Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
gestão de peptídeos por peptidases nos Enterócitos que revestem as vilosidades do Intestino Delgado:
último estágio na digestão das proteínas, no lúmen intestinal, é feito pelos enterócitos que revestem as vilosidades do intestino
delgado, especialmente no duodeno e no jejuno. Essas células apresentam borda em escova, que consiste em centenas de
microvilosidades que se projetam da superfície de cada célula. Nas membranas de cada uma dessas microvilosidades
encontram-se múltiplas peptidases que se projetam, através das membranas, para o exterior, onde entram em contato com
os líquidos intestinais.
is tipos de peptidases são especialmente importantes, aminopolipeptidase e diversas dipeptidases. Elas continuam a hidrólise
dos maiores polipeptídeos remanescentes em tripeptídeos e dipeptídeos e de uns poucos aminoácidos. Aminoácidos,
dipeptídeos e tripeptídeos são facilmente transportados através da membrana microvilar para o interior do enterócito.
almente, no citosol do enterócito, existem várias outras peptidases específicas para os tipos de aminoácidos que ainda não
foram hidrolisados. Em minutos, praticamente todos os últimos dipeptídeos e tripeptídeos são digeridos a aminoácidos;
estes, então, são transferidos para o sangue.
is de 99% dos produtos finais da digestão das proteínas absorvidas são aminoácidos; raramente, peptídeos e, ainda mais
raramente, proteínas inteiras são absorvidas. Mesmo essas raríssimas moléculas de proteínas absorvidas inteiras podem,
por vezes, causar sérios distúrbios alérgicos ou imunológicos.
Expressão Gênica:
As etapas do processo de síntese das proteínas são reguladas pelos genes. Expressão gênica é o nome do processo pelo
qual a informação contida nos genes (a sequência do DNA) gera produtos gênicos, que são as moléculas de RNA (na etapa
de transcrição gênica) e as proteínas (na etapa de tradução gênica).
Transcrição Gênica:
Nessa primeira fase a molécula de DNA se abre, e os códigos presentes no gene são transcritos para a molécula de RNA.
A enzima polimerase do RNA se liga a uma das extremidades do gene, separando as fitas de DNA e os ribonucleotídeos
livres se emparelham com a fita de DNA que serve de molde.
A sequência das bases nitrogenadas do RNA segue exatamente a sequência de bases do DNA, segundo a seguinte regra:
U com A (Uracila-RNA e Adenina-DNA), A com T (Adenina-RNA e Timina-DNA), C com G (Citosina-RNA e Guanina-DNA) e
G com C (Guanina-RNA e Citosina-DNA).
O que determina o início e o fim do gene que será transcrito são sequências específicas de nucleotídeos, o início é a região
promotora do gene e o fim é a região terminal. A polimerase do RNA se encaixa na região promotora do gene e vai até a
região terminal.
Tradução Gênica:
A cadeia polipeptídica é formada pela união de aminoácidos segundo a sequência de nucleotídeos do RNAm. Essa
sequência do RNAm, denominada códon, é determinada pela sequência de bases da fita do DNA que serviu de molde.
Desse modo, a síntese de proteínas é a tradução da informação contida no gene, por isso se chama tradução gênica.
em participa da síntese?
A: Os genes são partes específicas da molécula de DNA, que possuem códigos que serão transcritos para o RNA. Cada gene
determina a produção de uma molécula específica de RNA. Nem toda molécula de DNA contém genes, há algumas que
não tem as informações para a transcrição gênica, são DNA não-codificante, e sua função não é bem conhecida.
A: As moléculas de RNA são produzidas a partir de um molde de DNA. O DNA é uma fita dupla, sendo que apenas uma delas é
usada para a transcrição do RNA. No processo de transcrição participa a enzima polimerase do RNA. São produzidos 3
tipos diferentes, cada qual com função específica: RNAm - RNA mensageiro, RNAt - RNA transportador e RNAr - RNA
ribossômico.
Ribossomos: São estruturas presentes nas células eucarióticas e procarióticas, cuja função é sintetizar proteínas. Não são
organelas pois não possuem membranas, são espécies de grânulos, cuja estrutura é composta da molécula de RNA
ribossômico dobrado, associado a proteínas. São formados por 2 subunidades e se localizam no citoplasma, livres ou
associados ao retículo endoplasmático rugoso.
Liberação dos Aminoácidos das células como meio de regulação de sua concentração plasmática:
Sempre que as concentrações plasmáticas de aminoácidos caírem abaixo dos níveis normais, os que forem necessários
são transportados para fora das células, a fim de recompor seu suprimento plasmático. Desse modo, a concentração
plasmática de cada tipo de aminoácido é mantida em nível razoavelmente constante. Adiante, veremos que alguns dos
hormônios secretados pelas glândulas endócrinas, são capazes de alterar o balanço entre as proteínas teciduais e os
aminoácidos circulantes. Por exemplo, o hormônio do crescimento e a insulina aumentam a formação de proteínas
teciduais, enquanto os hormônios glicocorticoides adrenocorticais elevam a concentração dos aminoácidos plasmáticos.
Observe, nesse esquema, que o grupo amino do aminoácido é transferido para o ácido alfa-cetoglutárico, que se transforma
então, em ácido glutâmico. Em seguida, o ácido glutâmico poderá ainda, transferir o grupo amino para outras substâncias
ou liberá-lo sob a forma de amônia (NH3). No processo de perda do grupo amino, o ácido glutâmico mais uma vez se
transformará no ácido alfa-cetoglutárico, de modo que o ciclo possa ser continuamente repetido. Para começar esse
processo, o excesso de aminoácidos nas células, especialmente no fígado, induz a ativação de grande quantidade de
aminotransferases, as enzimas responsáveis pelo início da maioria das desaminações.
Formação da Ureia pelo Fígado:
A amônia liberada durante a desaminação dos aminoácidos, é removida do sangue, quase que inteiramente, por sua
conversão em ureia; duas moléculas de amônia e uma molécula de dióxido de carbono se combinam de acordo com a
seguinte reação efetiva:
Os estágios da formação da ureia são essencialmente os seguintes:
Após sua formação, a ureia se difunde dos hepatócitos para os fluidos corporais, sendo excretada pelos rins.
Oxidação dos Aminoácidos Desanimados:
Uma vez que os aminoácidos foram desaminados, os cetoácidos resultantes podem, na maioria dos casos, ser oxidados
para liberar energia para propósitos metabólicos. Isso, normalmente, envolve dois processos sucessivos: (1) o cetoácido é
transformado em substância química apropriada, para poder entrar no ciclo do ácido cítrico e (2) essa substância é
degradada pelo ciclo e utilizada para produção de energia, do mesmo modo como a acetilcoenzima A (acetil-CoA), derivada
dos carboidratos e do metabolismo lipídico é utilizada. Em geral, a quantidade de trifosfato de adenosina (ATP) formado por
grama de proteína que é oxidada, é ligeiramente menor do que a formada por grama de glicose oxidada.
Gliconeogênese e Cetogênese:
Alguns aminoácidos desaminados são semelhantes aos substratos utilizados normalmente pelas células, em especial os
hepatócitos, para sintetizar glicose ou ácidos graxos. Por exemplo, a alanina desaminada é o ácido pirúvico. Este pode ser
convertido em glicose ou em glicogênio. Alternativamente, ele pode ser convertido em acetil-CoA, que pode então, ser
polimerizada em ácidos graxos. De igual modo, duas moléculas de acetil-CoA podem se condensar para formar o ácido
acetoacético, que é um dos corpos cetônicos.
A conversão de aminoácidos em glicose ou glicogênio é denominada gliconeogênese, e a conversão de aminoácidos em
cetoácidos ou em ácidos graxos é conhecida como cetogênese. Dos 20 aminoácidos desaminados, 18 possuem estruturas
químicas que lhes permitem ser convertidos e Glicose e 19 deles podem ser convertidos em ácidos graxos.
O ciclo da ureia consiste em cinco reações - duas dentro da mitocôndria e três no citosol. O ciclo utiliza dois grupos
amino, um do NH4+, e um do aspartato, e um carbono do HCO3- para formar a ureia, que é relativamente atóxica. Essas
reações utilizam a energia de quatro ligações de fosfato (3 de ATP, que são hidrolisados a 2 ADP e 1 AMP). A molécula
de ornitina é a carregadora desses átomos de carbonos e nitrogênios.
1 2ATP + HCO3-- + NH3 Carbamilfosfato + 2ADP + Pi Carbamoil fosfato sintetase (CFS1) mitocôndria
3 citrulina + aspartato + ATP argininosuccinato + AMP + |PPi Argininosuccinato sintetase (ASS) citosol
Perceba que as reações relacionadas ao ciclo da ureia também causam a redução de 2 NADH, de modo que o ciclo da
ureia libera um pouco mais de energia do que ele consome. Esses NADH são produzidos de duas maneiras:
Uma molécula é reduzida pela enzima glutamato desidrogenase, na conversão de glutamato a amônia e a-cetoglutarato.
Lembre-se que o glutamato é um carregador atóxico dos grupos amino. Isso fornece o íon amônio usado na síntese inicial
do carbamoil-fosfato.
O fumarato liberado no citosol é convertido a malato pela fumarase citosólica. Esse malato é então convertido a oxalacetato
pela malato desidrogenase, gerando um NADH reduzido no citosol.
Os dois NADH produzidos podem fornecer energia para a formação de 5 ATP. No entanto, se a gliconeogênese está
ocorrendo no citosol, energia da redução do NADH é utilizada na via reversa de GAPDH, ao invés de gerar energia.
Depois de formada a ureia é lançada na corrente sanguínea, de onde vai ser captada pelos rins para depois ser excretada
na urina.
Regulação:
A regulação do ciclo da ureia pode ser de forma lenta ou rápida. A regulação lenta acontece em duas situações: com uma
dieta de teor de proteína muito alto ou em jejum prolongado. No caso da dieta rica em proteínas, o excesso de aminoácidos
são oxidados, dando origem a cetoácidos, e os grupos aminos resultam em um aumento na produção de ureia. No caso do
jejum prolongado, a degradação das proteínas dos músculos vão ser intensificadas, já que as cadeias carbônicas desses
aminoácidos vão ser utilizadas na gliconeogênese; e a eliminação dos grupos aminos restantes vai aumentar a excreção de
ureia. Portanto nas duas situações vai ocorrer um aumento da síntese de enzimas do ciclo da ureia e carbamoilfosfato
sintetase.
A regulação rápida, também chamada de alostérica, ocorre quando a carbamoilfosfato sintetase é estimulada por N-
acetilglutamato, que é um composto produzido a partir de glutamato e acetil-coa. Esta reação é catalisada pela N-
acetilglutamato sintase, que é ativada por arginina (que é um intermediário do ciclo da ureia). Portanto se a produção de
ureia não conseguir eliminar toda a amônia produzida pela oxidação de aminoácidos, vai haver o acúmulo de arginina. O
seu acúmulo vai provocar um aumento da concentração de N-acetilglutamato. O N-acetilglutamato então vai estimular a
carbamoilfosfato sintetase, essa enzima vai fornecer um dos substratos do ciclo da ureia. Assim a arginina vai adequar a
velocidade de formação de amônia à sua conversão em ureia.
Falta de Proteínas:
Proteínas são necessárias em quantidades pouco todos os dias. Às vezes, as pessoas não consomem alimentos que
contenham proteínas e, consequentemente, sofrem de doenças de deficiência. Marasmático kwashiorkor e desnutrição
energético-protéica (PEM) são as doenças causadas pela deficiência significativa de proteína. Além disso, ter uma dieta que
carece de proteínas pode fazer uma pessoa propensa a doenças como o câncer de mama, câncer de cólon, baixa
frequência cardíaca, doenças cardíacas, anemia, etc. deficiência de proteína trifuncional é uma das doenças raras
causadas por deficiência protéica em crianças e adultos. Existem vários sintomas de deficiência de proteína, são eles:
Edemas; Fragilidade e perda de cabelos; Linhas em unhas dos dedos do pé e os dedos; Pigmentação reduzida no couro
cabeludo e outras partes do corpo; Perda de peso; Erupção cutânea; Pele escamosa; Dor nos músculos; Má cicatrização.
amos vivendo hoje, com relação ao uso dos esteroides anabolizantes, uma situação semelhante à que ocorreu com o tabagismo
no início do século: a utilização por grande número de pessoas aparentando boa saúde tende a estimular a noção de
segurança. No caso dos anabolizantes, as pesquisas ainda são precárias, pois a utilização por parte de parcela da
população ainda é recente. Porém, considerando a totalidade de trabalhos publicados até o presente, podemos concluir que
o uso abusivo dessas drogas apresenta alta incidência de efeitos indesejados a curto prazo e a longo prazo, doenças
graves podem ser desencadeadas. Os esteroides anabolizantes vem sendo utilizados abusivamente por atletas recreativos
e competitivos, em dosagens muito maiores que as preconizadas pelos médicos, o que vem acarretando repercussões
físicas e psiquiátricas. A situação atual poderia ser resumida da seguinte maneira: quem está utilizando estas drogas está
correndo risco de saúde. Esquemas racionais de utilização são mais seguros, mas não totalmente isentos de riscos. Assim
sendo, a decisão deverá ser sempre uma decisão pessoal. Deve-se ponderar os riscos e benefícios e decidir racionalmente.
Aos profissionais compete informar e não influenciar na decisão.
esteroides anabolizantes atuam no sistema nervoso central, aumentando o metabolismo, o que implica um gasto exagerado de
energia. São descritos quadros psiquiátricos associados ao uso de esteroides anabolizantes. Na vigência do uso ocorre
psicoses ou psicóticos, mania ou hipomania, ansiedade e/ou pânico e comportamento violento. Alguns adolescentes
tornam-se extremamente violentos e atribuem essas alterações drásticas do humor ao uso de esteroides. Na retirada da
droga pode ocorrer quadros depressivos. A insatisfação com a imagem corporal é citada com um fator que predisporia os
usuários à dependência (Wilmore & Costill 2001).
m tipo de transtorno dismórfico corporal está francamente associado ao uso de esteroides anabolizantes. Denominado “dismorfia
muscular”, caracteriza-se pelo fato de homens, mesmo sendo musculosos e “grandes”, têm medo de parecerem fracos e
“pequenos” e algumas vezes consideram que sua massa magra (isenta de gordura) é insuficiente. A preocupação excessiva
com a musculatura causa ansiedade e prejuízo social, ocupacional e em outras áreas de funcionamento.