Você está na página 1de 2

Bruna apresentou queixa contra o seu vizinho Carlos pelo facto de este se

encontrar a utilizar a garagem da sua moradia como indústria têxtil de produção


de fatos de treino. Recebida a queixa, o Presidente da Câmara determinou uma
fiscalização à moradia de Carlos mas também à moradia de Bruna. A Fiscalização
constatou ser verdade o teor da queixa de Bruna mas também que esta havia
alterado o revestimento exterior da sua moradia de tinta para um material
termicamente mais eficiente, denominado Cappotto.

1. Indique que medidas de tutela da legalidade urbanísticas serão


aplicáveis ao caso descrito.

A operação urbanística em causa, relativamente a Carlos, é a utilização, a qual


está sujeita a controlo prévio, nomeadamente a autorização de utilização.

Portanto, Bruna apresentou queixa contra o Carlos porque ele estava a realizar
uma operação urbanística de utilização, de forma diferente daquela para que
estava autorizado (tinha como garagem, e estava a utilizar como indústria).

Recebida a queixa, o Presidente ordenou que se fizessem as vistorias, e


verificou que este facto era verídico. A medida de tutela de legalidade aqui
aplicável a Carlos é, em primeira mão, a legalização (sendo que para tal teria de
realizar um procedimento de autorização de alteração da utilização). Deveremos
remeter-nos para o normativo 5º/3 RJUE para tratar da competência para essa
concessão da autorização de utilização, a qual é da competência própria do
Presidente da Câmara (a aprovação do pedido de licença é da competência da
Câmara, mas a aprovação do pedido de autorização é do Presidente. Ele recebeu
a queixa, e proferiu ações de fiscalização, que também são da competência dele.)

Não sendo a legalização possível, será então aplicável a cessação da utilização.

Já relativamente a Bruna, ela alterou o revestimento de tinta para cappotto, o


que constitui uma obra de alteração e de escassa relevância urbanística (pois é
um material que não altera as características exteriores da edificação, e é
termicamente mais eficiente, devendo manter a cor- 6º-A RJUE).

2. Indique quais os órgãos competentes para a sua prática.

Deveremos remeter-nos para o normativo 5º/3 RJUE para tratar da


competência para essa concessão da autorização de utilização, a qual é da
competência própria do Presidente da Câmara (a aprovação do pedido de licença
é da competência da Câmara, mas a aprovação do pedido de autorização é do
Presidente. Ele recebeu a queixa, e proferiu ações de fiscalização, que também
são da competência dele.)

3. Avalie se a operação urbanística realizada por Bruna poderá ser


objeto de legalização, justificando a sua resposta e indicando a
legislação aplicável.

Tratando-se de uma obra de escassa relevância não carece de controlo prévio,


e portanto, não necessita de legalização.

Você também pode gostar