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Restauro do Livro
Primeira Parte DE LA HISTORIA DE LA VIDA
DE LA MADRE DE DIOS
Docente: Paula Pinto
Discente:
Ana Rita Simões, 11959
Ana Isabel Mourão, 17028
João Oliveira, 17039
Tânia Cunha, 17360
Wilson Barbeiro, 16411
Unidade Curricular:
Conservação do Documento Gráfico
O objetivo desta análise inicial tem como intuito fazer uma descrição
pormenorizada do livro. Para tal, a professora facultou-nos uma ficha
técnica.
Vai ser impossível saber algumas informações, uma vez que o livro
não possuia o primeiro caderno.
Desta forma, apresentamos alguns dados que achamos importantes:
- Título da obra: Primeira Parte DE LA HISTORIA DE LA VIDA DE LA
MADRE DE DIOS
- Data da edição: 1665
- N.º da edição: 1ª
- Autor: MADRE for MARIA de Jesus, religiofa de el Ordem (...)
- Casa impressora: não sabemos
- Entidade possuidora: Sr. João Vale
- Tipo de encadernação: Capa inteira de pele cor castanha com
gravação de ferros gofrados e douração na pasta da frente e verso.
● A lombada é constituida por 5 nervos salientes, formando 6
casas ou caselas, estando o rótulo na segunda casa de cima.
Na 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª casa, aplicação de um motivo floral no
centro em dourado, com remate superior e inferior com roda
dupla.
● As pastas são de cartão prensado e tem 21,4x30,5cm.
● Os nervos são de cânhamo e a tranchefila é manual e formada
por cordel.
- Tipo de papel: existiam vários tipos de papel, a pasta é manual
onde podemos observar as vergaturas e os pontusais e não tivemos
registo da existência de marcas de àgua
- Tipo de costura: Costura à Portuguesa, sobre nervos salientes
duplos e alternada
fungos
lacunas
foxing
dejectos de animais
vestígios de cera
ferrugem
03
recepção individualizada dos cadernos
e a sua correta esquematização
”
A correcta esquematização dos cadernos é essencial
para a organização do trabalho, no seio do laboratório.
Assinatura D
Assinatura C
Gravura 1 CVIJ (frente)
25 (do)
37 (abizahax)
27 (le)
39 (del)
29 (cia)
41 (143 -re-)
32 (ciencia)
44 (polvo)
34 (dios)
46 (nos)
36 (113.)
48 (nisma)
Assinatura F Assinatura K
68 (efpi-)
Assinatura P
Assinatura L
Gravura 5 VIJ
121 (realir)
169 (èl)
123 (mas)
171 (ticos)
125 (te)
173 (horror)
128 (rable)
176 (sterios)
130 (am-)
178 (del)
132 (ving)
180 (que)
Assinatura Q Assinatura R
Gravura 7 IX (verso)
202 (co-)
Tânia Cunha
pH: 6,56 6,33 6,15 6,11 6,11
média: 6,252 (papel bastante ácido)
05
limpeza por via seca, manual e mecânica
Para dar início à limpeza por via seca foi necessário ter em atenção
o estado dos bifólios, pois em alguns casos a limpeza mecânica não
seria possível.
De forma a dar inicio à limpeza por via seca manual, foi necessário
recorrer ao auxílio de um bisturi e de almofadas de limpeza com pó
de borracha para remover toda a sujidade entranhada. Primeiro com
o bisturi removeu-se a sujidade que estava agregada ao suporte tal
como pontos de ferrugem, alguns fungos como e bactérias como o
foxing e dejetos animais que provocam a degradação do papel. Nos
pontos de ferrugem foi necessário destruir as fibras do papel pois
esta era a única forma de os remover permanentemente. Nos locais
em que não havia grafismo não era tão prejudicial ao documento
a perda de fibras, mas foi também necessário remover partes do
documento que continham grafismo e aí era preciso ter cuidado para
só remover o essencial.
Apos removida toda a sujidade entranhada foi altura de proceder à
limpeza da sujidade superficial com o auxilio da almofada com pó de
borracha. Com a almofada de limpeza executaram-se movimentos
circulares sobre toda a superfície do papel e em ambas as faces para
retirar a sujidade superficial que não deu para tirar com o bisturi.
Ao executar os movimentos circulares de limpeza era necessário
ter algum cuidado pois corríamos o risco de danificar gravemente
o papel quando este se encontrava já em muito mau estado de
conservação.
Apos a limpeza manual foi altura de proceder à limpeza por via
mecânica com o auxílio de uma borracha elétrica. No entanto apenas
alguns bifólios poderão ser limpos com a borracha elétrica, pois o
seu estrado de conservação não lhes permitia serem limpos desta
forma. Assim alguns bifólios encontravam-se tão fragilizados que
até a limpeza por via manual precisou de ser muito cuidadosa para
não os danificar ainda mais. Com a borracha elétrica removeu-se o
excedente de sujidade superficial que ainda restou depois da limpeza
manual. No entanto a limpeza mecânica apenas foi realizada nas
zonas em que não existia grafismo, pois como é uma limpeza mais
agressiva poderia danificar, não só o texto como as gravuras.
Após a limpeza por via manual e por via mecânica notaram-se
algumas diferenças, pois algumas das manchas superficiais tais
como dedadas que existiam no papel desapareceram, algumas das
restantes apenas vão sair com a limpeza por via húmida. Outras
estão já fortemente entranhadas nas fibras que nunca chegam a sair
a não ser através da destruição das fibras do papel.
06
limpeza por via húmida
Materiais:
Papel Japonês
Bisturi
Tilose a 40%
Ferro a 200º
Acetato
Pincel
Papel Siliconado
Feltro
Mesa de luz
antes depois
antes
depois
antes
depois
antes
depois
10
reintegração da capa
Para o restauro da capa foi realizada uma limpeza geral, esta foi
inicializada com a limpeza recorrendo ao bisturi e a uma solução de
Tilose com concentração de 5%. A Tilose era utilizada de modo a
humedecer a superfície e os resíduos nela depositada, humedecidos
os resíduos começava-se então levemente a raspar estes com o
bisturi. Concluída a limpeza com o bisturi passou-se então para a
limpeza com um produto de limpeza e hidratação de peles, este
era colocado num algodão que depois de seguida aplicado á com
movimentos circulares pela pele para que o produto fosse aplicado
de forma uniforme. Nesta fase fica concluída a limpeza da pele
pronta para a próxima fase.
A fase que se sucede á limpeza é a fase de reintegração, esta será
feita com pele de modo ser menos intrusiva e preenchendo assim as
lacunas para que a capa possa voltar a ser reintegrada na forma de
livro com o respectivo miolo.