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o �ltimo Julgamento est�o entre os temas da pintura do per�odo que veio a ser
designado por g�tico. A arte mural daqueles tempos, consideravelmente desvalorizada
em fun��o da tend�ncia de integra��o entre a arquitetura das catedrais e a
escultura, veio a se desenvolver mais ao Sul da Europa, principalmente na It�lia, o
primeiro pa�s a privilegiar os exerc�cios de perspectiva.
Ao fim do s�culo XII e durante o XIV surgiram nas cidades italianas de Siena e
Floren�a as escolas de pintura mais famosas. A primeira, que teve como fundador
Duccio di Buoninsegna, era mais conservadora e fiel �s formas bizantinas que,
entretanto, foram substitu�das por figuras menos solenes.
Jan Van Eyck aperfei�oou a t�cnica da pintura a �leo. Como resultado, os trabalhos
ganharam detalhes nunca vistos anteriormente. A burguesia era a principal
impulsionadora da escola flamenga e por esta raz�o os pintores voltaram-se para a
elabora��o de retratos, como O Casal Arnolfini, de 1434.
Everard M. Upjohn, no segundo volume do livro Hist�ria Mundial da Arte, que aborda
as manifesta��es art�sticas dos etruscos ao fim da Idade M�dia, v� a obra A
Crucifica��o, de Martin Schongauer, como uma preciosidade em termos de
expressionismo genuinamente alem�o.
Conv�m salientar que o autor percebe tal semelhan�a em um sentido amplo. Do mesmo
modo, refer�ncias heterog�neas como as m�scaras dos rituais africanos, a arte pr�-
colombiana, as esculturas g�ticas, as pinturas de Hieromymus Bosch, Goya e Van Gogh
j� foram agrupadas em um mesmo quadro de refer�ncias por outros pesquisadores.
Para finalizar, h� discuss�es em torno das obras de diversos pintores dos estilos
g�tico e renascentista, referentes � melhor classifica��o para as mesmas. Boa parte
das obras do quattrocento integra o g�tico tardio, mas apenas um seleto grupo de
autores, a exemplo de Arnold Hauser e Everard M. Upjohn, menciona esse
prolongamento do g�tico inspirado no gosto burgu�s.