GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

CAMILA NASCIMENTO - RA T2824H4

EDNEIA DOS SANTOS LARA – RA T2497A1
GABRIELA AMORIM – RA T6389H-0
MARIA ANGÉLICA PARAISO – RA D193GC-8

TRABALHO SOBRE A ANÁLISE DO FILME CISNE NEGRO BASEADO A TEORIA

DA PSICANALISE
 SANTOS
2019

CAMILA NASCIMENTO - RA T2824H4

EDNEIA DOS SANTOS LARA – RA T2497A1
GABRIELA AMORIM – RA T6389H-0
MARIA ANGÉLICA PARAISO – RA D193GC-8

TRABALHO SOBRE A ANÁLISE DO FILME CISNE NEGRO BASEADO A TEORIA

DA PSICANALISE
 Este trabalho trata-se da realização da
análise do filme Cisne Negro com base
nos conhecimentos adquiridos em sala
de aula sobre a teoria psicanalítica,
como parte de avaliação na disciplina
Teoria Psicanalítica, urso de graduação
em Psicologia da
Universidade Paulista – UNIP.

Orientador: Prof Dr. Mohamad A.

A.Rahim

Santos
2019
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO..........................................................................................04
2 – OBJETIVO.................................................................................................04
3 – METODOLOGIA........................................................................................05
4 – SINAPSE...................................................................................................05
5 – ANALISE DO FILME.................................................................................05
6 – CONCLUSÃO............................................................................................11
REFERÊNCIA.................................................................................................12
1 - INTRODUÇÃO

A psicanalise é um método de investigação dos processos inconscientes e nasceu no

século XIX, tendo como seu principal precursor Sigmund Freud. (QUINODOZ, 2007).
Ela se inseri na história como um campo de conhecimento dedicado aos fenômenos
psíquicos, o que não exclui as relações com o ambiente, mas ressaltando a
importância de se uma explicação para fenômenos propriamente humanos como
comportamentos, afetos e pensamentos através do inconsciente, contradizendo uma
concepção do ser humano como senhor de si mesmo, racional, capaz de dominar-se,
expondo uma fragilidade humana. (ROUDINESCO, 2000).
O inconsciente expando aquilo que é psíquico para além da consciência, sendo assim
os conteúdos da nossa consciência ocupam uma dimensão menor e com diversas
lacunas, não aceitando mais a ideia de que tudo que acontece na mente deve ser
conhecido pela consciência. Freud, (1901) descreve lapsos do nosso dia a dia, de
linguagem, escritos, de memória entre outros acontecimentos, que são atribuídos ao
acaso, porém não têm nada de acaso e, embora os chamemos de acidentes, tais  atos
psíquicos estão, para sua realização, além de nossa capacidade consciente. Sendo
estes atos falhos ou parapraxias são como os sonhos e sintomas, revelam um
processo inconsciente, que se desenvolve sem que o percebamos, a partir de
conteúdos latentes que escapam ao controle consciente, apresentando-se em
contradição à nossa consciência.
Na teoria Freudiana não podemos deixar de cita o complexo de Édipo, que de forma
mais rasa, trata-se da representação inconsciente pela qual se exprime o desejo
amoroso e/ou sexual da criança pelo genitor do sexo oposto e sua hostilidade para com
o genitor do mesmo sexo e o rancor ou ódio pelo sexo oposto. (FREUD, 1924).

2 - OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo introduzir os discentes a atividades de análise

de temas culturais com base na teoria psicanalítica. Servindo de concretização dos
objetivos da disciplina e verificação de aprendizagem.

3 - METODOLOGIA

O proposto pela disciplina é exercitar reflexões críticas sobre produções humanas e

sua expressão, à luz da teoria psicanalítica utilizando produções artísticas audiovisuais
como por exemplo filmes de longa ou curta metragem, vinhetas, propagandas ou
teatro; obras de arte ou textos literários.

4 - SINAPSE
O filme expõe a obsessão de Nina pela dança e pela perfeição, ela é uma jovem
bailarina que em determinado momento surge em sua companhia oportunidade de
realizar um papel de destaque como rainha dos cisnes na produção “O lago dos
Cisnes’’, um drama em que a personagem principal deve interpretar tanto a meiga e
doce cisne branca como a má, traiçoeira e sedutora irmã gêmea cisne negro. Ao
ensaiar para interpretar a personagem, Nina entra em conflito com estes seus dois
lados, e fases de psicose e automutilação são constantes, assim como descobertas e
conflitos de sua própria personalidade, desentendimento com a mãe e enfrentamento
da alta competitividade e rivalidade no ambiente artístico.

5 - ANALISE DO FILME

A bailarina Nina é uma mulher jovem, que mora apenas com a mãe e vive
intensamente dedicada ao ballet. Apesar de Nina não ser mais criança ela é um pouco
infantilizada, seu quarto é decorado em tons de rosa e repleto de bichos de pelúcia, as
roupas de Nina também seguem sempre em tons de rosa claro e branco. A mãe de
Nina em uma postura séria e controla todos os detalhes do dia a dia de Nina, a mãe a
ajuda a se vestir, a coloca para dormir ao som de uma caixinha de música com uma
bailarina e sempre a chama de “menina meiga”. Na relação com a Mãe pode-se notar a
estruturação do superego de Nina, ela deve ser perfeita, o ideal que a mãe determina
que ela deve ser.
O conflito de Nina se inicia quando no Ballet começa com a seleção para a
representação para o papel principal de “o Lago dos Cisnes”. Nina, acredita que pode
ser a escolhida para representar a Rainha Cisne, já que ela possui toda a técnica para
executar os passos e ela treina incansavelmente para atingir a perfeição, porém para
tal representação é preciso incorporar dois papeis distintos, o Cisne Branco que
representa a pureza e ingenuidade, e o Cisne Negro que representa a luxuria.
Durante o teste para a escolha do papel principal Nina está fazendo um solo, assim
que termina, o diretor a chama e fala que se fosse para escolher apenas o Cisne
Branco ela seria a escolhida, e pede para que na sequencia ela mostre os passos do
Cisne Negro, porém ao dançar ela recebe críticas do diretor que pede para que ela não
seja tão controlada e que tente seduzir as pessoas, mas como Nina vive sob a
influência predominante do superego, ela não consegue ultrapassar as barreias da
técnica e não consegue atingir o que o diretor espera.
Temendo não ser escolhida, Nina decide ir falar com o diretor, no caminho ela passa
um batom o qual ela pegou do camarim da antiga bailarina principal, a Beth, que Nina
julga ser a bailarina perfeita, e então em uma tentativa se aproximar do ideal perfeito
ela passa o batom, e solta o cabelo numa tentativa inconsciente de ser sedutora. Ao
falar com o diretor Nina mantém uma postura rígida e o diretor a provoca perguntando
se ela iria tentar convencer ele com a forma que ela se produziu, e que toda a disciplina
dela não era o suficiente para atingir a perfeição, era necessário transcender. Nina fala
que acha que possui estar qualidades, e o diretor a surpreende com um beijo, Nina
corresponde ao beijo por alguns segundos, mas em seguida o morde, mostrando certa
agressividade que não é compatível com a postura dela. O diretor se mostra
positivamente surpreso com a atitude dela. Nesta cena pode-se notar que Nina possui
instintos reprimidos, e que notam notados pelo diretor com a forma agressiva que ela
se defendeu.
Nina é escolhida para o papel principal, em casa ela vai comemorar com a sua mãe,
para a comemoração a mãe compra o bolo favorito delas, Nina reluta em comer um
pedaço muito grande, mas a mãe dela insiste e pressiona Nina falando que vai jogar o
bolo no lixo. Nina que não consegue contrariar a mãe se submente a vontade dela, se
desculpa, e se comporta como uma boa filha elogiando o bolo.
Em uma cena da Nina pós banho, ela para em frente ao espelho e fica olhando o seu
corpo, assim como uma criança tentando se descobrir, a sexualidade de Nina está
reprimida, toda a libido dela foi direcionada para o desenvolvimento da perfeição da
técnica do ballet.
No ensaio do dia seguinte, Nina observa uma outra bailarina, Lilly, dançando, esta oura
bailarina é tudo que Nina não é, impulsiva, desafiadora e sensual. O diretor vê que
Nina a está observando e mais uma vez provoca Nina para tentar despertar o lado
mais obscuro de Nina.
Após um baile para arrecadação de fundos, o diretor do ballet convida Nina para sua
casa para falar sobre o papel, chegando lá ele a questiona sobre suas experiências
sexuais, ela se mostra resistente em falar sobre este assunto, mas ele diz a ela que
eles devem ser capazes de falar sobre esses assuntos e passa uma lição de casa para
ela, ele a orienta a se masturbar. Mais uma vez o diretor instiga Nina para que ela
transcenda a barreira que a impede de desenvolver sua sexualidade.
Chegando em casa a sua mãe faz muitas perguntas sobre a noite, quase não deixa
Nina se despir sozinha, e a pressiona para contar detalhes e como o diretor a tratou
durante a noite, enquanto ela ajuda Nina a retira a roupa ela nota os arranhões nas
costas de Nina e dispara uma série de críticas à Nina falado que ela está se
machucando porque ela não aguenta a pressão e corta as unhas dela para que ela não
se machuque mais. Nesta cena podemos fazer uma analogia com a função do
superego, a mãe claramente censura Nina para que ela não tome atitudes inadequadas
(se arranhar) e fala que sabia que ela não seria capaz de lidar com toda a pressão
envolvida para interpretar o papel do cisne, limitando o desenvolvimento de Nina.
Na manhã seguinte, Nina segue a orientação do diretor o ballet e tenta se masturbar,
ela se entrega a ação e sente prazer, porém ao olhar para a poltrona ao lado da cama,
ela vê sua mãe dormindo e imediatamente ela para, a presença da mãe que reflete a
moralidade que Nina deve seguir a faz sentir medo e culpa em relação ao que ela
estava fazendo e ela se vira na cama assustada e esconde embaixo das cobertas.
Em uma cena conversando com o diretor sobre o acidente sofrido pela bailarina Beth, o
diretor fala que era provável que Beth havia provocado o acidente de propósito, pois
ela era uma pessoa que seguia um impulso íntimo, selvagem, que ao vê-la dançar
chegava a dar medo, e era isto a fazia perfeita algumas vezes. Neste exemplo,
podemos observar que Beth é uma pessoa impulsiva, é provável que o ID prevaleça
sobre as outras instâncias do aparelho psíquico de Beth, ao contrário de Nina em que o
superego que prevalece sobre as outras instâncias, que a faz ser tão cautelosa em
suas ações.
Ao visitar Beth no hospital, Nina vê o estado grave dos ferimentos de Beth e se
assusta, em seguida no camarinha do ballet, ela devolve os itens que havia roubado de
Beth, os quais ela acreditava que a faria se transformar na bailarina perfeita que Beth
era, ela se olha no espelho e é como se neste momento ela começasse a repensar o
que era perfeito. Tanto que ao chegar em casa, ela vai retirar o lixo e pega um pedaço
de madeira e a testa como barreira para a porta do seu quarto, é um sinal que Nina
está começando a se transformar, a barreira na porta pode impedir que a sua mãe
entre no seu quarto em qualquer momento, e assim, Nina pode experimentar um pouco
de privacidade livre da ação opressora da mãe.
Nos ensaios do ballet, o diretor continua a pressiona-la para que ela se solte mais, em
uma cena ele dança com ela e a toca de forma mais sexual, ainda reprimindo os
instintos sexuais, Nina dança com olhar apreensivo, mas pressionada quando ele a
beija, ela cede. Quando o diretor percebe que ela está envolvida, ele a repele a
deixando desolada. A partir deste momento ela tem uma aproximação do Lilly, que a vê
chorando e vai conversar, Nina aceita um cigarro oferecido por Lilly, e pode-se notar
que esta aproximação das duas é um sinal que Nina está minimizando a ação do
superego e se aproximando de um lado mais sombrio, representado por Lilly.
Em casa, Nina está tomando banho em uma banheira e adormece, ela sonha que é
despertada por gotas de sangue e se depara com uma imagem dela mesma com um
olhar maligno, e olha para os dedos e as postas dos dedos estão sangrando, ela corre
para o espelho e vê que o machucado em sua costa está maior, ela pega o cortador de
unhas, e ao olhar no espelho a imagem refletida dela é maligna e ela corta a ponta de
um dos dedos. No sonho pode-se notar que a imagem que Nina se depara com o lado
mais sombrio dela que está emergindo, os machucados são os impulsos de Nina
tomando espaço em seu corpo, e quando ela corta as unhas, algo que geralmente a
mãe dela faz por ela, é a repressão desses impulsos, e estes dois lados dela estão em
conflito.
No dia seguinte, Nina está conversando com sua mãe, durante a conversa Nina tem
um tom mais agressivo com a sua mãe, e a enfrenta quando a mãe fala da carreira que
abandou por ela, para inibir a atitude de Nina, a mãe toma uma atitude autoritária
pedindo para ver os machucados dela e Nina nega, nota-se que Nina não está mais
refém da ação repressora da mãe, o superego de Nina não está mais dominando seu
ego. Durante a discussão, Lilly aparece na casa de Nina e a chama para sair, cansada
da pressão da mãe Nina aceita, as duas vão para um bar, bebem, usam drogas e Nina
se deixa levar pelo prazer. De repente Nina de dá conta do que está acontecendo e
tenta sair do bar, conforme ela anda ela escuta “garota meiga” que são as palavras que
sua mãe costuma a lhe falar, o que podemos relacionar com o superego de Nina
reprimindo as ações dela naquele momento.
As duas vão embora para casa de Nina juntas, porém não fica claro se é real ou uma
alucinação de Nina, pois quando elas estão no quarto durante uma relação sexual Nina
vê seu rosto refletido em Lilly, e após ela ter um orgasmo, o rosto de Lilly se transforma
em Nina novamente e fala “garota meiga” e coloca uma almofada em seu rosto. No dia
seguinte Lilly nega que foi para a casa de Nina, e fala que ela sonhou com ela. Neste
caso, Nina realizou a fantasia de sentir prazer com Lilly pois de fato Nina deseja ser
como Lilly e ao final do sonho os dizeres de garota meiga e a almofada em seu rosto
expressam a repressão destes desejos pelo superego.
Deitada em seu quarto, Lilly olha para a caixa de música com a bailarina e a arremessa
no chão, ela recolhe todo os bichos de pelúcia de seu quarto e joga no lixo. Fica
evidente que Nina está evoluindo de menina para mulher, está desenvolvendo sua
sexualidade. No ensaio do ballet, o diretor a elogia falando que ela se superou, mas ela
está preocupada porque vê em Lilly uma inimiga que agora foi nomeada sua substituta.
Isso desperta um grande conflito em Nina, ela tem uma série de alucinações que
expressam a transformação que Nina está passando.
Chega o dia da apresentação, Nina acorda e sua mãe está ao seu lado, ela fala para
Nina não ir se apresentar porque ela está doente, elas brigam e a mãe pergunta aonde
está a garota meiga, Nina responde que ela se foi. Nina finalmente se posiciona sobre
o que ela quer, e não mais submissa às vontades da mãe, o ego de Nina não está mais
servindo apenas ao superego. Chegando na companhia de ballet, o diretor avisa que já
escalou a substituta para se apresentar em seu lugar, ela o enfrenta e fala que vai se
apresentar, e fala que a única inimiga dela é ela mesma.
Durante a apresentação Nina vê Lilly se insinuando para o bailarino e fica intrigada, e
enquanto está dançando ela tem uma alucinação e vê seu rosto em Lilly, se desiquilibra
cai no chão, ela coloca a culpa no bailarino que a estava segurando, pois era ele que
estava com Lilly. Nina vê em Lilly o lado sombrio dela que está vindo a toda, o conflito
de Nina é com ela mesma em conseguir dominar este lado sombrio, mas ao invés
disso ela enxerga Lilly como a inimiga. Quando Nina entra no camarim para se trocar
para o Cisne Negro, Lilly está lá, mas na verdade é mais uma alucinação de Nina, o
rosto de Lilly se transforma na Nina, e elas brigam corporalmente, nina acredita que a
matou e no momento que ela a mata, Nina vestida de cisne branco se transforma com
um olhar maligno. Nesta cena mostra os impulsos sombrios de Nina tomando lugar, na
dança ela está totalmente se deixando levar, a postura de Nina é aterrorizante e
sensual, ela alucina que em sou corpo estão saindo penas negras, ela sente prazer e
aproveita a sensação, ao final da dança ela beija o diretor, uma ação impulsiva que
demonstra o quanto ego de Nina estava dominado pelo seu ID.
Ao retornar para o camarim, Lilly vai parabenizar Nina pela apresentação, Nina se
surpreende pois ela achava que havia matado Lilly, e é neste momento que Nina se dá
conta que a briga era com ela mesma, ela olha para a barriga e vê o ferimento e chora,
mas na sequencia ela senta para terminar a maquiagem e se olha no espelho,
chorando e algumas vezes com o olhar satisfeito como se estivesse comtemplando sua
imagem.
Na dança final, a mancha do ferimento de Nina se espalha por sua roupa, antes de ela
saltar ela olha para a sua mãe e chora como se estivesse se despedindo, Nina salta, e
cai com uma expressão de satisfação. O diretor vai falar com ela, e notam que ela está
ferida, e ela apenas responde que sentiu, e que foi perfeito. Na cena final é como se
Nina finalizasse o conflito, ela matou a menina retraída, ela conseguia executar a
técnica com a emoção, ela conseguiu sentir prazer sem se censurar, e isto que era a
perfeição.
6 - CONCLUSÃO

Conclui-se, que Nina para interpretar o Cisne Negro precisava conectar ao lado
desconhecido que era encoberto pela sua mãe, o Cisne Negro é o ID, que é a parte do
inconsciente que se interessa pela satisfação e prazer, constituído pelo conjunto de
impulsos instintivos e inatos, que representam a parte mais primitiva e íntima do ser,
ligado ao impulso sexual.
O Cisne Branco é representado superego, estrutura reponsável pelos valores morais
internos, internalizando as proibições, filtrando as ações do ID. Esse superego foi
construído pela mãe de Nina, que faz dela uma pessoa sem vida, sem brilho e sem
desejos de existência, a mãe controla toda a sua vida, ela não deixa Nina crescer.
Para fazer o Cisne Negro ela terá que conhecer esse lado obscuro e recebe ajuda do
seu professor que a provoca para que seu lado negro surja na sua personalidade.
Conforme Nina se aproxima do lado obscuro, tem maior existência e sente culpada. O
ódio pela mãe começa a parecer e se torna algo insuportável. Agora Nina possui duas
identidades: O Cisne Branco e o Cisne Negro, o superego e o id. É neste momento que
ela se perde entre si por não ter um significado no mundo interior, ela não suporta esta
ruptura e é invadida completamente pelas emoções do id, no final do filme, não importa
a consequência, ela precisa chegar até o final da apresentação, até o final de sua
satisfação.
Nina sente ódio pois o seu superego a pressiona a todo momento para não entrar em
contato com seu lado obscuro, no final Nina se entrega a parte obscura de si mesma,
mas a culpa imposta pelo superego é tão grande que lhe resta uma vontade de voltar a
estabilidade, e ao fim das tensões.
Entrar em contato com o Cisne Negro foi insuportável para Nina, assim como continuar
atuando na vida como Cisne Branco era um se arrastar diante da existência. Ao se
encontrar com as duas partes de si, Nina não conseguiu domina-la e aceita-la. Ela não
estava preparada para isso, pois tinha um ego tão frágil para suportar, sua mãe não a
libertou, não a deixou crescer, foi vítima dos seus próprios conflitos internos.
REFERÊNCIAS

CISNE NEGRO. Black Swan.Direção de Darren Aronofsky. EUA, Fox Searchlight

Pictures. 3 dez 2010. 1 DVD (108 min.) son. Color.

FREUD, S. Edição Standard das Obras Completas. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1969.

 O esquecimento de nomes próprios – O Caso Signorelli. (1901) In: Obras Completas

de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda, 1969.

A dissolução do complexo de Édipo (1924). IN FREUD, S. Obras Completas de S.

Freud, Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda; 1969.

QUINODOZ, J. M. Ler Freud: guia de leitura da obra de S. Freud. Porto Alegre:

Artmed, 2007.

ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Ed. Jorge

Zahar, 1998.