impõe rio de la Amazonia - Brasil, Estudios
em constante construção. Caderno Virtual de Turismo. Edição y Perspectivas en Turismo, Volumen
Especial: Turismo em Fortificações. 22 (2013) pp. 1160-1181. Argentina.
Referências Acessível em http://www.ivt.coppe.
ufrj.br/caderno/index.php?journal= Egrejas, M; Botelho, A. C. B. e Bartho-
Aquino, R. 2004, As revoltas popula-
caderno&page=issue&op=view&pat lo, R. Roteirização dialogal: a cons-
res do século XVII ao XX, in Lessa, C.
h%5B%5D=47 trução de uma metodologia de apoio
et al, Rio de Janeiro, panorama socio-
à turistificação de bens patrimoniais.
cultural, Rio de Janeiro, Rio, p.57-100. Castro, A. H. F. 2009, Muralhas de pe- Seminário Internacional Representa-
dra, canhões de bronze, homens de ções da Cidade no Mundo Lusófono
Bahl,M. 2004a, Viagens e roteiros tu-
ferro: fortificações do Brasil de 1504 e Hispânico. Rio de Janeiro, de 25 a
rísticos. Protexto, Curitiba.
a 2006, v.1, Rio de Janeiro, FUNCEB. 29 de novembro de 2013.
Bartholo, R.2009, Sobre o sentido da
Dória, P. 2012, 1565 Enquanto o Bra- Fratucci, A. C. 2000b, Os lugares tu-
proximidade: implicações para um
sil nascia, Aventura de portugueses, rísticos: território do fenômeno tu-
turismo situado de base comunitária,
franceses, índios e negros na fun- rístico, Geographia, revista da pós-
in Bartholo, R. (Org.), Sansolo, D. G.
dação do país, Rio de Janeiro, Nova -graduação em geografia da UFF,
(Org.) & Bursztyn, I. (Org.), Turismo
Fronteira.

144 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Niterói, ano II, n.4, p. 121-133. index.php Acesso em 22/04/2013. Zaoual, H. 2009, Do turismo de mas-
sa ao turismo situado. Quais as tran-
Fratucci, A. C. 2010, Turismo e desen- Secomandi, E. R. (2013) Forta- sições. In: Bartholo, R.; Sansolo, D. G.
volvimento local: os agentes sociais leza de Santo Amaro – Guaru- e Bursztyn, I. (org). Turismo de Base
e as redes regionais de turismo, in já Baixada Santista – patrimônio Comunitária: diversidade de olhares
Anais do Museu Histórico Nacional, V. mundial. In: Revista Exame.com. e experiências brasileiras. Rio de Ja-
42, Rio de Janeiro, MHN, p.183-200. Ed. Abril. 18.01.2013. http://exa- neiro: Letra e Imagem; COPPE-UFRJ,
me.abril.com.br/rede-de-blogs/ Rio de Janeiro.
Cisne, R. & Gastal, S. 2011, Nueva brasil-no-mundo/2013/01/18/
visión sobre los itinerarios turísticos, fortaleza-de-santo-amaro-guaruja- Zaoual, H. 2006, Nova economia das
una contribuición a partir de la com- -baixada-santista-patrimonio-mun- iniciativas locais: uma introdução ao
plejidade. Estudios y Perspectivas en dial-por-coronel-elcio-secomandi/ pensamento pós-global, Rio de Ja-
Turismo, V. 20, p. 1449-1463. neiro, DP&A, COPPE/UFRJ.
Secomandi, E. R. Circuito dos fortes:
Figueira, Luiz Mota. 2013, Manual vertente colonial,Caderno Virtual de Zaoual, H.2009, Do turismo de massa
para elaboração de roteiros de turis- Turismo, Edição especial: Turismo ao turismo situado, Quais as transi-
mo cultural. Instituto Politécnico de nas fortalezas, Rio de Janeiro, v. 11, ções, in, Bartholo, R.; Sansolo, D. G.&
Tomar, Tomar, Portugal. n. 1, p.65-85, out. 2013. Bursztyn, I. (org), Turismo de Base
Gerson, B. 2000, História das ruas do Tavares, A. M. 2002, City-tour. Aleph, Comunitária: diversidade de olhares
Rio. (5 ed) Rio de Janeiro: Lacerda. e experiências brasileiras, Rio de Ja-
São Paulo. neiro, Letra e Imagem; COPPE-UFRJ,
Santos Jr, J. C. Plano de revitalização Zaoual, H. & Roussel, D. 2012, Sabe- Rio de Janeiro.
e uso turístico-cultural das fortifica- res e Territórios. Uma conjectura do
ções históricas da Baía de Guana- futuro, in Bartholo, R. Duarte, F. J. C. PROJETO PALÁCIOS DO RIO – Edi-
bara. In: IV Seminário Regional de M, & Cipolla, C. (org) A projetação e tal Prioridade Rio 2010 – Processo
Cidades Fortificadas e 1º Encontro seus horizontes: questões contem- E-26/110.793/2010, outorgado: Ro-
Técnico de Gestores de Fortificações. porâneas para a Engenharia de Pro- berto dos Santos Bartholo Júnior,
Realizado de 31/03 a 2/04/2010. dução, Rio de Janeiro, E-papers. Instituição: UFRJ. www.palaciosdo-
www.fortalezas.ufsc.br/6seminario/ rio.blogspot.com

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 145
Apêndices
APÊNDICE 1: MINICURRÍCULO DOS PARTICIPANTES DO 8º
SEMINÁRIO DE CIDADES FORTIFICADAS
Adriana Careaga Oscar Frederik Helfting
Coordenadora Técnica do Evento – Mestre em Políticas (UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. Investiga
Públicas, Consultora em Educação em nível nacional e fortificações de origem holandesa; trabalhou nas escava-
internacional, Professora de História, professora da Uni- ções arqueológicas do Forte Orange, em Itamaracá, em
versidade ORT Uruguai, Presidente da Associação dos 2002 e 2003. Desde 2004, é o diretor da New Holland
Amigos das Fortificações do Uruguai, Diretora do Espaço Foundation, tendo como principal projeto O Atlas do
Cultural Ao Pé da Muralha. Brasil Holandês que objetiva realizar o inventário das for-
tificações erguidas pelos holandeses no Brasil
Milagros Flores
Adler Homero de Castro
Presidenta do ICOFORT (Comitê Intenacional das Fortifi-
cações e Patrimônio Militar do ICOMOS/ UNESCO), ICO- Mestre em História; Pesquisador do IPHAN, área de tom-
MOS/ UNESCO), é Pós-doutora em História, especialista bamento, com propostas de proteção federal para nove
em Fortificações para a UNESCO e membro do ICOMOS fortificações. Já foi membro do Grupo de Levantamento
dos EUA. de Fortificações e do Grupo de Trabalho de Arquitetura
Militar do IPHAN. É curador de Armas Portáteis do Mu-
Roberto Tonera seu Militar Conde de Linhares, Conselheiro do Museu
Arquiteto da UFSC, áreas de conservação e restauração de Armas Históricas Ferreira da Cunha, membro do ICO-
das fortalezas históricas. Criador e coordenador do Pro- MOS, no comitê científico de Fortificações para o Brasil.
jeto Fortalezas Multimídia. É co-organizador, junto com Autor do livro Muralhas de pedra, canhões de bronze,
Mário Mendonça de Oliveira, do livro: As defesas da Ilha homens de ferro: fortificações do Brasil de 1504 a 2006,
de Santa Catarina e do Rio Grande São Pedro em 1786. v.1, Rio de Janeiro, FUNCEB, 2009.
Atualmente coordena o projeto do Banco de Dados Mário Mendonça de Oliveira
Mundial sobre Fortificações.
Professor Emérito e Notório Saber da Universidade Fe-
Elcio Rogério Secomandi deral da Bahia, leciona algumas disciplinas de restauro
Coronel de Artilharia, Reformado. Economista, pós‐gra- de monumentos no Programa de Pós-Graduação em Ar-
duado em Administração de Empresas pela FVG, Pro- quitetura e Urbanismo da UFB. Atualmente coordena o
fessor Emérito da Unisantos - Cadeira nº 4: Visconde De Núcleo de Tecnologia da Preservação e da Restauração.
Taunay, do Instituto Histórico e Geográfico de Santos. Foi professor de História da Arquitetura por 32 anos, ten-
Tem como “hobby” o estudo das fortificações coloniais do publicado mais de uma centena de textos entre livros,
do Brasil. Faz parte da Equipe LTDS no Projeto Fortes & artigos de revistas e anais de congressos, muitos deles
Fortalezas. Desenvolve, em parceria com a Prefeitura de sobre fortificação e engenharia militar. Tem participação
Santos, o projeto de abertura das fortificações à visita- como projetista ou consultor em dezenas de obras de
ção turística. restauro, dentre elas muitas fortalezas.

146 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
APÊNDICE 2: DIÁLOGOS COM PARTICIPANTES DO 8º
SEMINÁRIO

Mensagens enviadas para os participantes do Seminário das Cidades Fortificadas justificando a abordagem, infor-
mando sobre o projeto em andamento e convidando para responder o questionário eletrônico.
Texto de justificativa:
Prezados participantes
O LTDS – Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social –, em parceria
com a DPHCEX, está desenvolvendo um projeto de criação de um elenco de
roteiros turísticos que apresentem aos visitantes e à população do Rio de
Janeiro os sistemas defensivos utilizados na Baía de Guanabara ao longo dos
últimos 500 anos e as suas relações com o desenvolvimento da Cidade.
Para tanto, tem realizado levantamento de dados nos diversos Arquivos
Históricos (do Exército, Municipal e Nacional). Complementar a isso, pretende
entrevistar especialistas e pesquisar histórias orais da população do entorno.
A oportuna edição do Seminário de Cidades Fortificadas e do Encontro de
Gestores de Fortificações nos oferece um quadro de excepcional relevância para
abrilhantar este trabalho, pois congrega alguns dos mais renomados especialistas e
pessoas interessadas sobre o assunto.
Assim, pensando em ampliar a pesquisa para melhor qualificar o serviço a ser
prestado pelo LTDS à população e à ciência, tomamos a liberdade de enviar
algumas perguntas à totalidade dos participantes do 8º Seminário de Cidades
Fortificadas. Gostaríamos de poder contar com a sua gentil contribuição.
Vale ressaltar que o presente questionário tem finalidade acadêmica e o conteúdo
obtido a partir dele será utilizado como complementação das informações
levantadas ao longo da pesquisa.
Atenciosamente,
Equipe LTDS Texto da mensagem eletrônica:
Prezado Participante do 8º Seminário de Cidades Fortificadas e 3º
Encontro de Gestores de Fortificações
Conforme foi amplamente divulgado no evento, a UFRJ, por meio de seu
Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social (vinculado ao Programa
de Engenharia de Produção/COPPE), está desenvolvendo um projeto de
criação de circuitos turísticos entre os Fortes e Fortalezas da Baía de
Guanabara.
O diferencial dos procedimentos desse projeto está na ênfase dada ao
diálogo entre diversos atores sociais nos processos de construção dos
roteiros (por essa razão foi nomeado Roteirização Dialogal).
Considerando o seu interesse sobre o tema, tomamos a liberdade de entrar
em contato enviando um breve questionário, buscando sua opinião acerca de
alguns pontos que balizarão nossas discussões teóricas e práticas acerca do
assunto.
Agradecemos sua valiosa contribuição.
Por gentileza, retorne o arquivo para este mesmo endereço.
Atenciosamente,
Equipe do Projeto

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 147
Questionário enviado ao público em geral:

Prezados Srs. Esse questionário tem o objetivo de contribuir para as tomadas de decisão na criação de uma coletânea de circuitos
turísticos. O tema principal será o sistema defensivo da Baía de Guanabara e suas relações com o desenvolvimento da cidade do Rio de
Janeiro.

1. Qual o seu interesse por fortificações?

 Sou militar e trabalho nelas ou com elas.  Interesso-me pelo patrimônio arquitetônico.
 Tenho interesse pelos fatos históricos ocorridos / relacionados com elas.  Porque elas oferecem belas paisagens e vistas.
 Outro:______
2. Você costuma visitar fortificações quando viaja por lazer?

 Sempre visito  Visito somente quando sobra tempo


 Raramente incluo as fortificações nos meus roteiros  É a primeira escolha quando faço meus roteiros de viagem.
 Outro:_____
3. O que você pensa sobre a abertura das fortificações brasileiras para uso público (p. ex.: para pesca, colônias de férias, jogo de
futebol etc.)?

 Considero fundamental, pois isso leva a um melhor entendimento da população sobre a importância histórica e arquitetônica das
fortificações.
 Oportuna, pois isso contribui para a valorização e a preservação do patrimônio histórico e arquitetônico militar.
 As fortificações são muito diferentes entre si. Algumas se prestam melhor para a visitação. Deve ser feito um estudo antes.
 É uma importante forma de aproximação entre o Exército e a populações do entorno.
 Acho inoportuna, pois provocará conflitos com as funções militares.
 Penso que..._______
4. O que você pensa sobre a abertura das fortificações para visitação turística?

 Sou a favor, inclusive com a cobrança de ingressos, pois podem reverter em auxílio na sua preservação e conservação.
 Sou a favor, e acho que tanto turistas quanto a população devem utilizá-las livremente.
 Sou contra, pois a quantidade de pessoas pode degradar o patrimônio.
 Não gosto da ideia, pois desvirtuam a função militar.
 Penso que..._______
5. Qual a sua opinião sobre a criação de circuitos de visitação entre os fortes e fortalezas da Baía da Guanabara?

 É um projeto inviável em função das dificuldades de acesso e distância entre eles.


 É viável, mas vai exigir um esforço considerável do ponto de vista financeiro e / ou operacional.
 É uma excelente ideia! Vai agregar valor ao turismo do Rio.
 Deve ser desenvolvido de forma integrada para que o visitante compreenda o sistema defensivo e suas relações com a cidade.
 Creio que... _____
6. Com base em sua experiência, atribua uma ordem de importância na criação de um circuito de visitação entre as fortificações.
(Considere 1 o mais importante).

 Custo do investimento.  Deslocamento por transporte urbano.


 Tempo e distância de deslocamento entre eles.  Custo para o visitante.
 Parcerias entre os setores públicos e privados.  Opção por circuitos temáticos.
 Outro: ______
7. Por gentileza, classifique esses itens por ordem de importância para a visitação turística, utilizando a seguinte escala:

1 – É essencial 2 – É bom que tenha 3 – Desnecessário 4 – Indiferente 5 – Não sei avaliar


 Espaços para alimentação  Centro de recepção para visitantes
 Bebedouros  Sanitários
 Sinalização turística interna  Visitas auto-guiadas
 Instalações para a prática de esportes  Salas de reuniões / eventos
 Área de lazer e descanso  Estacionamento
 Calendário eventos culturais e sociais  Acesso para portadores de necessidades especiais
 Espaço de exposição permanente  Espaço de exposição temporária
 Mapas / folhetos com roteiros internos  Definição do nº de visitantes / dia
 Pesquisa de controle de visitantes  Visitas guiadas
 Serviço de ouvidoria para visitantes  Equipamentos de segurança em áreas de risco
 Projetos de interpretação patrimonial  Integração de serviços (internos, externos, públicos e privados)
 Cursos variados com temas militares  Cursos variados com temática esportiva
 Cursos variados com temática cultural  ________________________________

Identificação do respondente: Cidade: ___ Estado: ___ Idade: ___ Sexo: ____ Escolaridade: ____ Ocupação:____

148 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Uma das respostas recebidas:
Olá,
Estou encaminhando o meu questionário respondido em anexo, mas vou tentar dar uma opinião pessoal como
colaboração para esse importante trabalho. Em primeiro lugar, adorei fazer a visita às fortificações do Rio com
vocês, valeu a viagem, é mesmo deslumbrante, mesmo diante tantos outros roteiros que já visitei, como as
cidades fortificadas no Marrocos, as fortalezas da Turquia, os castelos da Escócia, da França, as cidades fortifi-
cadas de Portugal, Itália, Grécia, Japão, etc..
Qualquer roteiro temático, neste caso sobre a Arquitetura Militar não deveria ser pensado apenas dentro do
universo da história militar. Um Seminário como esse no Rio nos mostra que ao juntar dezenas de especialistas
de história militar o foco parece se iniciar e se encerrar na história dos fortes, do sistema de defesa, na artilha-
ria, nas guerras, invasões, lutas, revoltas, revoluções. Parece que as fortalezas encerram um mundo à parte da
história social, da cidade, do país, da vida cotidiana, da paisagem. É como as pessoas comuns imaginam a vida
militar dentro dos quartéis e das vilas militares, ou dos religiosos nos conventos, parecem coisas apartadas da
sociedade.
As fortificações remanescentes são como as igrejas, conventos, palácios, residências, ruas, praças, teatros,
cinemas, hospitais, escolas e os marcos geográficos referenciais, o significado histórico só tem sentido se en-
tendermos elas como parte de um conjunto de artefatos que se articulam em um espaço privilegiado (caso do
Rio de Janeiro) que é o verdadeiro espaço da memória social. O objetivo da existência de uma fortificação não
é a proteção dela em si, mas é a defesa daquilo que está fora dela – a cidade, a paisagem, o porto e principal-
mente os moradores.
Curiosamente, hoje a preservação desses velhos fortes ainda significa a preservação do Rio e de Niterói. O
estratégico posicionamento geográfico do passado preservou e preserva os principais referenciais paisagístico
da baía e da vida urbana que se desenvolve ao redor. Fortificações, morros, matas, cidades, mar são coisas
articuladas que forma o todo. Os monumentos não devem ser preservados (e visitados) para servirem como
“refúgio da nostalgia”. Eles só ganham significados se servirem para mudanças, inovações, patamar seguro
para o futuro.
O Secomandi deve ter te enviado um conjunto de fotografias de tirei do Forte do Pico que chamei de “Caatinga
no Rio de Janeiro”. É algo tão excepcional na visão do Prof. Aziz Ab’Saber (pouco antes de morrer ele falou disso
comigo no IPHAN), que seria mais importante que o próprio monumento em si, na visão dele. O Aziz tinha es-
tudado na juventude o Pão de Açúcar e o resquício de remanescente da Caatinga que há 13.000 e 18.000 anos
cobria o nordeste até o Rio de Janeiro com o afastamento do mar e o clima árido causado pela glaciação. Ele la-
mentava que no alto do Pão de Açúcar muito pouco restou daquela Caatinga em função dos “jardins tropicais”
que inventaram e dos construções e passeios (eu fotografei alguma coisa no ano passado). É a constatação da
“Teoria dos Refúgios” do Prof. Vanzolini estudada pelo Aziz nos domos de rocha da Baía de Guanabara. Pois é,
pena que não deu tempo, mas eu precisava mostrar as minhas fotos para o Prof. Aziz do Morro do forte do Pico
em Niterói. Alí o refúgio da caatinga ainda permanece com todos os tipos de cactus e mandacarus agarrados à
rocha, como ele estudou na juventude no Pão de Açúcar e ficou preservado por ser área militar desde o século
XVIII. Esse fato é só um dos casos que extrapolam em muito o valor cultural e científico dessas fortificações.
Victor H.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 149
APÊNDICE 3: DIÁLOGO COM GESTORES DAS
FORTIFICAÇÕES

Material encaminhado aos gestores das fortificações objetivadas pelo projeto.

Introdução
Dentro do escopo do projeto ROTEIRO DOS FORTES: Circuitos Turísticos em Fortes e Fortalezas
da Baía de Guanabara,desenvolvido pelo LTDS - Laboratório de Tecnologia de Desenvolvimento Social,
do Programa de Engenharia de Produção, COPPE / Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
em parceria com as Universidades Federais Fluminense (UFF), Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ),
com a Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEX), apoiado pelo Edital
Pensa-Rio 2011 da FAPERJ, identificou-se a necessidade de colher as impressões dos gestores sobre
o atual momento de visitação nas fortificações; de levantar as ações e projetos destinados ao público
que estejam em desenvolvimento ou em fase de planejamento; e mapear as relações das fortificações
com o entorno.
Os dados colhidos nessas entrevistas nos darão subsídios para melhor adequar os roteiros a serem
criados à dinâmica interna de visitação e auxiliarão na prospecção e atração de novos visitantes.

Roteiro de Entrevista
Bloco I – Da Visitação

1. Qual o volume de visitantes que a sua fortificação recebe atualmente?

2. Qual a sua percepção do perfil do atual visitante do Forte?

3. Como é o processo de gestão de visitação dessa unidade de fortificação atualmente?

a. Há um responsável específico para esse processo de gestão? Quem?

b. Há alguma qualificação especialmente realizada para os gestores em relação à


recepção de turistas?

4. A sua fortificação mantém um controle estatístico sobre os visitantes atuais?

a. É possível a nossa equipe ter acesso a esses dados?


Bloco II – Relação da Fortificação com a População do Entorno

1. Existem atualmente projetos e/ou atividades regulares que envolvam a população do


entorno da Fortificação? Quais? Como surgiram?

2. A Sua Fortificação mantém atualmente algum tipo de parceria (pública ou privada)


direcionada às atividades de visitação? Quais? Como nasceram?
Bloco III – Visão Atual e Futura do Uso Público da Fortificação

1. Do ponto de vista da visitação e do uso público, quais são os pontos fortes da sua
fortificação?

2. E os pontos fracos?

3. Em sua opinião, quais são os principais desafios e lacunas nos processos de visitação na sua
Fortificação?

4. Atualmente vocês estão desenvolvendo alguma ação/projeto direcionados para a melhoria da


qualidade da visitação pública da sua Fortificação?

150 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
APÊNDICE 4: TABELA DE CONTATOS

Fortificação/Con- Copacabana Duque de Caxias, São João, Urca Santa Cruz da Bar- Rio Branco, São
tato Leme ra, Jurujuba Luiz e do Pico
Tel 2521-1032 3223-5076 Museu 25862291 2710-2354 / Ra- 3611-1166
mal 2025
Comando Cel Luiz Antônio Cel Alvaro Cel Thadeu Mar- Gen Faillace Cel Lima
Fortes ques Macedo (Cmte) Maj Migon
Cel Joel Corrêa /Cap Duque
Mail da Fortifica- comandante@for- d i v i s a o d o fo r te . sitiohistorico.fsj@ e5_ad1@yahoo. rp_21gac@yahoo.
ção e do Cmte. tedecopacabana. cep@gmail.com gmail.com com.br com.br
com
r p _ 2 1 ga c @ h o t-
mail.com
Organizações mili- Diretoria do Pa- Divisão Forte Du- Diretoria de Pes- 8º Grupo de Ar- 21º Grupo de Ar-
tares e responsá- trimonio Histori- que de Caxias do quisa e Estudo de tilharia de Costa tilharia de Campa-
veis pela sua ges- co e Cultural do Centro de Estudos Pessoal (DPEP) Motorizado GA- nha
tão Exercito(DPHCEx) de Pessoal e Forte CosM
do Depto de Edu- Duque de Caxias
cacao e Cultura do (CEP/FDC)
exercito, DECEX
Divisões militares Não operacional: Não operacional: Operacional: Operacionais, Operacionais: 21
presentes nas ins- Cultural, FDC e Educação, FDC e Quartel Não ope- Quartel-general GAC, 14 GAC, 11
talações do com- Museu Histórico Centro de Estudos racionais: Centro da Artilharia Divi- GAC, Que são Gru-
plexo militar do Exército de Pessoal de Capacitação sionária da 1ª Di- pos de Artiharia
Física do Exército, visão de Exército, de Campanha e
Museu do Despor- ligada à 1ª Divisão FSL e FP
to, Escola Superior de Exército e FSC
de Guerra, Ginásio
Histórico.
Tombamento, ano O Forte foi Tom- Apenas o Portão 1939 - Iphan: Fon-
decreto bado pelo Conse- Histórico da For- te site da AD1
lho Municipal de taleza, de 1565,
Cultura em 1987, é tombado pelo
por meio do De- IPHAN. Data: 1938.
creto Municipal nº Nº Processo 0101-
6.933/87 T-38 Outro pro-
cesso 0155-T-38
Livro Belas Artes
Nº inscr.: 102; Vol.
1; F. 018; Data:
24/05/1938 Livro
Histórico Nº inscr.:
037; Vol. 1; F. 008;
Data: 24/05/1938
Quando foi aberto 1992 24 de setembro de Recebeu o nome 1991
a visitação? 2010 de Fortaleza de
São João em 24 de
junho de 1618.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 151
APÊNDICE 5: FORMULÁRIO DE PESQUISA COM
VISITANTES

PROJETO ROTEIRO DOS FORTES – ENTREVISTAS COM VISITANTES - MORADORES

1. Local da sua residência permanente 12. Esta sua visita ao FORTE foi?
Bairro ____________________________________UF_____ ( ) Autoguiada
Cidade ___________________________________________ ( ) Guiada por um soldado
( ) Guiada por um guia profissional
2. Meio de transporte utilizado para chegar ao FORTE
( ) Guiada por um morador/amigo
( ) ônibus/vans regulares ( ) carro próprio
( ) Guiada pelo professor
( ) táxi ( ) motocicleta ( ) bicicleta
( ) a pé ( ) metrô ( ) Outro 13. Pretende retornar ao FORTE?
( ) Sim ( ) Não
3. Qual o tempo médio gasto para chegar até o FORTE?
( ) Menos de 20 min. ( ) Entre 20min.e 1 hora 14. Indicaria a visita para outras pessoas?
( ) Entre 1 e 2 horas ( ) Entre 2 e 3 horas ( ) Sim ( ) Não
( ) Mais de 3 horas
15. Avalie os itens abaixo, relacionados a ESTE FORTE:
4. Com que frequência visita este FORTE? Não
Não
( ) 1ª Vez ( ) Diariamente Ótimo Bom Ruim quero
Sabe
( ) Toda semana venho aqui ( ) Uma vez por mês opinar
( ) Entre 1 e 3 vezes por ano ( ) Entre 4 e 7 vezes por ano Acesso ao FORTE
( ) Esporadicamente Recepção e atendimento pelo
pessoal do Exército
5. Qual foi o seu tempo de permanência no FORTE nesta visita? Mapas/folhetos
( ) até 30 minutos ( ) entre 30 e 60 minutos Sanitários
( ) entre 1 e 2 horas ( ) entre 2 e 3 horas Serviços de alimentação
( ) mais de 3 horas
Estacionamento
6. Como ficou sabendo do FORTE? Sinalização interna
( ) Parentes / conhecidos ( ) Passando em frente Sinalização externa
( ) Sites de turismo ou do Forte ( ) Jornal / Revista Conservação do patrimônio
( ) Redes Virtuais de relacionamentos ( ) Outros Adequação do ambiente às
crianças
7. Quais Fortes da Baía da Guanabara você já visitou, sem considerar esta
Adequação do ambiente para
visita?
pessoas com mobilidade
( ) Fortaleza de Santa Cruz, Niterói
reduzida
( ) Forte Duque Caxias, Leme
( ) Forte do Pico e São Luiz, Niterói 16. Sexo:
( ) Forte de Copacabana ( ) Masc. ( ) Fem.
( ) Fortaleza da Conceição, Centro do Rio
( ) Fortaleza São João, Urca 17. Faixa etária:
( ) Nenhum ( ) 14 a 17 anos ( ) 18 a 25 anos ( ) 26 a 34 anos
( ) Outros. Qual? ( ) 35 a 50 anos ( ) 51 a 65 anos ( ) mais de 65 anos

8. Indique, em ordem crescente, os três principais motivos da sua visita 18. Escolaridade:
ao FORTE? (considere 1 mais importe) ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino médio
( ) Conhecer/rever o patrimônio histórico e militar ( ) Nível superior ( ) Pós-Graduado
( ) Visitar o(s) museu(s) ( ) Sem escolaridade
( ) Desfrutar a natureza e a paisagem local 19. Você é:
( ) Praticar atividades físicas/esportivas ( ) Militar ( ) Civil
( ) Participar de evento artístico e cultural
( ) Participar de atividades profissionais e negócios 20. Você estaria disposto a pagar R$ 70,00, por pessoa, para fazer um
( ) Desfrutar dos serviços de alimentação passeio turístico, incluindo o transporte e o valor do ingresso em 3
( ) Aproveitar a tranquilidade e a segurança do lugar fortificações da Baía da Guanabara?
( ) Outro. Qual? ( ) Sim, considero justo o valor
( ) Sim. Pagaria até um valor maior
9. Qual a sua opinião sobre a cobrança de ingresso para o acesso de ( ) Não, prefiro utilizar esse valor em outras finalidades.
moradores ao FORTE? ( ) Não, é caro.
( ) O valor é muito alto 21. Obs.
( ) Considero o valor cobrado justo
( ) O valor é baixo
( ) Não deveria ser cobrado ingresso
10. Você está visitando o FORTE:
( ) Sozinho ( ) Em grupo ( ) Com família
11. Se em grupo ou família, quantas pessoas, incluindo você? _________

Pesquisador: Data:

152 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
PROJETO ROTEIRO DOS FORTES – ENTREVISTAS COM VISITANTES - TURISTAS

1. Local da sua residência permanente ( ) Guiada por um morador/amigo


( ) Guiada pelo professor
Cidade ____________________________________UF_____
País ____________________________________________ 12. Pretende retornar ao FORTE? ( ) Sim ( ) Não

2. Local onde está hospedado? 13. Indicaria a visita para outras pessoas? ( ) Sim ( )
( ) Hotel ( ) Albergue ( ) Apto alugado
( ) Casa de amigos/parentes ( ) Apart Hotel 14. Qual a sua opinião sobre a cobrança de ingresso para acesso
( ) Não está hospedado ( ) Outro. Qual? ____________ ao FORTE?
( ) O valor é muito alto
3. Como ficou sabendo do FORTE?
( ) Considero o valor cobrado justo
( ) Parentes / Conhecidos ( ) Agência de Turismo
( ) Passando em frente ( ) Indicação do Hotel
( ) O valor é baixo
( ) Jornal / Revista ( ) Sites de turismo e/ou do forte ( ) Não deveria ser cobrado ingresso
( ) Redes virtuais de relacionamentos
( ) Outros Qual? 15. Avalie os itens abaixo, relacionados a ESTE FORTE:
Não
Não
Ótimo Bom Ruim quero
4. Meio de transporte utilizado para chegar ao FORTE Sabe
opinar
( ) ônibus/vans regulares ( ) carro próprio
Recepção e atendimento pelo
( ) táxi ( ) ônibus/van de excursão
pessoal do Exército
( ) bicicleta ( ) motocicleta ( ) a pé
Mapas/folhetos
Sanitários
5. Tem o hábito de visitar fortes/fortificações durante as suas viagens?
SErviços de alimentação
( ) Sim ( ) Não
Sinalização interna
Sinalização externa
6. Qual foi o seu tempo de permanência no FORTE nesta visita?
Conservação do patrimônio
( ) até 30 min. ( ) entre 30 e 60 min.
Adequação do ambiente às
( ) entre 1 e 2 horas ( ) entre 2 e 3 horas
crianças
( ) mais de 3 horas
Adequação do ambiente para
pessoas com mobilidade
7. Quais Fortes da Baía da Guanabara você já visitou, sem considerar esta
reduzida
visita?
( ) Fortaleza de Santa Cruz, Niterói
( ) Forte Duque Caxias, Leme 16. Sexo: ( ) Masc. ( ) Fem.
( ) Forte do Pico e São Luiz, Niterói
( ) Forte de Copacabana 17. Faixa etária:
( ) Fortaleza da Conceição, Centro do Rio ( ) 14 a 17 anos ( ) 18 a 25 anos ( ) 26 a 34 anos
( ) Fortaleza São João, Urca ( ) 35 a 50 anos ( ) 51 a 65 anos ( ) mais de 65 anos
( ) Nenhum
( ) Outros. Qual? 18. Escolaridade:
( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino médio ( ) Nível superior
8. Indique, em ordem crescente, os três principais motivos da sua visita ( ) Pós-Graduado ( ) Sem escolaridade
ao FORTE? (considere 1 mais importante)
( ) Conhecer/rever o patrimônio histórico e militar 19. Você é:
( ) Visitar o(s) museu(s) ( ) Militar ( ) Civil
( ) Desfrutar a natureza e a paisagem local
( ) Praticar atividades físicas/esportivas 20. Você estaria disposto a pagar R$ 70,00, por pessoa, para fazer um
( ) Participar de evento artístico e cultural passeio turístico, incluindo o transporte e o valor do ingresso em 3
( ) Participar de atividades profissionais e negócios fortificações da Baía da Guanabara?
( ) Desfrutar dos serviços de alimentação ( ) Sim, considero justo o valor
( ) Aproveitar a tranquilidade e a segurança do lugar ( ) Sim. Pagaria até um valor maior
( ) Outro. Qual? ( ) Não, prefiro utilizar esse valor em outras finalidades.
( ) Não, é caro.
9. Você está visitando o FORTE 21. Obs.
( ) Sozinho ( ) Em grupo ( ) Com família

10. Se em grupo ou família, quantas pessoas, incluindo você? _________

11. Esta sua visita ao FORTE foi?


( ) Autoguiada
( ) Guiada por um soldado Pesquisador: Data:
( ) Guiada por um guia profissional

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 153
PROJETO ROTEIRO DOS FORTES – ENTREVISTAS COM VISITANTES – TURISTA ESPAÑOL

1. ¿En cuál ciudad y país vive usted? 13. Cuánto al valor del ingreso cobrado, usted lo considera:
( ) Muy alto ( ) Justo ( )Muy bajo
Ciudad ___________________________________________
( ) No deberían cobrar la entrada
País ____________________________________________
14. Esta su visita a la fortificación fue:
2. ¿Donde usted esta hospedado en Rio de Janeiro?
( ) Autoguiada
( ) Hotel ( ) Departamento alquilado
( ) Guiada por un soldado
( ) Casa de amigos/familiares ( ) Albergue
( ) Guiada por un guía profesional
( ) No estoy hospedado ( ) Otro. ¿Cuál? _________
( ) Guiada por un morador/amigo
( ) Guiada por um(a) professor(a)
3. ¿Cómo usted supo de esta fortificación?
( ) Familiares/amigos ( ) Agencia de viajes
15. Evalue la visita a esta fortificación según lo siguiente:
( ) Pasé por delante ( ) Indicación en el hotel
No
( ) Periódico / Revista ( ) Buscadores de Internet Muy No voy
Bueno Mala lo
( ) Redes virtuales de ( ) Otro ¿Cuál?_____ bueno a opinar

relacionamiento Recepción y atención al
visitante de parte del personal
4. ¿Por cuál medio de transporte llegó usted a esta fortificación? del Ejército
( ) Bus/buseta regular ( ) Coche propio Mapas/folleto
( ) Taxi ( ) Bus/buseta de excursión Baños
( ) Bicicleta ( ) Motocicleta ( ) A pie Alimentación
Sinalización interna
5. ¿Usted tiene la costumbre de visitar fortificaciones en sus viajes? Sinalización externa
( ) Sí ( ) No Conservación del patrimonio
Adecuación del sitio a los niños
6. ¿De cuánto tiempo fue su visitación en esa fortificación? Adecuación del sitio a los
( ) Hasta 30 minutos ( ) Entre 30 y 60 minutos discapacitados físicos
( ) Entre 1 y 2 horas ( ) Entre 2 y 3 horas
( ) Más de 3 horas

16. Sexo del entrevistado: ( ) Masc. ( ) Fem.


1
17. Faja etaria:
7. Desconsiderando esa visita ¿cuáles fortificaciones de la Baía da ( ) 14 a 17 años ( ) 18 a 25 años ( ) 26 a 34 años
Guanabara usted ha visitado anteriormente? ( ) 35 a 50 años ( ) 51 a 65 años ( ) más de 65 años
( ) Fortaleza de Santa Cruz, Niterói
18. Nivel de escolaridad:
( ) Forte Duque Caxias, Leme
( ) Primario ( ) Secundario ( ) Universitario
( ) Forte do Pico e São Luiz, Niterói
( ) Posgrado ( ) Sin escolaridad
( ) Forte de Copacabana
( ) Fortaleza da Conceição, Centro do Rio
( ) Fortaleza São João, Urca 19. Usted es:
( ) Ninguno de estos ( ) Militar ( ) Civil
( ) Otros ¿Cuáles?
20. Usted aceptaría pagar US$35.00/persona, incluyendo el transporte y
el ingreso, para un tour de visitación a 3 fortificaciones de la Baía da
8. Por el orden creciente, indique las 3 principales motivaciones de su Guanabara?
visitación en esa fortificación. (El número 1 representa lo más importe)
( ) Conocer/revisar el patrimonio histórico y militar ( ) Si. Yo creo que es un valor justo.
( ) Visitar el (los) museo(s) ( ) Si. Yo pagaría hasta más.
( ) Disfrutar de la naturaleza y del paisaje local ( ) No. Prefiero gastar la plata en otras cosas.
( ) Practicar actividades físicas/deportivas ( ) No. Es demasiado caro.
( ) Asistir a evento artístico y cultural 21. Obs.
( ) Participar de actividades profesionales y negocios
( ) Disfrutar de los servicios de alimentación
( ) Sacar provecho de la tranquilidad y seguridad del sitio
( ) Otro ¿Cuál?
9. ¿Usted pretende visitar esta fortificación una vez más?
PROJETO ROTEIRO DOS FORTES – ENTREVISTAS COM VISITANTES – TURISTA INGLÊS
( ) Sí ( ) No
10. ¿Usted aconsejaría otras personas a visitar esta fortificación?
( ) Sí ( ) No
11. Usted está visitando esta fortificación: 1. Place of permanent residence
( ) Solo ( ) En grupo ( ) Con la familia
City ____________________________________ 13. What is your opinion about the ticket admission to the FORT?
12. Si en grupo o con la família, ¿Cuántas personas son en total, Pesquisador: Fecha: ( ) The value is too high ( ) The value is fair
incluyendo a usted? _______ Country ____________________________________________
( ) the value is cheap ( ) Admission should not be charged
2. Where are you staying at?
14. Your visit to this FORT was:
( ) Hotel ( ) hostel ( ) Apartment rental
( ) Self-guided
( ) Home of friends / relatives ( ) Apart Hotel
( ) Guided by a soldier
( ) I'm not hosted ( ) Other. Which? _________
( ) Guided by a professional guide
3. How did you know about the FORT? ( ) Guided by a local or a friend
( ) Friends/relatives ( ) Travel Agency ( ) Guided by a teacher
( ) Moving forward ( ) Hotel Recommendation
15. Evaluate the following items related to THIS FORT:
( ) Newspaper / Magazine ( ) internet
Don’t
( ) Virtual networks Don’t
Great Good Poor wanna
( ) Other. Wich?____________ Know
opine
4. Means of transport to reach the FORT Reception and service
( ) buses / vans regularly ( ) own car by Army personnel
( ) taxi ( ) bus / van tour Maps / brochures
( ) bike ( ) motorcycle ( ) on foot WC
5. Do you usually visit Forts / fortifications during your travels? Food services
( ) Yes ( ) No Indoor signage
Outdoor signage
6. What is the average time taken to get to the FORT? Heritage conservation
( ) Less than 30 min ( ) Between 30min and 1 hour Suitability of the place
( ) Between 1 and 2 hours ( ) Between 2 and 3 hours for children
( ) Over 3 hours Suitability of the place
for disabled

1
7. Which FORT of the Guanabara Bay , from the list below, have you
already visited? (Excluding today`s visit) 16. Gender: ( ) Male. ( ) Female
( ) Fortaleza de Santa Cruz, Niterói 17. Age group:
( ) Forte Duque Caxias, Leme ( ) 14-17 years ( ) 18-25 years ( ) 26-34 years
( ) Forte do Pico e São Luiz, Niterói ( ) 35-50 years ( ) 51-65 years ( ) Over 65 years
( ) Forte de Copacabana
( ) Fortaleza da Conceição, Centro do Rio 18. Education grade:
( ) Fortaleza São João, Urca ( ) School ( ) High school ( ) Top Level
( ) None ( ) Post-Graduate ( ) No schooling
( ) Other. Which?__________ 19. You are a:
8. In ascending order, please indicate the top three purposes of your visit ( ) Military ( ) Civilian
to this FORT: (consider 1 as the more import)
( ) To get to know/ to review historic or military heritage
20. Would you be willing to pay US$35.00 per person, to make a
( ) To visit the (s) museum(s) sightseeing tour (transportation and ticket included) in 3 fortifications in
( ) To enjoy the view and the contact with nature
the Guanabara Bay?
( ) Physical activity /sport ( ) Yes. The value is fair
( ) To enjoy art and cultural event ( ) Yes.I even would pay a higher value
( ) Professional activities / business
( ) No. I prefer to expend my money in other things
( ) To enjoy the food service/cafeterias ( ) No, the value is too high
( ) The tranquility and safe of the place
( ) Other. Which?__________
21. Obs:
9. Do you intend to return? ( ) Yes ( ) No
10. Would you recommend this visit to others?
( ) Yes ( ) No
11. How are you visiting the FORT:
( ) Alone ( ) With a group ( ) With Family
12. If with a group or family, how many people including you?______
Researcher: Date:

154 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
APÊNDICE 6: RESULTADOS TABULAÇÃO DAS PESQUISAS
Produto 3: Visitantes e visitas - uma caracterização de seis
fortificações da Baía de Guanabara
Introdução tuguês, espanhol e inglês) no Forte de Copacaba-
na para testar sua funcionalidade e entrosamen-
Para avançar no desenvolvimento do projeto Roteiros to da equipe com o instrumento.
dos Fortes, a equipe sentiu a necessidade de recolher
informações acerca das características socioculturais • Avaliação do piloto com participação e importan-
e motivacionais dos atuais visitantes das fortificações te contribuição dos estudantes.
envolvidas no projeto: Forte Copacabana, Forte Du-
que de Caxias, Fortaleza de Santa Cruz da Barra, For- Aplicação final (abril e maio de 2013)
te São Luiz e Forte do Pico. • Ajustes dos formulários.
Para isso, desenhou e realizou uma pesquisa explora- • Aplicação dos instrumentos de pesquisa de cam-
tória com o título“Visitantes e visitas - uma caracteri- po nas seis fortificações.
zação de seis fortificações da Baía de Guanabara”, um
levantamento de dados. A iniciativa nos permitiu re- Ordenamento, análise dos dados (junho a novembro
colher, ordenar e analisar dados primários com o ob- de 2013)
jetivo de responder às seguintes indagações: Quem Elaboração e socialização do documento (dezembro
hoje visita as fortificações? Como foi a visita? Quais 2013 a março de 2014)
as motivações para a visita? Como foi a experiência?
Organização, instrumentos e procedimentos prepa-
O instrumento de pesquisa utilizado foi um formu- ratórios para o levantamento
lário de entrevistas cuja aplicação a campo contou
com relevante respaldo institucional da DPHCEx e, 2.1. Organização
também, dos gestores das Unidades Militares e de
O levantamento aconteceu nas seguintes unidades
suas fortificações relacionadas. No âmbito formativo,
de observação: 1. Forte de Copacabana, 2. Forte Du-
contou com o apoio de estudantes de graduação do
que de Caxias, 3. Fortaleza de São João, 4. Fortale-
Curso de Turismo da Universidade Federal Fluminen-
za de Santa Cruz da Barra e 5. Fortes São Luiz e do
se (UFF).
Pico. Para cada unidade havia uma equipe interins-
A pesquisa de caracterização dos visitantes e das visi- titucional de pesquisadores conformada por um(a)
tas nas fortificações cumpriu o seguinte cronograma: coordenador(a) e quatro estudantes de graduação
em turismo. Com identificação comum pela camiseta
Preparação dos instrumentos (novembro de 2012 a do projeto, as equipes trabalharam nos turnos das 9h
abril de 2013) às 12h e das 13h às 16h. As fortificações colaboraram
• Definição, construção e afinamento dos instru- com a segurança no armazenamento dos tablets ao
mentos da pesquisa de campo. longo do período e com o acesso ao sinal de internet,
tanto quanto possível.
• Tradução dos formulários para espanhol e inglês.
2.2 Instrumentos para coleta e armazenamento dos
Formação da equipe de campo (janeiro e fevereiro dados
de 2013)
Para a coleta de dados, foram feitas entrevistas junto
• Seleção de 13 estudantes de turismo do terceiro a pessoas com idade igual ou superior a 14 anos. For-
e quinto período da UFF para a aplicação de for- mulários digitais foram aplicados na frequência de
mulários junto às fortificações. abordagem de uma entrevista a cada cinco visitantes
• Encontro preparatório entre a equipe do projeto (inclusive para grupos) de forma a atender a dois ti-
e os estudantes para o trabalho de campo. pos de público: visitantes moradores.

Aproximação à realidade de campo (março e abril de Aplicou-se o formulário para visitantes moradores
2013) quando o(a) entrevistado(a) declarou-se residente
em municípios das regiões metropolitanas do Rio
• Aplicação piloto dos formulários digitais (em por- ou de Niterói (Quadro 1). Caso contrário, aplicou-se

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 155
o formulário para turistas (em português, espanhol Ao final de cada dia, os dados armazenados nos ta-
ou inglês). Com vista a facilitar o processo de comu- blets eram remetidos (uploads) ao servidor. Ao final
nicação, as mesmas perguntas e opções de resposta dessa etapa, para facilitar consequentes análises por
presentes nos formulários digitais foram impressas parte dos integrantes da equipe, os dados gerados
e impermeabilizadas no formato de fichas (tamanho pelo programa DroidSurvey (.sps) foram exportados
A5) como material de apoio aos entrevistadores. para planilhas Excel (.xlx) de uso corrente.

Quadro 1: Lista dos municípios de residência para dos visitantes moradores

Moradores Municípios da região metropolitana


-Duque de Caxias, Nova Iguaçu. Nilópolis, Mesquita, Belford Roxo e
Rio de Janeiro
São João do Meriti
Niterói -São Gonçalo e Magé

2.3. Procedimentos preparatórios


Treinamento para o levantamento Ação piloto
Foram realizadas duas oficinas de preparação para a
Uma ação piloto foi realizada no Forte de Copacabana
saída a campo. A primeira, realizada nas dependên-
com o objetivo de testar os instrumentos de coletas
cias do LTDS/Coppe/UFRJ, Rio de Janeiro, teve ênfase
e avaliar as facilidades e dificuldades operacionais.
na postura profissional de abordagem aos entrevis-
Coordenada por duas pesquisadoras integrantes do
tados e no rigor da alimentação digital dos dados.
LTDS⁄UFRJ, foi executada por quatro alunas dos cur-
A segunda, acontecida no Campus Valonguinho da
sos de turismo da UFF nos dias 16, 17, 19, 20, 22, 23
UFF, Niterói, contou com a participação de cerca de
e 24 de março de 2013.
25 pessoas entre pesquisadores das universidades
parceiras e estudantes de graduação em Turismo da Recolhimento e ordenamento de dados primários
UFF. Nessa atividade foram ressaltados os propósitos
do levantamento, a importância da objetividade na Realizados os necessários ajustes nos formulários e
condução das perguntas dos formulários, as posturas nos procedimentos de abordagem, procedeu-se ao
no trato com os entrevistados, assim como do com- levantamento de campo no período de 18 a 25 de
promisso de fidelidade na alimentação das respostas. Maio de 2013 (Quadro 2). Maio foi a época escolhida
Também foi feita uma revisão dos procedimentos de pela equipe devido aos seguintes critérios: mês que
uso do formulário digital, assim como a retirada de chove pouco e com apelo de visitação pelos dias lu-
dúvidas, registros dos contatos telefônicos e integra- minosos e bonitos, mês que foge dos extremos das
ção do grupo. Nessa oportunidade foram distribuí- altas e baixas estações de turismo.
das as ajudas de custo para os pesquisadores.

Quadro 2: Cronograma do levantamento de campo


Unidade de observação Cidade Data (maio de 2013) Dias da semana
Forte Copacabana 18 e 19 Sábado e Domingo
Forte Duque de Caxias Rio de Janeiro 21 e 22 Terça-feira e Quarta-feira
Fortaleza de São João 24 e 25 Sexta e Sábado
Fortaleza de Santa Cruz da Barra 18 e 19 Sábado e Domingo
21 e 22 Terça-feira e Quarta-feira
Niterói
24 e 25 Sexta e Sábado
Fortes São Luiz e do Pico 18, 19 e 25 Sábados e Domingos*
* As visitações de moradores e turistas se dão nos finais de semana. Os dias de semana são destinados às escolas previamente
agendadas.

3.1. Quantidade de entrevistas realizadas por unidade de observação:


Foi entrevistado um total de 900 visitantes moradores e turistas, na seguinte distribuição:

156 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Quadro 3: Total de visitantes entrevistadospor unidade de observação

Total de visitantes entrevistados


Unidades de Observação Cidades
(moradores e turistas)
Forte Copacabana 438
Forte Duque de Caxias Rio de Janeiro 168
Fortaleza de São João 122
Fortaleza de Santa Cruz da Barra 115
Niterói
Fortes de São Luiz e do Pico 57
TOTAL 900

3.2. Limitações encontradas a campo


pesquisadores por turno mostrou-se insuficiente
No decorrer da pesquisa de campo, foram encontra- para seguir o protocolo de uma entrevista a cada
das algumas limitações, importantes de serem con- cinco visitantes.
sideradas em futuras pesquisas:
• O complexo militar da Fortaleza de São João abri-
• Os fortes fecham quando as condições são de ga atrativos turísticos abertos aos moradores e
chuva. turistas. Com visitação controlada, os acessos de
• O maior afluxo de turistas na Fortaleza de Santa entrada e saída são comuns também ao Museu
Cruz da Barra, Fortaleza de São João e Forte Du- do Desporto do Exército e à Praia de Fora. Nesse
que de Caxias se dá nos finais de semana de dias contexto, a equipe do projeto Roteiros dos Fortes
ensolarados, concentradas no intervalo das 10h assumiu como público entrevistado os visitantes
às 15h. Durante a semana, predominam as visi- envolvidos com essa diversidade de atrativos, no-
tas das escolas. Destaca-se desse perfil o Forte tadamente com o Museu Histórico da Fortaleza
de Copacabana, um dos pontos turísticos mais de São João e o Museu do Desporto do Exército.
visitados do Rio de Janeiro e do Brasil, cujo fluxo • Na Fortaleza de Santa Cruz da Barra, passada a
de visitação se dá de forma mais distribuída, ao guarita de fiscalização de acesso, a praça militar
longo da semana. General Rego Barros tem acesso costumeiro dos
• Os fortes São Luiz e do Pico estão abertos à ampla visitantes para atividades diversas de lazer. Em-
visitação pública somente nos finais de semana. bora esteja fora do circuito histórico de visitação
atual, foi por nós considerada área de uso públi-
• A Fortaleza de Santa Cruz da Barra permite ape- co no contexto do espaço militar da Fortaleza de
nas visitas guiadas conformando grupos de até Santa Cruz da Barra. As entrevistas contemplaram
50 pessoas. Nessa condição, a atividade de dois visitantes de ambos ambientes da fortificação.

Quadro 4: Perguntas orientadoras e respectivas variáveis descritivas para a caracterização dos visitantes

Perguntas Variáveis descritivas


Moradores e turistas (nacionais e estrangeiros)
Local de residência dos visitantes moradores
Condição militar ou civil
Gênero
Quem visita as fortificações? Faixa etária
Escolaridade
Visitação individual, em família ou em grupos
Frequência de visitação dos moradores àquela fortificação
Visitas anteriores a outros fortes da Baía de Guanabara
Recepção e atendimento pelo pessoal do Exército
Avaliação dos equipamentos e serviços oferecidos (estacionamento, mapas e folhetos, sani-
Como foi a visita?
tários, serviços de alimentação, adequação do ambiente para as crianças e para os portado-
res de mobilidade reduzida, sinalização interna e externa, duração da visita)
Porque fazer a visita? Principais motivações para a visita às fortificações
Intenção de repetir a visitaIntenção de indicar a visita às fortificações a outras pessoas
Como foi a experiência da visita?
Sensação provocada pela visita

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 157
3.3. Ordenamento dos dados de campo Quem hoje visita as fortificações? Como foi a visita? Quais
as motivações para a visita? Como foi a experiência?
O ordenamento dos dados de caracterização do pú-
blico foi realizado por meio de um conjunto de vari- Visitantes moradores e visitantes turistas (nacionais
áveis descritivas definidas pela equipe do projeto de e estrangeiros)
acordo com as perguntas orientadoras da pesquisa
(Quadro 4). Para o conjunto das seis fortificações, o público de vi-
sitantes moradores foi predominante (60,44%) com
Resultados e análises do levantamento de campo um valor superior a 67% em todas as unidades de ob-
servação, à exceção do Forte Copacabana onde esta
Os resultados e as análises do levantamento de cam- relação se inverte: os turistas foram o maior público
po são apresentados segundo as perguntas orienta- (57,53%), com evidente superioridade dos nacionais
doras, com seu conjunto de variáveis descritivas. Es- (48,63%) frente os estrangeiros (8,90%) (Quadro 5).
tão apoiados tanto por uma visão particular quanto
pelo conjunto das fortificações. Vale lembrar a im- Esses dados evidenciam o interesse dos moradores
portância dos valores relativos apresentados, consi- nesse patrimônio. Também, respaldam a decisão es-
deradas as diferenças no número de entrevistas re- tratégica de elevar as fortificações como um valor in-
alizadas em cada uma das fortificações (Quadro 3). tegrador dos moradores do Rio de Janeiro e Niterói.
Os números mostram que, embora ainda pequeno,
As análises contidas neste documento não esgotam já existe um fluxo de visitantes das fortificações entre
a potencialidade dos dados e foram aportes funda- um e outro lado da Baía de Guanabara e que os ro-
mentais na elaboração das propostas de roteiros teiros de visitação às fortificações podem contribuir
apresentadas neste relatório. para integrar as duas cidades, podendo servir-lhes
Quem visita as fortificações? como elementos de conexão.

Quadro 5: Valores absolutos (Nº) e relativos (%) da visitação: moradores ou turistas?


Unidades Moradores Turistas Total Moradores
de observação Nacionais Estrangeiros Total + Turistas
Turistas
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
Forte Copacabana 186 42,47 213 48,63 39 8,90 252 57,53 438 100,00
Forte Duque de Caxias 120 71,43 25 14,88 23 13,69 48 28,57 168 100,00
Fortaleza São João 116 95,08 5 4,10 1 0,82 6 4,92 122 100,00
Fortaleza Santa Cruz da Barra 78 67,83 28 24,35 9 7,83 37 32,17 115 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 44 77,19 13 22,81 0 0,00 13 22,81 57 100,00
Total 544 60,44 284 31,56 72 8,00 356 39,56 900 100,00

Local de residência (moradores) sentou o perfil turístico mais acentuado, por captar
visitantes provenientes de diferentes cidades, desta-
Tivemos interesse em conhecer o poder de atração cando-se Niterói (5,91%), Duque de Caxias (2,15%),
das fortificações junto aos moradores do Rio de Ja- São João de Meriti (1,61%) e São Gonçalo. Já a Forta-
neiro, Niterói e suas grandes áreas metropolitanas, leza de São João (96,55%) e o Forte Duque de Caxias
em função de seus locais de residência. (93,33%), apresentaram a mais alta concentração de
No cômputo do conjunto das fortificações observou-se visitantes do Rio de Janeiro, enfatizando um compor-
o predomínio dos visitantes moradores da cidade do Rio tamento mais local. As Fortalezas de Santa Cruz da
de Janeiro (77,90%), seguido pelos de Niterói (13,26%). Barra (49,35%) e os Fortes São Luiz e do Pico (43,18)
Tiveram alguma expressão aqueles provenientes de evidenciaram ser bem visitados pelos niteroienses. Ti-
São Gonçalo (3,9%), Duque de Caxias (2,03%) e Nova veram alguma expressão os moradores da cidade de
Iguaçu (1,47%), justamente os três municípios mais po- São Gonçalo, alcançando 15,91% nos Fortes São Luiz e
pulosos das grandes áreas metropolitanas (Quadro 6). do Pico, e 12,99% na Fortaleza de Santa Cruz da Barra.
Nesse sentido, as fortificações mostram certo poder de Os dados também indicam um fluxo maior de des-
atração junto aos moradores das adjacências, condição locamento de visitantes do Rio de Janeiro para Nite-
positiva para o seu retorno em outras ocasiões. rói. Boa parte dos visitantes dos Fortes São Luiz e do
Dentre as fortificações da cidade do Rio de Janeiro Pico (34,09%) e da Fortaleza de Santa Cruz da Barra
(Quadro 3), o Forte de Copacabana foi o que apre- (27,27%) (Niterói) são residentes na cidade do Rio de

158 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Janeiro. Essa situação aponta para uma possibilidade tanto no Rio de Janeiro quanto em Niterói. Roteiros
de maior integração entre as fortificações de um e apoiados em elementos já disponíveis exigem me-
outro lado da baía, a partir de um fluxo já existente. nos investimento, valorizam o patrimônio e ampliam
as opções de lazer dos moradores. Vale lembrar que,
Para a integração entre Rio de Janeiro e Niterói, as dada a conhecida precariedade da mobilidade urbana
barcas que trafegam na baía se apresentam como nas grandes cidades brasileiras, não é surpreendente
opção; complementarmente, o passeio turístico pela que este seja também um fator de estrangulamento
Baía de Guanabara, oferecido pela Marinha (reboca- da potencialidade de visitações, cuja promoção coloca
dor Laurindo Pita). Para os roteiros locais, está dis- em questão uma valorização dos transportes públicos
ponível uma variedade de monumentos histórico-ar- como ônibus e metrô, assim como a valorização do
quitetônicos, centros culturais, museus, praias, feiras uso da bicicleta, e mesmo dos passeios a pé.
locais (de antiguidades, artesanatos, feiras livre), etc.,

Quadro 6: Local de residência dos moradores entrevistados


Valor Relativo (%)
São Duque Nova São Total
Unidades de Observação Rio de Mari- Itabo-
Niterói Gon- de Igua- Magé João de NR* (%)
Janeiro cá raí
çalo Caxias çu Meriti
Forte de Copacabana 87,63 5,91 1,08 2,15 1,61 0,00 0,00 0,00 1,61 0,00 100,00
Forte Duque de Caxias 93,33 1,67 0,83 2,50 1,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00
Fortaleza de São João 96,55 1,72 0,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,86 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 27,27 49,35 12,99 2,60 2,60 1,30 1,30 1,30 1,30 0,00 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 34,09 43,18 15,91 4,55 2,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00
Total (%) 77,90 13,26 3,87 2,03 1,47 0,18 0,18 0,18 0,74 0,18 100,00

Condição civil ou militar (moradores e turistas) ou reverem o patrimônio histórico e militar; 13,72%
para aproveitarem a tranquilidade e a segurança
Interessava-nos saber em que medida as fortifica- do ambiente; 11,44% para visitarem o(s) museu(s);
ções funcionam como um atrativo, tanto para os 10,43% para desfrutarem dos serviços de alimenta-
civis, quanto para os militares, como opção de pas- ção; 9,92% para praticarem de atividades físicas ou
seio de escolha particular. O critério de escolha para esportivas; 9,65% para participarem de evento artís-
entrevistar os militares foi abordar aqueles que esta- tico e culturale 8,11% para tomar parte de atividades
vam ali por opção de lazer individual, com a família profissionais e negócios.
ou amigos (Quadro 7).
A fortificação que mais atraiu visitantes militares foi
No total das observações, a quantidade de visitan- a Fortaleza de São João (22,13%). Nesse caso especí-
tes civis (91,78%) largamente predomina sobre os fico, os moradores (21,31%) são clara maioria frente
militares (8,22%). Evidencia-se, também, a existência aos turistas (0,82%). O fato pode ser explicado pela
de uma diversidade de atrativos motivadores das vi- grande concentração de Unidades Militares no bairro
sitações como corroboram as motivações apontadas da Urca, tais como a Escola Superior de Guerra e o
no quadro 30. Para o conjunto dos fortes, 20,53% Instituto Militar de Engenharia, bem como pela pos-
indicaram a preferência por desfrutar da natureza sibilidade da prática de esportes e uso da praia no
e da paisagem do lugar; 16,19% para conhecerem interior da fortaleza por moradores autorizados.
Quadro 7: Visitação de acordo com a condição civil ou militar
Valores Relativos (%)
Total
Unidades de observação Moradores Turistas Moradores + Turistas
(%)
Civil Militar Civil Militar Civil Militar
Forte de Copacabana 38,81 3,65 55,94 1,60 94,75 5,25 100,00
Forte Duque de Caxias 69,05 2,38 27,98 0,60 97,02 2,98 100,00
Fortaleza de São João 73,77 21,31 4,10 0,82 77,87 22,13 100,00
Fortaleza de Santa Cruz da Barra 59,13 8,70 29,57 2,61 88,70 11,30 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 66,67 10,53 22,81 0,00 89,47 10,53 100,00
Total (%) 53,56 6,89 38,22 1,33 91,78 8,22 100,00
PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 159
Gênero (moradores e turistas) tanto para moradores (34,89%) quanto para turistas
(21,67%). O mesmo comportamento foi verificado
Observou-se no quadro 8 um grande equilíbrio na em cada uma das unidades de observação, à exceção
distribuição por gênero das visitações com predo- da Fortaleza de Santa Cruz da Barra onde a condição
minância muito pequena do público feminino nos se inverte, com uma ínfima predominância de visi-
visitantes do conjunto das fortificações (56,56%), tantes masculinos (50,43%).

Quadro 8: Visitação de acordo com o gênero

Valores Relativos (%)


Total
Unidades de observação Moradores Turistas Moradores + Turistas
(%)
Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino
Forte de Copacabana 16,67 25,80 25,11 32,42 41,78 58,22 100,00
Forte Duque de Caxias 28,57 42,86 13,69 14,88 42,26 57,74 100,00
Fortaleza de São João 42,62 52,46 1,64 3,28 44,26 55,74 100,00
Fortaleza de Santa Cruz da Barra 33,04 34,78 17,39 14,78 50,43 49,57 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 33,33 43,86 10,53 12,28 43,86 56,14 100,00
Total (%) 25,56 34,89 17,89 21,67 43,44 56,56 100,00

Faixa etária (moradores e turistas) Também merece destaque que o público jovem (de
14 a 25 anos) se revela um segmento de demanda
Os resultados apresentados no quadro 9 indicaram de menor representação (14,22%) do público visitan-
o predomínio de visitantes adultos, de 26 a 50 anos te para o conjunto das fortificações. A promoção das
(56,33%) para o conjunto das fortificações. O mes- visitações parece ter na atração da juventude o seu
mo comportamento foi verificado nas categorias maior desafio. Tanto em meio aos moradores (9,11%)
dos moradores (31,67%) e dos turistas (24,67%). Os como aos turistas (5,11%) os jovens têm pequena
maiores de 50 anos ficaram em segundo lugar tanto participação nas visitações. Vale considerar que os
para o conjunto (29,33%), quanto para moradores jovens vivem inserção muito mais ativa na organiza-
(19,56%) ou turistas (9,78%), se considerados isola- ção da cultura digital e as estratégias de atração da
damente. Tais índices apontam para a potencialidade juventude devem, necessariamente, considerar esse
de expansão das visitações pelo público idoso o que fato.
implica a necessidade de preparação dos ambientes.
As visitas de campo e os inventários indicam que há O quadro 9 revela que a Fortaleza de São João apre-
muito ainda a ser feito para melhorar a acessibilida- sentou índices relativamente maiores (16,39%) para
de dos idosos, sem o que haverá estrangulamento na visitantes de 14 a 25 anos, tanto moradores como tu-
acolhida desse crescente segmento da demanda de ristas, o que pode ser em parte explicado pelas opor-
visitações. tunidades de esportes e educação física oferecidas.

Quadro 9: Visitação de acordo com as faixas etárias


Valor Relativo (%)
Moradores Turistas Moradores e turistas
Não Total
Unidades de Observação 26 a Mais 14 a 26 a Mais 14 a 26 a Mais
14 a 25 res- (%)
50 de 50 25 50 de 50 25 50 de 50
anos pon-
anos anos anos anos anos anos anos anos
deu
Forte de Copacabana 8,68 20,32 13,47 6,39 37,44 13,70 15,07 57,76 27,17 0,00 100,00
Forte Duque de Caxias 8,33 42,86 20,24 6,55 14,88 7,14 14,88 57,74 27,38 0,00 100,00
Fortaleza de São João 16,39 45,90 32,79 0,00 3,28 1,64 16,39 49,18 34,43 0,00 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 6,09 34,78 26,09 5,22 18,26 8,70 11,30 53,04 34,78 0,87 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 5,26 49,12 22,81 1,75 14,04 7,02 7,02 63,16 29,82 0,00 100,00
Total (%) 9,11 31,67 19,56 5,11 24,67 9,78 14,22 56,33 29,33 0,11 100,00

160 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Escolaridade (moradores e turistas) ca maior responsabilidade dos gestores por buscar
qualificar os meios de acolhida às visitações e tam-
Como apresentado no quadro 10, para o conjunto bém, formular estratégias visando aumentar a pre-
das fortificações prepondera em meio aos visitan- sença de visitantes com nível médio de escolaridade.
tes o nível mais alto de escolaridade (77,45%dos en- Por fim, deve ser destacado que a baixa representati-
trevistados com pelo menos terceiro grau), seguido vidade dos visitantes com nível de escolaridade fun-
pelo nível médio (19,78%) e o fundamental (apenas damental se explica pelo fato de a pesquisa não ter
2,56%). Esse comportamento foi comum a todas as entrevistado jovens abaixo de 14 anos, contingente
unidades de observação. Os dados indicam serem os representativo dos visitantes, em razão das relações
visitantes das fortificações um público com um nível com as escolas e promoção de visitações para este
mais alto de exigência por informações de qualidade, público.
pois possuem mais acesso à informaçcão. Isso impli-

Quadro 10: Visitação de acordo com a escolaridade


Valor Relativo (%)
Moradores Turistas Moradores e turistas
Unidades de Obser- Não Total
Pelo Pelo Pelo
vação Funda- menos Funda- menos Funda- menos res- (%)
Médio Total Médio Total Médio
mental Supe- mental Supe- mental Supe- pon-
rior rior rior
deu
Forte de Copacabana 1,83 8,68 31,96 20,67 0,91 9,13 47,26 28,00 2,74 17,81 79,22 0,23 100,00
Forte Duque de Caxias 2,38 13,10 55,95 13,33 0,60 5,36 22,62 5,33 2,98 18,45 78,57 0,00 100,00
Fortaleza de São João 2,46 26,23 66,39 12,89 0,00 0,82 4,10 0,67 2,46 27,05 70,49 0,00 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 0,00 10,43 57,39 8,67 1,74 6,09 23,48 4,11 1,74 16,52 80,87 0,87 100,00
Fortes São Luiz e do
0,00 22,81 54,39 4,89 1,75 7,02 14,04 1,44 1,75 29,82 68,43 0,00 100,00
Pico
Total (%) 1,67 13,00 45,78 60,45 0,89 6,78 31,67 39,55 2,56 19,78 77,45 0,22 100,00

Visitação individual, em família ou em grupo (mora- aos turistas. Podemos, assim, caracterizar o predo-
dores e turistas) mínio no uso público das fortificações pelos visitan-
tes da opção de servirem como espaços familiares de
Um dos resultados mais nítidos da pesquisa está lazer. Os destaques na visitação familiar ficaram com
apresentado no quadro 11: a forte preponderância a Fortaleza de Santa Cruz da Barra (71,30%), seguida
da visitação em família (51,11%) em relação a outras pelo Forte de Copacabana (55,48%) e pela Fortaleza
modalidades tanto em meio aos moradores quanto de São João (40,98%).

Quadro 11: Forma de visitação (individual família, grupos)


Valor Relativo (%)
Moradores Turistas Moradores e turistas
Não Total
Unidades de Observação Com a
Indivi- Com a Em Indivi- Em Indivi- Com a Em res- (%)
famí-
dual família grupo dual grupo dual família grupo pon-
lia
deu
Forte de Copacabana 5,71 19,63 17,12 4,11 35,84 17,35 9,82 55,48 34,47 0,23 100,00
Forte Duque de Caxias 8,33 31,55 31,55 8,93 8,93 10,71 17,26 40,48 42,26 0,00 100,00
Fortaleza de São João 27,87 38,52 28,69 0,87 2,46 1,64 28,74 40,98 30,33 0,00 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 6,96 49,57 11,30 2,61 21,74 7,83 9,57 71,30 19,13 0,00 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 1,75 12,28 63,16 1,75 17,54 3,51 3,51 29,82 66,67 0,00 100,00
Total (%) 9,11 27,78 23,56 4,22 23,33 11,89 13,33 51,11 35,45 0,11 100,00

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 161
Frequência de visitas pelos moradores a uma unida- (23,28%). O uso mais frequente pelos moradores dos
de fortificada determinada espaços da Fortaleza de São João, apresentado no
quadro 12, pode estar associado a peculiaridades da
A pesquisa buscou formular algum indicador da ten- atividade esportiva que requer prática constante e
dência de apropriação do espaço das fortificações frequente. Os Fortes São Luiz e do Pico foram os com
pelos visitantes moradores como parte integrante de maior contingente de visitantes de primeira visitação
suas vidas cotidianas, na perspectiva já explicada dos (59,09%), seguidos de perto pelo Forte Duque de Ca-
sítios simbólicos de pertencimento, como o entende xias (57,50%) o que pode estar associado à abertura
Zaoual (2006). O quadro 12 apontou que, para o con- destes espaços ao uso público de modo amplo e con-
junto deles, os maiores índices foram as visitas sem tínuo ser relativamente, mais recente.
regularidade periódica (38,24%), número ligeiramen-
te superior ao das visitas por primeira vez (36,21%). Os valores das frequências de visitações indicam ne-
cessidade de reflexões mais aprofundadas para a for-
Apenas no caso da Fortaleza de São João sobres- mulação de uma política de visitações. Temas impor-
saíram as visitas periódicas (70,70%) com maior tantes a serem considerados aqui são a capacidade de
frequência para as semanais (31,90%) e as diárias carga da fortificação e a fidelização de seus visitantes.

Quadro 12: Frequência de visitação dos moradores àquela fortificação


Valor Relativo (%) (valores relativos agregados)
Visitas não
Visitas periódicas
periódicas
Não Total
Unidades de Observação Entre Entre Não res-
1ª vez Uma Uma Total (%)
4e7 1e3 visita pon-
Todos vez por vez
vezes Total vezes todos deu
os dias sema- por
por por os
na mes
ano ano anos
Forte de Copacabana 8,68 20,32 13,47 6,39 37,44 13,70 15,07 57,76 27,17 0,00 100,00
Forte Duque de Caxias 8,33 42,86 20,24 6,55 14,88 7,14 14,88 57,74 27,38 0,00 100,00
Fortaleza de São João 16,39 45,90 32,79 0,00 3,28 1,64 16,39 49,18 34,43 0,00 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 6,09 34,78 26,09 5,22 18,26 8,70 11,30 53,04 34,78 0,87 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 5,26 49,12 22,81 1,75 14,04 7,02 7,02 63,16 29,82 0,00 100,00
Total (%) 9,11 31,67 19,56 5,11 24,67 9,78 14,22 56,33 29,33 0,11 100,00

Visitas anteriores a outras fortificações da Baía de essas informações. O Forte de Copacabana teve o ní-
Guanabara (moradores e turistas) vel mais alto de indicação (22,28%) tanto em meio
Visando avaliar o interesse relativo dos visitantes a moradores quanto turistas. É importante observar
pelas diversas fortificações, o questionário formulou que as fortificações do Rio de Janeiro são de mais
pergunta específica: quais dos fortes da Baía da Gua- fácil acessibilidade que os de Niterói, aspecto que,
nabara você já visitou antes, desconsiderando aque- certamente, influencia o retorno. Outro ponto a ser
le que você visita hoje? Cada entrevistado podia mar- considerado é a influência da relativa visibilidade nas
car mais de uma resposta. Recebemos um total de opções de visitação e retorno. O que pode ficar níti-
1517 indicações, sendo 73,5% de moradores e 26,5% do se compararmos, por exemplo, os casos do Forte
de turistas O quadro 13 apresenta, sinteticamente, de Copacabana e dos Fortes São Luiz e do Pico.

Quadro 13: Visitação a outras fortificações da Baía da Guanabara


Valores Relativos (%)
Unidades de observação Moradores Turistas Total
Nº % Nº % Nº %
Forte de Copacabana 338 22,28 67 4,42 405 26,70
Forte Duque de Caxias 180 11,87 19 1,25 199 13,12
Fortaleza de São João 207 13,65 24 1,58 231 15,23
Fortaleza de Santa Cruz da Barra 200 13,18 20 1,32 220 14,50
Fortes São Luiz e do Pico 81 5,34 6 0,40 87 5,74
Nenhum 109 7,19 266 17,53 375 24,72
Total (%) 1115 73,50 402 26,50 1517 100,00
162 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Como foi a visita? mente positivas. Para o conjunto das fortificações,
um total de 90,22% dos entrevistados moradores e
O levantamento de informações sobre os visitantes e turistas considerou a recepção e o atendimento pelo
as visitações teve um segundo bloco de perguntas vi- pessoal do exército ótimo (47,00%) ou bom (43,22%).
sando explicitar a percepção dos visitantes com relação Essa tendência se confirma em cada uma das fortifi-
a quatro variáveis descritivas (recepção e atendimen- cações, com destaque para a Fortaleza de Santa Cruz
to pelo pessoal do Exército, serviços e equipamentos da Barra, com 73,04% das respostas apontadas como
oferecidos nas fortificações, intenção de retornar ao “Ótimo”(ver quadro 14).Vale notar que 9,3% dos en-
forte e indicação do programa para outras pessoas). trevistados no Forte de Copacabana indicaram não
Essas informações podem ser importante referência saber responder a essa pergunta, mostrando pouco
para o monitoramento da satisfação do visitante. contato direto com o pessoal do Exército, o que tanto
Recepção e atendimento pelo pessoal do Exército pode evidenciar maior turistificação dessa Unidade
Militar, como uma política de visitação que favorece
O quadro 14 mostra que as avaliações foram nitida- a circulação mais autônoma dos visitantes.

Quadro 14: Recepção e atendimento pelo pessoal do Exército


Valor Relativo (%)
Unidades de Obser- Total
vação Moradores Turistas Moradores + Turistas (%)
O* B* R* NO* NS* O B R NO NS O B R NO NS
Forte de Copacabana 15,75 21,92 1,14 0,46 3,20 22,37 25,11 2,74 1,14 6,16 38,13 47,03 3,88 1,60 9,36 100,00
Forte Duque de Caxias 35,71 34,52 0,60 0,00 0,60 15,48 11,31 0,60 0,60 0,60 51,19 45,83 1,19 0,60 1,19 100,00
Fortaleza de São João 40,98 43,44 4,10 2,46 4,10 1,64 3,28 0,00 0,00 0,00 42,62 46,72 4,10 2,46 4,10 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 48,70 17,39 1,74 0,00 0,00 24,35 6,09 0,87 0,00 0,87 73,04 23,48 2,61 0,00 0,87 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 47,37 28,07 1,75 0,00 0,00 12,28 10,53 0,00 0,00 0,00 59,65 38,60 1,75 0,00 0,00 100,00
Total (%) 29,11 27,00 1,56 0,56 2,22 17,89 16,22 1,56 0,67 3,22 47,00 43,22 3,12 1,23 5,44 100,00
O - Ótimo, B - Bom, R - Ruim, NO - Não Opinou, NS - Não sabe

Avaliação dos equipamentos e serviços oferecidos


de possível melhoramento nesse quesito: 16,38% con-
Estacionamento (moradores) sideraram a qualidade do estacionamento ruim. Pecu-
A Fortaleza de Santa Cruz da Barra foi a mais bem ava- liaridade interessante do Forte de Copacabana foi que
liada, com 97,44% das respostas apontando a qualida- quase a metade das respostas foi “não sei” (45,16%),
de do estacionamento como boa (55,13%) ou ótima indicativa de baixo índice de utilização do estaciona-
(42,31%). A Fortaleza de São João apresenta indicação mento no período da pesquisa (ver quadro 15).

Quadro 15: Qualidade do estacionamento segundo os visitantes moradores

Valores Relativos (%)


Unidades de observação
Ótimo Bom Ruim Não opinou Não sabe Total
Forte de Copacabana 5,38 10,75 36,56 2,15 45,16 100,00
Forte Duque de Caxias 13,33 33,33 7,50 9,17 36,67 100,00
Fortaleza de São João 18,97 47,41 16,38 1,72 15,52 100,00
Fortaleza de Santa Cruz da Barra 42,31 55,13 0,00 0,00 2,56 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 13,64 79,55 2,27 4,55 0,00 100,00
Total (%) 15,99 35,48 17,83 3,49 27,21 100,00

O quadro 16 complementa a informação, caracte- João, além do carro particular (36,21%), foram os que
rizando o meio de transporte utilizado pelos mora- mais utilizaram ônibus ou vans regulares (35,34%),
dores em suas visitas. O uso de carro particular tem enquanto o Forte de Copacabana evidenciou maior
destaque nos casos dos Fortes de São Luiz e do Pico diversificação de meios de transporte. O acesso a pé
(88,64%), assim como na Fortaleza de Santa Cruz da prepondera no Forte Duque de Caxias (40,00%), indi-
Barra (76,92%), o que reforça o fato de a ser acessi- cativo de um grande fluxo de moradores do Leme e
bilidade precária. Já os visitantes da Fortaleza de São de Copacabana na totalidade dos visitantes.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 163
Quadro 16: Meio de transporte utilizado pelos moradores para chegar à fortificação
Valores Relativos (%)
Total
Unidades de Observação Ônibus ou vans (%)
A pé Bicicleta Carro particular Metrô Motocicleta regulares Táxi Outros
Forte de Copacabana 29,03 0,54 31,18 8,60 0,54 19,89 10,22 0,00 100,00
Forte Duque de Caxias 40,00 3,33 29,17 4,17 0,83 13,33 5,83 3,33 100,00
Fortaleza de São João 18,97 3,45 36,21 0,00 1,72 35,34 3,45 0,86 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 1,28 5,13 76,92 0,00 0,00 11,54 2,56 2,56 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 0,00 0,00 88,64 0,00 2,27 9,09 0,00 0,00 100,00
Total (%) 22,98 2,39 43,01 3,86 0,92 19,67 5,88 1,29 100,00

Sinalização interna (moradores e turistas)


de Caxias (22,62%), a Fortaleza de São João (18%) e
De maneira geral, as fortificações tiveram boa ava- os Fortes São Luiz e do Pico (17,54%). Já 71,93% dos
liação para a sinalização interna, com 58,56% dos visitantes da Fortaleza de Santa Cruz da Barra consi-
entrevistados a identificando como boa, e 25,67%, deraram-na “boa”, posição seguida pelo Forte Duque
como ótima. O Forte de Copacabana destacou-se na de Caxias (59,52%), Forte de Copacabana (58,90%),
classificação “ótima” (30,37%), seguido pela Fortale- Fortaleza de São João (54,10%) e Fortaleza de Santa
za de Santa Cruz da Barra (24,35%), o Forte Duque Cruz da Barra (53,91%).

Quadro 17: Qualidade da sinalização interna


Valor Relativo (%)
Total
Unidades de Observação Moradores Turistas Moradores + Turistas
(%)
O* B* R* NO* NS* O B R NO NS O B R NO NS
Forte de Copacabana 11,42 26,94 1,14 0,23 2,74 18,95 31,96 2,28 0,68 3,65 30,37 58,90 3,42 0,91 6,39 100,00
Forte Duque de Caxias 13,10 45,83 8,33 0,00 4,17 9,52 13,69 1,79 1,19 2,38 22,62 59,52 10,12 1,19 6,55 100,00
Fortaleza de São João 15,57 51,64 18,03 0,00 9,84 2,46 2,46 0,00 0,00 0,00 18,03 54,10 18,03 0,00 9,84 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 17,39 35,65 10,43 0,00 4,35 6,96 18,26 3,48 0,87 2,61 24,35 53,91 13,91 0,87 6,96 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 12,28 54,39 5,26 0,00 5,26 5,26 17,54 0,00 0,00 0,00 17,54 71,93 5,26 0,00 5,26 100,00
Total (%) 13,11 36,67 6,22 0,11 4,33 12,56 21,89 1,89 0,67 2,56 25,67 58,56 8,11 0,78 6,89 100,00
*O - Ótimo, B - Bom, R - Ruim, NO - Não Opinou, NS - Não sabe

Sinalização externa (moradores e turistas)


te de Copacabana (24,89%) aparecem nos primeiros
A avaliação foi positiva para o conjunto dos fortes, lugares para “ótimo” e os fortes São Luiz e do Pico
com 64,91% dos visitantes indicando a sinalização ex- (64,91%) e Duque de Caxias (58,33%) para “boa”,
terna como boa, avaliação mantida pela maioria dos seguidos na colocação, pela Fortaleza de São João
visitantes moradores (32,22%) e turistas (20,33%). A (54,10%), o Forte de Copacabana (50,00%) e a Forta-
Fortaleza de Santa Cruz da Barra (25,22%) e o For- leza de Santa Cruz da Barra (46,09%).

Quadro 18: Qualidade da sinalização externa


Valor Relativo (%)
Total
Unidades de Observação Moradores Turistas Moradores + Turistas
(%)
O* B* R* NO* NS* O B R NO NS O B R NO NS
Forte de Copacabana 10,05 19,86 6,39 0,23 5,94 14,84 30,14 7,76 0,46 4,34 24,89 50,00 14,16 0,68 10,27 100,00
Forte Duque de Caxias 10,12 44,64 10,71 0,60 5,36 8,93 13,69 2,98 0,60 2,38 19,05 58,33 13,69 1,19 7,74 100,00
Fortaleza de São João 13,93 52,46 11,48 0,82 16,39 0,82 1,64 0,82 0,00 1,64 14,75 54,10 12,30 0,82 18,03 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 17,39 32,17 13,04 0,00 5,22 7,83 13,91 6,09 0,87 3,48 25,22 46,09 19,13 0,87 8,70 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 12,28 47,37 5,26 0,00 12,28 5,26 17,54 0,00 0,00 0,00 17,54 64,91 5,26 0,00 12,28 100,00
Total (%) 11,67 32,22 8,67 0,33 7,56 10,33 20,33 5,22 0,44 3,22 22,00 52,56 13,89 0,78 10,78 100,00
*O - Ótimo, B - Bom, R - Ruim, NO - Não Opinou, NS - Não sabe

164 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Mapas e folhetos (moradores e turistas)
ficações pesquisadas, escolheram a opção “Não sei”
Mapas e folhetos são importantes veículos de apoio (40,78%), indicando grande precariedade nesse que-
às visitações. Resultado significativo da pesquisa, sito, uma vez que todas as fortificações tiveram índi-
apresentado no quadro 19, foi o número bastante ces superiores a 30% para a resposta “não sei”, com
elevado de entrevistados que, no conjunto das forti- destaque para a Fortaleza de São João, com 58,20%.
Quadro 19: Qualidade dos mapas e folhetos
Valor Relativo (%)
Total
Unidades de Observação Moradores Turistas Moradores + Turistas (%)
O* B* R* NO* NS* O B R NO NS O B R NO NS
Forte de Copacabana 7,08 15,53 3,42 1,14 15,3 10,50 19,18 5,02 0,68 22,15 17,58 34,71 8,44 1,82 37,45 100,00
Forte Duque de Caxias 10,12 26,79 11,3 2,38 20,8 5,36 8,33 3,57 1,79 9,52 15,48 35,12 14,88 4,17 30,35 100,00
Fortaleza de São João 13,93 14,75 6,56 4,10 55,70 0,82 0,82 0,82 0,00 2,46 14,75 15,57 7,38 4,10 58,20 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 7,83 7,83 17,4 0,87 33,90 2,61 1,74 7,83 0,00 20,00 10,44 9,57 25,22 0,87 53,91 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 21,05 21,05 3,51 1,75 29,80 3,51 14,04 1,75 0,00 3,51 24,56 35,09 5,26 1,75 33,33 100,00
Total (%) 9,56 16,89 7,11 1,78 25,10 6,78 12,11 4,33 0,67 15,67 16,34 29,00 11,44 2,45 40,78 100,00

Sanitários (moradores e turistas)


Como apresentado no quadro 20, no geral, para o de um nível maior de exigência em meio a morado-
conjunto das fortificações, os sanitários foram con- res do que turistas. Destaque negativo neste quesito
siderados bons (38,44%) tanto pelos moradores foi a Fortaleza de São João com 25,41% para a con-
(22,56%) quanto pelos turistas (15,89%). Chama dição ruim e apenas 4,92% para a ótima. A promo-
atenção que entre os moradores as respostas para a ção da visitação implica, portanto, revisão em certos
condição “ruim” superaram as indicadas como “óti- padrões de atendimento e serviço com os sanitários
ma” em todas as fortificações, resultado indicativo merecendo especial atenção.
Quadro 20: Qualidade dos sanitários
Valor Relativo (%)
Total
Unidades de Observação Moradores Turistas Moradores + Turistas (%)
O* B* R* NO* NS* O B R NO NS O B R NO NS
Forte de Copacabana 5,94 16,89 7,08 0,46 12,10 6,62 24,43 5,48 1,14 19,86 12,56 41,32 12,56 1,60 31,96 100,00
Forte Duque de Caxias 9,52 32,14 11,31 2,98 15,48 7,74 10,71 1,79 1,19 7,14 17,26 42,86 13,10 4,17 22,62 100,00
Fortaleza de São João 4,92 37,70 25,41 1,64 25,41 0,82 0,82 0,00 0,00 3,28 5,74 38,52 25,41 1,64 28,69 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 3,48 13,04 18,26 0,87 32,17 1,74 8,70 6,96 0,87 13,91 5,22 21,74 25,22 1,74 46,09 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 12,28 24,56 15,79 0,00 24,56 3,51 12,28 3,51 0,00 3,51 15,79 36,84 19,30 0,00 28,07 100,00
Total (%) 6,56 22,56 12,33 1,11 17,89 5,22 15,89 4,11 0,89 13,44 11,78 38,44 16,44 2,00 31,33 100,00

Serviços de alimentação (moradores e turistas)


cações, também apresenta elevado índice de respostas
Como apresentado no quadro 21, a avaliação dos ser- “não sei avaliar”(23,06%). Os números parecem indicar
viços de alimentação do Forte de Copacabana apresen- a existência de possibilidades inexploradas neste servi-
tou equilíbrio entre “ótima” (37,21%) e “boa” (34,93%). ço, reconhecidamente importante infraestrutura para a
Entretanto, assim como observado nas demais fortifi- visitação, principalmente turística.
Quadro 21: Qualidade dos serviços de alimentação
Valor Relativo (%)
Total
Unidades de Observação Moradores Turistas Moradores + Turistas (%)
O* B* R* NO* NS* O B R NO NS O B R NO NS
Forte de Copacabana 15,07 15,98 2,28 0,23 8,90 22,15 18,95 1,37 0,91 14,16 37,21 34,93 3,65 1,14 23,06 100,00
Forte Duque de Caxias 2,38 5,36 26,19 3,57 33,93 2,38 2,38 4,76 2,98 16,07 4,76 7,74 30,95 6,55 50,00 100,00
Fortaleza de São João 9,84 35,25 18,03 1,64 30,33 0,00 0,82 0,00 0,00 4,10 9,84 36,07 18,03 1,64 34,43 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 0,87 6,96 12,17 0,87 46,96 0,87 4,35 2,61 0,87 23,48 1,74 11,30 14,78 1,74 70,43 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 0,00 1,75 29,82 7,02 38,60 3,51 1,75 0,00 3,51 14,04 3,51 3,51 29,82 10,53 52,63 100,00
Total (%) 9,22 14,56 11,89 1,56 23,22 11,56 10,44 1,89 1,33 14,33 20,78 25,00 13,78 2,89 37,56 100,00

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 165
Adequação do ambiente para as crianças (morado-
res e turistas)
Fortaleza de São João (68,85%), Fortaleza de San-
Como apresentado no quadro 22, a adequação do ta Cruz da Barra (59,13%), Fortes São Luiz e do Pico
ambiente do conjunto das fortificações para a visi- (56,14%) e Forte de Copacabana (52,28%). Merecem
tação de crianças foi considerada boa por 41,56% atenção os índices relativamente altos da avaliação
(26,44% dos moradores e 41,56% dos turistas). En- “ruim”, indicada por 36,84% dos visitantes dos Fortes
tretanto, 20,56% dos entrevistados avaliaram como de São Luiz e do Pico e por 32,17% dos visitantes da
“ruim”, ultrapassando os 17,44% que avaliaram como Fortaleza de Santa Cruz da Barra. Os dados parecem
“ótima”. Em uma análise por unidades de observação, apontar paraa necessidade de atenção dos gestores
o Forte Duque de Caxias foi o mais bem avaliado, com quanto à implementação de adequações e melhora-
70,24% dos visitantes avaliando o ambiente como óti- mentos, considerando que escolares são um público
mo ou bem adequado para as crianças, seguido pela estratégico e preferencial na promoção das visitações.

Quadro 22: Adequação do ambiente para as crianças


Valor Relativo (%)
Total
Unidades de Observação Moradores Turistas Moradores + Turistas
(%)
O* B* R* NO* NS* O B R NO NS O B R NO NS
Forte de Copacabana 5,94 16,89 10,27 0,00 9,36 7,31 22,15 8,22 1,83 18,04 13,24 39,04 18,49 1,83 27,40 100,00
Forte Duque de Caxias 12,50 39,29 9,52 1,79 8,33 7,14 11,31 3,57 2,38 4,17 19,64 50,60 13,10 4,17 12,50 100,00
Fortaleza de São João 29,51 36,89 18,03 2,46 8,20 0,82 1,64 1,64 0,00 0,82 30,33 38,52 19,67 2,46 9,02 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 10,43 29,57 25,22 0,00 2,61 11,30 7,83 6,96 1,74 4,35 21,74 37,39 32,17 1,74 6,96 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 3,51 33,33 33,33 5,26 1,75 3,51 15,79 3,51 0,00 0,00 7,02 49,12 36,84 5,26 1,75 100,00
Total (%) 10,78 26,44 14,56 1,00 7,67 6,67 15,11 6,00 1,56 10,22 17,44 41,56 20,56 2,56 17,89 100,00

Adequação do ambiente para pessoas com mobili-


dade reduzida (moradores e turistas)
ficou como “ruins” as condições de acessibilidade
Como apresentado no quadro 23, para o conjunto para as pessoas com mobilidade reduzida. Os valores
das fortificações, apenas 9,33% dos visitantes indica- maiores de reprovação foram para os Fortes São Luiz
ram essas condições como “ótimas” e 28,00% como e do Pico (78,95%), a Fortaleza de Santa Cruz da Bar-
“boas”. Quase metade do público (45,56%) classi- ra (67,83%) e o Forte Duque de Caxias (51,19%).

Quadro 23: Adequação do ambiente para os de mobilidade reduzida


Valor Relativo (%)
Unidades de Obser- Total
vação Moradores Turistas Moradores + Turistas
(%)
O* B* R* NO* NS* O B R NO NS O B R NO NS
Forte de Copacabana 4,57 15,53 17,58 0,23 4,57 6,39 19,86 18,26 1,14 11,87 10,96 35,39 35,84 1,37 16,44 100,00
Forte Duque de Caxias 2,38 16,07 38,10 1,79 13,10 4,17 4,17 13,10 1,19 5,95 6,55 20,24 51,19 2,98 19,05 100,00
Fortaleza de São João 11,48 30,33 32,79 3,28 17,21 0,00 0,00 3,28 1,64 0,00 11,48 30,33 36,07 4,92 17,21 100,00
Fortaleza de Sta Cruz 2,61 14,78 49,57 0,00 0,87 5,22 4,35 18,26 0,87 3,48 7,83 19,13 67,83 0,87 4,35 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 0,00 5,26 64,91 1,75 5,26 3,51 1,75 14,04 3,51 0,00 3,51 7,02 78,95 5,26 5,26 100,00
Total (%) 4,56 16,89 30,56 1,00 7,44 4,78 11,11 15,00 1,33 7,33 9,33 28,00 45,56 2,33 14,78 100,00

Duração da visitação (moradores e turistas)


Como apresentado no quadro 24, o tempo predo- Caxias (50,00%), Fortes São Luiz e do Pico (45,62%),
minante de permanência dos visitantes nas fortifica- Fortaleza São João (40,16%), Forte de Copacabana
ções para o conjunto de fortificações foi entre uma e (37,44%). Chama atenção, contudo, o tempo de vi-
duas horas (42,89%). Tal comportamento foi obser- sitação de mais de 3 horas apresentado na Fortaleza
vado em todas elas, evidenciando um padrão: Forta- de São João (24,59%), seguido pelo Forte de Copaca-
leza de Santa Cruz da Barra (54,78%), Forte Duque de bana (9,13%).

166 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Quadro 24: Tempo de permanência dos visitantes nas fortificações
Valores Relativos (%)
Unidades de observação Entre 30 e
Até 30 Entre 1 e 2 Entre 2 e 3 Mais de 3
60 minu- Total
minutos horas horas horas
tos
Forte de Copacabana 11,87 20,32 37,44 21,23 9,13 100,00
Forte Duque de Caxias 11,31 26,19 50,00 9,52 2,98 100,00
Fortaleza de São João 7,38 6,56 40,16 21,31 24,59 100,00
Fortaleza de Santa Cruz da Barra 11,30 27,82 54,78 4,35 1,74 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 7,02 31,58 45,62 14,04 1,75 100,01
Total 10,78 21,22 42,89 16,45 8,66 100,00

Por que fazer a visita? a.1) Índices de importância atribuída à motivação de


visita (IIAM) para moradores e turistas (por unidade
Um terceiro bloco de perguntas visou explicitar as de observação)
motivações das visitas às fortificações.
Forte de Copacabana
Principais motivações para a visita às fortificações
Como apresentado na figura 1, a principal motiva-
Para o levantamento das principais motivações que ção de visita ao Forte de Copacabana evidenciada na
levaram o entrevistado a visitar a fortificação, pedi- entrevista foi a possibilidade de “desfrutar a nature-
mos a cada um que indicasse, na lista apresentada, za e a paisagem local”, com valores muito próximos
em ordem crescente, as três alternativas prioritárias, para os moradores (IIAM=68,3%) e turistas (IIAM =
sendo a indicação 1 a mais importante e a 3 a me- 66,8%). Esse comportamento é coerente com a ima-
nos importante. As opções de respostas presentes gem projetada da praia de Copacabana, nas escalas
nos formulários foram: conhecer/rever o patrimônio local, nacional e internacional.
histórico e militar, visitar o(s) museu(s), desfrutar da
natureza e da paisagem local, praticar atividades físi- Como segunda motivação, apareceu uma diferença
cas/esportivas, participar de evento artístico e cultu- de comportamentos. Enquanto para os turistas (na-
ral, participar de atividades profissionais e negócios, cionais e estrangeiros) a preferência recaiu sobre “co-
desfrutar dos serviços de alimentação e aproveitar a nhecer/rever o patrimônio histórico e militar” (IIAM=
tranquilidade e a segurança do lugar. 52,8%), para os moradores a opção foi “aproveitar a
tranquilidade e segurança do lugar” (IIAM= 40,7%).
Para a análise dos dados, foram atribuídos pesos às Esses índices são corroborados quando verificamos
prioridades de motivação e calculados índices de im- os valores da opção “visitar o(s) museu(s)”, maior
portância atribuída a cada motivação (IIAM) em for- para os turistas (IIAM=31,5%) que para os moradores
ma de porcentagem. Os pesos aplicados foram: (IIAM=25,1%).
• Peso 4 para a prioridade 1 (P1 x 4) Como terceira motivação, os moradores manifesta-
• Peso 3 para a prioridade 3 (P2 x 3) ram a preferência por “conhecer/rever o patrimônio
histórico e militar” (IIAM=37,3%), seguida muito de
• Peso 2 à prioridade 2 (P3 x 2) perto por “participar de evento artístico e cultural”
• Peso 1 às que não foram escolhidas (IIAM=36,7%), ambas no campo da cultura. A pes-
quisa mostrou que os turistas se veem igualmente
Os dados foram analisados, primeiramente, para motivados pela oportunidade de “aproveitar a tran-
cada unidade de observação e, posteriormente, quilidade e a segurança do lugar” e de“desfrutar dos
agrupados para o conjunto delas. serviços de alimentação” (IIAM=36,9%).

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 167
Figura 1: índices de importância atribuída à motivação pelos visitantes (moradores e turistas) do Forte de Copacabana

Forte Duque de Caxias a segurança do lugar” (IIAM= 37,2%), enquanto os tu-


ristas indicaram a opção “conhecer/rever o patrimô-
Como apresentado na figura 2, a principal motivação nio histórico e militar” (IIAM=44,4%). Esta situação
de visita ao Forte Duque de Caxias foi a possibilidade se inverte para a terceira motivação. Os moradores
de “desfrutar a natureza e a paisagem local”, tanto indicaram a oportunidade de “conhecer/rever o pa-
para os moradores (IIAM=75,6%), quanto para os trimônio histórico e militar”(IIAM= 37,2%), enquanto
turistas (IIAM=68,1%), com bom destaque frente às os turistas, a de “aproveitar a tranquilidade e segu-
demais. rança do lugar” (IIAM= 26,4%). Vale ressaltar que a
Como segunda motivação, os moradores apontaram motivação para a visita ao museu teve a preferência
para a oportunidade de “aproveitar a tranquilidade e dos turistas (IIAM=18,8%) mais que dos moradores
(IIAM= 12,8%).

Figura 2: índices de importância atribuída à motivação pelos visitantes (moradores e turistas) do Forte de Copacabana

168 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Fortaleza de São João de de “praticar atividades físico-esportivas” (IIAM=
41,4%), comportamento coerente com a significân-
Como apresentado na figura 3, a principal motivação cia do estímulo à educação física no espaço dessa
de visita à Fortaleza de São João por parte dos turis- unidade militar que abriga o Centro de Capacitação
tas foi a de “conhecer/rever o patrimônio histórico” Física do Exército e o Museu do Desporto do Exército.
(IIAM=66,7%). Já os moradores apontaram para a
possibilidade de “desfrutar a natureza e a paisagem Como terceira opção, tanto turistas (IIAM= 44,4%)
local” (IIAM=53,4%). Os índices (como visto ante- quanto moradores (IIAM=36,5%) mostraram-se mo-
riormente para o Forte de Copacabana e Duque de tivados por aproveitar a tranquilidade e segurança
Caxias) apontam para o maior interesse dos turistas do lugar.
que dos moradores sobre o patrimônio histórico e
militar das fortificações. Os valores encontrados posicionam a motivação para
“visitar o museu” em um baixo patamar dos índices
Como segunda indicação de motivação para a visita, (IIAM para os turistas= 11,1% e IIAM para os mora-
os turistas optaram pela possibilidade de desfrutar dores= 9,9%). Essa condição revela a necessidade de
da natureza e da paisagem local (IIAM=55,6%), en- se repensarem as possibilidades de estímulo ao uso
quanto os moradores evidenciaram a oportunida- público nesse espaço, referência fundamental na his-
de de praticar atividades físico-esportivas (IIAM= tória da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil.
41,4%). Os moradores evidenciaram a oportunida-

Figura 3: índices de importância atribuída à motivação pelos visitantes (moradores e turistas) da Fortaleza de São João

Fortaleza de Santa Cruz da Barra


com os turistas indicando a preferência por “desfru-
Como apresentado na figura 4, a principal motiva- tar a natureza e a paisagem local” (IIAM=64,1%).
ção de visita à Fortaleza de Santa Cruz da Barra por
O interesse em “visitar o museu” aparece como ter-
parte dos turistas foi a de “conhecer/rever o patri-
ceira motivação tanto para turistas (IIAM = 30,6%)
mônio histórico e militar” (IIAM=78,4%) enquanto a
quanto para moradores (IIAM = 24,8%) e corrobora
dos moradores foi a de “desfrutar da natureza e da
a importância da referência histórica nessa fortifi-
paisagem local” (IIAM=68,5%).
cação, anteriormente apontada nas preferências de
Para a segunda indicação, as posições se invertem moradores e turistas.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 169
Figura 4: índices de importância atribuída à motivação pelos visitantes (moradores e turistas) da Fortaleza de Santa Cruz da Barra

Fortes São Luiz e do Pico


com os turistas indicando preferência por “desfrutar
Como apresentado na figura 5, a destacada motiva- a natureza e a paisagem local” (IIAM=53,8%), e os
ção de visita aos fortes de São Luiz e do Pico por par- moradores, por “conhecer/rever o patrimônio histó-
te dos turistas foi a de “conhecer/rever o patrimônio rico e militar” (IIAM=62,1%).
histórico e militar” (IIAM=84,6%), enquanto que os
moradores apontaram para a opção “desfrutar a na- A terceira posição para os turistas, ficou para a moti-
tureza e a paisagem local” (IIAM=72,0%). vação de “visitar o(s) museu(s)” (IIAM= 46,2%) e para
os moradores, em “desfrutar a natureza e a paisagem
Para a segunda indicação, as posições se invertem local” (IIAM=28,0%).

Figura 5: índices de importância atribuída à motivação pelos visitantes (moradores e turistas) dos Forte São Luiz e do Pico

170 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
a.2) Índices de importância atribuída à motivação de da Fortaleza de São João, onde a segunda motiva-
visita para moradores e turistas (para o conjunto das ção foi “praticar atividades físicas/esportivas”). Na
fortificações) terceira colocação ficou a opção “aproveitar a tran-
quilidade e segurança do lugar” para quase todas as
Como mostrado na figura 6, para o conjunto das for-
fortificações, à exceção da Fortaleza de Santa Cruz da
tificações, a principal motivação de visitação foi “des-
Barra, onde esse lugar é ocupado pela opção “visitar
frutar a natureza e a paisagem local”. Em segundo
o(s) museus(s)”, o que pode ser entendido como a
lugar, foi indicada a opção “conhecer/rever o patri-
identificação do sítio como um museu a céu aberto.
mônio histórico e militar” (notável exceção é o caso

Figura 6: índices de importância atribuída à motivação pelos visitantes (moradores e turistas)

A experiência da visita Intenção de repetir a visita (moradores e turistas)


Um quarto bloco de perguntas buscou explicitar a Um elemento que se buscou explicitar foi a intenção
percepção dos visitantes quanto à experiência da vi- da visita ser repetida pelo visitante. Nesse ponto, a
sita. resposta foi inequívoca, com valores superiores a
90%, tanto para moradores como para turistas, como
apresentado no quadro 31.

Quadro 31: Intenção dos visitantes em repetirem a visita

Valores Relativos (%)


Total
Unidades de observação Moradores Turistas Moradores + Turistas
(%)
Sim Não Sim Não Sim Não
Forte de Copacabana 42,01 0,46 50,46 7,08 92,47 7,53 100,00
Forte Duque de Caxias 70,24 1,19 23,81 4,76 94,05 5,95 100,00
Fortaleza de São João 94,26 0,82 4,92 0,00 99,18 0,82 100,00
Fortaleza de Santa Cruz da Barra 65,22 2,61 25,22 6,96 90,43 9,57 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 73,68 3,51 21,05 1,75 94,74 5,26 100,00
Total (%) 59,33 1,11 34,22 5,33 93,56 6,44 100,00

Intenção de indicar a visita às fortificações a outras pessoas (moradores e turistas)


Quanto à intenção de compartilhar a experiência da visita como algo positivo, indicando-a ao seu círculo de
relações, houve um resultado quase unânime, conforme indicado no quadro 32.

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 171
Quadro 32: Intenção dos visitantes de indicarem as fortificações a outras pessoas
Valores Relativos (%)
Total
Unidades de observação Moradores Turistas Moradores + Turistas
(%)
Sim Não Sim Não Sim Não
Forte de Copacabana 42,47 0,00 57,08 0,46 99,54 0,46 100,00
Forte Duque de Caxias 71,43 0,00 28,57 0,00 100,00 0,00 100,00
Fortaleza de São João 86,89 8,20 4,10 0,82 90,98 9,02 100,00
Fortaleza de Santa Cruz da Barra 66,09 1,74 31,30 0,87 97,39 2,61 100,00
Fortes São Luiz e do Pico 77,19 0,00 22,81 0,00 100,00 0,00 100,00
Total (%) 59,11 1,33 39,11 0,44 98,22 1,78 100,00

Sensações provocadas nos moradores nos encon-


sensações de fluminenses e cariocas associadas às vi-
tros com as fortificações
sitações. As análises do material obtido forneceram
No mesmo período das entrevistas, a equipe do pro- uma aproximação a um campo diversificado e rico de
jeto realizou uma sondagem qualitativa com base na experiências.
pergunta aberta: “em poucas palavras, qual é o seu
Forte de Copacabana
sentimento em relação a este forte?“. As respostas
foram tabuladas e classificadas considerando-se a Com relação ao Forte de Copacabana, a figura 7 ma-
freqüência de menções, o que conduziu à identifica- peia as menções feitas aos três campos identificados
ção de três palavras-chave: paz, beleza e cultura. A (beleza, paz e cultura), com destaque para sensações
sondagem qualitativa forneceu um mapeamento das associadas à palavra-chave “paz”.

Figura 7: Sensações provocadas pelas visitas ao Forte de Copacabana

172 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
Forte Duque de Caxias
Com relação ao Forte Duque de Caxias, como apresenta a figura 8, observa-se uma distribuição muito mais
equilibrada das menções entre os três campos.

Figura 8: Sensações provocadas pelas visitas ao Forte Duque de Caxias

Fortaleza de São João


Com relação à Fortaleza de São João, a figura 9 apresenta forte destaque para, dentro do campo “cultura”,
menção ao sentimento de pertencimento.

Figura 9: Sensações provocadas pelas visitas à Fortaleza de São João

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 173
Fortaleza de Santa Cruz da Barra
Com relação à Fortaleza de Santa Cruz da Barra, a figura 10 aponta para um destaque às menções feitas ao campo
“cultura” com distribuição relativamente equilibrada entre os diversos sentimentos associados.

Figura 10: Sensações provocadas pelas visitas à Fortaleza de Santa Cruz da Barra

Fortes São Luiz e do Pico


Com relação aos Fortes São Luiz e do Pico, a figura 11 indica os campos da cultura e da beleza como predominantes,
com destaque para os sentimentos de maravilhamento com a beleza cênica e de valorização da memória histórica.

Figura 11: Sensações provocadas pelas visitas aos Fortes São Luiz e do Pico
174 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
APÊNDICE 7: EXEMPLO DE FORMULÁRIO DE
INVENTÁRIO TURÍSTICO

LEVANTAMENTO DA OFERTA TURÍSTICA


FORMULÁRIO DOS RECURSOS TURÍSTICOS DOS FORTES E FORTALEZAS

1- IDENTIFICAÇÃO DO ATRATIVO
1.1 NOME OFICIAL:
1.2 NOME POPULAR:
1.3 NOME DO MANTENEDOR:
1.4 TELEFONE/FAX:
1.5 SITE:
1.6 E-MAIL:
1.7 REDES SOCIAIS:
2 – LOCALIZAÇÃO
2.1 ENDEREÇO:
2.2 LATIDUDE E LONGITUDE
2.3. MAPA DE LOCALIZAÇÃO
2 ACESSIBILIDADE
ESTADO DE CONSERVAÇÃO E DE USO
2.1- MEIOS DE ACESSO DISPONÍVEIS BOM REGULAR RUIM

VIA TERRESTRE/RODOVIÁRIO
VIA MARÍTIMA
AÉREO
A PÉ
CICLOVIA
OUTROS (especificar)

2.2- DETALHAMENTO DA VIA TERRESTRE


1
TOTALMENTE PARCIALMENTE
NÃO PAVIMENTADA
PAVIMENTADA PAVIMENTADA
ASFALTO CHÃO
TIPO DE ASFÁLTICA CONCRETO PARALELEPÍPEDO SAIBRO
ECOLÓGICO BATIDO
PAVIMENTAÇÃO

2.3 – DETALHAMENTO DO ACESSO MAIS UTILIZADO


DESCRIÇÕES DO ACESSO MAIS UTILIZADO:
ADAPTADO PARA PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS (especificar)?
ATENDE ÀS NECESSIDADES ATUAIS ?
PERMITE EXPANSÃO NO VOLUME DE VISITANTES ?
2.4 ESTACIONAMENTO PARA VISITANTES
Vagas para Vagas para ônibus de
Vagas para carros Vagas para vans Vagas para bicicletas
motocicletas turismo

Permite expansão da área de estacionamento?

3 – INFORMAÇÕES HISTÓRICAS
3.1 CRONOLOGIA HISTÓRICA:
3.2 UTILIZAÇÃO(ÕES) ORIGINAL(IS) DA EDIFICAÇÃO :
3.3 FATOS HISTÓRICOS RELEVANTES
3.4 PERSONAGENS HISTÓRICOS RELEVANTES
3.5 LENDAS E “CAUSOS” RELACIONADOS
3.3 UTILIZAÇÃO ATUAL DO ATRATIVO:

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 175
LEVANTAMENTO DA OFERTA TURÍSTICA
FORMULÁRIO DOS RECURSOS TURÍSTICOS DOS FORTES E FORTALEZAS

4 –DESCRIÇÃO FÍSICA

SITUAÇÃO E AMBIÊNCIA
ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS: COMPOSIÇÃO, ESTILO E/OU TÉCNICA
MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS INCORPORADAS AO ATRATIVO
5- SINALIZAÇÃO
5.1 SINALIZAÇÃO EXTERNA PARA ACESSO AO ATRATIVO
SINALIZAÇÃO ADAPTADA PARA
BEM MAL NÃO PESSOAS COM NECESSIDADES
SINALIZADO SINALIZADO SINALIZADO ESEPCIAIS
SIM NÃO
SINALIZAÇÃO GERAL
SINALIZAÇÃO TURÍSTICA
5.2 SINALIZAÇÃO INTERNA DO ATRATIVO
SINALIZAÇÃO ADAPTADA PARA
BEM MAL NÃO PESSOAS COM NECESSIDADES
SINALIZADO SINALIZADO SINALIZADO ESEPCIAIS
SIM SIM
SINALIZAÇÃO GERAL
SINALIZAÇÃO TURÍSTICA
6- TRANSPORTES COLETIVOS REGULARES PARA O ATRATIVO
2
6.1 TIPO DE TRANSPORTE:
6.2 FREQUÊNCIA:
6.3 ADAPTADO PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS?
6.4 OUTRAS INFORMAÇÕES:
7 – LEGISLAÇÕES DE PROTEÇÃO AO ATRATIVO
INSTRUMENTO LEGAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
LEI
DECRETO
NORMA DERESTRIÇÃO
TOMBAMENTO
OUTROS . citar
8 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO/PRESERVAÇÃO DO ATRATIVO
MUITO BOM BOM REGULAR PRECÁRIO DETERIORADO
ESTADO GERAL
ELEMENTOS SECUNDÁRIOS
COBERTURA
INTERIORES
CONDIÇÃO HIGIÊNICA
ESTRUTURA DA EDIFICAÇÃO
OBSERVAÇÕES:
9 - EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA OS VISITANTES
ADAPTADO PARA PESSOAS COM
SIM NÃO NECESSIDADES ESPECIAIS
SM PARCIALMENTE NÃO

176 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
LEVANTAMENTO DA OFERTA TURÍSTICA
FORMULÁRIO DOS RECURSOS TURÍSTICOS DOS FORTES E FORTALEZAS

PORTARIA PRINCIPAL / GUARITA DE CONTROLE


CENTRO DE RECEPÇÃO DE VISITANTES
ATENCIMENTO ESPECIAL PARA GRUPOS
ATENDIMENTO ESPECIAL PARA ESTUDANTES
POSTO DE INFORMAÇÕES
SANITÁRIOS PÚBLICOS
LANCHONETE/BAR
RESTAURANTE
LOJA DE SOUVENIERS
ESPAÇO PARA EVENTOS/REUNIÕES
ESTACIONAMENTO PÚBLICO
MIRANTES
SERVIÇOS DE GUIAMENTO
MUSEU
BIBLIOTECA
CAPELA/IGREJA

10 – VISITAÇÃO PÚBLICA
HORÁRIOS REGULARES
AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA VALOR DO INGRESSO: HÁ LIMITE QUANTO AO NÚMERO DE

3
VISITAÇÃO: VISITANTES? QUAL?
VISITAS GUIADAS:
IDOMAS:
VALOR:
SERVIÇO DE SETOR EDUCATIVO
11 – ATIVIDADES REGULARES REALIZADAS NO ATRATIVO

12 – ROTEIROS TURÍSTICOS COMERCIALIZADOS


ROTEIROS TURÍSTICOS QUE O ATRATIVO INTEGRA
EMPRESAS OPERADORAS
13 – OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 177
APÊNDICE 8: FICHA TÉCNICA

FICHA TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DE ROTEIRO


NOME DO CIRCUITO:
MODALIDADE A PÉ BICICLETA MARÍTIMO RODOVIARIO COMBINADO

PÚBLICO:
RESUMO CONVIDATIVO:
PONTO DE PARTIDA:
PONTO DE CHEGADA:
TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO:
EXTENSÃO DO PERCURSO:
MAPA DO PERCURSO:
NÍVEL DE DIFICULDADE LEVE MODERADA AVANÇADA DIFÍCIL

DESCRIÇÃO DO PERCURSO:
RECOMENDAÇÕES PARA O PERCURSO:
PONTOS DE PARADA TÉCNICA:
DEMANDAS PARA IMPLANTAÇÃO DO ROTEIRO:
INFORMAÇÕES SOBRE OS FORTES DO ROTEIRO
NOME DO FORTE:
BREVE HISTÓRICO:
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
ENDEREÇO/CONTATOS:
INGRESSO (VALORES)/AGENDAMENTO: 1
ESTACIONAMENTO/ BICICLETÁRIO:
INFRAESTRUTURA

TOILETS
SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
ACESSIBILIDADE:
LOJA DE SOUVENIR:
GUARITA DE VENDA DE INGRESSOS:
GUIA LOCAL/AUDIO GUIDE:
VALE A PENA CONFERIR:
COMO CHEGAR: .
LIMITAÇÕES DO CIRCUITO INTERNO
INFORMAÇÕES SOBRE OUTROS ATRATIVOS DO PERCURSO
ATRATIVO:
LOCALIZAÇÃO:
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
INGRESSO (VALORES)/AGENDAMENTO:
BREVE HISTÓRICO:

178 LTDS - LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Programa de Engenharia de Produção - COPPE / UFRJ
APÊNDICE 9: FICHA TÉCNICA PARA ROTEIROS
COMBINADOS

Ficha técnica para a elaboração de roteiros combinados


Qual
Roteiro
Porque vale a
pena fazer
esse roteiro?
Fortes
envolvidos
Trechos (vice-
versa)
Modal
O que
observar no
caminho (na
sequencia do
deslocamento)
Grau de
dificuldade
Tipo de
público
Distância 1
Tempo médio
de
deslocamento
(sem paradas)
Restrições do
roteiro
Destaques
Apoios

PROJETO ROTEIROS DOS FORTES: CIRCUITOS TURÍSTICOS EM FORTES E FORTALEZAS DA BAÍA DA GUANABARA 179
Projeto Roteiros dos Fortes: Circuitos Turísticos em
Fortes e Fortalezas da Baía da Guanabara

LTDS - Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social


PEP - Programa de Engenharia de Produção
Contatos: ltds@pep.ufrj.br Tel: 3938-8294 / 95 / 97
URL: www.ltds.pep.ufrj.br

Instituições participantes:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Parceria:
DIRETORIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DO EXÉRCITO
Apoio:
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
2012 a 2014.

Você também pode gostar