Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Montesquieu
I – DOS FATOS
1
Relator, Ministro Celso de Mello, determinado a manifestação do Ministério
Público Federal sobre tal requerimento.
2
sedimentada a Democracia, distribuindo as prerrogativas antes cometidas
apenas ao Soberano, exatamente tal como cristalizado na Constituição Federal
que tanto o Presidente da República, quanto o seu Ministro juraram cumprir e
defender.
3
do Quartel General do Exército, em Brasília, e não é por outra razão, essas e
outras, abundantes razões que pendem de apreciação mais de 30 pedidos de
impeachment do Chefe do Poder Executivo.
II – DO DIREITO
1
Cf. disponibilizado em 1º de maio de 2020, em:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/05/01/interna_politica,850318/stf-
sai-em-defesa-de-alexandre-de-moraes-apos-ataque-de-bolsonaro.shtml
2
Cf. disponibilizado em 24 de maio de 2020, em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/apos-
divulgacao-de-video-bolsonaro-publica-trecho-de-lei-de-abuso-de-
autoridade,d198ddb2d01e3d3633040e9a4d31b521u71rvsv8.html
4
Outros tantos exemplos, de conhecimento público e notório,
poderiam ser mencionados, mas somente os aqui relatados já seriam suficientes
para demonstrar que não há qualquer constrangimento ou pudor de boa parte
das autoridades públicas que integram o alto escalão do Governo Federal em
promover ataques aos demais poderes, o que vem inflando, paulatinamente, as
vozes do autoritarismo no seio da nossa Democracia.
3
Cf. https://twitter.com/gen_heleno/status/1263896941349535746
4
Cf. íntegra da nota disponibilizada em 24 de maio de 2020, em:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/05/24/interna_politica,857901/em-
nota-oficiais-da-reserva-apoiam-heleno-e-falam-em-guerra-civil.shtml
5
E no atual contexto, em que uma crise sem precedentes
acomete o país, em que as soluções para enfrentá-la ainda são claramente
insuficientes, mostra-se demasiadamente preocupante que quem deveria
oferecê-las – e que recebeu delegação democrática do povo para enfrentar os
problemas - mas que, ao revés, não o faz, limitando-se a ignorar
responsabilidades e delas se desonerar como se com elas nada tivesse a ver,
atribuindo ao demais poderes a responsabilidade pelas suas falhas e
dificuldades, pode parecer simples escolher o caminho obscuro, que nega a
institucionalidade, que pretende um diálogo direto com o povo, sem as
mediações ínsitas ao papel precípuo do Estado e de seus instrumentos, “o
caminho maldito”, que Ulisses Guimarães afirmou conhecer quando outorgou a
sua, nossa, Constituição cidadã.
“Acho que a frase dele foi grave. Além disso, ainda fez críticas
ao Parlamento, como se o Parlamento fosse um problema para
o Brasil. É uma cabeça ideológica. Infelizmente, o general
Heleno virou um auxiliar do radicalismo do Olavo. É uma pena
6
que um general da qualidade dele tenha caminhado nessa
linha”5.
7
A nota-ameaça oficial do Ministro Augusto Heleno, sendo um
manifesto ataque ao Estado Constitucional, é que é uma interferência indevida
em outro Poder. Ainda mais grave, irrecusável reconhecê-lo, pelo fato de ser de
um integrante das Forças Armadas, pois ardilosamente sugere que há respaldo
dessa Instituição de Estado à concepção de um ideário autoritário e
antidemocrático, quando sob o aspecto constitucional lhe compete justamente o
contrário - a defesa das instituições democráticas, enquanto garantia dos
poderes constitucionais que emanam do povo. Felizmente as Forças Armadas,
desde a redemocratização, como instituição, vêm dando robustas
demonstrações de harmonia com esse papel constitucionalmente definido que
vêm cumprindo com rigor.
8
o processo de responsabilização se insere no conjunto de instrumentos
constitucionais que dão corpo à Teoria Constitucional da Separação dos
Poderes.
9
Art. 12. São crimes contra o cumprimento das decisões
judiciárias:
1 - Impedir, por qualquer meio, o efeito dos atos, mandados ou
decisões do Poder Judiciário;
11