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PSICANÁLISE
A GESTAÇÃO DA PSICANÁLISE
Em seu estado de vigília, Ana O. não era capaz de indicar a origem de seus
sintomas, mas, sob o efeito da hipnose, relatava a origem de cada um
deles, que estavam ligados a vivências anteriores da paciente, relacionadas
com o episódio da doença do pai. Com a rememoração destas cenas e
vivências, os sintomas desapareciam. Este desaparecimento não ocorria de
forma "mágica", mas devido à liberação das reações emotivas associadas ao
evento traumático - a doença do pai, o desejo inconsciente da morte do pai
enfermo.
A DESCOBERTA DO INCONSCIENTE
Fase Oral
Ao nascimento a estrutura sensorial mais desenvolvida é a boca. Pela boca
se dará a luta pela preservação do equilíbrio homeostático e também o
conhecimento do mundo, traduzido pelos movimentos do bebê de levar
objetos à boca. Sua primeira descoberta afetiva será o seio materno que
será reconhecido antes da mãe como um todo. A criança passa a entender o
seio não apenas como fonte de alimento, mas também como via de
obtenção de afeto e prazer. Esta fase dura de 0 a 18 meses e uma
equilibrada relação entre desejo e limitação é necessária para evitar o que
se denomina fixação, quando um indivíduo não se desenvolve
adequadamente em termos egóicos por não haver passado de forma
satisfatória por esse período.
Fase anal
Durando cerca de 18 meses aos 3 anos de idade, esta fase é marcada pela
associação da energia com a produção das fezes (projeção) e retenção,
pelos esfíncteres (controle). As ações que envolvem esses fatores ligam-se
a libido e daí surgem manifestações tradicionais, como o brincar com fezes.
Mais uma vez é preciso notar que exageros na lida com os processos
libidinais anais podem gerar conflitos no adulto. Como exemplo cita-se a
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preocupação exagerada com limpeza por parte dos pais, que pode causar
comportamentos obsessivos no futuro.
Fase fálica
Nesta fase, que dura dos 3 aos 7 anos, a energia sexual se dirige para os
genitais. Surgem os interesses pelos órgãos sexuais, pelas diferenças
anatômicas e as perguntas sobre as origens dos bebês. Exibicionismo,
masturbação e desejo de ver os genitais de outras crianças também são
comuns. Um aspecto comum desta fase é o chamado Complexo de Édipo
que leva esse nome em referência à tragédia grega escrita por Sófocles:
Édipo Rei. O menino passa a ter como objeto de desejo e de investimento
libidinal a mãe. Em uma situação ideal o pai realizará um corte, uma
limitação nessa relação, reprimindo os sentimentos do menino pela mãe e
ajudando a criança a estabelecer um modelo de busca de amor
heterossexual. De forma inversa o mesmo padrão seria encontrado nas
meninas (Complexo de Electra). Com a finalização desses processos surge o
período de latência. A sexualidade será reprimida até o surgimento da
puberdade e a libido será direcionada para o desenvolvimento intelectual e
social. Em média o período de latência dura de 7 a 12 anos.
Fase Genital
Nessa última fase o objeto de desejo não se relaciona com os pais e nem
está sublimado (“limitado”) a questões cognitivas e sociais. O ser humano
já se desenvolveu o suficiente para estabelecer relações com o sexo oposto
e integrar tais aspectos com os outros fatores da vida humana, como
trabalho, lazer, etc... Complicações nessa fase irão gerar as chamadas
neuroses, estudadas diretamente pela psicopatologia psicanalítica.
REFERÊNCIAS